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Produtos_Chineses_Na_Economia_Nordestina

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Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Maria Cristina Pereira de Melo, Carlos Américo Leite Moreira
PRODUTOS CHINESES NA ECONOMIA
NORDESTINA: UMA AVALIAÇÃO DE
SETORES SELECIONADOS
Maria Cristina Pereira de Melo
Doutora em E conomia pela Universidade de Paris, Professora e
Pesquisadora do Departamento de Teoria E conômica da Faculdade de
E conomia, A dministração, Contabilidade e A tuarias da Universidade
Federal do Ceará, Membro do Grupo de Pesquisa Região, Indústria e
Competitividade (RIC) da Universidade Federal do Ceará
 cmelo@ netbandalarga.com.br
Carlos Américo Leite Moreira
Doutor em E conomia pela Universidade de Paris, Professor e
Pesquisador do Departamento de Teoria E conômica da Faculdade de
E conomia, A dministração, Contabilidade e A tuarias e do Mestrado
em L ogística e Pesquisa Operacional da Universidade Federal do
Ceará, Membro do Grupo de Pesquisa Região, Indústria e
Competitividade (RIC) da Universidade Federal do Ceará
americo@ ufc.br
RESUMO
A trajetória do comércio externo brasileiro no período recente
está fortemente relacionada com a expansão do comércio
exterior da economia chinesa. As trocas comerciais da Região
Nordeste com a China também tomaram impulso no perío-
do analisado e é responsável por grande parte do crescimento
da corrente de comércio regional com o mundo. O artigo visa
analisar a introdução, no período 2002-2007, de produtos
chineses na economia nordestina a partir de setores seleciona-
dos. Para efeito de análise, foram selecionados os grupos de
produtos que fazem parte de segmentos tradicionais da estru-
tura produtiva da Região. O conjunto de setores selecionados
vem apresentando trajetória crescente, particularmente o setor
de calçados, e de maneira sustentada nos últimos anos, apesar
de haver registrado comportamentos díspares entre eles no
que se refere à intensidade dos ganhos e das perdas de
posição na pauta regional.
Palavras-chave: Comércio Exterior. Competitividade. Indús-
tria. Região Nordeste do Brasil. China.
The growth of the Brazilian foreign trade in recent period is strongly
related to the expansion of foreign trade of the Chinese economy.
Trade with the Northeast Region of China also took momentum in
the period studied and is responsible for most of the growth of the
current regional trade with the world. The article aims to analyze the
introduction (in the period 2002-2007) of Chinese goods in the
Northeast economy from selected sectors. For purposes of analysis, we
selected groups of products that are part of traditional segments of
the productive structure of the region. The selected set of sectors has
been showing increasing growth, particularly the sector of footwear
and sustained in recent years, despite having registered disparate
behavior in regards to the intensity of gains and losses of staff
position regionally.
Key words: Foreign Trade. Competitiveness. Industry. Braz ilian
Northeastern Region. China
ABSTRACT
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Produtos Chineses na E conomia Nordestina: uma avaliação de setores selecionados
1 INTRODUÇÃO
A trajetória do comércio externo brasileiro no período
recente está fortemente relacionada com a expansão do comér-
cio exterior da economia chinesa. Se, de um lado, o crescimento
das exportações brasileiras tem se apoiado, em certa medida,
no incremento da demanda chinesa, de outro, as compras
oriundas dessa origem respondem de maneira decisiva pelo
aumento das importações totais efetuadas pela economia bra-
sileira. Em 2007, a China respondeu por 10,3% da parcela do
aumento das vendas totais brasileiras e 13% das compras. Nesse
ano, as vendas brasileiras para esse país cresceram 27,9% e re-
presentaram 6,7% do total da pauta exportadora, enquanto as
compras incrementaram 58% e totalizam 10,5% da pauta im-
portadora (BRASIL, 2008).
As trocas comerciais da Região Nordeste com a China
também tomaram impulso no período recente e é responsável
por grande parte do crescimento da corrente de comércio regio-
nal com o mundo. De fato, a partir de 2003, as vendas externas
nordestinas para a China cresceram, em média, 68% ao ano e as
compras registraram crescimento médio anual de 64%. A parti-
cipação desse destino no comércio externo nordestino vem au-
mentando ano após ano com importância cada vez maior des-
sas transações para a dinâmica das trocas externas da Região.
Em 2007, a participação tanto das vendas como das compras
externas nordestinas para a China foi quatro vezes maior da-
quela registrada em 2002.
O artigo visa avaliar a introdução, no período 2002-2007,
de produtos chineses na economia nordestina a partir de seto-
res selecionados, os quais foram escolhidos por fazer parte de
três setores produtivos com significativa importância para a eco-
nomia regional, quais sejam: têxtil, vestuário e calçados. Além
disso, esses setores permeiam, com menor ou maior grau de
importância, a estrutura produtiva de todos os Estados da Re-
gião; portanto, avaliar as especificidades e o ritmo de entrada de
produtos chineses nesse espaço econômico revela-se importan-
te para a estratégia competitiva da produção nordestina.
2 ASPE CTOS ME TODOLÓGICOS
O período em análise corresponde aos anos 2002-2007,
mais precisamente o período que corresponde à expansão ocor-
rida no comércio exterior do Brasil e o estabelecimento da Chi-
na como importante parceiro comercial do País.
Inicialmente, apresenta-se um perfil geral das trocas bila-
terais entre os dois países nesse período. Observa-se o movi-
mento das vendas e das compras do Brasil com a China, a
evolução do saldo no período, os setores relacionados a essa
corrente de comércio. Para compor a análise, utilizam-se indica-
dores de concentração das transações comerciais e das trocas
intrassetoriais entre os dois países.
O nível de concentração das exportações de uma econo-
mia é um importante norteador na análise da vulnerabilidade
de seu comércio externo, tendo em vista que quanto mais con-
centradas estiverem as exportações, em poucos setores e em
poucos países de destino, mais a economia estará sujeita às
flutuações de demanda, o que pode implicar mudanças bruscas
2
100. i
i
X
IC
X
   
 

nas suas receitas de exportação. Maior concentração na pauta
exportadora de uma economia reduz as potencialidades de ex-
pansão do comércio e compromete o setor externo, uma vez
que o desempenho fica associado a poucos setores e/ou a pou-
cos destinos. O grau de concentração está diretamente relaciona-
do com a especialização da produção e os ganhos de escala.
Dois indicadores complementares (aplicados ao comércio
bilateral com a China) fornecem uma caracterização aprofundada
dessas trocas: o grau de concentração das trocas do país e o nível
do comércio intrassetorial.
O coeficiente de Gini-Hirschman (IC) é o indicador mais
utilizado para a análise de concentração setorial das exportações.
Esse índice é dado pelo somatório dos quadrados da participa-
ção de cada setor nas exportações/importações totais do Esta-
do. Quanto maior o grau de diversificação das exportações/
importações mais próximo de zero estará o índice.
Utiliza-se o coeficiente de Gini-Hirchman, expresso da
seguinte forma:
Onde X representa o total das exportações totais do Es-
tado e X
i
 o total das exportações do setor i. O valor do coefici-
ente de IC pode assumir grandezas de 0 a 100. ICX próximo de
zero indica maior diversificação da pauta exportadora da econo-
mia observada, ou seja, maior número de setores e mais uni-
forme distribuição das vendas entre eles. O limite inferior do
indicador de concentração de uma dada economia está direta-
mente relacionado com o número de setores que efetivamente
exportam. ICX próximo de 100 corresponde a um forte grau
de concentração, isto é, o comércio está concentrado em poucos
setores. Isso expressa alta especialização da economia, a qual
tem seu desempenho externo vinculado a poucos setores, o
que a torna muitovulnerável às oscilações da demanda. Existe
correlação negativa entre o indicador de concentração e o nível de
desenvolvimento da economia. O mesmo indicador é usado
para as importações (ICM); com ICM tendendo a 100 as com-
pras estão concentradas em poucos setores, o que evidencia
uma economia pouco dinâmica com baixo nível de consumo e
produção pouco diversificada. De outro lado, com o indicador
tendendo a zero demonstra que a economia é bastante dinâmi-
ca na produção e no consumo. Aqui também se estabelece cor-
relação negativa entre o indicador e o nível de desenvolvimento.
O comércio intrassetorial estabelecido entre duas econo-
mias é definido a partir das transações de exportações e impor-
tações efetuadas simultaneamente com produtos pertencentes
ao mesmo setor. Por extensão, o comércio intersetorial expres-
sa o intercâmbio estabelecido de produtos oriundos de setores
diferentes no mesmo período entre duas economias. O comér-
cio intersetorial reflete as vantagens comparativas da economia
analisada. Na estrutura de trocas, a economia, abundante em
capital, é, por excelência, exportadora de artigos manufaturados
intensivos em capital e importadora de bens intensivos em
trabalho. De seu lado, o comércio intrassetorial não reflete as
vantagens comparativas e, sim, as economias de escala presen-
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Maria Cristina Pereira de Melo, Carlos Américo Leite Moreira
  1 / 100IS Xi Mi Xi Mi      
 
 
Mundo China 
Ano 
Exportações Importações Saldo E xportações Importações Saldo 
X China/ 
X Mundo 
(%) 
M China/ 
M Mundo 
(%) 
2002 60.439 47.243 13.196 2.521 1.554 967 4,17 3,29 
2003 73.203 48.326 24.878 4.533 2.148 2.386 6,19 4,44 
2004 96.678 62.836 33.842 5.442 3.710 1.731 5,63 5,91 
2005 118.529 73.600 44.929 6.835 5.355 1.480 5,77 7,28 
2006 137.807 91.351 46.457 8.402 7.990 412 6,10 8,75 
2007 160.649 120.624 40.025 10.749 12.619 -1.870 6,69 10,46 
 
 
Tabela 1: Brasil: Evolução do Saldo da Balança Comercial (2002 - 2007) (US$ Milhões)
Fonte: Brasil (2008). E laborada pelos autores.
tes em cada economia, que podem jogar papel independente na
troca internacional, com as empresas das duas economias
transacionando bens diferenciados impulsionadas pela deman-
da (KRUGMAN&OBSTFELD, 1995, p.154). O desenvolvi-
mento e a convergência progressiva dos níveis de renda e da
complexidade tecnológica conduzem às trocas intrassetoriais
mais acentuadas comparativamente às trocas intersetoriais. Eco-
nomias com níveis de desenvolvimento semelhantes tendem a
efetuar trocas intrassetoriais mais intensas.
O indicador de comércio intrassetorial (IS) utilizado para
estimar a intensidade das trocas de produtos do mesmo setor é
o coeficiente Grubel-Lloyde (1975), apresentado como se segue:
Por fim, orienta-se o estudo em direção aos produtos do
setor calçadista nos Estados da Bahia, Paraíba e do Rio Grande
do Norte. O setor calçadista é relevante para a estrutura produ-
tiva dos Estados nordestinos, em particular dos já citados, na
geração de emprego e renda e, ao longo da última década, vem
ganhando posição na pauta de exportação regional. A análise
da entrada de produtos chineses na Região permite evidenciar
se está ocorrendo um processo de complementaridade no se-
tor ou substituição da produção interna pela importação. Uma
avaliação dessa natureza pode ajudar a entender em que medi-
da a concorrência externa, no caso a chinesa, poderia afetar a
economia nordestina.
Dessa forma, utiliza-se como fonte de dados o sistema
Alice do Ministério do Desenvolvimento e da Indústria e Co-
mércio, cuja base de informações classifica os setores de 01 a 99 e
segue a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) utili-
zada pela Secretaria de Comércio Exterior do referido Ministé-
rio. O conjunto de dados oferece para cada Estado, em particu-
lar, as pautas de exportação e importação em nível de capítulo
com dois dígitos (aqui denominados de setores) e oito dígitos
para o detalhamento de produtos, o que permite identificar se o
setor exporta/importa bens finais e/ou intermediários.
3 FLUXOS COME RCIAIS E NTRE O BRASIL E A CHI-
NA NO PE RÍODO 2002-2007
O comércio bilateral Brasil-China entre 2002 e 2007 revela
a ocorrência de superávits significativos até 2006, quando se
interrompeu a tendência no último ano da série. O ponto de
inflexão, que ocorreu em 2007, está associado a um incremento
substancial das compras, principalmente nos dois últimos anos.
Vale destacar que as vendas destinadas àquele país continuaram
crescendo, apesar da apreciação do Real.
Onde X
i 
representa as exportações do setor i, e M
i
 as im-
portações do setor i.
O IS fornece a medida do comércio intrassetorial para o
conjunto do setor industrial e não do produto. Esse indicador
varia de grandeza de 0 a 100. Um valor próximo de 100 expressa
comércio intrassetorial muito elevado, o que significa que quase
todo o comércio é intrassetorial e, nesse caso, as vantagens com-
parativas não explicam as trocas, que estão associadas às econo-
mias de escala e ao grau de diferenciação dos produtos. Quando
o indicador se aproxima de zero, fica evidenciado que as trocas se
relacionam às fontes tradicionais de vantagens comparativas, isto
é, à dotação de fatores. É bom ressaltar que esse indicador ex-
pressa o total das trocas ocorridas dentro do mesmo setor, seja
o comércio de bens intermediários contra bens finais como tam-
bém trocas de produtos com variedade ou qualidade diferente.
Em seguida, avalia-se o comportamento de determina-
dos produtos oriundos da China na pauta regional, os quais
são importantes na estrutura produtiva no Nordeste. Os pro-
dutos selecionados fazem parte dos capítulos classificados pela
Nomenclatura Comum do Mercosul como sendo: (52) algo-
dão, (54) filamentos sintéticos ou artificiais, (55) fibras sintéticas
ou artificiais, descontínuas, (60) tecidos de malha, (61) vestuá-
rio e seus acessórios, de malha, (62) vestuário e seus acessórios,
exceto de malha e (64) calçados, polainas e artefatos semelhan-
tes, e suas partes.
Na verdade, o comércio com a China se expandiu além da
média geral tanto no que diz respeito às importações (58%) e às
exportações (28%) quanto à retração do excedente comercial. Em
todo o período observado, a participação da China no total das
importações brasileiras passou de 3% para 11%, e a parcela das
exportações de 4% para 7%. O avanço mais significativo de pro-
dutos chineses no mercado interno a partir de 2004, em setores
dinâmicos e tradicionais, foi determinante para esse cenário.
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Produtos Chineses na E conomia Nordestina: uma avaliação de setores selecionados
 
 
NCM Setores 2002 2003 2004 2005 2006 2007 
26 Minérios, Escórias e Cinzas 0,2415 0,1707 0,2148 0,2768 0,3197 0,3543 
12 Sementes e Frutos Oleaginosos, Grãos, Sementes, etc. 0,3275 0,2896 0,2980 0,2512 0,2894 0,2635 
27 Combustíveis Minerais, Óleos Minerais, etc. Ceras Minerais 0,0000 0,0053 0,0403 0,0816 0,0995 0,0782 
41 Peles, E xceto a Peleteria (Peles com Pelo), e Couros 0,0350 0,0257 0,0360 0,0366 0,0454 0,0456 
47 Pastas de Madeira ou Matérias Fibrosas Celulósicas, etc. 0,0453 0,0586 0,0489 0,0395 0,0453 0,0394 
72 Ferro Fundido, F erro e Aço 0,0555 0,1665 0,0769 0,0772 0,0208 0,0313 
15 Gorduras, Óleos e Ceras Animais ou Vegetais, etc. 0,0502 0,0596 0,0912 0,0252 0,0139 0,0300 
24 Fumo (Tabaco) e Seus Sucedâneos Manufaturados 0,0275 0,0123 0,0187 0,0364 0,0092 0,0252 
84 Reatores Nucleares, Caldeiras, Máquinas, etc., Mecânicos 0,0432 0,0454 0,0354 0,0379 0,0329 0,0219 
74 Cobre e Suas Obras 0,0006 0,0020 0,0019 0,0014 0,0044 0,0210 
 Total 0,8264 0,8356 0,8623 0,8638 0,8805 0,9104 
 
 
Mundo China 
ANO 
ICX ICM ICX ICM 
2002 19,26 29,69 42,51 36,93 
2003 19,74 29,06 39,21 39,63 
2004 20,07 29,85 39,72 42,00 
2005 21,16 30,43 40,01 44,12 
2006 20,96 30,25 45,05 44,35 
2007 20,56 29,65 45,68 40,34 
Tabela 2: Brasil: Índice deConcentração das E xportações e
Importações (2002 - 2007)
Fonte: Brasil (2008). E laborada pelos autores.
Ano Mundo China 
2002 46,52 14,79 
2003 47,25 14,30 
2004 45,28 16,95 
2005 48,91 15,62 
2006 52,26 13,79 
2007 51,95 12,22 
Tabela 3: Brasil: Indicado de Comércio Intrassetorial
Fonte: Brasil (2008). E laborada pelos autores.
Tabela 4: Brasil: Principais Setores Exportadores de 2007 (2002 - 2007) (Participação)
Fonte: Brasil (2008). E laborada pelos autores.
71,9%73,0%
62,8%
57,4%
50,1%
62,9%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Ano
 
 
 
 
Gráfico 1: Participação das atividades agropecuária e extrativo-
mineral nas exportações a China (2002 - 2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborado pelos autores.
Com relação ao índice de concentração das exportações e das
importações, chama a atenção o maior grau de concentração tanto
das exportações como das importações do comércio bilateral Bra-
sil-China, comparativamente ao comércio do Brasil com o resto
do mundo, refletindo forte concentração em poucos setores.
A análise do perfil do comércio bilateral entre Brasil e Chi-
na nos últimos anos mostra que apenas dez setores responde-
ram por 91% do valor das vendas do País para a China em 2007.
Somente os capítulos (26) minérios, escórias e cinzas e (12) se-
mentes e frutos oleaginosas, grãos, sementes, entre outros, par-
ticipavam com mais de 60% das exportações brasileiras para este
país. Observa-se que a concentração nesses dez setores, com
predominante participação de produtos primários na pauta de
exportações brasileiras para a China, vem crescendo ano a ano.
De fato, as exportações brasileiras de produtos agropecuá-
rios e extrativo-minerais representaram mais da metade das ex-
portações brasileiras para a China no período analisado. Destaca-
se, nos últimos dois anos, 2006 e 2007, a participação relativa
daqueles produtos a qual chegou próximo de ¾ do valor total.
Já o indicador de comércio intrassetorial do Brasil com a
China revela uma configuração da corrente de comércio favorá-
vel às trocas intersetoriais. Em 2007, esse indicador chega a ser o
mais baixo do período, podendo significar que o Brasil tem
vendido para a China, sobretudo, bens pertencentes a setores
tradicionais da economia.
Apenas um único produto foi vendido em cada uma
dessas duas principais atividades econômicas exportadoras para
a China: soja e minério de ferro, que representaram cerca de
90% das exportações. Tal fato indica que o bom desempenho
recente das exportações do Brasil para a China tem sido reflexo
do dinamismo de produtos nos quais o Brasil é competitivo
em escala global.
No que se refere às importações originárias da China, vin-
te setores foram responsáveis por 91% da pauta de compras em
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Maria Cristina Pereira de Melo, Carlos Américo Leite Moreira
2007. Vale mencionar a forte participação do capítulo (85) má-
quinas, aparelhos e materiais elétricos, suas partes, etc., no total
importado da China, pouco mais de? das importações.
Diferentemente das exportações, os setores de destaque
nas importações são, na maior parte, produtos manufaturados.
As importações brasileiras da China vêm se mantendo estáveis
nesses setores durante o período analisado. Os vinte setores
selecionados responderam por 90%, em média, de todas as
importações do período.
4 SE TORE S SE LE CIONADOS: AVALIAÇÃO GE RAL
DA E NTRADA CHINE SA NA RE GIÃO
Produtos pertencentes aos setores selecionados foram
importados, em menor ou maior intensidade, no período 2002-
2007, por oito dos nove Estados da Região, exceção feita ao
Maranhão. Para esse conjunto de setores, os Estados do Piauí,
Rio Grande do Norte e de Sergipe não se revelaram significati-
vos importadores da China. Sem dúvida, a Paraíba vem se apre-
 
 
NCM Setores 2002 2003 2004 2005 2006 2007 
85 Máquinas, Aparelhos e Materiais E létricos, Suas Partes, etc. 0,2929 0,3298 0,3739 0,3993 0,3952 0,3423 
84 Reatores Nucleares, Caldeiras, Máquinas, etc., Mecânicos 0,1050 0,1001 0,1105 0,1421 0,1727 0,1860 
90 Instrumentos e Aparelhos de Óptica, Fotografia, etc. 0,0608 0,0623 0,0628 0,0691 0,0568 0,0555 
29 Produtos Químicos Orgânicos 0,1068 0,1010 0,0845 0,0740 0,0590 0,0495 
73 Obras de Ferro Fundido, Ferro ou Aço 0,0127 0,0115 0,0128 0,0159 0,0208 0,0261 
72 Ferro Fundido, Ferro e Aço 0,0039 0,0045 0,0070 0,0091 0,0117 0,0259 
31 Adubos ou Fertilizantes 0,0000 0,0015 0,0016 0,0000 0,0028 0,0254 
95 Brinquedos, Jogos, Artigos P/ Divertimento, Esportes, etc. 0,0227 0,0148 0,0181 0,0180 0,0189 0,0204 
27 Combustíveis Minerais, Óleos Minerais, etc. Ceras Minerais 0,1452 0,1435 0,0985 0,0347 0,0170 0,0192 
87 Veículos Automóveis, Tratores, etc. Suas Partes/ Acessórios 0,0124 0,0097 0,0127 0,0168 0,0173 0,0190 
39 Plásticos e Suas Obras 0,0109 0,0099 0,0108 0,0137 0,0196 0,0185 
54 Filamentos Sintéticos ou Artificiais 0,0174 0,0387 0,0392 0,0314 0,0253 0,0184 
60 Tecidos de Malha 0,0003 0,0002 0,0004 0,0019 0,0058 0,0166 
28 Produtos Químicos Inorgânicos, etc. 0,0214 0,0226 0,0186 0,0166 0,0146 0,0150 
62 Vestuário e Seus Acessórios, Exceto de Malha 0,0148 0,0121 0,0130 0,0151 0,0161 0,0147 
40 Borracha e Suas Obras 0,0038 0,0052 0,0070 0,0123 0,0133 0,0141 
64 Calçados, Polainas e Artefatos Semelhantes, e Suas Partes 0,0172 0,0149 0,0129 0,0152 0,0115 0,0123 
42 Obras de Couro, Artigos de Correeiro ou de Seleiro, etc. 0,0173 0,0121 0,0092 0,0111 0,0113 0,0106 
55 Fibras Sintéticas ou Artificiais, Descontínuas 0,0038 0,0044 0,0021 0,0029 0,0078 0,0100 
82 Ferramentas, Artefatos de Cutelaria, etc. de Metais Comuns 0,0057 0,0039 0,0045 0,0048 0,0060 0,0068 
 Total 0,8751 0,9027 0,8998 0,9042 0,9037 0,9063 
 
 
Tabela 5: Brasil: Principais Setores Importadores de 2007 (2002-2007) (Participação)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
A comparação da estrutura por atividade econômica das
exportações e das importações referentes ao comércio Brasil-Chi-
na revela ainda que duas atividades (siderurgia e calçados, couros
e peles) aparecem destacadamente nos fluxos em ambos os sen-
tidos. No caso da siderurgia, as exportações para a China estão
concentradas em laminados planos e em semimanufaturados de
aço e ferro, enquanto as importações consistem basicamente em
produtos metalúrgicos acabados. No caso do setor de calçados,
couro e peles, o Brasil exporta principalmente matérias-primas
para a confecção de calçados, com destaque para couros e peles
depilados, e tem importado, principalmente, sapatos prontos.
 
 
Capítulo Alagoas Bahia Ceará Maranhão Pernambuco Paraíba Piauí Rio G.Norte Sergipe 
52 0,0246 0,0394 0,1987 0,0000 0,1629 0,5624 0,0000 0,0121 0,0000 
54 0,0241 0,0146 0,5085 0,0000 0,1438 0,2880 0,0000 0,0000 0,0209 
55 0,0041 0,0384 0,6591 0,0000 0,0118 0,2496 0,0075 0,0186 0,0109 
60 0,0226 0,0221 0,2316 0,0000 0,2144 0,5094 0,0000 0,0000 0,0000 
61 0,4968 0,1457 0,0781 0,0000 0,0933 0,1859 0,0083 0,0000 0,0000 
62 0,2747 0,1827 0,1069 0,0000 0,0781 0,3385 0,0190 0,0000 0,0000 
64 0,0517 0,0823 0,0413 0,0000 0,0000 0,8087 0,0000 0,0160 0,0000 
 
 
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores. As participações sombreadas são aquelas correspondentes à maior que 10%.
Tabela 6: Nordeste: Participação dos Estados na importação regional da China dos capítulos 52, 54, 55, 60, 61, 62 e 64 (2007)
sentando como forte importador regional para o conjunto dos
referidos setores oriundos desse país e o maior comprador para
os capítulos 52, 60, 62 e 64. Os outros Estados têm o peso da
parcela relativa ao Nordeste variado nos citados setores, sendo
Alagoas e Bahia mais fortes na compras dos capítulos 61 e 62;
Ceará e Pernambuco dos capítulos 52, 54 e 60.
De um modo geral, o ritmo de entrada e crescimento do
valor total dos produtos importados pertencentes a esses setores
aceleraram a partir de 2005. Para o Estado da Bahia, as compras
desses produtos efetuadas da China não têm significância no
valor total de sua pauta importadora, apesar de revelar certopeso
em alguns segmentos na parcela relativa à Região como um todo.
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Produtos Chineses na E conomia Nordestina: uma avaliação de setores selecionados
O segundo setor em importância, no conjunto analisado,
é o (55) fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas. Esse setor,
em 2007, ficou posicionado em sexto lugar entre os mais pro-
curados pela Região originários da China, com participação de
3%. Apesar de vir sustentando crescimento em sua parcela na
pauta importadora regional desse país, o ritmo mais forte ocor-
 
 
NCM Setores 2002 2003 2004 2005 2006 2007 
64 Calçados, Polainas e Artefatos Semelhantes, e Suas Partes 0,0126 0,0010 0,0058 0,0103 0,0305 0,0384 
55 Fibras Sintéticas ou Artificiais, Descontínuas 0,0072 0,0036 0,0030 0,0089 0,0218 0,0338 
60 Tecidos de Malha 0,0035 0,0010 0,0000 0,0095 0,0138 0,0287 
54 Filamentos Sintéticos ou Artificiais 0,0636 0,1067 0,0614 0,0621 0,0311 0,0238 
62 Vestuário e Seus Acessórios, Exceto de Malha 0,0055 0,0014 0,0021 0,0094 0,0077 0,0135 
52 Algodão 0,0011 0,0013 0,0075 0,0044 0,0114 0,0051 
61 Vestuário e Seus Acessórios, Exceto de Malha 0,0001 0,0002 0,0004 0,0039 0,0041 0,0044 
 Total 0,0936 0,1152 0,0802 0,1085 0,1205 0,1477 
 
 
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Tabela 7: Nordeste: Setores Importadores Selecionados da China (2002-2007) (Participação)
O conjunto de capítulos selecionado correspondeu, em
2007, a 15% do valor total adquirido da China pelo Nordeste.
Esse conjunto vem apresentando trajetória crescente, e de ma-
neira sustentada, nos últimos anos, apesar de haver registrado
comportamentos díspares entre eles no que se refere à intensi-
dade dos ganhos e das perdas de posição na pauta regional.
Produtos Participação 
Calçados p/esportes, etc., de material têxtil 
sola borracha/plástico 
0,4636 
Calçados p/outros esportes, de borracha ou 
plástico 
0,2069 
Outros calçados cobertos tornozelos parte 
superior borracha, plástico. 
0,1510 
Outras partes de calçados, etc., de outras 
matérias 
0,0519 
Outros calçados cobertos tornozelos parte 
superior borracha, plástico. 
0,0412 
Calcados p/outros esportes, de couro natural 0,0269 
Outros calçados cobertos tornozelos parte 
superior borracha, plástico 
0,0153 
Outros calçados, sola exterior/couro natural 
coberto tornozelo 
0,0113 
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Tabela 8: Nordeste: Principais produtos importados da China
do Capítulo 64 (2007) (Participação no capítulo)
Entre esses setores, o mais representativo na pauta im-
portadora regional oriunda da China em 2007 é, sem dúvida, o
setor de calçados, o qual, neste ano, já ocupava a quarta posição
no rank ing, com 4%. Esse setor vem ganhando importância
relativa nessa pauta ao longo dos anos, registrando peso mais
relevante a partir de 2006. A importação regional de calçados da
China, no último ano observado, representou 87% do valor
total das compras desse setor vindas do resto do mundo. O
Estado da Paraíba foi, de longe, o maior importador da Região
dos produtos do setor, em 2007, cuja parcela foi de 80% do
valor total adquirido da China pelo Nordeste. A empresa
paraibana importadora de calçados de maior peso foi a São Pau-
lo Alpargatas S.A. A pauta desse setor foi a menos diversificada
em comparação com a dos outros selecionados nesse ano, com
destaque para as compras de calçados para esporte. No total,
foram adquiridos pela Região dezesseis itens diversos em 2007.
reu nos últimos dois anos. Em 2007, as compras dali advindas
totalizaram 41% do valor total adquirido pela Região do citado
setor. Os Estados do Ceará e da Paraíba foram, nessa ordem, os
mais importantes compradores dos produtos chineses desse
setor em 2007. O Nordeste comprou trinta e um itens diferen-
tes desse setor nesse ano, os quais foram utilizados como
insumos para a indústria têxtil local, no caso dos fios e das
fibras, e para a indústria de vestuário, no caso dos tecidos.
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Tabela 9: Nordeste: Principais produtos importados da China
do Capítulo 55 (2007) (Participação no capítulo)
Produtos Participação 
Fio de fibras artificiais>= 85%, simples 0,2524 
Fibras de raiom viscose, não cardadas, não 
penteadas, etc. 
0,2023 
Tecido de outras fibras de poliéster>= 85% 0,1964 
Outras fibras 0,1587 
Tecido de fibras de poliéster> =85%, crus ou 
branqueados 
0,0493 
Tecido de fibras artificiais>=85%, estampado 0,0252 
Fio de fibras de poliésteres>= 85%, simples 0,0200 
O terceiro grupo de produtos é representado pelo capítu-
lo (60), tecidos de malha, que se situou na oitava posição no
rank ing dos principais setores importadores da Região com ori-
gem na China em 2007. Esse setor também vem ocupado espa-
ço na pauta importadora desse país à semelhança do que ocorreu
com os dois setores anteriores. Em 2007, a parcela comprada da
China desse capítulo, no conjunto considerado, foi de cerca de
3% e essa origem foi responsável por 84% do valor de tudo que
foi adquirido do exterior do citado setor pela Região. Nesse ano,
os Estados importadores com importância foram os relaciona-
dos a seguir: Paraíba, Ceará e Pernambuco. São Estados com
importante indústria do vestuário e que, portanto, adquiriram
tecidos de malha os mais variados, em 2007, para ser transfor-
mados; foram comprados, ao todo, vinte itens diferentes.
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Maria Cristina Pereira de Melo, Carlos Américo Leite Moreira
O capítulo (62) vestuário e seus acessórios, exceto de malha,
por sua vez, foi o décimo sexto no rank ing dos principais im-
portadores da Região com origem no país em questão, tendo a
parcela correspondido a 1% do valor total da pauta regional no
último ano. Esse setor registrou trajetória de crescimento desde
2004, com pico de incremento das compras regionais em 2005.
Esse movimento pode ser corroborado pelo fato de que 81%
do total que a Região comprou ao exterior desse setor provie-
ram da China no último ano. Os Estados mais representativos
como compradores dos produtos chineses desse setor, em 2007,
foram, em ordem de importância: Paraíba, Alagoas, Bahia e
Ceará. Nesse caso, foram importados produtos de consumo
final que entraram com certa variedade na medida em que
totalizaram quarenta e nove itens diferentes de vestuário de
algodão e de fibras sintéticas/artificiais.
Tabela 10: Nordeste: Principais produtos importados da China
do Capítulo 60 (2007) (Participação no capítulo)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Em seguida, observa-se o capítulo (54), filamentos sinté-
ticos ou artificiais. Esse grupo esteve posicionado na décima
segunda colocação no rol dos setores importadores pela Região
vindos da China em 2007. E sse setor apresentou comporta-
mento oscilante no período quanto à sua importância relativa
na pauta importadora regional de origem chinesa. Depois de ter
participado com pouco mais de 10% do valor total das compras
vindas desse país em 2003, o setor retraiu as compras no ano
seguinte e ainda mais em 2006 e 2007. Deve-se salientar que, no
último ano, 34% do que foi adquirido do mundo desse capítu-
lo pela Região tiveram origem na China. Foram relevantes, em
2007, as compras efetuadas pelos Estados do Ceará e da Paraíba.
Aqui, também, os Estados que têm peso da indústria têxtil e
do vestuário na estrutura produtiva foram os principais com-
pradores dos trinta itens (fios e tecidos) adquiridos da China.
Tabela 11: Nordeste: Principais produtos importados da China
do Capítulo 54 (2007) (Participação no capítulo)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Produtos Participação 
Outros tecidos de malha, fibras sintéticas, tingidos 0,4313 
Tecidos de malha fibra sintética/artificial>30 cm, 
e>=5% 
0,2270 
Outros tecidos de malha, fibras sintética 
estampados 
0,1253 
Outros tecidos de malha, fibras artificiais tingidos 0,1076 
Tecidos de malha-urdidura, tingidos 0,0252 
Tecidos demalha-urdidura, c/fios diversas cores 0,0184 
Outros tecidos de malha, de algodão, estampados 0,0177 
Tecidos de malha-urdidura,tingidos 0,0141 
Produtos Participação 
Outros fios elastoméricos simples, 
torção<=50volt./metro 
0,6173 
Tecido de filamentos de poliéster não 
texturizado>=85% 
0,0763 
Tecido de filamentos poliéster texturizado>=85%, 
estampados 
0,0588 
Tecido de filamentos poliéster texturizado>=85%, 
tintos, c/borracha 
0,0370 
Fio texturizado de poliésteres 0,0274 
Tecido de filamentos artificiais>=85%, estampado 0,0251 
Fio elastomérico, de outros filamentos sintéticos 
simples, torção <=50v/m 
0,0222 
Tecido de fios de alta tenacidade, de raiom viscose 0,0208 
Tecido de filamento poliéster texturizado>=85%, 
crus/branqueados 
0,0189 
Tecido de filamento poliéster texturizado>=85%, 
fios diversas cores 
0,0139 
Outros fios texturizados, de náilon,titulo<=50tex 0,0108 
Produtos Participação 
Calças, jardineiras, etc., de fibra sintética, uso 
masculino 
0,1993 
Sutiãs e "bustiers" ("soutiens" de cós alto) 0,1169 
Paletós (casacos) de algodão 0,0996 
Ternos (fatos) de fibras sintéticas 0,0949 
Outros vestuários de fibras sintéticas/artificiais de 
uso masculino 
0,0896 
Mantos, impermeáveis etc., de lã ou pelos finos, 
uso feminino 
0,0586 
Outros vestuários de fibras sintéticas/artifi-ciais 
de uso feminino 
0,0396 
Camisas de fibras sintéticas/artificiais, uso 
masculino 
0,0366 
Camisas, blusas, etc., de fibras sintéticas/ 
artificiais, de uso feminino 
0,0259 
Outros vestuários de algodão, de uso masculino 0,0239 
Camisetas interiores, etc., de algodão, de uso 
masculino 
0,0231 
Calças, jardineiras, etc., de fibra sintética, uso 
feminino 
0,0229 
Calças, jardineiras, etc., de algodão, uso masculino 0,0207 
Outros sobretudos, etc., de fibras sintéticas/ 
artificiais, uso masculino 
0,0196 
Outros vestuários de lã ou pelos finos, de uso 
feminino 
0,0194 
Vestidos de fibras sintéticas 0,0153 
Gravatas, plastrons, etc., de outras matérias 
têxteis 
0,0128 
Camisas de algodão, de uso masculino 0,0103 
Calças, jardineiras, etc., de fibra sintética, uso 
masculino 
0,1993 
Sutiãs e "bustiers" ("soutiens" de cós alto) 0,1169 
Tabela 12: Nordeste: Principais produtos importados da China
do Capítulo 62 (2007) (Participação no capítulo)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
O setor (52) algodão não fez parte, em 2007, do conjunto
dos principais setores importadores da China pelo Nordeste,
ou seja, o conjunto formado por aqueles que somam 90% do
valor total da pauta. Nesse ano, o setor ocupou a vigésima
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Produtos Chineses na E conomia Nordestina: uma avaliação de setores selecionados
segunda posição na pauta importadora regional da China, com
participação abaixo de 1%, e apresentou trajetória de crescimen-
to instável ao longo do período considerado. A Região impor-
tou do setor de algodão chinês 33% do valor das compras
totais do citado setor. Os E stados da Paraíba, do Ceará e de
Pernambuco participaram com maior peso nas compras de
mercadorias desse capítulo em 2007. Apesar da fraca importân-
cia relativa para a Região, o setor revelou certa diversificação em
sua pauta, a qual expressou trinta e quatro itens diferentes.
no último ano. As empresas têxteis nordestinas importadoras
com maior representatividade para os segmentos fios e fibras
de toda ordem foram, em 2007, as cearenses TBM – Têxtil
Bezerra de Menezes S.A, Vicunha Têxtil S.A, e as paraibanas
CIPATEX do Nordeste e Avil Têxtil Ltda.
Produtos Participação 
Tecido algodão<85%, índigo blue/fibra 
sintética/art.p>200g/m2 0,0500 
Tecido algodão> =85%, estampado,ponto 
tafetá,100< p< =200g/m2 0,0378 
Tecido de algodão>=85%, tinto, ponto tafetá, 
100<p< =200g/m2 0,0319 
Tecido de algodão>=85%, fio 
color,denim,índigo, p> 200g/m2 0,0303 
Outros tecidos de algodão crus, 
sintética/artificial peso> 200g/m 0,0289 
Tecido de algodão>=85%,tinto, ponto. tafetá,
p< =100g/m2 0,0233 
Tecido de algodão>=85%,fio color.ponto 
tafetá,p< =100g/m2 0,0206 
Outros tecidos de algodão, branqueados, 
peso<= 200g/m2 0,0199 
Tecido algodão<85%, color/fibra 
sintética/artificial tafetá,p< =200g/m2 0,0198 
Tecido algodão<85%, estampado/fibra 
sintética/artificial tafetá,p< =200g/m2 0,0146 
Tecido algodão<85%, tinto/fibra 
sintética/artificial sarjado, p> 200g/m2 0,0131 
Tecido algodão> =85%,fio 
color.ponto.tafetá,100< p<= 200g/m2 0,0124 
Tecido algodão<85%, branqueado/fibra 
sintética/artificial tafetá, p<= 200g/m2 0,0113 
Tabela 13: Nordeste: Principais produtos importados da China
do Capítulo 52 (2007) (Participação no capítulo)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Por fim, o setor (61) vestuário e seus acessórios, de ma-
lha, tal qual o anterior, também não está entre os principais
setores importadores do Nordeste oriundos da China, porém,
no conjunto em questão, importou a segunda maior variedade
de itens em 2007: foram quarenta itens diferentes. Esse setor
está na vigésima quinta posição na pauta importadora, cuja par-
cela não chega a 1% do valor da pauta com origem na China. No
entanto, ao observarmos as duas pontas do período 2002/
2007, constata-se que ele foi, na Região, o quarto que mais cres-
ceu entre todos os setores importadores da China e o que mais
cresceu no conjunto dos sete analisados nesse capítulo. No últi-
mo ano, constatou-se que 64% do valor total importado pelo
Nordeste desse grupo de produtos tiveram origem na China.
O Estado de Alagoas foi o principal importador da Região dos
produtos chineses desse setor, seguido da Paraíba e da Bahia,
Produtos Participação 
Meias femininas, acima/até joelho<67dc.outras 
matérias têxteis 0,1274 
Abrigos para esportes, de malha de fibras sintéticas 0,1104 
Luvas, etc., de malha, impregnadas, etc., de 
plástico/borracha 0,0979 
Camisolões, etc., de malha de outras matérias 
têxteis, uso masculino 0,0877 
Shorts e sungas, de banho, de malha de outras 
matérias têxteis 0,0848 
Calças, etc., de malha de lã ou pelos finos, uso 
masculino 0,0738 
Camisetas "t-shirts", etc., de malha de outras 
matérias têxteis 0,0545 
Paletós (casacos) de malha de lã ou de pelos finos 0,0483 
Calças, etc., de malha de outras matérias têxteis, 
uso feminino 0,0328 
Sobretudos, etc., de malha de algodão, de uso 
masculino 0,0215 
Cuecas e ceroulas, de malha de algodão 0,0214 
Calças, etc., de malha de algodão, de uso 
masculino 0,0196 
Outros vestuários de malha de algodão 0,0186 
Camisas, etc., de malha de fibras 
sintéticas/artificiais, uso feminino 0,0182 
Abrigos para esportes, de malha de algodão 0,0175 
Blazers de malha de algodão, de uso feminino 0,0166 
Luvas, etc., de malha de fibras sintéticas 0,0157 
Mantos, etc., de malha de fibra sintética/artificiais 
de uso feminino 0,0148 
Calças, etc., de malha de fibras sintéticas, uso 
masculino 0,0136 
Outras meias e semelhantes, malha de algodão 0,0136 
Meias femininas, acima/até joelho<67dc.outras 
matérias têxteis 0,1274 
Tabela 14: Nordeste: Principais produtos importados da China
do Capítulo 61 (2007) (Participação no capítulo)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
5 COMÉ RCIO DO SE TOR CALÇADOS E FE TUADO
PE LOS E STADOS DO CE ARÁ, DA PARAÍBA E DA
BAHIA: COMPLE ME NTARIDADE E SUBSTITUIÇÃO
5.1 Ceará
As importações cearenses de calçados provenientes da
China somaram US$ 1,3 milhão em 2007, incremento de 191%
em relação a 2002. Desse total, o segmento de sintéticos se
destacou com 35,02% do valor importado em 2007, incremen-
to de 429% comparativamente ao início da série.
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Maria Cristina Pereira de Melo, Carlos Américo Leite Moreira
Já as compras de componentes registraram forte aumen-
to de 13.312% em 2007 no confronto com 2006, reflexo da
apreciação cambial dos últimos dois anos. Vale salientar que as
importações desse segmento estão presentes em apenas três
anos da série investigada.
Essa expansãosubstancial foi acompanhada de uma mai-
or diversificação da pauta de produtos, que saltou de apenas três
itens em 2002 para treze itens em 2007, sendo nove produtos fi-
nais e quatro intermediários. Os calçados de plásticos e borrachas
e os componentes apresentaram os maiores valores importados.
O aumento das compras de calçados da China não impli-
cou em um processo de substituição da produção local por im-
portações. Nesse mesmo intervalo, o valor das exportações to-
tais de calçados do Estado do Ceará saltou de US$ 110 milhões
em 2002 para US$ 300 milhões em 2007 – incremento de 171%.
2002 2003 2004 
 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
6401 Injetados - - - - - - - - - 
6402 Sintéticos 4.092 90.102 22,02 - - - 16.071 405.691 25,24 
6403 Couro 6.912 113.198 16,38 180 7.174 39,86 5.152 113.749 22,08 
6404 Têxteis 12.888 265.158 20,57 2.446 72.808 29,77 16.035 273.548 17,06 
6405 Outros Tipos - - - 12 26 2 20 27 1,35 
6406 Componentes - - - - - - - 39 6,50 
2005 2006 2007 
 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
6401 Injetados - - - - - - 200 464 2,32 
6402 Sintéticos 19.019 227.157 11,94 5.952 114.513 19,24 22.440 476.952 21,25 
6403 Couro 10.464 170.420 16,29 14.906 293.763 19,71 13.620 168.694 12,39 
6404 Têxteis 9.144 230.269 25,18 - - - 14.232 253.673 17,82 
6405 Outros Tipos - - - 22.580 342.727 15,18 - - - 
6406 Componentes - - - - 3.450 9,18 34.625 462.723 20,85 
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Tabela 15: Ceará : Importações de Calçados da China por Segmento (2002 - 2007)
 
 
 
 
0% 
35% 
12% 19% 
0% 
34% 
Outros Tipos 
Componentes 
Têxteis 
Couro 
Sintéticos 
Injetados 
Gráfico 2: Ceará: Importação de Calçados da China por Seg-
mento (2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborado pelos autores.
 
Código 
NCM 
Descrição NCM Quantidade 
Kg 
Líquido 
US$ 
Preço 
Médio 
64029990 Outros Calçados Cobr.Tornozelo Parte.Sup.Borracha, Plástico 15.240 10.267 416.493 27,33 
64069990 Outras Partes de Calçados, etc., de Outras Matérias - 11.108 317.979 28,63 
64041900 Outros Calçados de Matéria Têxtil, Sola de Borracha/Plástico 7.632 5.225 206.396 27,04 
64061000 Partes Superiores de Calçados e seus Componentes 34.625 4.590 110.849 3,20 
64039990 Outros Calçados Sol.Ext.Borr./Plást.Couro/Natural 6.720 5.021 108.831 16,20 
64031900 Calçados P/Outros Esportes, de Couro Natural 6.600 5.520 51.897 7,86 
64021900 Calçados P/Outros Esportes, de Borracha ou Plástico 6.600 5.940 48.366 7,33 
64041100 Calçados P/Esportes, etc., de Mat. Têxt. Sola Borracha/Plástico 6.600 5.480 47.277 7,16 
64062000 Solas Exteriores e Saltos, de Borracha ou Plástico - 6.349 33.503 5,28 
64029190 Outros Calçados Cobr.Tornoz.Part.Sup. Borracha ,Plástico 600 521 12.093 20,16 
64039190 Outros Calçados Sola Ext./Cour.Nat.Cobr.Torn. 300 291 7.966 26,55 
64019200 Calçados Impermeáveis de Borracha/Plást.Cobrindo Tornozelo 200 272 464 2,32 
64069920 Palmilhas de Outras Matérias - 143 392 2,74 
 
 
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Tabela 16: Ceará: Importação de Calçados da China por Produto (2007)
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Produtos Chineses na E conomia Nordestina: uma avaliação de setores selecionados
O ramo de sintéticos apresentou crescimento tanto da quan-
tidade como do valor das vendas externas no intervalo investiga-
do. Sua participação no total das vendas externas passou de 32%
para 42% entre as duas pontas do período, o que pode revelar
especialização da economia cearense nesse tipo de calçado. Vale
mencionar que esse segmento registrou o menor valor unitário
do conjunto exportado. Chama a atenção a forte diferença entre
os valores unitários em favor das importações nesse segmento.
O segmento de couro apresentou a maior contribuição
no total exportado em 2007, reflexo principalmente da evolução
do preço unitário nos últimos cinco anos, visto que o aumento
da quantidade exportada não foi significativo no período.
Analisando por produto, constatou-se um acréscimo de
apenas sete itens na pauta exportadora do Ceará entre 2002 e
2007, com forte predomínio dos calçados de couro e sintéti-
cos. Vale destacar que os principais itens exportados não apre-
Tabela 17: Ceará: Exportações por Segmento do Setor de Calçados para o Mundo (2002 - 2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
 
 
 
 
0% 
43% 
8% 
 
Outros Tipos 
Componentes 
Têxteis 
Couro 
Sintéticos 
Injetados 
47% 
0% 2% 
Gráfico 3: Ceará: Importação de Calçados da China por Seg-
mento (2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborado pelos autores.
 
 
2002 2003 2004 
 Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
6401 Injetados 2.383.165 2.338.065 0,98 3.174.368 6.984.579 2,20 2.189.436 3.655.329 1,67 
6402 Sintéticos 14.300.323 36.293.489 2,54 23.058.544 56.128.836 2,43 29.045.028 76.161.105 2,62 
6403 Couro 6.494.190 69.842.440 10,75 8.115.406 93.634.639 11,54 6.926.117 90.267.867 13,03 
6404 Têxteis 400.392 2.099.416 5,24 1.335.884 10.321.222 7,73 2.126.320 15.815.773 7,44 
6405 Outros Tipos 48.493 179.366 3,70 78.686 159.763 2,03 77.636 224.132 2,89 
6406 Componentes 5.000 29.336 3,88 23.790 312.774 13,15 - 251.078 7,69 
2005 2006 2007 
 Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
6401 Injetados 950.194 1.162.255 1,22 556.617 1.348.591 2,42 1.892.869 7.161.186 3,78 
6402 Sintéticos 28.717.579 84.021.764 2,93 34.808.080 95.179.340 2,73 39.458.885 127.378.915 3,23 
6403 Couro 6.836.870 101.054.456 14,78 7.649.918 120.561.963 15,76 7.913.036 139.711.293 17,66 
6404 Têxteis 2.101.189 18.296.279 8,71 2.399.083 20.733.654 8,64 2.432.500 25.420.586 10,45 
6405 Outros Tipos 62.820 309.131 4,92 8.200 42.340 5,16 14.217 208.174 14,64 
6406 Componentes - 455.071 12,16 2.016 72.913 27,87 32.732 967.182 27,52 
 
sentaram posição significativa na pauta importadora de origem
chinesa do Estado.
5.2 Paraíba
O Estado da Paraíba concentrou a maior parte das com-
pras de calçados de origem chinesa da Região Nordeste em 2007.
Essa forte participação reflete o dinamismo das importações
nos últimos três anos, já que o Estado não importou calçado
da China nos outros anos da série.
Entre 2005 e 2007, o acréscimo do valor das importações
chegou a 2.093%, com destaque para os segmentos de sintéticos
e têxteis com aumento de, respectivamente, 1.133% e 4.394%.
A análise por produto revela um processo de diversificação
da pauta que atinge doze itens em 2007 contra apenas cinco itens
em 2005. Os produtos mais importados foram os calçados para
esporte, sobretudo os elaborados com material têxtil e sintético.
As exportações totais de calçados desse Estado apresenta-
ram incremento de 123% entre as duas pontas da série investigada,
com menores taxas de crescimento nos últimos dois anos.
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Maria Cristina Pereira de Melo, Carlos Américo Leite Moreira
 
 
Código 
NCM 
Descrição NCM 
Quantidade 
Kg 
Líquido US$ 
Preço 
Médio 
64039990 Outros Calçados Sol.Ext.Borr./Plást.Couro/Nat. 5.850.804 4.189.133 98.920.155 16,91 
64022000 Calçados de Borracha /Plást. C/Partes Super. Em Tiras, etc. 34.965.997 11.823.625 86.730.745 2,48 
64029990 Outros.Calçados Cobr.Tornoz.Part.Sup.Borracha, Plástico 2.723.643 1.340.383 21.989.099 8,07 
64041900 Outros Calçados de Matéria Têxtil, Sola de Borracha/Plástico 1.708.384 1.199.401 19.728.250 11,55 
64039900 Outros Calçados de Couro Natural 1.094.002 873.440 16.770.407 15,33 
64039190 Outros Calçados Sola Ext./Cour.Nat.Cobr.Torn. 510.062 561.614 16.325.204 32,01 
64021900 Calçados P/Outros Esportes, de Borracha ou Plástico 895.049 694.177 16.260.972 18,17 
64019990 Outros Calçados Imperm.D/Borr./Plást.S/Const. 1.661.597 573.164 6.328.990 3,81 
64041100 Calçados P/Esportes,etc., de Mat. Têxt. Sola Borracha/Plástico 693.001 394.800 5.199.340 7,50 
64035990 Outros.Calçados.Sola Ext./Cour.Nat.Cobr.Torn. 263.267 176.055 4.464.007 16,96 
64031900 Calçados p/Outros Esportes, de Couro Natural 146.390 141.739 2.448.280 16,72 
64029900 Outros Calçados de Borracha ou Plástico 852.657 312.754 1.997.461 2,34 
64035900 Outros Calçados de Couro Natural e Sola Exterior de Couro 40.920 33.370 697.376 17,04 
64019900 Outros Calçados Inpermeáveis de Borracha/Plást. Sem Costura 164.756 62.926 604.280 3,67 
64069990 Outras Partes de Calçados, etc., de Outras Matérias - 21.402 549.582 25,68 
64042000 Calçados de Matéria Têxtil, com Sola Exterior de Couro 31.115 19.275 492.996 15,84 
64029190 Outros.Calçados Cobr.Tornozelo Parte Sup.Borracha, Plástico 21.539 23.009 400.638 18,60 
64061000 Partes Superiores de Calçados e Seus Componentes 32.732 5.111 298.452 9,12 
64019200 Calçados Impermeáveis de Borracha/Plást. Cobrindo Tornozelo 66.516 95.696 227.916 3,43 
64052000 Outros Calçados de Matérias Têxteis 9.612 5.437 157.942 16,43 
64062000 Solas E xteriores e Saltos, de Borracha ou Plástico - 7.828 105.162 13,43 
64039100 Outros Calçados de Couro Natural, Cobrindo o Tornozelo 4.008 3.103 62.926 15,70 
64051090 Outros Calçados de Couro Natural ou Reconstituído 1.832 783 30.484 16,64 
64032000 Calçados de Couro Natural, c/Parte Superior em Tiras, etc. 3.583 883 22.938 6,40 
64059000 Outros Calçados 2.635 805 17.807 6,76 
64069920 Palmilhas de Outras Matérias - 809 13.986 17,29 
64051010 Calçados de Couro Reconst. Sola Exterior de Borracha/Plástico 138 51 1.941 14,07 
 
 
 
 
2005 2006 2007 
 
Quantidade 
US$ 
FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
6401 Injetados - - - - - - - - - 
6402 Sintéticos 127.752 688.955 5,39 507.832 3.552.816 7,00 1.420.292 8.501.366 5,99 
6403 Couro - - - 78.910 1.017.279 12,89 92.338 1.494.580 16,19 
6404 Têxteis 77.472 335.847 4,34 591.603 7.491.289 12,66 1.213.594 15.094.475 12,44 
6405 Outros Tipos - - - - - - 100.128 277.918 3 
6406 Componentes 71.119 192.550 2,71 - 563.250 6,92 3.000 1.331.925 7,60 
 
 
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Tabela 19: Paraíba: Importação de Calçados da China por Segmento (2005 - 2007)
Tabela 18: Ceará: Exportação do Setor de Calçados por Produto para o Mundo (2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Produtos Chineses na E conomia Nordestina: uma avaliação de setores selecionados
Gráfico 4: Paraíba: Importação de Calçados da China por Seg-
mento (2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborado pelos autores.
 
 
Código 
NCM 
Descrição NCM Quantidade 
Kg 
Líquido 
US$ 
Preço 
Médio 
64041100 Calçados p/Esportes, etc., de Material Têxtil, Sola Borracha/Plástico 1.213.122 784.443 15.086.800 12,44 
64021900 Calçados p/Outros Esportes, de Borracha ou Plástico 1.137.333 744.329 6.681.366 5,87 
64029990 Outros Calçados Cobr.Tornoz.Part.Sup.Borracha, Plástico 244.317 190.528 1.424.153 5,83 
64069990 Outras Partes de Calçados, etc., de outras Matérias - 165.742 1.247.268 7,53 
64031900 Calçados P/Outros Esportes, de Couro Natural 60.730 50.093 830.282 13,67 
64029190 Outros CalçadosCobr.Tornoz.Part.Sup.Borracha, Plástico 38.642 40.232 395.847 10,24 
64039190 Outros Calçados Sola Ext./Cour.Nat.Cobr.Tornozelo 14.628 16.507 370.705 25,34 
64039990 Outros Calçados Sol.Ext.Borr./Plást.Couro/Nat. 16.980 12.169 293.593 17,29 
64052000 Outros Calçados de Matérias Têxteis 100.128 48.274 277.918 2,78 
64062000 Solas Exteriores e Saltos, de Borracha ou Plástico - 8.846 70.839 8,01 
64061000 Partes Superiores de Calçados e seus Componentes 3.000 600 13.818 4,61 
64041900 Outros Calçados de Matéria Têxtil, Sola de Borracha/Plástico 472 274 7.675 16,26 
 
 
 
Tabela 20: Paraíba: Importação de Calçados da China por Produto (2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Nota: O preço médio dos produtos que possuem quantidade é calculado pela média US$/Kg líquido.
 
 
2002 2003 2004 
 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
6401 Injetados 2.987.983 3.516.231 1,18 4.593.411 5.778.165 1,26 9.257.812 13.870.428 1,50 
6402 Sintéticos 808.034 953.668 1,18 259.496 584.860 2,25 441.351 1.789.915 4,06 
6403 Couro 676.694 18.784.838 27,76 823.289 25.042.829 30,42 653.713 18.942.244 28,98 
6404 Têxteis 56.975 368.700 6,47 58.803 353.758 6,02 455.072 3.162.152 6,95 
6405 Outros Tipos 5.136 50.005 9,74 - - - 6.731 52.938 7,86 
6406 Componentes - - - 1.556.482 759.708 2,44 958.602 910.108 3,29 
2005 2006 2007 
 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
6401 Injetados 12.430.410 20.419.999 1,64 2.305.914 3.055.604 1,33 - - - 
6402 Sintéticos 504.659 2.218.750 4,40 15.631.266 34.224.348 2,19 19.929.212 48.730.061 2,45 
6403 Couro 245.902 6.909.429 28,10 77.119 1.430.508 18,55 38.859 514.582 13,24 
6404 Têxteis 830.635 6.150.932 7,41 347.908 3.229.669 9,28 348.859 3.498.112 10,03 
6405 Outros Tipos 2.851 24.624 8,64 183 2.160 11,80 1.816 5.793 3,19 
6406 Componentes 251.278 242.038 3,60 - 4.388 3,35 86.916 135.778 7,46 
 
 
 
 
 
 
 
0% 
6% 
Outros Tipos 
Componentes 
Têxteis 
Couro 
Sintéticos 
Injetados 
56% 
5% 
32% 
1% 
Tabela 21: Paraíba: Exportação do Setor de Calçados por Segmento para o Mundo (2002-2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Gráfico 5: Paraíba: Exportação de calçados para o Mundo por
Segmento (2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborado pelos autores.
 
 
 
0% 
83% 
2% 
Outros Tipos 
Componentes 
Têxteis 
Couro 
Sintéticos 
Injetados 4% 
11% 0% 
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Maria Cristina Pereira de Melo, Carlos Américo Leite Moreira
O segmento de sintéticos, a maior expressão da pau-
ta exportadora, registrou expansão de 2.096% nos últimos
três anos, superior à taxa de crescimento observada para as
importações. No período 2002 - 2007, a variação foi de
5.445%. Vale destacar a forte predominância da concorrência-
preço nesse segmento.
Em contrapartida, o ramo de couros registrou forte retração
de 97% do valor das vendas internacionais entre 2002 e 2005,
enquanto o quantum exportado no último ano da série repre-
sentava apenas 5,7% da quantidade total exportada em 2002.
Esses resultados negativos podem caracterizar um movimento
de substituição de importações nesse ramo, já que se observa
uma substancial penetração de calçados de couro provenientes
da China nos dois últimos anos.
Os modelos de borracha e de plástico foram os destaques
da pauta exportadora de 2007. O principal item de exportação,
calçados de borracha/plástico com parte superior em tiras, par-
ticipou com 83% do total das vendas externas de calçados do
Estado. Convém destacar que esse produto não constou da
pauta importadora no período 2005-2007. Já o valor total ex-
portado dos calçados para esporte representa apenas 7% do
valor importado.
Ou seja, o Estado vem se especializando na produção de
sintéticos de baixo valor unitário e importando da China, prin-
cipalmente, calçado para esporte de material têxtil de maior
preço unitário.
5.3 Bahia
A Bahia vem apresentando nos últimos quatro anos um
crescimento importante das importações de calçados proveni-
entes da China. As compras do Estado em 2007 assinalaram
elevação de 491% comparativamente a 2004. O segmento que
mais evoluiu nesse intervalo foi de sintéticos, que registrou
forte acréscimo de 518% do valor importado nesse intervalo.
Esse ramo participou com 83% das compras totais de calçados
de origem chinesa em 2007.
Nessa mesma base de comparação, o segmento de com-
ponentes também se destaca, com expansão de 227% do valor
das exportações. Convém destacar que apenas um produto foi
responsável por 79% das importações de calçados sintéticos desse
país em 2007. O número de produtos importadossaltou de
apenas três em 2002 para nove em 2007 – incremento de 200%.
Já as exportações baianas de calçados registraram incre-
mento de 394% entre as duas pontas da série investigada. O
grande destaque foi o ramo de couro, que teve acréscimo de
393% entre 2002 e 2007. É válido mencionar que esse segmento
apresentou progressão do valor unitário na série pesquisada.
Com menor taxa de crescimento, porém apresentando
importante aumento do valor exportado, aparece o ramo de
calçados de matéria têxtil. Já o segmento de sintéticos apresen-
tou expansão até 2005, recuando no ano seguinte e novamente
crescendo em 2007, sem, contudo, atingir o valor exportado de
2005. Esse decréscimo da exportação associado à forte elevação
Tabela 22: Paraíba: Exportação do Setor de Calçados por Produto para o Mundo (2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Nota: O preço médio dos produtos que possuem quantidade é calculado pela média US$/Kg líquido.
 
 
Código 
NCM 
Descrição NCM Quantidade 
Kg 
Líquido 
US$ 
Preço 
Médio 
64022000 Calçados de Borracha/Plástico C/Parte Super. Em Tiras, etc. 18.553.012 5.987.194 44.381.018 2,39 
64029900 Outros Calçados de Borracha ou Plástico 1.082.929 358.430 3.502.695 3,23 
64041100 Calçados P/Esportes, etc., de mat. Têxtil, Sola Borracha/Plástico 337.695 185.937 3.458.824 10,24 
64029990 Outros Calçados Cobr.Tornoz.Part.Sup.Borracha,Plástico 277.323 73.278 669.028 2,41 
64031900 Calçados P/Outros Esportes, de Couro Natural 33.654 23.464 398.844 11,85 
64021900 Calçados P/Outros Esportes, de Borracha Ou Plástico 15.948 9.917 177.320 11,12 
64039900 Outros Calçados de Couro Natural 4.397 2.699 89.681 20,40 
64062000 Solas Exteriores e Saltos, de Borracha ou Plástico - 13.116 80.273 6,12 
64061000 Partes Superiores de Calçados e Seus Componentes 86.916 5.076 55.505 0,64 
64041900 Outros Calçados de Material Têxtil, Sola de Borracha/Plástico 11.164 6.320 39.288 3,52 
64039190 Outros Calçados Sola Ext./Cour.Nat.Cobr.Tornozelo 808 581 26.057 32,25 
64059000 Outros Calçados 1.814 325 5.756 3,17 
64052000 Outros Calçados de Matérias Têxteis 2 1 37 18,50 
 
 
 
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Produtos Chineses na E conomia Nordestina: uma avaliação de setores selecionados
das importações chinesas desse segmento pode revelar um pro-
cesso de substituição da produção local por importação.
2004 2005 
 
Quantidade US$ FOB US$/ Quant Quantidade US$ FOB US$/ Quant 
6401 Injetados - - - - - - 
6402 Sintéticos 32.193 364.517 11,32 101.444 851.503 8,39 
6403 Couro - - - 56 1.324 23,64 
6404 Têxteis - - - 26 160 6,15 
6405 Outros Tipos - - - - - - 
6406 Componentes - 95.222 28,39 - - - 
2006 2007 
 
Quantidade US$ FOB US$/ Quant Quantidade US$ FOB US$/ Quant 
6401 Injetados - - - 130 3.761 28,93 
6402 Sintéticos 29.875 166.075 5,56 453.275 2.255.910 4,98 
6403 Couro 17.780 173.879 9,78 2.890 50.400 17,44 
6404 Têxteis 2.194 13.884 6,33 31.024 96.199 3,10 
6405 Outros Tipos - - - - - - 
6406 Componentes 218.400 429.264 14,70 76.104 311.746 5,43 
Tabela 23: Bahia: Importação de Calçados da China por Segmento (2002-2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Gráfico 6: Bahia: Importação de Calçados da China por Seg-
mento (2007)
Fonte: Brasil (2008). E laborado pelos autores.
 
 
Código 
NCM 
Descrição NCM Quantidade 
Kg 
Líquido 
US$ 
Preço 
Médio 
64029990 Outros Calçados Cobr. Tornoz. Part. Sup. Borracha, Plástico 448.859 266.789 2.167.435 4,83 
64061000 Partes Superiores de Calçados e seus Componentes 76.104 23.152 176.198 2,32 
64062000 Solas Exteriores e Saltos, de Borracha ou Plástico - 31.520 120.959 3,84 
64021900 Calçados P/Outros Esportes, etc., de Mat. Têxt., Sola Borracha/ 
Plástico 
4.416 621 88.475 20,04 
64041100 Calçados P/Esportes, etc., de Mat. Têx. Sola Borracha/Plástico 29.844 20.798 79.417 2,66 
64031900 Calçados P/Outros Esportes, de Couro Natural 2.890 1.125 50.400 17,44 
64041900 Outros Calçados de Matéria Têxtil, Sola de Borracha/Plástico 1.180 1.120 16.782 14,22 
64069920 Palmilhas de outras matérias - 2.688 14.589 5,43 
64019200 Calçados Impermeáveis de Borracha/Plast.Cobrindo Tornozelo 130 351 3.761 28,93 
 
 
 
Tabela 24: Bahia: Importação de Calçados da China por Produto ( 2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Nota: O preço médio dos produtos que possuem quantidade é calculado pela média US$/Kg líquido.
 
 
 
0% 
83% 
2% 
Outros Tipos 
Componentes 
Têxteis 
Couro 
Sintéticos 
Injetados 4% 
11% 0% 
Constatou-se também aumento importante do número
de produtos que compõem a pauta exportadora de calçados.
 
 
 
0% 
83% 
2% 
Outros Tipos 
Componentes 
Têxteis 
Couro 
Sintéticos 
Injetados 4% 
11% 0% 
Gráfico 7: Paraíba: Exportação de calçados para o Mundo por
Segmento (2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborado pelos autores.
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Maria Cristina Pereira de Melo, Carlos Américo Leite Moreira
De um total de nove itens em 2002, a pauta passou a contar
com vinte e um itens em 2007 – crescimento de 133%.
Tabela 25: Bahia: Exportação do Setor de Calçados por Segmento para o Mundo (2002-2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
2002 2003 2004 
 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
6401 Injetados 30 139 4,63 1 24 24,00 - - - 
6402 Sintéticos 1.104.204 5.432.303 4,92 1.883.314 9.905.979 5,26 3.355.908 18.751.288 5,59 
6403 Couro 1.230.134 9.134.196 7,43 1.706.600 12.480.588 7,31 3.030.002 23.460.909 7,74 
6404 Têxteis 377.431 2.156.491 5,71 739.142 5.388.275 7,29 1.169.347 8.546.949 7,31 
6405 Outros Tipos 873 2.897 3,32 13.874 67.031 4,83 4.942 14.944 3,02 
6406 Componentes - - - - - - 5.004 61.158 16,72 
2005 2006 2007 
 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
Quantidade US$ FOB 
US$/ 
Quant 
6401 Injetados 316 1.580 5,00 779 4.570 5,87 - - - 
6402 Sintéticos 3.120.281 20.260.010 6,49 2.119.281 17.441.468 8,23 2.011.089 18.295.476 9,10 
6403 Couro 2.543.123 24.893.833 9,79 2.629.955 32.345.296 12,30 3.334.071 46.880.058 14,06 
6404 Têxteis 1.177.354 10.765.493 9,14 1.232.172 12.458.747 10,11 1.127.960 13.838.818 12,27 
6405 Outros Tipos 23.384 24.228 1,04 30.158 56.679 1,88 95.475 746.001 7,81 
6406 Componentes 816 98.667 11,65 16.054 198.017 25,54 160.958 2.788.084 17,32 
Para a Região Nordeste, a China, no período 2002-2007,
vem ocupando posição cada vez mais relevante no rank ing dos
 
 
Código 
NCM 
Descrição NCM Quantidade 
Kg 
Líquido 
US$ 
Preço 
Médio 
64039990 Outros Calçados Sol.Ext.Borr./Plást.Couro/Natural 2.591.601 1.315.384 35.226.251 13,59 
64029990 Outros Calçados Cobr.Tornoz.Part.Sup.Borracha, Plástico 1.198.073 677.916 14.528.114 12,13 
64041100 Calçados P/Esportes, etc., de Mat. Têxt.., Sola Borracha/Plást. 797.242 524.256 11.153.688 13,99 
64039900 Outros Calçados de Couro Natural 543.216 281.275 6.720.651 12,37 
64039190 Outros Calçados Sola Ext./Cour.Nat.Cobr.Torn. 191.479 171.869 4.739.164 24,75 
64041900 Outros Calçados de Matéria Têxtil, Sola de Borracha/Plástico 330.718 143.601 2.685.130 8,12 
64029900 Outros Calçados de Borracha ou Plástico 191.642 93.450 1.760.190 9,18 
64061000 Partes Superiores de Calçados e seus componentes 160.958 27.155 1.502.639 9,34 
64021900 Calçados P/Outros Esportes, de Borracha ou Plástico 88.758 64.977 1.273.283 14,35 
64022000 Calçados de Borracha/Plást. C/Parte Superior em Tiras, etc. 526.852 182.832 630.818 1,20 
64051010 Calçados de Couro Reconst., Sola Exter. De Borracha/Plástico 76.292 35.042 609.400 7,99 
64069920 Palmilhas de Outras Matérias - 52.743 549.666 10,42 
64062000 Solas Exteriores e Saltos de Borracha ou Plástico - 26.309 403.345 15,33 
64069990 Outras Partes de Calçados, etc., de Outras Matérias - 92.147 332.434 3,61 
64029190 Outros Calçados Cobr.Tornoz.Part.Sup.Borr.,Plástico 5.764 3.950 103.071 17,88 
64031900 Calçados P/OutrosEsportes, de Couro Natural 4.077 3.358 100.928 24,76 
64039100 Outros Calçados de Couro Natural, Cobrindo o Tornozelo 3.691 3.978 92.594 25,09 
 
 
 
Tabela 26: Bahia: Exportação do Setor de Calçados por Produto para o Mundo (2007)
Fonte: Brasil (2008). Elaborada pelos autores.
Nota: O preço médio dos produtos que possuem quantidade é calculado pela média US$/Kg líquido.
6 CONCLUSÃO
O intercâmbio comercial entre o Brasil e a China apresen-
tou forte crescimento da corrente de comércio no período ana-
lisado. Entre 2002 e 2006, esse incremento vinha sendo motiva-
do principalmente pelo aumento das exportações de produtos
brasileiros para a China. Entretanto, constata-se uma inversão
dessa tendência em 2007, quando as compras provenientes des-
se país cresceram mais que proporcionalmente às vendas. A
forte apreciação da moeda nacional e o crescimento da demanda
doméstica brasileira contribuíram para essa mudança.
Revista Contemporânea de E conomia e Gestão. Vol.8 - Nº 1 - jan/jun/2010. (83-100).
Produtos Chineses na E conomia Nordestina: uma avaliação de setores selecionados
principais parceiros comerciais. Em 2007, esse país se colocou
no quarto lugar com participação de 7% tanto para as compras
como para as vendas.
Bahia e Maranhão concentraram a maior parcela das ven-
das para a China e responderam, em 2007, por 96% do valor
total exportado pela Região para esse destino. Esses Estados
são importantes produtores de bens intermediários, setores
em que a demanda chinesa esteve em expansão nos últimos
anos. Do lado das compras, Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco
responderam juntos por 93% do valor total adquirido naquele
ano. Os quatro Estados citados são os que, na Região, apresen-
tam economias relativamente dinâmicas na produção e no con-
sumo, o que justifica essa participação nas compras externas.
A Região Nordeste tem comprado da China produtos de
setores cada vez mais diversificados, contudo conservando for-
te concentração em alguns deles, como: máquinas e aparelhos
elétricos e reatores nucleares, caldeiras, máquinas, etc., mecâni-
cos. Ao longo dos anos observados, as trocas bilaterais estive-
ram caracterizadas fortemente pelas transações inter-setoriais.
O conjunto de setores selecionados para análise (52, 54,
55, 60, 61, 62, 64) correspondeu, em 2007, a 15% do valor total
adquirido da China pelo Nordeste e vem apresentando trajetória
crescente e de maneira sustentada nos últimos anos, apesar de
haver registrado comportamentos díspares entre eles no que se
refere à intensidade dos ganhos e das perdas de posição na pauta
regional. Produtos pertencentes a esses setores foram importa-
dos, em menor ou maior intensidade, nos anos do período
considerado, por oito dos nove Estados da Região, exceção feita
ao Maranhão. A Paraíba vem se apresentando como o maior
importador regional dos referidos setores oriundos desse país.
No Estado do Ceará, o setor (64) calçados, polainas e
artefatos, registrou crescimento expressivo das importações de
produtos provenientes da China no período. Destacam-se as
compras de calçados sintéticos e, no último ano, de componen-
tes. Para esse Estado, o aumento das compras de calçados da
China não implicou em um processo de substituição da produ-
ção local por importações. As vendas externas totais estaduais
cresceram de forma significativa para esse tipo de calçado, o que
pode revelar especialização em determinados produtos desse
segmento na indústria cearense.
Na Paraíba, esse setor concentrou a maior parte das im-
portações provenientes da China efetuadas pela Região em
2007, refletindo o dinamismo das importações nos últimos
três anos, já que o Estado não importou calçado da China nos
outros anos da série. Os produtos mais importados foram os
calçados para esporte, principalmente os elaborados com ma-
terial têxtil e sintéticos.
Já a Bahia registrou forte incremento das importações do
setor de calçados de origem chinesa com substancial participa-
ção dos segmentos de sintéticos e componentes. Apenas um
produto foi responsável pelas compras desse setor em 2007:
outros calçados de borracha e plástico. Para as exportações o
destaque são produtos de couro.
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