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APG 14 - Sistema Linfático

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1 
 
 
@jumorbeck 
↠ Os sistemas linfático e imune estão intimamente 
relacionados com o sistema cardiovascular. (MARIEB, 7ª 
ed.) 
↠ O sistema linfático contribui para a homeostasia ao 
drenar o líquido intersticial, bem como ao fornecer os 
mecanismos de defesa contra doenças (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ A função principal do sistema linfático é devolver o 
excesso de líquido para o sistema vascular sanguíneo. Os 
vasos linfáticos coletam esse líquido e o transportam para 
a corrente sanguínea. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ O sistema imune protege o corpo dos organismos 
estranhos combatendo infecções e conferindo imunidade 
às doenças. Os componentes principais do sistema imune 
são os linfócitos, o tecido linfático e os órgãos linfáticos 
(como baço, linfonodos e timo). (MARIEB, 7ª ed.) 
O tecido linfático é um tipo especializado de tecido conjuntivo reticular 
que contém numerosos linfócitos. (TORTORA, 14ªed.) 
Funções principais do sistema linfático: (TORTORA, 14ª ed.) 
➢ Drenar o excesso de líquido intersticial; 
➢ Transportar lipídios oriundos da dieta; 
➢ Desempenhar respostas imunes. 
↠ Todos os capilares sanguíneos são circundados por 
tecido conjuntivo frouxo que contém líquido tecidual (ou 
intersticial), que surge do sangue filtrado pelas paredes 
dos capilares e consiste em pequenas moléculas de 
plasma sanguíneo, incluindo água, vários íons, moléculas 
de nutrientes e gases respiratórios. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Embora o líquido entre e saia continuamente dos 
capilares sanguíneos, por razões complexas, um pouco 
mais de líquido sai da extremidade da arteríola de cada 
leito capilar do que entra novamente no sangue na 
extremidade da vênula. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Os vasos linfáticos funcionam na coleta desse excesso 
de líquido no tecido conjuntivo frouxo, em volta dos 
capilares sanguíneos e na sua devolução para a corrente 
sanguínea. Uma vez dentro dos vasos linfáticos, esse 
líquido chama-se linfa (“água limpa”). Qualquer bloqueio dos 
vasos linfáticos faz que a região do corpo afetada inche 
com o excesso de líquido tecidual, uma condição 
chamada edema. (MARIEB, 7ª ed.) 
A principal diferença entre o líquido intersticial e a linfa é a sua 
localização: o líquido intersticial é encontrado entre as células, e a linfa 
está localizada nos vasos linfáticos e no tecido linfático. (TORTORA, 
14ªed.) 
 
 
 
↠ Os vasos linfáticos também desempenham outra 
função relacionada. As proteínas do sangue vazam 
lentamente, porém de modo permanente, dos capilares 
sanguíneos para o líquido tecidual circundante. Os vasos 
linfáticos devolvem essas proteínas para a corrente 
sanguínea. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
2 
 
 
@jumorbeck 
As proteínas que saem do plasma sanguíneo não conseguem retornar 
ao sangue por difusão, porque o gradiente de concentração (alto nível 
de proteínas no interior dos capilares sanguíneos, baixo nível fora) se 
opõe a este movimento. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As proteínas no sangue geram forças osmóticas que 
são essenciais para manter a água na corrente sanguínea. 
Se essas proteínas não fossem devolvidas para a 
corrente sanguínea, logo se seguiria um efluxo maciço de 
água do sangue para os tecidos, e o sistema 
cardiovascular inteiro entraria em colapso por causa do 
volume insuficiente. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ O sistema linfático representa a via acessória, por meio 
da qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o 
sangue. É importante notar que os linfáticos transportam 
para fora dos espaços teciduais proteínas e grandes 
partículas, que não podem ser removidas por absorção 
direta pelos capilares sanguíneos. (GUYTON, 13ª ed.) 
 
↠ Como a linfa flui apenas na direção do coração, os 
vasos linfáticos formam um sistema de mão única em vez 
de um circuito completo. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Existem vasos de vários tamanhos (calibre) que 
coletam e transportam a linfa. Os vasos menores, os que 
recebem primeiro a linfa, são os capilares linfáticos, que 
drenam em vasos (coletores) linfáticos ao longo dos quais 
existem linfonodos dispersos. Os vasos linfáticos drenam 
para os troncos linfáticos, eles se unem para formar os 
ductos linfáticos, que desembocam nas veias da raiz do 
pescoço. (MARIEB, 7ª ed.) 
Formação e transporte da linfa 
↠ A maior parte dos componentes do plasma sanguíneo, 
como nutrientes, gases e hormônios, atravessam 
livremente as paredes dos capilares para formar o líquido 
intersticial, mas um volume maior de líquido sai dos 
capilares sanguíneos do que retorna a eles por 
reabsorção. O excesso de líquido filtrado – 
aproximadamente 3 l/dia – drena para os vasos linfáticos 
e se torna a linfa. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A linfa é um liquido viscoso e transparente com 
composição semelhante à do plasma sanguíneo, diferindo 
apenas na concentração de proteínas que é mais baixa. 
Existe ainda uma grande concentração de leucócitos, 
principalmente linfócitos, uma vez que o Sistema Linfático 
(SL) participa de forma ativa na resposta imunológica do 
organismo (MARQUES; SILVA, 2020) 
↠ Sem a ajuda da força do batimento cardíaco, a linfa é 
impelida através dos vasos linfáticos por uma série de 
mecanismos mais fracos: 
➢ O inchaço dos músculos esqueléticos em 
contração (BOMBA DE MÚSCULO ESQUELÉTICO) e 
as pulsações das artérias vizinhas comprimem os 
vasos linfáticos, espremendo a linfa através deles. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
➢ A túnica média muscular dos vasos linfáticos 
contrai para ajudar a impelir a linfa. (MARIEB, 7ª 
ed.) 
➢ Os movimentos normais dos membros e do 
tronco ajudam a manter o escoamento da linfa. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
➢ O fluxo de linfa é também mantido pelas 
alterações de pressão que ocorrem durante a 
inspiração. A linfa flui da região abdominal, onde 
a pressão é maior, para a região torácica, onde 
ela é mais baixa. Quando as pressões se 
invertem durante a expiração, as válvulas nos 
vasos linfáticos evitam o refluxo da linfa. Além 
disso, quando um vaso linfático se distende, o 
músculo liso de suas paredes se contrai, o que 
ajuda a mover linfa de um segmento do vaso 
para o seguinte (BOMBA RESPIRATÓRIA). 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Apesar desses mecanismos de propulsão, o 
transporte da linfa é esporádico e lento, o que explica por 
que as pessoas que ficam muito tempo em pé no 
trabalho podem desenvolver edema em volta dos 
tornozelos no fim do expediente. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
 
3 
 
 
@jumorbeck 
O edema geralmente desaparece se as pernas forem exercitadas, por 
exemplo, ao caminhar para casa. O hábito nervoso, aparentemente 
inútil, de as pessoas sacudirem as pernas enquanto estão sentadas 
realiza, na verdade, a importante função de mover a linfa pelas pernas. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
Sequência de fluxo de líquidos 
 
Componentes do sistema linfático 
CAPILARES LINFÁTICOS 
↠ Os capilares linfáticos, vasos altamente permeáveis 
que coletam o excesso de líquido tecidual, situam -se 
perto dos capilares sanguíneos no tecido conjuntivo 
frouxo. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Assim como os capilares sanguíneos, sua parede 
consiste em uma única camada de células endoteliais. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Sua permeabilidade resulta da estrutura e organização 
das células endoteliais: eles têm poucas junções 
intercelulares e as margens das células adjacentes 
sobrepõem-se, formando miniválvulas de fácil abertura. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
 
Ligado aos capilares linfáticos estão os filamentos de ancoragem, que 
contêm fibras elásticas. Eles se estendem para fora do capilar linfático, 
anexando as células endoteliais linfáticas aos tecidos circundantes. 
Quando o excesso de líquido intersticial se acumula e causa edema do 
tecido, os filamentos de ancoragem são puxados, tornando ainda 
maiores as aberturas entre as células para que mais líquido possa fluir 
para o capilar linfático. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Depois que esse líquido entra nos capilares linfáticos, 
ele passa a se chamar linfa. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ A linfa não pode vazar docapilar linfático porque o 
refluxo força as abas da miniválvula simultaneamente. 
Embora a alta permeabilidade dos capilares linfáticos 
permita a absorção de grandes quantidades de líquido 
tecidual e grandes moléculas proteicas, ela também 
permite que quaisquer bactérias, vírus ou células 
cancerosas no tecido conjuntivo frouxo entrem nesses 
capilares com facilidade. Esses agentes patogênicos 
podem percorrer todo o corpo através dos vasos 
linfáticos. No entanto, essa ameaça é evitada em parte 
pelos linfonodos que destroem a maioria dos patógenos 
na linfa. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Os capilares linfáticos não existem nos ossos e dentes, 
na medula óssea e em todo o SNP, onde o excesso de 
líquido tecidual é drenado através do tecido nervoso para 
o líquido cerebrospinal. O líquido cerebrospinal devolve 
esse líquido tecidual para o sangue no seio sagital superior. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
Entretanto, mesmo esses tecidos têm canais minúsculos, referidos 
como pré-linfáticos, pelos quais o líquido intersticial pode fluir; esse 
líquido é, por fim, drenado para vasos linfáticos ou, no caso do encéfalo, 
para o líquido cerebrospinal e dele diretamente de volta ao sangue. 
(GUYTON, 13ª ed.) 
↠ Um conjunto de capilares linfáticos, chamados lácteos, 
tem uma função exclusiva. Localizados nas vilosidades da 
mucosa do intestino delgado, eles absorvem a gordura 
digerida pelo intestino, fazendo que a linfa drenada das 
vísceras se torne leitosa (lacte = leite). Essa linfa gordurosa 
chama-se quilo e, como toda linfa, é transportada para a 
corrente sanguínea. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Os lipídios conferem à linfa drenada do intestino 
delgado uma aparência branca cremosa. Em outros 
lugares, a linfa é um líquido claro, amarelo pálido. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
VASOS (COLETORES) LINFÁTICOS 
↠ A partir dos capilares linfáticos, a linfa entra nos vasos 
(coletores) linfáticos que acompanham os vasos 
sanguíneos: em geral, os vasos linfáticos superficiais na 
pele acompanham as veias superficiais, enquanto os vasos 
linfáticos profundos do tronco e das vísceras 
acompanham as artérias profundas. (MARIEB, 7ª ed.) 
CAPILARES 
SANGUÍNEOS 
(SANGUE)
ESPAÇOS 
INTERSTICIAIS 
(LÍQUIDOS 
INTERSTICIAIS)
CAPILARES 
LINFÁTICOS 
(LINFA)
VASOS 
LINFÁTICOS 
(LINFA)
DUCTOS 
LINFÁTICOS 
(LINFA)
JUNÇÃO ENTRE AS 
VEIAS JUGULAR 
INTERNA E 
SUBCLÁVIA (SANGUE)
4 
 
 
@jumorbeck 
↠ Eles possuem as mesmas túnicas dos vasos 
sanguíneos (túnica íntima, túnica média e túnica externa), 
mas suas paredes sempre são muito mais finas. (MARIEB, 
7ª ed.) 
↠ Para direcionar o escoamento da linfa, os vasos 
linfáticos contêm mais válvulas do que as veias. Na base 
de cada válvula, o vaso incha, formando uma bolsa na qual 
a linfa é coletada e obriga a válvula a fechar. Por causa 
dessas bolsas, cada vaso linfático se assemelha a um colar 
de contas. (MARIEB, 7ª ed.) 
Essa aparência diferente, que caracteriza o tronco linfático maior e 
também os ductos linfáticos, permite que os médicos reconheçam os 
vasos linfáticos nas imagens de raio X obtidas após esses vasos 
receberem injeção de corante radiopaco. Esse procedimento 
radiográfico chama-se linfangiografia (“imagem de vaso linfático”). 
(MARIEB, 7ª ed.) 
LINFONODOS 
↠ Os linfonodos, que removem os patógenos da linfa, 
são órgãos em forma de feijão, situados ao longo dos 
vasos linfáticos. (MARIEB, 7ª ed.) 
O termo popular “glândulas linfáticas” não está correto, pois não se 
trata de glândulas. (MARIEB, 7ª ed.) 
Existem cerca de 500 linfonodos no corpo humano, com um diâmetro 
que varia de 1 a 25 mm. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Grandes agrupamentos de linfonodos superficiais 
estão situados nas regiões cervical, axilar e inguinal; os 
linfonodos profundos são encontrados no tórax, abdome 
e pelve. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
➢ Os linfonodos superficiais cervicais ao longo das veias 
jugulares e artérias carótidas recebem a linfa da cabeça e 
pescoço. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Os linfonodos axilares na axila e os linfonodos inguinais na 
parte superior da coxa filtram a linfa dos membros 
superiores e inferiores, respectivamente. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Os linfonodos no mediastino, como os linfonodos 
traqueobronquiais profundos, recebem a linfa das vísceras 
torácicas. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Os linfonodos profundos ao longo da parte abdominal da 
aorta, chamados linfonodos aórticos, filtram a linfa da parede 
posterior do abdome. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Os linfonodos profundos ao longo das artérias ilíacas, 
chamados linfonodos ilíacos, filtram a linfa dos órgãos 
pélvicos e dos membros inferiores. (MARIEB, 7ª ed.) 
Um linfonodo é circundado por uma cápsula fibrosa de tecido 
conjuntivo denso, da qual se estendem cordões fibrosos chamados 
trabéculas (“feixes”) para dentro do linfonodo, dividindo-o em 
compartimentos. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
A linfa entra no aspecto convexo do nódulo através de vários vasos 
linfáticos aferentes e sai pela região endentada no lado oposto, o hilo, 
através dos vasos linfáticos eferentes. Dentro do nódulo, entre os 
vasos aferentes e eferentes, a linfa infiltra através dos seios linfáticos 
(seios subcapsular, cortical e medular). Esses grandes seios linfáticos 
são distribuídos internamente por uma rede entrecruzada de fibras 
reticulares, coberta por células endoteliais. Muitos macrófagos vivem 
nessa rede fibrosa, consumindo patógenos e partículas estranhas na 
linfa que escoa pelos seios. Como a maior parte da linfa passa por 
vários linfonodos, normalmente ela não tem mais patógenos quando 
sai do seu último linfonodo e entra nos troncos linfáticos em seu 
caminho para as grandes veias do pescoço. (MARIEB, 7ª ed.) 
Linfonodos intumescidos 
Às vezes, os linfonodos são subjugados pelos mesmos agentes que 
estão tentando destruir. Em um caso específico, quando grandes 
quantidades de bactérias ou vírus invencíveis são aprisionadas pelos 
nódulos, mas não são destruídas, esses nódulos aumentam de 
tamanho, inflama e ficam muito sensíveis ao toque. Esses linfonodos 
5 
 
 
@jumorbeck 
infectados chamam-se bubões. Na peste bubônica, os bubões são o 
sintoma mais óbvio. Em outro caso, as células cancerosas metastáticas 
que entram nos vasos linfáticos e ficam aprisionadas nos linfonodos 
locais continuam a se multiplicar ali. O fato de os linfonodos infiltrados 
por células cancerosas serem intumescidos, porém não doloridos, 
ajuda a distinguir os nódulos cancerosos daqueles infectados por 
microrganismos (a dor resulta de inflamação e as células cancerosas 
não induzem a resposta inflamatória). Os linfonodos potencialmente 
cancerosos podem ser localizados por palpação; quando um médico 
examina uma paciente em busca de um câncer de mama procura 
linfonodos axilares intumescidos. Os médicos também podem localizar 
linfonodos cancerosos inchados utilizando TC ou RM. (MARIEB, 7ª ed.) 
TRONCOS LINFÁTICOS 
↠ Após sair dos linfonodos, os vasos linfáticos convergem 
e formam os troncos linfáticos. Esses troncos drenam 
extensas áreas do corpo e são suficientemente grandes 
para serem encontrados numa dissecção. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
↠ Os cinco troncos linfáticos principais, do inferior para o 
superior, são: 
➢ Troncos lombares: esse par de troncos, que se situa nos 
lados da aorta, na parte inferior do abdome, recebe toda a 
linfa que drena dos membros inferiores, órgãos pélvicos e 
de uma parte da parede anterior do abdome. (MARIEB, 7ª 
ed.) 
➢ Tronco intestinal: esse tronco ímpar, situado próximo à 
parede posterior do abdome na linha média, recebe linfa 
gordurosa (quilo) do estômago, intestinos e outros órgãos 
digestórios. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Troncos broncomediastinais: subindo pelos lados da 
traqueia, esse par de troncos coleta linfa das vísceras 
torácicas e da parede do tórax. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Troncos subclávios: localizado perto da base do pescoço, 
esse par de troncos recebe a linfa dos membros 
superiores; eles também drenam a parte inferior do 
pescoço e a parede superiordo tórax. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Troncos jugulares: localizado na base de cada veia jugular 
interna, esse par de troncos drena a linfa da cabeça e 
pescoço. (MARIEB, 7ª ed.) 
DUCTOS LINFÁTICOS 
↠ Os troncos linfáticos drenam em vasos linfáticos 
maiores, os ductos linfáticos. Enquanto alguns indivíduos 
possuem dois ductos linfáticos, outros têm apenas um. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
➢ O ducto torácico está presente em todos os 
indivíduos. Sua parte mais inferior, localizada na 
união dos troncos lombar e intestinal, é a cisterna 
do quilo (“saco de quilo”), situada na altura dos 
corpos das vértebras L I e L II. A partir daí, o 
ducto torácico assume trajeto ascendente, 
anterior aos corpos das vértebras. Na parte 
superior do tórax, ele volta-se para o lado 
esquerdo e deságua na circulação venosa, na 
junção da veia jugular interna esquerda com a 
veia subclávia esquerda. O ducto torácico muitas 
vezes une-se aos troncos jugular esquerdo, 
subclávio ou broncomediastinal logo antes de se 
juntar à circulação venosa. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Ducto linfático direito: o quadrante superior 
direito do corpo é drenado pelos troncos jugular, 
subclávio e broncomediastinal direitos. Em 
aproximadamente 20% das pessoas, esses 
ductos unem-se e formam um ducto linfático 
direito curto. Quando presente, esse ducto 
deságua nas veias do pescoço, 
aproximadamente na junção das veias jugular 
interna direita e subclávia direita. Com mais 
frequência, os três troncos abrem-se de maneira 
independente nas veias do pescoço. (MARIEB, 7ª 
ed.) 
Tecidos linfáticos 
↠ O tecido linfático é um tipo especializado de tecido 
conjuntivo no qual grandes quantidades de linfócitos se 
reúnem para combater microrganismos invasores. Esse 
tecido tem duas localizações gerais: 
➢ Nas membranas mucosas frequentemente infectadas 
dos tratos digestório, respiratório, urinário e 
reprodutor, onde se chama tecido linfático associado 
à mucosa ou MALT (do inglês mucosa associated 
lymphoid tissue); (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Em todos os órgãos linfáticos, exceto no timo. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
6 
 
 
@jumorbeck 
 
 
↠ Além de servir como principal campo de batalha na 
luta contra a infecção, o tecido linfático também é o lugar 
onde os linfócitos se tornam ativados e onde é gerada a 
maioria dos linfócitos efetores e de memória. (MARIEB, 7ª 
ed.) 
↠ O tecido linfático é um tecido conjuntivo reticular cuja 
estrutura básica é uma rede de fibras reticulares 
secretadas por células reticulares (fibroblastos). Dentro 
dos espaços dessa rede residem muitos linfócitos T e B 
que chegam continuamente, provenientes das vênulas 
que passam por esse tecido. Os macrófagos na rede 
fibrosa matam os microrganismos invasores por 
fagocitose e, junto às células dendríticas, ativam os 
linfócitos vizinhos apresentando-lhes aos antígenos. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Evidentes dentro do tecido linfático encontram-se 
agrupamentos dispersos e esféricos de linfócitos 
densamente empacotados, chamados folículos linfáticos 
ou nódulos linfáticos. Esses folículos exibem 
frequentemente centros que adquirem coloração clara, 
chamados centros germinativos, de linfócitos divididos. 
Cada folículo deriva da ativação de uma única célula B, 
cuja proliferação rápida gera milhares de linfócitos no 
folículo. As células B recém-produzidas migram para fora 
do folículo e transformam-se em plasmócitos. (MARIEB, 
7ª ed.) 
Órgãos linfáticos 
↠ Os órgãos linfáticos são agrupados em duas 
categorias: 
➢ Órgãos linfáticos primários, que são a medula 
óssea e o timo e produzem linfócitos B e T, 
respectivamente. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ Órgãos linfáticos secundários, que são os 
linfonodos, o baço e os agrupamentos de tecido 
linfático associado à mucosa (MALT) que 
formam as tonsilas, os nódulos linfáticos 
agregados no intestino e o apêndice. Esses 
órgãos armazenam linfócitos 
imunocompetentes e linfócitos de memória, 
coletando e destruindo microrganismos 
infecciosos dentro do tecido linfático. (MARIEB, 
7ª ed.) 
 
TIMO 
↠ O timo bilobado situa-se na parte superior do tórax e 
na parte inferior do pescoço, imediatamente posterior ao 
esterno. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ É o local em que os linfócitos imaturos se 
desenvolvem em linfócitos T. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Ele secreta hormônios tímicos como a timosina e a 
timopoietina, que fazem que os linfócitos T adquiram 
imunocompetência. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ O timo atrofia ao longo do tempo, porém continua a 
produzir células imunocompetentes durante a vida adulta 
em uma taxa reduzida. (MARIEB, 7ª ed.) 
7 
 
 
@jumorbeck 
 
↠ O timo contém muitos lóbulos organizados como 
pequenas flores em uma cabeça de couve-flor. Cada 
lóbulo, por sua vez, contém um córtex e uma medula. 
(MARIEB, 7ª ed.) 
 
↠ O córtex adquire uma coloração escura, já que 
consiste em linfócitos T que se dividem rapidamente e 
que adquirem imunocompetência; a medula contém 
menos linfócitos e cora em uma cor mais clara. Também 
na medula se encontram os corpúsculos tímicos, que são 
compostos de agrupamentos de células epiteliais. Os 
corpúsculos tímicos agem no desenvolvimento das células 
T regulatórias, um tipo de linfócito T que evita as 
respostas autoimunes. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ A estrutura tecidual do timo não é um tecido 
conjuntivo linfático verdadeiro. Como o timo surge como 
uma glândula do epitélio que reveste a faringe 
embrionária, sua estrutura tecidual básica consiste em 
células epiteliais estreladas, em vez de fibras reticulares. 
Essas células reticulares epiteliais secretam os hormônios 
tímicos que estimulam as células T a se tornarem 
imunocompetentes. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
 
LINFONODOS 
↠ Os linfonodos são mais do que apenas filtros de linfa. 
Os linfonodos são os órgãos onde os sistemas linfático e 
imune se cruzam. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ Entre os seios linfáticos encontram-se massas de 
tecido linfático. À medida que a linfa infiltra pelos seios 
linfáticos, alguns dos antígenos contidos vazam pelas 
paredes do seio e entram no tecido linfático. A maioria 
dos desafios antigênicos no corpo humano ocorre aqui 
nos linfonodos, onde os antígenos não só encontram sua 
destruição, mas também ativam os linfócitos B e T, 
acrescentando-os ao valioso suprimento corporal de 
linfócitos de memória que oferecem imunidade de longo 
prazo. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
↠ Os linfonodos possuem duas regiões distintas em 
termos histológicos: um córtex externo (“casca externa”) 
e uma medula (“média”) perto do hilo. (MARIEB, 7ª ed.) 
BAÇO 
↠ O baço, macio e rico em sangue, é o maior órgão 
linfático e seu tamanho varia bastante entre os indivíduos, 
mas em média ele tem o tamanho de um punho. Esse 
órgão ímpar, situado no quadrante superior esquerdo da 
cavidade abdominal logo depois do estômago, tem a 
forma de uma água-viva e uma superfície anterior 
côncava. (MARIEB, 7ª ed.) 
8 
 
 
@jumorbeck 
 
↠ O baço tem duas grandes funções de limpeza 
sanguínea: remoção dos antígenos transportados pelo 
sangue (sua função imune) e remoção e destruição de 
células sanguíneas velhas ou defeituosas. (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ É circundado por uma cápsula fibrosa a partir da qual 
trabéculas se estendem para dentro. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
↠ O parênquima do baço é formado por dois tipos 
diferentes de tecido, chamados: 
➢ A polpa branca é composta por tecido linfático, 
que consiste principalmente em linfócitos e 
macrófagos dispostos em torno de ramos da 
artéria esplênica chamados de artérias centrais. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
➢ A polpa vermelha é constituída por seios 
venosos cheios de sangue e cordões de tecido 
esplênico chamado cordões esplênicos ou 
cordões de Billroth. Os cordões esplênicos são 
constituídos por eritrócitos, macrófagos, 
linfócitos, plasmócitos e granulócitos. As veias 
estão intimamente associadas à polpa vermelha. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
 
 
TONSILAS 
↠ As tonsilas são intumescências da mucosa que reveste 
a faringe.Existem quatro grupos de tonsilas: 
➢ O par de tonsilas palatinas situa -se diretamente 
posterior à boca e ao palato, na parede lateral 
da faringe. Essas são as maiores tonsilas e as que 
são infectadas e removidas com mais frequência 
durante a infância, em um procedimento 
cirúrgico chamado tonsilectomia. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ A tonsila lingual situa -se na superfície posterior 
da língua. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ A tonsila faríngea (adenoides) situa -se no teto 
faríngeo. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ A tonsila tubária situa-se posteriormente ao 
ósteo faríngeo da tuba auditiva. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
↠ Os quatro grupos de tonsilas são organizados em um 
anel em volta da entrada da faringe para reunir e remover 
muitos patógenos que entram na faringe pelo ar inspirado 
e pelo alimento deglutido. As tonsilas processam os 
antígenos e depois iniciam as respostas imunes. (MARIEB, 
7ª ed.) 
↠ Assim como todas as mucosas, as tonsilas consistem 
em um epitélio sustentado por uma lâmina própria de 
tecido conjuntivo. Nas tonsilas, a lâmina própria subjacente 
consiste em uma quantidade abundante de tecido linfático 
associado à mucosa (MALT). (MARIEB, 7ª ed.) 
 
9 
 
 
@jumorbeck 
NÓDULOS LINFÁTICOS AGREGADOS E O APÊNDICE 
↠ Muitas bactérias habitam permanentemente o interior 
oco dos intestinos e infectam permanentemente as 
paredes dos intestinos. Para combater esses invasores, o 
MALT é especialmente abundante no intestino. Na 
verdade, em duas partes do intestino o MALT é grande, 
permanente e repleto de linfócitos. Essas estruturas são 
os nódulos linfáticos agregados e o apêndice. (MARIEB, 7ª 
ed.) 
➢ Nódulos linfáticos agregados são agrupamentos 
de folículos linfáticos nas paredes da parte distal 
(íleo) do intestino delgado. (MARIEB, 7ª ed.) 
➢ O tecido linfático também é altamente 
concentrado na parede do apêndice 
vermiforme, uma expansão tubular da primeira 
parte (ceco) do intestino grosso. Cortes 
histológicos revelam que o tecido linfático denso 
ocupa de maneira uniforme mais da metade da 
espessura da parede do apêndice. (MARIEB, 7ª 
ed.) 
↠ Além de destruir os microrganismos que os invadem, 
os nódulos linfáticos agregados e o apêndice colhem 
amostras de muitos antígenos diferentes de dentro do 
tubo digestório e geram uma ampla gama de linfócitos de 
memória para proteger o organismo. (MARIEB, 7ª ed.) 
Os vasos linfáticos carreiam fluidos e proteína plasmática que tenham 
extravasado para o espaço intersticial dos tecidos de volta para o 
sistema cardiovascular, enquanto os órgãos linfoides - que incluem 
medula óssea, timo, linfonodos, baço e tonsila - têm função de 
produzir, manter e distribuir os linfócitos. (NAGATA; MARQUES, 2015) 
TRANSTORNOS DOS VASOS LINFÁTICOS 
Quilotórax (“quilo no tórax”) é o vazamento de linfa gordurosa (quilo) 
do ducto torácico para a cavidade da pleura, no tórax, e é provocado 
por laceração ou bloqueio do ducto torácico em decorrência de 
trauma ou compressão no tórax provocados por um tumor vizinho. 
Pode haver complicações resultantes (1) de grandes quantidades de 
linfa na cavidade da pleura comprimindo e colapsando os pulmões, (2) 
problemas metabólicos causados pela perda de nutrientes gordurosos 
na circulação ou (3) redução do volume sanguíneo após a perda de 
líquido da circulação. (MARIEB, 7ª ed.) 
Linfangite é a inflamação de um vaso linfático. Assim como os grandes 
vasos sanguíneos, os vasos linfáticos são irrigados por sangue pelos 
vasos dos vasos (vasa vasorum). Quando os vasos linfáticos estão 
infectados ou inflamados, esses vasos ficam congestionados com 
sangue. Os vasos linfáticos superficiais tornam-se visíveis através da 
pele como linhas vermelhas sensíveis ao toque. (MARIEB, 7ª ed.) 
 
 
Mecanismos de combate ao linfedema 
↠ O linfedema é classificado como uma patologia crônica, 
complexa, que se manifesta pelo aumento de volume de 
uma determinada região do corpo, causado por distúrbio 
da circulação linfática. (NAGATA; MARQUES, 2015) 
↠ A etiologia e a fisiopatogenia do linfedema parecem 
ser multifatoriais e não entendidas completamente, visto 
que outros fatores também contribuem para o seu 
desenvolvimento. Esta patologia pode se desenvolver em 
qualquer tecido em que haja desequilíbrio entre o nível 
de filtração por capilares e drenagem linfática. (NAGATA; 
MARQUES, 2015) 
↠ O número de linfonodos ressecados está diretamente 
relacionado ao desenvolvimento do linfedema.. (CORDEIRO 
et. al., 2019) 
↠ O linfedema é uma doença crônica, progressiva e 
geralmente incurável, o que reforça a importância de 
intervenções precoces a fim de auxiliar essas mulheres a 
alcançar uma melhor qualidade de vida. Além disso, causa 
um incômodo físico e emocional para as mulheres 
mastectomizadas, sendo que muitas delas experimentam 
depressão e ansiedade. (CORDEIRO et. al., 2019) 
↠ A população de mulheres que cursam com câncer de 
mama está predisposta a adquirir o linfedema. (NAGATA; 
MARQUES, 2015) 
↠ Em todo o mundo, cerca de 140 milhões de pessoas 
são portadoras de linfedema, sendo 20 milhões no pós-
operatório de câncer de mama, representando 98% dos 
linfedemas de membros superiores. (NAGATA; 
MARQUES, 2015) 
↠ Os fatores associados ao risco de desenvolvimento do 
linfedema incluem dissecção axilar, obesidade, idade 
avançada, radioterapia, agressividade cirúrgica, infecção e 
preexistência de insuficiência do sistema linfático. 
(NAGATA; MARQUES, 2015) 
↠ Tendo o início insidioso em vários períodos após a 
abordagem axilar e com progressão para condição visível 
e de comprometimento grave do membro, podendo 
variar de leve e pouco evidente no estágio inicial, a grave 
em estágios avançados. (NAGATA; MARQUES, 2015) 
↠ A presença de comunicações linfovenosas 
funcionantes em mulheres tratadas por câncer de mama 
pode contribuir para prevenção de linfedema. (NAGATA; 
MARQUES, 2015) 
10 
 
 
@jumorbeck 
↠ Segundo a Sociedade Americana de Câncer e o 
consenso da Sociedade Internacional de Linfologia a 
Fisioterapia Complexa Descongestiva (FCD) é o principal 
tratamento para linfedema. Este programa inclui 
drenagem linfática manual, bandagens compressivas, 
cuidados com a pele, exercícios terapêuticos combinados 
e treinamento dos pacientes para autoaplicação das 
técnicas. (NAGATA; MARQUES, 2015) 
↠ Devido à função de reabsorção de fluidos no espaço 
intersticial (espaço entre os capilares sanguíneos e as 
células), o SL representa papel fundamental para o 
equilíbrio hídrico. Qualquer disfunção na atividade desse 
sistema pode acarretar em um acumulo de liquido no 
tecido intersticial, resultando em edema. (MARQUES; 
SILVA, 2020) 
 
↠ As principais alterações fisiológicas envolvidas no 
processo de formação de edema são a integridade 
vascular e o desequilíbrio das forças de Starling. 
(MARQUES; SILVA, 2020) 
Vasos linfáticos e edema 
Uma região do corpo cujos vasos linfáticos tenham sido bloqueados 
ou removidos fica inchada, com edema. O edema do braço costuma 
vir após uma mastectomia (remoção de uma mama cancerosa) na 
qual os vasos e nódulos linfáticos que drenam o braço são removidos 
da axila. O edema grave pode continuar por vários meses, até os vasos 
linfáticos crescerem novamente. (Os vasos linfáticos regeneram-se 
muito bem e podem crescer até mesmo no tecido cicatricial.) Como 
essa condição, chamada linfedema do braço, é muito desconfortável 
e difícil de tratar, os cirurgiões que realizam as mastectomias 
atualmente são incentivados a abandonar o procedimento padrão, 
agressivo, de remover todos os linfonodos axilares, para em vez disso, 
remover apenas os nódulos para os quais o câncer provavelmente se 
espalhou. (MARIEB, 7ª ed.) 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
↠ Trata-se de uma técnica de massagem que visa 
estimular o correto funcionamento do SL, aumentando a 
oxigenação tecidual e diminuído o edema causado por 
acumulo de liquido. (MARQUES; SILVA, 2020) 
↠ De acordo a Sociedade Brasileirade Dermatologia 
(2017): A drenagem linfática tem como objetivo aumentar 
o volume da linfa a ser transportada pelos vasos e ductos 
linfáticos, por meio de manobras que imitem o 
bombeamento fisiológico. Ela tem influência direta no 
aumento da oxigenação dos tecidos favorecendo a 
eliminação de toxinas e metabolitos, aumenta a absorção 
de nutrientes por meio do trato digestório, aumenta a 
quantidade de líquidos a ser eliminada e melhora as 
condições de absorção intestinal, dentre outras funções. 
(MARQUES; SILVA, 2020) 
↠ A drenagem linfática tem o papel de agir sobre o 
linfedema, evitando possíveis complicações e 
restabelecendo a drenagem local normal no membro 
afetado. Porém, os melhores resultados aparecem quando 
há intervenção precoce do profissional fisioterapeuta no 
pós-operatório e, também, quando o tratamento tem 
início ainda na fase pré-operatória. (CORDEIRO et. al., 2019) 
↠ Todas as técnicas de DLM consistem na associação 
de três categorias de manobras: captação, reabsorção e 
evacuação da linfa. As manobras são realizadas com 
pressões suaves, lentas, intermitentes e relaxantes, 
dividem a drenagem linfática em duas leis: (MARQUES; 
SILVA, 2020) 
1- a drenagem linfática manual deve obedecer ao 
sentido do fluxo, pois se for realizada em sentido 
contrário pode forçar a linfa Cintra as válvulas, 
podendo danifica-las e, consequentemente, 
destruir um ‘coração linfático’. 
2- os linfonodos constituem naturalmente barreiras 
limitantes e funcionam como filtros do sistema; 
portanto são limitadores da velocidade de 
drenagem. Deste modo, devemos obedecer a 
capacidade de filtração dos linfonodos, 
controlando a velocidade da drenagem e a 
pressão exercida. 
↠ Vale ressaltar que o corpo humano realiza de forma 
natural o processo de drenagem de líquidos, porém, em 
casos de patologias esse processo fica mais lento ou 
defeituoso. Deste modo, a DL é um mecanismo que ajuda 
o organismo a reestabelecer o equilíbrio através do 
estímulo no fluxo da linfa. (MARQUES; SILVA, 2020) 
Aspectos éticos no uso da imagem e voz de pacientes 
↠ As pessoas, quando hospitalizadas, encontram-se em 
uma situação de extrema fragilidade, na qual, muitas 
11 
 
 
@jumorbeck 
vezes, necessitam de cuidados que invadem sua 
intimidade. (CAIRES et. al., 2015) 
↠ O uso do telefone celular com câmera fotográfica por 
muitos profissionais da saúde tem facilitado a captura e a 
reprodução de imagens dos pacientes no momento de 
seu atendimento, principalmente dos pacientes com 
comprometimento do nível de consciência. (CAIRES et. al., 
2015) 
↠ Assim, pode-se dizer que a imagem, enquanto um 
bem jurídico, torna-se facilmente violável em função da 
facilidade e da rapidez com que pode ocorrer sua 
captação e transmissão. (BENEDICTO et. al., 2019) 
↠ Especialmente neste início de milênio, têm sido 
percebidos abalos éticos quanto à privacidade e à 
confidencialidade das informações, o que contraria os 
preceitos dos códigos de ética profissionais, que possuem 
recomendações de normas para uma adequada atuação, 
de modo a garantir a privacidade em diferentes contextos. 
(BENEDICTO et. al., 2019) 
↠ O Código de Ética Médica, por exemplo, veda ao 
médico: fazer referência a casos clínicos identificáveis, 
exibir pacientes ou seus retratos em anúncios 
profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em 
meios de comunicação em geral, mesmo com 
autorização do paciente. (BENEDICTO et. al., 2019) 
↠ Problemas éticos envolvendo imagens do paciente 
têm sido bastante discutidos, e repercutem nas 
legislações vigentes. Nessa esteira, o Conselho Federal de 
Medicina (CFM) alterou as normas de conduta profissional 
em relação à imagem do paciente. Segundo a nova 
Resolução CFM 2.126/2015, que reformula a de 2011, 
médicos não podem divulgar selfies em situações de 
trabalho ou durante procedimentos, sobretudo para 
comparar resultados de intervenções estéticas. LEAL et. 
al., 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
SOBRE OS DIREITOS DE IMAGEM 
A amostra do estudo foi constituída por enfermeiros, auxiliares e 
técnicos de enfermagem, médicos residentes e fisioterapeutas, que 
desempenhavam suas atividades no ambiente hospitalar. Aplicação de 
questionário com 360 profissionais da saúde. (CAIRES et. al., 2015) 
A maior parte dos participantes (81,3%) afirmou que presenciou algum 
outro profissional de saúde fazendo imagens de pacientes, dos quais 
9,7% haviam presenciado uma vez, 23,3% de duas a quatro vezes, 
48,3% mais de quatro vezes, 5,3% relataram não lembrar e 13,3% 
não presenciaram. (CAIRES et. al., 2015) 
Quando perguntado se o profissional já havia fotografado ou filmado 
pacientes no último ano, 57,8% afirmaram que sim, e 71,1% disseram 
não ter fotografado ou filmado alguém inconsciente. Dentre os 
profissionais que responderam afirmativamente sobre ter captado 
imagens (n=147), a maioria relatou ter solicitado autorização verbal 
(61,2%) e a minoria solicitou autorização escrita (10,9%). (CAIRES et. al., 
2015) 
Dos 147 participantes que afirmaram ter feito imagens, 41,5% (n=61) 
usaram para apresentação de casos clínicos e estudos, 12,2% (n=18) 
mostraram para amigos e parentes fora do trabalho, e 0,7% (n=1) 
publicou em redes sociais. (CAIRES et. al., 2015) 
Embora este estudo tenha verificado que os profissionais participantes 
usaram autorização verbal, o processo de consentimento deve se dar 
de forma escrita. É importante ter provas documentais para apoiar a 
defesa jurídica, quando necessário. (CAIRES et. al., 2015) 
 
CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES SOBRE DIREITOS DE 
IMAGEM 
Entre os 263 participantes, 51% (n=134) cursavam medicina e 49% 
(n=129), odontologia. (LEAL et. al., 2018) 
Entre os estudantes que responderam positivamente sobre a captura 
de imagens (n=115), a maior parte relatou ter solicitado autorização 
verbal (63%, n=72), e apenas 23% (n=26) pediram autorização escrita 
ou registraram a prática no prontuário, (10%, n=11). (LEAL et. al., 2018) 
Entre os principais motivos da captura de imagem em meio acadêmico 
destacam-se: relato de caso (56%, n=64); discussão com colegas 
(35%, n=40); e publicação de trabalhos em revistas ou congressos 
(22%, n=25). Outros motivos incluem apresentação de seminários em 
atividades acadêmicas (n=4) e recordação ou publicação em redes 
sociais (n=8), totalizando 10%. (LEAL et. al., 2018) 
Os resultados da presente pesquisa demonstraram que a maioria dos 
estudantes (98,5%, n=259) estava ciente da relevância de preservar 
a imagem do indivíduo. No entanto, muitos deles desconheciam a 
importância de solicitar autorização escrita e a forma correta de fazê-
lo. Além disso, a maioria (73%, n=192) desconhecia a existência de 
dispositivos legais e legislações específicas acerca do uso de imagens 
do paciente. (LEAL et. al., 2018) 
 
 
 
12 
 
 
@jumorbeck 
Referências: 
NAGATA, Karoliny S.; MARQUES, Samara M. O efeito da 
bandagem elástica funcional em linfedema pós 
mastectomia. Trabalho de Conclusão de Curso, SP, 2015. 
CORDEIRO et. al. Relação do linfedema e da fisioterapia na 
qualidade de vida de pacientes com câncer de mama. 
FisiSenectus, v.7, n.2, julho-dezembro, 2019. 
MARQUES, T. M. L. S.; SILVA, A. G. Anatomia e fisiologia 
do sistema linfático: processo de formação de edema e 
técnica de drenagem linfática. Scire Salutis, v. 10, n. 1, 
outubro 2019 – janeiro 2020, 2020. 
CAIRES et. al. Conhecimento dos profissionais de saúde 
sobre os direitos de imagem do paciente, 2015. 
BENEDICTO et. al. Uso de imagens de pacientes em redes 
sociais: como percebem e agem os fonoaudiólogos? 
CoDAS, v. 31, n. 2, 2019. 
MARIEB, Elaine. Anatomia humana. Tradução Lívia Cais, 
Maria Silene de Oliveira e Luiz Cláudio Queiroz. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2014. 
TORTORA, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia / 
Gerard J. Tortora, Bryan Derrickson; tradução Ana 
CavalcantiC. Botelho... [et al.]. – 14. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2016. 
GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica, 13ª ed. 
Editora Elsevier Ltda., 2017 
LEAL et. al. O conhecimento dos estudantes sobre direito 
de imagem do paciente. Revista Bioética, v. 26, n.4, Brasília, 
2018

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