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ATENÇÃO BÁSICA Aula 1 – Família INTRODUÇÃO Linha Histórica – década de 80 Igrejas começavam a incluir a família como centro do cuidado Definição de família: Unidade básica para treinamento social, o ambiente em que se experimenta o primeiro sendo de pertencimento, identidade e conexão. TIPOS DE FAMÍLIA Família Nuclear – pai, mãe e filhos Família extensiva – patriarcas, filhos e netos Família unitária – viúva Família Monoparental – pai e filho, mãe e filho Família reconstituída – pais separados que casaram- se novamente Família Institucional – abrigos e orfanatos Família homossexual – pais e mães Família funcional – Tia fazendo papel de mãe Funções da família: reprodutiva, econômica, socializadora/educativa Teoria dos sistemas: família como sistema - “a família consiste em partes inter-relacionadas, cada uma impactando a outra e contribuindo para o crescimento (ou prejuízo) da outra. A família está sempre mudando, se auto-organizando e se adaptando aos seus membros e ao ambiente externo.” Sistema Familiar: Divide-se em subsistemas (casal, filhos) e suprasistemas (avós, tios) Programa: um dia pode acabar Estratégia: algo permanente A ENTREVISTA Sempre é agendada Definir quem vai realizar a abordagem Definir um interlocutor Identificar quem está presente Identificar o objeto de cuidado Dependendo do contexto deve- se ir apenas alguns profissionais ou todos. FASES DA ENTREVISTA Cumprimentos Entendimento da situação Discussão Identificar recursos Estabelecer planos FERRAMENTAS Genograma: definir e identificar informações demográficas e eventos críticos; entender a dinâmica familiar. Ecomapa: diagrama das relações entre família e comunidade; complementar ao genograma ; é necessário colocar os grupos de apoio F.I.R.O.: Fundamental Interpersonal Relation Orientation Propõe a caracterização de grupos e famílias nas dimensões: Inclusão (quem está dentro ou fora) Controle (quem controla ou é controlado) Intimidade (quem é próximo e quem não é) obs.: Feito com um questionário P.R.A.C.T.I.C.E.: instrumento para o entendimento familiar e dos problemas na família. Roteiro para aprender problemas, focado na resolução dos mesmos. P – Presenting problem R – Roles and structure A – Affect C – Communication T – Time in life cicle I – Illness in family C – Coping with stress E - Ecology APGAR familiar: avalia a satisfação familiar com diferentes scores; feito através de questionário. Adaptation (Adaptação) Partneship (Participação) Growth (Crescimento) Affection (Afeição) Resolve (Resolução) Aula 2 - Visita domiciliar (SAD) PNAB – Política Nacional de Atenção Básica PACS – Programas de Agente Comunitário de Sáude PSE – Programa Saúde na Escola PSF – Programa Saúde da Família RAS – Rede de Atenção à Saúde Complementa e substitui as modalidades de atenção já existentes. Ações de promoção. OBJETIVOS Aproximação de profissionais e usuários Promoção da equidade (igualdade de acesso) Melhora de compreensão do contexto de vida Acesso, acolhimento, humanização, desinstitucionalização, evita gastos desnecessários. Melhora do paciente em relação a saúde graças a família. MODALIDADES DE AD (PERFIS DO USUÁRIO) AD 1 – Equipe de Atenção Primária; problemas compensados e controlados; impossibilidade de locomoção até a UBS; menor frequência e menor necessidade. AD 2 – SAD, EMAD E EMAP; maior frequência, acompanhamento contínuo, estabilização do quadro, problemas de locomoção, pelo menos 1 visita por semana; Evitar ou abreviar tempo de hospitalização: Afecções agudas ou crônicas agudizadas, Cuidados paliativos Prematuridade e baixo peso, Cronico degenerativas AD 3 – Mais frequência, uso de equipamentos de maior complexidade, ventilação mecânica, períodos maiores de atenção, habitualmente de caráter crônico, pelo menos 1 vez na semana. O SUS disponibiliza todo o suporte para o paciente que podem se recuperar em casa. Com visitas dos profissionais depois do cadastramento. A burocracia é o maior desafio. OBS: A demanda judicial pode ocorrer quando a família se opor a alta e não se sente segura sem suporte. Identificar, orientar e guiar de acordo com a necessidade. Construir o plano assistencial com os profissionais da EMAD E EMAP de acordo com necessidade. Em caso de óbito, é encaminhado ao SVO, para saber a causa. FLUXO ADMISSIONAL NA AD Cadastramento – busca ativa – ações de vigilância – educação em saúde O sistema de regulação é contínuo e atualizado. Único. A solicitação pode vir de hospitais, UBS, UPA, SAMU, oi judicialmente. PLANEJANDO UMA VISITA DOMICILIAR PASSO 1 – Observar se a visita vai contribuir com melhorias à demanda do usuário PASSO 2 – É a melhor alternativa? PASSO 3 – Aderência do usuário e da sua família PASSO 4 – Autorização do usuário e da família, que deve ser registrado na primeira VD PASSO 5 – Análise da infraestrutura domiciliar: levar em consideração a análise de caso, complexidade e plano de cuidado. Fazer o planejamento de acordo com os critérios clínicos. CHECK LIST PARA UMA VD Definir o(s) usuários que receberão a visita, revisar o caso e estabelecer o objetivo principal dessa VD; Certificar-se da disponibilidade de veículo para o dia programado, caso necessário, e organizar o material a ser utilizado; Pactuar quais profissionais participarão da VD conforme a necessidade do caso; Sempre que possível, fazer contato telefônico prévio com usuário ou familiar para comunicar o dia programado para a visita e avaliar a disponibilidade e aceitação do mesmo (exceto em casos como item 3 - critérios clínicos); Após a visita, fazer as anotações nos sistemas de informação (e-SUS), encaminhamentos necessários, etc. Quando necessário, discutir o caso com a equipe, para acionar as redes de atenção à saúde (SAD, CAPS, CRAS, CREAS, etc...); O QUE OBSERVAR? Observar todo o percurso até o local, as condições, vizinhos, iluminação, saneamento, e tudo que envolve a saúde pública, meio ambiente, e segurança. Relações familiares, dinâmica, comunicação, limpeza e organização, risco ou obstáculos. Perguntar sobre o uso dos medicamentos, armazenamento, dúvidas. Presença de cuidadores, formais ou informais. É importante identificar, desde a primeira visita quem é o membro mais ativo naquele cuidado ou o cuidador. Estabelecer uma boa comunicação com ele. Avaliar as situações de forma individual, não recomendado realizar a VD, sem a presença do responsável ou cuidador. REGISTROS DA VD Agendar ou recepcionar, fazer sempre anotações, gerar ficha e-SUS ARTICULAÇÃO O paciente de atenção domiciliar, no geral, transita pela RAS, passando pela APS, até o nível terciário, uma vez que é frequente a agudização das condições crônicas. Assim, ele passa de AD1 para AD2, e às vezes para AD3. E vice e versa. A equipe de APS faz a visita para o paciente AD1, porém se ele estiver com qualquer acometimento agudo, o Serviço de Atenção Domiciliar SAD - Melhor em Casa deve ser acionado. SERVIÇOS DE NECESSIDADE HOSPITALAR Monitorização contínua Enfermagem contínua Exames, diagnósticos, regulares e com urgência. Tratamento cirúrgico Equipe de monitorização PORTARIA 825 Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. Essa portaria organiza todo o trabalho da AD, indicando, e determinando as obrigações do profissional, equipes, entre outros. Parágrafo único. Fica facultado à EMAD Tipo 2 prestar assistência apenas na modalidade AD 2, caso não possua condições técnicas e operacionais para a execução da modalidade AD 3 Art. 15. O descumprimento dos acordos assistenciais entre a equipe multiprofissional e o usuário, familiar(es) ou cuidador(es) poderá acarretar a exclusão do usuário do SAD, ocasião na qual o atendimento do usuário se dará em outro serviço adequado ao seu caso, conforme regulação local. § 1º A EMAD e a EMAP devem ser cadastradas no Sistemade Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), conforme as normativas de cadastramento vigentes. § 2º A EMAD é pré-requisito para constituição de um SAD, não sendo possível a implantação de uma EMAP sem a existência prévia de uma EMAD. Parágrafo único. Nenhum profissional componente de EMAD ou EMAP poderá ter CHS inferior a 20 (vinte) horas de trabalho. Art. 29. Todos os Municípios com uma EMAD, tipo 1 ou tipo 2, poderão solicitar 1 (uma) EMAP, sendo possível a implantação de mais 1 (uma) EMAP a cada 3 (três) EMAD a mais implantadas. § 1º A população mínima referida no inciso I do "caput" pode ser atingida por um Município, isoladamente, ou por meio de agrupamento de Municípios cuja população seja inferior a 20.000 (vinte mil) habitantes, devendo ocorrer, nesse caso, prévia pactuação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e, se houver, na Comissão Intergestores Regional (CIR); Obs.: Nesse documento, consta São Luís com 3 EMAD 1 e 1 EMAP
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