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HISTÓRIA DO COMERCIO DO DIREITO EMPRESARIAL. EMPRESA E INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL
Laís Vitória da Cruz[footnoteRef:2] [2: email: laissantana0930@gmail.com, turma 2, direito empresarial 1] 
Este texto tem como objetivo destacar a história do comércio e do direito empresarial, fazendo uma introdução ao direito empresarial. As primeiras trocas de mercadorias, como caça, agricultura e artesanato, realizadas pelas primeiras civilizações antigas, deram início ao desenvolvimento econômico e às relações sociais, configurando o que é conhecido como antigo escambo. No entanto, surgiu o direito empresarial como um conjunto de normas jurídicas no âmbito privado, regendo as atividades das empresas e dos empresários. Deixou de ser exclusivamente o direito do comerciante para se tornar mais abrangente, ou seja, englobando qualquer atividade econômica organizada dentro desse contexto. Assim, o direito comercial evoluiu para direito empresarial, marcando o início da empresa como uma atividade econômica com ênfase no empreendedorismo e na organização
DESENVOLVIMENTO
Ao longo da história, sabe-se que as primeiras civilizações subsistiam por meio da caça, agricultura e artesanato, dando origem ao que é chamado de escambo - a troca de mercadorias entre elas. Essa prática teve um papel crucial na criação do comércio nas sociedades medievais, fortalecendo a atividade mercantil. Logo após esse evento, surge o dinheiro (moeda), estabelecendo um padrão de troca diante do crescimento das cidades e do aumento da movimentação de riquezas. Os feudos deram início à organização social, pois apresentavam maior produtividade e experiência em trocas, assim como os fenícios, que exploravam o mercantilismo no Mediterrâneo devido às suas habilidades marítimas. É importante ressaltar que o dinheiro era um padrão que contribuía para o aprimoramento da economia monetária e do comércio em cidades estratégicas, como Veneza, Florença e Gênova.
É de suma importância ressaltar o significado da palavra comercio, quem vem do latim “commercium” que indica o intercambio de mercadorias com lugar e hora para comprar e vender gêneros. Conforme Durão e Pinto (2020), “o dinheiro estabelecia um formato padrão para permuta de mercadorias, aperfeiçoando a economia e comercio das cidades estratégicas como Veneza, Florença e Gênova, entre outras rotas de comercio. No entanto, isso deu início a comercialização de escravos, os quais eram expostos muitas vezes em praça publica e denominados de mercadorias, objeto ou res, surgindo assim “a melhor proposta, pois seus preços variavam de acordo com suas habilidades, sexo e condições físicas.
“Os escravos eram definidos como mercadorias objetos ou res. Os preços variavam segundo a qualidade do produto: habilidades, sexo, e condições físicas. Nota-se que o escravo, visto como res, era valorizado conforme seus atributos no ato de sua oferta ou de sua efetiva compra. A exigência do cumprimento de regras para a aquisição de escravos é um registro deplorável do passado.” (DURÃO e PINTO, 2020)
Com a expansão marítima portuguesa, o Brasil foi colonizado. Nesse contexto, sob o domínio de Portugal, surgiram algumas normas de aplicação supletiva, como a 'Lei da Boa Razão', que tratava das leis mercantis e marítimas, além de estabelecer as qualidades que os negócios deveriam ter e os privilégios dos mercadores. Observa-se que a influência dessa regulamentação sobre o Brasil persistiu até a promulgação do Código Comercial Brasileiro (Lei n.° 556/1850). Com o declínio das práticas comerciais, começou-se a estruturar o sistema atual de empresa, concebido a partir da atividade econômica com enfoque no empreendedorismo e na organização, inspirado no modelo italiano. Desse modo, o direito comercial passou por algumas evoluções até chegar ao Direito Empresarial.
Diante desse contexto, começa-se a observar a influência do direito comercial sobre o empresarial, na Idade Média, com corporações de ofício de âmbito privado e sujeitos privilegiados. Surgiram então os sistemas aplicados, delineando algumas teorias, como a subjetiva clássica, a objetiva e a subjetiva moderna. A subjetiva clássica era uma teoria adotada na Idade Média na qual se determinava “quem” realizaria os atos de comércio por meio das corporações de ofício. O sistema francês, após a Revolução de 1789, empregava a teoria objetiva, definindo “o que” seria exigido para o exercício das atividades comerciais, com uma lista baseada nos atos de comércio. Com o sistema italiano, perpetuado pelo Código Civil de 1942, surgiu então a teoria subjetiva moderna com o “para que”, introduzindo uma finalidade para determinados empreendimentos e negócios. Por fim, compreende-se a origem do direito comercial e sua transição para o direito empresarial.
CONCLUSÃO
Em resumo, observa-se a importância do contexto histórico do comércio para a compreensão do direito empresarial, que amplia as relações não apenas entre empresas e o comércio, mas também em outros ramos do direito, como o administrativo, penal, civil, entre outros. Essa ampliação enriquece o conteúdo social e econômico, contribuindo de certa forma para uma melhor aplicação e interpretação do direito, ao mesmo tempo em que abre um leque de oportunidades dentro dessa área.
REFERENCIA
DURÃO, PEDRO; PINTO, D. Direito Empresarial: Direito de empresa. Aracaju: Direito Mais, 2020. 328p.
Via Jurídica / Empresa e Licitação. Empresa e Introdução ao Direito Empresarial! O que é Empresa? Direito Empresarial? YouTube. 30/12/2021. Disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=u3Eqs3XRs6U. Acesso em 30 nov 2023.
Via Jurídica / Empresa e Licitação. História do Comércio e do Direito Empresarial! O que é comércio? Como tudo começou? YouTube. 21/12/2021. Disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=VDeNHvB1Ljs. Acesso em 30 nov 2023.

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