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9) A TEORIA DA POLÍTICA MONETÁRIA DO MODELO MONETARISTA 
 
Bibliografia principal: Cardim et al. (2015), Froyen (2013) e Modenesi (2005). 
Bibliografia complementar: Lopes e Rossetti (1998) e Blanchard (2017). 
 
INTRODUÇÃO 
 
➢ Segundo Friedman, é possível reduzir a taxa de desemprego com políticas monetárias 
expansionistas, ainda que apenas temporariamente. Daí vem a denominação dessa corrente, o 
monetarismo, em oposição ao fiscalismo keynesiano. 
 
➢ Questões que serão tratadas: 
- Taxa natural de desemprego; 
- Curva de Phillips; 
- Expectativas adaptativas. 
- Política Monetária nos Monetaristas. 
 
9.1) A TAXA NATURAL DE DESEMPREGO 
 
➢ O termo natural foi usado, por Friedman, no sentido wickselliano: separar as causas de natureza 
estrutural e institucional das causas intervencionistas-monetárias. 
 
➢ A taxa natural é aquela taxa de desemprego que incorpora as características estruturais e 
institucionais do mercado de trabalho e do mercado de bens (lado da oferta, seja produção ou 
questões institucionais). 
 
➢ O desemprego friccional é aquele em que os trabalhadores estão apenas temporariamente 
desempregados, isto é, estão em transição entre um emprego e outro. 
 
➢ O desemprego voluntário é aquele em que os trabalhadores estão decididamente desempregados 
porque consideram que não vale a pena trabalhar pelo salário real que lhes é oferecido. 
 
➢ SE 𝒖𝒕 = 𝒖𝒏 não há desemprego involuntário. 
 
➢ Tanto Friedman quanto os novos clássicos enfatizam que a taxa natural não é imutável (por 
exemplo, mudanças institucionais). 
 
➢ A hipótese da taxa natural pode ser resumida na noção de que existe um único ponto de 
desemprego (friccional e/ou voluntário) de equilíbrio na economia em que os agentes têm as 
suas preferências satisfeitas. 
 
➢ Logo, ela goza das propriedades de unicidade e estabilidade, havendo uma convergência ao 
equilíbrio na ausência de intervenções monetárias. 
 
➢ Existe um nível de equilíbrio do produto e uma taxa de desemprego de equilíbrio a ele 
associada, determinados pela oferta de fatores de produção, tecnologia e instituições 
econômicas (isto é, determinados por fatores reais). Esta é a taxa natural. 
 
➢ Diferença dos monetaristas com os clássicos. Os monetaristas não concordam com a posição 
clássica de que o produto é completamente determinado pela oferta no curto prazo. Porém, no 
longo prazo, forças do equilíbrio fazem os níveis de produto e emprego retornarem a sua 
taxa natural. 
 
 
 
 
 
A taxa natural de desemprego estará num nível em que o salário real de equilíbrio seja tal que iguale 
a demanda por mão-de-obra a sua oferta. Ver a Figura 1(a). 
FIGURA 1 
 
Mercado de trabalho 
 
 
➢ Assim, o conceito de 𝑢𝑛, de certa forma, trata de um dos axiomas fundamentais da escola clássica 
o pleno emprego dos fatores de produção. 
 
9.2) A CURVA DE PHILLIPS COM EXPECTATIVAS ADAPTATIVAS 
 
Taxa natural de emprego Taxa natural de produto 
y* 
(W/P)
W/P 
PMgN 
Ns( ) 
N* N* 
y 
N 
F( , N) 
 
➢ Os agentes foram expectativas adaptativas (backward-looking), considerando uma forma mais 
simples: 
 
 �̇�𝑡
𝑒 = �̇�𝑡−1 (1) 
 
Obs.: 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑎 𝑛𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑡𝑎𝑚𝑏é𝑚 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 , 𝜋 = 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜. 
 
➢ A curva de Phillips na versão monetarista pode ser representada por: 
 
�̇�𝑡 = 𝛼(𝑢𝑛 − 𝑢𝑡) + �̇�𝑡
𝑒 , 𝑐𝑜𝑚 𝛼 > 0 
 
Ilusão Monetária (CP) �̇�𝑡 > �̇�𝑡
𝑒 , 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑢𝑡 < 𝑢𝑛 
Ilusão Monetária (CP) �̇�𝑡 < �̇�𝑡
𝑒 , 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑢𝑡 > 𝑢𝑛 
Longo Prazo (LP) �̇�𝑡 = �̇�𝑡
𝑒 , 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑢𝑡 = 𝑢𝑛 
 
 
 
 
➢ Efeitos de uma expansão monetária? 
- Partindo-se de uma situação de equilíbrio, em que o estoque de moeda tenha sido mantido constante 
por vários períodos, uma expansão monetária provocará uma redução da taxa corrente de 
desemprego em relação à taxa natural. 
- Suas expectativas são de que não haverá inflação porque os preços estavam constantes no passado, 
já que o estoque de moeda não foi alterado por vários períodos. 
- A taxa corrente de desemprego torna-se menor do que a taxa natural. 
- Entretanto, o salário nominal mais elevado não representará um salário real mais elevado 
porque os preços estão aumentando em função da expansão do estoque de moeda. 
- Os trabalhadores, contudo, somente perceberão que estavam sofrendo de ilusão monetária quando 
estiverem realizando suas compras. 
- A elevação de preços, somente percebida a posteriori, fez com que o aumento nominal de salários 
não representasse um aumento real. Desfeita a ilusão monetária. 
 
 
 
 
 
9.3) A CURVA DE PHILLIPS ACELERACIONISTA 
 
Equilíbrio no ponto C: C = 6% = * e C = 2% > 0% = A. 
O ajuste de longo prazo move a economia do ponto B ao ponto C na Figura 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 3 
 
 
Nova medida de política econômica: gm, aumenta de 𝑔𝑚 = 5% para 𝑔𝑚 = 8%. 
2 
5 
2 
4 
9 
CP(e = 0%) 
A 
B 
u 
 
u* = 6 
C 
CP(e = 2%) 
CP(e = ) 
O policymaker não fica satisfeito com a volta à  = * = 6% e tenta outra vez  = 4% < 6% = *. 
Os efeitos da nova expansão da DA podem ver-se na Figura 4. Acontece o mesmo. 
No curto prazo, na Figura 4: 
Equilíbrio no ponto D: D = 4,5% < 6% = * e D = 5% > 2% = B. 
No longo prazo, os trabalhadores percebem P, demandam W, e a curva de Phillips se desloca a 
uma nova curva denominada CP(e = 5%). 
Equilíbrio no ponto E: E = 6% = 6% = * e E = 5% > 2% = C. 
Nova medida de política econômica: m, aumenta de 8% para 12%. 
O formulador é teimoso e quer ainda  = 4% < 6% = *. O processo se repete. 
No curto prazo, na Figura 4: 
Equilíbrio no ponto F: F = 5% < 6% = * e F = 9% > 5% = E. 
No longo prazo, os trabalhadores percebem P, demandam W, e a curva de Phillips se desloca a 
uma nova curva denominada CP(e = 6%). 
Equilíbrio no ponto G: G = 6% = 6% = * e G = 6% > 4% = E. 
FIGURA 4 
 
NOTE: embora a taxa de desemprego diminui em cada caso em 2%, o aumento da inflação é cada vez 
maior (inicialmente 2 p.p., depois 3 p.p. e finalmente 4 p.p.). 
 
 
2 
5 
2 
4 
9 
CP(e = 0%) 
A 
B 
u 
 
u* = 6 
C 
CP(e = 2%) 
 
CP(e = ) 
D 
E 
CP(e = 5%) 
F 
G 
H 
 
9.4) OS CUSTOS DA DESINFLAÇÃO E A TAXA DE SACRIFÍCIO 
 
➢ O presente modelo destaca a chamada taxa de sacrifício (TS) que é a taxa que mede quanto de 
desemprego além da taxa natural será necessário para se reduzir a inflação em um determinado 
montante. 
𝑇𝑆 =
𝑃𝑡 − 𝑃𝑡−1
𝑢𝑡 − 𝑢𝑛
= 𝛼 
 
9.5) FRIEDMAN E O ATIVISMO MONETÁRIO 
 
➢ No modelo de Friedman, a variação do nível de preços é função direta da expansão monetária. 
 
➢ 𝑊𝑡/𝑃𝑡
𝑒 (esperados) superiores aos vigentes (𝑊𝑡/𝑃𝑡) seriam apenas uma ilusão passageira para os 
trabalhadores. Estes abandonariam o desemprego voluntário porque estavam iludidos 
 
➢ Portanto, costuma-se dizer que, no modelo monetarista, a política monetária somente é eficaz no 
curto prazo. No longo prazo, seria neutra, somente alteraria o valor das variáveis: preços, salário 
e outras. 
 
➢ Argumentos contra o Discricionarismo: 
 
-Uma política de expansionismo monetário pode reduzir o nível de satisfação individual dos 
trabalhadores (informação imperfeita, com expectativas adaptativas), Friedman se opõe ao seu uso. 
- Precariedade do conhecimento sobre as causas dos ciclos e os efeitos potenciais da política 
monetária, onde o ativismo pode gerar consequências indesejáveis. 
- Existência defasagens na condução de política monetária: a defasagem interna, refere-se ao intervalo 
de tempo que transcorre entre um choque econômico e a ação das autoridades monetárias em resposta 
ao distúrbio; a defasagem externa é decorrente do intervalo que ocorre entre a implementação das 
medidas e os seus efeitos sobre a economia. 
- As defasagens podem transformar a política monetária em uma fonte desestabilizadora.O papel da política monetária: 
 
➢ Não se constituir em fonte adicional de distúrbios. 
 
➢ Friedman e Schwartz (1963b) apresentaram evidência empírica de que contrações no estoque 
monetário causaram as principais recessões norte-americanas entre 1867 e 1960. 
 
➢ A proposição de Friedman é que a autoridade adote regras para a gestão da moeda. Seu receituário 
é uma meta de expansão monetária publicamente preanunciada, algo em torno de 3% a 5% a.a. 
 
9.6) A OPERACIONALIZAÇÃO DO REGIME DE METAS MONETÁRIAS 
 
➢ O monetarismo foi muito bem recebido tanto na academia quanto pelas autoridades monetárias. 
A prova disso é que, durante a segunda metade da década de 1970, as principais economias do 
mundo adotaram alguma variante do regime de metas monetárias: EUA, Canadá, Inglaterra, 
Suíça, Alemanha, Japão, México e Brasil, entre outros. 
 
➢ Apesar de nenhum país ter praticado a regra monetária de Friedman de maneira estrita. 
 
➢ O regime de metas monetárias supõe três elementos básicos: 
 
i) O anúncio de uma meta para algum agregado monetário (BM ou M); 
ii) Disponibilidade de informação confiável; 
iii) elevado grau de transparência da condução da política monetária. 
 
➢ Vantagens: facilmente compreendido pelo público; informações sobre a condução da política 
monetária; Controle do BC sobre agregados monetários. 
 
➢ Desvantagens: necessidade de uma estabilidade de V; o BC possui reduzido grau de controle 
sobre os agregados monetários. 
 
➢ Via de regra, há um trade-off entre o grau de controle por parte do BC e a estabilidade da 
velocidade de circulação do agregado. 
 
➢ O BC controla diretamente 𝑩, mas não os outros agregados monetários. 
 
 
 
 
9.7) ALGUMAS EXPERIÊNCIAS 
 
➢ A maioria dos países que adotou o regime de metas monetárias o fez por um período de tempo 
relativamente curto, diferentemente da Alemanha e a Suíça (esses países tiveram êxito de médio 
e longo prazo, seus regimes já eram uma aproximação de metas de inflação). 
 
➢ O regime de metas monetárias foi bem sucedido até o início dos anos de 1980, principalmente 
nos EUA, Inglaterra e Canadá. Posteriormente seu desempenho se mostrou insatisfatório. 
 
➢ Mishkin (1999) apresentou 2 possíveis interpretações: 
 
- i) regime não foi conduzido com seriedade; 
- ii) 𝑽 mostrou-se instável. 
 
➢ Segundo Blanchard (2017) há dois motivos principais para a estratégia de agregados monetários 
não funcionar bem: 
i) A relação entre crescimento de moeda e inflação acabou se revelando frouxa. 
ii) Fraca relação entre taxa de juros e oferta de moeda no curto prazo. 
 
➢ Entre 1970 e 1980, frequentes e grandes mudanças na demanda por moeda criaram problemas 
sérios para os Banco Centrais. Eles se viram divididos entre manter uma meta estável para o 
crescimento da moeda ou ajustar-se às mudanças na demanda por moeda.