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UAB – UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
FUESPI – FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
NEAD – NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
ESPECIALIZAÇÃO EM LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS
ASPECTOS FONÉTICO-FONOLÓGICOS 
DA LIBRAS
Aline Lemos Pizzio
Ronice Müller de Quadros
FUESPI
2015
 Ficha elaborada pelo Serviço de Catalogação da Biblioteca Central da UESPI
Grasielly Muniz (Bibliotecária) CRB 3/1067
Pizzio, Aline Lemos.
 Aspectos fonético-fonológicos da libras / Aline Lemos Pizzio, Ronice Mül-
ler de Quadros. - Teresina : Fuespi, 2015.
 72p.
 ISBN 978-85-8320-124-3
 Material de apoio pedagógico ao curso especialização em língua 
brasileira de sinais - libras do núcleo de educação a distância da universi-
dade Estadual do Piauí – NEAD/UESPI, 2015.
 
 1. Língua Brasileira de Sinais. 2. Aspectos Fonético - Fonológicos. 
I. Quadros, Ronice Müller de. II. Título. 
 
 CDD: 370
P695a
Presidente da República
Dilma Vana Rousseff
Vice-presidente da República
Michel Miguel Elias Temer Lulia
Ministro da Educação
José Henrique Paím
Secretário de Educação a Distância
Carlos Eduardo Bielschowsky
Diretor de Educação a Distância CAPES/MEC
Celso José da Costa
Governador do Piauí
José Wellington Barroso de Araújo Dias 
Secretário Estadual de Educação e Cultura do Piauí
Alano Dourado de Meneses
Reitor da FUESPI – Fundação Universidade Estadual do Piauí
Nouga Cardoso Batista
Vice-reitora da FUESPI
Bárbara Olímpia Ramos de Melo
Pró-reitora de Ensino e Graduação – PREG
Ailma do Nascimento Silva
Coordenadora da UAB-FUESPI
Margareth Torres de Alencar Costa
Coordenadora Adjunta da UAB-FUESPI
Naira Lopes Moura
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação – PROP
Geraldo Eduardo da Luz Junior
Pró-reitor de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX
Luís Gonzaga Medeiros Figueredo Júnior
Pró-reitor de Administração e Recursos Humanos – PRAD
Raimundo Isídio de Sousa
Pró-reitor de Planejamento e Finanças – PROPLAN
Benedito Ribeiro da Graça Neto
Coordenadora do curso de Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS – EaD
Joselita Izabel de Jesus
MATERIAL PARA FINS EDUCACIONAIS
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA AOS CURSISTAS UAB/FUESPI
Edição
UAB - FNDE - CAPES
UESPI/NEAD
Diretor do NEAD
Vinícius Alexandre da Silva Oliveira
Diretor Adjunto
Arnaldo Silva Brito
Coordenadora do Curso de 
Especialização em Língua Brasileira de 
Sinais - LIBRAS 
Joselita Izabel de Jesus
Coordenadora de Tutoria
Rosenir Feitosa Lima
Coordenadora de Produção de
Material Didático
Maria do Socorro Rios Magalhães
Autoras do Livro
Aline Lemos Pizzio
Ronice Müller de Quadros
Revisão
Anderson Almeida da Silva
Teresinha de Jesus Ferreira
Diagramação
Vilsselle Hallyne Bastos de Oliveira
Capa
Pedro Leonardo de Sousa Magalhães
UAB/FUESPI/NEAD
 NEAD/UESPI, Rua João Cabral, 
2231, bairro Pirajá, Teresina (PI). 
CEP: 64002-150, Telefones: (86) 
3213-5471 / 
3213-1182
Web: ead.uespi.br
E-mail:eaduespi@hotmail.com
SUMÁRIO
UNIDADE 1 
1 1 FONÉTICA E FONOLOGIA DAS LÍNGUAS DE SINAIS ..................11
1.1 O estudo de Stokoe (1960, 2005) .......................................................12
1.2 A fonologia na Libras ..........................................................................17 
1.3 Resumo do capítulo.............................................................................43
UNIDADE 2
A ORGANIZAÇÃO DE DICIONÁRIOS EM LIBRAS ................................47
2.1 A proposta de Estelita (2007, 2008) para organização dos sinais
na Libras ....................................................................................................47
2.2 A proposta de Nascimento (2009) para a organização de 
dicionários em Libras ................................................................................58
2.3 A proposta de Costa (2012) ...............................................................62 
2.4 A proposta do Glossário do Letras Libras............................................63
2.5 Resumo do capítulo ............................................................................66
REFERÊNCIAS .........................................................................................67
OBJETIVOS
• 
• 
• 
UNIDADE 1
FONÉTICA E FONOLOGIA DAS LÍNGUAS DE SINAIS 
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
9
Os estudos linguísticos das línguas de sinais iniciaram com Stokoe 
(1960). Este autor apresentou uma análise descritiva da língua de sinais 
americana revolucionando a linguística na época, pois até então, todos os 
estudos linguísticos concentravam-se nas análises de línguas faladas. Pela 
primeira vez, um linguista estava apresentando os elementos linguísticos 
de uma língua de sinais. Assim, as línguas de sinais passaram a serem 
vistas como línguas de fato. 
Willian Stokoe (1920-2000) foi um dos primeiros 
linguistas a estudar uma língua de sinais com tratamento 
linguístico. Considerado o pai da linguística da língua de 
sinais americana.
Saiba mais sobre William Stokoe na seguinte página:
http://gupress.gallaudet.edu/stokoe.html 
Se você não souber ler em inglês, utilize um tradutor on-line e tente decifrar 
a tradução automática.
O estudo de Stokoe apresentou uma análise descritiva da língua 
de sinais americana – ASL – na década de 60, revolucionando os estudos 
linguísticos das línguas de sinais. 
Até então, as línguas de sinais eram consideradas gestos ou 
pantomima, incapazes de expressar conceitos abstratos. Ainda hoje, há 
muito preconceito e desconhecimento sobre as mesmas, inclusive pela 
própria comunidade acadêmica, que desconhece seu real status linguístico, 
ou seja, de língua natural (QUADROS; KARNOPP, 2004). O principal 
desafio dos pesquisadores da área era provar que as línguas de sinais 
eram de fato línguas, assim, os primeiros estudos das línguas de sinais 
tinham o objetivo de mostrar semelhanças entre as línguas de sinais e as 
línguas faladas, provando que as línguas de sinais apresentavam todos os 
níveis de análise linguística, como qualquer língua. 
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
10
No que tange à fonologia, apesar de as línguas de sinais e as 
línguas orais se distinguirem em relação à modalidade de percepção e 
produção (as línguas de sinais são percebidas pela visão e produzidas 
pelas mãos, enquanto as línguas orais são percebidas pela audição e 
produzidas pelo aparelho fonador), o termo “fonologia” (apesar de soar 
estranho para as pessoas familiarizadas com a área) também tem sido 
empregado pesquisadores da linguística das línguas de sinais para referir-
se aos elementos mínimos sem significado que compõem as línguas 
sinalizadas. Stokoe (1960) chegou a propor o termo ‘quirema’ para as 
unidades mínimas que formam os sinais (CM, L e M) e o termo ‘quirologia’ 
(do grego ‘mão’) para o estudo de suas combinações. Entretanto, o próprio 
Stokoe (1978), assim como outros pesquisadores da ASL e de outras 
línguas de sinais, têm utilizado os termos ‘fonema’ e ‘fonologia’, estendendo 
seus significados de modo a abarcar a realização linguística visual-espacial 
(QUADROS e KARNOPP, 2004). Ainda segundo as autoras, “o argumento 
para a utilização desses termos é o de que as línguas de sinais são línguas 
naturais que compartilham princípios linguísticos subjacentes com as 
línguas orais, apesar das diferenças de superfície entre fala e sinal” (p. 48).
Mais recentemente, Estelita (2008), em sua tese de doutorado, faz 
uso do termo ‘visema’, justificando que o termo ‘quirema’ causa polêmica 
em razão de a raiz da palavra referir-se somente à ‘mão’, sendo que outras 
partes do corpo estão envolvidas na produção em língua de sinais, e 
também em virtude do conceito de quirema ser equivalente ao de fonema 
e, portanto, desnecessária a sua existência. Diz a autora:
Mudo a raiz de quir- para vis-pois todo o resultado da realização 
das LS é visual e argumento que, mesmo sendo nomenclaturas 
equivalentes, visema e fonema, não são iguais e suas diferenças 
precisam ser acentuadas a fim de compreendermos sua 
verdadeira natureza e seu processamento. O fato de um termo 
representar unidades sonoras e o outro representar unidades 
visuais dá outra dimensão de precisão a partir da qual poderemos 
ser capazes de captar melhor as diferenças semióticas de uma 
modalidade e outra (ESTELITA 2008, p.14). 
Como é possível perceber, há uma diversidade na forma de se 
referir aos termos relacionados às unidades mínimas das línguas de sinais.
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
11
Atividade: Apesar da diferença existente entre línguas de sinais e línguas orais, no 
que se refere à modalidade, o termo fonologia tem sido utilizado para 
designar também os estudos na língua de sinais, conforme apresentado 
acima. Com base nisso, responda:
Na sua opinião, qual das opções acima (fonema, quirema e visema) 
deveria se tornar o termo padrão? Justifique sua resposta. 
Façam pequenos grupos para debater o assunto. 
Leitura complementar:
QUADROS, R. M. de & KARNOPP, L. Língua de sinais brasileira: 
estudos linguísticos. ArtMed. Porto Alegre. 2004 – Capítulo 2, p. 47-
80.
1 FONÉTICA E FONOLOGIA DAS LÍNGUAS DE SINAIS
Fonologia envolve o estudo das unidades menores que irão fazer diferença 
na formação de uma palavra. Por exemplo, no português, os sons de /f/ e 
de /v/ são distintivos porque formam um par mínimo /faka/ e /vaka/. O par 
mínimo indica que ao mudar apenas uma unidade mínima, ou seja, /f/ e /v/, 
em uma determinada combinação determinará mudança de significado.
As línguas humanas estão organizadas em níveis hierárquicos em 
que frases são constituídas por uma sequência de palavras e estas, por 
uma sequência de sons, correspondendo assim à sintaxe, morfologia e 
fonologia, respectivamente, de uma dada língua. E com relação às línguas 
de sinais? Elas também apresentam esta mesma estrutura? É possível 
identificar unidades mínimas que formam os sinais?
Apesar de ainda haver muito desconhecimento em relação às 
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
12
línguas sinalizadas, os sinais não são gestos holísticos, ou seja, não formam 
um todo indivisível. Quem primeiro percebeu os parâmetros internos dos 
sinais foi STOKOE em 1960, conforme mencionado anteriormente. 
Este capítulo tem como objetivo principal apresentar estudos 
linguísticos realizados na área de fonética e fonologia da língua de sinais 
brasileira. Além disso, busca fazer os alunos compreenderem o conceito de 
fonética e fonologia, apresentando diferentes terminologias para o estudo 
das unidades mínimas sem significado das línguas de sinais; identificando 
os diferentes tipos de unidades que compõem os sinais e apresentando 
algumas investigações fonológicas na Libras.
1.1 O estudo de Stokoe (1960, 2005)
A primeira coisa que Stokoe reconheceu foi que “sinais” são 
análogos às “palavras”. Isso é importante, pois recoloca a língua de sinais 
enquanto língua de palavras que envolve combinações de diferentes níveis. 
Stokoe busca na história das línguas de sinais os primeiros subsídios para 
esse reconhecimento. Os estudos dos franceses, por exemplo, E ́tudes 
sur la lexicologie et la grammaire du langage natural des signes (Paris, 
1854) de Y-R Remi Valade (apud Stokoe, 2005), apresenta os primeiros 
registros sobre a gramática dos sinais da língua de sinais francesa. Nesta 
época, já havia uma perspectiva que via nos sinais da língua de sinais 
francesa, palavras enquanto elementos gramaticais. O estudo de Valade 
(1854) começa no campo da lexicografia, mas também dá indícios sobre 
a sintaxe da língua de sinais francesa, pois apresenta comparações entre 
a língua de sinais francesa, o francês, o latim e o inglês. Stokoe apresenta 
alguns exemplos trazidos nos estudos de Valade, por exemplo, a análise de 
que as sentenças na língua de sinais francesa não requerem a cópula que 
é típica nas demais línguas, como na sentença “the girl is beautiful”, porque 
há uma justaposição visual dos substantivos com os adjetivos nessa língua 
supre a mesma função gramatical. Sua conclusão claramente indica uma 
análise linguística da língua de sinais francesa, já naquela época. 
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
13
Stokoe ainda aponta as primeiras publicações sobre a ASL nas 
décadas de 10 e 20, entre outras publicações:
Joseph Schuyler Long, The sign language: a manual of signs, 
being a descriptive vocabulary of signs used by the deaf of the United 
States and Canada, Omaha, 1952; lst, ed., Des Moines, 1918.
J.W. Michaels, A handbook of the sign language of the deaf, 
Atlanta, Ga., 1923.
Father Daniel D. Higgins, How to talk to the deaf, St. Louis, 1923.
Essas obras se ocuparam de apresentar descrições dos sinais 
usados na época e formas de utilizá-los para estabelecer uma comunicação 
com surdos. Os materiais continham ilustrações dos sinais com descrições 
e explicações acerca de cada vocábulo, bem como traduções dos itens 
lexicais para o inglês.
Stokoe também faz uma introdução sobre a comunidade surda 
americana e situa o uso da ASL como parte das manifestações culturais 
desse grupo social, caracterizado como língua. A partir disso, o autor 
apresenta uma análise fonética e morfológica da ASL. Primeiramente, 
estabelece o uso do termo “querema” (paralelo a fonema, embora o termo 
seja usado para deixar clara a necessidade de estabelecer um novo campo 
de análise). 
Para Stokoe, a “querologia” (análoga a “fonologia”) da ASL envolve 
basicamente os sinais e a soletração de palavras do inglês. Os sinais são 
formados e podem receber morfemas que modificam os seus significados. 
Por outro lado, a soletração manual envolve um conjunto de configurações 
de mão associadas a letras do alfabeto do inglês e parece ter uma forma 
mais “telegráfica”. De certa forma, os numerais também apresentam 
configurações de mão para indicar cada número associadas aos números 
escritos. Os numerais e o alfabeto manual apresentam características 
similares e são produzidos, de certa forma, com configurações de mão mais 
estáticas; embora haja variações análogas as observadas nos sistemas 
gráficos. 
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
14
Os sinais (palavras) são unidades aos quais os morfemas são 
associados. Um sinal apresenta significado a partir da composição da 
configuração de mão, do movimento e da sua localização. São essas as três 
unidades mínimas de um sinal que compõem os queremas (fonemas) da 
ASL. Essa composição não é sequencial, mas simultânea. O sinal também 
apresenta um padrão prosódico associado a marcações entonacionais por 
meio de marcas não manuais associadas às expressões faciais. Stokoe 
percebeu que essas marcas não manuais poderiam ter mais funções nas 
línguas de sinais, uma vez que a ASL é uma língua visual. Os queremas em 
si não apresentam significados e, por isso, Stokoe apresenta uma análise 
morfêmica de algumas unidades que compõem os sinais. Por exemplo, 
dependendo do tamanho do movimento circular, será associado um 
significado diferente ao sinal. O autor indica que não é tão trivial a análise, 
pois parece haver mecanismos linguísticos mais complexos na composição 
dos sinais. Por exemplo, o uso de duas mãos (ao invés de uma) pode 
implicar em mudança de significado, indicando, portanto, a necessidade de 
uma análise morfológica. 
Stokoe também observou que vários sinais derivam de outros sinais. 
Isso indica um processo de formação de palavras do nível morfológico. 
Ainda, o autor observou processos de composição de palavras na ASL, em 
que mais de um sinal entra em um processo de composição de palavras 
para formar um novo significado. Outro fenômeno indicado pelo autor foi o 
empréstimo de palavras ou de iniciais de palavras do inglês para a criação 
de um novo sinal da ASL.
A partir de Stokoe, ss sinais são analisáveis comouma combinação 
de três categorias linguísticas sem significado: configuração de mão, locação 
e movimento. Ou seja, se mudarmos alguma característica de qualquer 
uma destas categorias, podemos mudar o significado de um sinal. Por 
exemplo, se mudarmos apenas a configuração de mãos, os sinais DECIDE 
(decidir) e PERSON (pessoa), da ASL são distinguíveis. Nesses dois sinais 
as locações e movimentos são os mesmos e somente a configuração de 
mão é diferente. 
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
15
É possível, também, distinguir pares similares por meio de 
diferenças na locação ou no movimento dos sinais. Em todos esses 
casos, se considerarmos isoladamente cada parâmetro, ou seja, somente 
a configuração de mão, a locação ou o movimento, eles não possuem 
significado algum.
Essa descoberta foi muito importante, pois elevou as línguas de 
sinais ao mesmo patamar das línguas faladas. A partir do trabalho de 
Stokoe com a ASL, foi possível mostrar que a ASL também apresenta 
uma das características fundamentais das línguas humanas, que é 
a dupla articulação. Ou seja, de um lado existe um nível de significado 
constituído de morfemas, palavras, sintagmas e sentenças e de outro, um 
nível sem significado que no caso das línguas faladas corresponde aos 
sons que compõem as expressões com significado e nas línguas de sinais 
corresponde às configurações de mãos, às locações e aos movimentos com 
a mesma função das línguas faladas. Esses elementos sem significados 
são importantíssimos linguisticamente, pois distinguem significado quando 
combinados uns com os outros. 
Continuando o paralelo entre as línguas faladas e sinalizadas, 
as línguas de sinais também obedecem a restrições nas combinações 
entre seus elementos. Por exemplo, todas as línguas têm processos de 
assimilação, em que os sons tomam emprestados algumas ou várias 
Figura 1: Par mínimo na ASL (retirado de Sandler e Lillo-Martin, 2000)
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
16
características dos sons vizinhos. Nas línguas de sinais, isso também 
ocorre. Na ASL, o sinal composto BELIEVE (acreditar) é feito de dois outros 
sinais THINK (pensar) e MARRY (casar). Nessa composição, o sinal THINK 
toma emprestado uma das características do sinal seguinte da composição 
(MARRY), que é a orientação. Assim, ao invés de ser orientado em direção 
à cabeça, o sinal THINK será orientado em direção à palma da outra mão, 
de acordo com o sinal MARRY. Veja o exemplo:
Figura 2: Sinais THINK (pensar) e Marry (casar) e o composto BELIEVE (acreditar) 
(retirado de Sandler e Lillo-Martin, 2000)
A fonologia das línguas de sinais também demonstrou similaridade 
com as línguas faladas na organização dos elementos fonológicos. Foi 
demonstrado que os elementos fonológicos das palavras na ASL não são 
somente organizados simultaneamente. Ao invés disso, mostram que há 
uma estrutura sequencial significativa, em que os elementos fonológicos 
ocorrem um após o outro, equivalendo a uma sílaba. Um exemplo 
interessante é o sinal SURDO. Este sinal apresenta seus elementos 
mínimos de forma sequencial, ou seja, o sinal inicia na locação abaixo da 
orelha, depois há um movimento em arco em direção à boca e terminando 
na locação no canto da boca. Há uma sequência formada de locação-
movimento-locação. 
Figu(retirada de PIZZIO, 2011).ra 3: Ponto inicial e final da realização do sinal SURDO 
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
17
Outro aspecto da estrutura da língua que envolve tanto a fonologia 
quanto a sintaxe é a prosódia. Esta envolve ritmo, que separa as partes 
de uma sentença, proeminência, que enfatiza elementos selecionados 
e entonação, que comunica outras informações importantes como os 
diferentes tipos de sentença (sentença declarativa, interrogativa, etc.). 
Trabalhos recentes mostram que as línguas de sinais têm o equivalente 
a uma prosódia. Enquanto as línguas faladas usam o aumento e a queda 
do pitch da voz, volume e pausa para obter esses efeitos, as línguas de 
sinais aplicam expressões faciais, posturas corporais e rítmicas com forma 
e função similares. Por exemplo, a língua de sinais israelense (ISL) vai 
utilizar uma expressão facial diferenciada para perguntas sim/não e outra 
expressão para informações já partilhadas entre os interlocutores. Veja o 
exemplo:
Figura 4: Expressões faciais da ISL para perguntas sim/não e para informação compartilhada. 
(retirado de Sandler e Lillo-Martin, 2000)
1.2 A FONOLOGIA NA LIBRAS
Esses são alguns aspectos próprios da fonologia das línguas que 
podemos identificar nas línguas de sinais. E na língua de sinais brasileira, 
como é a fonologia?
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
18
A língua de sinais brasileira apresenta um conjunto de unidades 
menores que são compostas pelas configurações de mãos (CM), pelas 
locações (L) e pelos movimentos (M).
Figura 5: (retirada de Quadros e Karnopp, 2004)
Consulte o site http://www.ines.org.br/libras/index.htm para 
visualizar todas as configurações de mão da língua brasileira de sinais.
O conjunto de locações restringe-se ao espaço de sinalização que 
inclui o tronco, os braços, as mãos, o rosto e o espaço neutro a frente do 
sinalizante.
Exemplos de glosas de sinais com diferentes locações em LIBRAS: 
EDUCADO (no braço)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
19
TELEVISÃO (no espaço neutro)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
AMARELO (no nariz)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
EMPREGADA (abaixo da cintura)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
ALEMANHA (na testa)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
CONSEGUIR (na bochecha)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
20
ÁGUA (no queijo)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
SUPORTAR (no alto da cabeça)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
SABER (na fronte)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
Segundo Quadros e Karnopp (2004:54):
 ‘o movimento é definido como um parâmetro complexo 
que pode envolver uma vasta rede de formas e 
direções, desde movimentos internos da mãos, os 
movimentos do pulso e os movimentos direcionais no 
espaço (Klima e Bellugi, 1979)’. 
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
21
 Exemplos de glosas de sinais em LIBRAS com diferentes 
movimentos:
TELEVISÃO
Fonte: imagem tirada pelas autoras
INTERNET
Fonte: imagem tirada pelas autoras
FAMÍLIA
Fonte: imagem tirada pelas autoras
VÍDEO
Fonte: imagem tirada pelas autoras
MENSALIDADE
Fonte: imagem tirada pelas autoras
MENSALIDADE
Fonte: imagem tirada pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
22
A combinação destas unidades menores sem significado pode 
formar as palavras na língua de sinais. Ao combiná-las, podemos identificar 
quais são realmente relevantes na língua de sinais, assim identificamos os 
“fonemas” da língua de sinais brasileira. 
Fonema é a unidade mínima sem significado de uma determinada língua. 
Um fonema pode ter alofones, ou seja, realizações variadas de um mesmo 
fonema. No português, em alguns contextos linguísticos o /t/ pode ser 
produzido como /tS/ em algumas regiões do Brasil, mas isso não implica em 
mudança de significado. Por exemplo, /tia/ e /tSia/.
Na língua de sinais, ainda não temos estudos que identificam os 
seus fonemas e alofones, mas sabemos que isso acontece. Por exemplo, o 
sinal de DOMINGO, pode ser produzido com duas configurações diferentes 
dependendo de quem sinaliza.
Exemplos de glosas de sinais em LIBRAS que apresentam alofones:
DIARIAMENTE
Fonte: imagem tirada pelas autoras
DOMINGO D aberto e D fechado
Fonte: imagem tirada pelas autoras
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
23
Uma forma de identificar os fonemas distintivos de uma língua é 
listar pares mínimos.
Pares mínimos: as formas fonológicas das palavras são idênticas em tudo, 
exceto em uma característica específica. Por exemplo, em português FACA, 
VACA.Os sons iniciais de cada uma destas palavras são distintivos, pois 
mudam o significado da palavra. Assim, /f/ e /v/ são fonemas do português 
que se diferenciam somente pela sonoridade.
Na língua de sinais podemos também listar pares mínimos em 
relação às configurações de mão, ou à locação, ou ao movimento em que 
SOLDADO polegar aberto e polegar fechado
Fonte: imagem tirada pelas autoras
TREINAR na parte de cima do braço e na parte de baixo do braço
Fonte: imagem tirada pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
24
apenas a mudança de um destes elementos em contraste com os demais 
idênticos vai identificar o seu valor distintivo na língua.
a) quanto ao movimento
QUEIJO/RIR
Fonte: imagem tirada pelas autoras
ACUSAR/ADMIRAR
Fonte: imagem tirada pelas autoras
SABER/NÃO SABER
Fonte: imagem tirada pelas autoras
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
25
PERIGOSO/MAMÃE1
Fonte: imagens tiradas pelas autoras
b) quanto à configuração da mão 
 
1 O sinal MAMÃE apresentado na figura acima é utilizado na região 
Sul do Brasil.
ACOSTUMAR/TREINAR
Fonte: imagem tirada pelas autoras
CUIDAR/AJUDAR
Fonte: imagem tirada pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
26
MARROM/ROXO
Fonte: imagem tirada pelas autoras
CURSO/TREINAR
Fonte: imagem tirada pelas autoras
EXPERIMENTAR/DIARIAMENTE
Fonte: imagem tirada pelas autoras
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
27
c) quanto à locação
VERDE/PAPAI2
Fonte: imagens tiradas pelas autoras
2 O sinal PAPAI apresentado na figura acima é utilizado na região 
Sul do Brasil.
QUEIJO/FEIO
Fonte: imagem tirada pelas autoras
AZAR/DESCULPA
Fonte: imagem tirada pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
28
NÃO-SEI/BRANCO3
Fonte: imagens tiradas pelas autoras
ATIVIDADE A partir dos dicionários da língua de sinais brasileira disponíveis 
on-line e de seu próprio conhecimento da língua, identifique cinco 
pares mínimos de cada tipo diferentes dos que foram apresentados 
no material, ou seja, com diferença apenas na configuração da 
mão, apenas na locação e apenas no movimento. Abaixo, são 
apresentados alguns dicionários para a realização da atividade.
www.dicionariolibras.com.br
www.sãopaulo.sp.gov.br/hotsite/libras/
www.feneis.com.br/libras/anexos/cds.ines.shtml
www.bussoleescolar.com.br/dicionarios.htm
www.ines.org.br/libras/index.htm
Além desses três conjuntos de unidades mínimas, Quadros 
e Karnopp (2004) ainda apresentam a orientação da mão (Or) e as 
marcações não-manuais (NM), como expressões faciais e corporais, que 
foram identificadas por Battison (1974, 1978). Em relação ao primeiro, 
alguns sinais determinam mudança de significado apenas com a mudança 
na orientação da mão. Por exemplo, assim como observado no sinal de 
AJUDAR.
3 O sinal BRANCO apresentado na figura acima é utilizado na 
região Sul do Brasil.
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29
Figura 6: (retirada de Quadros e Karnopp, 2004:79)
Glosas de outros exemplos em sinais:
ACONSELHAR
Fonte: imagem tirada pelas autoras
PERGUNTAR
Fonte: imagem tirada pelas autoras
JOGAR-ALGO
Fonte: imagem tirada pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
30
1. Neste exemplo, o sinal com a orientação da palma da 
mão voltada para frente significa que está se ajudando alguém (uma 
terceira pessoa do discurso). Se a orientação da mão estivesse virada 
para dentro, o significado já seria outro: alguém (uma segunda ou 
terceira pessoa) me ajuda (primeira pessoa do discurso). A direção 
do movimento associada à orientação da palma da mão indica a fonte 
e o alvo da ação, ou seja, no exemplo acima, a fonte é a primeira 
pessoa e o alvo é a terceira pessoa associada ao ponto estabelecido 
no espaço à frente da sinalizante no qual a direção do movimento se 
move. Note que a orientação da palma da mão determina o objeto 
da sentença, enquanto que a direção está associada à questão 
semântica (significado da relação espacial).
Glosas de outros exemplos em sinais:
BUSCAR/PEGAR
COPIAR
A combinação de unidades menores, os fonemas, pode ser realizada 
utilizando-se uma ou duas mãos para formar um sinal. O sinal com duas 
mãos pode ter a mesma configuração de mão ou não. No primeiro caso, o 
movimento associado ao sinal deve ser simétrico (condição de simetria). A 
seguir apresentamos alguns exemplos:
Sinais com duas mãos e mesma configuração de mão:
ENSINAR
Fonte: imagem tirada pelas autoras
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31
No segundo caso, há possibilidade de haver a combinação de duas 
configurações de mão, no entanto, uma mão necessariamente será passiva 
e a outra ativa. A seguir apresentamos alguns exemplos:
Xavier (2014) discute a variação na realização dos parâmetros dos 
sinais. O autor observou na Libras variação na pronúncia de sinais de dois 
tipos: 
a) variação livre (não motivada pelo contexto em que o sinal é usado)
b) variação motivada pelo contexto fonético-fonológico em que o sinal 
é realizado.
TRABALHAR
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
ERRAR
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
NAMORAR
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
FINGIR
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
BRINCAR
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
BANHEIRO
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
32
Xavier e Barbosa (2014) analisaram as variações envolvendo a 
configuração de mão e verificaram que há sinais que podem ser realizados 
com mais de uma configuração de mão (por exemplo, CANCELAR); podem 
variar entre uma configuração de mão nativa ou a mão inicializada (como no 
exemplo PESSOA); podem ser produzidos com uma ou duas configurações 
de mão (como em NATAL). Há também variações que podem se apresentar 
com ou sem a distensão do polegar (por exemplo, FARMÁCIA) ou do 
dedo mínimo (como em TRISTE). Também podem apresentar diferentes 
configurações na mão passiva (como em ÁRVORE). Veja os exemplos a 
seguir:
CANCELAR(IX)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
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33
CANCELAR(B)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
PESSOA(P) 
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
PESSOA(5) 
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
34
NATAL(C)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
NATAL(C-Cfechado)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
FARMÁCIA(S)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
FARMÁCIA(bom)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
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35
Xavier e Barbosa (2014) também identificaram variações nos 
demais parâmetros que formam os sinais. Os autores identificaram que 
os sinais que variam na localização podem variar entre o centro e a 
extremidade ipsilateral do rosto (por exemplo ALÍVIO) ou da lateral da testa 
para localizações mais baixas (como em ENTENDER). 
TRISTE(I)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
TRISTE(I)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
TRISTE(Y)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
TRISTE(Y)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
36
Os autores identificaram também a possibilidade de variação 
no movimento, por exemplo, sinais que podem ser feitos com ou sem 
movimento (por exemplo OITO) e sinais que podem ser produzidos com 
diferentes tipos de movimento (como TELEVISÃO).
ENTENDER (lateral-testa) 
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
OITO (sem-movimento) 
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
ENTENDER (bochecha)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
OITO (com-movimento)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
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37
Xavier (2014) apresenta também alguns exemplos de variação 
motivada pelo contexto fonético-fonológico. Um dos exemplos muito 
recorrente é o sinal de IX(eu). 
Xavier e Barbosa (2014) também observaram a assimilação de 
uma das configurações no sinal em quese realizam duas configurações de 
mão. Por exemplo, o sinal de CINZA e o sinal de PROBLEMA.
IX(eu-dedo-indicador)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
CINZA(mão-passiva-S)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
IX(eu-5) AJUDAR
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
CINZA(mão-passiva-C)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
38
Xavier (2014) analisa em detalhes a variação do parâmetro número 
de mãos na produção de sinais da libras. Conforme Quadros e Karnopp 
(2004) e Xavier (2006), os sinais da libras podem ser realizados com 
uma (por exemplo, LEITE) ou duas mãos (CARRO). Os sinais com duas 
mãos podem ser realizados com a mesma configuração de mão como no 
exemplo CARRO ou com configurações de mãos diferentes (por exemplo, 
CULTURA). No caso dos sinais que são realizados com duas mãos com a 
mesma configuração de mão, os sinais são chamados de simétricos.
PROBLEMA (mão-ativaL) 
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
LEITE
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
PROBLEMA (mão-ativaIX)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
CARRO
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
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39
Xavier e Barbosa (2014) observaram que alguns pares de sinais 
com uma ou duas mãos podem variar de significado, por exemplo, os sinais 
de ANIVERSÁRIO e IDADE. Os autores verificaram que esse tipo de par 
sempre apresenta uma relação semântica entre si. 
Além deste tipo de par, no entanto, Xavier (2014) analisa a 
possibilidade de variação na pronúncia dos sinal com uma ou duas mãos. 
O autor verificou que isso pode acontecer por que acontece a duplicação 
ou unificação do número de mãos.
Alguns desses casos podem envolver mudança de significado. 
Xavier (2014) aponta duplicação como uma possível marca de pluralidade 
(por exemplo, QUADRO E QUADROS), marca de aspecto (por exemplo, IR 
e IR-muitas-pessoas-várias-vezes), ou ainda por intensidade (INÚMERAS-
VEZES sem e com intensidade)
 ANIVERSÁRIO 
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
IDADE
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
QUADRO
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
40
QUADROS
Fonte: imagem tirada pelas autoras
IR
Fonte: imagem tirada pelas autoras
IR-muitas vezes-com-duas-mãos
Fonte: imagem tirada pelas autoras
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41
Quanto aos casos de unificação, alguns sinais com duas mãos 
podem ser produzidos com apenas uma mão sem implicar em mudança de 
significado. Por exemplo, o sinal de TELEVISÃO.
 
INÚMERAS-VEZES
Fonte: imagem tirada pelas autoras
INÚMERAS-VEZES (com-intensidade)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
TELEVISÃO(com-duas-mãos)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
TELEVISÃO (com-uma-mão)
Fonte: imagem tirada 
pelas autoras
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
42
De modo geral, os sinais com duas mãos que são realizados com 
apenas uma configuração permitem o apagamento de uma das mãos. 
Isso pode ocorrer em função do contexto fonético-fonológico ou por que o 
sinalizante não tem uma das mãos disponível.
Leite e MacCleary (2013) apresentam uma análise gramatical da 
Libras com base no uso, a partir de uma interação semiespontânea entre 
dois surdos. Apesar dos autores fazerem uma análise no contexto dos atos 
de fala, achamos interessante trazer os elementos gramaticais identificados 
pelos autores aqui neste contexto, até porque isso contempla a questão do 
“diálogo em libras”. Os autores identificaram os seguintes elementos como 
marcas formais de segmentação na Libras na interação analisada:
Articuladores manuais
a) reduções fonético-fonológicas com elisão de movimentos re-
petitivos internos ao sinal (com função de estabelecer junção na ca-
deia dos sinais, estabelecendo a coesão interna da unidade)
b) alongamento final com a manutenção da suspensão final do 
sinal ou a reiteração dos movimentos repetitivos internos ao sinal 
(com a função de produzir áreas de disjunção na cadeia dos sinais, 
delimitando fronteiras entre as unidades e/ou trechos maiores do 
discurso)
BRINCAR(com-uma-mão-com-a-outra-mão-ocupada)
Fonte: imagem tirada pelas autoras
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43
Articuladores não manuais
a) mais pontuais como piscada de olhos e aceno de ca-
beça (com função de marcar pontos de disjunção na cadeia de si-
nais, delimitando fronteiras entre as unidades ou trechos maiores do 
discurso)
b) menos pontuais como expressões faciais, posiciona-
mento e/ou movimentos da cabeça e do tronco, ou direcionamento 
ou movimentos do olhar (com função também de delimitação de di-
ferentes níveis discursivos).
1.3 RESUMO DO CAPÍTULO 
Neste capítulo, foram apresentados os estudos sobre as unidades 
mínimas das línguas de sinais: os fonemas. Para contextualizar o tema, 
foram apresentados os primeiros estudos sobre as línguas de sinais, 
realizados por Stokoe a partir de 1960, sobre a língua de sinais americana. 
Em seguida, foram apresentados os estudos sobre a língua de sinais 
brasileira, por meio de diferentes autores, como Quadros e Karnopp (2004), 
Leite e MacCleary (2013), Xavier (2014) e Xavier e Barbosa (2014). Pode-
se perceber que já houve várias descobertas sobre a fonologia das línguas 
de sinais, mas que ainda há muito a ser estudado, visto que as línguas de 
sinais se apresentam em uma modalidade diferente das línguas faladas e 
que as especificidades das mesmas podem contribuir para novos rumos 
dentro do campo da fonologia. 
OBJETIVOS
• 
• 
• 
UNIDADE 2
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
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47
2 A ORGANIZAÇÃO DE DICIONÁRIOS EM LIBRAS
Neste tópico, abordaremos alguns trabalhos que tratam sobre 
dicionários em Libras e propostas de como organizar os sinais, utilizando a 
estrutura da própria língua de sinais e não precisando depender da ordem 
alfabética do português.
O objetivo principal do capítulo é fazer os alunos refletirem sobre as 
possibilidades de organização de dicionários em Libras, bem como analisar 
os aspectos positivos e negativos de cada proposta apresentada e ainda 
observar as especificidades da modalidade da língua de sinais que podem 
ser aproveitadas para a organização dos sinais.
2.1 A PROPOSTA DE ESTELITA (2007, 2008) PARA ORGANIZAÇÃO 
DOS SINAIS NA LIBRAS
Estelita (2007) observou diferentes formas de se organizar um 
dicionário de língua de sinais e um aspecto relevante nessa questão é a 
forma como representar os sinais em papel. As possibilidades encontradas 
são várias, como desenhos, fotos, descrição dos sinais, outras formas de 
notação escrita ou uma combinação de duas ou mais destas formas. 
No Brasil, os dicionários impressos de LIBRAS costumam 
representar os sinais por diversos meios, como a combinação de desenho 
e descrição, a utilização da ordem alfabética da tradução dos sinais para o 
português, a organização temática de sinais, ou seja, agrupando grupos de 
sinais por ideias afins, o uso de fotografia, além da utilização de exemplos 
de frases em LIBRAS. Em Capovilla e Raphael (2001), por exemplo, são 
utilizados vários recursos para representar os sinais. A ordem adotada é 
a alfabética do português, mas outros recursos foram utilizados, como a 
fotografia, a descrição, a escrita em Sign Writing, a definição do sinal em 
português e inglês e desenho ilustrativo.
Já os dicionários digitais optam por uma outra classificação, mais 
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
48
relacionada com a língua de sinais. Os dicionários disponíveis na internet4 
costumam organizar os sinais por configuração de mão e, dentro de cada 
configuração de mão, utilizam a ordem alfabética do português. Além 
disso, representam os sinais por filmagem, com descrição e definição 
dos mesmos em português e trazendo também informações gramaticais 
e exemplos. Esses dicionários também oferecem a opção de busca pela 
ordem alfabética doportuguês.
Como foi possível perceber, os dicionários de LIBRAS existentes 
se utilizam bastante da língua portuguesa escrita como um recurso para 
representar os sinais e/ou para defini-los. Isso acontece pelo fato de 
nenhuma língua de sinais ter um sistema próprio de escrita. O sistema 
americano Sign Writing é bem conhecido nas comunidades surdas, mas 
não é reconhecido oficialmente como um sistema de escrita de nenhuma 
língua de sinais. Mas será que existe algum sistema capaz de representar 
os sinais que não seja por meio da língua portuguesa escrita? Estelita 
(2007) propõe uma organização baseada em quiremas. Este sistema de 
escrita das línguas de sinais a autora chamou de ‘Escrita das línguas de 
Sinais’ (ELiS) e sua estrutura será descrita abaixo.
Conforme mencionado por Estelita (2007, 2008), o sistema ELiS 
tem uma estrutura de base alfabética, linear e é organizado a partir dos 
parâmetros dos sinais propostos por Stokoe (1965). Esse sistema passou 
por algumas mudanças desde que foi elaborado e sua versão atual 
privilegia a escrita de quatro parâmetros: Configuração de Dedos (CD), 
Orientação da Palma (OP), Ponto de articulação (PA) e Movimento (MOV). 
Esses parâmetros são formados, cada um deles, por vários visemas, sendo 
que suas representações gráficas são chamadas de ‘visografemas’ e seu 
conjunto, ‘visograma’, correspondendo respectivamente aos conceitos de 
‘letras’ e ‘alfabeto’. A ordem em que os parâmetros são escritos é sempre a 
mesma para cada sinal: CD, OP, PA e MOV e a escrita dos mesmos ocorre 
da esquerda para a direita. 
4 http://www.acessobrasil.org.br/libras/ acessados em 04 de 
setembro de 2014.
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
49
Ao todo, a autora encontrou 90 visografemas na ELiS e eles estão 
agrupados da seguinte forma:
- Configuração de dedos (CD): se subdivide em dois grupos – 
polegar e demais dedos.
Polegar:
fechado: polegar dobrado em todas as suas articulações
curvo: polegar dobrado apenas na primeira articulação
paralelo à frente: polegar estendido à frente da palma, paralelamente 
a ela
perpendicular à frente: polegar estendido perpendicularmente à 
frente da palma
paralelo ao lado: polegar estendido, ao lado da palma, paralelamente 
a ela
perpendicular ao lado: polegar estendido perpendicularmente ao 
lado da palma
Demais dedos:
fechado: dedos dobrados em todas as suas articulações
muito curvo: dedos dobrados na segunda e na terceira articulações
curvo: dedos arqueados nas três articulações
inclinado: dedos dobrados na terceira articulação 
estendido: dedos com todas as articulações estendidas
- Orientação da Palma (OP): 
╨ palma para frente
╥ palma para trás
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
50
 palma concêntrica (voltada para a linha mesial)
 palma excêntrica (voltada para a linha distal)
Ù palma para cima
Ú palma para baixo
- Ponto de Articulação (PA): se subdivide em quatro grupos – cabeça, 
tronco, membros e mão.
Cabeça: 
≄ espaço à frente do rosto
Ç alto da cabeça
Í atrás da cabeça
} lateral da cabeça
V orelha
≄ testa
 sobrancelha
∞	 olho
≄ maçã do rosto
l nariz
≄ buço
X boca
q dentes
w bochecha
È queixo
≄ abaixo do queixo
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51
Tronco:
p pescoço
f tórax
Å espaço ao lado do tronco
ù ombro
≄ axila
)( abdômen
Membros:
á braço inteiro
ì braço
Ö cotovelo
þ antebraço
à pulso
╫ perna
Mão:
m palma da mão
Υ dorso da mão
D dedos
) lateral de dedo
• intervalo entre dedos
# articulação de dedo
» ponta de dedo
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
52
- Movimento (MOV): se subdivide em três grupos – externos 
à mão, internos à mão e sem as mãos.
Movimentos externos à mão:
┴ para frente
┬ para trás
‡ para frente e para trás
↑ para cima
↓ para baixo
↕ para cima e para baixo
→ para a direita
← para a esquerda
↔ para a direita e a esquerda
% diagonal para cima e esq.
& diagonal para cima e dir.
‹ diagonal para baixo e esq.
( diagonal para baixo e dir.
¶ girar o antebraço
 circular vertical
 circular horizontal
@ circular frontal
Movimentos internos à mão:
╩	 abrir a mão
╦ fechar a mão
╬	 abrir e fechar a mão
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53
╗ flexionar os dedos na 1a. artic.
╖ flex. os dedos na 2a. artic. 
 unir e separar os dedos
≄ friccionar de dedos
≈	 tamborilar de dedos
s dobrar o pulso
⋈ mov. o pulso lateralm.
a girar o pulso
Movimentos sem as mãos:
Ω negação com a cabeça
₪ afirmação com a cabeça
lb língua na bochecha
≄ língua para fora
═	 	corrente de ar
[~] vibrar os lábios
≄ movimento lateral do queixo 
ж murchar bochechas 
≄ inflar bochechas
≄ abrir a boca 
≄ piscar os olhos
Os visografemas do parâmetro Movimento, quando necessário, 
podem receber diacríticos que indicam qual dedo participa do movimento.
Para a organização e/ou busca das entradas de um dicionário 
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
54
visográfico de língua de sinais, ou seja, baseado em visemas, é necessário 
conhecer a organização interna de uma palavra no sistema ELiS. Como 
já mencionado antes, a ordem dos parâmetros é fixa e cada parâmetro 
também têm sua organização interna. 
Quanto à Configuração de Dedos, a posição de cada dedo é 
definida da posição mais fechada para a mais aberta. Em relação à 
anatomia da mão, seguindo como referência a mão direita, o primeiro 
dedo a ser representado é o polegar, seguido do indicador, médio, anular 
e mínimo. As combinações de dedos separados são anteriores às de 
dedos unidos e estas são anteriores às de dedos cruzados. Também há 
uma organização para o número de dedos selecionados. Sendo assim, 
de acordo com as definições apresentadas acima, a ordem visográfica de 
algumas configurações de dedos tem a seguinte sequência:
Quadro 1: Ordem visográfica de algumas configurações de dedos, retirado de Estelita 
(2006, p. 8)
Já a sequência para o parâmetro Orientação da Palma, segundo a 
autora, foi estabelecida de forma aleatória:
╨ ╥ < > Ù Ú
Quadro 2: Ordem visográfica de Orientação da palma, retirado de Estelita (2006, p. 8)
Em relação ao Ponto de Articulação, a ordem estabelecida seguiu a 
anatomia do corpo humano, de cima para baixo, começando pelos pontos 
da cabeça, depois pelo tronco, membros e finalizando nas mãos. 
p f Å ù ⋈ )(
á ì Ö þ à k
m Υ D ) Ñ # »
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55
Quadro 3: Ordem visográfica dos Pntos de Articulação, retirado de Estelita (2006, p.9)
Por fim, quanto ao movimento, foi estabelecida a ordem dos grupos, 
começando por externos à mão, passando por internos à mão e sem as 
mãos, sendo que internamente a cada grupo a sequência estabelecida foi 
aleatória.
╩ ╦ ╬ ╗ ╖ ⋈ ≈ s ⋈ a
Ω ₪ lb ═ ⋈ ⋈ ж ⋈ ⋈ [~] ⋈
Quadro 4: Ordem visográfica dos Movimentos, retirado de Estelita (2006, p. 9)
Além das classificações internas de cada sinal, Estelita (2006) 
mostra que há critérios mais gerais para a organização de uma palavra em 
relação à outra. Veja quais são esses critérios:
- Os sinais monomanuais são anteriores aos bimanuais.
- Pode haver alteração de um visema dentro de um parâmetro 
durante a realização de um único sinal. Nestes casos, os sinais 
sem alteração são escritos antes dos sinais com alteração.
- As letras sem diacríticos são anteriores às letras com diacrítico.
- O primeiro visografema das palavras digitadas com o alfabeto 
dactilológico definirá a sua posição no dicionário, que será ao fim 
do grupo de palavras que se iniciam com o mesmo visografema. 
Estas palavras serão organizadas seguindo a ordem visográfica 
das Configurações de Dedos. 
- As palavras realizadas com soletração rítmica são anteriores 
àquelas com o alfabeto dactilológico e seguem a mesma ordem 
visográfica das outras palavras.
- As palavras que se iniciam com o mesmo visografema serão 
assim hierarquizadas: as primeiras serão as palavrasformadas 
pelos quatro parâmetros (ou três, na ausência de movimento) – 
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
56
estas organizadas segundo os critérios já apresentados –, seguidas 
das palavras formadas por soletração rítmica, terminando com as 
palavras digitadas com o alfabeto dactilológico.
O sistema de escrita ELiS pode ser mais uma forma de representar 
os sinais e pode ser utilizado como entradas de um dicionário de línguas 
de sinais. Para isso ocorrer, é necessário que mais surdos tenham acesso. 
2.2 A PROPOSTA DE NASCIMENTO (2009) PARA A ORGANIZAÇÃO DE 
DICIONÁRIOS EM LIBRAS
Já Nascimento (2009), apresenta uma proposta, em sua tese de 
doutorado, que está associada à análise de dicionários existentes, a partir 
dos pressupostos teóricos da lexicografia, e à análise da representação 
iconográfica do léxico da LSB. A grande questão envolvida é a dificuldade 
em representar linearmente as línguas de sinais pelo fato de elas terem 
como característica a simultaneidade das informações no espaço, com 
sobreposição de informações quando se articula uma unidade linguística. 
A proposta lexicográfica, apresentada por ela, contempla a 
organização semasiológica de repertórios lexicográficos, com base 
numa proposta de ordenação dos parâmetros constituintes da Libras e 
de princípios regidos por continua que acarretam uma organização dos 
parâmetros da Libras. 
Organização semasiológica: parte do significante para o significado. Organiza 
as entradas segundo a forma das palavras, seja pela ordem alfabética, 
obedecendo à orem das letras do alfabeto, conforme estabelecida para cada 
língua, seja por algum outro critério.
Diferentemente de Estelita (2007, 2008), que propõe a ordem CM, 
OP, Mov, PA e ENM dos parâmetros da Libras, Nascimento (2009) propõe 
o PA como o parâmetro com uma distribuição mais fluída, o que facilitaria 
a memorização. Desta forma, sua ordenação é organizada da seguinte 
forma: CM, PA, OP, Mov, EF e EC. O conjunto de continua, que acarreta a 
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
57
organização interna dos parâmetros está alicerçado em princípios que vão: 
(a) do mais visível para o menos visível; (b) do mais próximo para o mais 
distante; (c) do mais alto para o mais baixo; (d) do menor para o maior; (e) 
do mais simples para o mais complexo; (f) do mais comum para o menos 
comum; (g) do mais fechado para o mais aberto; (h) do sem-movimento para 
o com-movimento; (i) do menos especializado para o mais especializado; 
(j) do mais primitivo para o mais derivado; (k) do mais prototípico para o 
menos prototípico e assim por diante. 
Desta forma, para cada um dos parâmetros, a autora analisou 
diferentes propostas e pode estabelecer a ordem de cada parâmetro com 
base no continua apresentado acima. O primeiro parâmetro coletado, 
analisado e ordenado foi o das CMs, no qual a autora chegou a 75 CMs 
ordenadas da CM mais fechada para a CM mais aberta. Como há alternância 
entre os cinco articuladores (dedos), foi necessário agrupar as CMs em 
10 grupos, com quantidade variada de CMs. A vantagem dessa forma de 
agrupamento é que não é necessário decorar a ordem das 75 CMs. Basta 
decorar o início dos agrupamentos e algumas mudanças internas a eles 
e logo a CM será identificada, pois todas elas partem de uma sequência 
concatenada de CMs. O quadro com as CMs propostas por Nascimento se 
encontra abaixo:
Figura 7: Ordem do parâmetro Configuração de Mãos, retirado de Nascimento (2009, p. 
37)
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
58
Para o parâmetro Ponto de Articulação (PA), a autora propõe que 
este seja o segundo critério de ordenação em repertórios com entradas em 
Libras, devendo também ser estabelecida uma ordem de apresentação das 
locações, conforme o quadro abaixo:
Quadro 5: Ordem para o parâmetro Ponto de Articulação, retirado de Nascimento (2009, 
p. 195)
De acordo com o quadro acima, verificamos que a ordem para o 
parâmetro Ponto de Articulação se dá no sentido longitudinal do corpo, ou 
seja, de trás para frente e de cima para baixo. No sentido latitudinal, a 
ordem vai do ponto mais próximo do corpo para o mais distante, do ponto 
mais central para o mais periférico. Desta forma, primeiro aparecem as 
unidades que tocam o corpo (proximal), em segundo lugar as que estão no 
espaço neutro (medial) e em terceiro lugar as que estão mais distantes do 
corpo (distal). Além disso, a relação entre as mãos e os dedos podem ser 
consideradas como PA, de acordo com a ordem a seguir:
Quadro 6: Ordem para a relação entre dedos, pulso e mãos, retirado de Nascimento 
(2009, p.196)
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
59
Com relação ao parâmetro 
Orientação da Palma da Mão (OP), 
Nascimento faz uma ampliação da 
proposta apresentada por Karnopp 
(1997), distribuindo a OP da Mão 
em sete direções básicas, no plano 
unidimensional. Segundo a autora, 
as OPs que estiverem na diagonal 
devem ser encaixadas na sequência do 
continuo proposto. Além disso, todas 
as CMs devem ser entendidas com a 
possibilidade de serem produzidas com 
orientação em qualquer direção do espaço 
tridimensional. Abaixo, é apresentado o 
quadro com a representação da ordem 
proposta pela autora:
Quadro 7: Ordem para o parâmetro Orientação da Palma, retirado de Nascimento (2009, 
p. 198)
Figura 8: Representação dos Pontos 
de Articulação, retirado de Nascimento 
(2009, p. 196)
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
60
Quanto ao parâmetro movimento 
(mov), a autora afirma que o mesmo possui 
várias características (direção, modo, tipo, 
intensidade, frequência) que nem sempre 
são muito visíveis para serem critérios de 
ordenação, segundo a perspectiva de sua 
proposta. Entretanto, parece que a direção do 
movimento é a parte mais visível e, portanto, o 
primeiro item a ser considerado como critério 
de ordenação. Segue abaixo, o quadro com a 
proposta mencionada:
Quadro 8: Ordem para o parâmetro Movimento, 
retirado de Nascimento (2009, p. 203)
No que tange às expressões faciais (EFs), a autora assume que as 
representações das EFs inseridas na proposta são não motivadas por uma 
representação de Língua de sinais, mas que representam as expressões 
incorporadas à articulação de várias unidades da Libras. A sequência 
proposta é: sem expressão facial > com expressão facial, sendo que esta 
última se subdivide na ordenação com expressão facial mais fechada 
(associada a sentimentos mais negativos) > com expressão facial mais 
aberta (associada a sentimentos mais positivos). Além disso, o papel das 
sobrancelhas é determinante na informação sobre as expressões faciais. 
Quadro 9: Ordem 
para o parâmetro 
Expressão Facial, 
retirado de Nascimento 
(2009, p. 207)
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
61
Por fim, Nascimento apresenta a ordenação referente às 
expressões corporais (EC), parâmetro do qual não foram encontradas 
muitas representações, segundo sua busca. Segue abaixo, a proposta de 
sua pesquisa:
Quadro 10: Ordem de apresentação das expressões corporais, retirado de Nascimento 
(2009, p. 209)
Essa proposta paramétrica contribui para uma organização 
semasiológica de repertórios, em que a mão é a primeira unidade de 
ordenação, justamente por ser a mais visível em uma unidade lexical em 
Libras. A distribuição no uso das mãos é ordenada da seguinte forma:
Figura 9: Ordem de Distribuição no uso das mãos, retirado de Nascimento (2009, p. 226)
 Para uma organização de repertório sob o critério 
onomasiológico, a ordenação será prototípica.
Organização onomasiológica: parte dos significados capazes de ter 
expressão linguística para se chegar aos significantes correspondentes. É 
temática, agrupa as palavras por itens afins, por exemplo, cores, animas, 
vestuário, etc.
 
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
62
2.3 A proposta de Costa (2012) 
Costa (2012), em sua dissertação de mestrado, apresenta um 
modelo de Enciclopédia Visual Bilíngue Juvenil, denominadapor ele 
de Enciclolibras, com o objetivo de sistematizar um campo semântico 
específico, com vocabulário especializado, que representa conceitos e 
significados, seguindo os princípios das teorias lexicais e terminológicas 
aplicadas aos sinais que são usados na Língua de Sinais Brasileira – LSB. 
Os resultados obtidos incluem 126 verbetes em Libras, relativos ao campo 
semântico corpo humano, que foram organizados seguindo a proposta de 
Nascimento (2009) quanto à organização paramétrica. Entretanto, para 
Costa, o número de CMs apresentado por Nascimento não dá conta da 
expansão lexical e terminológica da Libras. Desta forma, o autor propõe 
que sejam catalogadas outras CMs, como as utilizadas por ele na criação 
de novos sinais-termos em sua pesquisa.
Para a criação de novos sinais, tendo como objetivo a expansão 
terminológica em uma determinada área do conhecimento, são utilizadas 
palavras já existentes na língua de sinais como base para criar os novos 
sinais-termos. Esses sinais-termos, segundo Costa “surgem para detalhar 
e especificar os conceitos dos hipônimos, que estão relacionados a 
outros conceitos gerais, construídos como hiperônimos”. O termo-base, 
já existente em uma área de conhecimento, se mantém, mas duplica 
sua função, pois adquire nova informação semântica que tem o papel 
de especificar o significado no discurso em que o sinal-termo está sendo 
utilizado, considerando-se um processo derivacional, conforme exemplo 
abaixo:
Figura 10: Processo derivacional: de EMBRIÃO para CORDÃO UMBILICAL, retirada de 
Costa (2012, p. 48)
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
63
De acordo com o exemplo, o sinal CORDÂO UMBILICAL é específico 
e é um hipônimo do sinal EMBRIÃO, que é genérico e hiperônimo, servindo 
como base para o primeiro sinal. 
A elaboração da Enciclolibras foi organizada da seguinte forma: 
primeiramente foram criados sinais na Libras relacionados à subárea 
Reprodução Humana, Nascimento e Crescimento, depois foi feita a 
testagem e validação dos sinais criados, a elaboração de proposta de 
material didático com foco no aprendizado da Libras e do português escrito 
e a ilustração do material didático. Abaixo, é apresentado um exemplo da 
Enciclolibras, com o índice de uma temática:
Figura 11: ENCICLOLIBRAS – Índice da temática, retirada de Costa (2012, p.94)
2.4 A PROPOSTA DO GLOSSÁRIO DO LETRAS LIBRAS
Um exemplo de levantamento terminológico em Libras que 
contempla uma ordenação a partir das unidades da Libras é o glossário do 
Letras Libras, em www.libras.ufsc.br 
O glossário do Letras Libras foi criado com um sistema de busca 
que utiliza agrupamentos de configurações de mãos e os pontos de 
articulação disponíveis na produção dos sinais em Libras. Stumpf, Oliveira 
e Miranda (2014) apresentam a constituição e consolidação do glossário 
do Letras Libras. Os autores propõem um glossário que parte das unidades 
da Libras como referência, pois grande maioria dos alunos do Letras Libras 
buscam compreender os sinais usados no contexto do curso por meio do 
próprio sinal, sua definição e o uso do sinal em contexto. Stumpf, Oliveira 
e Miranda descrevem os passos da criação desse glossário que envolveu, 
basicamente a apresentação dos sinais em vídeo, com a soletração das 
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
64
palavras, o sinal a ser utilizado pelos tradutores do curso, a apresentação 
da definição do sinal, exemplos e possíveis variações regionais, quando era 
o caso. Essa organização exigiu uma categorização dos próprios sinais que 
envolvia a classificação das configurações de mãos envolvidas, dos pontos 
de articulação, das possíveis traduções e da sua forma escrita (envolvendo 
a escrita de sinais). A partir dessa categorização, foi criado um sistema de 
filtro de busca utilizando a configuração de mão associada ao sinal e o seu 
ponto de articulação. Esse sistema de busca facilita a listagem de sinais 
disponíveis para a localização do alvo de busca. Também é possível utilizar 
sistemas de busca com base no português.
A seguir, apresentamos a visualização dos grupos de configuração 
de mão do glossário do Letras Libras (Stumpf, Oliveira e Miranda, 2014):
Figura 12: Visualização dos grupos de Configuração de Mãos, retirado de Stumpf, 
Oliveira e Miranda (2014, p. 155)
Os pontos de articulação são identificados por meio de um boneco, 
em que o espaço neutro a frente do corpo do boneco, os braços, a mão, 
o tronco, e partes específicas da face podem ser indicadas por meio do 
sombreamento do boneco conforme segue:
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
65
Figura 13: Visualização de avatar e alguns filtros de localização, retirado de Stumpf, 
Oliveira e Miranda (2014, p. 157)
Após a indicação da configuração de mão e do ponto de articulação, 
a lista dos sinais é apresentada com as ocorrências existentes no glossário, 
conforme ilustrado a seguir:
Figura 14: Visualização do resultado da busca pelo filtro “tronco”, retirado de Stumpf, 
Oliveira e Miranda (2014, p. 158)
Aspectos Fonético-Fonológicos da Libras
66
Esse glossário é o primeiro disponível no Brasil com um sistema de 
busca a partir das unidades que formam as palavras na Libras. O sistema 
criado para o glossário do Letras Libras está sendo utilizados por outros 
glossários terminológicos em Libras. Na própria página do www.libras.ufsc.
br você pode acessar os glossários já disponíveis, embora ainda estejam 
em fase de consolidação.
2.5 RESUMO DO CAPÍTULO
Neste capítulo, foram apresentadas algumas propostas para 
a organização dos sinais em dicionários, enciclopédias e glossários. As 
propostas apresentadas partem da ordenação dos sinais por meio da 
utilização das unidades da Libras, sendo apresentados diferentes enfoques 
para as mesmas. 
ATIVIDADE: A partir das propostas apresentadas acima, para a organização de 
sinais em dicionários e enciclopédias, faça uma análise identificando 
aspectos semelhantes e diferentes em cada uma. Dê sua opinião sobre 
qual dessas propostas pode representar melhor as especificidades das 
línguas de sinais.
FUESPI/NEAD Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
67
REFERÊNCIAS
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QUADROS, Ronice M de & KARNOPP, Lodenir B. Língua de Sinais 
Brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
SANDLER, W. & LILLO-MARTIN, D. 2000. Natural Sign Language. In: 
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STOKOE, W. (2005) Sign Language Structure: An Outline of the Visual 
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Anthropology and Linguistics, University of Buffalo, Buffalo 14, New York. 
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Libras. IN: Estudos da Língua Brasileira de Sinais II. STUMPF, M. R.; 
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http://gupress.gallaudet.edu/stokoe.html
http://www.ines.org.br/libras/index.htm
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www.sãopaulo.sp.gov.br/hotsite/libras/
www.feneis.com.br/libras/anexos/cds.ines.shtml
www.bussoleescolar.com.br/dicionarios.htm
www.ines.org.br/libras/index.htm
http://www.acessobrasil.org.br/libras/
www.libras.ufsc.br
AVALIAÇÃO DO LIVRO
Prezado(a) cursista:
Visando melhorar a qualidade do material didático, gostaríamos que 
respondesse aos questionamentos abaixo, com presteza e discerni-
mento. Após, entregue a seu tutor esta avaliação. Não é necessário 
identificar-se.
Unidade:____________ Polo : _________________
Disciplina:___________ Data: _____________________
1. No que se refere a este material, a qualidade gráfica está visual-
mente clara e atraente
( ) ÓTIMO ( ) BOM ( ) RAZOÁVEL ( ) RUIM
2. Quanto ao conteúdo, está coerente e contextualizado à sua práti-
ca de estudos
( ) ÓTIMO ( ) BOM ( ) RAZOÁVEL ( ) RUIM
3. Quanto às atividades do material, estão relacionadas aos conteú-
dos estudados e compreensíveis para possíveis respostas.
( ) ÓTIMO ( ) BOM ( ) RAZOÁVEL ( ) RUIM
4. Coloque abaixo suas sugestões para melhorar a qualidade deste 
e de outros materiais.
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