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F R E N T E 3 377 J as energias internas dos dois gases, que eram inicialmente iguais, após o fornecimento de calor continuam iguais. J as energias internas, que eram inicialmente diferen- tes, continuam diferentes. J as energias internas, que eram iguais, agora são diferentes. J as energias internas variam. J faltam dados para responder algo a respeito da variação da energia interna. 44 UFMA De acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica, a variação da energia interna (DU) de um sistema é igual à diferença entre o calor trocado com o ambiente (Q) e o trabalho realizado no processo termodinâmico (t). Dessa forma, qual o valor de DU, respectivamente, quando um gás ideal passa por uma transformação do tipo: isotérmica, isobárica, isométrica, adiabática, e cíclica? A zero, Q – t, Q, –t, zero. b Q – t, Q, zero, –t, zero. C zero, Q, Q – t, zero, –t. d Q, –t, Q – t, zero, zero. e –t, Q, zero, Q – t, zero. 45 Vunesp O ciclo de Carnot, de importância fundamental na Termodinâmica, é constituído por um conjunto de transformações definidas. Num diagrama (P, V) você esboçaria esse ciclo usando: A uma isotérmica, uma isobárica, uma adiabática e uma isocórica. b duas isotérmicas e duas adiabáticas. C duas isobáricas e duas isocóricas. d duas isobáricas e duas isotérmicas. e uma isocórica, uma isotérmica e uma isobárica. 46 EsPCEx 2019 Um gás ideal é comprimido por um agen- te externo, ao mesmo tempo em que recebe calor de 300 J de uma fonte térmica. Sabendo-se que o traba- lho do agente externo é de 600 J, então a variação de energia interna do gás é A 900 J. b 600 J. C 400 J. d 500 J. e 300 J. 47 FICSAE 2019 Para provocar a transformação gasosa ABC, representada no diagrama P × V, em determi- nada massa constante de gás ideal, foi necessário fornecer-lhe 1 400 J de energia em forma de calor, dos quais 300 J transformaram se em energia interna do gás, devido ao seu aquecimento nesse processo. Considerando não ter havido perda de energia, o tra- balho realizado pelas forças exercidas pelo gás no trecho AB dessa transformação foi de A 600 J. b 400 J. C 500 J. d 1 100 J. e 800 J. 48 UFRGS 2020 Uma máquina de Carnot apresenta um rendimento de 40%, e a temperatura de sua fonte quente é 500 K. A máquina opera a uma potência de 4,2 kW e efetua 10 ciclos por segundo. Qual é a tem- peratura de sua fonte fria e o trabalho que a máquina realiza em cada ciclo? A 200 K – 42 J. b 200 K – 420 J. C 200 K – 42 000 J. d 300 K – 42 J. e 300 K – 420 J. 49 Uma máquina a vapor recebe ar saturado de uma caldeira à temperatura de 227 ºC e descarrega o va- por despendido à temperatura de 77 ºC (diretamente no ar atmosférico). Se a máquina operasse segundo o ciclo de Carnot, o seu rendimento máximo, em per- centagem, seria de que valor? 50 Unioeste 2019 Em um sistema fechado, um gás ideal passa lentamente de um estado inicial 1 para um esta- do final 2 devido a uma expansão isotérmica. Assim, ao final deste processo termodinâmico, A o gás não terá absorvido energia na forma de calor uma vez que a temperatura no estado 1 é igual à temperatura no estado 2. b o trabalho realizado pelo gás será igual à variação da energia interna calculada entre o estado 2 e o estado1. C o calor absorvido pelo gás será igual à variação da energia interna calculada entre o estado 2 e o estado1. d o trabalho realizado sobre o gás será igual à ener- gia por ele absorvida na forma de calor ao passar do estado 1 para o estado 2. e o trabalho realizado pelo gás será igual à energia por ele absorvida na forma de calor ao passar do estado 1 para o estado 2. 51 Uma máquina opera entre duas fontes térmicas de temperaturas –23 ºC e 477 ºC, rejeitando em cada ciclo 627 J de calor para a fonte fria. Para que essa máquina esteja operando no rendimento máximo teórico, quanto de calor, em calorias, deve estar rece- bendo da fonte quente? Dado: 1 cal = 4,18 J. FÍSICA Capítulo 6 Gases e Termodinâmica378 52 UEM O diagrama a seguir representa o ciclo de Carnot realizado por um gás ideal que sofre transformações em uma máquina térmica. P T 1 T 2 V C D A B Com relação ao ciclo de Carnot, é correto armar que: A o gás sofre duas expansões isotérmicas. b o rendimento da máquina é de 100%. C o gás sofre uma expansão adiabática de B para C. o gás sofre uma compressão adiabática de C para D. o gás sofre uma compressão isotérmica de D para A. 53 UEPB Leia o texto a seguir. A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no pro- cesso produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. James Hargreaves, 1764, na Grã-Bretanha, inventa a fiadora “spinning Jenny”, uma máquina de fiar rotativa que permitia a um único artesão fiar oito fios de uma só vez. James Watt, 1768, inventa a máquina a vapor; Gottlieb Daimler, 1885, inventou um motor a explosão etc. Acerca do assunto tratado no texto, em relação às máquinas térmicas, de acordo com a segunda lei da Termodinâmica, podemos armar: I. Nenhuma máquina térmica operando em ciclos pode retirar calor de uma fonte e transformá-lo integralmente em trabalho. II. A segunda lei da Termodinâmica se aplica aos refrigeradores, porque esses transferem calor da fonte fria para a fonte quente. III. O rendimento de uma máquina térmica que opera em ciclos pode ser de 100%. Após a análise feita, verica-se que é(são) correta(s) apena(s) a(s) proposição(ões): A II e III. b II. C III. I. I e II. 54 Enem A invenção da geladeira proporcionou uma revo- lução no aproveitamento dos alimentos, ao permitir que fossem armazenados e transportados por longos perío- dos. A figura apresentada ilustra o processo cíclico de funcionamento de uma geladeira, em que um gás no interior de uma tubulação é forçado a circular entre o congelador e a parte externa da geladeira. É por meio dos processos de compressão, que ocorre na parte externa, e de expansão, que ocorre na parte interna, que o gás proporciona a troca de calor entre o interior e o exterior da geladeira. Compressor Válvula de expansão Compartimento do congelador Disponível em: <http://home.howstuworks.com>. (Adapt.). Nos processos de transformação de energia envolvi- dos no funcionamento da geladeira: A a expansão do gás é um processo que cede a energia necessária ao resfriamento da parte interna da geladeira. b o calor flui de forma não espontânea da parte mais fria, no interior, para a mais quente, no exterior da geladeira. C a quantidade de calor cedida ao meio externo é igual ao calor retirado da geladeira. a eficiência é tanto maior quanto menos isolado termicamente do ambiente externo for o seu com- partimento interno. a energia retirada do interior pode ser devolvida à geladeira abrindo-se a sua porta, o que reduz seu consumo de energia. 55 ITA Uma máquina térmica opera segundo o ciclo JKLMJ mostrado no diagrama T-S da figura. T (K) J M K L S 2 S 1 T 1 T 2 S (J/K) Pode-se armar que: A o processo JK corresponde a uma compressão iso- térmica. b o trabalho realizado pela máquina em um ciclo é W = (T2 – T1)(S2 – S1). C o rendimento da máquina é dado por η = 1 – T T . 2 1 durante o processo LM, uma quantidade de calor QLM = T1(S2 – S1) é absorvida pelo sistema. outra máquina térmica que opere entre T2 e T1 po- deria eventualmente possuir um rendimento maior que o desta. F R E N T E 3 379 Geladeira solar Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um novo sistema de refrigeração à base de energia solar, que poderá beneficiar produtores rurais de leite no Nordeste brasileiro. O sistema resfria o leite por meio de um processo de absorção sólida. O projeto foi desenvolvido por Ana Rosa Mendes Primo, professora do Grupo de Engenharia Térmica do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPE, e por Rogério Klüppel, professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba(UFPB). De acordo com Ana Rosa, o sistema, que atinge temperatura mínima de 7 ºC, começou a ser desenvolvido em 2002, quando o Ministério da Agricultura estabeleceu novas normas técnicas para a coleta e o transporte de leite em propriedades rurais. “A lei determina que todo tipo de leite deve ser refrigerado ainda no local de produção, o que causa dificuldades para os produtores, uma vez que a maioria tem acesso precário e caro à energia elétrica”, disse Ana Rosa à Agência FAPESP. Contando só o leite bovino, Pernambuco produz cerca de 186 milhões de litros por ano. A bacia leiteira se concentra no agreste (71%). O sertão produz 16% e a zona da mata 10%. A atividade emprega cerca de 80 mil pessoas no estado. Segundo a pesquisadora da UFPE, a tecnologia de refrigeração solar poderá contribuir para diminuir o êxodo rural em todo o Nordeste, aproveitando as condições climáticas favoráveis de céu limpo e pouca precipitação ao longo do ano. O refrigerador é composto por um coletor solar plano, cujo interior é cheio de sílica gel – material usado para absorver umidade. O sistema tem uma válvula de passagem de água com acionamento manual. “A sílica gel libera vapor d’água a partir da ação do sol. Quando o sol incide sobre o reator, o calor penetra no coletor e a sílica começa a expulsar o vapor d’água, que é direcionado para o condensador, liquefeito e acumulado em um recipiente”, disse. Segundo Ana Rosa, no meio da tarde, quando o calor começa a diminuir, é preciso abrir a válvula para que a água desça para o evaporador, produzindo a refrigeração dos baldes de leite. “O vapor retorna pelo mesmo caminho pelo qual passou a água. Quando o sol volta a nascer, é hora de fechar a válvula e recomeçar o ciclo”, explicou. Os pesquisadores trabalham agora para incorporar ao sistema um controle automático para a válvula, dispensando a abertura manual para a liberação da água no fim do dia. ”A ideia é incorporar uma válvula solenoide operada por energia solar, criando um sistema independente para ela”, disse a pesquisadora. Atualmente, uma produção de cem refrigeradores solares faria com que cada unidade custasse em torno de R$ 5.000,00, na avaliação dos pesqui- sadores. ”É um custo mais que razoável, levando em conta que o tempo de vida útil de cada equipamento é de 30 anos”, disse. Segundo Ana Rosa, a empresa paraibana Solartech, que pertence a Klüppel, pretende fabricar o equipamento. Fábio de Castro. Agência Fapesp, 2 ago. 2007. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/7534>. Acesso em: 27 ago. 2020. Trocas de calor e a teoria do calórico Até meados do século XIX, todos os processos termológicos eram justificados com base na teoria do calórico. Segundo essa teoria, todos os corpos possuíam uma substância denominada “calórico”, que era trocada espontaneamente quando corpos a temperaturas diferentes eram postos em contato. Quando os corpos apresentassem a mesma temperatura, essa troca cessava. Embora o calórico justificasse inúmeros fatos experimentais, nunca foi identificado experimentalmente. Deve-se a Benjamin Thompson (1753-1814) a primeira suspeita sobre a inexistência do calórico, quando supervisionava a fabricação de canhões para o governo da Bavária. Na operação de perfuração dos lingotes metálicos, os orifícios eram mantidos cheios de água, que era reposta à medida que se processava a evaporação. Esse aquecimento era provocado pelas ferramentas de corte que, em contato com a peça, desbastavam o metal constituinte do cano do canhão. De início, Thompson aceitava que o metal perdia a sua capacidade de reter calórico ao ser desbastado, e, por isso, o calórico passava do metal para a água, provocando o aquecimento desta. Porém, ele notou que tal aquecimento continuava, mesmo quando cessava o desbastamento do metal, em virtude de as ferramentas perderem corte, fato que dificultava a explicação da passagem do calórico do metal para a água. Thompson lançou a hipótese segundo a qual o trabalho realizado era o responsável pelo aparecimento do calor que provocava o aquecimento da água. Essa hipótese é fortalecida pela experiência de Davy, que mostra a possibilidade de fundir pedaços de gelo atritando-os uns aos outros no interior de um recipiente mantido à temperatura inferior a 0 ºC. Posteriormente, Mayer concluiu, como consequência de suas experiências realizadas no campo da Biologia, que o calor é uma entre as várias formas nas quais a energia pode se apresentar. Mayer chegou a calcular o trabalho posto em jogo e a quantidade de calor correspondente, a partir dos calores específicos, a pressão e a volume constantes, obtendo valor apenas aproximado, em decorrência de erros cometidos na medição desses calores específicos. James Prescot Joule (1818-1889) mostrou em definitivo que a transformação de trabalho em calor é independente da maneira pela qual o trabalho é posto em jogo e que, nesse processo de conversão de energia, ao mesmo trabalho corresponde sempre a mesma quantidade de calor. eTextos complementares FÍSICA Capítulo 6 Gases e Termodinâmica380 Os gases apresentam muitas propriedades físicas em comum; independen- temente de sua natureza química, um gás ideal, ou gás perfeito, é aquele cujo comportamento se aproxima do observado na maioria dos gases reais. O comportamento térmico dos gases pode ser analisado, do ponto de vista macroscópico, por meio das variáveis de estado, pressão, volume e temperatura. O estado de equilíbrio de um gás pode ser caracterizado por três valores (P, V e T). A variação de pelo menos duas das variáveis de estado resulta em uma transformação gasosa. Transformação isotérmica: (T = cte.)⇒ PV = cte. PiVi = PfVf P P i P f V i V f V T i f Transformação isobárica: (P = cte.)⇒ V T = cte. P fi V P i ≡ P f V i V f T f T i Transformação isométrica: (V = cte.)⇒ P T = cte. P f i V P i V i = V f T f T i P f Equação geral dos gases: P V T = P V T i i i f f f Resumindo Equação de Clapeyron: PV = nRT A densidade, ou massa específica, de um gás ideal pode ser calculada pela equação de estado: d = PM RT Transformação adiabática: não há troca de calor entre o sistema e o meio exterior. Q = 0⇒ P · Vg = cte. Em uma transformação gasosa, quando há variação no volume da massa de gás, pode haver expansão ou contração da massa gasosa. No caso de expansão, o gás realiza trabalho contra o exterior (t > 0), no caso de contração, o exterior realiza trabalho contra o gás (t < 0). O trabalho realizado, do ponto de vista gráfico, qualquer que seja a transformação, é numericamente igual à área compreendida entre a curva que caracteriza a transformação, no diagrama P versus V, e o eixo dos volumes. P 0 P f V f V i V f i P i τ τ = área P × V N Quando um sistema troca calor e trabalho com o meio exterior, a energia interna do sistema é a diferença entre o calor e o trabalho trocados pelo sistema com o meio exterior, independentemente da trajetória. Esse enun- ciado é conhecido como primeiro princípio da Termodinâmica. DU = Q – t Quando ocorre uma mudança de estado, o calor latente (L) torna-se im- portante para a variação da energia interna do sistema. DU = mL – t Trabalho e calor são características das transformações que um sistema pode sofrer. Um sistema muda de um estado de equilíbrio para outro devido às trocas de calor. Quando um gás percorre um ciclo – em uma sequência de transformações, levando a uma transformação cíclica –, sua energia interna permanece constante, e o calor e o trabalho trocados pelo gás com o exterior são iguais. O rendimento de um ciclo é a razão entre o trabalho que pode ser apro- veitado em decorrência de o sistema percorrer o ciclo e a quantidade de calor fornecida ao sistema. Em um ciclo de Carnot o rendimento é: η Carnot 1 2 1 = T T T − As condições pelas quais as transformações de um sistema podem ocorrer são estabelecidas pelo segundo princípio da Termodinâmica, que mostra que todos os processos naturais são irreversíveis. Nãopode existir um motor com rendimento de 100%, isto é, não pode existir um motor cuja fonte fria esta à temperatura igual ao zero absoluto, de acordo com o terceiro princípio da Termodinâmica.
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