Buscar

Serviço Social-Questões de acessibilidade e equidade nos serviços sociais.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Relações de poder e autoridade na relação entre assistentes 
sociais e clientes. 
As relações de poder e autoridade desempenham um papel significativo na interação entre assistentes sociais 
e clientes, influenciando dinâmicas de poder, tomadas de decisão e resultados das intervenções. Essas relações 
são complexas e podem ser influenciadas por uma série de fatores, incluindo as características individuais dos 
profissionais e dos clientes, o contexto institucional e social em que ocorre o trabalho social, e as normas 
éticas e valores profissionais que orientam a prática. 
 
Em muitos casos, os assistentes sociais detêm uma posição de autoridade em relação aos seus clientes, devido 
à sua formação e expertise profissional, bem como ao papel institucional que ocupam. Isso pode criar uma 
assimetria de poder na relação, onde os profissionais têm mais conhecimento, recursos e controle sobre os 
processos de intervenção do que os clientes. 
 
Essa assimetria de poder pode influenciar a forma como os clientes percebem e respondem à intervenção do 
assistente social, podendo gerar sentimentos de dependência, submissão, desconfiança ou resistência por parte 
dos clientes. Por outro lado, os assistentes sociais também podem sentir o peso da responsabilidade e 
expectativas associadas à sua posição de autoridade, o que pode afetar sua autonomia e capacidade de agir de 
forma ética e empática. 
 
Para mitigar os efeitos negativos das relações de poder desequilibradas, os assistentes sociais devem adotar 
uma abordagem centrada no cliente, que reconheça e respeite a autonomia, dignidade e capacidade de agência 
dos clientes. Isso envolve criar um ambiente de trabalho colaborativo e participativo, onde os clientes se sintam 
capacitados a expressar suas necessidades, preferências e objetivos, e a participar ativamente do processo de 
tomada de decisão e planejamento das intervenções. 
 
Os assistentes sociais também devem estar atentos aos diferentes tipos de poder presentes na relação com os 
clientes, incluindo poder pessoal (baseado em características individuais), poder profissional (baseado na 
expertise e posição institucional) e poder estrutural (baseado em relações de classe, gênero, raça, entre outros). 
Eles devem trabalhar para minimizar os efeitos negativos do poder sobre os clientes e promover uma 
distribuição mais equitativa do poder e recursos na sociedade. 
 
Além disso, os assistentes sociais devem adotar uma postura reflexiva e crítica em relação ao seu próprio 
poder e privilégio, reconhecendo seus limites e vulnerabilidades, e buscando constantemente aprimorar suas 
habilidades de escuta, empatia e advocacy em prol dos interesses e necessidades dos clientes mais vulneráveis 
e marginalizados. 
 
Em resumo, as relações de poder e autoridade na relação entre assistentes sociais e clientes são complexas e 
dinâmicas, e requerem uma abordagem sensível, ética e empática por parte dos profissionais. Ao reconhecer 
e lidar de forma consciente com essas questões, os assistentes sociais podem promover relações mais 
igualitárias, colaborativas e capacitadoras, que contribuam para o fortalecimento e autonomia dos clientes e 
para a promoção da justiça social e bem-estar comunitário.

Continue navegando