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Atencao Basica em Odontologia PT 1

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Atenção Básica em Odontologia 
Aula 1 - Atenção à saúde bucal para 
cond ições espec ia is e etapas da vida | 
02/03/2022 
Atenção à Gestante e ao Pré-Natal 
´ As gestantes podem ser atendidas em qualquer 
período gestacional; entretanto, o segundo 
trimestre é mais indicado por ser uma fase de 
maior estabilidade. 
´ As gestantes de alto risco (com pré-eclâmpsia, 
diabetes gestacional e hipertensão 
descontrolada) podem ser referenciadas para o 
CEO ou para Serviços de Atenção Especializada 
Hospitalar, conforme protocolos específicos. 
´ Ao realizar uma visita domiciliar, caso haja uma 
gestante no domicílio, o ACS ou qualquer 
componente da ESF/ESB deve questionar: se 
ela está bem, se tem alguma queixa e se já 
iniciou o acompanhamento pré-natal. Caso a 
gestante não esteja sendo acompanhada, o 
ACS deve orientá-la a buscar a UBS 
imediatamente. 
1º Semestre 
´ Avaliar sinais vitais 
´ Atentar aos exames hematológicos e glicemia 
´ Realizar profilaxia, tratamento periodontal, 
eliminar focos infecciosos e fazer os 
procedimentos restauradores necessários 
2º Semestre 
´ Realizar profilaxia e tratamento periodontal 
´ Procedimentos restauradores e endodontias 
´ Realizar as cirurgias e exodontias necessárias 
3º Semestre 
´ Os riscos de intercorrências são maiores no 3º 
trimestre, devido à posição do feto. Há maior 
risco de anemia, eclâmpsia e hipertensão 
´ Realizar profilaxia, fluorterapia e 
procedimentos restauradores básicos 
´ Quando possível, programar reabilitações e 
cirurgias para depois do nascimento do bebê 
´ Esquema de intervenções odontológicas em 
gestantes 
 
Atenção à Infância 
´ Todas as crianças residentes na área de 
abrangência da UBS deverão receber cuidados 
odontológicos, incluindo tratamentos e 
acompanhamento. 
´ As vias de acesso dos bebês e crianças ao 
atendimento são: puericultura, vacinação, 
escola, atendimento com outros profissionais 
da equipe de saúde, demanda espontânea, ACS 
etc. 
´ As ações devem ser voltadas para a promoção, 
a prevenção e a proteção da saúde bucal das 
crianças e para a identificação e o tratamento 
precoce dos problemas detectados. 
´ A avaliação de risco e a identificação de 
situações de vulnerabilidade à saúde bucal da 
criança permitirá à equipe a execução dessas 
ações, possibilitando a conquista e a 
manutenção da saúde bucal. 
Educac ̧ão em Saúde: Técnicas de Manejo 
 
 
´ Mostrar-contar-fazer: utilizar linguagem 
compatível com grau de compreensão da 
criança, apresentar os materiais, familiarizá-la 
com o ambiente. 
´ Controle de voz: utilizar diferentes entonações 
para orientar a criança diante de atitudes 
erradas e para parabenizá-la diante de atitudes 
saudáveis. 
´ Reforço positivo: após a consulta, elogiar e 
salientar as atitudes saudáveis. 
´ É sempre importante interagir com a criança 
durante o atendimento, respeitar o ritmo dela, 
perceber sinais de tensão, mostrar-lhe o 
controle da situação (sinal com a mão) e evitar 
deixá-la sair do consultório sem fazer nenhum 
procedimento, nem que seja apenas uma 
atividade de higiene bucal. 
´ OBS: Benzodiazepínicos recomendados para o 
uso em odontopediatria: diazepam e 
midazolam. 
Devem ser priorizadas as atividades realizadas por 
equipes multiprofissionais. 
´ Orientações em grupo ou individuais aos pais e 
responsáveis e, em seguida, realização de 
exame clínico de bebês 
´ Realização de atendimento conjunto com 
médico, enfermeiro ou com outros 
profissionais (NASF) 
´ Realizar consultas sequenciais programadas. 
Estipular o dia da consulta odontológica no 
mesmo dia e horário da consulta de 
acompanhamento Médico e de Enfermagem 
Atenção à Adolescência 
´ A abordagem do adolescente deve ser 
conduzida com um olhar social, considerando 
também as especificidades desse grupo etário. 
Essa avaliação deve ser realizada antes do início 
do tratamento propriamente dito, pois tais 
observações podem modular o direcionamento 
e o sucesso do tratamento. 
´ Sugestão de atividades: a utilização de 
atividades com grupos de adolescentes na UBS 
ou em espaços sociais como escolas ou 
associações é de fundamental importância para 
identificar os problemas e necessidades do 
grupo e elaborar o planejamento dos cuidados 
de saúde bucal. 
Atenção ao Adulto 
´ As ações de saúde bucal para o paciente adulto 
devem considerar os aspectos sociais e 
epidemiológicos, levando em conta que o 
adulto já tem um histórico de saúde- doença 
bucal influenciado por seu risco social e 
biológico. 
´ Em geral, muitos adultos não receberam ações 
de prevenção de doenças bucais enquanto 
criança/jovem, chegando aos serviços com 
consequências dessa condição e necessitando 
de cuidados que propiciem mudanças nessa 
história. 
´ É um grupo que precisa de uma avaliação 
levando em consideração a influência de 
fatores sociais. 
o Desemprego 
o Vida social 
o Lazer 
o Moradia 
o Família 
o Renda 
´ Os problemas bucais muitas vezes não são 
prioritários para o paciente, em virtude de uma 
problemática social e/ou de outras condições 
patológicas e crônicas mais sérias. 
Atenção à Saúde da Pessoa Idosa 
´ O envelhecimento populacional requer novos 
arranjos organizacionais de saúde, de forma a 
promover a longitudinalidade do cuidado numa 
abordagem interdisciplinar dos fatores de risco. 
´ A prestação de cuidados à saúde da pessoa 
idosa deve ser multiprofissional, tendo em vista 
a presença das doenças crônicas não 
transmissíveis e a necessidade do cuidado 
longitudinal (acompanhamento). 
 
 
´ Os principais agravos de saúde bucal que 
afetam os idosos são a cárie dentária, a doença 
periodontal, as perdas dentárias, a xerostomia 
e lesões dos tecidos moles. Esses problemas 
produzem incapacidades, das quais decorrem 
perdas funcionais que comprometem a 
qualidade da vida do idoso. 
´ A promoção da saúde bucal para idosos deve 
envolver especialmente as áreas de educação, 
nutrição, prevenção de câncer, controle do 
tabaco e do álcool, na perspectiva do curso de 
vida e dos fatores comuns de risco. 
Algumas atividades que a ESB pode realizar com 
idosos, além das consultas ambulatoriais: 
´ Grupos de educação em saúde, com 
abordagens sobre as doenças crônicas não 
transmissíveis e câncer bucal; 
´ Visitas domiciliares; 
´ Atividades de higiene bucal supervisionada; 
´ Orientações sobre cuidados com a prótese 
dentária 
Atenc ̧ão às Doenc ̧as Cro ̂nicas 
´ Hipertensão arterial sistêmica 
o Pedir ao paciente que esvazie a bexiga e dê 
uma volta pela clínica para ver se a pressão 
baixa 
´ Diabetes 
´ Pacientes submetidos a tratamento oncológico 
e transplantes 
Hipertensão Arterial Siste ̂mica 
´ A hipertensão arterial sistêmica (HAS) está 
definida como pressão arterial sistólica maior 
ou igual a 140 mmHg; e como pressão arterial 
diastólica maior ou igual a 90 mmHg. 
´ Os hipertensos podem e devem ser atendidos 
na AB e receber consultas programadas de 
recuperação, manutenção, reabilitação, 
orientação de dieta, controle do biofilme dental 
e acompanhamento no território. 
´ Considerações e cuidados clínicos 
odontológicos 
´ Realizar a monitorização dos níveis pressóricos 
antes dos procedimentos 
´ Evitar sessões longas e dolorosas, estresse e 
liberação de adrenalina endógena 
´ Pacientes com indicação devem ser protegidos 
por profilaxia antibacteriana 
´ Avaliar sempre o risco/ benefício do 
procedimento odontológico para o paciente, 
assim como se é o momento adequado para tal 
´ Pacientes cardiopatas devem ter todo e 
qualquer foco infeccioso bucal eliminado e/ou 
prevenido 
Diabetes 
´ O cuidado em saúde bucal para as pessoas com 
DM é fundamental para a manutenção dos 
níveis glicêmicos, e deve contemplar 
orientação de dieta, controle do biofilme dental 
e acompanhamento no território pela equipe 
de saúde da UBS, sempre que possível realizado 
de forma multiprofissional. 
´ Pacientes diabéticos bem controlados, sem 
complicações crônicas, com boa higiene bucal e 
acompanhamento médico regular podem ser 
tratadossem necessidade de cuidados 
especiais, uma vez que eles respondem de 
forma favorável e da mesma forma que os não 
diabéticos. 
´ Atentar para os principais sinais e sintomas da 
DM: poliúria, polidipsia, polifagia, glicosúria e 
perda de peso 
´ Evitar atendimentos muito prolongados 
´ Em pacientes descontrolados, verificar a 
glicemia antes do atendimento e atentar para 
os sinais vitais durante todo o procedimento 
´ Agendar esses pacientes preferencialmente 
para o período da manhã 
´ Reforçar a necessidade do uso de 
hipoglicemiante oral ou de insulina, quando já 
utilizado rotineriamente pelo paciente 
´ Instruir o paciente com DM quanto à 
necessidade de se alimentar e ingerir a 
 
 
medicação adequadamente antes da consulta 
odontológica, minimizando assim o risco de 
desenvolvimento de crises hipoglicêmicas 
´ Verificar sempre os níveis de glicemia e os sinais 
vitais antes de iniciar os procedimentos 
odontológicos 
´ Considerar a maior suscetibilidade desses 
pacientes às infecções e à doença periodontal 
Pacientes submetidos a tratamento oncológico e 
transplantes 
´ A avaliação odontológica deve ser realizada nas 
UBS, previamente ao tratamento 
quimioterápico, radioterapia na região de 
cabeça e pescoço, aos transplantes e à terapia 
com anticorpos monoclonais ou bisfosfonatos, 
visando identificar e eliminar possíveis focos de 
infecção bucal 
Considerações e Cuidados Clínicos Com Os 
Pacientes Oncológicos 
´ Promover a adequação bucal, tratando das 
lesões de cáries e doença periodontal ativas, 
reduzindo a contaminação bucal e controlando 
os possíveis focos infecciosos 
´ Instituir processo educativo/ preventivo para 
controle do biofilme, controle da dieta; e 
reforçar o autocuidado do paciente, 
estimulando mudança de hábitos quando 
necessário 
´ Evitar desconfortos (dor, halitose etc.) 
´ Remover fatores retentivos de placa e 
irritativos à mucosa (aparelhos ortodônticos, 
regularizar bordos agudos de restaurações, 
ajustar próteses dentárias) 
´ Realizar exodontia ou endodontia de dentes 
comprometidos com lesões periapicais, com 
periodontite avançada e lesões de cáries 
profundas 
´ Casos complexos ou de osteonecrose devem 
ser referenciados para CEO ou Atenção 
Especializada Hospitalar 
´ As intervenções odontológicas em pacientes 
com câncer ou que sofrerão transplantes 
devem ser precedidas de contato com o médico 
do paciente, quando será discutida a situação 
sistêmica geral, a necessidade de profilaxia 
antibiótica e de ajuste de dose de 
medicamentos, caso exista a necessidade de 
procedimentos cruentos. 
Atenc ̧ão aos pacientes com HIV/AIDS e hepatites 
virais 
´ O portador de HIV pode e deve ser atendido na 
AB. Deve ser encaminhado para os centros 
odontológicos especializados apenas quando 
apresentar complicações sistêmicas avançadas, 
ou quando tiver necessidade de atendimentos 
em especialidades odontológicas alocadas nos 
CEO. 
´ Manifestações bucais encontradas mais 
frequentemente em pacientes soropositivos e 
com aids: 
o Candidíase (em suas diversas 
apresentações clínicas) 
o Doenças periodontais (geralmente de 
progressão mais rápida, principalmente 
em indivíduos que não estão recebendo 
terapia antirretroviral e/ou 
antimicrobiana) 
o Leucoplasia pilosa 
o Sarcoma de Kaposi 
o Infecção pelo herpes simples 
´ Todos os pacientes soropositivos para o HIV ou 
com AIDS devem ser avaliados rotineiramente 
em consultas de manutenção trimestrais para 
controle de possíveis focos de infecção e de 
lesões intrabucais, orientação de dieta, 
controle de placa e acompanhamento no 
território. 
´ O plano de tratamento deverá estar de acordo 
com a história médica do paciente. 
Atenção à pessoa com deficiência 
´ Deficiência Auditiva 
´ Deficiência física 
 
 
´ Deficiência visual 
´ O acesso da pessoa com deficiência ao SUS 
deve acontecer por meio da AB (como ocorre 
para todo e qualquer usuário) 
´ Para tanto, os serviços devem se organizar para 
ofertar atendimento prioritário no âmbito da 
Atenção Básica, considerada um recurso 
importante para inclusão e garantia dos direitos 
de cidadania da pessoa com deficiência 
´ Por meio da Estratégia Saúde da Família, a 
Equipe de Saúde deve buscar esses usuários no 
território, visando cadastrá-los e definir as 
ações para garantir seu adequado atendimento 
´ Para atenção em saúde e melhor conhecimento 
da realidade de cada região, é importante a 
busca ativa, no domicílio e na escola, além da 
integração e do contato entre as diferentes 
equipes de saúde e educação que acompanham 
estes usuários 
´ A participação da família ou do cuidador do 
usuário, quando este necessitar de apoio, 
auxilia o sucesso do tratamento 
Atenc ̧ão ao ca ̂ncer de boca 
´ O diagnóstico precoce é o meio mais eficaz para 
melhorar o prognóstico do câncer e aumentar a 
taxa de sobrevida. 
´ Após o diagnóstico e o encaminhamento para o 
oncologista, o cuidado com esses pacientes 
envolve a adequação do meio bucal, válido 
como preparo para todo tipo de terapia 
oncológica. 
´ Pacientes portadores de carcinomas 
espinocelulares na cabeça e pescoço 
necessitam receber tratamento odontológico 
antes da radioterapia 
´ O tratamento imediato inclui as extrações de 
dentes irrestauráveis ou com doença 
periodontal avançada, independentemente do 
campo a ser irradiado. 
´ Todos os dentes saudáveis, bem como os 
impactados sem patologias, são mantidos 
Aula 1 ,2 - Atenção à saúde bucal para 
cond ições espec ia is e etapas da vida | 
02/03/2022 
 
Observe o gráfico sobre pH e tempo. O gráfico A 
representa o Pedro e no gráfico B representa o Tiago. 
Analisando o gráfico abaixo, qual dos dois pacientes 
poderia ter um aumento de risco à cárie? Por quê? 
´ O paciente Tiago tem maior probabilidade de 
ter cárie, pois uma alta frequência de ingestão 
de açúcar desbalanceia o PH do biofilme muito 
mais do que no caso A, deixando o PH mais 
próximo ao crítico e aumentando as chances de 
disbiose. 
Aula 2 - Cárie | 09/03/2022 
 
Aula 3 – Cárie | 16/03/2022 
 
Aula 4 – Tr iagem | 23/03/2022 
O que é triagem? 
´ É o primeiro atendimento prestado pelo 
profissional aos usuários dos serviços de saúde

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