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Petição de registro A petição de registro deve ser acompanhada de relatório técnico, cujos principais itens são: 1. Dados da matéria-prima vegetal O solicitante deve informar a Denominação Comum Brasileira (CDB) da matéria- prima vegetal utilizada e as partes da planta utilizadas. A DCB de espécies vegetais consta na RDC nº 64, de 28 de dezembro de 2012, alterada pela RDC nº 2, de 10 de janeiro de 2014. 2. Layout dos rótulos e bulas ou folheto informativo para fitoterápicos A apresentação dos layouts de rótulos e bulas para medicamentos fitoterápicos deve seguir as disposições da RDC nº 47, de 8 de setembro de 2009, que estabelece regras para elaboração, harmonização, atualização, publicação e disponibilização de bulas de medicamentos para pacientes e profissionais de saúde, e da RDC nº 71, de 22 de setembro de 2009, que estabelece regras para a rotulagem de medicamentos. Já a apresentação dos layouts de rótulos e folhetos informativos de produtos tradicionais fitoterápicos deve seguir as disposições da RDC nº 26/2014 e da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos. 3. Descrição do sistema de farmacovigilância O solicitante deve apresentar a descrição do sistema de farmacovigilância da empresa, de acordo com as disposições da RDC nº 4, de 10 de fevereiro de 2009, que dispõe sobre as normas de farmacovigilância, e do guia de farmacovigilância para detentores de registro de medicamentos, publicado pela Anvisa em 2010. 4. Estudos de estabilidade Os estudos de estabilidade têm como objetivo o estabelecimento ou a confirmação do prazo de validade e a recomendação das condições de armazenamento do fitoterápico na validade esperada por meio da verificação de suas características químicas, físicas, biológicas e/ou microbiológicas. Devem seguir as disposições da Resolução nº 1, de 29 de julho de 2005, que publicou o guia para a realização de estudos de estabilidade. 5. Relatório de produção O solicitante deve apresentar um fluxograma do processo de produção, incluindo as operações realizadas e os equipamentos utilizados. A produção de fitoterápicos deve ser apoiada por uma validação de processo precisa e documentada, garantindo o controle da fabricação e da qualidade do produto acabado. 6. Relatório de controle de qualidade Os itens relativos ao relatório de controle de qualidade, incluindo o laudo de controle de qualidade e o relatório de segurança e eficácia/efetividade, serão abordados mais à frente. A petição de registro deve ser entregue à Unidade de Atendimento ao Público da Anvisa (UNIAP), de onde será encaminhada para a Coordenação de Medicamentos Fitoterápicos e Dinamizados (COFID), que realizará a análise. Processo de análise de petição de registro de medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico na Anvisa. Fonte: adaptada de Brasil (2014a). A notificação de produtos tradicionais fitoterápicos deve ser realizada por meio do site da Anvisa e renovada a cada cinco anos. Nesse caso, são exigidos apenas os relatórios do estudo de estabilidade e de controle de qualidade. Lembre-se de que a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos só é possível se a droga ou derivado vegetal estiver listada no Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira e possuir monografia específica de controle de qualidade publicada em farmacopeia reconhecida pela Anvisa. ______ ➕ Pesquise mais Apesar da complexidade de cumprimento dos requisitos de pesquisa e desenvolvimento de fitoterápicos, a geração de produtos seguros, eficazes e de qualidade, compatíveis com as exigências regulatórias nacionais, é possível. Petição de registro
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