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56 A Crise dos Mísseis Cubanos

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**A Guerra da Coreia**
A Guerra da Coreia foi um conflito armado que ocorreu na península coreana entre 1950 e 1953, envolvendo a Coreia do Norte, apoiada pela China e pela União Soviética, e a Coreia do Sul, apoiada pelas Nações Unidas, lideradas pelos Estados Unidos. Aqui estão os principais aspectos desse conflito:
1. **Antecedentes:** Após a Segunda Guerra Mundial, a Coreia, que havia sido uma colônia japonesa, foi dividida ao longo do paralelo 38 em duas zonas de ocupação: o Norte, administrado pelos soviéticos, e o Sul, pelos americanos. As tensões entre os dois regimes, comunistas no Norte e capitalistas no Sul, aumentaram gradualmente.
2. **Início do Conflito:** Em junho de 1950, as forças norte-coreanas invadiram o Sul, em uma tentativa de unificar a península sob domínio comunista. A Coreia do Sul, com o apoio das Nações Unidas e principalmente dos Estados Unidos, resistiu, desencadeando o conflito.
3. **Intervenção das Nações Unidas:** A ONU condenou a invasão e autorizou a formação de uma força internacional para defender a Coreia do Sul. As tropas americanas lideraram a intervenção, enquanto outras nações contribuíram com tropas e apoio logístico. A China, aliada da Coreia do Norte, interveio em nome dos norte-coreanos, aumentando a escala do conflito.
4. **Stalemate e Trégua:** Após três anos de combates intensos, o conflito atingiu um impasse ao longo do paralelo 38. As negociações de paz foram conduzidas e, em 1953, um armistício foi assinado, estabelecendo uma zona desmilitarizada e uma fronteira provisória entre as Coreias do Norte e do Sul.
5. **Impacto e Consequências:** A Guerra da Coreia teve um impacto duradouro na região e nas relações internacionais. A divisão entre as Coreias persiste até os dias de hoje, mantendo a península coreana como um dos pontos de conflito geopolítico mais tensos do mundo. Além disso, a guerra reforçou a política de contenção dos Estados Unidos em relação ao comunismo e aumentou as tensões entre as superpotências da Guerra Fria.
**A Crise dos Mísseis Cubanos**
A Crise dos Mísseis Cubanos foi um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, ocorrido em outubro de 1962. Aqui estão os principais aspectos desse evento:
1. **Contexto:** Após o estabelecimento de um governo comunista liderado por Fidel Castro em Cuba em 1959, as relações entre os Estados Unidos e Cuba se deterioraram rapidamente. A proximidade de Cuba com os Estados Unidos e a influência comunista de seu governo preocuparam os líderes americanos.
2. **Instalação de Mísseis Soviéticos:** Em resposta à presença de mísseis americanos na Turquia e na Itália, e em um esforço para equilibrar o poder nuclear, a União Soviética decidiu instalar mísseis nucleares em Cuba. Quando descobertos pelos serviços de inteligência americanos em outubro de 1962, esses mísseis eram capazes de atingir alvos em grande parte dos Estados Unidos em poucos minutos.
3. **Resposta Americana:** O presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, considerou a instalação de mísseis soviéticos em Cuba como uma ameaça inaceitável à segurança nacional. Ele optou por uma série de medidas para enfrentar a crise, incluindo um bloqueio naval de Cuba para impedir a chegada de mais armas soviéticas à ilha e exigiu a remoção imediata dos mísseis existentes.
4. **Tensão e Negociação:** A crise aumentou rapidamente a tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética, elevando o espectro de uma guerra nuclear. No entanto, através de intensas negociações diplomáticas, mediadas por terceiros como as Nações Unidas, um acordo foi alcançado. A União Soviética concordou em retirar os mísseis de Cuba em troca da promessa dos Estados Unidos de não invadir a ilha e de retirar seus próprios mísseis da Turquia e da Itália.
5. **Legado:** A Crise dos Mísseis Cubanos foi um dos momentos mais perigosos da Guerra Fria, destacando os riscos de um confronto nuclear direto entre as superpotências. No entanto, também levou a um reconhecimento mútuo da necessidade de limitar a proliferação nuclear e estabeleceu linhas diretas de comunicação entre Washington e Moscou para evitar futuros mal-entendidos que pudessem levar a um confronto catastrófico.

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