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Guerra fria-resumo

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Após o fim da Segunda Guerra Mundial, 
dois países despontaram como 
superpotências: Estados Unidos e União 
Soviética. 
 O primeiro liderando um bloco de países 
capitalistas, e o segundo defendendo um 
sistema alternativo, socialista. 
Cada um dos lados dessa disputa buscava 
hegemonia global, o que implicava derrotar 
seu oponente. 
Esse período, que duraria algumas 
décadas, ficou conhecido como Guerra Fria, 
em razão do não enfrentamento direto entre 
as duas potências no campo militar. 
Podemos datar o conflito de 1945, com o fim 
da Segunda Guerra Mundial, a 1991, com 
a dissolução da União Soviética. 
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) 
impôs, a exemplo de sua antecessora, uma 
série de dificuldades aos países que 
participaram do conflito, em especial na 
Europa. 
 
 
Nesse cenário, Estados Unidos e União 
Soviética despontaram como grandes 
vencedores do conflito. 
Apesar de ter sido invadida e perdido um 
grande número de vidas em combate, a URSS 
foi a grande vitoriosa da Frente Oriental, 
responsável por cercar Berlim e derrotar as 
principais tropas nazistas. 
Já os Estados Unidos, com a exceção de 
Pearl Harbor, não sofreram ataques em seu 
território e tiraram grande proveito 
econômico da guerra. 
O fato de terem sido aliados no combate ao 
nazismo e ao fascismo, contudo, escondia 
uma contradição que ficaria em evidência 
após o fim do conflito. 
Os Estados Unidos eram a principal 
economia do mundo, e tinham como objetivo 
liderar os demais países capitalistas e 
mantê-los sob sua hegemonia econômica. 
A União Soviética, ao contrário, desde a 
Revolução Russa de 1917, havia dado 
passos em direção ao socialismo, sistema 
econômico que tinha por objetivo superar o 
capitalismo, e que na prática se manifestava 
pela economia planificada implantada por 
Stalin. 
Como vencedores da Guerra, as duas 
potências passaram a discutir (com a 
participação de outros países vencedores, 
como Inglaterra e França) a nova 
organização do mundo no pós-guerra, e 
também a disputar influência sobre cada 
novo regime que se estabelecia. 
Lançando as bases da nova disputa 
geopolítica, em 1947 o presidente americano 
Harry Truman, em discurso no Congresso de 
seu país, declarou que o objetivo dos 
Estados Unidos seria deter o avanço da 
“ameaça comunista” representada pela União 
Soviética, já utilizando a retórica ideológica 
que marcaria a Guerra Fria. 
Para efetivar seu plano, ainda em 1947, 
Truman, com apoio do então Secretário de 
Estado George Marshall, lançou o Plano 
Marshall. 
O Plano Marshall foi um conjunto de 
medidas que tinha por objetivo recuperar 
economicamente a Europa, e assim evitar que 
a influência da União Soviética e os ideais 
socialistas se espalhassem pelo continente. 
Países como Inglaterra, França, Alemanha e 
Itália, entre vários outros, recebessem 
bilhões de dólares em crédito e investimentos 
vindos dos Estados Unidos. 
Além do apoio econômico, os Estados Unidos 
investiram altas quantias em propaganda 
contra o socialismo e a União Soviética. 
A partir da década de 1950, também se 
intensificou o “macartismo” (inspirado no 
senador Joseph McCarthy), prática de 
perseguição a cidadãos acusados de serem 
comunistas e subversivos. 
Por outro lado, a União Soviética também 
buscava expandir suas áreas de influência e 
evitar que seus aliados mudassem de lado. 
O Conselho para Assistência Econômica 
Mútua (COMECON) foi uma resposta 
soviética ao Plano Marshall. 
Iniciado em 1949, buscava integrar 
economicamente as nações do leste europeu, 
como Alemanha Oriental, Polônia, Romênia, 
Tchecoslováquia, entre outras. 
Para além do apoio econômico, a ameaça 
constante de um confronto estabeleceu duas 
alianças militares que caracterizariam a 
Guerra Fria: 
° A OTAN (Organização do Tratado do 
Atlântico Norte), fundada em 1949, entre 
Estados Unidos, Canadá e seus principais 
aliados na Europa; 
° O Pacto de Varsóvia, assinado em 1955, 
entre a União Soviética e os países do leste 
europeu, no que ficou conhecido como 
“cortina de ferro” (conjunto de países 
aliados da União Soviética que criava um 
cordão de isolamento geográfico em relação 
à Europa Ocidental). 
Dentro dessa disputa por influência, um dos 
países mais afetados pela Guerra Fria, 
desde o fim da Segunda Guerra Mundial, 
foi a Alemanha. 
Principal derrotado no conflito, o país foi 
dividido em quatro áreas de influência. 
Uma soviética, que daria origem à Alemanha 
Oriental (República Democrática Alemã), e 
outras três sob influência de Estados 
Unidos, Inglaterra e França, que juntas 
formariam a Alemanha Ocidental (República 
Federativa da Alemanha). 
A cidade de Berlim, por sua vez, estava 
localizada dentro da área soviética, mas os 
Estados Unidos não aceitaram abrir mão da 
principal cidade alemã, e a capital acabou 
também dividida em quatro setores. 
Em 1948, insatisfeito com medidas tomadas 
pelo lado ocidental, Stalin, líder da URSS, 
tentou reunificar Berlim sob influência 
soviética, promovendo um bloqueio para a 
entrada de alimentos e combustíveis. 
Os países ocidentais, para evitar o sucesso 
de Stalin, organizaram o abastecimento da 
porção ocidental por meio de aviões. 
No ano seguinte, diante da ineficácia do 
bloqueio, a URSS desiste da unificação da 
cidade, e encerra o processo que ficou 
conhecido como Bloqueio de Berlim. 
Posteriormente, em 1961, Berlim estaria 
novamente no centro das disputas da Guerra 
Fria. 
Durante uma fase de prosperidade da 
Alemanha Ocidental, para impedir a 
migração da porção oriental para a 
ocidental, o sucessor de Stalin, Nikita 
Khrushchov, autorizou a construção de um 
muro ao redor de Berlim Ocidental. 
Essa barreira ficaria conhecida como “Muro 
de Berlim”. Além de impedir a migração 
para o lado ocidental, o muro separou 
famílias, amigos e um mesmo povo, e foi visto 
como um símbolo das arbitrariedades da 
Guerra Fria. 
O Muro de Berlim permaneceu de pé até 
1989, até as vésperas da reunificação da 
Alemanha, que se concretiza no ano 
seguinte. 
Com a ameaça de um conflito sempre 
pairando no ar, tem início com a Guerra Fria 
uma corrida armamentista, que colocaria o 
mundo em estado de alerta até a dissolução 
da União Soviética 
Temendo um confronto militar, os dois países 
passam a investir pesado em armamentos a 
fim de fazer frente ao seu oponente. 
As bombas atômicas lançadas sobre 
Hiroshima e Nagasaki pelos EUA, ainda na 
Segunda Guerra Mundial, serviram de 
alerta e ameaça para a URSS 
Ainda sob comando de Stalin, os soviéticos 
desenvolveram seu programa nuclear e 
construíram sua primeira bomba atômica em 
1949. 
O investimento em tecnologia nuclear resultou 
no desenvolvimento de armamentos tão 
potentes, de ambos os lados da disputa, que 
a opinião pública passou a questionar se o 
mundo sobreviveria a uma guerra entre as 
duas superpotências. 
Em virtude disso, durante esse período foi 
desenvolvido o conceito de “Destruição 
Mútua Assegurada”, prevendo que um 
eventual ataque partindo de qualquer um 
dos lados, e sua consequente retaliação, 
dada a capacidade destrutiva das armas 
desenvolvidas, seria responsável pela efetiva 
destruição dos dois países. 
As consequências da corrida armamentista 
geraram um período de desconfiança e 
terror, em que o desenvolvimento de armas 
cada vez mais poderosas serviria para 
intimidar o inimigo e evitar um ataque do 
adversário. 
Ao longo da Guerra Fria, o investimento em 
tecnologia bélica e nuclear ultrapassou o 
campo militar e resultou no que foi chamado 
de “corrida espacial”. 
Uma vez que a tecnologia desenvolvida para 
o lançamento de foguetes era praticamente a 
mesma utilizada para o lançamento de 
mísseis, as superpotências investiram nesse 
tipo de pesquisa, inclusive como forma de 
propaganda de seus regimes, tendo em vista 
que o gasto militar também prejudicava a 
imagem dos países. 
No contexto da corrida espacial, alguns 
momentos se destacaram: do lado soviético, 
a ida do primeiro homem ao espaço, o 
cosmonauta YuriGagarin, em 1961. 
Do lado americano, a chegada do homem à 
lua, em 1969. A corrida espacial também 
promoveu uma série de avanços tecnológicos 
que seriam incorporados por outras áreas 
do conhecimento, da indústria, e para fins 
militares. 
A Guerra Fria não se resumiu apenas à 
ameaça de conflito entre Estados Unidos e 
União Soviética que não se concretizou. 
Durante as disputas entre as superpotências 
pela influência em países estratégicos, houve 
a eclosão de conflitos militares e 
paramilitares em diversas regiões do mundo. 
Apenas para citar os mais notáveis, podemos 
destacar: 
° A Guerra da Coreia (1950-1953), que 
dividiu o povo coreano em dois países, a 
Coreia do Norte, apoiada pela URSS, e a 
Coreia do Sul, apoiada pelos EUA; 
° A Guerra do Vietnã (1955-1975), que 
impôs uma dura derrota às tropas 
americanas que apoiaram o Vietnã do Sul e 
terminou com a fundação da República 
Socialista do Vietnã; 
° A Guerra Afegã-soviética (1979-1989), 
onde, por sua vez, tropas soviéticas foram 
derrotadas por guerrilhas islâmicas com 
apoio dos Estados Unidos e seus aliados. 
Embora não tenham entrado em conflito direto 
contra o outro, as duas superpotências 
estiveram muito perto disso durante o 
episódio da “crise dos mísseis”, em 1962. 
Três anos antes, em 1959, um grupo de 
guerrilheiros nacionalistas liderados por 
Fidel Castro e Che Guevara derrubaram a 
ditadura de Fulgencio Batista, aliado dos 
Estados Unidos, e tomaram o poder em Cuba, 
ilha localizada a poucos quilômetros da 
costa americana. 
Os Estados Unidos não reconheceram o novo 
governo, e passaram a fazer ameaças 
constantes a Cuba, inclusive invadindo a ilha 
em 1961, mas sem sucesso em derrubar o 
governo revolucionário 
Para se proteger, Fidel Castro se aproximou 
da União Soviética, e aceitou a instalação de 
mísseis nucleares na ilha. 
O governo americano descobriu, e assim teve 
início umas das mais tensas crises 
diplomáticas do século XX. 
O secretário-geral do Partido Comunista da 
União Soviética à época, Nikita Khrushchov, 
aceitou retirar os mísseis de Cuba quando o 
presidente americano, John Kennedy, também 
ordenou a retirada de mísseis nucleares que 
haviam sido instalados na Turquia. 
Depois de décadas de Guerra Fria, o modelo 
soviético de economia planificada iniciou os 
anos 1980 em crise, sofrendo uma série de 
pressões internas, mas também externas, 
capitaneadas pelos governos de Ronald 
Reagan, nos Estados Unidos, e Margaret 
Thatcher, na Inglaterra. 
Os esforços na guerra no Afeganistão 
também contribuíram para o enfraquecimento 
do regime comunista. 
O último líder soviético, Mikhail Gorbatchov, 
assumiu o cargo de secretário-geral do 
PCUS e tentou implantar políticas que 
recuperassem a URSS, mas sem obter 
sucesso. 
Diante da intensificação da crise política, ao 
longo de 1991 diversos Estados que 
formavam a URSS se declaram 
independentes. 
Em dezembro daquele ano, a União das 
Repúblicas Socialistas Soviéticas é 
oficialmente dissolvida, colocando fim 
também à Guerra Fria. 
Sem o contraponto soviético, a década de 
1990 se inicia sob uma hegemonia global 
dos Estados Unidos, tanto econômica quanto 
militar.

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