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CURSO DE DIREITO ESTÁGIO SUPERVISIONADO UNIP PEÇAS

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SUMÁRIO 
 
1. DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 3 
2. DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 7 
3. DIREITO DO TRABALHO .............................................................................................. 11 
4. DIREITO DO TRABALHO .............................................................................................. 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
1. DIREITO CIVIL 
 
 João ingressou com ação de exoneração de alimentos, objetivando a 
cessação da obrigação de pagar pensão alimentícia, no valor equivalente a 1/3 
do salário mínimo federal, para a sua filha Sara, com 32 anos, sustentando a sua 
maioridade e o seu padrão de vida elevado, custeado por terceiros. Sara 
contestou alegando que está cursando ensino superior e que tem uma grave 
doença, que provocou um longo período de internação hospitalar, atrasando a 
sua vida escolar. Em réplica, João reiterou os termos da petição inicial. Foi 
realizada audiência de instrução com a oitiva de duas testemunhas arroladas por 
Sara, que confirmaram que a mesma, nos últimos 15 anos, em razão de uma 
doença rara, foi internada diversas vezes no hospital da cidade, tendo uma 
dessas internações superado o prazo ininterrupto de um ano. Encerrada a 
instrução, o juiz determinou a apresentação de alegações finais. Como 
advogado de Sara, baseado exclusivamente nas informações acima, elabore a 
peça jurídica que entender pertinente, mencionando pelo menos duas 
jurisprudências favoráveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO 
VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ________ 
 
 
 
Processo: 
Autor: João 
Réu: Sara 
 
 
Sara, já qualificada nos autos, em Ação de Exoneração de Alimentos, 
movida por João, por seu procurador infra-assinado, vem, com o devido respeito, 
à presença de V. Exa.., apresentar: 
RAZÕES FINAIS, 
nos seguintes termos: 
 
Em resumo, o autor vem ao juízo pugnar pela exoneração dos alimentos 
a esta requerida unicamente com o argumento de que completou a maioridade 
civil. 
Ocorre que a requerida, possui uma doença rara e devido aos intensivos 
tratamentos médicos, conforme comprova-se com documentos anexos, ainda 
encontra-se cursando o ensino superior. 
Além disso, dadas tais comprovações documentais acostadas, a 
requerida 
 
encontra-se em total estado de hipossuficiência financeira, sendo 
indispensável a prestação alimentar oferecida pelo seu genitor, uma vez que a 
mesma não possuir no momento quaisquer condições de exercer qualquer tipo 
de trabalho. 
Não é preciso dizer que estes são tempos mais modernos, onde os filhos 
acabam ficando um pouco mais de tempo no seio familiar, justamente para se 
colocarem melhor no mercado de trabalho. 
5 
 
É bem verdade que a obrigação alimentar dos filhos menores encontra-
se estabelecida em lei, e que o princípio norteador dos alimentos é o “poder 
familiar”, que acarreta como ônus o dever de sustendo. 
Diante disso, a pacificada jurisprudência nacional pondera que os 
alimentos devem ser devidos aos que completam a maioridade civil pela 
existência do princípio constitucional da “solidariedade”, bem como pela relação 
de parentesco entre as partes. 
A Solidariedade é Princípio Constitucional descrito no artigo 3º, I, da 
Constituição da República, ao lado dos Princípios da Dignidade da Pessoa 
Humana e da Afetividade (artigo 1º, III; 226, § 7º; 227; 229), todos inerentes ao 
dever solidário dos pais em prestar assistência material à prole maior de 18 anos 
que ainda necessita de pensão alimentícia para sobreviver. 
No intuito de pacificar o tema sobre o não cancelamento automático do 
pagamento da pensão sob a alegação apenas da maioridade, o Superior 
Tribunal de Justiça editou a Súmula 358. Vejamos: 
 
“STJ - Súmula 358. O cancelamento de pensão alimentícia de filho que 
atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, 
ainda que nos próprios autos.” 
Diante dos argumentos até agora empossados, destaca-se que a 
posição dos nossos Tribunais é firme quanto ao tema, na qual destacamos os 
seguintes julgados: 
 
“EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS – ALIMENTANDA MAIOR E CAPAZ, 
ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO, PORTADORA DE DOENÇA CRÔNICA 
– OBRIGAÇÃO RESULTANTE DA RELAÇÃO DE PARENTESCO – 
EXONERAÇÃO DESCABIDA – PEDIDO JULGADO IMPRODECENTE – A 
DESPEITO DE A REQUERIDA TER ATINGIDO A MAIORIDADE, RESTOU 
DEMONSTRADO QUE NÃO REÚNE CONDIÇÕES DE MANTER-SE POR 
CONTRA PRÓPRIA – AUSÊNCIA CDE PROVA DA ALTERAÇÃO DA 
CAPACIDADE DO APELANTE – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO 
DESPROVIDO.(TJ-SP-AC:10047667120198260533 SP 1004766-
71.2019.8.26.0533, Relator: Theodureto Camargo, Data de Julgamento: 
28/01/2021, 8ª Câmara de Direito Privado, Data da Publicação: 28/01/2021)”. 
 
“AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA. ART. 557, CAPUT, DO 
CPC. EXONERAÇÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA. FILHA MAIOR DE IDADE 
COM PROBLEMAS DE SAÚDE E INTERDITADA. NECESSIDADE 
COMPROVADA. Verificado que a alimentanda possui problemas 
psicológicos e é interditada e comprovada a necessidade dos alimentos, 
de ser mantida a obrigação do genitor de pagar alimentos. Agravo interno 
desprovido. (TJ/RS - AGV: 70052083763 RS, Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, 
Data de Julgamento: 12/12/2012, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: 
18/12/2012)” 
 
6 
 
“PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DE FAMÍLIA. ALIMENTOS. AGRAVO 
REGIMENTAL. FILHO MAIOR DE IDADE. SÚMULA 358/STJ. 1. "O 
cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está 
sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios 
autos" (Súmula 358/STJ). 2. No caso, trata-se de execução de alimentos, 
havendo as instâncias ordinárias preconizado que, em momento algum, 
houve a notícia de que o alimentante tenha promovido ação de exoneração 
de alimentos em face de sua filha. Também ficou registrado que não houve 
qualquer decisão judicial, nem de contraditório, a determinar a extinção 
alimentar. 3. Logo, nos termos da referida Súmula 358/STJ, não é possível, 
nesta oportunidade, concluir pela pretendida exoneração dos alimentos, pois 
não foi propiciada à alimentanda a oportunidade de comprovar se 
efetivamente ainda deles necessita, mesmo que ela conte com idade mais 
avançada. 4. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg nos EDcl no 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 398.208 –RJ (2013 0319134-2) - 
Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 07/11/2013, 
QUARTA TURMA, unânime)” 
 
“PROCESSUAL CIVIL. CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE 
ALIMENTOS. CURSO SUPERIOR CONCLUÍDO. NECESSIDADE. 
REALIZAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO. POSSIBILIDADE. 1. O advento da 
maioridade não extingue, de forma automática, o direito à percepção de 
alimentos, mas esses deixam de ser devidos em face do Poder Familiar e 
passam a ter fundamento nas relações de parentesco, em que se exige a 
prova da necessidade do alimentado. 2. É presumível, no entanto, - 
presunção iuris tantum -, a necessidade dos filhos de continuarem a 
receber alimentos após a maioridade, quando frequentam curso 
universitário ou técnico, por força do entendimento de que a obrigação 
parental de cuidar dos filhos inclui a outorga de adequada formação 
profissional. 3. Porém, o estímulo à qualificação profissional dos filhos não 
pode ser imposto aos pais de forma perene, sob pena de subverter o instituto 
da obrigação alimentar oriunda das relações de parentesco, que tem por 
objetivo, tão só, preservar as condições mínimas de sobrevida do alimentado. 
4. Em rigor, a formação profissional se completa com a graduação, que, de 
regra, permite ao bacharel o exercício da profissão para a qual se graduou, 
independentemente de posterior especialização, podendo assim, em tese, 
prover o próprio sustento, circunstância que afasta, por si só, a presunção 
iuris tantumde necessidade do filho estudante. 5. Persistem, a partir de 
então, as relações de parentesco, que ainda possibilitam a percepção de 
alimentos, tanto de descendentes quanto de ascendentes, porém desde que 
haja prova de efetiva necessidade do alimentado. 6. Recurso especial 
provido. (STJ - RECURSO ESPECIAL Nº 1.218.510 - SP (2010/0184661-7) - 
Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 27/09/2011, 
TERCEIRA TURMA, unânime)”, 
 
Por todos esses fundamentos, aguarda-se a improcedência total do 
pedido autoral, por ser medida de inteira justiça e assim confirmando o que nos 
autos está totalmente demonstrado e comprovado. 
 
Nestes termos, pede-se deferimento. 
 
Cidade 
Data 
Vinicius E. de Ponte 
OAB/SP 
7 
 
2. DIREITO CIVIL 
 
 
 
 João, brasileiro, casado, pecuarista, residente e domiciliado na cidade 
de Dourados – MS, visita sua mãe, Dulce, em Janeiro/2021, a qual é residente 
e domiciliada na cidade de Araraquara – SP, e conta atualmente com 96 anos 
de idade, e em razão de problemas de saúde, encontra-se debilitada e acamada, 
recebendo tratamento em sua casa, e também já interditada, sendo João seu 
curador. 
É certo que, durante a visita realizada por João, este verificou um grande 
número de gatos no quintal lateral e no jardim da frente da residência de sua 
mãe, bem como, notou que nesses espaços havia ração disposta para tais 
animais. 
Intrigado com a situação, João questionou sua mãe e também a 
cuidadora desta, as quais lhe disseram que os animais começaram a aparecer 
em pequeno número e, a Sra. Carmem, vizinha da Sra. Dulce, com pena dos 
animais, passou a alimentá-los, colocando ração no quintal lateral e no jardim da 
frente do imóvel de residência da mãe de João, o que fez aumentar muito o 
número de gatos que ali aparecem. 
Também foi verificado por João que o acúmulo de gatos no imóvel de 
sua mãe vem causando grande sujeira em razão do acúmulo dos excrementos 
dos animais, bem como, a grande quantidade de pelos ali dispersados, situação 
esta que coloca em risco a saúde de sua mãe. 
Na tentativa de resolver a situação, João procurou por Carmem, e 
solicitou que esta não mais alimentasse os gatos no imóvel de sua mãe, expondo 
as condições de saúde de Dulce e também o incômodo pelo acúmulo dos 
animais, contudo, Carmem continuou a alimentar os gatos no imóvel de Dulce. 
João procura por você, para que o oriente sobre a situação e quais 
medidas judiciais podem ser tomadas para resolver a questão com a vizinha 
Carmem. 
Com base nestas informações, elabore a peça judicial pertinente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA 
DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE ARARAQUARA – SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dulce, brasileira, idosa, portador do RG nº e do CPF nº, residente e 
domiciliada na cidade de Araraquara/SP, interditada e representada por seu filho 
João, brasileiro, casado, pecuarista, RG nº e do CPF nº, residente e domiciliado 
na cidade de Dourados/MS, por intermédio de seu advogado, infra assinado, 
vem à presença de Vossa Excelência propor: 
 
AÇÃO COMINATÓRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE 
TUTELA DE URGÊNCIA 
 
Em face de Prefeitura Municipal Araraquara, inscrita sob CNPJ de nº, 
com sede na cidade de Araraquara/SP e Carmem, brasileira, residente e 
domiciliada na cidade de Araraquara, pelos motivos de fato e de direito a seguir 
aduzidos. 
 
 
 
 
 
I-DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA 
 
A autora possui 96 anos, pelo o que requer de imediato o benefício da 
prioridade na tramitação da presente demanda, conforme previsão expressa no 
Estatuto do Idoso – Lei 10.741/2003 
 
II-DOS FATOS 
 
Excelência, a autora é legítima proprietária do imóvel afetado, situado ao 
lado da residência da requerida, portanto há muitos anos são vizinhos, sendo 
que mantinham cordiais relações de vizinhança, a requerida passou a abrigar 
cada vez mais gatos em sua residência, de forma que a presença deles interfere 
diretamente na qualidade de vida da autora, vez que os imóveis se localizam 
lado a lado, na área urbana da cidade de Araraquara, separados apenas por 
muro. 
 
9 
 
Os gatos são fonte de doenças, como raiva, micose, leptospirose, 
alergia, toxoplasmose, entre outras, sendo de suma importância lembrar que os 
animais da requerida vivem em péssimas condições de saúde, uma vez que 
todos estão adoentados, com sarna e também abrigam muitos parasitas 
(carrapatos e pulgas) que podem transmitir doenças graves, sendo que a autora 
adquiriu uma alergia provavelmente causada pela presença excessiva dos 
animais. 
Situação ainda mais agravada pela questão que a reclamante é pessoa 
idosa e possui certa fragilidade em sua saúde. 
A requerida, além de morar sozinha, já é idosa e não consegue fazer 
adequadamente a limpeza que sua casa necessita, principalmente no que tange 
à sujeira dos animais, já que são dezenas de gatos urinando e defecando num 
pequeno espaço, e essa sujeira se torna uma agravante com as mudanças 
climáticas, de forma que quando chove ou se intensifica o sol, o mau cheiro se 
espalha, tornando a vida dos requerentes insuportável. 
 
A acumulação de animais é uma questão multifatorial e interdisciplinar 
que envolve a saúde pública, ocasionado por um transtorno que termina com o 
indivíduo possuindo cada vez mais animais, sem ter condição para mantê-los. 
Geralmente, os casos que ganham a mídia, envolvem locais precários e com 
grande número de animais, porém a quantidade não é questão determinante 
para ser considerado acumulação, mas sim a deficiência em manter cuidados 
mínimos necessários de bem-estar desses animais, assim como não 
reconhecimento do problema por parte do acumulador e tentativas de manter ou 
até mesmo, aumentar o número de animais em sua residência (TAVOLARO; 
CORTEZ, 2017). 
 
A Prefeitura Municipal por sua vez, tem o dever de dar uma solução ao 
problema que hora se apresenta. A interferência da Prefeitura Municipal se faz 
necessária, inclusive fazendo o controle de zoonoses na cidade, todavia, os 
órgãos municipais notificados quedaram-se inertes, colaborando para que essa 
situação grave se instalasse e se perpetuasse no tempo. 
O controle de zoonoses é uma ação desenvolvida a partir de vários 
programas existentes em saúde pública, visando sempre minimizar o risco de 
ocorrência de agravos à saúde como doenças transmitidas por vetores 
preservando o bem estar da população humana e animal, e oferecer aos 
munícipes uma melhor qualidade de vida. 
Assim, algo há que ser feito pela municipalidade para o fim de fiscalizar 
e controlar a adoção indiscriminada de animais, e por este motivo os autores 
recorreram às esferas administrativas, esperando providencias no sentido de ser 
enviado um agente vistor sanitário ou um médico veterinário para avaliar o local. 
Caberia a estes profissionais aplicar uma advertência, ou mesmo a lavratura de 
uma auto de infração, determinando cumprimento de exigências legais, ou até 
mesmo aplicação de multa, todavia nada foi feito pela municipalidade em socorro 
da autora, sendo certo agora sua participação no pólo passivo da ação. 
De tal sorte, não resta alternativa aos autores a não ser buscar a tutela 
jurisdicional do Estado para o fim de ver satisfeita sua pretensão que se traduz 
na condenação da requerida obrigando-a a reduzir o número de animais. 
10 
 
 
III- DO PEDIDO 
 
Diante dos fatos e fundamentos anteriormente dispostos, requer: 
 
a) Que ao final seja a ação julgada totalmente procedente, confirmando 
a tutela deferida, para o fim de condenar a requerida Zulmira a reduzir 
o número de animais, no prazo de 30 dias, sob pena de multa diária 
no valor de R$ 200,00 por dia. 
 
b) Ordenar que seja feita fiscalização, pela Prefeitura Municipal de 
Araraquara, juntamente com a Vigilância Sanitária e o Centro de 
Zoonoses, afim de avalizar a real situação e aplicar as medidas 
possíveis diante de qualquer irregularidade, inclusive no que se diz 
respeito a multas e o efetivo regaste dos animais.c) A citação das requeridas, para, no prazo legal, contestarem a 
presente ação, sob pena de ser-lhes aplicada a pena da revelia. 
 
d) A realização de constatação, para fins de elaboração de um laudo, 
comprovando a existência dos animais e os danos por eles causados 
aos autores. 
 
e) Condenar as requeridas a arcarem com o pagamento das custas 
processuais e honorários advocatícios. 
 
 
f) Protestam provar o alegado por todos os meios de provas em direito 
admitidas, notadamente depoimento pessoas das requeridas, oitiva 
de testemunhas, cujo rol será ofertado oportunamente, perícia, 
constatação e outras mais que o controvertido dos autos exigir. 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$ X 
 
 
Termos em que pede deferimento 
 
Araraquara 
Data 
Vinicius E. de Ponte 
OAB/SP 
 
 
 
 
11 
 
3. DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 Você foi contratado (a) pela Floricultura Flores Belas Ltda., que 
recebeu citação de uma reclamação trabalhista com pedido certo, determinado 
e com indicação do valor, movida em 27/02/2020 pela ex-empregada Estela, 
que tramita perante o juízo da 50ª Vara do Trabalho de João Pessoa/PB e 
recebeu o número 98.765. 
Estela foi floricultora na empresa em questão de 25/10/2012 a 
29/12/2019 e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois salários 
mínimos. 
Na demanda, requereu os seguintes itens: 
- a aplicação da penalidade criminal cominada no Art. 49 da CLT contra 
os sócios da ré, uma vez que eles haviam cometido a infração prevista na 
referido diploma legal; 
- o pagamento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre o 
salário-base, porque, no exercício da sua atividade, era constantemente furada 
pelos espinhos das flores que manipulava; 
- o pagamento de horas extras com adição de 50%, explicando que 
cumpria a extensa jornada de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, com 
intervalo de duas horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, sem 
intervalo; 
- o pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT, porque o valor das 
verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias após a 
comunicação do aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolando o 
prazo legal. 
Afirmou, ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de 
saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um documento 
autorizando a subtração mensal. 
A sociedade empresária informou que, assim que foi cientificada do 
aviso prévio, Estela teve uma reação violenta, gritando e dizendo-se injustiçada 
com a atitude do empregador. A situação chegou a tal ponto que a segurança 
terceirizada precisou ser chamada para conter a trabalhadora e acompanhá-la 
até a porta de saída. Contudo, quando deixava o portão principal, Estela 
começou a correr, pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente 
contra o prédio da empresa, vindo a quebrar uma das vidraças. A empresa 
informa que gastou R$ 300,00 na recolocação do vidro atingido, conforme nota 
fiscal que exibiu, além de apresentar a guia da RAIS comprovando possuir 7 
empregados, os contracheques da autora e o documento assinado pela 
empregada autorizando o desconto de plano de saúde. 
Diante dessa narrativa, apresente a peça pertinente na melhor defesa 
dos interesses da reclamada. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da 50ª Vara do Trabalho de João 
Pessoa-PB 
 
 
 
 
 
Processo nº 98.765 
 
 
 
 
FLORICULTURA FLORES BELAS LTDA., já qualificada nos autos do 
processo em epígrafe, por seu procurador (procuração em anexo, com endereço 
profissional completo...), vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento 
no art. 847 da CLT e art. 343 do CPC, oferecer: 
 
CONTESTAÇÃO c/c RECONVENÇÃO 
 
aos termos da Reclamação Trabalhista ajuizada por ESTELA, já qualificada nos 
autos do processo, pelas razões de fato e de direito que passa a expor: 
 
 
I- DA PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA DO 
TRABALHO 
 
A Reclamante requer a aplicação da penalidade criminal cominada no 
Art. 49 da CLT contra os sócios da ré, uma vez que eles haviam cometido a 
infração prevista no referido diploma legal. Porém, a Justiça do Trabalho não tem 
competência criminal, conforme art. 114 da CF, sendo que o inciso IX apenas 
possibilita a discussão de outros assuntos quando relacionados com o trabalho. 
Ademais, a súmula 62 STJ refere que a competência nesse caso será da Justiça 
Estadual. Diante do exposto, requer seja acolhida a presente preliminar para 
declarar a incompetência da justiça do trabalho para a análise de questão 
criminal, extinguindo-se o feito sem resolução de mérito, art. 485, IV do CPC. 
 
II- DA PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL 
 
A reclamante afirmou, ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para 
o plano de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um 
documento autorizando a subtração mensal. Porém, em momento algum 
apresenta pedido correspondente a tal alegação, razão pela qual deve ser 
reconhecida a inépcia da petição inicial, nos termos do art. 330, caput e §1º, I do 
CPC. Assim, requer seja acolhida a preliminar, com extinção do feito sem 
13 
 
resolução de mérito, quanto ao tema dos descontos, com fundamento no art. 
485, I do CPC. 
 
III- DA PREJUDICIAL DE PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
 
A reclamante ajuizou a presente ação em 27/02/2018, sendo que foi 
contratada em 25/05/2012. Diante disso, conforme art. 11 da CLT, art. 7º, XXIX 
CF e Súmula 308, I do TST, as pretensões anteriores aos últimos cinco anos, 
contados da data do ajuizamento estão prescritas. Assim, requer seja acolhida 
a prejudicial de prescrição, extinguindo-se o feito quanto as parcelas anteriores 
a 27/02/2013, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, II do CPC. 
 
IV- DO ADICONAL DE PENOSIDADE 
 
A Reclamante alega que o no exercício da sua atividade, era 
constantemente furada pelos espinhos das flores que manipulava, e em razão 
disso requer o pagamento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre 
o salário-base. Ocorre que, o adicional de penosidade não foi regulamentado, 
embora previsto no art. 7, XXIII da CF. Assim, deve ser julgado improcedente o 
pedido da reclamante. 
 
V- DAS HORAS EXTRAS 
 
A Reclamante requer o pagamento de horas extras com adição de 50%, 
explicando que cumpria a extensa jornada de segunda a sexta- feira, das 10h às 
20h, com intervalo de duas horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, 
sem intervalo. Porém, a jornada da reclamante não ultrapassa o limite 
estabelecido no art. 7º, XIII da CF, e art. 58 da CLT, pois não labora além de 8 
diárias ou 44 semanais. Diante do exposto, requer seja julgado improcedente o 
pedido da reclamante. 
 
VI- DO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS – MULTA DO ART. 477 
 
A Reclamante requer o pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT, 
porque o valor das verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias 
após a comunicação do aviso prévio, concedido na forma indenizada, 
extrapolando o prazo legal. Contudo, o pagamento foi feito 20 dias após o aviso 
prévio, e por essa razão, dentro do prazo legal, estabelecido no art. 477, §6º da 
CLT, pois o prazo de 10 dias para pagamento é contado apenas do término do 
contrato, e isso somente acontece após o fim do aviso prévio. Assim, requer seja 
julgado improcedente o pedido da reclamante. 
 
VII- DO DESCONTO DO PLANO DE SAÚDE 
 
A reclamante afirmou, ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para 
o plano de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um 
documento autorizando a subtração mensal. Ocorre que, conforme documento 
em anexo, assinado pela empregada, houve autorização para o desconto de 
14 
 
plano de saúde. Assim, cabia a reclamante provar eventual vício no seu 
consentimento, conforme art. 818, I da CLT, bem como Súmula 342 do TST e 
OJ 160 da SDI-1 do TST. Diante disso, requer seja julgado improcedente o 
pedido da reclamante. 
 
VIII- DA RECONVENÇÃO – DANO CAUSADO PELA EMPREGADA 
 
A sociedade empresária informou que, assim que foi cientificadado 
aviso prévio, Estela teve uma reação violenta, gritando e dizendo-se injustiçada 
com a atitude do empregador. A situação chegou a tal ponto que a segurança 
terceirizada precisou ser chamada para conter a trabalhadora e acompanhá-la 
até a porta de saída. Contudo, quando deixava o portão principal, Estela 
começou a correr, pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente 
contra o prédio da empresa, vindo a quebrar uma das vidraças. Em razão disso, 
a reclamada apresenta reconvenção, com fundamento no art. 343 do CPC, já 
que o dano causado pela empregada é doloso e gera a possibilidade de 
desconto pelo empregador, conforme art. 462, §1º da CLT. Ademais, trata-se de 
ato ilícito que gera o dever de reparar, conforme art. 186 e art. 927 do CC. Diante 
do exposto, requer a condenação da reclamante ao pagamento para a 
reclamada de R$ 300,00, referente a recolocação do vidro atingido, conforme 
nota fiscal em anexo. Honorários Além disso, a reclamante deve ser condenada 
ao pagamento de honorários de sucumbência, na reconvenção, conforme art. 
791-A, §5º da CLT. 
 
IX- HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA 
 
Pelas apresentadas, a presenta ação deve ser julgada improcedente, e, 
em razão disso, deve a reclamante ser condenada ao pagamento de honorários 
de sucumbência ao advogado da reclamada, conforme art. 791-A da CLT. 
 
X-DOS PEDIDOS DA CONTESTAÇÃO 
 
Diante do exposto, requer: 
 
A) Seja acolhida a preliminar de incompetência absoluta, bem como a 
preliminar de inépcia, pelas razões apresentadas; 
 
B) Seja acolhida a prejudicial de prescrição, com a extinção do feito com 
resolução de mérito quanto aos pedidos anteriores a 27/02/2013. 
 
C) Sejam, no mérito, julgados improcedentes os pedidos da reclamante; 
 
D) A condenação da reclamante em honorários de sucumbência; 
protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas. 
 
XI- DOS PEDIDOS DA RECONVENÇÃO 
 
Diante do exposto, requer: 
15 
 
 
A) a procedência da reconvenção, para que a reclamante seja 
condenada ao pagamento de R$ 300,00 para a reclamada; 
 
B) a intimação da reclamante para responder aos termos da 
reconvenção, querendo; 
 
C) a condenação da reclamante, ora reconvinda, ao pagamento 
de honorários de sucumbência; protesta pela produção de todas as 
provas em direito admitidas. 
 
Dá à reconvenção o valor de R$ 300,00 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local 
Data 
Vinicius E. de Ponte 
OAB/SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
4. DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 Policial Militar, fora dos horários em que servia à Corporação, prestava 
serviços, em caráter permanente, para determinada empresa concessionária de 
veículos, onde ativava-se como Chefe de Segurança, percebendo remuneração 
fixa mensal. Naquele local, além de prestar serviços não eventuais, assinalava 
cartão-ponto e cumpria ordens, ali laborando, também, quando em férias ou 
eventuais dispensas da atividade militar. Despedido da aludida concessionária, 
postulou perante a Justiça do Trabalho o vínculo de emprego. 
O Juízo de primeiro grau entendeu inexistir vínculo de emprego, 
tratando-se de mero vínculo de trabalho e, pois, a ação seria improcedente 
perante a Justiça do Trabalho, e, ademais, a situação dos autos configuraria 
violação disciplinar prevista no Estatuto Policial Militar. 
Questão: Como advogado do Policial Militar e baseando-se 
exclusivamente nas informações acima, interponha a medida judicial cabível, 
apresentando a devida fundamentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO DIREITO DA ___ 
VARA DO TRABALHO DE ... 
 
(espaço de 05 linhas) 
 
 
 
 
Processo número... 
 
______________________, já qualificado nos autos do processo acima 
descrito, por seu advogado que esta subscreve, na Reclamação Trabalhista 
movida em face ________________________________, inconformado com a 
respeitável sentença proferida, vem, tempestivamente à presença de Vossa 
Excelência, interpor o presente 
 
RECURSO ORDINÁRIO, 
 
com fulcro no artigo 895, inciso I, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. 
Assim, requer o recebimento das razões recursais anexas e a posterior remessa 
dos autos ao Egrégio Tribunal Regional da ___ Região para a reapreciação da 
demanda. Outrossim, requer seja a Reclamada notificada para que, querendo, 
apresente contrarrazões que julgar necessárias. Segue comprovante de 
recolhimento das custas. Ademais, deixa de recolher o depósito recursal por ser 
empregado recorrente. 
 
Termos em que pede deferimento 
Local e data 
Advogado 
OAB n. 
 
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 
Recorrente: 
Recorrido: 
Origem: __ Vara do Trabalho de _ 
 
Egrégio Tribunal, 
Colenda Turma, 
Nobres Julgadores, 
 
I – DOS PRESSUPOSTOS RECURSAIS 
 
O presente recurso ordinário preenche todos os seus requisitos de 
admissibilidade recursal extrínsecos e intrínsecos.

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