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RE5577~1

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EXCELENTÍSSIMO(a) SENHOR(a) DOUTOR(a) JUIZ(a) DA XXª VARA DO TRABALHO DE XXXXXXXXX/XXX – TRT XXª REGIÃO.
PROCESSO Nº : XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
RECLAMANTE : XXXXXXXX XX XXXXXX
RECLAMADO	: XXXX XXXXX Ltda.
XXXX XXXXX, já devidamente qualificado nos autos do processo em destaque, em que contende com XXXXXX Ltda, vem, por seu advogado signatário, mandato incluso, perante Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO para o Egrégio Tribunal do Trabalho da XX Região, o que faz com fundamento nos termos da peça anexa.
Requer seja o mesmo, recebido e processado e, cumpridas as formalidades legais, sejam os autos - com as razões anexas - encaminhados ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da XX Região.
	
Termos em que pede e espera deferimento.
XXXXXXXXXX, XX de janeiro de 20XX.
XXXXXX XXXXXXXX
OAB/XX nº. XX.XXX
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO Nº. : XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
RECLAMANTE : XXXXXXXX XX XXXXXX
RECLAMADO	 : XXXXXX XXXXX Ltda.
Colendo Tribunal,
Egrégia Turma,
Eméritos Julgadores,
Eminentes Desembargadores, conforme a Recorrente passará a expor, REQUER a reforma da sentença a quo, no que tange aos tópicos abaixo apresentados, senão vejamos:
I. DAS RAZÕES DO RECURSO
1. Das horas extras
A Sentença fundamenta que a Reclamada adota regime de compensação regular. Contudo, conforme se observa na convenção coletiva juntada pela Reclamada, não há previsão de autorização para implementação do sistema de banco de horas, tampouco há extrato mensal do saldo de horas da Reclamante. 
Ademais, a testemunha XXXXXXXX ao ser questionada respondeu da seguinte forma: 
[COLACIONAR DEPOIMENTO TESTEMUNHAL]
Portanto, o depoimento supra transcrito demonstra claramente que os funcionários realizavam hora extra e que não recebiam para tanto.
Ademais, ante a ausência de previsão de convenção coletiva, deverá ser considerada invalida a convenção coletiva. 
Assim, a sentença deverá ser reformada para que a Recorrida seja condenada ao pagamento das horas extras. 
No que tange ao intervalo intrajornada, impugnou-se os cartões ponto tendo em vista que o mesmo não reflete a efetiva jornada efetuada pela Recorrente. 
2. Do PPR
Ao contrário do que fundamenta a sentença a participação nos lucros da empresa é norma cogente, pois garante um Direito inalienável ao trabalhador. 
Não se trata de mera faculdade a participação da Reclamante nos resultados, mas sim de imposição, conforme julgado pelo TRT4:
RECURSO ORDINÁRIO DA PARTE AUTORA. Tratando-se a participação nos lucros ou resultados de direito social, deve ser interpretada de forma a obter-se a máxima carga de eficácia, não havendo qualquer interpretação conforme a constituição que autorize o entendimento aventado pela defesa no sentido de serem as disposições da Lei nº 10.101/00 meras faculdades que criarão o direito vindicado. Diversamente, tal direito tem origem constitucional, limitando-se à autonomia da parte os critérios de apuração. Mesmo porque a lei ordinária não pode estabelecer limites à norma constitucional explícita. Recurso provido. (00758-2008-332-04-00-0, TRT4, 9ª Turma, Relator: Eurídice Josefina Bazo Torres, julgado em 19/11/2008).
Diante do exposto, a sentença deverá ser reformada para que a Recorrida seja condenada a efetuar o pagamento decorrente do plano de participação nos resultados.
3. Do adicional de insalubridade
A sentença negou a insalubridade baseada completamente no laudo médico. 
No entanto, no curso da ação impugnou-se a conclusão do perito, pois as atividades de limpeza e recolhimento do lixo de banheiro, desenvolvidas pela reclamante, ensejam o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, nos termos do Anexo 14 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78. 
Em relação a ocasionalidade, restou esclarecido que a Reclamante realizava a limpeza dos banheiros de uma a duas vezes por semana, ou seja, a exposição aos agentes biológicos ocorria habitualmente. 
Neste sentido apontou a Desembargadora Maria Cristina Schaan Ferreira no julgamento do processo 0020115-38.2015.5.04.0371(RO), em 24/06/2016, pela 6ª turma do TRT4:
RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM GRAU MÁXIMO. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE BANHEIROS. A limpeza e higienização dos sanitários, com recolhimento do lixo, acarretam o contato do trabalhador com agentes biológicos, representando o primeiro segmento do lixo urbano, apto a ensejar o enquadramento da atividade como geradora do adicional em grau máximo, nos termos do Anexo 14 da NR-15 da Portaria 3.214/78, por exposição a agentes biológicos. 
No que tange as informações relativas ao cargo para o qual foram contratada, as atividades e demais dados, a Reclamante reitera integralmente aqui as informações constantes da inicial.
II - CONCLUSÃO:
Com fundamento no todo acima, conjugado com o que mais consta do bojo probatório dos autos e, ainda, pelos doutos suprimentos dos EMÉRITOS JULGADORES, requer a parte Recorrente, seja dado TOTAL PROVIMENTO AO SEU RECURSO ORDINÁRIO para reformar a decisão de primeiro grau em tudo que aqui restou atacada, conforme argumentação delineada acima.
Requer, ainda, que esta Colenda Turma se digne a prequestionar todos os dispositivos legais elencados no presente Recurso.
Termos em que pede e espera deferimento.
XXXXXXXXXX, XX de janeiro de 20XX.
XXXXXXX XXXXXXXX
OAB/XX nº. XX.XXX

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