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Anatomia Humana Básica

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Prévia do material em texto

Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
ANATOMIA HUMANA 
BÁSICA
REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença 
DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto 
DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
 Caroline da Silva Marques 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
 Hugo Batalhoti Morangueira
 Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira 
 Carlos Henrique Moraes dos Anjos
 Kauê Berto
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 Thassiane da Silva Jacinto 
 
FICHA CATALOGRÁFICA
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
F442a Fiaes, Gislaine Cardoso de Souza
 Anatomia humana básica. Paranavaí:EduFatecie, 2023. 
 116 p. : il. Color. 
 1. Anatomia humana. 2. Sistema nervoso. 3. Sistema
 musculoesquelético. I. Centro Universitário UniFatecie.
 II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título.
 CDD : 23 ed. 611
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas dos bancos de imagens 
Shutterstock .
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
https://www.shutterstock.com/pt/
3
AUTORA
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
 
●	 Mestre	em	Ciências	Farmacêuticas	(Universidade	Estadual	de	Maringá)
●	 Bacharel	em	Farmácia	Generalista	(UniCesumar).	
●	 Especialista	 em	 Farmacologia	Aplicada	 à	 Terapêutica	 (Universidade	 Estadual	 de	
Maringá).
●	 Docente	do	curso	de	Farmácia	e	Estética	e	Cosmética	-	(Universidade	Paranaense	
-	Unipar).	Com	experiência	docente	de	3	anos	ministrando	a	disciplina	de	Anatomia	
Humana.
●	 Link	do	Currículo	na	Plataforma	Lattes:	http://lattes.cnpq.br/8017598356774912
4
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a) à disciplina de Anatomia Humana!
Prezado(a)	 aluno(a),	 a	 partir	 de	 agora	 estamos	 iniciando	 uma	 jornada	
que	 trilharemos	 juntos	 em	 busca	 da	 aquisição	 de	 novos	 conhecimentos.	 Neta																																																																																																																																													
disciplina	 construiremos	 um	 arsenal	 de	 conhecimento	 a	 respeito	 das	 estruturas	 e	
organização	 do	 corpo	 humano.	 O	 interesse	 sobre	 o	 conhecimento	 detalhado	 do	 corpo	
humano	 começou	 a	 receber	 atenção	 no	 final	 do	 século	 XX,	 através	 da	 dedicação	 de	
pesquisadores	 que	 tornou	 possível	 desvendar	 a	 forma	 e	 estrutura	 do	 corpo	 humano.	
	 Na	 unidade	 I	 iniciaremos	 nosso	 estudo	 a	 partir	 da	 introdução	 ao	 estudo	 da	
anatomia	 humana	 através	 da	 definição,	 terminologia	 anatômica	 e	 planos	 de	 secção	 do	
corpo	humano	que	fornecerá	embasamento	para	a	compreensão	dos	 tópicos	seguintes.	
Posteriormente,	 iniciaremos	 o	 estudo	 do	 aparelho	 locomotor	 através	 do	 estudo	 de	 três	
sistemas:	 esquelético,	 articular	 e	 muscular.	 A	 respeito	 do	 sistema	 esquelético	 será	
abordado,	 suas	 funções,	 composição,	 formatos	 e	 classificações.	 O	 sistema	 articular	
estudaremos	 a	 definição	 e	 as	 classificações	 articulares.	 E	 finalizamos,	 estudando	 o	
sistema	muscular	que	é	 tão	complexo	e	 fascinante	ao	mesmo	 tempo,	mas	veremos	de	
maneira	simples	e	de	fácil	entendimento	as	funções	e	classificações	musculares.		 	
	 Na	 unidade	 II	 abrange	 o	 estudo	 do	 sistema	 circulatório	 que	 consiste	 no	 estudo	
do	 sistema	 cardiovascular	 que	 envolve	 a	 compreensão	 das	 estruturas	 do	 coração,	 e	
vasos	 sanguíneos	 como	 as	 artérias	 que	 levam	 às	 células	 o	 sangue	 arterial	 e	 as	 veias	
que	transportam	o	sangue	venoso	de	volta	para	o	coração.	Sobre	o	sistema	linfático,	será	
abordado	sua	função	e	a	identificação	dos	órgãos	linfáticos.	
Na	 sequência,	 será	 apresentado	 o	 sistema	 respiratório,	 com	 todas	 as	 suas	
estruturas	anatômicas	que	viabilizam	o	processo	de	troca	gasosa.	 	 	 	 	
	 A	unidade	III	abordará	o	fascinante	tópico	relacionado	ao	sistema	nervoso	central	
e	 periférico,	 apresentando	 o	 tecido	 nervoso,	 as	 funções	 e	 descrição	 das	 estruturas	
anatômicas.	Finalizaremos	com	a	unidade	IV,	estudando	o	sistema	digestório,	urinário	e	
genital	masculino	e	feminino,	abordando	as	funções	atribuídas	a	cada	um	desses	sistemas	
e	 a	 descrição	 das	 estruturas	 anatômicas	 pertencentes	 a	 cada	 um	 desses	 sistemas.	
	 Aproveito	para	reforçar	o	convite	a	você,	para	junto	conosco	percorrer	esta	jornada	
de	conhecimento	e	multiplicar	os	conhecimentos	abordados	em	nosso	material.	Esperamos	
contribuir	para	seu	crescimento	pessoal	e	profissional.	
Muito obrigado e bom estudo!
5
UNIDADE 4
Sistemas Digestório, Urinário e Genital
Sistema Nervoso
UNIDADE 3
Sistemas Cardiovascular, Linfático e 
Respiratório
UNIDADE 2
Introdução ao Estudo da Anatomia 
Humana e Aparelho Locomotor
UNIDADE 1
SUMÁRIO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
Plano de Estudos
• Introdução ao Estudo da Anatomia Humana;
• Sistema Esquelético
• Sistema Articular
• Sistema Muscular
Objetivos da Aprendizagem
• Definir anatomia humana;
• Identificar os níveis de organização estrutural do corpo humano e 
asterminologias anatômicas;
• Definir os três sistemas que formam o aparelho locomotor: Siste-
mas esquelético, articular e muscular;
• Compreender as funções e classificações dos sistemas 
esquelético, articular e muscular.
Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO 
AO ESTUDO DA AO ESTUDO DA 
ANATOMIA HUMANA ANATOMIA HUMANA 
E APARELHO E APARELHO 
LOCOMOTORLOCOMOTOR1UNIDADEUNIDADE
INTRODUÇÃO
7
O	 estudo	 da	 anatomia	 humana	 é	 extremamente	 interessante	 por	 proporcionar	 a	
compreensão	da	 constituição	do	 corpo	e	 como	ele	 funciona,	 permitindo	a	 você	adquirir	
conhecimentos	 que	 serão	 fundamentais	 na	 aplicação	 clínica	 após	 sua	 formação	 como	
profissional	da	área	da	saúde.
Portanto,	na	unidade	 I	 iniciaremos	nosso	estudo	a	partir	da	 introdução	ao	estudo	
da	anatomia	humana	através	da	definição,	terminologia	anatômica	e	planos	de	secção	do	
corpo	humano	que	 fornecerá	embasamento	para	a	compreensão	dos	 tópicos	seguintes.	
Posteriormente,	 iniciaremos	 o	 estudo	 do	 aparelho	 locomotor	 através	 do	 estudo	 de	 três	
sistemas:	esquelético,	articular	e	muscular.	A	respeito	do	sistema	esquelético	será	abordado	
suas	funções,	composição,	formatos	e	classificações.	O	sistema	articular,	estudaremos	a	
definição	e	as	classificações	articulares.	E	finalizamos,	estudando	o	sistema	muscular	que	
é	tão	complexo	e	fascinante	ao	mesmo	tempo,	mas	veremos	de	maneira	simples	e	de	fácil	
entendimento	as	funções	e	classificações	musculares.
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA 
ANATOMIA HUMANA1
TÓPICO
8
A	anatomia	é	a	ciência	que	estuda,	macro	e	microscopicamente	a	constituição	e	o	
desenvolvimento	do	corpo	humano.	Utilizamos	o	termo	Morfologia	para	englobar	as	duas	
áreas	de	estudo	anatômico,	sendo	elas:	
●	 	 Anatomia microscópica	 que	 está	 relacionada	 com	 as	 estruturas	
corporais	invisíveis	a	olho	nu	e	necessita	de	recurso	instrumental	para	ampliação,	
como:	 lupas,	 microscópios	 ópticos	 e	 eletrônicos.	 Esta	 área	 se	 subdivide	 em:	
Citologia	(estudo	das	células)	e	Histologia	(estudo	dos	tecidos	e	como	estes	se	
organizam	para	a	formação	de	órgãos).
●	 	Anatomia macroscópica	 estuda	 as	 estruturas	 visíveis	 a	 olho	 nu,	
abordada	 da	 seguinte	 forma:	 anatomia de superfície	 (estuda	 as	 formas	 na	
superfície	 do	 corpo	que	 revela	 os	órgãos	que	 ficam	escondidos,	 ex.	 estudo	de	
músculos	que	se	destacam	por	baixo	da	pele	de	halterofilistas),	anatomia regional	
(estuda	 regiões	 específicas	 do	 corpo,	 ex.	 cabeça,	 pescoço,	 tórax,	 abdome),	
enquanto	a	anatomia sistêmica	concentra	os	estudos	nos	sistemas	que	atuam	na	
realização	de	funções	complexas.	O	estudo	macroscópico	da	anatomia	sistêmica	
é	a	forma	mais	comum	de	proceder	os	estudos	anatômicos	relacionados	à	forma	
e	as	funções.	Para	exemplificar,	estudamos	isoladamente	os	aspectos	anatômicos	
do	sistema	esquelético,	sistema	articular	e	o	sistema	muscular,	no	entanto,	nenhum	
sistema	do	corpo	humano	funciona	sozinho,	juntos	formam	o	chamado	aparelho	
locomotor.	(DANGELO;	FATTINI,	2007;	MARIEB,	WILHELM;	MALLATT,	2014).
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
9
1.1 Níveis de organização do corpo humano
O	corpo	humano	é	organizado	estruturalmente	em	seis	níveis	que	se	estende	desde	
átomos	 até	 a	 pessoa	 como	 um	 todo	 e	 ajuda	 na	 compreensão	 da	 anatomia,	 os	 níveis	
organizacionais	do	corpo	humano	são	os	seguintes:	os	níveis	químicos,	celular,	tecidual,	
orgânico,	sistêmico	e	organizacional	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
1)	 O	nível	químico	 inclui	 os	átomos,	que	são	as	menores	unidades	da	
matéria,	que	participam	de	reações	químicas	e	são	essenciais	para	a	manutenção	
da	vida,	como	por	exemplo:	oxigênio,	carbono,	hidrogênio,	fósforo	e	cálcio.	E	as	
moléculas,	que	são	caracterizadas	pela	ligação	de	átomos	entre	si,	um	exemplo	
das	moléculas	encontradas	no	corpo	humano	são	o	ácido	desoxirribonucleico	
(DNA),	o	material	genético	passado	de	geração	em	geração,	e	a	glicose	(açúcar	
do	sangue).
2)	 Nível celular: A	combinação	de	moléculas	forma	as	células,	que	são	as	
unidades	estruturais	e	funcionais	básicas	de	um	organismo	e	originam	os	tecidos	
que	são	o	próximo	nível	de	organização.	Como	exemplos	de	células	temos:	as	
células	musculares,	células	nervosas	e	as	células	epiteliais.	
3)	 O	 nível	 tecidual	 é	 formado	 por	 grupos	 de	 células	 com	 uma	 função	
específica.	Existem	quatro	 tipos	 básicos	 de	 tecidos	 em	nosso	 corpo:	 o	 tecido	
epitelial,	 o	 tecido	 conjuntivo,	 o	 tecido	 muscular	 e	 o	 tecido	 nervoso.	 O	 tecido	
epitelial	recobre	as	superfícies	externas	e	internas	do	corpo.	O	tecido	conjuntivo	
conecta,	dá	sustentação	e	protege	os	órgãos	do	corpo.	O	tecido	muscular realiza	
contração	 produzindo	 movimento	 do	 corpo,	 gerando	 calor.	 O	 tecido	 nervoso 
transmite	 informação	de	uma	parte	do	corpo	para	outra	por	meio	de	 impulsos	
nervosos.	
4)	 Nível orgânico:	os	órgãos	são	as	estruturas	compostas	por	diferentes	
tipos	 de	 tecidos	 e	 desempenham	 funções	 específicas.	 Exemplos	 de	 órgãos	
incluem	 o	 estômago,	 a	 pele,	 os	 ossos,	 o	 coração,	 o	 fígado,	 os	 pulmões	 e	 o	
encéfalo.
5)	 Nível sistêmico:Um	sistema	é	caracterizado	por	órgãos	relacionados	
com	uma	função	em	comum	como,	por	exemplo,	o	sistema	digestório,	que	digere	
e	absorve	os	alimentos.	Seus	órgãos	incluem	a	boca,	as	glândulas	salivares,	a	
faringe,	o	esôfago,	o	estômago,	o	intestino	delgado,	o	intestino	grosso,	o	fígado,	
a	vesícula	biliar	e	o	pâncreas.	Em	alguns	casos	um	órgão	pertence	a	mais	de	um	
sistema.	
6)	 Nível organizacional: 	 Um	 organismo	 envolve	 todas	 as	 partes	 do	
corpo	humano,	funcionando	em	conjunto.
1.2 Terminologias anatômicas	
Assim	como	toda	ciência,	a	anatomia	 também	possui	sua	 linguagem	própria	para	
descrever	o	organismo	e	suas	partes,	a	padronização	nos	termos	foi	necessária	pois	no	
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
10
final	do	século	XIX	houve	um	avanço	nas	descobertas	anatômicas	gerando	certa	desordem,	
pois	a	mesma	estrutura	recebe	denominações	diferentes	em	cada	centro	de	estudo.	Em	
1895,	foi	criada	a	primeira	nomenclatura	internacional	na	tentativa	de	uniformizar	os	termos	
e	dando	origem	ao	que	chamamos	de	terminologia	anatômica	 internacional	(DANGELO;	
FATTINI,	2007).
O	 conhecimento	 da	 terminologia	 anatômica	 é	 importante	 para	 promover	 a	
expressão	clara	e	apropriada	dos	 termos	de	maneira	correta.	Embora	você	conheça	os	
termos	 coloquiais	 para	 designar	 as	 partes	 e	 regiões	 do	 corpo	 o	 que	 é	 importante	 para	
facilitar	a	comunicação	com	os	indivíduos	leigos	que	procurem	atendimento,	vocês	futuros	
profissionais	da	área	da	saúde	aprendam	o	uso	da	terminologia	anatômica	internacional,	
para	permitir	a	comunicação	precisa	entre	profissionais	de	saúde	e	cientistas	do	mundo	
todo	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).
1.2.1 Posição anatômica 
A	posição	anatômica	é	uma	posição	de	referência	utilizada	em	todas	as	descrições	
anatômicas	dando	significado	aos	termos	direcionais	utilizados	na	descrição	das	partes	e	
regiões	do	corpo.	As	discussões	sobre	o	corpo,	o	modo	como	se	movimenta,	sua	postura	
ou	 a	 relação	 entre	 uma	 e	 outra	 área	 assumem	que	 o	 corpo	 como	 um	 todo	 está	 numa	
posição	específica	chamada	posição	anatômica.
A	posição	anatômica	refere-se	à	posição	do	corpo	onde	o	indivíduo	se	encontra	ereto	
(posição	ortostática,	é	o	mesmo	que	em	pé)	com	a	cabeça,	e	pés	apontados	para	frente	e	
o	olhar	para	o	horizonte,	os	membros	superiores	estendidos	ao	lado	do	tronco	e	as	palmas	
das	mãos	voltadas	para	frente	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).	Usando	essa	posição	e	a	
terminologia	apropriada,	você	pode	relacionar	com	precisão	uma	parte	do	corpo	a	qualquer	
outra	parte.	
1.3.2. Planos anatômicos e secções
Para	estudarmos	a	Anatomia	Humana	é	necessário	conhecermos	os	chamados	planos	
anatômicos,	que	são	fundamentais	para	facilitar	as	descrições	anatômicas,	localizaçãoe	
a	situação	dos	diferentes	órgãos	do	corpo	baseando-se	em	quatro	planos	imaginários	que	
cruzam	o	corpo	na	posição	anatômica	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).	
●	 Plano mediano ou	 também	 chamado	 de plano sagital mediano: É	
caracterizado	por	ser	o	plano	vertical	que	corta	o	corpo	longitudinalmente,	dividindo	o	
corpo	em	metades	direita	e	esquerda	que	passa	através	da	linha	mediana	do	corpo.
●	 	Plano sagital: são	planos	verticais	que	atravessam	o	corpo	paralelamente	
ao	plano	mediano.	
●	 Plano frontal (coronal): são	 planos	 verticais	 que	 atravessam	 o	 corpo	
formando	ângulos	retos	com	o	plano	mediano,	dividindo	o	corpo	em	partes	anterior	
(frente)	e	posterior	(atrás).
●	 Plano transverso: são	planos	horizontais	que	atravessam	o	corpo	formando	
ângulos	retos	com	os	planos	mediano	e	frontal,	dividindo	o	corpo	em	partes	superior	
e	inferior.	
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
11
1.3.2.1. Planos de secção 
Ao	estudar	uma	região	corporal	é	mostrada	uma	secção	do	mesmo.	Uma	secção	é	
um	corte	do	corpo	ou	de	um	de	seus	órgãos	feito	ao	longo	de	um	dos	planos	anatômicos	
descritos	acima.	É	 importante	conhecer	o	plano	da	secção	para	compreender	a	 relação	
anatômica	 de	 uma	 parte	 com	 a	 outra.	A	Figura 1	 exemplifica	 três	 principais	 planos	 de	
secção:	sagital,	frontal	e	transversal, através	de	visões	diferentes	do	corpo.
FIGURA 1. REPRESENTA OS PLANOS ANATÔMICOS SAGITAL, FRONTAL/CORONAL E 
TRANSVERSO QUE CRUZAM O CORPO NA POSIÇÃO ANATÔMICA. 
1.3.4. Termos de posição e direção
Para	localizar	as	estruturas	corporais,	são	utilizados	termos	de	posição	e	direção.	
Partindo	 do	 princípio	 que	 o	 corpo	 do	 indivíduo	 encontra-se	 na	 posição	 de	 referência	
que	é	chamada	posição	anatômica,	os	anatomistas	utilizam	dois	 termos	de	posição	que	
descrevem	o	corpo	deitado.	Se	o	corpo	está	com	o	rosto	voltado	para	baixo,	ele	está	em	
decúbito	ventral.	No	entanto,	se	o	corpo	está	com	o	rosto	voltado	para	cima,	ele	está	em	
decúbito	dorsal.
Quanto	aos	termos	de	direção	específicos	que	descrevem	a	posição	de	uma	parte	
do	 corpo	em	 relação	à	outra,	 existem	vários	 termos	direcionais	 que	 são	agrupados	em	
pares	 e	 possuem	 significados	 opostos,	 ex.,	 anterior	 (frente)	 e	 posterior	 (atrás).	 	Abaixo	
estão	listados	os	principais	termos	direcionais	com	seus	respectivos	exemplos	(TORTORA;	
DERRICKSON,	2016).
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
12
Termos Direcionais Exemplo de uso
Superior O	coração	é	superior	ao	fígado
Inferior O	estômago	é	inferior	aos	pulmões		
Anterior	 O	esterno	é	anterior	ao	coração
Posterior O	esôfago	é	posterior	à	traqueia
Medial A	ulna	é	média	ao	rádio
Lateral Os	pulmões	são	laterais	ao	coração
Proximal O	úmero	é	proximal	ao	rádio
Distal As	falanges	são	distais	aos	ossos	carpais	
Superficial As	costelas	são	superficiais	aos	pulmões
Profundo As	costelas	são	profundas	em	relação	à	pele	do	tórax	
Ipsilateral A	vesícula	biliar	e	o	colo	ascendente	são	ipsilaterais	(estão	
do	mesmo	lado)
Contralateral O	colo	ascendente	e	o	colo	descendente	são	contralaterais	
(estão	em	lados	opostos	do	corpo)	
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
 SISTEMA ESQUELÉTICO2
TÓPICO
13
O	sistema	esquelético	é	composto	por	vários	tecidos	diferentes	e	atua	em	conjunto	
com	 cartilagem	 e	 articulações.	 Cada	 osso	 do	 corpo	 é	 considerado	 um	 órgão,	 sendo	
responsável	por	fornecer	suporte	e	sustentação	ao	corpo,	servem	como	ponto	de	fixação	
para	os	músculos	e	armazenamento	de	minerais	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).
2.1 Divisão do Esqueleto Humano
O	sistema	 esquelético	 é	 dividido	 em	 duas	 partes	 funcionais:	 esqueleto	 axial	 que	
é	 formado	 pelos	 ossos	 da	 cabeça,	 pescoço,	 e	 tronco	 localizados	 no	 centro	 do	 corpo.	
Enquanto,	 o	 esqueleto	 apendicular	 é	 formado	 pelos	 ossos	 dos	 membros	 superiores	 e	
inferiores, inclusive	 aqueles	 que	 formam	 os	 cíngulos	 dos	 membros	 superiores	 e	 dos	
membros	inferiores.	A	união	do	esqueleto	axial	com	o	apendicular	acontece	por	meio	das	
cinturas	escapular	e	pélvica	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
2.2 Composição dos ossos
O	 tecido	 ósseo	 é	 composto	 por	 dois	 tipos	 de	 osso,	 o	 osso	 compacto	 e	 o	 osso	
esponjoso.	Diferencia-se	pela	quantidade	de	material	sólido	e	pelo	número	e	tamanho	dos	
espaços	que	eles	contêm,	sendo	que	a	proporção	de	osso	compacto	e	esponjoso	varia	de	
acordo	com	a	função	do	osso	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
O	osso	esponjoso	localiza-se	no	interior	do	osso	e	seu	aspecto	esponjoso	se	deve	a	
presença	de	espaços	entre	as	lamínulas	ósseas	que	são	chamadas	de	trabéculas	ósseas.	Em	
algumas	partes	o	osso	esponjoso	é	substituído	por	uma	cavidade	medular	que	abriga	a	medula	
óssea	 amarela	 (armazena	 gordura)	 ou	 vermelha,	 responsável	 pela	 função	 hematopoiética	
(produção	de	células	sanguíneas	e	plaquetas)	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).	
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
14
O	osso	compacto	está	presente	em	todos	os	ossos	como	uma	camada	compacta,	
fina	e	superficial	em	torno	de	uma	massa	central	de	osso	esponjoso,	a	proporção	entre	osso	
compacto	e	esponjoso	é	responsável	por	sua	resistência.	Os	ossos	longos,	por	exemplo,	
possuem	uma	maior	 quantidade	 de	 osso	 compacto	 no	 corpo	 do	 osso	 (diáfise),	 quando	
comparado	 às	 demais	 categorias	 de	 ossos.	Abordaremos	 agora	 a	 estrutura	 dos	 ossos	
longos	(Figura 2),	que	são	as	seguintes:
●	 	Diáfise:	é	a	haste	longa	do	osso	(corpo	do	osso).	Ela	é	composta	principalmente	por	
tecido	ósseo	compacto,	proporcionando	resistência	ao	osso	longo.	
●	 	Epífises:	são	as	extremidades	de	um	osso	longo	e	locais	onde	um	osso	se	articula	
a	um	segundo	osso,	formando	uma	articulação.	Cada	epífise	é	coberta	com	uma	fina	
camada	de	cartilagem	hialina,	chamada	cartilagem	articular.
●	 	Linha	epifisial:	Localiza-se	entre	a	diáfise	e	cada	epífise	de	um	osso	longo	adulto.	
É	um	sinal	da	lâmina	epifisial,	que	é	um	disco	de	cartilagem	hialina	responsável	pelo	
crescimento	ósseo	(alongamento	do	osso)	durante	a	infância.
●	 O	periósteo (periósteo =	em	torno	do	osso)	é uma	membrana	de	tecido	conjuntivo	
que	recobre	os	ossos	externamente,	responsável	por	irrigar	os	ossos	com	nervos	e	
vasos	sanguíneos,	por	isso	sentimos	dor	ao	fraturar	um	osso.	O	periósteo	fornece	
pontos	de	inserção	para	os	tendões	e	ligamentos	que	se	unem	a	um	osso.	
FIGURA 2: ESTRUTURA DOS OSSOS LONGOS 
Fonte: MARIE;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	136.
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15
2.3 Funções do Sistema Esquelético
 
As	funções	desempenhadas	pelo	sistema	esquelético	são	as	seguintes:	
●	 Suporte:	O	esqueleto	sustenta	os	 tecidos	moles	e	 fornece	pontos	de	fixação	para	
tendões	e	músculos	esqueléticos.
●	 Proteção: 	O	esqueleto	protege	os	órgãos	vitais	de	lesão,	por	exemplo,	os	ossos	do	
crânio	protegem	o	encéfalo	e	a	caixa	torácica	protege	o	coração	e	os	pulmões.
●	 Assistência ao movimento:	A	fixação	dos	músculos	esqueléticos	aos	ossos	produz	
movimentos	através	da	contração	da	musculatura	e	tracionamento	dos	ossos.	
●	 Armazenamento e liberação de minerais: 	 O	 tecido	 ósseo	 armazena	 minerais,	
como:	 cálcio	 e	 fósforo,	 que	 contribuem	para	 a	 resistência	 dos	 ossos	 e	 conforme	
a	 necessidade,	 os	minerais	 são	 liberados	 para	 a	 corrente	 sanguínea	 de	modo	 a	
manter	a	homeostasia.
●	 Função hematopoiética: É	caracterizada	pela	produção	de	células	sanguíneas	que	
ocorre	na	medula	óssea	vermelha	presente	no	interior	de	determinados	ossos,	como:	
os	ossos	do	quadril,	costelas,	esterno,	vértebras,	crânio,	extremidades	do	úmero	e	
fêmur.	A	produção	de	hemácias	(eritrócitos),	 leucócitos	e	plaquetas	é	denominada	
de	hematopoese.	
●	 Armazenamento de triglicerídeos: Com	 o	 avanço	 da	 idade,	 grande	 parte	 da	
medula	óssea	é	transformada	de	vermelha	para	amarela.	A	medula	óssea	amarela	é	
responsável	pelo	armazenamento	de	triglicerídeos	que	são	reservade	energia	para	o	
organismo	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
2.4	Classificação	Morfológica	dos	Ossos
Os	ossos	 são	 classificados	 de	 acordo	 com	 suas	 características	morfológicas	 por	
possuir	 tamanhos	 e	 formatos	 variados	 em	 cinco	 tipos:	 ossos	 longos,	 curtos,	 planos,	
irregulares	e	sesamoides	(Figura 3),	refletindo	diretamente	na	função	desempenhada.	Para	
exemplificar,	temos	o	fêmur	que	é	o	osso	da	coxa	e	pertence	à	categoria	dos	ossos	longos,	
esta	característica	atribui	a	ele,	a	função	de	suportar	o	peso	e	pressão	do	corpo	(MARIEB;	
WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).
1) Ossos	longos:	Possui	comprimento	maior	que	a	largura	e	são	constituídos	por	
um	corpo	e	duas	extremidades,	chamadas	de	epífises	e	têm	suas	diáfises	como	
sendo	o	corpo	do	osso,	é	formada	por	tecido	ósseo	compacto.	Exemplo	de	ossos	
longos:	fêmur,	tíbia,	fíbula,	úmero,	radio	e	ulna.
2) Ossos	curtos:	Possuem	comprimento	igual	à	sua	largura.	Exemplos:	ossos	do	
carpo	e	tarso.
3) Ossos	planos:	São	ossos	finos	e	achatados	que	garantem	considerável	prote-
ção.	Exemplos:	Ossos	do	crânio	(frontal,	parietal),	osso	esterno	e	escápula.
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
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4) Ossos	irregulares:	São	ossos	com	formas	variadas	e	não	se	encaixa	nas	outras	
classificações,	como	exemplos:	mandíbula	e	vértebras.	
5) Ossos	sesamoides:	Os	ossos	sesamoides	são	considerados	um	tipo	especial	
de	osso	por	se	desenvolver	em	alguns	tendões	e	se	encontrar	em	lugares	onde	
os	tendões	cruzam	as	extremidades	dos	ossos	longos	nos	membros.	A	patela	é	
um	exemplo	de	osso	sesamoide	e	possui	a	função	de	proteger	os	tendões	contra	
o	desgaste	excessivo.
FIGURA 3: ILUSTRAÇÃO REPRESENTANDO AS CLASSIFICAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS OSSOS 
Fonte: MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	135.
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SISTEMA 
ARTICULAR3
TÓPICO
17
3.1	Definição
 As	 articulações	 são	 definidas	 como	 sendo	 o	 ponto	 de	 contato	 entre	 dois	 ossos,	
entre	osso	e	cartilagem	ou	entre	osso	e	dente,	com	formas	e	funções	variadas.	Algumas	
articulações	não	possuem	movimento,	outras	permitem	pequenos	movimentos,	enquanto	
outras	têm	mobilidade	livre.	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).
3.2	Classificação	
As	articulações	são	classificadas	estruturalmente	de	acordo	com	as	características	
anatômicas	 e	 funcionalmente	 de	 acordo	 com	 o	 tipo	 de	movimento	 que	 as	 articulações	
realizam.
		 A	classificação	estrutural	das	articulações	baseia-se	em	dois	critérios:	1)	existência	
ou	ausência	de	cavidade	articular	(espaço	entre	os	ossos);	2)	tipo	de	tecido	conjuntivo	que	
une	os	ossos.	Portanto,	de	acordo	com	as	caraterísticas	estruturais,	as	articulações	são	
classificadas	como:	articulações	fibrosas,	cartilagíneas	e	sinoviais.
A	 classificação	 funcional	 é	 definida	 com	 relação	 ao	 grau	 de	 movimento	 que	 as	
articulações	executam.	Funcionalmente,	as	articulações	são	classificadas	como:	sinartrose	
(imóvel),	anfiartrose	(ligeiramente	móvel)	e	diartrose	(movimentos	livres).	
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3.2.1 Classificação	Estrutural	das	Articulações
3.2.1.1 Articulações	fibrosas
As	 articulações	 são	 formadas	 por	 tecido	 fibroso	 (tecido	 conjuntivo	 denso	 não	
modelado),	nestas	articulações	as	superfícies	dos	ossos	estão	quase	em	contato	direto	
e	a	maioria	das	articulações	fibrosas	são	 imóveis	ou	 ligeiramente	móveis.	Há	 três	 tipos	
principais	de	articulações	fibrosas:
●	 Suturas:	As	suturas	estão	presentes	apenas	nos	ossos	do	crânio,	mantendo	os	
ossos	firmemente	unidos	e	consideradas	funcionalmente	como	articulações	imóveis	
(sinartrose).	Os	tipos	de	suturas	existentes	são:	plana,	escamosa	e	denteada.
●	 Sindesmose:	A	sindesmose	é	um	tipo	de	articulação	fibrosa,	une	os	ossos	
com	uma	lâmina	de	tecido	fibroso,	podendo	ser	um	ligamento	ou	uma	membrana	
fibrosa	que	une	ossos	(membrana	interóssea).	
●	 Gonfose ou também chamada de sindesmose dentoalveolar:	é	uma	arti-
culação	fibrosa	onde	ocorre	à	fixação	dos	dentes	nas	cavidades	alveolares	na	man-
díbula	e	maxilas,	é	um	processo	semelhante	a	um	pino	encaixando-se	em	uma	ca-
vidade	entre	a	raiz	do	dente	e	o	processo	alveolar	da	maxila.
As	sindesmoses	e	gonfoses	são	classificadas	funcionalmente	como	anfiartroses,	por	
realizar	pequenos	movimentos	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;	
AGUR,	2014).
3.2.1.2 Articulações cartilagíneas
Nas	 articulações	 cartilaginosas,	 os	 ossos	 são	 unidos	 por	 cartilagem	 e	 pequenos	
movimentos	 são	 possíveis	 nestas	 articulações.	 Existem	 dois	 tipos	 de	 articulações	
cartilagíneas:	sínfises	e	sincondroses.
●	 Sínfises:	 são	 articulações	 fortes,	 ligeiramente	 móveis,	 unidas	 por	
fibrocartilagem.	Exemplos	desta	articulação,	incluem:	discos	intervertebrais	(presente	
entre	as	vértebras)	e	sínfise	púbica.	A	estrutura	de	fibrocartilagem	confere	resistência	
à	tensão	e	a	compressão,	agindo	como	um	amortecedor,	as	sínfises	são	articulações	
ligeiramente	móveis	(anfiartroses)	fornecendo	resistência	com	flexibilidade.	
●	 Sincondroses:	Os	ossos	são	unidos	por	cartilagem	hialina,	as	articulações	do	
tipo	sincondrose	dividem-se	em	uniões	temporárias	e	definitivas.	Como	sincondroses	
temporárias	temos,	a	lâmina	epifisial	presente	nas	epífises	dos	ossos	longos	durante	
o	desenvolvimento	do	osso	 longo	e	com	o	passar	do	 tempo	a	 lâmina	epifisial	 se	
converte	 em	 osso	 e	 as	 epífises	 fundem-se	 com	 a	 diáfise.	 Como	 exemplo	 de	
sincondrose	definitiva,	temos	a	articulação	esternocostal	(cartilagem	costal	que	une	
a	primeira	costela	e	o	manúbrio	do	esterno).	Funcionalmente,	as	sincondroses	são	
classificadas	como	sinartroses	por	serem	articulações	imóveis	(MARIEB;	WILHELM;	
MALLATT,	2014).
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
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3.2.2.3 Articulações sinoviais
As	 articulações	 sinoviais	 são	 as	 mais	 importantes	 e	 complexas	 articulações	 do	
corpo	e	permitem	a	realização	de	muitos	movimentos,	sendo	considerada	funcionalmente,	
diartrose.	Exemplos	de	algumas	articulações	sinoviais:	articulação	do	ombro	(glenoumeral),	
joelho	 e	 quadril	 (coxofemoral).	As	 articulações	 sinoviais	 possuem	 característica	 únicas,	
como:	
●	 Cavidade articular:	 É	 uma	 característica	 presente	 somente	 nas	 articulações	
sinoviais,	é	um	espaço	potencial	que	comporta	uma	pequena	quantidade	de	líquido	
sinovial.
●	 Cápsula articular:	membrana	fibrosa	dividida	em	duas	camadas,	a	camada	externa	
promove	 a	 união	 dos	 ossos	 e	 a	 camada	 interna	 é	 chamada	membrana	 sinovial,	
reveste	a	cápsula	articular	e	tem	a	importante	função	de	produzir	o	líquido	sinovial;	
●	 Líquido sinovial:		É	um	líquido	viscoso	que	preenche	o	espaço	da	cavidade	articular	
e	atua	como	lubrificante	articular,	permitindo	o	deslizamento	dos	ossos	com	o	mínimo	
de	atrito.
 ● Cartilagem articular:	Cobre	as	extremidades	dos	ossos	e	serve	para	absorver	as	
forças	de	compressão	aplicadas	nas	articulações,	protege	as	extremidades	ósseas	
(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).
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SISTEMA 
MUSCULAR4
TÓPICO
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4.1 Conceitos
O	 sistema	 muscular	 é	 formado	 por	 músculos	 esqueléticos	 que	 são	 estruturas	
individualizadas	que	cruzam	as	articulações	e,	através	da	sua	capacidade	de	contração,	
são	capazes	de	transmitir	movimento,	esta	habilidade	é	promovida	por	células	específicas	
denominadas	 fibras	 musculares,	 sendo	 os	 músculos	 capazes	 de	 transformar	 energia	
química	em	energia	mecânica	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).
4.2 Tecido Muscular
Existem	 três	 tipos	 de	 músculos:	 músculo	 estriado	 esquelético,	 músculo	 estriado	
cardíaco	e	músculo	liso.
●	 O	músculo estriado esquelético	é	de	controle	voluntário	e	está	associado	
ao	sistema	esquelético	movendo	ou	estabilizando	ossos	e	outras	estruturas,	por	isso	
recebe	o	nome	de	músculos	esqueléticos.●	 	O	músculo estriado cardíaco é	um	músculo	de	controle	 involuntário	pre-
sente	apenas	nas	paredes	do	coração.
●	 O	músculo liso (músculo	 não	 estriado)	 é	 o	músculo	 visceral,	 também	de	
controle	 involuntário	e	 reveste	a	parte	 interna	das	paredes	da	maioria	dos	vasos	
sanguíneos	e	órgãos	ocos	(ex.,	esôfago,	estômago	e	bexiga).	
4.3 Funções
As	funções	do	tecido	muscular	são	as	seguintes:	
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
21
1)	 	Produção dos movimentos corporais:	O	músculo	esquelético	encontra-se	
conectado	ao	sistema	esquelético	produzindo	movimentos,	como	andar	e	correr.
2)	 	Estabilizar as posições corporais:	A	 contração	 contínua	 dos	 músculos	
esqueléticos,	 chamadas	 de	 tônus	 muscular,	 contribuem	 para	 estabilizar	 as	
articulações	promovendo	a	manutenção	das	posições	corporais,	no	ato	de	ficar	em	
pé	ou	sentado.	
3) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As	contrações	dos	músculos	
lisos	 nos	 órgãos	 do	 sistema	 digestório	 promovem	 a	movimentação	 de	 alimentos	
através	 de	 movimentos	 chamados	 peristaltismo.	 Os	 músculos	 esfincterianos	
funcionam	como	válvulas	que	 se	abrem	 (relaxando	deixa	passar	 a	 substância)	 e	
fecham	(contraindo	impede	a	passagem).
4) Produção de Calor:	 A	 contração	 do	 tecido	 muscular	 produz	 calor	 que	 é	
usado	na	manutenção	da	temperatura	corporal.	Durante	a	realização	de	atividade	
física	as	contrações	musculares	são	intensificadas	gerando	um	excesso	de	calor	e	
para	 impedir	o	aumento	da	temperatura	corporal	o	reflexo	 imediato	é	a	sudorese,	
que	ocorre	para	resfriar	o	corpo	(MARIEB,	WILHELM;	MALLATT,	2014).
4.4	Classificação	dos	músculos
Os	músculos	podem	ser	classificados	de	acordo	com	seu	formato	relacionado	com	
a	disposição	das	fibras	musculares.		
4.4.1 Disposição paralela
●	 Músculos planos: Suas	fibras	são	dispostas	paralelamente.	Exemplo:	M.	sartório	
(Figura 4)	é	um	músculo	plano	estreito	com	fibras	paralelas.
FIGURA 4 - M. SARTÓRIO (MÚSCULO PLANO)
Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,		2014,	p.	330.
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
22
●	 Músculos triangulares: Tem	origem	em	uma	área	larga	e	converge	para	formar	um	
único	tendão,	assemelhando-se	a	um	leque.	Exemplo:	M.	peitoral	maior	(Figura 5).	
●	 Músculos fusiformes:	Seu	diâmetro	da	região	central	(ventre)	do	músculo	é	maior	
que	nas	extremidades.	Exemplo:	M.	bíceps	braquial	(Figura 5).
FIGURA 5: M. PEITORAL MAIOR (MÚSCULOS TRIANGULARES) E M. BÍCEPS BRAQUIAL 
(MÚSCULO FUSIFORME).
Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	316.
●	 Músculos quadrados: Apresentam	quatro	lados	iguais,	sendo	o	comprimento	igual	
à	largura.	Exemplo:	M.	reto	do	abdome	e	M.	glúteo	máximo.
									
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
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FIGURA 6: M. RETO DO ABDOME 
FONTE: DRAKE, 2011, P. 130.
Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,		2014,	p.	333.
 FIGURA 7: M. GLÚTEO MÁXIMO
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
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●	 Músculos circulares:	 São	músculos	 que	 circundam	uma	determinada	 região	 ou	
abertura	 do	 corpo,	 fechando-os	 quando	 se	 contraem.	 Exemplo:	M.	 orbicular	 dos	
olhos	(fecha	as	pálpebras).
1.1.2 Disposição oblíqua
●	 Músculos peniformes:		A	disposição	das	fibras	musculares	são	parecidas	com	penas.	
E	podem	ser	classificados	como,	semipeniformes,	peniformes	ou	multipeniformes.	
Exemplo:	M.	extensor	longo	dos	dedos	(semipeniforme),	M.	reto	femoral	(peniforme)	
e	M.	deltoide	(multipeniforme).
FIGURA 8: REPRESENTAÇÃO DOS MÚSCULOS PENIFORMES
Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	275
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
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Oração ao Cadáver Desconhecido
“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo 
nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o 
agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e 
sentiu saudades dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por 
ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas 
o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente.”
Dr. Karl Rokitansky (1876) – médico patologista.
A osteoporose (osso poroso) é uma condição patológica que afeta todo o sistema esquelético acometendo 
10 milhões de pessoas por ano nos EUA. Ocorre durante o processo de envelhecimento, devido a diminui-
ção dos componentes orgânicos e inorgânicos do osso, à perda de cálcio do corpo (pela urina, fezes e suor) 
é maior do que a quantidade absorvido da alimentação, fazendo com que a massa óssea fique porosa 
tornando os ossos frágeis, perdendo a elasticidade e sofrendo fraturas espontâneas. Por exemplo, uma 
fratura de quadril pode resultar da simples ação de sentar-se muito rapidamente. Nos EUA, a osteoporose 
causa mais de 1,5 milhão de fraturas por ano, sendo as principais fraturas de quadril, punhos e vértebras. 
A osteoporose afeta principalmente pessoas idosas e de meia-idade, com maior prevalência de mulheres 
acometidas do que os homens por dois motivos, isto se deve a dois fatos: 1) os ossos das mulheres são 
menos compactos que os dos homens e 2) a produção hormônios nas mulheres diminui na menopausa 
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Prezado(a) aluno(a),
Neste	material,	busquei	trazer	para	você	os	aspectos	gerais	da	anatomia	humana	que	
servirá	de	base	para	o	estudo	dos	temas	subsequentes,	fornecendo	conhecimento	de	termos	
técnicos-científicos	utilizados	rotineiramente	nos	estudos.	Posterior,	a	esta	apresentação	
inicial,	iniciamos	os	estudos	da	anatomia	macroscópica	sistêmica	que	consiste	no	estudo	
detalhado	 dos	 sistemas	 que	 formam	 o	 corpo	 humano.	 Nesta	 abordagem,	 definimos	 e	
destacamos	as	funções	de	três	sistemas:	sistema	esquelético,	articular	e	muscular.	Com	
base	na	contextualização	de	cada	sistema	acredito	que	tenha	ficado	claro	a	você	que	a	
forma	didática	de	estudar	a	anatomia	é	através	das	classificações	dos	sistemas.	No	caso	do	
sistema	esquelético,	classificamos	os	ossos	de	acordo	com	as	características	morfológicas	
que	é	o	aspecto	que	este	osso	apresenta.	Contudo,	o	sistema	articular	é	classificado	de	
duas	formas:	de	acordo	com	a	funcionalidade	da	articulação,	que	diz	respeito	ao	grau	de	
movimento	que	a	mesma	executa	(imóvel,	 ligeiramente	móvel	ou	movimentos	livres)	e	a	
estrutura	da	articulação	(qual	tecido	à	compõem).	E	por	fim,	abordamos	a	classificação	dos	
músculos	de	acordo	com	a	forma	que	o	músculo	se	apresenta	que	depende	da	disposição	
das	fibras	musculares.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	
										A	partir	de	agora	acreditamos	que	você	está	preparado	para	dar	continuidade	aos	
estudos	dos	próximos	sistemas	anatômicos	que	servirá	de	base	para	a	compreensão	de	
outras	disciplinas,	como	a	fisiologia	que	estudará	de	forma	detalhada	a	funcionalidade	de	
cada	sistema	e	finalizamos	com	as	classificações	que	são	formas	didáticas	de	apresentação	
das	estruturas	anatômicas.
Até	uma	próxima	oportunidade.	Muito	Obrigado!
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
27
LEITURA COMPLEMENTAR
Condromatose Sinovial - Relato de caso
INTRODUÇÃO 
Condromatose	 sinovial	 é	 uma	 desordem	 rara	 de	 etiologia	 desconhecida	 e	 se	
caracteriza	pela	presença	de	múltiplos	nódulos	cartilaginosos	dentro	do	tecido	conjuntivo	
da	membrana	das	articulações,	bainhas	e	bursas.	A	articulação	mais	acometida	é	o	joelho,	
seguido	pelo	quadril,	ombro	e	mãos,	com	predomínio	monoarticular.	O	aparecimento	da	
lesão	é	mais	comum	no	sexo	masculino	e	em	pessoas	entre	a	terceira	e	quinta	década	de	
vida.	O	diagnóstico	de	condromatose	sinovial	é	dado	após	uma	minuciosa	história,	exame	
físico	e	exame	radiográfico.No	entanto,	o	diagnóstico	definitivo	é	realizado	após	exame	
histológico	do	 tecido	 sinovial	 e	o	 tratamento	de	escolha	para	os	pacientes	 sintomáticos	
é	 cirúrgico.	 Considera-se	 que	 a	 presença	 de	 múltiplos	 corpos	 livres	 intra-articulares,	
independentemente	 se	 de	 causa	 degenerativa,	 neuropática,	 osteocondrite	 dissecante	
ou	 outras,	 já	 é	 suficiente	 para	 caracterizar	 o	 quadro,	 podendo,	 em	estágio	mais	 tardio,	
apresentar	a	metaplasia	condroide	sinovial.
CASO
Paciente	masculino,	 34	 anos	 de	 idade,	 apresentou	 dor	 forte	 em	 joelho	 esquerdo	
associado	 à	 incapacidade	 funcional	 sem	 fator	 desencadeante	 aparente.	 Procurou	
atendimento	médico	em	dezembro	de	2006,	quando	lhe	foram	prescritos	AINES.	Após	um	
ano	relatou	aumento	do	edema	e	dor	no	local.	Foi	encaminhado	ao	especialista	em	joelho	com	
suspeita	de	lesão	meniscal.	No	exame,	foram	detectados	edema	intenso	da	articulação	com	
limitação	de	movimento,	dor	exacerbada	e	punção	articular	negativa;	como	não	apresentava	
alterações	 nas	 radiografias	 simples,	 foi	 solicitado	 exame	 de	 ressonância	 magnética	 do	
joelho.	Ao	exame	de	ressonância	magnética,	evidenciou-se	volumoso	acúmulo	de	líquido	
intra-articular,	associado	à	acentuada	proliferação	sinovial	sugestivo	de	sinovite	vilonodular	
pigmentada	com	meniscos	e	ligamentos	íntegros.	Paciente	foi	submetido	a	artroscopia	do	
joelho	 esquerdo	 que	 evidenciou	 fragmentos	 irregulares	 e	 esbranquiçados,	 sendo	 então	
realizada	artrotomia	com	retirada	da	 lesão	e	sinovectomia	ampla,	o	material	 foi	enviado	
para	 exame	 anatomopatológico,	 o	 qual	 evidenciou	 presença	 de	 condromatose	 sinovial.	
Após	oito	meses	de	cirurgia,	o	paciente	apresenta-se	sem	queixas,	joelho	esquerdo	com	
amplitude	de	130º	sem	derrame	articular	ou	sinais	inflamatórios.	A	condromatose	sinovial	é	
uma	metaplasia	benigna	rara	da	membrana	sinovial,	originando	a	formação	de	corpos	livres	
cartilaginosos	no	espaço	articular	de	difícil	diagnóstico,	já	que	95%	dos	nódulos,	quando	
não	calcificados,	podem	passar	despercebidos	radiologicamente.
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
28UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
DISCUSSÃO 
A	 condromatose	 sinovial	 é	 uma	 metaplasia	 benigna	 rara	 da	 membrana	 sinovial,	
originando	 a	 formação	 de	 corpos	 livres	 cartilaginosos	 no	 espaço	 articular	 sem	 sinais	
de	 malignização,	 nem	 relação	 direta	 com	 traumatismos	 ou	 processos	 inflamatórios.	
Os	 nódulos	 podem	 ser	 pediculados	 e	 liberados	 no	 espaço	 articular	 onde	 podem	
permanecer	 como	corpos	 livres	e	aumentar	de	 tamanho.	Sua	origem	pode	ser	primária	
ou	 secundária.	 As	 manifestações	 clínicas	 são	 dor,	 inflamação	 e	 limitação	 funcional	
monoarticular.	As	 articulações	mais	 afetadas	 são	 os	 joelhos	 (50%),	 quadril	 e	 tornozelo.	
	 A	radiologia	convencional	é	muito	característica	se	os	corpos	livres	estão	calcificados	
(osteocondromatose),	 sendo	 difícil	 sua	 interpretação	 quando	 são	 radiotransparentes	
(condromatose).	Na	ressonância	magnética	observa-se	hiperplasia	sinovial	heterogênea	e	na	
artroscopia	observa-se	um	espessamento	acentuado	dos	tecidos	que	constituem	a	cavidade	
articular	acompanhados	de	numerosos	nódulos	cartilaginosos	pequenos	e	 irregulares.	O	
diagnóstico	diferencial	deve	ser	feito	com	o	condrossarcoma	sinovial	e	a	condrometaplasia	
secundária,	que	ocorre	quando	pequenos	 fragmentos	de	osso	ou	cartilagem	articular	se	
desprendem	e	ficam	na	cavidade	articular	após	traumatismos	ou	doenças	degenerativas.	
Em	 nosso	 caso,	 a	 idade,	 localização	 e	 a	 característica	monoarticular	 coincidem	 com	 a	
literatura	(LASMAR	et al, 2010).
29
MATERIAL COMPLEMENTAR 
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR
LIVRO
Título: Gray - Anatomia Clínica para Estudantes 
Autor: Richard Drake. 
Editora: Guanabara Koogan.
Sinopse: O Gray Anatomia Clínica para Estudantes, foca pre-
cisamente nas informações que você necessita para estudar 
Anatomia, em um formato fácil de ler e visualmente atraente 
que facilita o estudo. 
FILME/VÍDEO 
Título: Introdução à Anatomia
Ano: 2020.
Sinopse: O vídeo aborda os aspectos introdutórios à anatomia 
humana, destacando o conceito e apresenta a terminologia 
anatômica.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5c3Pp-
-b7uwc.
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Richard+Richard+Drake&text=Richard+Richard+Drake&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks
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Plano de Estudos
• Sistema Cardiovascular
• Sistema Linfático
• Sistema Respiratório
Objetivos	da	Aprendizagem
• Conceituar o sistema cardiovascular e conhecer os elementos que 
compõem estes sistemas (sangue, coração e vasos sanguíneos);
• Identificar a morfologia externa e interna do coração;
• Compreender a circulação pulmonar e sistêmica;
• Conceituar o sistema linfático;
• Definir os vasos linfáticos, tecidos e órgãos linfáticos;
• Conceituar o sistema respiratório e identificar seus órgãos.
Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
SISTEMAS SISTEMAS 
CARDIOVASCULAR, CARDIOVASCULAR, 
LINFÁTICO E LINFÁTICO E 
RESPIRATÓRIORESPIRATÓRIO2UNIDADEUNIDADE
INTRODUÇÃO
31
Nesta	 unidade	 vocês	 aprenderão	 sobre	 o	 sistema	 cardiovascular,	 linfático	 e	
respiratório.	 O	 sistema circulatório	 compreende	 o	 estudo	 de	 dois	 sistemas,	 o	 sistema	
cardiovascular	 e	 o	 linfático. Iniciaremos	 falando	 sobre	 o	 sistema	 cardiovascular	 que	 é	
formado	pelo	coração	e	vasos	sanguíneos	que	trabalham	em	conjunto	com	o	objetivo	de	
manter	o	sangue	circulando	no	nosso	corpo.	A	circulação	sanguínea	é	promovida	pela	ação	
do	bombeamento	do	coração	que	impulsiona	o	sangue	a	sair	do	coração	em	direção	as	
artérias,	estas	por	sua	vez	se	ramificam	até	se	tornarem	capilares	sanguíneos,	que	irrigam	
os	tecidos	corporais	transportando	pelo	sangue	oxigênio	e	nutrientes,	e	também	promove	
o	transporte	de	dióxido	de	carbono	(CO2)	e	resíduos	celulares	que	se	difundem	dos	tecidos	
para	 a	 corrente	 sanguínea.	Além	do	oxigênio,	 fica	 a	 cargo	do	 sistema	 cardiovascular	 a	
realização	 do	 transporte	 de	 outras	 substâncias	 como,	 hormônios	 até	 seus	 órgãos-alvo,	
bem	como,	de	células	de	defesa	do	corpo	para	locais	específicos	de	combate	à	infecção.	
Com	relação	ao	sistema	linfático,	ele	também	é	considerado	parte	do	sistema	circulatório,	
sendo	composto	por	vasos	linfáticos,	órgão	linfáticos	e	um	líquido	que	flui	através	dos	vasos	
linfáticos.	Este	líquido	é	proveniente	da	drenagem	do	líquido	intersticial	(líquido	que	banha	
as	células)	que	ao	adentrarem	os	vasos	linfáticos,	recebe	o	nome	de	linfa.	A	linfa	percorre	
o	 trajeto	por	 vasos	 linfáticos,	 passando	por	 linfonodos,	 que	 são	estruturas	que	abrigam	
células	que	destroem	agentes	estranhos	patogênicos	presentes	na	linfa,	promovendo	seu	
retorno	ao	sangue.		
Finalizaremos	estudando	sobre	as	estruturas	anatômicas	do	sistema	respiratório,	e	
a	função	primordial	deste	sistema	que	consiste	em	realizar	a	troca	de	gases	(oxigênio	e	dió-
xido	de	carbono)	com	o	ar	atmosférico,	garantindo	a	concentração	deoxigênio	no	sangue	
necessária	para	as	realizações	das	reações	metabólicas	celulares,	bem	como,	promover	
a	eliminação	de	gases	residuais,	resultantes	dessas	reações	que	são	representadas	pelo	
gás	carbônico.
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
32
SISTEMA 
CARDIOVASCULAR1
TÓPICO
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
1.1 Introdução ao Sistema Cardiovascular
O	sistema	cardiovascular	é	composto	pelo	sangue,	coração	e	vasos	sanguíneos	e	
apresenta	as	seguintes	funções:	
●	 Transporte:	O	sangue	é	responsável	pelo	transporte	de	várias	substâncias	
como	 hormônios,	 e	 inclui	 a	 captação	 do	 oxigênio	 pelos	 pulmões	 e	 nutrientes	
provenientes	 do	 sistema	 digestório	 até	 células	 do	 corpo,	 que	 os	 utilizam	 para	 a	
produção	 de	 energia.	O	 sangue	 também	 realiza	 o	 transporte	 de	metabólitos	 que	
são	 resíduos	 produzidos	 pelas	 células,	 como	 o	 dióxido	 de	 carbono	 (CO2)	 que	 é	
transportado	até	os	órgãos	responsáveis	pela	sua	eliminação.	
●	 Regulação:	 O	 sistema	 cardiovascular	 atua	 no	 controle	 da	 temperatura	
corporal	através	da	regulação	da	quantidade	de	sangue	direcionada	para	a	superfície	
do	corpo.	Para	exemplificar	pensem	em	um	indivíduo	ao	realizar	atividade	física,	a	
temperatura	corporal	aumenta,	o	sangue	é	desviado	para	os	vasos	cutâneos	(vasos	
da	pele)	mais	superficiais,	o	indivíduo	fica	vermelho	(rubor),	a	maior	quantidade	de	
sangue	na	superfície	corporal	gera	o	resfriamento	através	da	perda	de	calor	para	
o	 ambiente.	 Em	 casos	 onde	 há	 diminuição	 da	 temperatura	 ambiente,	 o	 sangue	
é	 desviado	 para	 vasos	 mais	 profundos,	 diminuindo	 a	 quantidade	 de	 sangue	 na	
superfície	 e	 nas	 extremidades	 do	 corpo	 acarretando	 na	 diminuição	 da	 perda	 de	
temperatura	para	o	ambiente,	mantendo	o	corpo	aquecido.
●	 Proteção:	A	proteção	ocorre	através	do	transporte	sanguíneo	das	células	de	
defesa	chamadas	de	glóbulos	branco	(leucócitos),	que	atuam	combatendo	infecções.	
Outro	mecanismo	de	proteção	acontece	através	da	coagulação	sanguínea	evitando	a	
perda	de	sangue,	a	coagulação	é	o	processo	de	transformação	do	sangue	líquido	em	
um	coágulo	sólido,	ajudando	a	interromper	o	processo	de	sangramento	(TORTORA;	
DERRICKSON,	2016).
33
1.2 Composição do Sangue
O	sangue	corresponde	a	aproximadamente	8%	da	massa	corporal,	seu	volume	em	
homens	adultos	é	de	5	a	6	litros	e	de	4	a	5	litros	nas	mulheres,	esta	diferença	de	volume	
entre	homens	e	mulheres	é	decorrente	das	diferenças	de	tamanho	corporal.	
O	sangue	é	composto	por	células	(elemento	figurado)	envoltas	por	matriz	extracelular	
líquida	chamada	de	plasma	sanguíneo,	que	mantêm	as	células	suspensas	e	substâncias	
dissolvidas	(hormônios),	este	sangue	recebe	o	nome	de	sangue	total.	Quando	uma	amostra	
de	sangue	é	centrifugada	em	tubo	de	vidro	é	obtido	a	separação	das	células	que	por	serem	
mais	 densas	 se	 depositam	no	 fundo	 do	 tubo	 enquanto	 o	 plasma	 (que	 é	menos	 denso)	
fica	em	uma	camada	na	parte	superior	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	
DERRICKSON,	2016).	
●	 Elementos	figurados	do	sangue:	Corresponde	a	cerca	de	45%	do	sangue	e	
incluem	três	componentes	principais,	que	são	as	hemácias,	leucócitos	e	plaquetas.	
1)	 As	 hemácias	 ou	 também	 chamadas	 de	 eritrócitos	 transportam	 oxigênio	 dos	
pulmões	para	as	células	corporais	e	dióxido	de	carbono	das	células	do	corpo	para	
os	pulmões;	2)	Os	leucócitos	são	células	do	sistema	de	defesa	e	atua	na	proteção	
do	corpo	contra	patógenos	invasores	(ex.	vírus	e	bactérias);	3)	As	plaquetas,	o	último	
tipo	de	elemento	figurado,	são	fragmentos	celulares	que	promovem	a	coagulação	
do	 sangue	 nos	 casos	 de	 dano	 dos	 vasos	 sanguíneos	 impedindo	 o	 sangramento	
excessivo	(Figura 1).	
●	 Plasma sanguíneo:	É	a	matriz	extracelular	aquosa	de	cor	palha	que	contém	
substâncias	dissolvidas	(soluto).	O	plasma	é	composto	por	91,5%	de	água	e	8,5%	
de	solutos,	cuja	maioria	são	proteínas	que	por	serem	encontradas	no	plasma	são	
chamadas	de	proteínas	plasmáticas	e	incluem:	as	albuminas,	globulinas	e	fibrinogênio.	
Além	de	proteínas,	os	outros	solutos	no	plasma	são	eletrólitos,	nutrientes,	substâncias	
reguladoras	como	enzimas	e	hormônios,	gases	e	resíduos	metabólicos,	como:	ureia,	
ácido	úrico,	creatinina,	amônia	e	bilirrubina	(Figura 1).	
FIGURA 1: MOSTRA A COMPOSIÇÃO DO PLASMA SANGUÍNEO E OS NÚMEROS DOS VÁRIOS 
TIPOS DE ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
34
1.3 Coração
O	coração	é	um	órgão	muscular	oco,	um	pouco	maior	do	que	uma	mão	fechada	e	
considerado	o	maior	órgão	do	mediastino	(região	 localizada	entre	os	dois	pulmões)	cuja	
função	é	de	bombear	o	sangue	através	do	sistema	cardiovascular.	A	contração	cardíaca	
é	chamada	de	sístole	e	o	relaxamento	do	coração	é	chamado	de	diástole.	O	coração	tem	
forma	de	cone,	localiza-se	no	tórax	com	seu	ápice voltado	para	o	lado	esquerdo	do	corpo,	
posterior	ao	osso	esterno	e	as	cartilagens	costais	e	apoiado	sobre	o	diafragma	(Figura 2)	
(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).
1.3.1 Revestimento do coração
		 O	coração	é	revestido	por	uma	membrana	externa	que	protege	o	coração	e	mantém	
sua	posição	no	mediastino,	embora	permita	a	realização	de	movimentação	de	contrações	
rápidas	e	vigorosas	(Figura 2).	O	pericárdio	consiste	em	duas	partes	principais:	pericárdio	
fibroso	e	pericárdio	seroso	(Figura 3).
FIGURA 2: MOSTRA A LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO RECOBERTO PELO PERICÁRDIO
O	pericárdio	fibroso	é	superficial	e,	é	um	tecido	conjuntivo	irregular,	denso,	resistente	
e	não	elástico,	assemelha-se	a	um	saco,	 repousa	sobre	o	diafragma	e	se	prende	a	ele.	
Contudo,	o	pericárdio	seroso	é	uma	membrana	mais	fina	e	mais	delicada	que	forma	uma	
dupla	 camada	 (parietal	 e	 visceral),	 envolvendo	 o	 coração.	A	 camada	 parietal	 é	 a	mais	
externa,	do	pericárdio	seroso,	enquanto,	a	camada	visceral	é	mais	 interna	do	pericárdio	
seroso,	 também	chamada	epicárdio,	adere	 fortemente	à	superfície	do	coração.	Entre	as	
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
35
camadas	parietal	e	visceral	do	pericárdio	seroso	existe	um	espaço	chamado	de	cavidade	
do	pericárdio,	esta	cavidade	é	preenchida	por	um	líquido	seroso	lubrificante,	denominado	
líquido	pericárdico,	cuja	 função	é	reduzir	o	atrito	entre	as	camadas	do	pericárdio	seroso	
conforme	o	coração	se	move	(Figura 3)	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
1.3.2 Camadas da parede do coração
A	parede	do	coração	é	formada	por	três	camadas	(Figura 3):	o	epicárdio	(camada	
externa),	o	miocárdio	(camada	intermediária)	e	o	endocárdio	(camada	interna).	
●		Epicárdio:	Camada	externa	do	coração	é	uma	delgada	lâmina	de	tecido	seroso.	O	
epicárdio	é	contínuo,	a	partir	da	base	do	coração,	com	o	revestimento	interno	do	pericár-
dio,	denominado	camada	visceral	do	pericárdio	seroso.	
●		Miocárdio:	É	a	camada	média	e	a	mais	espessa	do	coração,	composto	por	músculo	
estriado	cardíaco	que	permite	a	contração	rápida	e	vigorosa	do	coração	impulsionando	o	
sangue	que	saí	do	coração	em	direção	aos	vasos	sanguíneos.	
●		Endocárdio: É	a	camada	interna	do	coração	uma	fina	camada	de	tecido	composto	
por	epitélio	pavimentoso	simples	sobre	uma	camada	de	tecido	conjuntivo.	O	endocárdio	
também	reveste	as	valvas	e	é	contínuo	com	o	revestimento	dos	vasos	sanguíneos	que	
entram	e	saem	do	coração	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
FIGURA 3: A IMAGEM MOSTRA AS MEMBRANAS DE REVESTIMENTO DO CORAÇÃO 
(PERICÁRDIO FIBROSO E SEROSO) E A COMPOSIÇÃO DA PAREDE DO CORAÇÃO. OBSERVE 
DE ACORDO COM OS NÚMEROS NA IMAGEM: 1) PERICÁRDIO FIBROSO; 2) PERICÁRDIO 
PARIETAL; 3) PERICÁRDIO VISCERAL (ENDOCÁRDIO); 4) MIOCÁRDIO E 5) ENDOCÁRDIO.
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
36
1.4 Morfologia externa do coração
O	coração	apresenta	quatro	faces:	
1) Face Esternocostal (Anterior):	formada	pelo	ventrículo	direito;	
2) Face Diafragmática (Inferior):	 formada	 principalmente	 pelo	 ventrículo	
esquerdo	e	parcialmente	pelo	ventrículo	direito;
3) Facepulmonar direita:	formada	pelo	átrio	direito	e;
4) Face Pulmonar Esquerda:	formada	principalmente	pelo	ventrículo	esquerdo,	
ela	ocupa	a	impressão	cárdica	do	pulmão	esquerdo.
As	quatro	margens	do	coração	são:
Margem	 superior	 (base	 do	 coração):	 	 formada	 pelos	 átrios	 e	 aurículas	 direita	 e	
esquerda,	 local	 onde	emergem	a	parte	ascendente	da	aorta,	 tronco	pulmonar	e	 recebe	
as	 veias	 pulmonares	 direita	 e	 esquerda	 e	 as	 veias	 cavas	 superiores	 e	 inferiores	 nas	
extremidades	superior	e	inferior	de	sua	porção	do	átrio	direito.
●	 Margem inferior (ápice):	 formada	 principalmente	 pelo	 ventrículo	 direito	 e	
pequena	parte	pelo	ventrículo	esquerdo.
●	 Margem direita: formada	pelo	átrio	direito	e	ventrículo	direito.
●	 Margem esquerda: formada	pelo	ventrículo	esquerdo	e	pequena	parte	pela	
aurícula	do	átrio	esquerdo	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).
1.5 Morfologia interna do coração
O	 lado	 direito	 do	 coração	 (coração	 direito)	 recebe	 sangue	 pouco	 oxigenado	
(venoso)	 através	 da	 veia	 cava	 superior	 e	 inferior	 e	 o	 bombeia	 através	 do	 tronco	 e	 das	
artérias	 pulmonares	 para	 ser	 oxigenado	 nos	 pulmões.	 O	 lado	 esquerdo	 do	 coração	
(coração	 esquerdo)	 recebe	 sangue	 oxigenado	 (arterial)	 vindo	 dos	 pulmões	 através	 das	
veias	pulmonares	e	o	bombeia	para	a	aorta,	de	onde	é	distribuído	para	o	corpo	(MOORE;	
DALLEY;	AGUR,	2014).
O	coração	possui	quatro	câmaras:	dois	átrios	e	dois	ventrículos.	Os	átrios	são	as	
duas	câmaras	superiores	que	recebem	sangue	e	os	ventrículos	são	duas	câmaras	inferiores	
que	bombeiam	o	sangue	para	fora	do	coração	(Figura 4).	Na	face	anterior	de	cada	átrio	
existe	uma	estrutura	enrugada,	em	forma	de	saco,	chamada	aurícula	(semelhante	à	orelha	
de	cão)	que	aumenta	a	capacidade	do	átrio	para	conter	maior	volume	de	sangue.	
Na	 superfície	 do	 coração	 existem	 vários	 sulcos,	 que	 contêm	 vasos	 sanguíneos	
coronarianos	e	uma	quantidade	variável	de	gordura,	cada	sulco marca	a	fronteira	externa	
entre	duas	câmaras	do	coração.	O	sulco	coronário	circunda	a	maior	parte	do	coração	e	
marca	a	fronteira	externa	entre	os	átrios	acima	e	os	ventrículos	abaixo.	Enquanto	o	sulco	
interventricular	anterior	é	um	sulco	 raso	na	 face	esternocostal	do	coração,	que	marca	a	
fronteira	externa	entre	os	ventrículos	direito	e	esquerdo.	Este	sulco	continua	em	torno	da	
face	posterior	 do	 coração	 como	o	 sulco	 interventricular	 posterior,	 que	marca	a	 fronteira	
externa	entre	os	ventrículos	na	face	posterior	do	coração	(Figura 4).	(MOORE;	DALLEY;	
AGUR,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
37
FIGURA 4: PRIMEIRA IMAGEM OBSERVA AS QUATRO CÂMARAS. SEGUNDA IMAGEM 
MOSTRA AS AURÍCULAS DOS ÁTRIOS DIREITO E ESQUERDO E OS SULCOS CORONÁRIO E 
INTERVENTRICULAR.
1.1.1	 Átrio Direito (AD)
O	átrio	direito	recebe	sangue	venoso	de	duas	grandes	veias:	veia	cava	
superior	e	veia	cava	inferior.	A	veia	cava	superior	recolhe	sangue	da	cabeça	
e	 parte	 superior	 do	 corpo,	 enquanto,	 a	 veia	 cava	 inferior	 recebe	 sangue	
do	 abdômen	 e	 membros	 inferiores.	 O	 sangue	 passa	 do	 átrio	 direito	 para	
ventrículo	 direito	 através	 de	 uma	 válvula	 chamada	 tricúspide	 (formada	por	
três	válvulas).	Entre	o	átrio	direito	e	o	átrio	esquerdo	existe	uma	parede	fina	
chamado	septo	interatrial	que	possui	uma	depressão	oval	chamada	de	fossa	
oval,	 que	 representa	 um	vestígio	 do	 forame	oval	 presente	 no	 feto.	O	átrio	
direito	apresenta	uma	expansão	denominada	aurícula	direita,	que	serve	para	
amortecer	o	impulso	do	sangue	ao	penetrar	no	átrio	(Figura 5)	(TORTORA;	
DERRICKSON,	2016).	
1.1.2	 Ventrículo Direito (VD)
O	 ventrículo	 direito	 forma	 a	 maior	 parte	 da	 superfície	 anterior	 do	
coração.	Recebe	o	sangue	do	átrio	direito	e	o	bombeia	para	a	artéria	tronco	
pulmonar	que	direciona	o	sangue	para	a	circulação	pulmonar.	A	parede	interna	
do	VD	apresenta	uma	série	de	feixes	elevados	de	fibras	musculares	cardíacas	
chamadas	trabéculas	cárneas.	No	óstio	atrioventricular	direito	existe	a	presença	
de	uma	válvula	atrioventricular	(tricúspide)	que	impede	o	sangue	de	retornar	
do	ventrículo	para	o	átrio	direito.	A	valva	é	presa	por	filamentos	denominados	
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
38UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
cordas	tendíneas,	que	se	inserem	em	pequenas	colunas	cárneas	chamadas	
de	músculos	papilares.	A	válvula	do	tronco	pulmonar	também	é	constituída	por	
pequenas	lâminas,	dispostas	em	concha,	denominadas	válvulas	semilunares	
(Figura 5)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).	
1.1.3	 Átrio Esquerdo (AE)
O	átrio	esquerdo	é	uma	cavidade	com	paredes	finas	e	lisas	que	recebe	
o	sangue	já	oxigenado	através	de	quatro	veias	pulmonares.	O	sangue	passa	
do	 átrio	 esquerdo	 para	 o	 ventrículo	 esquerdo,	 através	 da	 valva	 bicúspide	
(mitral),	que	tem	apenas	duas	cúspides.	O	átrio	esquerdo	também	apresenta	
uma	expansão	chamada	aurícula	esquerda	revestida	por	músculos	pectíneos	
(Figura 5)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).
	
1.1.4	 Ventrículo Esquerdo (VE)
O	 ventrículo	 esquerdo	 forma	 o	 ápice	 do	 coração.	 O	 VE	 bombeia	 o	
sangue	 em	 direção	 a	 artéria	Aorta	 que	 possui	 válvula	 semilunares	 (valva	
aórtica)	o	impulsionando	a	percorrer	a	circulação	sistêmica.	As	características	
são	 semelhantes	 ao	 VE,	 contém	 trabéculas	 cárneas,	 músculos	 papilares,	
cordas	 tendíneas	 e	 uma	 válvula	 atrioventricular	 formada	 apenas	 por	 duas	
lâminas	denominadas	cúspides	(mitral)	localizada	na	abertura	atrioventricular	
esquerda.	 Contudo,	 parte	 do	 sangue	 flui	 para	 as	 artérias	 coronárias,	 que	
se	 ramificam	a	 partir	 da	 aorta	 ascendente,	 levando	 sangue	para	 a	 parede	
cardíaca	 irrigando	o	músculo	cardíaco;	o	 restante	do	sangue	passa	para	o	
arco	da	aorta	e	para	a	aorta	descendente	(aorta	torácica	e	aorta	abdominal).	
Ramos	arteriais	do	arco	da	aorta	e	da	aorta	descendente	levam	sangue	para	
todo	o	corpo	(Figura 5)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).
39UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
FIGURA 5: CORTE FRONTAL DO CORAÇÃO MOSTRANDO A MORFOLOGIA INTERNA DO 
CORAÇÃO
Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	592.
1.6 Circulação pulmonar e sistêmica
O	 coração	 é	 uma	 bomba	 muscular	 que	 impulsiona	 o	 sangue	 a	
percorrer	os	vasos	sanguíneos.	Todavia,	existe	uma	diferença	entre	o	sangue	
que	 percorre	 as	 artérias,	 chamado	 de	 sangue	 arterial	 do	 sangue	 venoso	
(sangue	que	percorre	as	veias)	a	diferença	consiste	no	teor	de	oxigênio	no	
sangue.	O	sangue	venoso	é	um	sangue	pobre	em	oxigênio	que	precisa	ser	
oxigenado	para	fornecer	aos	tecidos	este	elemento	gasoso	que	é	vital	para	a	
sobrevivência	dos	tecidos	e	para	compreensão	desse	processo	é	necessário	
entender	 que	 a	 circulação	 sanguínea	 ocorre	 a	 nível	 pulmonar	 e	 sistêmico	
(Figura 6)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,	
2014).
●	 Circulação Pulmonar:	Circulação	Pulmonar:	O	átrio	direito	é	a	câmara	que	recebe	
o	sangue	com	baixo	 teor	de	oxigênio	proveniente	dos	 tecidos	que	chega	ao	átrio	
direito	através	da	veia	cava	superior	e	 inferior.	Depois,	o	sangue	se	desloca	para	
o	ventrículo	direito	do	coração,	sendo	bombeado	para	os	pulmões	onde	irá	captar	
oxigênio	(O2)	e	dispersar	o	dióxido	de	carbono	(CO2).	(Figura 6)
●	 Circulação Sistêmica:	 O	 sangue	 oxigenado	 retorna	 dos	 pulmões	 para	 o	 átrio	
esquerdo,	posteriormente	ocupa	o	ventrículo	esquerdo	que	bombeia	o	sangue	em	
direção	a	artéria	aorta	por	todo	o	corpo	a	fim	de	fornecer	oxigênio	e	nutrientes	para	
os	tecidos	do	corpo.	(Figura 6)
40
FIGURA 6: CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA. O LADO DIREITO DO CORAÇÃO 
BOMBEIA O SANGUE POBRE EM O2 E COM ALTO TEOR DE CO2 PARA OS PULMÕES ONDE 
O SANGUE RECEBE O2 E DEIXA O CO2 PARA SER DISPENSADO, CARACTERIZANDO A 
CIRCULAÇÃO PULMONAR. O LADO ESQUERDO DO CORAÇÃO RECEBE O SANGUE VINDO 
DOS PULMÕES E O BOMBEIA PARA TODOS OS TECIDOS DO CORPO VIA CIRCULAÇÃO 
SISTÊMICA
Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,2014,	p.	586.
1.7 Vasos sanguíneos
Os	vasos	 sanguíneos	 formam	uma	 rede	de	 tubos	por	 onde	o	 sangue	 circula	 em	
direção	aos	tecidos	do	corpo	e	de	volta	ao	coração	e	são	divididos	em:	artérias,	veias	e	
capilares.
As	artérias	são	os	vasos	sanguíneos	que	partem	do	coração	e	vão	se	ramificando	
em	menor	calibre,	até	atingirem	os	capilares	que	 irrigam	os	 tecidos	do	corpo.	Enquanto	
que,	as	veias	são	os	vasos	sanguíneos	que	chegam	ao	coração	 trazendo	o	sangue	da	
periferia	do	corpo	para	o	coração.	Já	os	capilares	sanguíneos	são	vasos	de	menor	calibre	
(muito	finos)	responsáveis	por	chegar	efetivamente	até	as	células	do	corpo	para	realizar	as	
trocas	de	gases,	nutrientes	e	resíduos.	Esta	passagem	de	sangue	através	do	coração	e	dos	
vasos	sanguíneos	é	chamada	de	circulação	sanguínea.
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
41
SISTEMA 
LINFÁTICO2
TÓPICO
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
2.1 Introdução ao sistema linfático
O	sistema	linfático	é	composto	por	uma	rede	de	vasos	linfáticos	que	transportam	um	
líquido	chamado	linfa,	e	diversas	estruturas	e	órgãos	linfáticos	(baço,	linfonodos	e	timo).	O	
sistema	linfático	apresenta	três	funções	principais:	
●	 Drenagem do excesso de líquido intersticial:	 O	 líquido	 intersticial	 é	 o	 líquido	
que	banha	as	células	do	corpo,	esta	 função	é	 responsável	pela	conexão	entre	o	
sistema	linfático	e	o	sistema	circulatório	cardiovascular.	O	sistema	linfático	devolve	
o	excesso	de	 líquido	para	o	sistema	vascular	sanguíneo	através	da	drenagem	do	
líquido	 intersticial	 realizado	 pelos	 vasos	 linfáticos	 e	 o	 transporta	 para	 a	 corrente	
sanguínea,	devolvendo	ao	sangue.	
●	 Desempenhar respostas imunes:	O	sistema	 imune	protege	o	organismo	contra	
agentes	 causadores	 de	 doenças	 atuando	 no	 combate	 às	 infecções,	 conferindo	
imunidade	às	doenças.
●	 Transportar lipídios oriundos da dieta:	Os	vasos	linfáticos	transportam	lipídios	e	
vitaminas	lipossolúveis	(A,	D,	E	e	K)	absorvidas	pelo	sistema	digestório	(TORTORA;	
DERRICKSON,	2016).
2.2 Vasos linfáticos 
Os	vasos	linfáticos	coletam	o	excesso	de	líquido	intersticial,	em	volta	dos	capilares	
sanguíneos	 e	 o	 devolve	 para	 a	 corrente	 sanguínea.	A	 partir	 do	momento	 que	 o	 líquido	
intersticial	é	coletado	e	adentra	os	vasos	linfáticos,	ele	passa	a	ser	chamado	de	linfa	e	flui	
pelos	linfonodos.
42
Os	vasos	linfáticos	são	encontrados	no	tecido	subcutâneo,	acompanhando	as	veias,	
no	entanto,	os	vasos	linfáticos	das	vísceras	geralmente	acompanham	as	artérias.	Os	vasos	
linfáticos	 iniciam-se	 com	os	 capilares	 linfáticos	que	 são	 vasos	menores	 localizados	nos	
espaços	entre	as	células	recebendo	a	linfa	e	se	unem	para	formar	vasos	linfáticos	maiores.	
Contudo,	a	 linfa	é	drenada	dos	vasos	 linfáticos	para	os	 troncos	 linfáticos,	que	se	unem	
formando	os	ductos	 linfáticos	que	direciona	a	 linfa	para	o	coração	 (Figura 7)	 (MARIEB;	
WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).	
FIGURA 7: REDE DE VASOS LINFÁTICOS.
2.2.1 Capilares Linfáticos
Os	capilares	 linfáticos	situam-se	próximos	aos	capilares	sanguíneos,	e	são	vasos	
altamente	 permeáveis,	 esta	 característica	 favorece	 sua	 função	 de	 ser	 responsável	 por	
coletar	o	excesso	de	líquido	intersticial,	a	partir	do	momento	que	o	líquido	intersticial	drenado	
entra	nos	capilares	linfáticos,	ele	recebe	o	nome	de	linfa.	Devido	à	alta	permeabilidade	dos	
capilares	eles	conseguem	absorver	moléculas	grandes	como	proteínas	e	lipídios.	Existem	
capilares	linfáticos	localizados	nas	vilosidades	intestinais	que	possuem	a	função	exclusiva	
de	absorver	a	gordura	digerida	pelo	intestino,	consequentemente,	a	linfa	drenada	se	torna	
leitosa.	Essa	 linfa	gordurosa,	por	sua	vez,	recebe	o	nome	de	quilo e,	como	toda	 linfa,	é	
transportada	para	a	corrente	sanguínea	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).
2.2.2 Troncos Linfáticos
A	 linfa	 é	 transportada	 dos	 capilares	 linfáticos	 para	 os	 vasos	 linfáticos	 que	 chegam	aos	
linfonodos.	Ao	 sair	 dos	 linfonodos	 os	 vasos	 linfáticos	 unem	 formando	 troncos	 linfáticos	
responsáveis	por	drenar	a	linfa	de	uma	região	específica	do	corpo.	
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
43
Os	principais	troncos	linfáticos	são:	
●	 Troncos lombares:	drenam	a	linfa	dos	membros	inferiores,	pelve,	rins,	glândulas	
suprarrenais	e	da	parede	abdominal.	
●	 Tronco intestinal:	drena	a	linfa	do	estômago,	intestinos,	pâncreas,	baço	e	parte	do	
fígado.	
●	 Troncos broncomediastinais:	drenam	a	linfa	da	parede	torácica,	pulmão	e	coração.	
●	 Troncos subclávios:	drenam	os	membros	superiores.	
●	 Troncos jugulares:	drenam	a	cabeça	e	o	pescoço.
2.2.3 Ductos Linfáticos
A	linfa	é	drenada	dos	troncos	linfáticos	para	dois	vasos	linfáticos	maiores,	chamados	
ducto	torácico	e	ducto	linfático	direito,	que	drenam	a	linfa	para	o	sangue	venoso.	
O	ducto	torácico	começa	com	uma	dilatação	chamada	cisterna	do	quilo	que	recebe	
a	 linfa	dos	 troncos	 lombar	direito,	esquerdo	e	do	 tronco	 intestinal.	No	pescoço,	o	ducto	
torácico	 também	 recebe	 a	 linfa	 dos	 troncos	 jugular	 esquerdo,	 subclávio	 esquerdo	 e	
broncomediastinal	esquerdo.	Desta	maneira,	o	ducto	 torácico	é	responsável	por	 receber	
a	linfa	do	lado	esquerdo	da	cabeça,	do	pescoço,	do	tórax,	do	membro	superior	esquerdo	
e	de	todo	o	corpo	abaixo	das	costelas,	e	proporciona	a	drenagem	da	linfa	para	o	sangue.	
Todavia,	o	ducto linfático	direito recebe	a	linfa	do	lado	superior	direito	do	corpo	através	dos	
troncos	jugular	direito,	subclávio	direito	e	broncomediastinal	direito,	drenando	a	linfa	para	
o	sangue	venoso	desembocando	nas	veias	do	pescoço	jugular	interna	direita	e	subclávia	
direita	(Figura 8)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
FIGURA 8: MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DOS VASOS LINFÁTICOS. ÁREA VERDE DO CORPO 
É DRENADA PELO DUCTO LINFÁTICO DIREITO, ÁREA ROSA DO CORPO É DRENADA PELO 
DUCTO TORÁCICO
Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	655.
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
44
2.3 Tecido e Órgãos Linfáticos
Classificamos	em	dois	grupos	de	acordo	com	suas	funções	em:	os	órgãos	linfáticos	
primários	e	secundários.	Os	órgãos	linfáticos	primários	são	a	medula	óssea	(dá	origem	a	
linfócitos	B	maduros	e	a	células	T)	e	o	timo.	Já	os	órgãos	e	tecidos	linfáticos	secundários,	
são	os	locais	em	que	ocorre	a	maior	parte	das	respostas	imunes	e	incluem:	os	linfonodos,	
o	baço	e	os	nódulos	linfáticos	(folículos).	A	seguir	abordaremos	os	conceitos	gerais	sobre	
os	principais	órgãos	linfáticos.
2.3.1 Timo
O	timo	é	um	órgão	linfático	primário,	bilobado	(possui	dois	lobos)	e	localiza-se	entre	o	
esterno	e	a	aorta	(região	do	mediastino),	envolto	por	tecido	conjuntivo	que	mantém	os	dois	
lobos	unidos	(Figura 9).	Cada	lobo	do	timo	é	formado	por	um	córtex	externo	de	coloração	
escura	e	uma	medula	central	de	coloração	mais	clara.	Na	região	do	córtex	contém	uma	
grande	quantidade	de	 linfócitos	T	 que	migram	da	medula	 óssea	para	 o	 córtex	 do	 timo,	
onde	 se	 proliferam	e	 começam	a	maturar.	Posteriormente,	 os	 linfócitos	T	 que	 saem	do	
timo	pelo	sangue	para	colonizar	os	linfonodos,	baço	e	outros	tecidos	linfáticos	(TORTORA;	
DERRICKSON,	2016).	
FIGURA 9: ILUSTRAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DO TIMO (ENTRE OS PULMÕES – MEDIASTINO). 
2.3.2 Linfonodos
Os	 linfonodos	 possuem	 forma	 de	 feijão	 e	 estão	 espalhados	 pelo	 corpo	 ao	 longo	
dos	vasos	linfáticos	e	são	responsáveis	por	remover	os	patógenos	da	linfa.	Os	linfonodos	
medem	aproximadamente	de	1	a	25	mm	de	comprimento,	são	cobertos	por	uma	cápsula	
de	 tecido	 conjuntivo	 denso	 e	 se	 dividem	 em	 dois	 compartimentos.	 Os	 linfonodos	 são	
encontrados	em	agrupamentos,	em	locais	superficiais	ou	mais	profundos;	os	superficiais	
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
45
estão	na	região	cervical,	axilar	e	inguinal;	enquanto	os	linfonodos	profundos	encontram-se	
no	tórax,	abdome	e	pelve.
No	 interior	dos	 linfonodos	é	observado	uma	 rede	de	vasosaferentes	e	eferentes	
(Figura 10),	os	vasos	aferentes	adentram	aos	linfonodos	pela	cápsula	fibrosa	trazendo	a	
linfa,	enquanto	os	vasos	eferentes	saem	dos	linfonodos	por	uma	região	chamada	hilo.	A	linfa	
infiltra	através	dos	seios	linfáticos	que	estão	distribuídos	no	interior	dos	linfonodos,	formando	
uma	rede	entrecruzada	de	fibras	reticulares	que	é	local	de	armazenamento	de	macrófagos	
(células	destruidoras	de	agentes	estranhos).	O	trajeto	que	a	linfa	percorre	passando	por	
vários	linfonodos	é	essencial	para	torná-la	livre	de	patógenos	para	ser	despejada	no	sistema	
sanguíneo	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
 FIGURA 10: LINFONODO E SEUS VASOS LINFÁTICOS AFERENTES E EFERENTES
2.3.3 Baço
O	 baço	 é	 uma	 estrutura	 oval,	 maior	 massa	 de	 tecido	 linfático	 do	 corpo,	 tendo	
aproximadamente	12	cm	de	comprimento.	Sua	face	superior	é	lisa	e	convexa	que	permite	o	
encaixe	perfeito	à	face	côncava	do	diafragma.	Localiza-se	entre	o	estômago	e	o	diafragma	
(região	do	hipocôndrio	esquerdo)	(Figura 11).
Assim	como	os	linfonodos,	o	baço	também	possui	um	hilo	por	onde	chegam	à	artéria	
esplênica,	a	veia	esplênica	e	os	vasos	 linfáticos	eferentes.	No	 interior	do	baço	observa-
se	 o	 parênquima	 do	 baço,	 composto	 por	 dois	 tipos	 diferentes	 de	 tecido	 chamados	 de	
polpa	branca	e	polpa	vermelha	(Figura 12).	A	polpa	branca	é	composta	por	tecido	linfático	
(linfócitos	e	macrófagos)	organizados	ao	redor	da	artéria	esplênica	(que	na	polpa	branca	
recebe	o	nome	de	artérias	centrais).	Já,	a	polpa	vermelha	é	composta	por	veias	cheias	
de	sangue	e	por	diversas	células	como:	eritrócitos,	macrófagos,	 linfócitos,	plasmócitos	e	
granulócitos.	
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
46
O	baço	desempenha	as	seguintes	funções:	1)	remover	células	sanguíneas	e	plaquetas	
envelhecidas	ou	defeituosas;	2)	armazenar	o	suprimento	de	plaquetas	do	organismo;	3)	
produzir	células	sanguíneas	(hematopoese)	durante	a	vida	fetal.	4)	funções	imunológicas	
exercidas	pelos	linfócitos	B	e	T	e	macrófagos	destruindo	agentes	patogênicos.	
FIGURA 11: LOCALIZAÇÃO DO BAÇO EM DESTAQUE DE ROSA NA IMAGEM
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
47
FIGURA 12: IMAGEM DA ESQUERDA BAÇO FORMATO DE FEIJÃO (VISTA ANTERIOR); 
IMAGEM DA DIREITA CORTE FRONTAL, OBSERVA-SE A POLPA VERMELHA E POLPA BRANCA 
AO CENTRO
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
SISTEMA 
RESPIRATÓRIO3
TÓPICO
48
3.1 Introdução ao Sistema Respiratório
As	células	do	corpo	humano	utilizam	oxigênio	(O2)	para	realizar	reações	metabólicas	
e	produção	de	ATP	que	são	essenciais	para	sua	sobrevivência.	Em	contrapartida,	estas	
reações	 produzem	 metabólitos	 como,	 o	 dióxido	 de	 carbono	 (CO2)	 que	 precisam	 ser	
eliminados	do	organismo	pois	o	acúmulo	de	CO2	promove	a	acidez	do	pH	sanguíneo	sendo	
tóxico	para	as	células.	É	competência	do	sistema	respiratório	realizar	as	seguintes	funções:	
1) Promover	a	troca	gasosa	promovendo	a	captação	do	O2	do	meio	externo	para	dentro	
do	organismo	e	eliminar	o	CO2	do	meio	interno	para	o	meio	atmosférico.
2) Regular	o	pH	sanguíneo	através	da	eliminação	do	CO2,	impedindo	a	acidificação	do	
pH	que	é	letal	para	as	células.	
3) Promover	a	filtragem	do	ar	inspirado	e	produzir	sons	(laringe).	
O	sistema	respiratório	é	constituído	pelo	nariz,	faringe,	laringe,	traqueia,	brônquios	
e	 pelos	 pulmões	 (Figura 13).	 Classificamos	 o	 sistema	 respiratório	 de	 acordo	 com	 sua	
estrutura	ou	função.	Estruturalmente,	o	aparelho	respiratório	é	formado	por	duas	partes:	
1)	O	sistema	respiratório	superior	que	inclui	o	nariz,	a	cavidade	nasal,	a	faringe	e	
laringe;	
2)	 O	 sistema	 respiratório	 inferior	 inclui	 a	 laringe,	 a	 traqueia,	 os	 brônquios	 e	 os	
pulmões.
Funcionalmente,	dividimos	o	sistema	respiratório	em	duas	partes	denominadas	de:	
1)	Região	condutora	do	ar:	cuja	função	é	filtrar,	aquecer	e	umedecer	o	ar	e	conduzi-lo	para	
os	pulmões.	É	composto	por	várias	estruturas	tubulares	e	incluem:	o	nariz,	a	cavidade	nasal,	
a	faringe,	a	 laringe,	a	traqueia,	os	brônquios,	os	bronquíolos	e	os	bronquíolos	terminais;	
cuja	função	é	filtrar,	aquecer	e	umedecer	o	ar	e	conduzi-lo	para	os	pulmões.	
2)	A	zona	respiratória	é	formada	por	estruturas	anatômicas	onde	ocorrem	as	trocas	gasosas.	
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
49
Estes	 incluem	os	bronquíolos	 respiratórios,	 os	ductos	alveolares,	 os	 sacos	alveolares	e	
os	alvéolos	por	executar	 a	 troca	de	gases	entre	o	ar	 e	o	 sangue	 (MARIEB;	WILHELM;	
MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
FIGURA 13: SISTEMA RESPIRATÓRIO
3.2 Órgãos do Sistema Respiratório 
3.2.1 Nariz
 O	nariz	é	o	primeiro	órgão	do	sistema	respiratório	caracterizado	por	uma	parte	externa	
visível	no	centro	da	face	e	uma	parte	interna	(intracraniana)	chamada	de	cavidade	nasal.	
O	nariz	externo	é	constituído	por	osso	e	cartilagem	hialina	recoberta	por	músculo	e	pele,	é	
revestida	por	túnica	mucosa	e	permite	a	entrada	do	ar	no	trato	respiratório	através	de	duas	
aberturas	chamadas	narinas,	 localizadas	na	 face	 inferior	do	nariz	e	flui	para	a	cavidade	
nasal.	Os	pelos	do	interior	das	narinas	filtram	partículas	grandes	de	poeira	evitando	sua	
inalação	
A	cavidade	nasal	é	a	escavação	encontrada	no	interior	do	nariz,	e	dividida	pelo	septo	
nasal	 em	 dois	 compartimentos,	 direito	 e	 esquerdo.	A	 cavidade	 nasal	 se	 funde	 ao	 nariz	
permitindo	a	comunicação	com	a	faringe	por	meio	de	duas	aberturas	chamadas	de	cóanos.
É	na	 cavidade	nasal	 que	acontece	a	 filtragem	do	ar	 retendo	partículas	menores,	
umedecido	e	aquecido	do	ar.	Na	parede	lateral	da	cavidade	nasal	encontram-se	as	conchas	
nasais	que	são	divididas	em	superior,	média	e	inferior	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
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3.2.2 Faringe
A	faringe	é	um	tubo	com	início	na	região	do	coáno	e	une	as	cavidades	nasal	e	oral	
respectivamente	com	a	laringe	e	o	esôfago,	por	isso	consideramos	que	a	faringe	seja	um	órgão	
que	pertence	tanto	ao	sistema	respiratório	quanto	ao	sistema	digestório,	pois	ela	permite	
a	passagem	de	ar	e	alimento.	Contudo,	dividimos	a	faringe	em	três	regiões	anatômicas:	
nasofaringe,	orofaringe	e	laringofaringe	(Figura 14)	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
FIGURA 14: DIVISÃO DA FARINGE (PARTE NASAL, ORAL E LARÍNGEA)
Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	676.
●	 Parte nasal da faringe (nasofaringe): Localiza-se	 posteriormente	 a	 cavidade	
nasal,	inferior	ao	osso	esfenoide	e	superior	ao	palato	mole.	Esta	região	da	faringe	
por	estar	acima	do	nível	de	entrada	do	alimento	serve	apenas	como	via	de	passagem	
de	ar.
●	 Parte oral da faringe (orofaringe): A	parte	da	orofaringe	tem	comunicação	com	a	
boca	e	permite	tanto	a	passagem	de	ar	quanto	de	alimento.	
●	 Parte laríngea (laringofaringe):	Conecta-se	com	o	esôfago	 (canal	do	alimento)	
e	 posteriormente	 com	 a	 laringe	 (passagem	 de	 ar).	Assim	 como	 a	 orofaringe,	 a	
laringofaringe	é	um	tubo	condutor	de	ar	e	também	de	alimentos,	sendo	portando	
órgãos	do	sistema	respiratório	e	digestório	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	
TORTORA;	DERRICKSON,	2016).
3.2.3 Laringe
A	laringe	é	um	órgão	curto	que	permite	a	conexão	entre	a	laringofaringe	e	a	traqueia,	
localiza-se	na	linha	média	do	pescoço,	anterior	ao	esôfago	e	às	vértebras	cervicais	(C	IV	a	
C	VI).	E	apresenta	três	funções:	
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO
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	●	Tubo	condutor	de	o	ar	durante	a	respiração;	
	●	Estrutura	fonadora	produtora	de	som;
	●	 Impede	 que	 o	 alimento	 e	 objetos	 estranhos	 entrem	 nas	 estruturas	 respiratórias	
(como	a	traqueia).	
A	laringe	é	formada	por	esqueleto	cartilaginoso	composta	por	cartilagem	tireóidea,	
cricóidea,	aritenoide	e	epiglótica	(Figura 15).	A	tireoide	é	a	maior	cartilagem	da	laringe,	e	
forma	a	parede	anterior	e	lateral	da	laringe,	nos	homens	ela	é	maior	do	que	nas	mulheres	
devido	à	influência	dos	hormônios	masculinos	na	fase	da	puberdade,	permitindo

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