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Página 1 de 5 
 
Lista de Exercícios extras 
 
Nome: __________________________________________________ RM: ______________ 
 
 
 
 
Matéria SOCIOLOGIA – Sociologia brasileira 
 
1. (Uem 2020) A escravização no Brasil, do século XVI ao 
século XIX, de pessoas oriundas da África subsaariana foi mais 
que uma forma de trabalho e de produção de mercadorias. A 
escravidão legou outros desdobramentos para a sociedade 
brasileira. Sobre esse tema, assinale o que for correto. 
01) A escravidão ocorreu em vários momentos da história da 
humanidade, contudo, nas Américas, incluindo o Brasil, 
ela lançou mão de justificativas raciais, gerando 
preconceitos até hoje vigentes. 
02) As desigualdades raciais presentes no Brasil de hoje 
podem ser entendidas como parte da herança escravista, 
sobretudo pela ausência de políticas reparatórias e 
inclusivas depois da Abolição. 
04) Os preconceitos herdados do período escravista e 
mantidos depois dele levam muitas pessoas a não se 
autodeclararem pretas ou pardas. 
08) A visão de mundo advinda do período escravista induz as 
pessoas a perceberem como natural a condição 
socioeconômica inferior de pessoas pretas e pardas. 
16) A escravidão favoreceu o contato cordial entre todos os 
grupos étnicos, e a democracia racial é uma realidade na 
sociedade brasileira. 
 
2. (Uerj 2019) As caravanas 
 
É um dia de real grandeza, tudo azul 
Um mar turquesa à la Istambul enchendo os olhos 
Um sol de torrar os miolos 
Quando pinta em Copacabana 
A caravana do Arará, do Caxangá, da Chatuba 
A caravana do Irajá, o comboio da Penha 
Não há barreira que retenha esses estranhos 
Suburbanos tipo muçulmanos do Jacarezinho 
A caminho do Jardim de Alá 
É o bicho, é o buchicho, é a charanga 
 
(...) 
Com negros torsos nus deixam em polvorosa 
A gente ordeira e virtuosa que apela 
Pra polícia despachar de volta 
O populacho pra favela 
Ou pra Benguela, ou pra Guiné 
 
Sol 
A culpa deve ser do sol que bate na moleira 
O sol que estoura as veias 
O suor que embaça os olhos e a razão 
E essa zoeira dentro da prisão 
Crioulos empilhados no porão 
De caravelas no alto mar 
 
Tem que bater, tem que matar, engrossa a gritaria 
Filha do medo, a raiva é mãe da covardia 
Ou doido sou eu que escuto vozes 
Não há gente tão insana 
Nem caravana do Arará 
Não há, não há 
(...) 
CHICO BUARQUE 
letras.mus.br 
 
Na letra da canção, o compositor estabelece vínculos entre 
diferentes temporalidades. 
 
Esses vínculos explicitam uma relação de causalidade entre 
os seguintes elementos: 
a) processo histórico e estrutura social 
b) origem geográfica e violência urbana 
c) doutrina religiosa e fundamentação ideológica 
d) movimento pendular e segregação residencial 
 
3. (Enem 2017) 
 
 
A fotografia, datada de 1860, é um indício da cultura 
escravista no Brasil, ao expressar a 
Página 2 de 5 
 
a) ambiguidade do trabalho doméstico exercido pela ama de 
leite, desenvolvendo uma relação de proximidade e 
subordinação em relação aos senhores. 
b) integração dos escravos aos valores das classes médias, 
cultivando a família como pilar da sociedade imperial. 
c) melhoria das condições de vida dos escravos observada 
pela roupa luxuosa, associando o trabalho doméstico a 
privilégios para os cativos. 
d) esfera da vida privada, centralizando a figura feminina 
para afirmar o trabalho da mulher na educação letrada dos 
infantes. 
e) distinção étnica entre senhores e escravos, demarcando a 
convivência entre estratos sociais como meio para superar 
a mestiçagem. 
 
4. (Unicamp 2021) As feridas da discriminação racial se 
exibem ao mais superficial olhar sobre a realidade social do 
país. Até 1950, a discriminação em empregos era uma prática 
corrente, sancionada pelas práticas sociais do país. Em geral, 
os anúncios de vagas de trabalho eram publicados com a 
explícita advertência: “não se aceitam pessoas de cor.” 
Mesmo após a Lei Afonso Arinos, de 1951, proibindo 
categoricamente a discriminação racial, tudo continuou na 
mesma. Depois da lei, os anúncios se tornaram mais 
sofisticados que antes, e passaram a requerer: “pessoas de 
boa aparência”. Basta substituir “pessoas de boa aparência” 
por “branco” para se obter a verdadeira significação do 
eufemismo. 
 
(Adaptado de Abdias do Nascimento, O genocídio do negro 
brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: 
Perspectiva, 2018, p. 97.) 
 
A partir do excerto, é correto afirmar: 
a) Apesar da Lei Afonso Arinos de 1951, o racismo que existia 
há muitos anos no mercado de trabalho brasileiro 
permaneceu por meio de estratégias camufladas. 
b) A Lei Afonso Arinos de 1951 possibilitou a eliminação do 
racismo no mercado de trabalho do mundo da moda, que 
exigia a boa aparência das pessoas brancas. 
c) Em 1951, o conceito de “pessoas de boa aparência”, ditado 
pelo mundo da moda e reproduzido nos anúncios de vagas 
de trabalho, privilegiava o asseio no vestir. 
d) O racismo foi eliminado das relações sociais brasileiras 
somente na década de 1990, com a consolidação do 
conjunto de leis da democracia racial. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Morro velho 
 
No sertão da minha terra, 
fazenda é o camarada que ao chão se deu. 
Fez a obrigação com força, 
parece até que tudo aquilo ali é seu. 
Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, 
lindo a crescer. 
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada. 
 
Filho do branco e do preto, 
correndo pela estrada atrás de passarinho. 
Pela plantação adentro, 
crescendo os dois meninos, sempre pequeninos. 
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, 
dá pro fundo ver. 
Orgulhoso camarada conta histórias pra moçada. 
 
Filho do sinhô vai embora, 
tempo de estudos na cidade grande. 
Parte, tem os olhos tristes, 
deixando o companheiro na estação distante. 
“Não me esqueça, amigo, eu vou voltar.” 
Some longe o trenzinho ao deus-dará. 
 
Quando volta já é outro, 
trouxe até sinhá-mocinha para apresentar. 
Linda como a luz da lua 
que em lugar nenhum rebrilha como lá. 
Já tem nome de doutor 
e agora na fazenda é quem vai mandar. 
E seu velho camarada 
já não brinca, mas trabalha. 
MILTON NASCIMENTO 
Adaptado de miltonnascimento.com.br. 
 
 
5. (Uerj 2021) A história da casa-grande é íntima de quase 
todo brasileiro: de sua vida doméstica, conjugal, sob o 
patriarcalismo escravocrata e polígamo; da sua vida de 
menino. Nas casas-grandes foi até hoje onde melhor se 
exprimiu o caráter brasileiro, a nossa continuidade social. 
Adaptado de Freyre, G. Casa-grande & senzala: formação da 
família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Rio de 
Janeiro: Record, 1995. 
 
 
Publicado em 1933, Casa-grande & senzala tornou-se livro de 
referência nas análises sobre patriarcalismo na sociedade 
brasileira. 
Na letra da canção Morro velho, aspectos das relações 
patriarcais são abordados, entre eles a “continuidade social”, 
presente na seguinte passagem: 
a) No sertão da minha terra, / fazenda é o camarada que ao 
chão se deu. (v. 1-2) 
b) Orgulhoso camarada conta histórias pra moçada. (v. 14) 
c) Parte, tem os olhos tristes, / deixando o companheiro na 
estação distante. (v. 17-18) 
d) Já tem nome de doutor / e agora na fazenda é quem vai 
mandar. (v. 25-26) 
 
6. (Enem PPL 2020) Em escala, o negro é o negro retinto, o 
mulato já é o pardo e como tal meio branco, e se a pele é um 
pouco mais clara, já passa a incorporar a comunidade branca. 
A forma desse racismo no Brasil decorre de uma situação em 
que a mestiçagem não é punida, mas louvada. Com efeito, as 
uniões inter-raciais, aqui, nunca foram tidas como crime ou 
pecado. Nós surgimos, efetivamente, do cruzamento de uns 
poucos brancos com multidões de mulheres índias e negras. 
 
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. 
São Paulo: Cia. das Letras, 2004 (adaptado). 
 
 
Considerando o argumento apresentado, a discriminação 
racial no Brasil tem como origem 
Página 3 de 5 
 
a) identidadesregionais. 
b) segregação oficial. 
c) vínculos matrimoniais. 
d) traços fenotípicos. 
e) status ocupacional. 
 
7. (Uece 2020) Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), na 
sua obra Raízes do Brasil, publicada no ano de 1936, aponta 
que o povo brasileiro tem como uma de suas características 
culturais a “cordialidade”. O “brasileiro cordial”, criado 
historicamente no seio do modelo da família patriarcal, seria 
guiado nas suas relações sociais por uma “ética emotiva” e 
personalista. Isto significa que, de modo geral, as pessoas no 
Brasil não seriam culturalmente direcionadas para o “cultivo 
do espírito”, da “razão”, mas sim do “coração”. E, assim, na 
crítica de Holanda (1995), a cordialidade aqui seria 
inadequada aos ritos sociais próprios da vida cidadã e da 
modernidade capitalista. Para este autor, o “brasileiro 
cordial” é menos adaptado para o trabalho racional seja no 
Estado seja nas empresas privadas modernas. 
 
HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26ª ed. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1995. 
 
 
Considerando essa “cordialidade brasileira”, segundo 
Holanda, avalie as seguintes afirmações: 
 
I. A personalidade do “homem cordial” proporciona 
habilidade para o trato impessoal com a coisa pública. 
II. A emotividade do “homem cordial” o torna inapto para as 
atividades que demandam razão e impessoalidade. 
III. A cordialidade é própria de qualquer forma de convívio 
social ditada pelas proximidades pessoais e afetivas. 
IV. O “brasileiro cordial” cultiva, no seio da família tradicional 
patriarcal, o personalismo ritual da cidadania. 
 
Está correto o que se afirma somente em 
a) II e III. 
b) I e IV. 
c) III e IV. 
d) I e II. 
 
8. (Uece 2020) Atente para o seguinte excerto: “A 
miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu a 
distância social que de outro modo se teria conservado 
enorme entre a casa-grande e a senzala. O que a 
monocultura latifundiária e escravocrata realizou no sentido 
de aristocratização, extremando a sociedade brasileira em 
Senhores e escravos, com uma rala e insignificante lambujem 
de gente livre sanduichada entre esses dois extremos 
antagônicos, foi em grande parte contrariado pelos efeitos 
sociais da miscigenação. A índia e a negra-mina a princípio, 
depois a mulata, a cabrocha, a quadrarona, a oitavona, 
tornando-se caseiras, concubinas e até esposas legítimas dos 
senhores brancos, agiram poderosamente no sentido de 
democratização social do Brasil. Entre os filhos mestiços, 
legítimos e mesmo ilegítimos, havidos delas pelos Senhores 
brancos, subdividiu-se parte considerável das grandes 
propriedades, quebrando-se assim a força das sesmarias 
feudais e dos latifúndios do tamanho de reinos”. 
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala: formação da 
família brasileira sob o regime patriarcal. 52ª ed. São Paulo: 
Global, 2013. 
O sociólogo brasileiro Gilberto Freyre aponta, na citação 
acima, a criação de uma “democracia racial” na história da 
relação entre senhores e escravos no Brasil escravocrata. 
Assim, mesmo que se possa criticar tal concepção, a 
perspectiva teórico-sociológica de Freyre afirma que 
a) a miscigenação na história do Brasil foi positiva, pois 
aproximou a Casa-Grande e a Senzala ou senhores e 
escravos. 
b) a escravidão e o latifúndio da monocultura açucareira 
lançaram distâncias sociais insuperáveis entre senhores e 
escravos. 
c) foram os homens negros, e não as mulheres negras, os 
principais responsáveis pela criação da democracia racial 
no Brasil. 
d) os negros e os brancos em conjunto, no período colonial, 
constituíram uma vigorosa democracia social de governo 
da sociedade. 
 
9. (Uel 2019) Leia o texto a seguir. 
 
Como houve continuidade sem quebra temporal entre a 
escravidão, que destrói a alma por dentro e humilha e 
rebaixa o sujeito, tornando-o cúmplice da própria dominação, 
e a produção de uma ralé de inadaptados ao mundo 
moderno, nossos excluídos herdaram, sem solução de 
continuidade, todo o ódio e o desprezo covarde pelos mais 
frágeis e com menos capacidade de se defender. 
 
SOUZA, J. A elite do atraso. Rio de Janeiro: Leya, 2017. p.83. 
 
 
Nas teorias sociais, um dos temas mais controversos refere-
se às relações entre o indivíduo e a sociedade. A imensa 
maioria dos cientistas sociais demonstra a existência de 
complexas relações entre as características sociais (classe 
social, renda, situação familiar etc.) que envolvem o indivíduo 
e o seu comportamento. 
 
Considerando esse texto, explique a relação entre o passado 
escravocrata e a forte presença de afrodescendentes entre os 
jovens presos e assassinados na atualidade no Brasil. Em 
seguida, relacione esse cenário à discriminação que esses 
indivíduos sofrem por uma parcela substancial da população 
brasileira. 
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10. (Unesp 2019) Texto 1 
 
Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes entrar 
no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na 
indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas 
carreiras diante de ti. [...] Nenhum [ofício] me parece mais 
útil e cabido que o de medalhão. [...] Tu, meu filho, se me não 
engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, 
conveniente ao uso deste nobre ofício. [...] No entanto, 
podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de 
algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente o 
espírito. [...] Em todo caso, não transcendas nunca os limites 
de uma invejável vulgaridade. 
 
(Machado de Assis. Teoria do medalhão. 
www.dominiopublico.gov.br.) 
 
 
Texto 2 
 
De fato, existem medalhões em todos os domínios da vida 
social brasileira: na favela e no Congresso; na arte e na 
política; na universidade e no futebol; entre policiais e 
ladrões. 
São as pessoas que podem ser chamadas de “homens”, 
“cobras”, “figuras”, “personagens” etc. [...] Medalhões são 
frequentemente figuras nacionais. [...] Ser o filho do 
Presidente, do Delegado, do Diretor conta como cartão de 
visitas. 
 
(Roberto da Matta. Carnavais, malandros e heróis, 1983.) 
 
 
Tanto no texto do escritor Machado de Assis como no do 
antropólogo Roberto da Matta, a figura do medalhão 
a) corresponde a um fenômeno cultural recente e 
desvinculado do clientelismo. 
b) tem sua existência fundamentada em ideais liberais e 
democráticos de cidadania. 
c) consiste em um tipo social exclusivamente pertencente às 
elites burguesas. 
d) apresenta sucesso social fundamentado na competência 
acadêmica e intelectual. 
e) ilustra o caráter fortemente hierarquizado e personalista 
da sociedade brasileira. 
 
Página 5 de 5 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 01 + 02 + 04 + 08 = 15. 
 
A afirmativa [16] é a única incorreta. Sociologicamente, a 
cordialidade corresponde à prática social de resolver 
questões públicas a partir de relações pessoais. Isso acaba 
por reforçar a lógica preconceituosa da sociedade, pois os 
conflitos de raça passam a ser tratados como aspectos 
individuais e não estruturais. 
 
Resposta da questão 2: [A] 
 
A letra de Chico Buarque apresenta uma homologia de 
estrutura social em diversos tempos históricos em que certos 
elementos estão presentes, de forma a sugerir as origens do 
racismo estrutural que existe na sociedade brasileira atual. 
Dentre esses elementos, podemos citar: o racismo, o discurso 
de ódio, a segregação urbana, o determinismo geográfico e a 
violência institucional. 
 
Resposta da questão 3: [A] 
 
Muitos são os estudos que demonstram que nossas relações 
de raça na sociedade atual foram forjadas no período 
escravista. O destaque da questão está na amade leite, 
mulher negra, mas que ocupava um papel importante no 
espaço privado, ao ter forte contato com as crianças de seus 
senhores. Atualmente, muito dessa relação ambígua existe 
com empregadas domésticas ou babás de crianças das 
classes mais altas de nossa sociedade. 
 
Resposta da questão 4: [A] 
 
O racismo brasileiro é do tipo estrutural. Isso significa que 
engloba não somente os códigos legais, mas também as 
práticas, instituições e pensamento da população. É por esse 
motivo que o racismo continua a existir (e não somente no 
mercado de trabalho), mesmo sendo proibido por lei. 
 
Resposta da questão 5: [D] 
 
O trecho descrito na alternativa [D] é o que melhor revela o 
patriarcalismo das relações sociais no Brasil, que preserva os 
homens brancos em uma situação de privilégio social. 
 
Resposta da questão 6: [D] 
 
No Brasil, o racismo está muito relacionado aos traços 
característicos dos indivíduos, marcando uma preocupação 
maior com características como tom de pele, cor dos olhos e 
tipo de cabelo. Ou seja, a descrição de traços fenotípicos 
influencia o tipo de percepção social que o indivíduo vai 
sofrer em sua vida. 
 
Resposta da questão 7: [A] 
 
[I] INCORRETA. A cordialidade produz o trato personalista na 
coisa pública. 
[II] CORRETA. De fato, a cordialidade é caracterizada 
exatamente pelo trato personalista das relações públicas, 
dificultando a expressão da impessoalidade. 
[III] CORRETA. A cordialidade está presente nas mais diversas 
formas de expressão social. 
[IV] INCORRETA. Não é somente no seio da família tradicional 
patriarcal que o personalismo está presente, mas sobretudo 
nos negócios públicos. 
 
Resposta da questão 8: [A] 
 
É bastante controversa a visão de Gilberto Freyre a respeito 
do papel da miscigenação. Se, por um lado, há uma 
idealização na noção de democracia racial (dado que um 
regime baseado na escravidão dificilmente poderia ser 
chamado de democrático), por outro, Freyre descreve a 
complexidade das relações raciais no contexto colonial, 
atentando para o fato de as fronteiras entre casa-grande e 
senzala não serem estanques. 
 
Resposta da questão 9: 
 No Brasil, a escravidão ocupou a maior parte de nossa 
história. Durante quatro séculos, pessoas foram trazidas da 
África para serem aqui escravizadas. Com isso, tiveram seus 
laços sociais e familiares rompidos, tendo sido submetidas a 
condições drásticas de trabalho e exploração. Com o fim da 
escravidão, ao invés de essa população recém-libertada ter 
sido incentivada e formada para o exercício do trabalho 
assalariado, a maioria dos postos de trabalho – e, claro, os de 
melhor remuneração – foram ocupados por imigrantes de 
origem europeia. O resultado disso foi o deslocamento dos 
afrodescendentes para o desemprego ou subemprego de 
péssima remuneração, empurrando os para a pobreza, 
fragilizando os vínculos familiares e tornando quase 
impossível a formação educacional necessária para a 
concorrência com os imigrantes. Com esses indivíduos 
exercendo atividades socialmente desvalorizadas ou 
incorrendo na criminalidade, reiterou-se a ideia de que os 
afrodescendentes – e, por extensão, os pobres em geral – são 
uma ameaça aos membros da “boa sociedade”. Daí serem 
eles os principais herdeiros contemporâneos do ódio e do 
desprezo que os senhores devotavam aos escravos nos 
séculos anteriores. 
 
Resposta da questão 10: [E] 
 
Há tempos existe no Brasil a confusão entre o âmbito público 
e o privado. Essa característica é fundante das nossas 
relações políticas, gerando situações de clientelismo, 
favorecimento e, muitas vezes, de corrupção.

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