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Prof. Pedro Muller Redação Página 1 de 2 TABELA RESUMO C o n ce it o s B ás ic o s • Origem: “Slavus”, população eslava era parte significativa dos escravos romanos. • O que define a escravidão NÃO É O TRABALHO COMPULSÓRIO, mas a mercantilização e propriedade privada do ser humano. • Estereótipo visual: segurança na distinção entre aliado e inimigo. • Raça + Descendência: unidade/identidade e continuidade dos costumes. Mestiçagem é um problema intrínseco. H is tó ri co 1. Aristóteles: escravidão é natural na medida em que seres humanos são distintos. A escravidão seria então benéfica ao escravo (como a relação entre o adulto e a criança). 2. Gregos e Romanos fundam a concepção de que o físico molda o intelecto. 3. Na tradição católica, prevaleceu a justificativa da maldição de Cam (filho de Noé, teria visto o pai nu e foi amaldiçoado. Cam teria dado origem aos africanos). 4. Na colonização da América Espanhola, venceu a tese de Bartolomeu de las Casas sobre a necessidade de catequese do indígena e não escravização (isso explica a mita e a encomienda). 5. Portanto, a posição oficial da Igreja foi de condenação da escravidão indígena e muito obscura quanto à escravidão negra (oscilando entre a leniência e a condenação não institucional. A primeira manifestação oficial veio em 1839 com o Papa Gregório XVI. 6. “A Inquisição foi usada para ajustar as contas e para regular a concorrência entre grupos étnicos sob o pretexto da heterodoxia religiosa”. Fica evidente que o racismo representa um projeto político em torno do monopólio de recursos econômicos e sociais. 7. Jean Bodin foi o único autor absolutista a rejeitar explicitamente a escravidão. Posteriormente, liberais como John Locke aceitaram a escravidão colonial pelo fato de tais sociedades estarem fora do contrato social. 8. Michel de Montaigne: “Acho mais bárbaro comer um homem vivo do que comê-lo morto”. 9. No Brasil, com o romantismo e a formação do Império, surge a necessidade de construção da identidade nacional. O negro é excluído do processo e a colonização romantizada. 10. No século XIX, com o darwinismo social e o imperialismo, há uma ascensão do racismo em escala global. Uso de bases científicas para deslegitimar o avanço igualitário do iluminismo. Não existe meritocracia, apenas o nascimento: ordem aristocrática. 11. No final do XIX, chegam ao Brasil doutrinas pseudocientíficas e a grande tese em voga é a de que a mestiçagem inviabilizaria o desenvolvimento da nação. A imigração é vista como um problema e restrita pela república. A b o liç ão • O fim da escravidão não foi um ato de benevolência do Império, mas fruto de condições socioeconômicas e, sobretudo da QUILOMBAGEM (a resistência negra à escravidão). • A abolição foi acompanhada por um projeto de embranquecimento da população, o qual excluiu completamente o negro da dinâmica econômica. Para Florestan Fernandes, a abolição foi extremamente danosa, na medida em que os brancos, no controle do processo, fizeram do escravo a principal vítima do escravismo. A abolição foi uma “revolução branca”. • Ao negro, completamente marginalizado, a ascensão social seria simplesmente sua incorporação no sistema de classes. O que Florestan chama de segunda abolição seria a integração do negro no mercado de trabalho. • Florestan identifica que surgem dois mundos distintos: o mundo dos negros X o mundo dos brancos. As transformações político-econômicas ficam todas restritas ao mundo dos brancos (pense, a situação de um negro marginalizado hoje é muito próxima a situação de um negro marginalizado um século atrás. Por sua vez, um trabalhador assalariado branco teve melhoras significativas na sua qualidade de vida). • Para Florestan, o negro é obrigado a viver em um mundo dos brancos: a racionalidade, a cultura, o pensamento, o poder político e o poder econômico são brancos. O Brasil é uma sociedade pensada por brancos para os brancos. Prof. Pedro Muller Redação Página 2 de 2 O M it o d a d em o cr ac ia r ac ia l A ausência de leis discriminatórias dos negros (como a segregação norteamericana) e a disponibilidade do português em gerar descendentes mestiços, fizeram com que parte da sociologia brasileira defendesse que o Brasil vive uma democracia racial. Florestan Fernandes explica que, quando muito, tal cenário de convivência pode ser descrito como de “tolerância racial”. Uma democracia pressupõe igualdade política, social e, principalmente, econômica. Proposta de Intervenção Propostas Agente Regulação da mídia de modo a respeitar direitos humanos: criação de uma agência reguladora e da lei da mídia democrática. Cumprimento da Constituição Federal: Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I - Preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; IV - Respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. Congresso Nacional Inclusão do ensino de direitos humanos no ensino básico, capacitação de professores e dos materiais didáticos para que não reproduzam racismo ou colorismo. MEC Aumento das delegacias especializadas no atendimento à violência racista. Governo do Estado Cotas no funcionalismo público. Estado Cotas nas universidades: executivo estadual e federal. Estado Enfrentamento do genocídio da juventude negra (Juventude Viva): priorização de políticas sociais (educação, saúde, cultura, esporte) nos territórios com maior índice de mortalidade da juventude). Executivo Federal e Estadual Ensino de história da África nas escolas. MEC
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