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1 
194 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profe Alê Lopes 
Exasiu 
FUVEST 
Exasiu EXTENSIVO 
Aula 00 - Antiguidade I 
Noções Gerais sobre Antiguidade Oriental 
Antiguidade Clássica: Grécia 
 
 
estretegiavestibulares.com.br 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
2 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
SUMÁRIO 
 
Sumário.......................................................................................................................................... 2 
Apresentação da Professora .................................................................................................... 4 
VOCÊ SABE COMO É O VESTIBULAR DA FUVEST? ......................................................................... 5 
O QUE A FUVEST ESPERA DOS CANDIDATOS? ............................................................................. 6 
O que mais cai na FUVEST? ..................................................................................................... 7 
Cronograma de Aulas .............................................................................................................. 10 
Apresentação do curso e da metodologia ......................................................................... 13 
1. Como aprender história: comentários preliminares .................................................... 16 
2. Como Estudar por Questões: Método T.E.T. ............................................................... 19 
3. Antes de tudo: a periodização histórica ......................................................................... 20 
4. Introdução ao tema ............................................................................................................. 21 
5. CULTURA E ESTADO NO ORIENTE PRÓXIMO (ORIENTE MÉDIO) ............................................ 23 
5.1. MESOPOTÂMIA, A TERRA ENTRE RIOS ............................................................................................ 25 
5.2. EGITO ANTIGO ........................................................................................................................... 31 
5.2.1. Estratificação Social, Política e Econômica .................................................................................... 34 
5.2.2. Religião Cultura e Ciência .......................................................................................................... 36 
5.3. HEBREUS, PERSAS E FENÍCIOS ...................................................................................................... 38 
5.3.1 – Hebreus ................................................................................................................................. 38 
5.3.2 – Fenícios ................................................................................................................................. 39 
5.3.3 – Persas .................................................................................................................................... 41 
6. Mundo Grego........................................................................................................................ 46 
6.1. Periodização histórica I: Pré-homérico, Homérico e Arcaico .................................................. 47 
 Pré- Homérico: onda migratória e 1ª diáspora ................................................................ 48 
 Homérico: genos e 2ª. diáspora .................................................................................... 48 
Arcaico: formação da polis ................................................................................................................. 49 
6.2. Polis: os modelos espartano e ateniense ................................................................................ 52 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
3 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Esparta: ........................................................................................................................................... 52 
Atenas: ............................................................................................................................................ 53 
6.3. Polis e Política ......................................................................................................................... 57 
6.4. Periodização II: Clássico e Helenístico .................................................................................... 61 
Clássico ........................................................................................................................................... 61 
Helenístico ....................................................................................................................................... 66 
7. Dicionário Conceitual .......................................................................................................... 70 
8. Lista de questões FUVEST ................................................................................................. 71 
9. Lista de questões profe. Alê Lopes ................................................................................. 81 
10. Lista de questões aprofundamento ............................................................................... 96 
11. Gabarito ............................................................................................................................. 107 
12. Lista de questões FUVEST – comentada .................................................................... 109 
13. Lista de questões profe. Alê Lopes – comentada .................................................... 131 
14. Lista de questões aprofundamento - comentada .................................................... 172 
Considerações Finais das Aula ............................................................................................ 194 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
4 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA 
 
Olá, aluno/aluna, do Estratégia Vestibulares! 
É com grande alegria que apresentamos a você o Curso de 
História para a FUVEST 2023. 
Meu nome é Alessandra Lopes e pode me chamar de Alê. 
Permita-me uma breve apresentação da minha trajetória. Sou 
formada na UNICAMP, Mestra em Ciência Política pela mesma 
Universidade e também na ÚNICAMP iniciei meus estudos para o 
doutorado. Desde 2004, dou aulas de História, Sociologia e 
Humanidades em cursos preparatórios para vestibulares e para o 
ENEM e até para concursos públicos. 
 Conheço praticamente todos os sistemas de ensino, materiais e abordagens que existem 
nesse “mundo dos vestibulares”. Já escrevi muitos materiais preparatórios. Posso afirmar, com 
segurança, que já contribui para a aprovação de muitos alunos nas mais variadas e concorridas 
universidades Brasil afora: USP; UNICAMP; UNIFESP; UNESP; UFRJ; UFSC; UEA; UEL; UFBA; FGV; 
PUC-SP; UnB; UERJ; UFGRS; UFPR; PUC; FGV; EsPCEx; entre outras. 
Nesse tempo todo, tenho acompanhado tudo o que a FUVEST cobra, quais são seus 
padrões e surpresas, bem como as mudanças feitas ao longo dos anos. Mais à frente, você verá 
dados que demonstram algumas características do conteúdo cobrado nesta prova, na disciplina 
de História. 
Essa experiência toda me permitiu criar um método de ensino capaz de fazer você 
APRENDER História e gabaritar as questões dessa matéria na FUVEST. Afinal, são 10/11 
questões de 90 só na primeira fase e até 6 na segunda fase. 
Quero dizer a você que se esforçar para entrar na USP vale muito à pena. É uma 
Universidade dos Sonhos! Por isso, quero começar essa Introdução falando um pouquinho 
dela, da prova que a FUVEST prepara e como ela cobra a disciplina de História. 
Vem comigo: com foco, força, fé e café você chega lá!!!! Já aproveita para me seguir nas 
redes sociais. Com as dicas de lá, você complementa seus estudos!Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
5 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
“Vencerás pela Ciência”: lema de criação da USP, em 1934. 
 A frase está inscrita no brasão da Universidade. 
VOCÊ SABE COMO É O VESTIBULAR DA FUVEST? 
A disputa por uma vaga é muito grande, em 2020, por exemplo, foram 130.525 
vestibulandos inscritos na FUVEST para disputar 8.242 vagas1. A realidade da Pandemia impôs 
novas dinâmicas que impactaram o processo seletivo, porém, vamos fazer uma abordagem 
geral, já que, seu tudo der certo, o próximo vestibular será dentro da “normalidade” ou da 
“nova normalidade. 
 O Vestibular FUVEST é composto de duas fases distintas: 
➢ A primeira fase será uma prova de 90 questões de múltipla escolha sobre as disciplinas 
obrigatórias do Ensino Médio (Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia, 
Português e Inglês) e traz questões interdisciplinares. Essa etapa é utilizada como 
instrumento de seleção dos candidatos para a segunda fase. São 5 horas de prova. Então, 
sua primeira META deve ser atingir os pontos necessários para ir para a segunda fase. É a 
tal nota de corte!! 
➢ Na segunda fase, diz a FUVEST no Manual do Aluno: “o candidato é avaliado em sua 
competência para a articulação de informações e conhecimentos específicos, com duas 
provas de natureza discursiva, obrigatórias para todos os candidatos promovidos a essa 
fase”. 
A duração de cada uma dessas provas é de 4 horas. 
A primeira prova é de Português e Redação – e aqui entra a prova dos livros de literatura. 
Já a segunda prova, são 12 questões discursivas!! 
 
Cada carreira pode ter no mínimo 2 e no máximo 4 disciplinas, fase em que, querido e querida 
aluna, será exigido de vocês um domínio mais aprofundado das disciplinas e das abordagens 
conceituais de cada matéria. 
A FUVEST diz assim: “As questões têm caráter discursivo e permitem ao candidato, após a 
identificação do problema proposto, construir sua resposta por caminhos próprios. A elaboração 
de estratégias adequadas para encaminhar a resolução, a capacidade de síntese e o uso de 
linguagem apropriada são habilidades necessárias para o bom desempenho nesta etapa”. 
 
1 A USP oferece, no total 11.147, mas 2905 foram oferecidas por meio do SISU. Dados da Edição da 
FUVEST 2021. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
6 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Nesse cenário, GABARITAR História na primeira fase é essencial para vencer a concorrência e sair 
na frente na corrida da segunda fase, sacou. Em geral, os candidatos focam nas suas disciplinas 
prioritárias – o que não está errado. Mas, com certeza, NÃO É SUFICIENTE!!!! 
Eu vou ajudá-lo a alcançar a nota máxima! “Conte comigo como um parceiro até a sua aprovação”. 
 
O QUE A FUVEST ESPERA DOS CANDIDATOS? 
A FUVEST pretende que os candidatos tenham determinados conhecimentos, não apenas 
os conteúdos, mas as habilidades próprias de um bom aluno. Pensa comigo, a FUVEST quer OS 
MELHORES! Se soubermos o que ela espera dos candidatos, além do conteúdo, podemos 
estabelecer estratégias para desenvolver um conjunto de habilidades para encarar essa prova de 
frente. 
Afinal, Profe, o que ela espera tanto? 
A FUVEST privilegia a apropriação de conhecimentos, informações e linguagens, além da 
capacidade de reflexão e investigação em situações que apresentem dimensões prática, 
conceitual e sociocultural. O conhecimento esperado não se reduz, portanto, à memorização de 
fatos, de datas, de fórmulas ou ao uso automatizado de informações ou técnicas específicas. É 
preciso ser “safo” e articulado! É isso que eu irei te ensinar. 
Espera-se que o candidato ao Vestibular FUVEST demonstre: 
 
 
competência para leitura e compreensão de diferentes textos, em 
linguagens diversificadas
capacidade de expressão de seus conhecimentos, reflexões e pontos de 
vista nas diferentes normas de língua portuguesa
conhecimentos básicos nas áreas de Ciências Humanas, Biológicas e 
Exatas, bem como em língua estrangeira
competência para compreender conceitos, situações e fenômenos, nos 
referenciais próprios de cada área
utilizar esses conhecimentos para analisar e articular informações, 
resolver problemas e argumentar de forma coerente a respeito das 
situações apresentadas
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
7 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Difícil? Difícil não, é um grande desafio, isso sim!!!! Então, “simbora”, porque essa é a boa 
luta da vida!!! Você vai ver que nosso curso foi pensado, em cada detalhe, para preparar você para 
esse processo. Confia!!! Vem comigo!!! 
Agora veja alguns dados sobre a incidência de cobrança de assuntos nas provas da FUVEST. 
O que mais cai na FUVEST? 
 
Essa é a pergunta que mais ouço ao longo do ano. 
Veja abaixo o RAIO-X da FUVEST. É esse trabalho de buscar entender e quantificar o que 
mais cai na prova que vai ajudar você a estudar de maneira mais eficiente. O foco é fundamental 
nos próximos meses de preparação. O tempo voa, né, meus amores! 
 
 
Elaboração: profe. Alê Lopes 
 
Análise da prova da FUVEST 2021: 
A prova da FUVEST 2021, como sempre, foi clássica. Não trouxe nenhum tema desconhecido na 
média geral dos alunos, mas privilegiou História do Brasil. Em História Geral, foi equilibrada e 
cobrou assuntos clássicos: o papel das mulheres na antiguidade, renascimento e fascismo – ou 
seja, uma questão para cada Período da História (antiguidade, moderna e contemporânea). Como 
sempre, caiu uma questão de América. Mostrou preocupação com temas da atualidade ao cobrar 
o conhecimento sobre a epidemia da gripe espanhola, no Brasil. 
Períodos da 
História
2021 2020 2019 2018 2017 2016 2015 Total do período 
Total % do 
período
 I - História do 
Brasil
6 3 3 2 4 4 5 27 36
II-História da 
América
1 1 2 1 1 6 8
III - História 
Antiga 
1 2 1 1 1 2 2 10 13,3
IV-História 
Medieval
1 1 1 2 1 1 7 9,3
V- História 
Moderna
1 2 2 1 2 8 10,7
VI-História 
Contemporânea
1 2 4 4 2 3 1 17 22,7
Total 10 11 11 11 11 11 10 75 100
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
8 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Tabela 1: quantidade de questões por ano e de acordo com as 6 áreas da “História” 2 
 
 
Repare, também, que o conteúdo História do Brasil representa cerca de 33% das questões 
cobradas nos últimos 5 anos. Logo, todo ano cai História do Brasil. Vamos dar um zoom e ver 
detalhadamente o que caiu em cada ano. 
Tabela 2: Número de questões por subárea da área História do Brasil conforme o Manual da 
FUVEST 
I - História do 
Brasil 
2021 2020 2019 2018 2017 2016 2015 
A pré-história e as 
origens do homem 
americano 
 1 
Populações indígenas 
do Brasil: experiências 
antes da conquista, 
resistências e 
acomodações à 
colonização 
 
 
2 Analisei os últimos 5 documentos Manual do Candidato e não há variações dos tópicos cobrados 
anualmente pela FUVEST. Disponível em: http://acervo.fuvest.br/fuvest/. Data de acesso: 03/09/2020. 
América
8%
Antiga
13%
Medieval
11%
Moderna
11%
Contemporânea
25%
H.Brasil
32%
O que mais cai de História na FUVEST
América Antiga Medieval Moderna Contemporânea H.Brasil
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
9 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 Sistema colonial: 
organização política e 
administrativa 
 
A economia colonial: 
extrativismo, 
agricultura, pecuária, 
mineração e comércio 
 1 1 1 1 
A interiorização e a 
formação das 
fronteiras 
1 
Escravos e homens 
livres na Colônia 
1 1 1 
Religião, cultura e 
educação na Colônia 
 
Os negros no Brasil: 
culturas e confrontos 
 
 Rebeliões e tentativas 
de emancipação 
 1 
O período joanino e a 
Independência 
 
Primeiro Reinado e 
Regência: organização 
do Estado e lutas 
políticas 
1 
Segundo Reinado: 
economia, política e 
manifestações culturais 
1 1Escravidão, indígenas 
e homens livres no 
século XIX 
 
Imigração e abolição 1 
A crise do Império e o 
advento da República 
 1 1 1 
Confrontos e 
aproximações entre 
Brasil, Argentina, 
Uruguai e Paraguai 
(séculos XIX, XX e XXI) 
 1 
Movimentos sociais no 
campo e nas cidades 
no período 
republicano 
 1 1 
Política e Cultura no 
Brasil República 
2 1 1 2 2 
As transformações da 
condição feminina 
 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
10 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
depois da 2a Guerra 
Mundial 
O sistema político 
atual 
 1 
 
CRONOGRAMA DE AULAS 
Abaixo segue o cronograma do nosso curso feito conforme o conteúdo programático 
cobrado no Edital/Manual do Aluno3. 
Aproveite e experimente essa aula demonstrativa. Depois dela, espero que você fique mais 
motivado ainda para estudar História e para se preparar conosco nesta caminhada. Dedique-se 
durante alguns meses para ser aprovado. Vale a pena!!! 
Aqui o bicho é a Coruja e, logo mais, você é quem vai virar “O BIXO!” 
Confia!!! 
 
No cronograma abaixo, marque quando você estudou e pelo menos 1 revisão 
de cada assunto. Esse é um controle específico deste material, ok! 
 
AULA CONTEÚDO ABORDADO ESTUDADO REVISADO 
Aula 00 
História Geral – História Antiguidade I 
 Culturas e Estados no Antigo Oriente Próximo. 
O mundo grego. 
 
 
Aula 01 
 
História Geral – História Antiga II 
O mundo romano. 
 
 
Aula 02 
História Geral – História Medieval I 
 O cristianismo, a Igreja Católica e os reinos bárbaros. 
 Os mundos do Islão e de Bizâncio. 
 
 
Aula 03 
História Geral – História Medieval II 
 Economia, sociedade e política no feudalismo. 
 O desenvolvimento do comércio, o crescimento urbano e a vida 
cultural. 
 A crise do século XIV. 
 
 
Aula 04 História Geral – História Moderna I 
 O Renascimento. 
 
 
3 https://www.fuvest.br/vestibular-da-usp. Acesso em 04/12/2021 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
11 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 Antigo Regime 
 O Estado moderno e o Absolutismo monárquico. 
 As reformas religiosas e a Inquisição. 
 Mercantilismo 
Aula 05 
História da América 
 Grandes Navegações e Novo Mundo 
 Culturas indígenas: maias, astecas e incas. 
 A conquista da América espanhola: dominação e resistência. 
 Formas de trabalho compulsório nas Américas no período 
colonial. 
Colonização inglesa: formação das 13 colônias. 
 
 
Aula 06 
História do Brasil – Colônia I 
 O sistema colonial: organização política e administrativa. 
 A economia colonial: extrativismo, agricultura, 
 Populações indígenas do Brasil: experiências antes da conquista, 
resistências e acomodações à colonização. 
 Escravos e homens livres na Colônia. 
 
 
Aula 07 
História do Brasil – Colônia II 
 Escravos e homens livres na Colônia - continuação. 
 Os negros no Brasil: culturas e confrontos- continuação. 
 Populações indígenas do Brasil: experiências antes da conquista, 
resistências e acomodações à colonização- continuação. 
 Religião, cultura e educação na Colônia. 
 A economia colonial: extrativismo, agricultura, pecuária, 
mineração e comércio 
 A interiorização e a formação das fronteiras. – Economia aurífera 
 
 
Aula 08 
História Geral – História Moderna II 
 As Revoluções inglesas do século XVII 
 Ilustração. 
 A Formação do Mundo Capitalista 
Independência dos Estados Unidos. 
 
 
Aula 09 
História Geral - História Contemporânea I 
Revolução industrial 
Revolução francesa de 1789 
 
 
Aula 10 
História Geral – História Contemporânea II 
 A Europa em guerra e em equilíbrio (1789 -1830): Napoleão, 
Congresso de Viena e Restauração 
 A Europa em transformação (1830 -1871): as revoluções liberais e 
nacionalistas (1830 e 1848) 
Classes e interesses sociais em conflito nos séculos XIX e XX. O 
socialismo, o anarquismo e o republicanismo 
 
 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
12 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Aula 11 
História da América – América Latina 
Ideias e movimentos pela independência política nas Américas. 
A formação dos Estados Nacionais. 
 
 
Aula 12 
História do Brasil – Da Colônia ao Império 
Ideias e movimentos pela independência política nas Américas. 
Rebeliões e tentativas de emancipação. 
 O período joanino e a Independência. 
 
 
Aula 13 
História do Brasil – Império brasileiro 
 Primeiro Reinado e Regência: organização do Estado e lutas 
políticas. 
 
 
Aula 14 
História Geral – História Contemporânea III 
Unificação da Alemanha e Itália 
 A Europa em competição (1871-1914): 
imperialismo, neocolonialismo e partilha da África e Ásia 
 Arte e cultura nos séculos XIX: a Belle Époque 
História da América – Estados Unidos 
 EUA: expansão para o Oeste e Guerra de Secessão. 
 
 
Aula 15 
 
História do Brasil – Do Império à República 
 Segundo Reinado: economia, política e manifestações culturais. 
 Escravidão, indígenas e homens livres no século XIX. 
 Imigração e abolição. 
 A crise do Império e o advento da República. 
 
 
Aula 16 
História Geral – História Contemporânea IV – Século XX 
A 1ª. Guerra Mundial (1914-1919) 
Revolução Russa 
 
 
Aula 17 
 
História Geral – História Contemporânea V – Século XX 
 As décadas de 20 e 30: crises, conflitos e experiências totalitárias. 
 A 2ª. Guerra Mundial (1939-1945) 
 As transformações da condição feminina depois da 2a Guerra 
Mundial. 
 Arte e cultura nos séculos XIX e XX: do eurocentrismo ao 
multiculturalismo. 
História da América – Estados Unidos 
 Modernização, urbanização e industrialização. (American Way of 
life); Crise de 1929; New Deal 
 
 
Aula 18 
 
História do Brasil – Brasil Republicano I 
1a. República (1889-1930) 
 Movimentos sociais no campo e nas cidades no período 
republicano. 
 
 
Aula 19 História do Brasil – Brasil Republicano II 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
13 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 Era Vargas (1930-1945) 
 Governo Dutra 
 2º. Governo Vargas (1951-1954) 
 Intervalo Democrático (1955- 1964): 
Governos JK, Jânio Quadros e João Goulart. 
Aula 20 
 
História Geral – História Contemporânea VI – Pós II Guerra 
 Bipolarização do mundo e Guerra Fria. 
 Revolução Chinesa 
 Descolonização e principais movimentos de libertação nacional na 
Ásia e África. 
 Os conflitos no mundo árabe e a criação do Estado de Israel. 
História da América– América Latina 
Caudilhismo e populismo na América Latina 
Modernização, urbanização e industrialização na América Latina 
no século XX. 
Revoluções na América Latina (México e Cuba). 
Estado e reforma política: Lázaro Cárdenas e Juan Domingo Perón. 
 Militarismo, democracia e ditadura na América Latina nos séculos 
XX e XXI. 
 Manifestações culturais na América nos séculos XX e XXI. 
 Expansão/crescimento do mundo urbano, as novas tecnologias e 
os novos agentes sociais e políticos. 
 
 
Aula 21 
 
História do Brasil – Brasil Republicano III 
 Regime Civil - Militar (1964-1965) 
 Redemocratização 
 A Nova República 
 Cultura e Política no Brasil República 
 
 
APRESENTAÇÃO DO CURSO E DA METODOLOGIA 
 
Vamos conhecer a proposta do curso? 
Nossa metodologia parte da análise estatística da incidência dos conteúdos para 
desenvolver a teoria com foco nos assuntos mais cobrados. Esse curso vai no alvo e prioriza o que 
realmente cai. Foi pensado para você estudar até o dia da Prova. 
 As aulas dos LIVROS DIGITAIS estão baseadas nos principais livros e autores cobrados 
ao longo dos últimos anos e que aparecem nas questões das principais provas do país. 
A linguagem é simples e direta, com o objetivo de dialogar com você. 
Nos livros digitais e nas videoaulas, vamos manter a linha cronológica para você não perder a 
sequência histórica e cronológica dos conteúdos previstos na Basedo Ensino Médio. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
14 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Assim, na disciplina de história, temos que fazer sempre o controle da temporalidade. Por 
isso, sugiro que você monte sua linha do tempo: durante a leitura da aula, cada data que aparecer 
você anote e completa sua linha do tempo. Para facilitar sua vida, as datas ficam grifadas em 
amarelo. 
 Você faz o controle dessa linha por meio da marcação do exato momento histórico que 
você está estudando. Assim, você nunca mais vai ficar “perdido no tempo” (acreditem: essa é a 
principal dificuldade para o vestibulando – mas não será para você!). 
Você precisa saber contextualizar um tempo histórico. Associar datas e fatos em uma 
sequência cronológica, extraindo disso relações de causalidade (o que causa o que e gera quais 
consequências! 
Além disso, é importante estudar por questões. Por isso, faremos muitas questões. Elas estão 
divididas em dois momentos: 
➢ 1º. Ao longo da teoria; 
➢ 2º. Ao final do material na Lista de exercícios. Nesta lista constam as questões da sua prova 
e de outras universidades. Podem estar divididas por tema ou por ano, a depender da aula. 
 
Quero enfatizar que todas as questões da lista são comentadas. No comentário, eu explico o 
conteúdo, mas também mostro os macetes e os caminhos que você precisa fazer para chegar na 
resposta certa. Ou seja, eu faço uma análise comentada e com estratégias de respostas para cada 
questão. 
Esse é o caminho para gabaritar o conteúdo e sair para o abraço . 
 Sobre nossas VIDEOAULAS queria comentar uma coisinha com você: Elas são dinâmicas 
e interativas, e têm o conteúdo completo, especialmente, naqueles assuntos mais 
espinhosos que quase todo mundo esquece na hora H. Nas videoaulas dou dicas e 
macetes preciosos para você resolver as questões objetivas. 
 
Livros Digitais e videoaulas se complementam já que são instrumentos pedagógicos 
diferentes – um é de leitura e o outro audiovisual. 
 
Com relação à nossa PLATAFORMA - nosso site. Há o FÓRUM DE DÚVIDAS, que será nosso 
mecanismo de contato permanente. Estaremos sempre perto! Então, assim que você terminar de 
estudar uma aula do Livro Digital ou videoaula e rolar dúvidas, você poderá mandá-las lá no Fórum 
e eu vou respondendo por ordem de chegada! 
Além disso, temos nossas SALAS VIP. É uma sala virtual de aprendizado virtual e simultâneo, 
na qual os alunos podem conversar diretamente com os professores, em salas de, no máximo 
30/40 alunos. Elas complementam as aulas, em geral tiram dúvidas mais profundas, trazem 
aprofundamentos para matérias específicas, desenvolvem algum tema de maior dificuldade que 
apareceu no fórum e, claro, acontecem à pedido dos alunos. Então, pode mandar suas sugestões 
Profe Alê Lopes 
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15 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
que vamos acolher para montar nosso cronograma. Elas acontecem todos os dias e vocês acessam 
o calendário no site, na área do aluno. Basta clicar no link e acessar a Sala! 
Por fim, nossos SIMULADOS INÉDITOS. Todo final de semana você terá um tipo de simulado 
disponível, elaborado pelos professores e suas equipes. Eles são inéditos e comentados no mesmo 
padrão das questões para você treinar no mesmo padrão da banca. Sugiro que você faça tantos 
quantos conseguir. E TODOS da sua banca. 
Visualize a proposta em um esquema: 
 
Abaixo segue o cronograma do nosso curso. Aproveite e experimente essa aula 
demonstrativa. Depois dela, espero que você fique mais motivado ainda para estudar História e 
para se preparar comigo nesta caminhada. 
Dedique-se durante alguns meses para você mandar muito bem na prova da FUVEST, que é longa, 
trabalhosa, cheia de meandros específicos. 
Bem, então, chegou a hora de começar. Vamos juntos? 
“Uma palavra escrita não pode nunca ser apagada. Por mais que o desenho tenha sido feito a 
lápis e que seja de boa qualidade a borracha, o papel vai sempre guardar o relevo das letras 
escritas. Não, senhor, ninguém pode apagar as palavras que eu escrevi." 
Carolina Maria de Jesus 
AULAS 
FOCADAS NOS 
ASSUNTOS 
MAIS 
COBRADOS 
Linha do 
tempo -
controle da 
temporalidade
Questões 
comentadas
Videoaulas 
completas
FÓRUM 
DE 
DÚVIDAS
Sala Vip
Simulados 
Periódicos
SUA 
APROVAÇÃO!
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
1. COMO APRENDER HISTÓRIA: COMENTÁRIOS PRELIMINARES 
Há algo que eu gostaria de comentar com você antes de iniciarmos nossos estudos: como 
se aprende História? 
Você deve estar achando perda de tempo esse tópico, afinal já passou 12 anos na escola e 
estudou História “pra caramba”. Então eu pergunto: você se lembra de tudo? 
Talvez os mais fissurados na disciplina mandem muito bem. No entanto, a grande maioria 
só vai lembrar daquele cara chamado Napoleão – e seu cavalo branco -, o Dom Pedro – que 
também tinha aquele cavalo branco -, Júlio César - o imperador romano -, a Joana d’Arc – que se 
vestiu de homem para lutar contra... (não se lembra, né?). 
E se eu te perguntar coisas como: 
➢ qual o significado histórico da revolução cultural chinesa? 
➢ quais as diferenças entre a independência da América espanhola e a portuguesa? 
➢ quais as reformas de Dom João VI, no Brasil? 
➢ qual mesmo era a proposta do Hypólito da Costa para a imprensa brasileira? 
➢ quando essas coisas aconteceram? O que você diria? 
 
Veja, há três mitos que precisamos derrubar: 
➢ Mito 1: datas não são importantes 
➢ Mito 2: desnecessidade de decorar fatos. 
➢ Mito 3: não precisa saber onde as coisas acontecem 
A articulação entre fatos e datas, significa pensar que as coisas acontecem em um tempo e em 
um espaço. Tomando isso sempre de maneira dinâmica como se o tempo nunca parasse (e não 
para mesmo) teremos a contextualização. Isso é simplesmente FUNDAMENTAL em História! 
Há muito tempo a história não é mais contada como os grandes feitos de inesquecíveis 
heróis. Também, não é mais contada apenas por temas, de maneira descontextualizada. A 
historiografia mais contemporânea – aquela que é feita, inclusive, pelos historiadores da USP – 
adota a perspectiva dos processos históricos coletivos e da história como experiência social. 
 Os historiadores Perry Anderson, Jacques Le Goff, Jean-Pierre Vernant, Jérôme Baschet, 
Eric Hobsbawn e Edward Palmer Thompson, entre outros, são os queridinhos dessa corrente 
adotada hoje em dia. Todos entendem a história como “processo histórico” impulsionado por 
grupos, pessoas, ideias e interesses, segundo as condições de cada época. Não por menos, 
diversos textos das questões de prova usam trechos de Hobsbawn e de Thompson, além de outros 
autores. 
 
 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Historiografia é uma palavra que significa não apenas o registro escrito da História, 
a memória estabelecida pela própria humanidade por meio da escrita do seu 
próprio passado, mas também a ciência da História. Por exemplo, o historiador 
grego Heródoto, que viveu na Grécia Antiga, escreveu sobre o período antigo e 
produziu um trabalho historiográfico. 
 
Essa forma de compreender e escrever a história dos homens, das suas ideias e 
dos seus feitos é a forma como se costuma elaborar suas questões de História. 
 
Isso nos obriga a ter outra postura diante do conhecimento sobre o que se passou. Veja 
alguns cuidados que você deve ter ao estudar essa disciplina: 
 
 
 Primeiro: é preciso analisar o contexto no qual um acontecimento ou fato ocorreu. 
Todo acontecimento esteve dentro de um contexto geral – como se fosse um quadro 
de parede mesmo. É aquilo que é comum para o espaço que está sendo observado. 
Em geral, o contexto influencia os processos. 
 Segundo: é necessário ter uma visão ampla sobre os períodos históricos. Isso significa 
que tem que saber data sim!!! Maior mentira do mundo essenegócio de que data 
não importa. Então, a tradicional linha do tempo é um exercício fundamental para 
quem quer gabaritar história. Em estatística, chamamos isso de série histórica. Para 
entender tendências mais gerais do mercado de trabalho, por exemplo, o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pega os dados de períodos grandes de 
tempo. Assim, consegue-se perceber o movimento, as transformações, as 
tendências e as variáveis constantes. É isso que fazemos com a História, como 
qualquer outra ciência. 
 Terceiro: é fundamental desvendar as relações causais dos processos – causas e 
consequências. São elas que ligam os fios e fatos da História. Quando estamos diante 
de um acontecimento precisamos fazer as perguntas: quando, onde, por que, por 
quem, resultou em que, para quem? Vamos diagramar essa ideia? 
Processo 
histórico
determinar as 
relações causais
analisar 
contexto
ter visão ampla 
dos períodos 
históricos -
cronologia
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
Ou seja, querida/querido aluno, ao 
encontrarmos as causas e as 
consequências de fatos e fenômenos, 
dentro de contextos amplos, 
conseguimos explicar os processos 
históricos. 
 
Consegue entender? Não é 
fácil fazer isso, eu sei, pois você, 
provavelmente, passou a vida 
tentando APENAS decorar as coisas. 
Fez suas provas e depois esqueceu o 
conteúdo. Normal!! Contudo, isso não 
vale mais quando o que você quer 
entrar em uma das melhores Universidade do País. Mesmo você, que já fez cursinho antes, que já 
leu e releu as apostilas e, mesmo assim, não conseguiu gabaritar, devo dizer: estava com o método 
errado. 
É preciso mudar a perspectiva, e é isso que nós propomos com nosso material. A 
COMPREENSÃO DOS PROCESSOS DEPENDE DA MEMORIZAÇÃO e NÃO EXISTE MEMORIZAÇÃO SEM 
COMPREENSÃO. Essas coisas são complementares, sacaram? 
 
 
Ou seja, a “decoreba” e a compreensão dos porquês são complementares e 
não excludentes!! 
 
 
Assim, a ideia é estudar história conforme a Universidade pesquisa e escreve a história 
enquanto ciência humana – evidentemente, adaptada ao conteúdo de Ensino Médio, pois é o que 
cai na sua prova. 
 
É assim que gabaritamos: quando entendemos o modo como o examinador pensa, produz 
conhecimento e depois cobra de você no vestibular. Sacou? 
Fato 
Histórico
Quando?
Onde?
Por quê?
Por 
quem?
Resultou 
em quê?
Para 
quem?
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
2. COMO ESTUDAR POR QUESTÕES: MÉTODO T.E.T. 
Quero passar para vocês um método de estudos por questões, que desenvolvi com meus 
alunos ao longo dos meus 17 anos de docência. Não deixe de testar. Ele é composto por cinco 
passos 
1- Ao fazer a questão encontre os 3 mandamentos da história: 
a- O tempo T 
b- O espaço (local) E 
c- O tema T 
Identifique tudo isso no texto e no comando da questão. Com isso você já vai localizar do 
que se trata cada questão. 
 
2- A lei da prova é o comando da questão: faça exatamente o que se pede. Não procure pelo 
em ovo. 
 
3- Sempre relacione cada alternativa com os 3 mandamentos da questão (espaço, tempo e 
tema). Muitas vezes podem ter alternativas certas, mas que não condizem com o tempo, 
espaço e tema que estão sendo cobrados na questão. Atenção a isso, pois essa falta de 
atenção costuma ser uma das principais causas de erros nas questões de história. 
 
 Os dois últimos passos você pode explorar nos simulados e no dia da prova mesmo. 
Eles servem para aumentar seu número de acertos. 
4- Interprete o texto, a imagem, a frase, olhe para todas as informações trazidas na questão, 
sobretudo se você estiver em dúvida entre alternativas distintas e que parecem muito 
parecidas. Algumas vezes, a fonte do texto pode ajudar. 
 
5- Essa dica vai para quando você não souber mesmo o assunto específico. Nesse caso, 
encontre os 3 mandamentos (espaço, tempo, tema) e faça uma contextualização geral. Você 
precisa lembrar dos aspectos mais gerais. 
Por exemplo, todas as revoltas coloniais nativistas ocorreram contra o abuso de poder da 
Metrópole e sua tentativa de aumentar a explorar por meio de cobranças de impostos excessivas, 
fiscalização rígida; todas ocorreram pós União Ibérica e, por isso, no contexto da crise do sistema 
colonial. Isso vai ajudar a acertar mesmo que não tenha certeza. 
Então, chegou a hora de começar efetivamente o conteúdo do nosso curso de História para a 
FUVEST. Não esqueça: nosso curso foi feito para você gabaritar história! 
Se você topa o desafio, vamos que vamos, juntos, até a sua APROVAÇÃO! 
T.E.T. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
3. ANTES DE TUDO: A PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA 
O estudo da história está dividido por periodização. Se você observar o cronograma do nosso curso, 
verá que ele está organizado segundo uma lógica cronológica. Às vezes, alguns alunos se confundem nessas 
marcações. Vamos pensar um pouco sobre isso? 
O calendário que rege a organização da vida social é como um plano cartesiano: o ano ZERO é o 
nascimento de Cristo. 
Assim, antes desse evento, os anos são contados em ordem decrescente, depois, em ordem 
crescente. 
Veja a seguir: 
 
Decrescente: a.C Crescente: d.C 
 
.........4000................. 1200 ............. 3 2 1 0 1 2 ...476 .......1453....1789..............2019 
____________________________________|___________________________________ 
 0 
Nascimento de Cristo 
 
 
E essa cronologia toda foi subdividida pela historiografia com objetivos didáticos 
para podermos comparar períodos, processos e fenômenos, uma vez que a história é o 
estudo da vida dos homens no seu devido tempo. Sacou? A subdivisão é a seguinte: 
 
 Idade Antiga: 4000 a.C até 476 d.C (da invenção da escrita até queda do 
Império Romano) 
 Idade Média: 476 d.C até 1453 d.C (até a queda de Constantinopla, capital do Império 
Bizantino) 
 Idade Moderna: 1453 d.C até 1789 d.C (até a Revolução Francesa) 
 Idade Contemporânea: 1789 até os dias atuais 
 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
Mas lembre-se: o fluxo histórico é CONTÍNUO. Não tem um dia no qual os homens 
acordaram e se deram conta de que “tinha acabado a Idade Média e começado a 
Moderna...” e disseram: “Aí, querido, agora somos Modernos!!! :P...... 
Por isso, a divisão é um recurso pedagógico e de pesquisa, feito por diversos 
historiadores ao longo dos últimos séculos e a mais aceita nos grandes vestibulares. 
Outras existem e em momentos oportunos, comento com você, ok? 
Se tiver dúvida, já sabe, é só mandar no Fórum de Dúvidas! 
 
4. INTRODUÇÃO AO TEMA 
- Então, profe, por onde vamos começar? 
Gostaria de começar do começo, meus querido e minha querida!! 
 
 - Ah, profe, sério isso? Ia começar de onde, né? 
Pois bem, a questão é que, quando começamos a estudar história, os materiais 
começam pelo assunto “pré-história”, colocam aquela imagem clássica da evolução, 
falam das coisas que o homem foi aprendendo até chegar à escrita e entram no período 
que chamamos de “história da antiguidade”. 
 
Porém, eu não vou fazer isso porque não cai dessa forma na FUVEST. 
Assim, darei uns pulinhos e partirei direto para o momento em que os homens e mulheres já 
se organizavam por meio de formações sociais diferenciadas. Por isso, começaremos falando dos 
povos egípcios, persas, fenícios, mesopotâmicos – os quais compõe a chamada Antiguidade 
Oriental. Também veremos os gregos – os quais formam a Antiguidade Clássica. Quanto aos 
romanos, destinamos uma aula exclusiva. Veremos esse conteúdo na Aula 01. 
 
Como vimos anteriormente, A Antiguidade começa em 4.000 a.C, com a invenção da escrita, e 
termina em 476 d.C, com a queda de Roma, Capital do Império Romano do Ocidente. 
Veja o esqueminha: 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares –Aula 00 – Antiguidade I 
 
22 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
Esse período é marcado pelo/a: 
 processo de transição nomadismo-sedentarismo (processo de fixação à terra), 
 aprimoramento de instrumentos e armas, de manipulação dos metais, de 
experiência humana com a descoberta da agricultura, da domesticação de animais, 
 criação das cidades-Estados e dos Impérios. 
 momento do surgimento de diferentes religiões e formas de expressão cultural. 
 
Para entender esse período, devemos ter em mente como foram formadas grandes 
aglomerações humanas e urbanas, bem como o processo de intensificação entre os diversos 
povos. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
5. CULTURA E ESTADO NO ORIENTE PRÓXIMO (ORIENTE MÉDIO) 
4 Oriente Próximo, também denominado 
Oriente Médio, é a região do chamado 
Crescente Fértil, formado pelos rios Tigre, 
Eufrates e Nilo. 
 Foram às margens desses rios que se 
desenvolveram as primeiras civilizações com 
formações sociais e econômicas mais 
complexas. A historiografia denomina o 
sistema de vida que se desenvolveu nessa 
região de “modo de produção asiático”, ou 
sociedades hidráulicas ou de regadio, devido 
à necessidade de controlar os recursos 
hídricos e suas tecnologias – com obras de 
irrigação, diques, barragens e drenagens – 
para consolidar e expandir a produção agrícola. 
Esse contexto gerou Estados centralizados com grande controle sobre a população. Assim, 
nessa região se desenvolveu um sistema de servidão coletiva para o Estado, ou seja, trabalho 
compulsório nas grandes obras hidráulicas ou estruturais do espaço público. 
 
É importante ressaltar que os Estados eram teocráticos. Estado teocrático é aquele em 
que não há separação entre as esferas política e religiosa e os líderes políticos eram 
líderes religiosos. O trabalho compulsório também era considerado uma oferenda aos 
deuses. 
 
Os povos que se estabeleceram nessa região foram os egípcios, ligados ao Nilo, e os 
mesopotâmicos, ligados aos rios Tigre e Eufrates. É verdade que o mesmo ocorreu no extremo 
oriente da Ásia: os povos da Índia estavam vinculados ao rio Indo e os chineses ligados ao rio 
Amarelo. No Oriente Próximo, ou Oriente Médio, outras civilizações foram beneficiadas com o 
poder fertilizante (e econômico) dos rios, como a sociedade pastoril dos hebreus e persas, ou 
ainda, a mercantil dos fenícios. 
 
4 ARRUDA, José Jobson de A. Atlas Histórico Básico. São Paulo, Editora Ática, p. 06 
Profe Alê Lopes 
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24 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
 
A origem dos povos do Oriente Próximo esteve ligada à chamada Revolução Neolítica ou 
Revolução Agrícola. Nesse processo, há uma alteração na relação homem-natureza, de modo que 
se inverteu a situação de completa dependência que o ser humano tinha com a natureza. 
Lembra que o homem era um ser coletor, caçador e pescador e, sempre que os recursos de uma 
área se esgotavam, ele tinha de ir em busca de outro? 
Por isso, ele era nômade. Contudo, por volta de 12.000 e 4.000 anos a.C, iniciou-se um processo 
de domesticação de animais e de cultivo de plantas. Alguns historiadores afirmam que as mulheres 
tiveram um papel fundamental, pois tratavam diretamente do cuidado dos alimentos coletados. 
Assim, elas realizavam uma seleção artificial das sementes que melhor se adaptavam ao clima das 
áreas onde o grupo humano se fixava. 
Como consequência, o ser humano adquiriu a capacidade de ocupar espaços por um tempo muito 
maior e, até mesmo, fixar-se à terra. Por isso, falamos do processo de sedentarização do homem. 
Nesse sentido, os vales férteis dos rios tiveram uma importância fundamental e, 
consequentemente, o controle e organização sobre a irrigação das terras e mesmo das vazantes 
dos rios estiveram relacionados com a concentração de poder e a formação dos Estados. 
É importante compreendermos que os homens não deixaram de ser coletores e pescadores para 
se tornarem agricultores. Ao contrário, esses meios de sobrevivência se complementaram. A 
diferença se encontra justamente nas formas como os homens e mulheres daquele tempo 
passaram a se organizar socialmente. 
Assim, falamos da desintegração coletivista da pré-história e da formação de sociedades mais 
complexas, com propriedade privada dos meios de trabalho e de sobrevivência – no caso, a terra, 
os animais e as armas. 
É nesse processo que se formam as cidades ou pólis, os Estados e também os Impérios. Sobre 
esse assunto, veja a definição de trabalho na parte do Dicionário Conceitual, ao final desta aula - 
 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
25 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
5.1. MESOPOTÂMIA, A TERRA ENTRE RIOS 
 
 
Mesopotâmia, em grego, significa terra entre Rios. A região é geograficamente uma 
planície, o clima é árido e com chuvas escassas. Por isso, as áreas próximas aos rios se tornaram 
muito importantes para os povos da região. 
Ainda assim, o regime de cheias do rio Tigre e Eufrates não é regular como acontece com 
o Nilo. Por isso, este lugar foi palco de diversos conflitos entre diferentes povos que habitaram ou 
invadiram a região. Povos nômades e seminômades, das montanhas e do deserto invadiam terras 
dos povos sedentários e agricultores que viviam às margens dos rios. 
Essa agitada vida político-militar é a singularidade que caracteriza a região e a história dos 
povos mesopotâmicos e, assim, marca sua diferença em relação ao Egito. 
De um modo geral, o controle sobre a irrigação, sobre a produção agrícola, sobre a guerra 
e sobre a população são questões que estruturam o desenvolvimento dos Estados e dos povos 
mesopotâmicos. Um dos reflexos dessa estrutura político-econômico-social foi a existência da 
escravidão em larga escala. Os povos derrotados em guerras eram transformados em escravos do 
Estado vencedor. Estes eram utilizados nas obras hídricas ou na agricultura, entre outras, como 
monumentos (pirâmides, por exemplo). 
Vejamos um pouco da história desses povos e das lutas pela conquista da hegemonia na região: 
Baseado nas investigações arqueológicas, a historiografia sugere que os Sumérios foram os 
primeiros povos a desenvolverem as cidades mesopotâmicas, por volta de 3.500 a.C. Dê uma 
olhada no mapa anterior e você verá Ur e Uruk, duas das principais cidades mesopotâmicas. 
Algumas delas tinham um complexo sistema hidráulico que possibilitou a construção de diques, 
barragens e drenagem de pântanos. Essas tecnologias geraram certo sucesso econômico e, com 
isso, crescimento populacional e urbano. Logo, houve a necessidade de proteção militar das 
cidades. O chefe político era o rei, conhecido como patesí. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
26 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
 A ESCRITA 
O que teria levado os sumérios a desenvolver a escrita? 
Segundo os principais historiadores do período, a escrita está relacionada essencialmente com o 
fato da organização social e econômica ter se tornado cada vez mais complexa. A memória não 
era suficiente para dar conta das atividades burocrático-administrativas. Estas eram realizadas 
pelos sacerdotes, nos TEMPLOS (veja, querido aluno e aluna, que o TEMPLO é uma instituição 
que abrange múltiplas funções: econômicas, políticas e religiosas, afinal, essas esferas eram 
imbricadas na realidade da vida das pessoas daquela época). Mas as funções da escrita se 
expandiram e ganharam relevância para registrar outras atividades, como: ensinamentos 
religiosos, códigos normativos e civis (como veremos daqui a pouco com o Código de Hamurabi), 
textos literários e poesias. Ou seja, a escrita vai se tornando um “sistema socialmente reconhecido 
de registro”5. 
O desenvolvimento da escrita passou por algumas fases: 
Pictórica: Um sinal representa uma coisa ou um ser; 
Ideográfica: Um sinal representauma ideia; 
Fonográfica: Um sinal representa um som da fala humana. 
Por fim, chama-se escrita cuneiforme porque era impressa em argila ou barro, com um estilete em 
forma de cunha. 
 
Bixo, dizem que os Sumérios eram os caras mais criativos do rolê. Verdade! Eles 
“criaram a roda”, a escrita cuneiforme, aqueles canais hidráulicos muito loucos. Com 
isso, com seus trenós puxados por bois e outros animais, puderam andar mais rápido 
transportando mais mercadorias, acelerar as comunicações entre cidades diferentes. 
Você vê que essas coisas estão relacionadas, né! Irrigaram mais, produziram mais, 
transportaram mais, comunicaram-se mais e, ainda por cima, inventaram a escrita para 
registrar todas essas coisas. Fala sério, gente. Por isso tudo, dominaram a área por uns 
mil anos. Muito louco!!!!! 😊 
 
 
5 CHILDE, V. Gordon. A evolução cultural do homem. RJ, 1971. 
 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Na sequência, por volta de 2300 a.C, do deserto da atual Síria, vieram os Acádios que, sob 
a liderança do Rei Sargão, conquistaram as cidades sumerianas, unificaram-nas e fundaram o 
primeiro Império Mesopotâmico. Apesar de dominarem os sumérios, os acádios incorporaram sua 
cultura, seu modo de vida e todo seu conhecimento matemático, agronômico, astronômico, entre 
outros. Sua hegemonia durou cerca de 400 anos. Foi um período marcado por muitas guerras de 
expansão territorial e tentativas de invasão por parte de outros povos. O domínio dos acádios foi, 
finalmente, superado pelos amoritas por volta de 2.100 a.C. 
 Os amoritas, vindos do deserto da Arábia, estabeleceram-se na cidade da Babilônia e, por 
isso, também são conhecidos como babilônicos. Dominaram toda a região, do Golfo Pérsico até 
o norte da Mesopotâmia. Sob a liderança do lendário Rei Hamurabi, fundaram o 1º Império 
Babilônico. 
O Império Babilônico, comandado por Hamurabi (1763 a.C), é reconhecido como aquele que 
desenvolveu mudanças nos aspectos sociais e políticos e impôs o deus babilônico Marduk a todos 
os povos da região. Criou uma administração centralizada e uma estratificação social 
hierarquizada. 
 
O CÓDIGO DE HAMURABI 
Um dos primeiros “códigos jurídicos” escritos de que temos conhecimento é o Código de 
Hamurabi. Ele está inscrito em um monólito. São 281 artigos escritos em cuneiforme (a escrita 
desenvolvida pelos sumérios, lembram?) que tratam sobre diversas áreas da vida social: trabalho, 
família, comércio, propriedade. Ele é muito conhecido pelo seu sistema de penalidades baseado 
no princípio da retaliação, ou em latim lex talionis. Você já deve ter ouvido falar em “olho por olho 
e dente por dente”, não ouviu? É isso! 
Contudo, este “princípio de igualdade”, ou da proporcionalidade entre crime e pena dependia 
do grupo social ao qual o suposto criminoso cometeu o crime. Por exemplo, o artigo 200 diz: “Se 
um homem livre arrancou um dente de um outro homem livre igual a ele, arrancarão seu dente.” 
Agora compare com o que diz o artigo 201: “Se ele arrancou um dente de um homem vulgar, 
pagará 500g de prata”. Outro exemplo, art. 230: “Se um pedreiro causou a morte do filho do 
dono da casa, matarão o filho deste pedreiro”. Mas, segundo art. 231, “Se causou a morte do 
escravo ele dará ao dono da casa um escravo equivalente”. Conseguem perceber que a pena é 
semelhante ao delito cometido, embora pudesse variar conforme a posição social e econômica da 
vítima? 
 
 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
O Império Babilônico sofreu uma série de invasões até que a região foi dominada pelos 
assírios, por volta de 1300 a.C. Eram conhecidos pelo seu forte caráter militar e pelo tratamento 
cruel e violento que tinham com seus prisioneiros. Este povo é originário da região situada entre 
a Ásia e a Europa e, na Mesopotâmia, fixou-se no Alto do Tigre, ao Norte. De lá os assírios 
organizaram o primeiro exército permanente de que temos notícia e alcançaram seu maior 
esplendor. O principal governo assírio foi o de Sargão II. 
Próximo a 612 a. C, os assírios foram derrotados por uma aliança militar entre os caldeus – 
povos do Sul da Mesopotâmia – e os medos (calma gente, não é medo de medinho, é medo de 
“Terras Médias”, onde hoje é o Irã). Com essa força, os caldeus conquistaram toda a 
Mesopotâmia, inclusive, a Babilônia. Por isso, ficaram conhecidos como neobabilônicos. Seu 
grande líder foi o grande Nabucodonosor (604-562 a.C.), responsável por grandes obras urbanas, 
templos, jardins (o famoso e místico Jardins Suspensos) e rigor administrativo. 
Mesmo assim, os caldeus não resistiram à expansão de um outro grandioso Imperador: Ciro 
I, rei da Pérsia!!! Em 539 a.C a Mesopotâmia foi conquistada pelos persas. 
Em decorrência, inicia-se um longuíssimo período de dominação do Oriente Próximo: 
primeiro os persas; depois Alexandre, o Grande; e, por fim, os Romanos. 
 
Não fique perdido: 
 
 
(FUVEST 2011) 
A passagem do modo de vida caçador-coletor para um modo de vida mais sedentário 
aconteceu há cerca de 12 mil anos e foi causada pela domesticação de animais e de plantas. 
Com base nessa informação, é correto afirmar que 
a) no início da domesticação, a espécie humana descobriu como induzir mutações nas plantas 
para obter sementes com características desejáveis. 
b) a produção de excedentes agrícolas permitiu a paulatina regressão do trabalho, ou seja, a 
diminuição das intervenções humanas no meio natural com fins produtivos. 
539. a.C Persas 
conquistam Mesopotâmia 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
c) a grande concentração de plantas cultivadas em um único lugar aumentou a quantidade 
de alimentos, o que prejudicou o processo de sedentarização das populações. 
d) no processo de domesticação, sementes com características desejáveis pelos seres 
humanos foram escolhidas para serem plantadas, num processo de seleção artificial. 
e) a chamada Revolução Neolítica permitiu o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, 
garantindo a eliminação progressiva de relações sociais escravistas. 
Comentários 
A questão trata sobre o processo de sedentarização. Veja, o comando da pergunta usa a 
palavra DOMESTICAÇÃO. Nesse caso, domesticação significa controle da produção – quer 
seja do animal ou da planta. Dos itens qual é o que melhor representa essa ideia de controle? 
O item D, pois fala em “seleção artificial”. Seleção que dizer escolha e artificial quer dizer 
que houve intervenção humana. Ou seja, demanda uso racional do que se quer obter como 
produto. Assim, tem o mesmo sentido de domesticação. 
O item A não pode ser porque não se trata de realizar mutação genética. 
A letra B está errada, pois apresenta o sentido inverso do que ocorreu na história: o aumento 
do excedente de produção gerou aumento da intervenção humana no meio ambiente. 
O item C está errado porque o aumento da produção facilitou a vida sedentária e não o 
posto como propõe a questão. 
Por fim, o item E também sugere sentido oposto ao que ocorreu na história. 
Gabarito: D 
(FUVEST 1998) 
A partir do III milênio a. C. desenvolveram-se, nos vales dos grandes rios do Oriente Próximo, 
como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos, fortemente organizados e 
centralizados e com extensa burocracia. Uma explicação para seu surgimento é 
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser 
contidas pela imposição dos governos autoritários. 
b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar 
obras de irrigação. 
c) a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo 
através das caravanas de seda. 
d) a expansão das religiões monoteístas, que fundamentavam o caráter divino da realeza e 
o poder absoluto do monarca. 
e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequenterevolução tecnológica, que 
transformou a agricultura dos vales e levou à centralização do poder. 
Comentários 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
A questão explora a relação entre meio ambiente e poder. Um tema clássico: o surgimento 
do Estado na região do Crescente Fértil. Vimos que os Estados centralizados do Oriente 
Próximo surgiram frente à necessidade de controlar o comportamento dos rios e, assim, 
dominar e aproveitar ao máximo seu potencial fértil. Contudo, para isso, foi necessário muito 
trabalho e organização da população. Nesse sentido, o gabarito é a letra B pois expressa 
justamente essa ideia de organização da população. 
Vejamos por que não pode ser as demais alternativas: 
a- Veja, há uma ordem invertida do processo de desenvolvimento e organização social. O 
item fala em cidade ates do surgimento do estado. A cidade já é uma forma de organização 
social relacionada com o surgimento do estado, porque Estado é poder político organizado 
e centralizado. São elementos políticos sociais que surgiram no mesmo processo histórico. 
b- Correta 
c- É verdade que o comércio da seda já existia. Alguns historiadores afirmam datar de 8000 
anos antes de Cristo esse comércio. Mas, a historiografia não que isso tenha incentivado a 
formação de Estados Teocráticos fortemente organizados, como foi no Egito e na 
Mesopotâmia. 
d- A única religião monoteísta do período trabalhado na questão era o judaísmo e, nesse 
caso, eles não contribuíram para a formação de Estados Centralizados e Teocráticos. Pelo 
contrário, como vimos, os judeus foram conquistados e escravizados por babilônicos e 
egípcios. 
e- Olha esse item “casca de banana”. A revolução tecnológica que conhecemos como 
“revolução neolítica”, não foi a responsável direta pela criação do Estado. No crescente fértil 
está relacionado justamente com aproveitar melhor o potencial dos rios, ou seja, um passo 
depois da revolução tecnológica. 
Gabarito: B 
 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
5.2. EGITO ANTIGO 
O Egito, assim como a Mesopotâmia, 
desenvolveu-se como uma sociedade hidráulica. 
A estrutura política, econômica, social e religiosa 
dessa região esteve ligada à dinâmica do 
próprio Rio Nilo – suas cheias e vazantes. 
Contudo, diferentemente da Mesopotâmia, o 
Egito se beneficiou de um certo isolamento 
geográfico que lhe proporcionou maior 
estabilidade política e prolongados períodos de 
paz. Isso se refletiu na inexistência de uma 
grande casta de guerreiros. Também não havia 
grandes comerciantes, embora tenha existido 
comércio com outros povos. Nesse sentido, foi 
a religiosidade o aspecto que ocupou grande 
parte dos interesses dos grupos sociais e dos 
assuntos públicos. 
Você já deve ter ouvido dizer que o Egito 
era uma dádiva do Nilo, não ouviu? Essa frase é 
atribuída ao historiador grego Heródoto que 
visitou o Egito no século V a.C. Ele teria 
observado como era fértil a terra nas margens 
do Nilo e como isso possibilitou a formação de 
uma próspera sociedade. 
Heródoto estava certo ou errado, Aluna e Aluno? 
 - Aí, Profe, ele deve estar certo. Imagina o Egito sem o Nilo? Seria um deserto, né? 
Verdade, aluna e aluno!!! No entanto, imagina o Egito com o Nilo e sem o povo. Que prosperidade 
ocorreria??? 
O que quero dizer para você é que foi necessário muito trabalho, conhecimento e 
organização para que a sociedade egípcia não ficasse submetida aos fatores naturais do meio 
ambiente. Assim, criaram canais de irrigação, barragens e diques, pois as inundações do Nilo 
poderiam ter um potencial destrutivo, ou ainda, não serem suficientes para irrigar e fertilizar as 
terras de sua margem, caso fossem muito pequenas. 
Por isso, o desenvolvimento do Egito, tão bem observado por Heródoto, é fruto da 
interação do ambiente natural com o trabalho criativo humano. Sacou? 
Em relação a organização política, por volta de 5000 a.C., havia o chamado Baixo Egito, 
perto do Mediterrâneo, e o chamado Alto Egito, situado ao Sul do Nilo. Os povos praticavam a 
agricultura e viviam em aldeias chamadas nomos. Então, aproximadamente pelo ano 3200 a. C. 
os governantes do Alto Egito conquistaram o Baixo Egito e unificaram os dois reinos sob um único 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
governo: o Império dos Faraós. O primeiro Faraó, só para constar, foi Menés. Aliás, faraó, significa 
grande casa – ou palácio. Os egiptólogos costumam dividir a história do Egito em 3 fases. Tome 
nota: 
 
 
*mais tarde o Egito foi invadido pelos gregos, macedônios, romanos e muçulmanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTO IMPÉRIO, 
3200 a.C - 2300 
a.C:
•Período marcado por forte religiosidade e momento estável e pacífico. Foram construídas
as pirâmides de Queóps, Quefren e Miquerinos. No final desse período, o poder dos chefes
locais (nomarcas) cresceu a ponto de superar o poder do faraó. Como consequência, houve
a descentralização política do Egito;
MÉDIO IMPÉRIO, 
2000 a.C - 1580 
a.C:
•Período em que houve uma luta entre Faraó e os nomarcas e a tentativa de
recentralização do poder e reunificação do Império. Foi um processo vitorioso para o
Faraó, mas o Egito foi invadido por outros povos, como os hicsos. A dominação estrangeira
despertou um sentimento de unidade e militarismo nos egípcios. Por fim, conseguiram
expulsar os estrangeiros e unificar o Império;
NOVO IMPÉRIO, 
1580 A.C - 525 
a.C: 
•Período de conflitos entre alguns Faraós e os Sacerdotes. Entre 1377 e 1358 houve uma
Reforma Monoteísta imposta pelo Faraó Amenófis. O Faraó foi derrotado pelos sacerdotes
e estes coroaram um novo Faraó: Tutenkhamon. Há uma sucessão de faraós, um período
longo de conquistas militares e muito esplendor. <as no final desse período o Egito foi
invadido pelos Assírios em 662 e em 525 pelos Persas.
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
 
Shaw, Ian; Nicholson, Paul. Harry N. Abrams, ed. The Dictionary of Ancient Egypt. Nova York: 
Princeton University Press, 1995, p. 55. 
Sobre o Egito Antigo, considere as três afirmações seguintes: 
I. Durante o Império Antigo, uma administração central bastante desenvolvida tornou 
possível o aumento da produtividade agrícola, o que serviria de motor para impressionantes 
avanços nos campos da arquitetura, arte e tecnologia. 
II. O rio Nilo era responsável por mover a economia, pois após as cheias, quando a terra 
estava fértil. 
III. A antiga sociedade egípcia estava dividida de maneira rígida e nela praticamente não 
havia mobilidade social. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
Comentários 
O Egito Antigo foi uma das mais importantes civilizações da Antiguidade, localizada no 
nordeste da África. Foi parte de um complexo de civilizações, as civilizações do Vale do Nilo, 
do qual também faziam parte as regiões ao sul do Egito, atualmente no Sudão, Eritreia, 
Etiópia e Somália. Tinha como fronteiras o Mar Mediterrâneo, a norte, o Deserto da Líbia, a 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
oeste, o Deserto Oriental Africano a leste e a primeira catarata do Nilo a sul. Foi umas das 
primeiras grandes civilizações da Antiguidade e manteve durante sua existência uma 
continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte 
devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contatos com o 
estrangeiro tenham sido também uma realidade. O Egito antigo foi governado por famosos 
faraós, como é o caso de Menés, Ramsés II, Amenófis IV e Tutancâmon, em uma monarquia 
religiosa centralizada,como forma de governo. Deste modo, a alternativa “d” está correta, 
pois as afirmações destacadas retratam a importância do rio Nilo, do desenvolvimento da 
agricultura e das formas de governo para o estabelecimento do Egito como uma das mais 
importantes civilizações do mundo antigo. 
I - Correto! As muitas realizações dos antigos egípcios incluem o desenvolvimento de técnicas 
de extração mineira, topografia e construção que permitiram a edificação de monumentais 
pirâmides, templos e obeliscos; além de um sistema avançado de matemática, um sistema 
prático e eficaz de medicina, sistemas de irrigação e técnicas de produção agrícola, entre 
tantos avanços tecnológicos e científicos. 
II - Correto! A vida egípcia estava regulada pelas cheias do rio Nilo. As aldeias e as cidades 
do Egito antigo ficavam perto do rio Nilo, que era a principal via de transporte e também a 
única fonte de água. A agricultura era uma de suas bases. Plantavam-se trigo, cevada, frutas, 
legumes, linho, papiro e algodão. De igual maneira, o Nilo servia para pesca e garantia a 
unidade política ao antigo Egito, porque era uma via utilizada para comunicar os dois pontos 
do território. 
III - Correto! No topo da sociedade encontrava-se o Faraó e sua imensidão de parentes. O 
faraó era venerado como um verdadeiro deus, pois era considerado como o intermediário 
entre os seres humanos e as demais divindades. Abaixo do faraó e de sua família vinham as 
camadas privilegiadas como sacerdotes, nobres e funcionários. Na base da pirâmide social 
egípcia estavam os não privilegiados que eram artesãos, camponeses, escravos e soldados. 
Portanto, a alternativa correta é a letra “e”. 
Gabarito: E 
5.2.1. Estratificação Social, Política e Econômica 
A sociedade egípcia era rigidamente estratificada – ou seja, não havia mobilidade social. 
Algumas posições sociais mais privilegiadas eram hereditárias, como reis e sacerdotes. Vejamos 
como se caracterizava cada estrato social. Repare que, em geral, cada estrato estava relacionado 
com uma atividade econômica ou política: 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
 
I- Faraó: Rei Supremo, responsável pela proteção e prosperidade do povo. Ele tinha 
autoridade religiosa, administrativa, militar e judicial. Havia a crença na condição divina 
de sua pessoa. Era o maior proprietário de terras do Império. Era auxiliado pela Elite 
Dirigente. 
II- Elite Dirigente: 
• Nobres: cargos hereditários da de administradores das províncias e de comando 
militar 
• Sacerdotes: eram os senhores da cultura egípcia. Ligados às cerimônias religiosas 
e à administração dos bens dos templos 
• Escribas: dominavam a técnica da escrita, por isso tinham prestígio e poder. Na 
prática, exerciam a função de fiscais de tributos e obras. 
III- Artesãos: se subdividiam em qualificados e com pouca qualificação. Os primeiros 
produziam os artigos de luxo e poderiam trabalhar nos templos e palácios. Os de pouca 
qualificação, em geral, trabalhavam em oficinas rurais. 
IV- Camponeses: a maioria da população era campesina. Viviam em aldeias e deveriam, 
obrigatoriamente, entregar parte da colheita, do rebanho ou da pesca como tributo aos 
moradores dos palácios, ou seja, aos membros do grupo da elite dirigente. Na época 
de cheia do rio Nilo, os camponeses eram obrigados a trabalharem nas grandes obras 
de irrigação ou na construção dos monumentos, como as pirâmides. A esse trabalho 
compulsório, os historiadores atribuem o nome de servidão coletiva. Perceba que era 
uma servidão temporária e para o Estado. 
V- Escravos: diferentemente da Mesopotâmia, não existia escravidão por dívida. Esse 
grupo foi numericamente pequeno e realizavam as mais diferentes funções, a depender 
de suas qualificações. Eram prisioneiros de guerra. Não poderiam ser vendidos, pois 
não eram considerados mercadoria. Além disso, tinham alguns direitos como 
testemunha em tribunais, casar-se com pessoas livres. Por isso, alguns egiptólogos 
questionam a categoria escravidão para esse grupo! 
 
Faraó
Nobres
Sacerdotes
Escribas
Artesãos
Campesinos
Escravos
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
5.2.2. Religião Cultura e Ciência 
Como falamos antes, no Antigo Egito, a religião ocupava um lugar fundamental na vida 
social e dela decorreu desenvolvimento em diferentes áreas do conhecimento humano. A religião 
era politeísta (crença em muitos deuses) e havia a crença na vida após a morte. Acreditava-se que 
a alma se consubstanciaria no mesmo corpo e, por isso, desenvolveu-se a técnica de mumificação. 
Além disso, nos túmulos eram depositados vários objetos, pois a crença era de que a alma 
retornaria ao corpo e isso não poderia ocorrer sem os bens materiais. Para tanto, os egípcios 
precisaram desenvolver estudos na área da química, da anatomia e medicina. 
Os Faraós, por exemplo, por estarem no topo da pirâmide social, tinham seus corpos e 
seus pertences guardados nas pirâmides. Pirâmides de verdade!!!! Por isso, desenvolveram-se 
técnicas de arquitetura e engenharia que foram capazes de mantê-las inteirinhas até hoje!! 
Outro desdobramento da importância da religião era o controle social exercido por meio 
dela. Lembram-se de que os Sacerdotes compunham o grupo da elite dirigente, por isso, tinham 
privilégios? O Faraó era a personificação dos deuses e isso justificava os tributos que os 
camponeses deveriam entregar ao Estado, bem como o trabalho servil que deveriam realizar 
durante as cheias. 
A arte se desenvolveu relacionada a representação religiosa de deuses, dos sacerdotes, 
dos faraós. A própria escrita também estava no campo das artes, uma vez que os escribas tinham 
a função específica de desenvolvê-la. Evidentemente, com o passar do tempo e com as 
especializações das atividades, a escrita se modificou e, em algumas situações tornou-se menos 
ornamentada para atender objetivos ligados à economia e atividades administrativas. 
Veja as três formas de escrita: 
 
HIEROGLÍFICA:
complexo sistema de escrita 
pictográfica, ideográfica e 
fonética. Considerada 
sagrada.
Possui + de 600 caracteres.
HIERÁTICA:
simplificação da 
escrita hieroglífica
DEMÓTICA:
Mais recente e popular. 
Utilizada para 
contabilidade. Possui 
cerca de 350 sinais. 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
 
(Estratégia Vestibulares/Profe Alê Lopes/2020) 
O historiador grego Heródoto (que viveu no século 5 a.C.) já dizia que o 
Egito é uma dádiva do rio Nilo, um longo e estreito oásis no deserto. Em 
tempos ancestrais, a região onde se formou o delta do Nilo, no nordeste da África, ficava 
debaixo do mar. Com o tempo, o mar foi baixando e deixando um solo fértil em seu lugar. 
Ali, no chamado Baixo Nilo (que logo seria conhecido também como Baixo Egito), começou 
a ocupação humana na região. 
 (DÁDIVA DO NILO. Aventuras na História, 2007) 
A partir do texto e de seus conhecimentos, sobre a relação entre a dinâmica do Nilo e a 
civilização egípcia, pode-se afirmar que 
A civilização egípcia desregulou alterou o curso do rio e isso causou a inundação do Nilo. 
As cheias do Nilo são resultado do desequilíbrio ambiental gerado pelo desenvolvimento da 
civilização egípcia. 
Os recursos naturais no Egito eram abundantes, mas as pessoas não tiveram condições 
intelectuais de dominar a força destruidora das cheias do Nilo. 
d) O desenvolvimento da civilização egípcia está relacionado com a criação de obras 
hidráulicas, como diques e sistemas de irrigação. 
e) Não há relação direta entre o Nilo e o desenvolvimento da civilização Egípcia, já que a 
exposição do Sol é frequente e quase não há precipitações nessa região. 
Comentários 
Essa questão trata sobre o desenvolvimento da civilização egípcia e sua relação com o Rio 
Nilo. O Egito sempre teve sua vida ligada às águasdesse rio e seus períodos de cheia. Isso 
porque durante esses períodos o solo das margens era fertilizado, possibilitando o plantio e 
a produção de alimento. No entanto, em alguns anos, essas cheias não aconteciam ou então 
inundavam tudo, prejudicando, das duas maneiras, a agricultura. Assim, só quando os 
habitantes aprenderam a controlar as cheias por meio de obras hidráulicas que a civilização 
pode produzir alimento em larga escala e se desenvolver. Tendo isso em mente, vamos à 
análise das alternativas: 
Esse tipo de obra hídrica ocorreu, mas não foi a causa da inundação, mas um recurso para 
aproveitar da melhor maneira possível o seu movimento natural de cheias e vazantes. 
Errado porque o movimento de cheias e vazantes do Rio Nilo é anterior a ocupação humana 
nas suas margens. 
Errado. Como sabemos, o Egito deixou grandes legados, alguns deles são as pirâmides. 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Gabarito. Essa é uma alternativa clássica. Demonstra a relação e possibilidade de 
desenvolvimento da civilização egípcia por meio do controle do movimento natural do rio 
Nilo por meio de obras hídricas. 
Erradíssima. Vimos que há relação. 
Gabarito: D 
 
5.3. HEBREUS, PERSAS E FENÍCIOS 
Outro assunto que você precisa dominar para não ser surpreendido na prova é a história 
dos povos hebreus, persas e fenícios. Estes povos mantém relação direta entre seu 
desenvolvimento e o dos povos do Crescente Fértil, por isso, às vezes aparece algo sobre eles nas 
provas. Ninguém precisa ser um expert no assunto, uma boa noção geral é suficiente para resolver 
qualquer questão. Vejamos: 
5.3.1 – Hebreus 
A história dos hebreus mescla informações e registros históricos propriamente dito e textos 
religiosos, que não deixam de ser históricos. Sobre as informações religiosas, basta lembrar do 
Antigo Testamento Bíblico – texto que, além de religioso, possui denso conteúdo historiográfico. 
A civilização hebraica se desenvolveu por volta de 2000 a.C., na região conhecida como 
Palestina, juntamente com outros povos, como os cananeus, filisteus e assírios. Aqui também tem 
importância um rio, o Jordão, de modo que as terras em torno dele faziam parte da região do 
Crescente Fértil. Assim como vimos nas demais áreas do Crescente Fértil, as terras eram motivo 
de disputas e batalhas. Mesmo assim, a historiografia classifica os hebreus de povos de pastoreio. 
Voltando aos registros bíblicos, Abraão foi o primeiro líder hebreu. O filho de Abraão, Isaque, 
teve outros dois, Isaac e Jacó, os quais formavam a liderança denominada de “os patriarcas”. 
Essas lideranças pregaram uma nova religião, monoteísta, a qual teria a função de unificar o povo 
hebreu. Isso porque, segundo documentos religiosos, Deus teria escolhido Abraão, e sua esposa 
Sara, para o projeto de união dos povos, e teria orientado Abraão para abandonar suas terras na 
região de Harã e partir em direção às terras que ele – Deus -indicaria, em Canaã (referente aos 
primeiros habitantes, os cananeus), região da Palestina. 
As terras da Palestina, onde se encontrava Canaã, já eram habitadas por outros povos – os 
cananeus e filisteus – antes da chegada dos israelitas. Por isso, houve muitas batalhas em torno 
das terras, principalmente as férteis. As constantes guerras teriam motivado muitos hebreus a se 
deslocarem na direção do Egito. 
No Egito, em um momento em que os israelitas formavam quase metade da população, 
eles foram submetidos ao trabalho forçado. Oprimidos e escravizados, os hebreus, sob a liderança 
de Moisés, iniciaram o Êxodo, isto é, a fuga do Egito para Canaã. 
Novamente, novas guerras com os filisteus. Para enfrentá-los, as 12 tribos israelitas 
nomearam os Juízes, como Gideão, Sansão e Samuel. Esses chefes eram lideranças políticas, 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
militares e religiosas. Após muitos confrontos, em 1010 a. C., Saul foi proclamado o primeiro Rei 
de todos os hebreus. Mas, foi o Rei David, sucessor de Saul, quem derrotou os filisteus e decretou 
Jerusalém como a capital do Estado Hebraico. 
Na sequência dos reis hebreus, um de grande destaque foi o Rei Salomão, que assumiu o 
trono em 966 a. C. Com Salomão, o comércio prosperou e o Estado israelense se fortificou. 
Entretanto, os pesados impostos estabelecidos por Salomão e a disputa pela sucessão do trono 
provocaram uma divergência entre os hebreus e houve o fim da união das tribos hebraicas, o 
Cisma Hebraica. O Cisma enfraqueceu os hebreus e os tornou vulneráveis a outros povos 
expansionistas. O próprio território foi dividido, sendo que as duas grandes regiões foram o Reino 
de Judá (com capital em Jerusalém) e Israel (com capital em Samaria), mais ao norte. Assim, em 
721 a. C., Israel foi conquistado pelos assírios e em 586 a. C. o Reino de Judá foi conquistado por 
Nabucodonosor. 
Já no século I d. C., o domínio grego-macedônio, seguido do domínio romano, impôs uma 
condição de opressão e submissão aos hebreus. Com isso, ocorreu a Diáspora Hebraica. Os 
hebreus se espalharam em diversas regiões. 
 
Após todos esses conflitos em torno da terra das regiões férteis, também movidos 
por convicções religiosas e políticas, os israelenses somente constituíram um 
Estado na região da Palestina em 1948, por determinação da Organização das 
Nações Unidas (ONU). 
 
Embora esse período da história antiga do povo hebreu esteja marcado por guerras e 
conflitos, é importante destacar – brevemente – aspectos conclusivos. 
Do ponto de vista político, a organização do governo estava estruturada, 
progressivamente, primeiro nos Patriarcas, depois nos Juízes e, por fim, nos Reis. A religião e a 
cultura hebraica foram importantes para construir a unidade e identidade do povo (unidade das 
12 tribos), sendo elemento importante para a identidade nacional. 
Sobre a economia, em um primeiro momento, antes dos Reis hebreus, predominava o 
pastoreio e a agricultura (cereais, oliva, figo e uva) para, no apogeu do reinado de Salomão, atingir 
o desenvolvimento do comercio via rotas terrestres. 
Além disso, a religião monoteísta hebraica foi base para as religiões seguintes do 
Cristianismo e do Islamismo. 
5.3.2 – Fenícios 
Com relação aos fenícios, guarde essas informações importantes: diferentemente dos 
hebreus, eles eram adeptos ao politeísmo (culto a vários deuses). Culturalmente, também foram 
os criadores do alfabeto fonético de 22 letras, a matriz do nosso alfabeto. Posteriormente, os 
gregos e romanos aprimoraram esse alfabeto. 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Há 3000 a. C. a Fenícia ficava na área que hoje é conhecida como Líbano, isto é, acima e 
ao norte da Palestina. Os fenícios se destacaram pela atividade de navegação e comércio, via 
marítima. Veja na representação gráfica abaixo o ponto de partida dos navios dos fenícios e as 
rotas comerciais. 
 
Do ponto de vista político, esse povo vivia em cidades-estados autônomas (bolinhas no 
mapa acima), sem uma unidade plena do povo. Nessas cidades, os comerciantes centralizavam o 
poder político em suas mãos e exerciam domínio sobre a maior parcela da população, os 
trabalhadores livres e os escravos. Assim, o sistema de governo era conhecido como Talassocracia. 
 Em relação à ciência, os fenícios deram contribuições significativas na astronomia e na 
matemática, pois o culto aos deuses ligados aos astros (Baal, deus Sol, e Astartéia, deusa Lua) 
levou-os a desenvolver formas de cálculos. Memorize, a partir da observação do mapa, a 
localização da cidade de Cartago, pois, voltaremos a falar dela quando estudarmos Roma. 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
5.3.3 – Persas 
 
Os persas, cerca de 2000 anos a. C., chegaram à região conhecida hoje como Irã. Ali 
estabelecidos, desenvolveramatividades primárias da agricultura, como pastoreio e plantio de 
cereais e frutas. 
Possuíam uma religião dualista, um deus do bem e outro do mal, conhecida como 
masdeísmo. A religião persa foi aprimorada com a confecção do livro sagrado, o Zend-Avesta, e 
passou a ser conhecida como zoroastrismo. Os ensinamentos do masdeísmo foram compilados 
pelo profeta Zoroastro (ou Zaratustra) que viveu por volta de 628 a.C. e 551 a.C, por isso, o nome 
da religião - zoroastrismo. 
Segundo escritos religiosos, Zoroastro teria compilado a religião a partir da fusão das 
crenças populares das diversas localidades do Império Persa. Essa ligação entre as diversas 
religiões à essência dualista do masdeísmo foi uma forma de garantir a unidade dos povos. 
Mais adiante na linha histórica, entre VI e V a. C., e já como Império liderado por Ciro – o 
unificador dos povos do planalto do Irã –, a característica expansionista desse povo levou-o a 
conquistar outras terras. Sob Ciro, o Império Persa se estendeu até a Mesopotâmia (lembre-se, 
entre os rios Tigres e Eufrates) e até a Palestina. Sob o comando de Cambises, em 525 a. C., os 
persas conquistaram o Egito. 
O governo persa era do tipo Teocrático e o Império possuía uma administração altamente 
eficiente. Uma das formas de organização territorial desenvolvidas pelos persas foram as 
províncias, denominadas de satrapias. Nas satrapias atuavam os fiscais do rei. Para agilizar a 
execução de ordens e otimizar a administração do Império Persa foram construídas diversas 
estradas entre as províncias para ligar as principais cidades, como Susa, Persépolis e Babilônia. 
Não por menos, Dário I, além de criar uma moeda, o dárico, também instituiu uma espécie de 
sistema de correios. Economicamente, destacava-se o comércio de sedas, tapetes e joias. 
A saga expansionista dos persas, sob o comando de Dário I, sofreu revés nas conhecidas 
Guerras Médicas (como veremos na parte sobre o mundo grego). Dário I tentou conquistar a 
Profe Alê Lopes 
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42 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Grécia, mas o poderoso exército Persa foi derrotado. Em uma segunda tentativa, sob o comando 
de Xerxes (todo mundo assistiu ao filme 300, não?), filho de Dário I, também foi derrotado por 
Atenas. As derrotas expansionistas e as rebeliões internas nas colônias enfraqueceram o Império 
Persa até que o declínio completo chegou com a derrota dos persas para o macedônio Alexandre 
- o Grande. Em 331 a. C., Alexandre derrotou Dario III na batalha de Arbelas. 
Posteriormente, os persas foram conquistados pelos romanos e, no século VII d. C, os 
árabes conquistam as terras da região do Irã e fundiram a religião islâmica com a cultura persa. 
 
 
(FUVEST 2020) 
Ao primeiro brilho da alvorada chegou do horizonte uma nuvem 
negra, que era conduzida [pelo] senhor da tempestade (…). Surgiram 
então os deuses do abismo; Nergal destruiu as barragens que 
represavam as águas do inferno; Ninurta, o deus da guerra, pôs abaixo os diques (…). Por 
seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e torrentes assolaram o 
mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois exércitos em guerra. Na 
alvorada do sétimo dia o temporal (…) amainou (…) o dilúvio serenou (…) toda a humanidade 
havia virado argila (…). Na montanha de Nisir o barco ficou preso (…). Na alvorada do sétimo 
dia eu soltei uma pomba e deixei que se fosse. Ela voou para longe, mas, não encontrando 
um lugar para pousar, retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que as águas haviam 
abaixado; ela comeu, (…) grasnou e não mais voltou para o barco. Eu então abri todas as 
portas e janelas, expondo a nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vinho 
sobre o topo da montanha em oferenda aos deuses (…). 
A Epopeia de Gilgamesh, São Paulo: Martins Fontes, 2001. 
Com base no texto, registrado aproximadamente no século VII a.C. e que se refere a um 
antigo mito da Mesopotâmia, bem como em seus conhecimentos, é possível dizer que a 
sociedade descrita era 
a) mercantil, pacífica, politeísta e centralizada. 
b) agrária, militarizada, monoteísta e democrática. 
c) manufatureira, naval, monoteísta e federalizada. 
d) mercantil, guerreira, monoteísta e federalizada. 
e) agrária, guerreira, politeísta e centralizada. 
Comentários 
Questão clássica, de contextualização sobre a Antiguidade Oriental, sobretudo, nas 
sociedades do Crescente Fértil. 
De um modo geral são sociedades agrárias, militarizadas, politeístas e centralizadas. São 
exemplo, os Impérios Babilônicos, Acádios e os Sumérios. Assim, o gabarito é alternativa E. 
Profe Alê Lopes 
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43 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Nesse sentido, podemos excluir as demais alternativas pelos seguintes motivos: 
A alternativa A devido às características pacífica e mercantil. A guerra era parte essencial das 
disputas por terra entre distintos povos que compuseram a região da Mesopotâmia e, nesse 
momento, essas sociedades eram essencialmente agrárias, por isso, viviam em torno dos rios 
ou promoviam grandes obras de irrigação; 
a alternativa B por indicar o monoteísmo; 
a alternativa C por falar em monoteísmo e em federalismo. Federalismo é uma forma de 
organização política típica do final do século XVIII; 
o item D devido às menções sobre monoteísmo e federalismo ainda fala em característica 
mercantil. 
Gabarito: E 
(FUVEST 2015) 
Examine estas imagens produzidas no antigo Egito: 
 
As imagens revelam: 
a) caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e 
a proibição, no antigo Egito, do trabalho compulsório. 
b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da 
produção de alimentos, o que provocava longas temporadas de fome. 
c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade 
de caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito. 
d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e 
inviabilizava a criação de gado de maior porte. 
e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores 
durante aproximadamente metade do ano 
Comentários 
A questão aborda o clássico assunto sobre a importância da atividade agrícola nas 
sociedades do Crescente Fértil. Observe que as três imagens tratam sobre atividades de 
Profe Alê Lopes 
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44 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
preparação da terra (arado), colheita e irrigação. Uma dica: quando as imagens não forem 
muito nítidas, não se desespera. Olhe todas as informações da imagem, como datas, o autor 
da obra (porque você vai perceber que são sempre os mesmos sobre os mesmos temas) e 
os itens da questão. Elimine os absurdos. O item A não poderia ser porque o trabalho 
compulsório era uma obrigação; sobre o item B, a tecnologia que melhora a produção de 
alimentos não gera fome (item absurdo); sobre a alternativa C, como falamos, a agricultura, 
a caça e a coleta se complementam nesse momento da história; item D é outro abuso do 
examinador, gente – dificuldade de acesso à água, no Egito??? – sem comentário. 
Gabarito: E 
(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“A escrita não teve uma única forma de registro e nem apareceu numa única região. As 
principais formas de escrita foram a cuneiforme, na região da Mesopotâmia; o hieróglifo (do 
grego hieros, que quer dizer sagrado), na região do Egito; e a escrita alfabética, na região 
da Fenícia (costa do atual Líbano). Nessas regiões, também conhecidas como o Crescente 
Fértil, surgiram as primeiras civilizações. 
Outros sistemas de escrita e civilizações surgiram no vale do Indo (região do Paquistão), na 
China nos vales dos rios Huang-Ho e Yang Tsé-Kiang e, mais tarde, na Mesoamérica (nome 
dado à região entre a América do Norte e a Central em territórios dos atuais México e países 
daAmérica Central), às margens do rio San Juan, onde maias e astecas criaram suas 
organizações”. 
 FREITAS NETO, José Alves de; TASINAFO, Célio Ricardo. História Geral e do Brasil. São 
Paulo: HARBRA, 2006, p. 10. 
Nesses contextos de organização da vida social, a escrita tinha vários sentidos, entre os quais 
a) conferir direitos civis aos descendentes de estrangeiros. 
b) registrar os próprios modos de vida e a relação com a natureza e o sobrenatural. 
c) servir exclusivamente aos interesses do Estado. 
d) organizar o sistema prisional e as execuções de criminosos. 
e) universalizar o acesso à educação e elevar o nível cultural da sociedade. 
Comentários 
O tema da questão é o surgimento da escrita nas primeiras civilizações humanas. Antes de 
tudo, é necessário fazer uma ressalva: a escrita foi inventada mais de uma vez e de diferentes 
formas. Os registros mais antigos são na Mesopotâmia e Egito, mas lembre-se que astecas e 
maias também desenvolveram escrita, invenção que, apesar de posterior aos dois primeiros, 
foi independente deles. Em um quadro tão diverso de civilizações que marcam a 
Antiguidade, é difícil fazer uma contextualização satisfatória. Contudo, vale dizer que o 
surgimento da escrita está associado com o crescimento das sociedades e sua organização 
mais sofisticada. Com isso em mente, vejamos: 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
a) Incorreta. A maioria das grandes civilizações antigas, como as mencionadas no texto, não 
concediam direitos aos estrangeiros e seus descendentes. Além disso, não há nenhuma 
relação direta entre o surgimento da escrita e uma maior ou menor flexibilidade em relação 
aos estrangeiros. 
b) Correta! Antes da escrita, as sociedades humanas já tinham outras maneiras de registrar 
seus modos de vida e a sua relação com a natureza e o sobrenatural, isto é, por meio das 
pinturas rupestres e da tradição oral. No entanto, com a nova forma de expressão mais 
informações podiam ser registradas de forma mais objetiva. Os seres humanos passaram a 
registrar sua história e suas ideias, o que fez da escrita um marco divisor na história da 
humanidade, pois passou a haver registros que documentavam os mais diferentes aspectos 
da vida e do ambiente. Tanto é que os historiadores usam o marco da invenção da escrita, 
na Mesopotâmia (+- 3500 a. C.), como divisão entre o Período Histórico e o Pré-Histórico. 
c) Incorreta. Realmente, as grandes civilizações da Antiguidade, como as mencionadas, 
edificaram grandes Estados com o auxílio da escrita. Contudo, é reducionista afirmar que 
esta invenção serviu única e exclusivamente aos interesses de seus governos. A escrita 
também era usada na manutenção da religião e para produção de conhecimento. Lembre-
se também de poemas, como a Epopeia de Gilgamesh, eram muito comuns para contar a 
história de alguém ou de um povo. 
d) Incorreta. Não existia um “sistema prisional” na Antiguidade como entendemos hoje. Veja, 
existia sim a noção de crime e aqueles que o cometiam eram punidos, até mesmo 
executados, como forma de repreensão. Todavia, não existia um sistema, uma cadeia de 
presídios, cuja administração era centralizada pelo Estado, como temos hoje. Esse tipo de 
sistema prisional foi inventado na Idade Moderna. Antes disso, era mais comum haver 
masmorras particulares ou um pequeno número de celas. A centralização ou não da execução 
da justiça também variava de sociedade para sociedade naquela época. 
e) Incorreta. Nenhuma das sociedades da Antiguidade mencionadas tinham a intenção de 
universalizar a educação. O conhecimento e o domínio da escrita eram restritos a uma 
pequena parcela da população, geralmente associada ao governo da sociedade. Até mesmo 
o sacerdócio, que em alguns casos envolvia saber ler e escrever, era limitado a algumas 
pessoas. 
Gabarito: B 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
6. MUNDO GREGO 
 
6 
 
6 Disponível em:< http://pnyxblog.blogspot.com/p/pnyx.html.> Acessado em: 31-01-2019 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
O estudo do mundo grego é um assunto ENORME. Como temos alguns meses e 1 objetivo 
- sua aprovação! - vamos FOCAR nos assuntos com maior potencial de cobrança. Combinado? 
A primeira coisa para estudar Grécia é localizá-la no espaço. Olhe o mapa acima e faça as 
anotações que pedi ao lado. É importante você memorizar esse espaço geográfico. Península 
Balcânica é essa região que inclui o Peloponeso, a Ática. MAR EGEU e MAR MEDITERRÂNEO. Alguns 
falavam que esses mares eram os lagos gregos. Verdade! 
Além disso, o relevo dessa região é acidentado e montanhoso, tem um litoral recortado, 
muitas ilhas e, portanto, não muito favorável à pecuária e agricultura extensiva. Assim, vemos que 
a formação e desenvolvimento da Grécia esteve relacionado por um lado com as dificuldades para 
produção agrícola e por outro com as potencialidades desses mares. 
Portanto, assim como foi com a Mesopotâmia e o Egito, com a Grécia – e mesmo com Roma 
– os aspectos geográficos foram determinantes para os homens e mulheres daquele tempo. Dessa 
forma, os povos gregos desenvolveram a navegação e o comércio marítimo. Esse é o motivo e o 
sentido da expansão do mundo grego! Perry Anderson, historiador inglês e estudioso do tema, 
nos ensina em seu livro Passagens da Antiguidade ao Feudalismo: 
 
A água era o meio insubstituível da comunicação e do comércio que tornava possível o crescimento 
urbano de uma sofisticação e uma concentração bem distantes do interior rural que havia por trás. O 
mar era o condutor do brilho da Antiguidade. (ANDERSON, P. 1974, p. 21) 
 
Além disso, estudar Grécia, significa compreender a formação das chamadas cidades-estados, ou 
polis. Então, falamos do mundo urbano, propriamente dito. Contudo, não é um urbano que se 
sustenta política e economicamente, como hoje em dia. Havia uma cidade pública, política, do 
bem-comum. Os estudiosos relacionam a polis às experiências com a democracia e cidadania. A 
Ágora e a Acrópole são arquiteturas que representam o fundamento da res-pública, república. 
Agora que você se apropriou de uma visão panorâmica da Grécia, vamos dar um zoom em 
alguns aspectos. Preparados? 
6.1. PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA I: PRÉ-HOMÉRICO, HOMÉRICO E ARCAICO 
Os historiadores convencionaram dividir a história grega em 5 fases as quais veremos ao 
longo desse capítulo. Por enquanto, tome nota: 
I – Pré-Homérico ou Creto-Micênico (2000-1150 a.C.); 
II- Homérico (1150-800 a.C.); 
III- Arcaico (800-500 a.C.); 
IV- Clássico (500 a 338 a.C.); 
 
 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
V- Helenístico (338-146 a.C.). 
▪ Pré- Homérico: onda migratória e 1ª diáspora 
O período creto-micênico (2000-1150 a.C.) é o momento originário do mundo grego. Os 
cretenses viviam na Ilha de Creta e por serem navegadores entraram em contato com aqueus, no 
litoral sul do Peloponeso (para, vai no mapa e olha de novo se você não conseguiu memorizar 
essas informações, ok ). Então, formaram a civilização creto-micênica. Durante muito tempo 
foram uma grande civilização, inclusive, como ponto de fusão do Crescente Fértil (lembra?). 
No entanto, a partir de 2000 a.C., outros povos foram chegando nessa região - 
como os eólios, os jônios (que se estabeleceram onde é Atenas) e os dórios (que 
formaram Esparta). A inúmeras invasões foram desintegrando a sociedade creto-
micênica. Com a chegada dos dórios, povos com características mais belicistas 
(espartanos), houve uma dispersão dos povos originários para outras ilhas e regiões do 
mar Egeu. A esse processo chamamos de Primeira Diáspora Grega. 
Decore: 1ª. diáspora grega causada pela onda de movimentos migratórios! 
▪ Homérico: genos e 2ª. diáspora 
O período Homérico (1150-800 a.C.) que se seguiu foi de retrocessoem relação à 
complexidade da organização da sociedade. O próprio uso da escrita desapareceu. 
Os povos se organizaram por famílias ampliadas conhecidas como genos ou comunidade 
gentílica. A vida se organizava por laços de cooperação, a propriedade da terra e a produção 
eram coletivas e a divisão de tarefas era baseada na idade e no sexo. 
Entendeu isso? Agora coloca numa escala temporal de pouco mais de 300 anos. Imagina a 
roda da história girando. Isso mesmo!! O que vai dar? 
✓ Haverá aumento populacional porque as famílias crescerão muito, alguns vão acabar 
ocupando posições mais importantes - de liderança, fiscalização, controle. 
✓ Haverá escassez de terras boas e férteis para todo mundo... 
 
Os historiadores conseguiram descobrir que os mais poderosos receberam o nome de 
aristoi – os melhores – e as pessoas comuns eram os kakoi. Vocês percebem que aquela velha 
organização social baseada na família não servirá mais para dar conta de novas necessidades e 
outras expectativas? 
 
Assim, ocorreu uma desagregação da vida coletivista das genos e passou-se a uma 
disputa por terras e status sociais. O chefe máximo, geralmente o mais velho, o pai 
de todos na árvore genealógica, era o pater famílias. Ele dividiu as melhores e 
maiores terras com as pessoas mais próximas dele. Estes ficaram conhecidos 
como eupátridas. Mas, alguns parentes distantes receberam pequenas 
propriedades. Estes pequenos proprietários receberam o nome de georgoi. Os 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
que ficaram “a ver navios” foram os thetas, pois foram excluídos da partilha. Especialmente 
esses foram em busca de outras áreas, por isso, falamos em uma Segunda Diáspora Grega. 
 
Conclusão: Essa nova realidade social dá origem à formação da polis, palavra 
grega para designar cidade. Nesse momento, começa o período Arcaico. 
As palavras eupátridas, georgoi, thetas representam as novas classes sociais na polis. 
Percebam que elas estão relacionadas com a propriedade da terra. Mas, também há 
os escravos e estrangeiros. 
Arcaico: formação da polis 
O período Arcaico, que se estende de 800 a 500 a.C., é conhecido por ter sido o momento 
da formação e consolidação da polis. Agora querido aluno e aluno, pega um café e presta muita 
atenção porque chegamos no coração do mundo antigo... e o FUVEST ama! 
 Além disso, quero que tatue na mente as funções da cidade estado grega, pois 
depois faremos a comparação com a cidade medieval, combinado? 
A polis é o centro da vida social e política do mundo grego. Existiam várias polis, ou 
cidades-estados, por isso, a Grécia não constituiu um Estado centralizado como o Egito ou a 
Mesopotâmia. Então não falamos em “estado grego”, mas em cidades-estados gregas. Todas 
elas eram autônomas, independentes, com características econômicas e sociais específicas, seu 
próprio governo, leis, calendários, moedas. Tebas, Corinto, Messênia, Mileto, Rodes, Erétria, 
Mégara são algumas das centenas de cidades-estados gregas. Agora, com certeza, você vai 
lembrar das mais famosinhas: ESPARTA E ATENAS. 
Essas duas cidades-estados são dois “tipos-ideais” (modelos) usadas como “estudo de 
caso” para tentarmos compreender o mundo grego. Além disso, elas tiveram importância porque 
exerceram certa liderança entre as demais cidades-estados, especialmente, no período clássico 
(500 a 338 a.C.). 
Na polis, existia a distinção entre o espaço urbano e o espaço rural. O rural não quer dizer 
onde se planta, mas aquele espaço que está fora do centro das relações públicas e políticas que 
ocorrem no urbano – na Ágora. Assim, o rural é o espaço da propriedade privada, da atividade 
artesanal, da atividade mercantil, da construção dos instrumentos de navegação e de outras 
produções, enfim, dos interesses econômicos e privados. É o rural que alimenta a cidade, cercados 
por água. É a economia que possibilita o esplendor econômico da cidade-estado e até mesmo o 
tempo da atividade política no espaço urbano. Há, portanto, uma relação entre campo-cidade-
mar ou, como diria professor Anderson: 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
A combinação específica de cidade e campo que definia o mundo clássico, em última instância, 
só era operacional porque havia um lago no seu centro...A excepcional posição da Antiguidade 
clássica entro da História universal não pode ser isolada deste privilégio físico. 
(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Às vezes, as exigências do local, como em Mileto, levavam o teatro a 
instalar-se na periferia da cidade. Todavia, sempre que possível, ele se 
situava no centro da cidade. Com efeito, não se tratava apenas de um 
edifício de espetáculo, que servia às competições musicais e dramáticas, às 
quais se acrescentaram, na época imperial, os combates dos gladiadores. 
VIAL, Claude. Vocabulário da Grécia Antiga. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2013 
Conforme o texto, o teatro Grego, na Antiguidade, tinha uma função além dos 
espetáculos, 
a)Política, já que o edifício do teatro também foi utilizado para assembleias políticas. 
b)Civilidade, já que era o lugar onde se determinava os critérios de cidadania. 
c)Religiosa, já que era usado como templo para adoração de deuses. 
d)Filosófica, já que era usado como espaço escolar. 
e)Econômico, já que era o espaço de comércio de estrangeiros escravizados 
Comentários 
O teatro grego era uma estrutura fundamental. Era central na vida daquela civilização. O 
texto expressa essa centralidade ao afirmar que, na maioria das vezes se situava no centro 
da cidade e que tinha a função de espetáculos, competições musicais e combates de 
gladiadores. Veja, então, que o edifício do teatro pode ter múltiplas funções. 
Além dessas, quais mais, entre as listadas nas alternativas, foram desenvolvidas naquele 
espaço? 
Vejamos cada alternativa: 
a)Correto. Além da ágora (cuja função essencial era a política), o teatro era um espaço 
central, aberto e público. Isso permitia a execução da política na acepção grega, feita 
publicamente, com a participação dos cidadãos. Ressalto que isso ocorreu nas cidades-
estados gregas que tinham um perspectiva de política mais democrática, como em Atenas 
(mas não apenas nela) 
b)Errado, pois os critérios de cidadania foram sendo definidos ao longo do tempo. Não 
exatamente neste lugar. 
c)Errado, já que a religiosidade era exercida nos templos religiosos, apesar de ser verdade 
que muitas peças de tetro também falavam de deuses e da mitologia. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
51 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
d)Errado. Existiam escolas em algumas cidades-estados, como em Atenas. Apesar disso, 
não esqueça de que o teatro, digo, as peças de teatro tinham um papel social formativo. 
e)Erradíssimo. O comércio se desenvolvia em áreas de mercado, algumas vezes fora da 
cidade, nos portos. 
Gabarito: A 
(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Entre os séculos VI e V a.C., os gregos romperam com o senso comum, com a tradição e 
com o pensamento místico. Alguns historiadores dão o nome de milagre grego ao salto 
qualitativo do conhecimento humano sobre si e a natureza, em que se abandonaram a 
explicação mítica e o princípio da interferência das forças sobrenaturais nos destinos dos 
homens para dirigir-se à obtenção do saber por meio da abstração da razão. Apesar do 
grande avanço, a racionalidade e a investigação especulativa da natureza só se tornaram 
formas dominantes de pensar muitos séculos mais tarde, a partir do Renascimento (séculos 
XIV-XVI). 
COSTA, Cristina. Introdução à Ciência da Sociedade. São Paulo: Ed. Moderna. 
Com o desenvolvimento dessa nova forma de pensar os gregos 
a) Passaram a organizar a vida social exclusivamente a partir dos elementos racionais. 
b) Superaram a filosofia e sua perspectiva especulativa, pouco racional. 
c)Procuraram aproximar razãoe fé, a partir dos escritos platônicos. 
d)Conquistaram, progressivamente, consciência de que seu destino era produto da ação 
humana e não de forças sobrenaturais. 
e)Buscaram explicações para suas angústias em explicações cuja racionalidade tinha base 
na mitologia. 
Comentários 
Aqui temos uma questão interdisciplinar de História e Filosofia, que trouxe o contexto 
histórico da Antiguidade Clássica com um tema específico sobre o desenvolvimento do 
pensamento grego. 
Vamos lembrar de que a filosofia nasceu com o desenvolvimento do pensamento 
especulativo que se debruçava sobre o mundo procurando entendê-lo com objetividade. A 
observação da natureza, do espaço, dos fenômenos eram a base empírica desse 
pensamento especulativo. Assim, o pensamento laico, racional e de investigação 
especulativa da natureza constitui o pensamento grego. 
O comando da questão nos cobra sobre possíveis consequências dessa nova forma de 
pensar desenvolvido pelos gregos. 
Vejamos as alternativas 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
a) Errado. Como afirma o texto, apenas no Renascimento é que o pensamento racional se 
consolidou, assim, podemos imaginar que o pensamento especulativo e mítico/mitológico 
conviveram na Grécia Antiga. 
b)Errado. O pensamento grego tem base na especulação filosófica. 
c) Errado. A aproximação da fé e razão é parte do pensamento filosófico medieval. 
d)Gabarito. Essa é uma consequência do pensamento racional sobre a especulação da 
natureza e a descoberta, progressiva, de elementos que explicam os fenômenos naturais e 
sociais. 
e)Errado, pois o pensamento racional é uma ruptura com o pensamento mitológico. Não 
esqueça que isso ocorreu em um longo espaço temporal. A ruptura não foi abrupta; levou 
séculos. Como diz o texto, e nossos conhecimentos, o Renascimento retoma a cultura 
clássica e desenvolve mais o racionalismo. 
Gabarito: D 
6.2. POLIS: OS MODELOS ESPARTANO E ATENIENSE 
Esparta: 
Esparta era uma cidade localizada na Península do Peloponeso, cercada de montanhas e 
com solo apropriado para o cultivo de uvas e oliveira (vinho e azeite). O povo que deu origem a 
esta cidade-estado foram os dórios – de tradição militarista. Essa foi sua principal característica. 
De fato, ela nunca teve a cidade e, portanto, a política como espaço/atividade mais 
importantes do seu desenvolvimento. O rural teve maior importância. Por isso, o governo que se 
desenvolveu foi uma oligarquia de proprietários de terra com forma de DIARQUIA – dois reis. 
Apesar disso, havia uma “estrutura parlamentarista” formada por 3 órgãos: 
 ÁPELA: assembleia formada por cidadãos espartanos maiores de 30 anos. Elegiam os 
membros da GERUSIA e da ÉFORA; 
 GERÚSIA: conselho de anciãos, formada pelos 2 reis mais 28 esparciatas com mais de 
60 anos. Os cargos eram vitalícios; 
 ÉFOROS: conselho executivo, formado por 5 membros com cargo de 1 ano. 
Os proprietários de terras eram conhecidos como esparciatas. Cuidado com essa noção de 
propriedade!!! Não se tratava de propriedade individual, mas familiar. Além disso, era inalienável. 
Os esparciatas tinham a obrigação de permanecer à disposição do exército e das funções públicas. 
Mas, não poderiam exercer o comércio. Nas suas terras quem trabalhava eram os hilotas. Estes 
viviam presos à terra. Por isso, eram: responde aí, Galera!!!______________ 
Servos, profe!!! 
Isso mesmo querido e querida! Não eram escravos porque não eram considerados 
mercadorias, nem se tornavam escravos por dívidas. Como servos, eram desprezados socialmente 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
53 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
e viviam fazendo revoltas. Apesar disso, também existiam homens livre e não proprietários, eram 
os periecos. Muitas vezes eram nascidos em Esparta de pais estrangeiros. Não eram cidadãos 
porque não tinham direitos políticos, contudo, poderiam realizar o comércio e o artesanato. E, 
claro, pagavam tributos ao governo espartano! 
 
Essa estrutura social apresentada acima 
demonstra que a sociedade espartana 
era fechada, ou seja, rigidamente 
hierarquizada e sem possibilidade de 
mobilidade social. 
 
 
Educação Espartana 
A educação espartana era estatal, dividida por sexo e preparava homens para as funções 
militares e públicas. Os princípios eram: preparação física e obediência. Os meninos a partir dos 
7 anos eram separados de suas famílias e colocados sob a responsabilidade do Estado para 
receber a formação militar. Aos 18 anos tornavam-se hoplitas – soldados de infantaria que já 
andavam armados de lança, escudo e armadura. Entre os 18 e 30 anos, ele deveria se dedicar 
exclusivamente às atividades militares. Chegado seu 30º. aniversário poderia se casar e, 
finalmente, dedicar-se às atividades políticas – que eram indissociáveis das atividades militares. 
Ao tornar-se idoso aos 60 anos estava dispensado das obrigações militares e poderia compor a 
Gerúsia. Fique atento a essa relação entre Estado e Exército. Na verdade, as duas instituições 
compõem um único órgão diretivo da sociedade espartana. Já às mulheres cabia apenas a 
educação física, também de responsabilidade estatal, para fortalecimento do corpo e demais 
necessidades do meio social, como garantir o nascimento de crianças sadias e robustas. 
Atenas: 
Atenas foi fundada pelos jônios na Planície da Ática. O solo dessa região era pouco fértil e 
essa condição acabou por estimular os atenienses nas atividades marítimo-mercantil. Tornaram-se 
excelentes marinheiros e, em alguns momentos, dominaram o comércio pelo Mediterrâneo. 
Diferentemente de Esparta, em Atenas, o centro da vida social é o urbano, a Acrópole. 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
Contudo, nem sempre foi assim. A história de Atenas é mais complexa e diversificada e sua 
história política é organizada em fases. Geralmente, adotamos a perspectiva política para explicar 
a evolução no seguinte sentido: 
 
Esse enfoque é em razão da contribuição dos pensadores, como Aristóteles. 
Vamos ver um pouquinho de cada período: 
Até meados do século VIII a.C. Atenas era governada por um rei, por isso, era uma 
Monarquia. Essa forma de governo ainda guardava relação com o pater-famílias, pois este 
concentrava as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. Com o passar dos tempos, o poder foi 
se desconcentrando e sendo transferido para os maiores proprietários de terras: os eupátridas 
(lembram?). Assim, chegamos ao Governo da Aristocracia. 
Os poderes que antes ficavam nas mãos do rei passaram a ser exercidos por meio de um 
órgão chamado Arcondato. Os mandatos eram anuais e fiscalizados por um outro órgão 
conhecido como Areópago. Como esses órgãos só poderiam ser ocupados por eupátridas, 
podemos afirmar que eles constituíam o grupo social privilegiado, já que detinham o poder 
econômico e político. Além disso, esse privilégio se refletia em outras áreas. Por exemplo, os 
eupátridas emprestavam dinheiro aos pequenos proprietários rurais que, em caso de não 
pagamento das dívidas, viravam escravo dos eupátridas. 
monarquia
(séc. VIII)
aristocracia
(séc. VIII até 
VI)
tirania
(séc. VI)
democracia 
(período 
clássico, a 
partir do 
século V)
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Contudo, como falamos acima, as atividades econômicas em Atenas eram dinâmicas, com 
forte presença do comércio marítimo. Pensa comigo: este tipo de economia estimulava uma 
“cadeia produtiva” diversificada. Era preciso fazer barcos, construir portos, contratar 
carregadores, contabilizar as exportações, entre outros. Assim, em terras atenienses, a 
estratificação social tornou-se mais complexa que em Esparta. Muitos comerciantes, marinheiros, 
trabalhadores livres se enriqueceram. Entre estes, surgiu um forte grupo de comerciantes que 
tinham negócios em todo MarMediterrâneo. Eram conhecidos como demiurgos. 
Diante dos abusos e da concentração de poder e privilégios da aristocracia, começou uma 
série de revoltas. As exigências eram por reformas políticas e sociais: fim da escravidão por dívida 
e participação política no governo da cidade. 
Essa instabilidade gerou riscos para o sistema aristocrático. Nesse contexto de tensão 
social, alguns legisladores (arcontes) propuseram reformas a fim de amenizar o quadro político 
crítico. 
São as conhecidas Reformas de Drácon, Sólon e Clístenes. Vejamos: 
• Drácon (621 a.C) sugeriu a instituição de leis escritas para garantir igualdade nos 
procedimentos judiciais e na organização da sociedade a fim de minimizar os abusos 
cometidos pelos aristocratas que eram os únicos que conheciam as leis e que, por 
serem orais e baseadas em costumes, poderiam sofrer diferentes interpretações e 
usos a depender dos interesses envolvidos nos conflitos entre as partes. 
 
 
• No mesmo contexto, o arconte Sólon (594 a.C) propôs uma Reforma Política mais 
ampla. Vamos sistematizar: 
 
Como era de se esperar, essas reformas contrariaram os interesses de alguns eupátridas 
que não queriam mudanças no status quo (ordem vigente) e, por isso, resistiram a aprovar e 
implementar as mudanças propostas. Portanto, o quadro de tensão político-social continuou. 
 
 
I- Acabou com a escravidão por 
dívida. Isso atendeu às exigências dos 
pequenos proprietários que ganharam 
liberdade;
II- Dividiu a sociedade por 
renda, ou, de forma censitária. Essa 
medida possibilitou a ascensão dos 
ricos comerciantes – os demiurgos;
III- Criou novos órgãos de poder: 
a BULÉ – 400 membros com função 
legislativa e administrativa; a ECLÉSIA: 
assembleia popular formada aberta a 
TODOS os cidadãos atenienses com 
função de sancionar ou vetar uma lei.
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
• Nesse cenário ascende ao poder Clístenes (510 – 507 a.C) que, diferentemente dos 
seus antecessores, propôs um conjunto amplo de reformas baseadas nas medidas 
de Sólon. É assim que foi se constituindo o estabelecimento das instituições e dos 
princípios democráticos. Vamos ver? 
 
 
 
 
Todas as pessoas que moravam em Atenas eram cidadãs atenienses? 
Você já deve estar careca de saber que não, né! Então, quero mesmo 
lembrar você de que a democracia ateniense era restrita. Apenas eram 
cidadãos filhos de pais e mães atenienses, homens maiores e 18 anos que vivessem em Atenas. 
Veja que Atenas se fechava para o mundo exterior ao mesmo tempo em que guardava com zelo 
o status de pertencimento à cidade. Afirma o professor Norberto Luiz Guarinello: 
“Pertencer à comunidade era participar de todo um ciclo próprio da vida cotidiana, com seus 
ritos, costumes, regras, festividades, crenças e relações pessoais.”7 . No entanto, esse processo 
implicava necessariamente a definição do” outro” e sua exclusão. 
Quando falamos em participação política na Grécia, alguns excluídos eram atenienses, nascidos 
em Atenas.... melhor dizendo: nascidas! As mulheres eram consideradas indivíduos incapazes de 
exercer a racionalidade necessária para a política. Aristóteles, por exemplo, parte de um 
pressuposto sobre uma possível condição de subalternidade da mulher ligada à sua função 
maternal e seu papel na organização da família. Portanto, embora considerada diferente dos 
escravos e dos estrangeiros, à mulher estava reservado o espaço privado da vida familiar, fora da 
cidade e, também, da política. 
 
7 GUARINELLO, Norberto Luiz. Cidades-estado na Antiguidade Clássica.in. História da Cidadania. Ed. 
Contexto, 2010. p. 35. 
ECLÉSIA formada por todos os cidadãos com o poder propor lei. Uma forma de assembleia 
popular.
BULÉ com 500 membros com função de legislativo e deliberativo, sendo 50 de cada região de 
modo a garantir a representação de todo o povo;
Divide Atenas em 10 tribos, por região – ou seja, acabou com o critério censitário;
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
Existiam muitos escravos em Atenas. Diferentemente de Esparta, onde os inimigos 
de guerra eram mantidos como servos coletivos do Estado, os escravos eram 
negociados em pontos de comércio. Poderiam ocupar diferentes posições na 
sociedade ateniense, a depender das suas habilidades. Havia escravos professores, 
cozinheiros, pedreiros, agricultores, mineiros, artesãos entre outros. Mas, havia 
casos em que o escravo conseguia ter alguma fonte de renda própria e comprar sua liberdade. 
Além disso, é importante ressaltar o binômio escravidão/ócio. Na Atenas Clássica, 
especialmente, o trabalho escravo tinha importância social ao conceder tempo livre aos homens 
livres. Assim, os atenienses poderiam realizar atividades políticas na Assembleia, dedicar-se à 
contemplação do mundo e dos homens e, com isso, escrever sobre filosofia, literatura e artes. 
Muitos filósofos viam como uma virtude a origem econômica abastada dos atenienses em 
oposição ao trabalho realizado para sobrevivência, pois os primeiros teriam tempo para cultivar 
sua excelência moral e intelectual (areté), enquanto os outros seriam “escravos” da sua condição 
econômica e, por isso, nunca alcançariam o grau de excelência necessário à pratica da cidadania 
e da vida pública. 
Agora quero que você preste atenção no próximo tópico sobre a relação entre polis e política 
e reflita sobre a seguinte afirmação: 
 
Uma cultura democrática, com instituições democráticas, possibilitou que houvesse 
em Atenas a pacificação política, o crescimento econômico e o alvorecer de um 
tempo de esplendor. 
 
Essa afirmação faz sentido para você? Vamos para o próximo tópica para articular essa 
ideia. 
6.3. POLIS E POLÍTICA 
A cultura grega, considerada o berço da cultura Ocidental, desenvolveu-se na polis. 
Observando o sistema político em Atenas, o estudioso francês Jean-Pierre Vernant afirma que o 
aparecimento da polis foi um acontecimento decisivo no desenvolvimento da política como 
técnica do debate público e da palavra como instrumento de poder. É o processo de invenção da 
noção filosófica de política, meus caros e minhas caras!! 
Portanto, quando falamos em polis estamos tratando não apenas de um lugar, mas de um 
“modo de vida”. Péricles, grande líder político e militar da época, no APOGEU da hegemonia 
ateniense sobre a região, discursou: 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 “...olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas 
dos seus interesses, mas como um inútil...decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou 
pelo menos nos esforçamos para compreendê-las claramente, na crença de que não é o debate 
que é empecilho à ação, mas sim o fato de não estar devidamente esclarecido sobre o debate 
antes de chegar a hora da ação. 
Percebe a noção de bem comum e público que se atribuía a forma de organizar a 
vida na cidade? Daí a noção de políticas públicas, por exemplo, e também de 
democracia e cidadania – um governo de todos no qual todos decidem e, para 
isso, precisam estar preparados. 
 
Na Atenas de Péricles, os “alienados” (homem alheio às atividades públicas, segundo 
Péricles) eram banidos da cidade – era a chamada pena de ostracismo. Podemos afirmar que os 
gregos “inventaram” um ideal de comunidade, de indivíduos responsáveis uns com os outros e 
com o espaço em que vivem. 
Os gregos tinham como pressuposto a ideia de um homem racional e político capaz de fazer 
uma escolha baseada na força da persuasão de distintos argumentos. Percebemos, então, nesse 
espaço comum, o princípio da publicidade da política. A Ágora – uma espécie de praça – era o 
lugar do debate. Assim, os assuntos só poderiam ser resolvidos se as pessoas – chamadas de 
cidadãos – tivessem o conhecimento das informações necessárias à tomada de decisão. Essa 
exigência de publicidadede informações coloca sob o olhar público não apenas as informações, 
mas as condutas das pessoas e seus interesses. 
Era a possibilidade do controle público sobre os líderes políticos – estes estavam, portanto, 
sujeitos à crítica e controvérsia. Diz o professor Vernant: “A lei da polis, por oposição ao poder 
absoluto de qualquer monarca, exige que umas e outras sejam igualmente submetidas à 
“prestação de contas”. 
 Polis: a palavra e a política 
“O aparecimento da polis constitui, na história do pensamento grego, um 
acontecimento decisivo. (...) por ela, a vida social e as relações entre os 
homens tomam uma nova forma, cuja originalidade será plenamente sentida 
pelos gregos. O que implica o sistema da polis é primeiramente uma 
extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos de poder. 
A arte da política é essencialmente um exercício de linguagem. Uma segunda 
característica da polis é o cunho de plena publicidade dada às manifestações mais 
importantes da vida social. (...) A cultura grega constitui-se, dando a um círculo 
sempre mais amplo – finalmente ao demos todos – o acesso ao mundo espiritual, 
reservado, no início a uma aristocracia (...). Doravante, a discussão, a argumentação, 
as polêmicas tornam-se as regras do jogo intelectual, assim, como do jogo político. 
“(VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego, Difel. 1984) 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
O PAPEL DAS MULHERES EM ATENAS E ESPARTA 
Quando estudamos o papel das mulheres em Atenas e em Esparta nos deparamos com algumas 
aparentes contradições em relação àqueles modelos políticos estudados. Afinal, poderíamos 
pensar: estado democrático igual mais liberdade para todos, inclusive para as mulheres; estado 
militarizado mais opressão e violência, inclusive para as mulheres. Pois é, mas a história da 
Grécia não cabe em quadradinhos pré-estabelecidos. Atente-se a isso, pois a FUVEST adora 
trabalhar com estas aparentes contradições, como o fez em 2020. Leia e reflita!! 
Partindo do senso comum, Atenas era um bom lugar para a mulher viver já que foi o berço de 
uma sociedade democrática. Infelizmente, essa afirmação é uma “fake news”, pois desde aquele 
contexto histórico a construção do Estado e as relações sociais baseavam-se no patriarcado. Ou 
seja, a mulher não tinha vez. Não tinham espaço nas decisões político-sociais porque sua 
cidadania era negada. Quando criança, ela era mantida em um quarto isolado do resto da casa 
chamado “gynakeion” de onde praticamente não saia. Quando saia desse quarto, era necessário 
estar acompanhada por algum homem. Assim, era educada a contemplar sua obrigatória 
aptidão ao mundo doméstico. Quando jovem, era destinada ao seu único dever cívico-religioso 
de se casar e gerar filhos. Havia tradições nesse tipo de vida: a traição - e até mesmo as relações 
extraconjugais -, por exemplo, eram comuns ao homem. Já para mulher, era considerada um 
absurdo. O marido poderia pedir o divórcio ou matá-la em praça pública, simples assim. 
Em Esparta, por outro lado, mesmo que existisse o patriarcado a vida das mulheres se 
diferenciavam do resto das cidades-estados. A sociedade era militarizada. Dessa forma, 
enquanto o homem se encarregava de assuntos ligados a guerra, a mulher era quem organizava 
a cidade e gerava filhos para o exército. Assim, ela tinha o papel de planejar a economia e a 
agricultura. Elementos muito importantes para qualquer sociedade. Em decorrência desse papel, 
as mulheres tinham o direito de propriedade, chegando a possuir mais de um terço das terras 
espartanas. O Estado, portanto, valorizava uma boa educação ao sexo feminino: aprendiam 
artes, como dança e música, e eram ensinadas a ler e escrever desde pequenas. Além disso, o 
corpo era ultra valorizado pelos espartanos! Então, as mulheres praticavam esportes, competiam 
em torneios e recebiam o devido preparo físico. Outro ponto importante era o casamento: ele 
não era opressivo como era para a mulher ateniense. Isso porque não eram vistas como 
propriedade do homem, por isso, tinham a liberdade de se separar sem perder seus filhos e 
bens materiais. 
 
(FUVEST 2021) 
Leia o texto: 
A corrupção nos costumes dos mulheres é ainda uma coisa prejudicial ao fim que se 
propõe o governa, e à boa conservação das leis do Estado (...). É a que aconteceu em 
Esparta (...}. Tais são as observações feitas entre as lacedemônios: no tempo da sua 
dominação as mulheres resolviam quase todas as questões. De resto, que diferença existe 
em que os mulheres governem, ou que os magistrados sejam governados por 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
mulheres? (...} as mulheres dos lacedemônias, mesmo no coso de perigo, fizerem-lhes o 
maior mal possível. 
Aristóteles, A política. Rio de Janeiro: Ediouro, s./d., p. 79-80. 
É correto afirmar sobre as mulheres na Grécia Antiga: 
a) Obtiveram o direito à educação e acesso às escolas filosóficas da cidade-Estado de 
Atenas durante o período clássico. 
b) Em Esparta, recebiam educação física na infância, tinham direito à herança e 
administrava m as propriedades na ausência dos maridos. 
c) Adquiriram poderes políticos como cidadãs apenas com o estabelecimento do 
Império Macedônico, sob a liderança de Alexandre Magno. 
d) Em Atena s, podiam participar de algumas discussões na Eclésia e possuíam direitos 
políticos durante o período da democracia. 
e) Tornaram-se legisladoras e integrantes do conselho dos mais velhos na cidade-
Estado de Tebas. 
Comentários 
Questão clássica também: mulheres na História. Abordagem clássica porque perguntou 
características gerais. A alternativa girou em torno das comparações entre Esparta e 
Atenas. A de Tebas estava ali para desviar o foco do aluno. 
Vamos analisar as alternativas: 
Errado. Mulheres não tinham educação filosófica em Atenas , embora tenham existido 
filósofas sim (o que é diferente de as mulheres, no genérico, receberem educação). 
Gabarito. Em Esparta as mulheres eram mais incorporadoras nos assuntos públicos e 
privados. Veja que, de toda forma, são grandes assessoras e auxiliares dos homens – que, 
continuam sendo mais importantes. Sua educação física está relacionada com a noção de 
que os corpos precisavam estar preparados para gerar bons guerreiros. 
Errado. Minha gente, os macedônios se inspiraram no modelo de Atenas, logo, mulheres 
não-cidadãs. 
Erradíssimo, todo mundo sabe que em Atenas, as mulheres não são consideradas cidadãs. 
Errado. Em Tebas, as mulheres também eram excluídas. Há uma peça grega, de Sófocles, 
Antígona que mostra o poder dos homens sobre as mulheres, em Tebas, quando o rei 
Creonte manda matar Antígona, na verdade, manda enterrá-la viva. A tragédia grega é 
muito legal 
Gabarito: B 
(FUVEST 2007) 
“Num processo em que era acusado e a multidão ateniense atuava como juiz, Demóstenes 
[orador político, 384-322 a.C.] jogou na cara do adversário [também um orador político] as 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
seguintes críticas: ‘Sou melhor que Ésquines e mais bem nascido; não gostaria de dar a 
impressão de insultar a pobreza, mas devo dizer que meu quinhão foi, quando criança, 
frequentar boas escolas e ter bastante fortuna para que a necessidade não me obrigasse a 
trabalhos vergonhosos. Tu, Ésquines, foi teu destino, quando criança, varrer como um 
escravo a sala de aula onde teu pai lecionava’. Demóstenes ganhou triunfalmente o 
processo.” Paul Veyne, História da Vida Privada, I, 1992. 
A fala de Demóstenes expressa a 
a) transformação política que fez Atenas retornar ao regime aristocrático depois de 
derrotar Esparta na Guerra do Peloponeso. 
b) continuidade dos mesmos valores sociais igualitários que marcaram Atenas a partir do 
momento em que se tornou uma democracia. 
c) valorizaçãoda independência econômica e do ócio, imperante não só em Atenas, mas 
em todo o mundo grego antigo. 
d) decadência moral de Atenas, depois que o poder político na cidade passou a ser 
exercido pelo partido conservador. 
e) crítica ao princípio da igualdade entre os cidadãos, mesmo quando a democracia era a 
forma de governo dominante em Atenas. 
Comentários 
Essa é uma questão de interpretação que requer um conhecimento sobre a relação que os 
gregos estabeleciam com o trabalho manual e as atividades intelectuais e mesmo o ócio – 
como tempo necessário para a prática da racionalidade e a criação. Nesse sentido, a não 
necessidade de trabalho era uma virtude porque permitia o ócio e, portanto, a areté – 
excelência moral e intelectual. Logo, não se trata de valores de igualdade, tão pouco sobre 
conservadorismo. Volte no quadrante da página Escravidão e Ócio em Atenas do item 
3.5.3 da aula. 
Gabarito: C 
 
6.4. PERIODIZAÇÃO II: CLÁSSICO E HELENÍSTICO 
Clássico 
O período clássico (V e IV a.C) é palco do apogeu e da decadência do mundo grego. Foi 
marcado por guerras entre gregos e persas (Guerras Médicas) e dos gregos contra si mesmos 
(Guerra do Peloponeso). 
Como falamos no capítulo sobre Antiguidade Oriental, os Persas conquistaram a 
Mesopotâmia, em 539 a.C., e depois o Egito, em 525 a.C. Dessas incursões, eles se estabeleceram 
na costa leste do Mar Egeu – na Ásia Menor. Evidente que o próximo passo era conquistar a 
Grécia, concorda? Você consegue visualizar? 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
A questão para as cidades-estados gregas era que os Persas, na verdade, formavam um 
Império centralizado, com muitas conquistas e um exército com recursos muito superiores. Essa 
situação impôs aos gregos a necessidade de se unirem a fim de derrotar o inimigo comum. 
 
 
Como consequência, reforçou-se a ideia da identidade cultural grega e sua superioridade em 
relação aos povos da Pérsia. Memorize essa interpretação! Agora vamos fazer uma panorâmica 
desse conflito. 
 
As Guerras Greco-Pérsica - ou Guerras Médicas - ocorreram entre 499 e 475 a.C. Os motivos 
desse conflito entre gregos e persas estão relacionados com a disputa pelo controle comercial 
sobre a Ásia Menor e a Península Balcânica. 
Primeiro, o Imperador Dário I atacou Atenas. Detentores de grande conhecimento marítimo 
e estratégias militares superiores, os atenienses venceram Dário na famosa Batalha de Maratona. 
Atenas ganhou muita importância e prestígio no mundo grego e isso possibilitou certa liderança 
em relação às outras cidades. 
Em 480 a.C, o herdeiro do Império Persa – o lendário Xerxes – atacou novamente a Grécia. 
Como estratégia, tentaram bloquear as rotas marítimas – tão bem conhecidas por Atenas. Assim, 
nesse episódio, Esparta foi fundamental para defender a Grécia, na conhecida Batalha de 
Termópilas (essa história é contada no filme 300). 
O Rei-General espartano Leônidas, e seus 300 bravos guerreiros, retardaram o avanço 
persa sobre a Ática. Apesar disso, Xerxes invadiu Atenas, mas perdeu na Batalha Naval de 
Salaminas. Estava selado o destino dos persas e em 475 a.C. foram definitivamente derrotados. 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
No final desse processo, a aliança estratégica entre os gregos se ampliou e eles 
formalizaram a Liga de Delos. Tratava-se de uma união militar financiada pelas cidades-estados 
participantes. Como Atenas havia se tornado uma liderança entre suas parceiras, ela passou a 
administrar os recursos da Liga. 
Ao final da Guerra Greco-Pérsica, os atenienses insistiram na manutenção da Liga como 
forma de fortalecer a proteção à Grécia contra outras tentativas de invasão. Mesmo não muito 
satisfeitas, as cidades-estados aderiram à proposta. 
O desenrolar dessa história está justamente no modo como Atenas conduziu a Liga. Ela 
passou a transferir recursos da Liga diretamente para Atenas o que permitiu a reforma urbana da 
cidade e a construção de grande parte dos monumentos arquitetônicos que existem até hoje, na 
Grécia. Foi a época de ouro de Atenas, momento em que era governada pelo famoso Péricles, 
entre 461 e 429 a.C. Houve um esplendor cultural, artístico, filosófico e econômico naquela 
cidade-estado. Os membros da Liga questionaram essa situação e foram reprimidos militarmente. 
Assim, surgiu uma outra Liga formada por cidades-estados que se opuseram ao que alguns 
historiadores chamam de “imperialismo ateniense”: a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta. 
Entre 431 e 404 a.C., Esparta e Atenas arrastaram praticamente todas as cidades-estados 
para um conflito que ficou conhecido como Guerra do Peloponeso. Esparta sai vitoriosa dessa 
guerra. Anos depois, em nova disputa por hegemonia na região, Tebas supera Esparta. Uma série 
de outros conflitos internos marcaram a continuidade dessa história. 
NÃO FICA PERDIDO ;) 
546 a.C.: os persas 
conquistaram as colônias 
gregas no litoral da atual 
Turquia.
– I Guerra Médica: 
496 a.C.: rebelião dos gregos 
contra o domínio persa com o 
apoio de Atenas – os persas 
decidem invadir a Grécia
490 a.C.: Batalha de 
Maratona – vitória grega
– II Guerra Médica:
480 a.C.: Batalha de 
Termópilas – vitória persa
480 a.C.: Batalha de 
Salamina – vitória grega
479 a.C.: Batalha de Platéia 
– vitória grega
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
Essa experiência histórica de conflitos internos marca a fragmentação e decadência do Mundo 
Grego. O final desse processo se dá com a conquista da Grécia pelos Macedônios, em 338 a.C., 
na Batalha de Queroneia. 
Cultura na Grécia 
Quando falamos em cultura grega, temos que ter em mente o antropocentrismo e o 
racionalismo como primados do pensamento clássico. O homem grego era a medida de todas 
as coisas, como diria o sofista Protágoras. Mesmo antes desse momento, por meio de lógicas 
racionais de pensamento, os primeiros filósofos – como Tales de Mileto e Anaximandro – 
defendiam que os elementos básicos da natureza (como fogo, água, terra, ar) eram geradores 
de todas as demais coisas. Foi Sócrates que criou a maiêutica – método (racional) de perguntas 
e respostas para alcançar a sabedoria, enquanto Platão e Aristóteles “discutiam” se o mundo 
real e o mundo das ideias eram ou não independentes um do outro. 
Mesmo a religião grega politeísta já trazia a visão do homem como centro de tudo. Os Deuses 
gregos estavam a serviço do homem e com eles compartilhavam virtudes e vícios, vingavam-se e 
traiam, arrependiam-se e se corrigiam. Havia um caráter cívico na religião. 
Segundo os especialistas nesse assunto, o desenvolvimento e as características da cultura, da 
filosofia e da literatura acompanham o próprio desenvolvimento da história de Atenas. Foi no 
período de ouro de Péricles - a democracia ateniense – que ocorreu o esplendor cultural da 
Grécia, pois a riqueza criada em Atenas resplandecia e influenciava toda a Hélade8. 
Assim, a literatura e o teatro grego (quer seja drama ou tragédia) têm forte cunho histórico e 
político. Lembram que a divisão da história do mundo grego tem como nomes Pré-Homérico e 
Homérico? Então!! Homero teria sido um literato grego que escreveu as epopeias Ilíada e 
Odisseia contando a saga de personagens míticos e heróis gregos nos processos históricos de 
formação daquele mundo. No teatro, Esquilo foi “o pai da tragédia”, e escreveu sobre os 
conflitos com os persas. Sófocles escreveu Antígona que é uma das peças gregas mais 
reproduzidas no mundo até hoje e fala sobre valores e virtudes daquela sociedade. Os gregos 
ainda criaram a comédia para criticar as questões sociais. Vale lembrar a peça Lisístrata, de 
Aristófones, a qual se passa em 411 a. C. e discute o papel da mulher na Grécia, o conflito entre 
Atenas e Esparta, entre outros assuntos. O fio da narrativa é uma greve de sexo dasmulheres. 
Assim, não podemos separar os elementos culturais dos elementos religiosos, políticos e sociais 
vividos pelos atenienses naquele momento. Pegou? Estude! 
Jogos Olímpicos: identidade e cultura 
 
8 Hélade é como os gregos se referiam a própria região da Grécia. 
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Os Jogos Olímpicos, na Grécia, eram realizados em Olímpia (veja no seu mapa) e oferecidos aos 
deuses, especialmente a Zeus. Data do século VIII a.C a primeira Olímpiada. Eram muitas 
modalidades. Algumas conhecemos até hoje: corrida, arremesso, lutas corporais, salto à 
distância. Mas, também havia competição de música e poesia. Tratava-se, em realidade, de uma 
competição de excelência e superação de limites. E, na cultura grega, o corpo e a alma são partes 
de um ser todo e indivisível, por isso, devem estar em harmonia. A expressão grega para isso é kalós 
kagathós: a busca do Belo e do Bem. 
Por isso, quando pensamos em jogos olímpicos, na Grécia antiga, pensamos na formação ampla 
do homem grego, na noção de areté – a excelência física e moral. De certa forma, a vitória nos 
jogos era a demonstração da superação de todos os limites da excelência. Um herói! A 
especialista em literatura grega antiga, Cristina Rodrigues Franciscato, escreve uma curiosidade 
que compartilho com vocês: 
“Conta Heródoto (História, VIII, 26) que, durante a guerra entre gregos e persas, alguns 
desertores gregos foram levados à presença de Xerxes, o grande rei. Ele desejou saber o que 
faziam seus inimigos naquele momento. Eles contaram que os gregos realizavam competições 
atléticas e hípicas em Olímpia. Alguém perguntou qual era o prêmio disputado pelos 
concorrentes e eles responderam que era a coroa de folhas da oliveira sagrada, conferida ao 
vencedor. Então, um dos oficiais exclamou, dirigindo-se ao general: 
 
 “Ah! Mardônio, contra que espécie de homens nos faz guerrear, que não competem por 
dinheiro, mas pela excelência”9. 
 
 
9 Disponível em: http://www.arete.org.br/artigos/nucleo/jogos-olimpicos. Acesso em 
acesso: 31/01/2019. 
 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Helenístico 
 
 
O período Helenístico (IV a II a.C) é marcado pelo domínio dos macedônios sobre os 
gregos. O rei da Macedônia, Felipe II, e depois seu filho - Alexandre, o Grande -, conquistaram e 
ampliaram sua dominação sobre a região. Durante treze anos do governo de Alexandre (336-323 
a.C.), conquistou-se o Egito, a Mesopotâmia, a Síria, a Pérsia e chegou até mesmo na Índia. Confira 
o mapa. 
Os macedônios deram muitas demonstrações de sua admiração e respeito pelo legado 
cultural, artístico e filosófico da Grécia. Aristóteles chegou a ser professor de Alexandre, antes das 
conquistas. Por isso, incorporaram diversos elementos da cultura grega e tiveram como política 
disseminá-la pelas regiões que foram conquistadas por Alexandre. Assim, do contato entre a 
cultura grega e a cultura oriental, incluindo o Egito, nasceu a cultura helenística. 
O império alexandrino se fragmentou territorialmente com sua morte e as disputas internas. 
Essa situação deu espaço para a conquista dos romanos a partir do século II a.C. 
Entretanto, o legado que ele deixou foi muito importante, pois, fundou diversos 
centros de difusão da cultura helenística, como Alexandria no Egito, Pérgamo na 
Turquia e a Ilha de Rodes no Mar Egeu. 
Vejamos algumas características na cultura helenística: 
 Cultura: monumentalismo, grandiosidade e luxo. Melhores exemplos são as construções 
da cidade de Alexandria, no Egito. As ruínas do Farol de Alexandria e da Biblioteca de 
Alexandria são demonstrações dessas características. 
 Ciência: A geometria desenvolvida por Arquimedes e Euclides são desse momento. Na 
astronomia, destaca-se Aristarco e Hiparco, sendo que o primeiro lançou as bases do 
heliocentrismo (negado naquele momento) 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 Filosofia: 
 Estoicismo – Zênon (séculos IV e III a.C): felicidade como equilíbrio interior e na 
capacidade do homem de dominar suas paixões. Buscava-se uma moral perfeita 
inspirada nessa noção da indiferença em relação a tudo o que é externo ao 
indivíduo. Palavra-chave: VIRTUDE 
 Epicurismo – Epicuro (séculos IV e III a.C): Corrente filosófica ligada ao hedonismo 
– busca pelo prazer externo, terreno. O dever dos indivíduos é buscar um prazer 
refinado. Isso é felicidade e é na terra que ela se concretiza. Palavra-chave: 
PRAZER. 
 Ceticismo – Pirro (séculos IV e III a.C): caracterizado pelo negativismo, ou seja, 
negação de todos os fenômenos que rodeiam o ser humano. Mas a negação 
impulsiona para a problematização. Além disso, a felicidade está em ser capaz de 
não julgar. Se não sabe o que é e se é, então, não há porque julgar. O ideal é 
entrar em um estado de despreocupação com o mundo. Isso torna possível a 
felicidade. Palavra-chave: RENÚNCIA DA CERTEZA. 
Diante desses processos históricos, querido aluno/aluna, chegamos ao final da primeira parte 
sobre a História Antiga. Falamos de mesopotâmicos, egípcios, hebreus, fenícios, persas, gregos. 
Vimos que eles se cruzaram, conviveram, guerrearam, disseminaram conhecimento e cultura. 
Nossa! Começamos por volta de 4.000 a.C. e terminamos por volta de 200 a.C. Pensa bem, bixo!!! 
Demos o maior rolê na história! 
 
 
 
 
(Estratégia Vestibulares/Profe Ale Lopes/2020) 
Observe a imagem: 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 La fragua de Vulcano de Diego Velásquez, 1630. Museu do Prado. 
A clássica obra do barroco pintada por Velásquez representa um mito grego: o momento em 
que Apolo conta a Hefesto, na sua oficina, o caso do adultério de Vênus, sua esposa. 
Sobre a sociedade ateniense, a imagem da oficina de Hefesto, representa 
A atividade de metalurgia desempenhada pelos Demiurgos – trabalhadores livres da cidade. 
A atividade de comércio dos metecos, estrangeiros vivendo em Atenas. 
A preparação para a guerra da qual só participavam os cidadãos atenienses. 
Uma etapa da educação militar ateniense ligada a construção de suas próprias armas. 
A atividade metalúrgica realizada pelos thetas sob o comando do cidadão ateniense. 
Comentários 
Pessoal, vamos lá. Essa é uma questão que cobrava conhecimento sobre a estrutura social 
da sociedade ateniense. Acompanha o esquema e a explicação: 
 
 
Eupátridas: Eram os bem-nascidos, membros da aristocracia ateniense, grandes proprietários 
de terras e escravos. Inicialmente, possuíam amplos poderes sobre o governo da pólis, mas 
depois de algumas reformas, em especial a de Sólon, o seu poder acabou se tornando mais 
limitado. 
Georgóis: Correspondiam aos pequenos proprietários de terras, os camponeses. Muitas 
vezes estavam submetidos a situações de grande pobreza o que levou alguns à escravidão 
por dívidas. 
Demiurgos: Eram os artesãos e comerciantes, os trabalhadores livres urbanos. 
Tetas: Correspondia aos camponeses pobres e sem-terra, sendo este um grupo 
marginalizado e sujeito a péssimas condições de vida. Alguns indivíduos que pertenciam a 
esse grupo social se tornaram remadores das trirremes (uma antiga embarcação grega da 
Antiguidade impelida por remos) – quando isso ocorria, poderiam ter alguns direitos de 
cidadania. 
Eupátridas
Georgóis
Demiurgos
Tethás
Metecos
Escravos
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Metecos: Eram os estrangeiros residentes em Atenas, geralmente se dedicavam ao comércio. 
O fato de Atenas ter sido uma cidade cosmopolita contribui para uma grande presença de 
metecos. Esse grupo prestava serviço militar e pagavam, além dos impostos normais, uma 
taxa para permanecerem na cidade e exercerem suas atividades.Eles estavam excluídos dos 
direitos políticos, não sendo considerados cidadãos, e estavam proibidos de casarem com 
mulheres atenienses. 
Depois dessa explicação, qual das alternativas está correta? A alternativa A, né, amores! 
Gabarito: A 
Na próxima aula, veremos Roma – assunto denso e certeiro para o Vestibular. Agora, faça seu 
controle de temporalidade e complete sua linha do tempo. Para ajudar na sistematização das suas 
“ideias”, veja esse esqueminha. 
 
Faça os exercícios da aula e, já sabe: estou no Fórum de Dúvidas, ok! 
Um abraço apertado e um suspiro dobrado de amor sem fim, Alê 
 
 
 
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7. DICIONÁRIO CONCEITUAL 
Civilização 
Para definir “civilização” é preciso considerar que, em regra, o desenvolvimento das sociedades 
ocorre gradualmente, em processos. Por isso, a noção de civilização está diretamente relacionada 
ao estágio de desenvolvimento técnico de determinado povo, às práticas de poder e de governo 
desse povo, às formas de relacionamento econômico preponderante em dado período, ao estágio 
cultural, entre outros aspectos. É comum autores generalizarem e afirmarem que civilização está 
diretamente relacionada às características culturais, sendo estas: arte; idioma; tecnologia; etc. De 
toda forma, para se chegar aos aspectos que delimitam uma civilização, é preciso caracterizar os 
principais traços do complexo grupo social analisado. Por exemplo, vimos que os egípcios tinham 
o poder, as riquezas, o domínio religioso, praticamente tudo, nas mãos dos faraós. Esse elemento 
de centralização do poder caracteriza a civilização egípcia. Vimos, também, que as técnicas 
hidráulicas estiveram presentes em muitos povos, ou seja, trava-se de civilizações hidráulicas. 
Apesar do lento processo que marca a constituição das civilizações e as tornam cada vez mais 
complexas, é preciso notar que houve casos em que acontecimentos repentinos, catastróficos, 
mudaram completamente o curso da história. Uma revolução social, por exemplo, pode alterar o 
curso de uma civilização. Por isso, falamos que a regra é o desenvolvimento gradual, progressivo 
das civilizações. Essa perspectiva é resultado da compreensão positivista da história, ou seja, a 
história como uma espécie de escala evolutiva. 
Estado 
O conceito de Estado vem sendo debatido desde a Antiguidade e é objeto próprio de estudos 
no campo das Ciência Política. Há uma série de definições acerca desse tema. Para efeito de 
Vestibular, sintetizei uma definição que vai nos permitir entender os diferentes processos que 
envolvem a formação, centralização e descentralização do Estado. Então, podemos definir Estado 
como uma forma de organização política composta por um grupo de indivíduos organizados que 
buscam objetivos em comum. Por isso, os especialistas tratam o Estado como uma sociedade 
política. O desenvolvimento do Estado é marcado pela “complexificação” das sociedades 
humanas. Nessas sociedades existem normas jurídicas escritas (Constituição Federal, Código Civil, 
Código Penal, Código de Defesa do Consumidor, etc.), hierarquia entre os governantes e 
governados. Os Estados também têm independência em relação a outros Estados (soberania) e, 
em geral, possuem fronteira definida, justamente para demarcar o espaço sobre o qual o governo 
exerce seu poder. 
Hegemonia 
O conceito de hegemonia, no mundo grego, quer dizer liderança. No século XX, no contexto da 
ascensão dos regimes totalitários na Europa, surgiram novas interpretações e discussões sobre o 
significado social e político da palavra. Mas, todos eles partem dessa mesma noção grega de 
liderança e influência. A hegemonia pode ser exercida por coerção, por consentimento ou pela 
combinação das duas. Por coerção, a hegemonia é exercida via aparato militar, ou repressivo, de 
modo que a força é o elemento central para se atingir a hegemonia. Por sua vez, a hegemonia por 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
consentimento é aquela em que se usam elementos culturais, ideológicos, a fim de se atingir a 
hegemonia. 
Trabalho 
A concepção de trabalho não pode ser confundida com nosso dia a dia na sociedade 
contemporânea. Essa atividade que as pessoas realizam na contemporaneidade é uma forma 
determinada de trabalho. Assim, é importante termos em mente o conceito político-filosófico 
sobre trabalho. Nesse sentido, trabalho é definido como a relação do homem com a natureza. 
Sérgio Lessa e Ivo Tonet ensinam: “A partir do trabalho, o ser humano se faz diferente da natureza, 
se faz um autêntico ser social”. Assim, o que se quer dizer é que o homem, na medida da sua 
necessidade material e espiritual transforma a natureza e atribui sentidos e significados a esse 
processo. O objetivo é vencer as limitações e obstáculos que impedem a satisfação de suas 
expectativas. Para existir, o ser humano deve, necessariamente, modificar a natureza por meio de 
um processo de prévia ideação (projetar/planejar como fará o processo) na busca de uma resposta 
a uma necessidade concreta. Nesse processo o homem altera o meio em que vive, altera a si 
mesmo e as relações sociais que estabelece. Importante destacar que o aprimoramento das 
práticas de trabalho contribui para o desenvolvimento tecnológico. Basta pensar na invenção da 
roda e a revolução que ela trouxe para a atividade agrícola. 
 
8. LISTA DE QUESTÕES FUVEST 
 (FUVEST 2017) 
Um elemento essencial para a evolução da dieta humana foi a transição para a agricultura 
como o modo primordial de subsistência. A Revolução Neolítica estreitou dramaticamente o 
nicho alimentar ao diminuir a variedade de mantimentos disponíveis; com a virada para a 
agricultura intensiva, houve um claro declínio na nutrição humana. Por sua vez, a 
industrialização recente do sistema alimentar mundial resultou em uma outra transição 
nutricional, na qual as nações em desenvolvimento estão experimentando, simultaneamente, 
subnutrição e obesidade. 
George J. Armelagos, “Brain Evolution, the Determinates of Food Choice, and the 
Omnivore’s Dilemma”, Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 2014. Adaptado. 
 
A respeito dos resultados das transformações nos sistemas alimentares descritas pelo autor, 
é correto afirmar: 
a) A quantidade absoluta de mantimentos disponíveis para as sociedades humanas diminuiu 
após a Revolução Neolítica. 
b) A invenção da agricultura, ao diversificar a cesta de mantimentos, melhorou o balanço 
nutricional das sociedades sedentárias. 
c) Os ganhos de produtividade agrícola obtidos com as revoluções Neolítica e Industrial 
trouxeram simplificação das dietas alimentares. 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
d) As populações das nações em desenvolvimento estão sofrendo com a obesidade, por 
consumirem alimentos de melhor qualidade nutricional. 
e) A dieta humana pouco variou ao longo do tempo, mantendo-se inalterada da Revolução 
Neolítica à Revolução Industrial 
 (FUVEST 2017) 
Em relação à ética e à justiça na vida política da Grécia Clássica, é correto afirmar: 
a) Tratava-se de virtudes que se traduziam na observância da lei, dos costumes e das 
convenções instituídas pela polis. 
b) Foram prerrogativas democráticas que não estavam limitadas aos cidadãos e que também 
foram estendidas aos comerciantes e estrangeiros. 
c) Eram princípios fundamentais da política externa, mas suspensos temporariamente após a 
declaração formal de guerra. 
d) Foram introduzidas pelos legisladores para reduzir o poder assentado em bases religiosas 
e para estabelecer critérios racionais de distribuição. 
e) Adquiriram importância somente no período helenístico, quando houve uma significativa 
incorporação de elementos da cultura romana. 
 (FUVEST 2016) 
O aparecimento dapolis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento 
decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim 
alcançará todas as suas consequências; a polis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. 
Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um 
começo, uma verdadeira invenção; por elo, a vida social e as relações entre os homens 
tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos. (Jean-
Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado). 
De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo 
surgimento da polis foi: 
a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era 
baseada na escrita e no uso de imagens. 
b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações 
travadas nos espaços públicos. 
c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto 
de origem divina do monarca. 
d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a 
construção de identidades culturais. 
e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das 
ações e ideias de seus membros. 
 (FUVEST 2015) 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram 
em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram 
por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de 
Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colônias gregas não somente em toda a 
extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, 
na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico 
da França. No interior desta elipse de uns 2500 km de comprimento, encontravam-se 
centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que 
afirmaram sempre a sua soberania. Nem então, em nenhuma outra altura, no mundo antigo, 
houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha 
chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia). 
I. Finley. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado. 
Com base no texto, pode-se apontar corretamente 
a) a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas 
militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e 
macedônios. 
b) a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e 
cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção 
cultural. 
c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes 
de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político. 
d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo 
sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política. 
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como 
forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional. 
 (FUVEST 2012) 
Há cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores antigos foram 
substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e nos hábitos. 
Ao mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou taquara (no Rio 
Grande do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de 
habitações. 
André Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2007, p. 49. Adaptado. 
O texto associa o desenvolvimento da agricultura com o da cerâmica entre os habitantes do 
atual território do Brasil, há 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a agricultura 
a) favoreceu a ampliação das trocas comerciais com povos andinos, que dominavam as 
técnicas de produção de cerâmica e as transmitiram aos povos guarani. 
b) possibilitou que os povos que a praticavam se tornassem sedentários e pudessem 
armazenar alimentos, criando a necessidade de fabricação de recipientes para guardá-los. 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
c) proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis, que conciliaram a produção de 
objetos de cerâmica com a utilização de conchas e ossos na elaboração de armas e 
ferramentas. 
d) difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de Noronha, região de caça e coleta 
restritas, o que forçava as populações locais a desenvolver o cultivo de alimentos. 
e) era praticada, prioritariamente, por grupos que viviam nas áreas litorâneas e que estavam, 
portanto, mais sujeitos a influências culturais de povos residentes fora da América. 
 (FUVEST 2011) 
As cidades [do Mediterrâneo antigo] se formaram, opondo-se ao internacionalismo praticado 
pelas antigas aristocracias. Elas se fecharam e criaram uma identidade própria, que lhes dava 
força e significado. Norberto Luiz Guarinello, A cidade na Antiguidade Clássica. São Paulo: 
Atual, p.20, 2006. Adaptado. 
As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas pela 
a) autossuficiência econômica e igualdade de direitos políticos entre seus habitantes. 
b) disciplina militar imposta a todas as crianças durante sua formação escolar. 
c) ocupação de territórios herdados de ancestrais e definição de leis e moeda próprias. 
d) concentração populacional em núcleos urbanos e isolamento em relação aos grupos que 
habitavam o meio rural. 
e) submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos democráticos 
de organização política. 
 (FUVEST 2009) 
“Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que 
o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de 
colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, 
dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo.” Flávio Arriano. 
Anabasis Alexandri (séc. I d.C.). Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é 
possível depreender: 
a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as 
do Oriente Médio. 
b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre 
na região. 
c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no 
Egito. 
d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império 
helênico. 
e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de 
Alexandre. 
Profe Alê Lopes 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 (FUVEST 2005) 
“Vendo Sólon [que] a cidade se dividia pelas disputas entre facções e que alguns cidadãos, 
por apatia, estavam prontos a aceitar qualquer resultado, fez aprovar uma lei específica 
contra eles, obrigando-os, se não quisessem perder seus direitos de cidadãos, a escolher um 
dos partidos". Aristóteles, em A Constituição de Atenas. 
A lei visava: 
a) diminuir a participação dos cidadãos na vida política da cidade. 
b) obrigar os cidadãos a participar da vida política da cidade. 
c) aumentar a segurança dos cidadãos que participavam da política. 
d) deixar aos cidadãos a decisão de participar ou não da política. 
e) impedir que conflitos entre os cidadãos prejudicassem a cidade. 
 (FUVEST 2003) 
"A história da Antiguidade Clássica é a história das cidades, porém, de cidades baseadas na 
propriedade da terra e na agricultura." 
K. Marx. Formações econômicas pré-capitalistas. 
Em decorrência da frasede Marx, é correto afirmar que: 
a) os comerciantes eram o setor urbano com maior poder na Antiguidade, mas dependiam 
da produção agrícola. 
b) o comércio e as manufaturas eram atividades desconhecidas nas cidades em torno do 
Mediterrâneo. 
c) as populações das cidades greco-romanas dependiam da agricultura para a acumulação 
de riqueza monetária. 
d) a sociedade urbana greco-romana se caracterizava pela ausência de diferenças sociais. 
e) os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e romanas se originavam da condição de 
proprietários rurais. 
 (FUVEST 2002) 
Quando, a partir do final do último século a.C., Roma conquistou o Egito, e áreas da 
Mesopotâmia, encontrou nesses territórios uma forte presença de elementos gregos. Isto foi 
devido: 
a) ao recrutamento de soldados gregos pelos monarcas persas e egípcios. 
b) à colonização grega, semelhante à realizada na Sicília e Magna Grécia. 
c) à expansão comercial egípcia no Mediterrâneo Oriental. 
d) à dominação Persa na Grécia durante o reinado de Dario. 
e) ao helenismo, resultante das conquistas de Alexandre o Grande. 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 (FUVEST 1999) 
"Ao povo dei tanto privilégio quanto lhe bastasse, 
nada tirando ou acrescentando à sua honra; 
Quanto aos que tinham poder e eram famosos por sua riqueza, 
também tive cuidado para que não sofressem nenhum dano... 
e não permiti que nenhum dos dois lados triunfasse injustamente." 
Sobre esse texto, é correto afirmar que seu autor, 
a) o dramaturgo Sólon, reproduz um famoso discurso de Péricles, o grande estadista e 
fundador da democracia ateniense; 
b) o demagogo Sólon, recorre à eloquência e à retórica para enganar as massas e assim obter 
seu apoio para alcançar o poder; 
c) o tirano Sólon, lembra como, astutamente, acabou com as lutas de classes em Atenas, 
submetendo ricos e pobres às mesmas leis; 
d) o filósofo Sólon, evoca de maneira poética a figura do lendário Drácon, estadista e criador 
da democracia ateniense; 
e) o legislador Sólon, exprime o orgulho pelas leis, de caráter democrático, que fez aprovar 
em Atenas quando governou a cidade. 
 (FUVEST 2000) 
Ao longo de toda a Idade Média e da Moderna, a Sicília foi invadida e ocupada por 
bizantinos, muçulmanos, normandos e espanhóis. Na Antiguidade, por sua: 
a) fertilidade e posição estratégica no Mediterrâneo Ocidental, a ilha foi disputada e 
dominada por gregos, cartagineses e romanos. 
b) fertilidade e posição estratégica, a ilha tornou-se o centro da dominação etrusca no 
Mediterrâneo Ocidental. 
c) aridez e pobreza, a ilha, apesar de visitada por gregos, cartagineses e romanos, não foi 
por estes dominada. 
d) extensão e fertilidade, a ilha foi disputada pelas cidades gregas até cair sob domínio 
ateniense depois da Guerra do Peloponeso. 
e) proximidade do continente, aridez e ausência de riquezas minerais, a ilha foi dominada 
somente pelos romanos. 
 (FUVEST 1997) 
Ajudaram os espartanos a vencer os atenienses na Guerra do Peloponeso, mas não foram 
eles que acabaram por conquistar toda a Grécia. Pelo contrário, posteriormente, eles foram 
também conquistados e integrados a um novo império. Trata-se dos: 
a) Egípcios e do Império Romano. 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
b) Fenícios e do Império Cartaginês. 
c) Persas e do Império Helenístico. 
d) Siracusanos e do Império Siciliota. 
e) Macedônios e do Império Babilônico. 
 (FUVEST 1995) 
 "Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como um motivo de 
vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o 
possível para evitá-la... olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém 
que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil... decidimos as questões 
públicas por nós mesmos, ou pelo menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, 
na crença de que não é o debate que é o empecilho à ação, e sim o fato de não se estar 
esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação". 
Esta passagem de um discurso de Péricles, reproduzido por Tucídides, expressa: 
a) os valores ético-políticos que caracterizam a democracia ateniense no período clássico. 
b) os valores ético-militares que caracterizaram a vida política espartana em toda a sua 
história. 
c) a admiração pela frugalidade e pela pobreza que caracterizou Atenas durante a fase 
democrática. 
d) o desprezo que a aristocracia espartana devotou ao luxo e à riqueza ao longo de toda a 
sua história. 
e) os valores ético-políticos de todas as cidades gregas, independentemente de sua forma 
de governo. 
 (FUVEST 1994) 
 Sobre o surgimento da agricultura - e seu uso intensivo pelo homem - pode-se afirmar que: 
a) foi posterior, no tempo, ao aparecimento do Estado e da escrita. 
b) ocorreu no Oriente próximo (Egito e Mesopotâmia) e daí se difundiu para a Ásia (Índia e 
China), Europa e, a partir desta para a América. 
c) como tantas outras invenções teve origem na China, donde se difundiu até atingir a Europa 
e, por último, a América. 
d) ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo (Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia 
e China) e na América (México e Peru). 
e) de todas as invenções fundamentais, como a criação de animais, a metalurgia e o 
comércio, foi a que menos contribuiu para o ulterior progresso material do homem. 
 (FUVEST 1993) 
Com o advento da democracia na pólis grega durante o período clássico, foram: 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
a) abandonados completamente os ideais de autarquia da pólis, de glorificação da guerra e 
a visão aristocrática da sociedade e da política, que haviam caracterizado os períodos 
anteriores. 
b) introduzidos novos ideais baseados na economia de mercado, na condenação da guerra 
e na valorização da democracia, mais condizentes com a igualdade vigente. 
c) preservados os antigos ideais de autarquia, da guerra, da propriedade da terra, do ócio, 
como valores positivos. 
d) recuperadas antigas práticas do período homérico - abandonadas no período arcaico - 
como a escravidão em grande escala e o imperialismo econômico. 
e) adaptados aos antigos ideais aristocráticos e de autarquia (do período homérico e arcaico) 
os novos ideais de economia de mercado do período clássico. 
 (FUVEST 1992) 
ATENÇÃO – a questão seguinte é composta por três proposições I, II e III que podem ser 
falsas ou verdadeiras. Você deverá examiná-las identificando as verdadeiras e as falsas e em 
seguida marcar a alternativa 
I- Do século IX ao VII a.C., os assírios organizaram um poderoso exército com cavalaria, carros 
e máquinas de guerra, conquistando um vasto império cuja queda foi acelerada pela 
crueldade com que trataram os povos submetidos 
II- As instituições políticas da cidade-estado do de Atenas, ao contrário de sua rival Esparta, 
não evoluíram no sentido de uma democracia 
III- Os maiores legados da civilização romana foram o Direito (base de todos os atuais) as 
línguas Iatinas a arquitetura, a escultura e a pintura. 
a) se todas as proposições forem verdadeiras. 
b) se apenas forem verdadeiras as proposições I e II 
c) se apenas forem verdadeiras as proposições I e III. 
d) se apenas forem verdadeiras as proposições II e III. 
e) sê todas as proposições forem falsas. 
 (FUVEST – 1989) 
Na Antiguidade, a Europa mediterrânea e o Oriente Próximo viram o surgimento e o 
esfacelamento de diversos impérios. Sobre eles pode-se afirmar que 
a) a unidade política acabou depois de algum tempo por se fazer acompanhar de uma 
unidade religiosa. 
b) a diversidade racial e cultural enfraquecia-os, apesar da existência de mecanismos que 
pretendiam estabelecer uma real unidade. 
c) os centros políticos coincidiam sempre com os centros econômicos. 
d) com exceção doImpério Romano, todos nasceram de confederações de cidades-estados 
em constante luta interna. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
e) seus centros dinâmicos localizavam-se nas zonas litorâneas, por terem economias 
essencialmente mercantis. 
 (FUVEST 1988) 
"Democracia e imperialismo foram duas faces da mesma moeda na Atenas do século V a.C.". 
Tal afirmativa é: 
a) correta, já que a prosperidade proporcionada pelos recursos provenientes das regiões 
submetidas liberava, aos cidadãos atenienses, o tempo necessário a uma maior participação 
na vida política. 
b) falsa, pois aquelas práticas políticas eram consideradas contraditórias, tanto que fora em 
nome da democracia que Atenas enfrentara o poderoso Império Persa nas Guerras 
Peloponésicas. 
c) correta, pois foi o desejo de manter a Grécia unificada e de estender a democracia a todas 
suas cidades que levou os atenienses a se oporem ao imperialismo espartano. 
d) falsa, já que o orgulho por seu sistema político sempre fez com que Atenas ficasse fechada 
sobre si mesma, desprezando os contatos com outras cidades-Estado. 
e) correta, se aplicada exclusivamente ao período das Guerras Médicas contra Esparta e sua 
liga aristocrática. 
 (FUVEST 1987) 
Na estratificação da sociedade ateniense, os eupátridas constituíam: 
 
a) a aristocracia, compondo a camada dirigente possuidora das melhores terras 
 
b) o campesinato, com direito a uma parte das terras. 
 
c) a plebe, que não dispunha de nenhum direito político. 
 
d) o segmento servil, que exercia o trabalho doméstico. 
 
e) a população escrava, reduzida a completa sujeição política e econômica. 
 (FUVEST 1986) 
Dentre os legisladores atenienses, Clístenes destacou-se por instituir: 
a) Leis que aboliram a escravidão por dívidas. 
b) O Estado monárquico-militarista. 
c) Um governo oligárquico e conservador. 
d) A restauração dos privilégios dos metecos. 
e) Reformas que implantaram a democracia em Atenas. 
Profe Alê Lopes 
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80 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 (FUVEST 1985) 
Qual o papel social dos hilotas em Esparta? 
a) Cidadãos, com todas as funções políticas, dedicados principalmente as tarefas 
militares. 
b) Estrangeiros, geralmente comerciantes e artesãos, sem participação política. 
c) Servos, em geral trabalhadores braçais, sem direitos políticos reconhecidos. 
d) Governantes de Esparta nos períodos de guerra e líderes nas Assembleias Gerais 
dos cidadãos. 
e) Responsáveis pelas tarefas religiosas e membros da Assembleia dos Anciões. 
 (FUVEST 1985) 
Nápoles, Paestum, Síbaris, Tarento, Siracusa e Agrigento eram: 
a) colônias troianas, a leste da Península Grega, constituindo a Grécia da Ásia. 
b) colônias fenícias no norte da África, que constituíam a Grande Cartago. 
c) colônias romanas, estabelecidas ao longo da Península Itálica, formando a Etrúria Latina. 
d) colônias gregas, fundadas a oeste da Península Grega, constituindo a Magna Grécia. 
e) colônias persas, no Mediterrâneo Ocidental, formando a Grande Macedônia. 
 (FUVEST 1982) 
Escreveram peças para teatro, durante o "Século de Péricles" (séc. V a.C.): 
a) Homero, Tucídides, Heródoto e Xenofonte 
b) Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes 
c) Sócrates, Protágoras, Platão e Aristóteles 
d) Eratóstenes, Arquimedes, Euclides e Pitágoras 
e) Píndaro, Alceu, Safo e Hesíodo 
 (FUVEST – 1980) 
Na Antiguidade, o processo de helenização decorrente da conquista macedônica sob 
Alexandre, o Grande, baseou-se acentuadamente na 
a) redistribuição forçada das populações. 
b) fundação de cidades de cultura grega. 
c) adoção do modelo democrático. 
d) repressão das práticas religiosas. 
e) mobilização econômica da população rural. 
 
 
 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
81 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
9. LISTA DE QUESTÕES PROFE. ALÊ LOPES 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
A arte rupestre pode ser encontrada em muitos sítios arqueológicos pelo mundo todo. Na 
forma de estatuetas, gravuras ou pinturas em cavernas e paredões rochosos, esses vestígios 
são considerados a primeira forma de expressão e comunicação da humanidade pré-
histórica. Essas imagens 
a) pretendiam ser obras de artes, cuja função principal era voltada para a contemplação dos 
sujeitos pré-históricos. 
b) representavam apenas momentos épicos vividos pelos grupos humanos, como as caçadas, 
o que dava a essas narrativas um caráter político. 
c) eram utilizadas para fins exclusivamente religiosos, como registrar e divulgar mensagens 
enviadas pelos deuses ou fenômenos sobrenaturais. 
d) são indecifráveis para os pesquisadores da atualidade, pois não são acompanhadas de 
registros escritos das populações pré-históricas que ajudem a interpretá-las. 
e) tinham a função de transmitir informações e podiam retratar uma série de situações, como 
caçadas, rituais, danças, guerras, atividades cotidianas, entre outras. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“O século VIII é um período muito importante na história do mundo grego e, aliás, do mundo 
mediterrâneo em geral (Roma, por exemplo, foi fundada em 753 a.C.). Trata-se de uma 
época na qual se consolida, na Grécia europeia, insular e asiática, uma forma original de vida 
em sociedade: a pólis”. 
Pierre Vidal-Naquet. O Mundo de Homero. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 
Adaptado. 
Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar: 
a) O processo que levou à formação da pólis grega trouxe o fim da segregação social, pois 
o povo passou a governar. 
b) Com o surgimento da pólis, a Grécia conheceu um processo intenso de concentração de 
poder nas mãos dos reis. 
c) A pólis teve um papel fundamental de eliminar a fragmentação territorial e autonomia 
política da Grécia. 
d) Essa nova forma de governo permitia que as cidades tomassem importantes decisões 
coletivamente. 
e) A expansão da pólis, permitiu, ao mesmo tempo, ampliar as formas políticas e eliminar a 
escravidão. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Os fenícios eram um povo de origem semita que se fixou e desenvolveu a suas cidades numa 
faixa de 200 quilômetros situada entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do atual Líbano. 
Sua civilização viveu seu apogeu a partir de 1400 a. C. Entre seus principais legados na 
história da Antiguidade está 
a) o aperfeiçoamento de técnicas agrícolas para produção em larga escala e seu 
armazenamento por meses. 
b) a existência da primeira grande civilização humana caracterizada pela centralização do 
poder em um Estado teocrático. 
c) a invenção do alfabeto que foi apropriado pelos demais povos que tiveram contato no 
período, usado até os dias atuais 
d) o estabelecimento de uma rede de entrepostos e portos para viabilizar o comércio de 
longa distância por vias marítimas, aperfeiçoando da navegação. 
e) a conquista da Grécia, Egito e Oriente Médio e a gestação da cultura helenística que 
agregava influências culturais dos povos que habitam esse vasto território. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“A lista das satrapias é, ao mesmo tempo, também uma lista de tributos. Toda a província é 
taxada anualmente. Dezenove províncias pagam cotas fixas em talentos de prata babilônicos; 
a vigésima, a Índia, paga a soma fabulosa de 369 talentos de ouro. A cota máxima em prata, 
de mil talentos, provém da Babilônia; a segunda, de 700, provém do Egito. As outras pagam 
entre um mínimo de 170 e um máximo de 600 com uma média de 300/400 talentos por 
província. O total para todo o Império é de 14.560 talentos”. 
ASHERI, D. O Estado persa. São Paulo: Perspectiva, 2006, p. 108. 
A administração do Império Persa, descrita no texto colaborou para que 
a) as satrapias não tivessem autonomia cultural uma vez que o controle políticoe econômico 
era detido pela nobreza persa. 
b) várias satrapias se revoltassem no mesmo período em que o império sofria derrotas 
consecutivas para gregos e macedônios gerando seu colapso. 
c) as elites provinciais tivessem maior poder político e militar para executar seus próprios 
interesses, além de gozar de liberdade religiosa e cultural. 
d) fosse mais difícil unificar a economia e instituir uma moeda única, haja vista que a vastidão 
e diversidade do império complicava a comunicação. 
e) os persas tivessem maior quantidade de guerreiros e coesão militar, o que lhes permitiu 
conquistar a Grécia no século V a. C. 
30. (Estratégia Vestibulares/Profe. Alê Lopes/ 2021) 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
FREITAS NETO, J. A. de; TASINAFO, C. R. História geral e do Brasil. São Paulo: HARBRA, 
2006, p. 54 
A leitura do gráfico permite concluir que a democracia ateniense 
a) teve seu apogeu no século VI a. C., quando as mulheres conquistaram direitos políticos. 
b) não permitia a participação de todos os habitantes, com menos de um quarto deles tendo 
esse direito. 
c) abarcava quase a totalidade da sociedade, com exceção dos escravos. 
d) foi estendida aos estrangeiros e escravos a partir de 432 a. C. 
e) abrangia os metecos, desde que tivessem um “tutor” para se responsabilizar por sua 
participação. 
31. (Estratégia Vestibulares/Profe. Alê Lopes/ 2021) 
No século V a. C., o mundo grego foi abalado pela invasão dos persas que resultou nas 
Guerras Médicas. O conflito contribuiu para uma aliança entre as cidades-Estados gregas 
que formaram a Liga de Delos. Porém, a vitória sobre os persas, uma nova rivalidade se nutriu 
entre os gregos. Em oposição à primeira liga, formou-se a chamada 
a) Liga das Nações. 
b) Liga de Tróia. 
c) Liga Espartana. 
d) Liga do Peloponeso. 
e) Liga de Tebas. 
32. (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
84 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
Discóbulo, de Míron. Estátua de bronze feita por volta de 460 a. C. Gliptoteca de Munique, 
Alemanha. 
A concepção de beleza na escultura clássica grega envolvia 
a) aliar o naturalismo do corpo com o idealismo das formas. 
b) representar o corpo humano como era na realidade. 
c) falta de originalidade, devido à dependência da estética oriental. 
d) a inovação na utilização do mármore, material mais maleável. 
e) a adesão a poses mais rígidas e estáticas, que trouxessem imponência. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“Estendi os limites de todas as províncias do povo romano fronteiriças de nações que 
escapavam à obediência ao Império. Restabeleci a ordem nas províncias das Gálias, das 
Espanhas, na Germânia. Juntei o Egito ao Império, recuperei a Sicília, a Sardenha e as 
províncias além do Adriático”. 
Adaptado de: FREITAS, G. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, [s.d.] v.1, 
p. 96-7. 
Neste depoimento, o Imperador Augusto (27 a. C.-14 d.C.) descreve a “Pax Romana”, nome 
dado a um período marcado 
a) pela crise e fragmentação do Império causadas pelas invasões bárbaras e pelas tensões 
sociais internas. 
b) pela democratização do poder, por meio da supremacia do Senado e acesso dos plebeus 
a política. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
85 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
c) pela estabilidade das instituições, riqueza econômica e cultura, manutenção da expansão 
e relativa paz interna. 
d) pela conquista romana de entrepostos e portos vitais para o monopólio do comércio no 
mar Mediterrâneo. 
e) pela adoção do cristianismo como religião oficial do império. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“Reflitas em que esse a quem chamas teu servo, nascido da mesma semente, vive sob o 
mesmo céu, respira da mesma maneira, da mesma maneira vive e da mesma morre! Tanto 
podes tu vê-lo livre como ele a ti escravo [...]. Não quero me meter numa questão imensa e 
dissertar sobre o tratamento dos escravos, com os quais somos extremamente orgulhosos, 
cruéis e injuriosos. Em suma, a minha doutrina é esta: vive com um inferior da mesma maneira 
que quererias que um superior vivesse contigo. Todas as vezes que te lembrares dos teus 
poderes sobre o teu servo, outras tantas te lembrem os do teu senhor sobre ti”. 
SÊNECA. Carta a Lucílio, 47, 10-11. In: PEREIRA, Maria Helena da Rocha. Romana: 
antologia da cultura latina. Coimbra: Universidade de Coimbra/Instituto de Estudos 
Clássicos, 1994, p. 227-228. 
No decorrer dos séculos I a III d. C., a atitude com relação aos escravos se modificou em 
Roma. Essa mudança estava relacionada principalmente à 
a) vitória da revolta de Spartacus. 
b) conquista de direitos políticos pelos plebeus. 
c) ascensão dos generais na política romana. 
d) popularização do hedonismo entre a plebe romana. 
e) difusão do estoicismo na elite romana. 
 (Estratégia Vestibulares/Profe. Alê Lopes/ 2021) 
Após unificar a Península Itálica sob seu comando, a República Romana se dirigiu para o 
norte da África, mais especificamente para a cidade de Cartago. A rivalidade entre romanos 
e cartagineses levou às chamadas Guerras Púnicas. Sua principal motivação foi o interesse 
dos romanos 
a) em defender seu território da expansão cartaginesa que visava conquistar toda a Europa. 
b) em assumir o controle de uma importante cidade sagrada para a religião romana. 
c) em obter mais terras para realizar uma reforma agrária e extinguir as disputas entre 
plebeus e patrícios. 
d) pelas terras férteis da Sicília bem como a intensão de monopolizar o comércio marítimo 
no Mediterrâneo. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
86 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
e) pelo controle do Egito e da Mesopotâmia, regiões ricas em minérios e com acervos 
culturais inestimáveis. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Às vezes, as exigências do local, como em Mileto, levavam o teatro a instalar-se na periferia 
da cidade. Todavia, sempre que possível, ele se situava no centro da cidade. Com efeito, 
não se tratava apenas de um edifício de espetáculo, que servia às competições musicais e 
dramáticas, às quais se acrescentaram, na época imperial, os combates dos gladiadores. 
VIAL, Claude. Vocabulário da Grécia Antiga. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2013 
Conforme o texto, o teatro Grego, na Antiguidade, tinha uma função além dos espetáculos, 
a)Política, já que o edifício do teatro também foi utilizado para assembleias políticas. 
b)Civilidade, já que era o lugar onde se determinava os critérios de cidadania. 
c)Religiosa, já que era usado como templo para adoração de deuses. 
d)Filosófica, já que era usado como espaço escolar. 
e)Econômico, já que era o espaço de comércio de estrangeiros escravizados 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Entre os séculos VI e V a.C., os gregos romperam com o senso comum, com a tradição e com 
o pensamento místico. Alguns historiadores dão o nome de milagre grego ao salto 
qualitativo do conhecimento humano sobre si e a natureza, em que se abandonaram a 
explicação mítica e o princípio da interferência das forças sobrenaturais nos destinos dos 
homens para dirigir-se à obtenção do saber por meio da abstração da razão. Apesar do 
grande avanço, a racionalidade e a investigação especulativa da natureza só se tornaram 
formas dominantes de pensar muitos séculos mais tarde, a partir do Renascimento (séculos 
XIV-XVI). 
COSTA, Cristina. Introdução à Ciência da Sociedade. São Paulo: Ed. Moderna. 
Com o desenvolvimento dessa nova forma de pensar os gregos 
a) Passaram a organizar a vida social exclusivamente a partir dos elementos racionais. 
b) Superaram a filosofia e sua perspectiva especulativa, pouco racional. 
c)Procuraram aproximar razão e fé, a partir dos escritos platônicos. 
d)Conquistaram, progressivamente, consciência de que seu destino era produto da ação 
humanae não de forças sobrenaturais. 
e)Buscaram explicações para suas angústias em explicações cuja racionalidade tinha base na 
mitologia. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
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AULA 00: ANTIGUIDADE I 
“A escrita não teve uma única forma de registro e nem apareceu numa única região. As 
principais formas de escrita foram a cuneiforme, na região da Mesopotâmia; o hieróglifo (do 
grego hieros, que quer dizer sagrado), na região do Egito; e a escrita alfabética, na região 
da Fenícia (costa do atual Líbano). Nessas regiões, também conhecidas como o Crescente 
Fértil, surgiram as primeiras civilizações. 
Outros sistemas de escrita e civilizações surgiram no vale do Indo (região do Paquistão), na 
China nos vales dos rios Huang-Ho e Yang Tsé-Kiang e, mais tarde, na Mesoamérica (nome 
dado à região entre a América do Norte e a Central em territórios dos atuais México e países 
da América Central), às margens do rio San Juan, onde maias e astecas criaram suas 
organizações”. 
FREITAS NETO, José Alves de; TASINAFO, Célio Ricardo. História Geral e do Brasil. São 
Paulo: HARBRA, 2006, p. 10. 
Nesses contextos de organização da vida social, a escrita tinha vários sentidos, entre os quais 
a) conferir direitos civis aos descendentes de estrangeiros. 
b) registrar os próprios modos de vida e a relação com a natureza e o sobrenatural. 
c) servir exclusivamente aos interesses do Estado. 
d) organizar o sistema prisional e as execuções de criminosos. 
e) universalizar o acesso à educação e elevar o nível cultural da sociedade. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“Com a introdução do trabalho escravo em larga escala, o número de plebeus desocupados 
aumentou. A esta legião de desocupados somou-se o grande número de pequenos 
agricultores arruinados que se dirigiram para as cidades, especialmente Roma”. 
CROUZET, M. História Geral das Civilizações. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1955-
1958, 17 volumes. 
As crises estruturais da civilização romanas estão associadas 
a) à expansão militar, concentração de terra e escravidão. 
b) à queda da monarquia, seguida da ascensão do ditador Júlio César. 
c) à falta de mão de obra e o encarecimento da produção agrícola. 
d) às medidas liberais implantadas pelo governo do Imperador Constantino. 
e) às alianças entre eupátridas e hilotas para retirar direitos políticos da plebe. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
Não cabe ao poeta o que aconteceu, mas o que poderia ter acontecido, ou seja, o possível 
segundo a verossimilhança ou a necessidade. De fato, o historiador e o poeta não se 
diferenciam por dizer as coisas em verso ou em prosa (pois seria possível versificar as obras 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
88 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
de Heródoto, nem por isso seria menos História em verso do que em prosa). A diferença está 
em que a História diz o que aconteceu e a poesia o que poderia ter acontecer. 
(Aristóteles. Poética) 
A partir da leitura do trecho do texto de Aristóteles, assinale a alternativa correta sobre as 
especificidades da História e da Poesia. 
a) Ambas possuem critério de verossimilhança. 
b) Enquanto a História é factual, a poesia se liga à lógica do verossímil. 
c) A poesia é mais reflexiva, como a filosofia; já à História não compete a reflexão. 
d) A poesia lida apenas com o belo, enquanto a História expõe as verdades 
independentemente de subjetividades. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/profe. Alê Lopes) 
“É por esta razão que afirmamos que o prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Com efeito, 
nós o identificamos como o bem primeiro e inerente ao ser humano, em razão dele 
praticamos toda escolha e toda recusa, e a ele chegamos escolhendo todo bem de acordo 
com a distinção entre prazer e dor”. 
 EPICURO. Carta sobre a felicidade. São Paulo: UNESP, 1997, p. 37. 
A partir da leitura do texto, assinale a alternativa correta sobre o conceito de prazer no 
período helenístico do Império Macedônico. 
a) Epicuro definia o prazer como critério absoluto para a felicidade do ser humano. Este deve 
perseguir todos os prazeres indiscriminadamente. 
b) Epicuro acreditava que o prazer caminha sempre junto do amor entre os homens. Para 
ele, as mulheres são incapazes de sentir prazer, pois não são consideradas dignas de amor, 
apenas servindo para procriação. 
c) Epicuro considerava a vida um eterno sofrimento, do qual apenas o prazer associado à 
riqueza econômica podia salvar os homens. 
d) Epicuro argumentava que o prazer é inerente ao ser humano e era o critério mais básico 
para suas decisões serem tomadas. A oposição entre prazer e dor era fundamental para essa 
escolha. 
 (Estratégia vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
O fenômeno da inundação é muito complexo[...] De Julho até o fim de Outubro, as águas e 
o limo arrancado às margens abissínias vão cobrir o vale, no Egito. Contudo, esta cheia 
benfeitora pode também assumir o aspecto de catástrofe: ou é demasiado brutal e a corrente 
leva tudo atrás de si, ou é demasiado fraca e deixa as terras ressequidas e na impossibilidade 
de serem cultivadas. 
 (As primeiras civilizações. Da Idade da Pedra aos povos semitas. Lisboa: Edições70, p. 68, 
2019) 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
89 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Diante dos fenômenos naturais que envolvem o rio Nilo e o desenvolvimento da civilização 
egípcia, pode-se afirmar que 
a) A civilização egípcia se desenvolveu quando conseguiu controlar as cheias por meio da 
construção de obras hidráulicas. 
b) A civilização egípcia é resultado natural do fenômeno da inundação do Nilo. 
c) As cheias do Nilo são resultado do desequilíbrio ambiental gerado pelo desenvolvimento 
da civilização egípcia. 
d) Os recursos naturais no Egito eram abundantes, mas as pessoas não tiveram condições 
intelectuais de dominar a força destruidora das cheias do Nilo. 
e) Não há relação direta entre o Nilo e o desenvolvimento da civilização Egípcia, já que a 
exposição do Sol é frequente e quase não há precipitações nessa região. 
 (Estratégia vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Foram às margens desses rios que se desenvolveram as primeiras civilizações com formações 
sociais e econômicas mais complexas. A historiografia denomina o sistema de vida que se 
desenvolveu nessa região de “modo de produção asiático”. 
No que se refere às civilizações do crescente fértil, o modo de vida a que se refere o texto 
se caracteriza por: 
a) Basear-se na dependência dos rios e das obras hidráulicas. 
b) Basear-se no desenvolvimento da polis e na atividade agrícola. 
c) Estabelecer o comércio livre no mediterrâneo e, a partir disso, formar cidades-estados. 
d) Concentrar-se no desenvolvimento da metalúrgica. 
e) Organizar-se a partir dos conflitos bélicos e escravização dos povos conquistados. 
 (Estratégia vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Por volta de 12.000 e 4.000 anos a.C, iniciou-se um processo de domesticação de animais e 
de cultivo de plantas. Alguns historiadores afirmam que as mulheres tiveram um papel 
fundamental, pois tratavam diretamente do cuidado dos alimentos coletados. Nesse 
processo, há uma alteração na relação homem-natureza, de modo que se inverteu a situação 
de completa dependência que o ser humano tinha com a natureza. 
O texto descreve, 
a) A revolução neolítica, caracterizada pelo processo de sedentarização humana. 
b) A Revolução agrícola, já em curso muito antes da domesticação de animais. 
c) O momento em que as mulheres passam a ter papel exclusivo na agricultura. 
d) A revolução neolítica, que possibilitou ao homem permanecer no processo de 
nomadismo. 
e) O processo de sedentarização que substitui completamente as atividades de caça, pesca 
e coleta. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
90 
 
AULA 00: ANTIGUIDADEI 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Os três rios que formam o Crescente Fértil são: 
a) Rio Amarelo e Ganges 
b) Rio Reno, Tigre e Eufrates 
c) Rio Nilo e Rios Tigre e Eufrates 
d) Rio Indo e Amarelo 
e) Rio Ganges e Indo 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Por volta de 12.000 e 4.000 anos a.C, iniciou-se um processo de domesticação de animais e 
de cultivo de plantas. Alguns historiadores afirmam que as mulheres tiveram um papel 
fundamental, pois tratavam diretamente do cuidado dos alimentos coletados. Nesse 
processo, há uma alteração na relação homem-natureza, de modo que se inverteu a situação 
de completa dependência que o ser humano tinha com a natureza. 
O texto descreve, 
a) A revolução neolítica, caracterizada pelo processo de sedentarização humana. 
b) A Revolução agrícola, já em curso muito antes da domesticação de animais. 
c) O momento em que as mulheres passam a ter papel exclusivo na agricultura. 
d) A revolução neolítica, que possibilitou ao homem permanecer no processo de 
nomadismo. 
e) O processo de sedentarização que substitui completamente as atividades de caça, pesca 
e coleta. 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
O desenvolvimento da escrita, por volta de 3500 a. C, na região da Suméria, está relacionado 
com: 
a) O desenvolvimento da capacidade racional dos seres humanos 
b) O crescimento das religiosidades monoteístas 
c) O desenvolvimento do aparelho fonético dos seres humanos 
d) Com a complexidade da sociedade que necessitava de um sistema de registro 
reconhecido socialmente. 
e) A capacidade subjetiva dos seres humanos para demonstrar seus pensamentos. 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
O Império Babilônico, comandado por Hamurabi (1763 a.C.), é reconhecido como aquele 
que desenvolveu mudanças nos aspectos sociais e políticos. Uma das suas principais 
realizações foi: 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
91 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
a) A construção das pirâmides do Egito. 
b) A criação da escrita. 
c) A criação de uma administração descentralizada. 
d) O desenvolvimento do monoteísmo. 
e) A criação de um código jurídico. 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Os historiadores convencionaram dividir a história da Grécia Antiga em 5 fases. Sobre esse 
assunto assinale os itens que correspondem a essa periodização: 
I – Pré-Homérico ou Creto-Micênico (1650-1150 a.C.); 
II- Homérico (1150-800 a.C.); 
III- Arcaico (800-500 a.C.); 
IV- Clássico (500 a 338 a.C.); 
V- Helenístico (338-146 a.C.). 
a) Apenas os itens II e III estão corretos 
b) Estão corretas os itens II, III e IV 
c) Todos os itens estão corretos 
d) Todos estão corretos, mas não estão em ordem cronológica. 
e) Estão corretos I, II, III, V 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Sobre a antiga civilização grega, julgue cada alternativa como Verdadeiro (V) ou Falso (F) 
( ) Sua origem está ligada a duas civilizações que se desenvolveram no sul da Península 
Balcânica: a cretense e a micênica. 
( ) A sociedade espartana era formada basicamente por três classes sociais distintas: os 
espartanos (elite social e militar), os periecos (pequenos proprietários e habitantes das 
periferias das poleis) e os hilotas (servos). 
( ) A Lei das Doze Tábuas, promulgada em 450 a.C., era considerada a constituição da Grécia 
antiga. 
( ) A famosa batalha de Poitiers foi a mais sangrenta das batalhas ocorridas durante a guerra 
entre Atenas e Troia, deixando aproximadamente dez mil mortos. 
( ) Heródoto de Halicarnasso escreveu o livro Histórias, utilizando sua própria observação e 
a tradição oral de testemunhos oculares para descrever as “guerras médicas”. 
a) V-V-V-V-V 
b) F-V-V-F-F 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
92 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
c) V-V-F-F-V 
d) F-F-V-V-F 
e) V-F-F-V-V 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas pela 
a) autossuficiência econômica e igualdade de direitos políticos entre seus habitantes. 
b) disciplina militar imposta a todas as crianças durante sua formação escolar. 
c) ocupação de territórios herdados de ancestrais e definição de leis e moeda próprias. 
d) concentração populacional em núcleos urbanos e isolamento em relação aos grupos que 
habitavam o meio rural. 
e) submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos democráticos 
de organização política. 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
É características da democracia antiga, 
a) a eleição de representantes masculinos com direito a voz e voto pela assembleia da 
cidade-estado, órgão político que incluía mulheres e estrangeiros. 
 b) a importância decrescente dos escravos, a ponto de discutir-se a abolição da escravatura, 
e a consequente redução das desigualdades nas cidades-estado. 
c) a conquista pacífica de direitos por parte dos mais pobres, ainda que se mantivesse a 
marca aristocrática de distinção social regulada pelo nascimento. 
d) a ojeriza à guerra e ao conflito social, o que contribuiu para que Atenas fosse derrotada 
sucessivamente pelos persas e pelos espartanos. 
e) a participação política direta, exercida por um corpo de cidadãos ativos, sem a noção de 
representação e restrita aos cidadãos masculinos. 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Na Atenas Clássica, no período de Péricles: 
a) a democracia se consolidou e atingiu sua plenitude por meio de princípios como o da 
isonomia, isocracia e isegoria, que se definiu como a igualdade de direito ao acesso à palavra 
na assembleia soberana. 
b) a cidadania ateniense fundamentava-se na igualdade de gênero, garantindo aos cidadãos 
o pleno direito à palavra independente de sexo, impondo como limite a idade de dezoito 
anos. 
c) a relação de poder entre funcionários do Estado e a elite política ateniense assegurava a 
manutenção de um regime de governo aristocrático no qual somente os homens exerciam o 
direito de cidadania. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
93 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
d) os cidadãos atenienses eram guiados por uma burocracia estatal que impediu o rodízio 
dos cargos administrativos, de modo que a liderança direta e pessoal era exercida por uma 
minoria de homens jovens. 
e) a concentração da autoridade na assembleia possibilitou a criação de um regime de 
governo baseado no poder pessoal, institucionalizando a oratória como competência mais 
importante para o exercício da política nos tempos de Péricles. 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Sobre a fundação de Alexandria, na Antiguidade Clássica, é possível inferir que ela 
representa: 
a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as 
do Oriente Médio. 
b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre 
na região. 
c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no 
Egito. 
d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império 
helênico. 
e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de 
Alexandre. 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
“Pertencer à comunidade era participar de todo um ciclo próprio da vida cotidiana, com seus 
ritos, costumes, regras, festividades, crenças e relações pessoais.” No entanto, esse processo 
implicava necessariamente a definição do” outro” e sua exclusão. 
GUARINELLO, Norberto Luiz. Cidades-estado na Antiguidade Clássica.in. História da 
Cidadania. Ed. Contexto, 2010. p. 35. 
A partir do texto, infere-se que a participação política em Atenas na época clássica estava 
determinada 
a) Pela propriedade individual da terra. 
b) Pelo caráter elitista, uma vez que apenas alguns poderiam participarda vida social. 
c) Pela participação no exército, cuja formação se deva desde a infância e seguindo por 
toda a vida. 
d) Pelos critérios de renda, tornando a participação censitária. 
e) Pelo pertencimento comunitário restrito aos cidadãos nascidos e, ao mesmo tempo, 
moradores de Atenas. 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
94 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
A invenção do arco assinala pela primeira vez a capacidade de fabricação artificial de um 
engenho, com o qual os seres humanos podiam economizar forças e ganhar maior precisão, 
superando suas capacidades naturais. Era uma entre as invenções e descobertas engenhosas 
que permitiriam aos grupos humanos explorar ao máximo as capacidades fornecidas pela 
natureza. 
MACEDO, José Rivair. A História da África. São Paulo: Ed. Contexto, 2018. 
Levando em consideração o avanço das técnicas de fabricação de artefatos durante a 
chamada pré-história, é correto o que se afirma em: 
a) As invenções foram desestimuladas pela última grande glaciação que oferecia poucas 
alternativa de subsistência. 
b) Arco e flecha é um mecanismo complexo imaginado pelo homem e não mais uma 
simples adaptação dos recursos disponibilizados pela natureza, característica das 
invenções do período Mesolítico. 
c) O criação do arco e flecha foi superior em desenvolvimento da racionalidade se 
comparado à invenção da agricultura. 
d) No neolítico ocorreu a fabricação de artefatos com a pedra polida, fato que comprova 
que os homens que utilizavam arco e flecha eram superiores àqueles que usaram as 
lanças com pontas de pedra polida. Por isso, o Neolítico é um retrocesso em relação 
ao Mesolítico. 
e) Todas as invenções, desde o paleolítico, foram favorecidas pela existência da cerâmica 
que permitia armazenar as caças que passaram a aumentar com a invenção de armas 
como o arco e flecha. 
 (Estratégia Vestibulares/Profe Alê Lopes/2020) 
Leia o poema 
“Se um lenhador, durante todo o dia, 
Cortasse a mata agreste à sua frente, 
Sua tarefa não completaria 
Numa semana de trabalho ingente; 
Mas se amigos tivesse, encontraria, 
Auxílio e compreensão de muita gente; 
Seu trabalho depressa acabaria 
Para, então, discursar tranquilamente”. 
 
Poema épico anônimo, da Antiguidade. Op. Cit. MORRALL, John B. Aristoteles. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
95 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Considerando o contexto da pólis grega, bem como as noções aristotélicas sobre política, o 
poema revela: 
a) A noção de arethé – a busca pela excelência em relação ao trabalho. 
b) O individualismo grego e a limitação da participação política pelo excesso de trabalho. 
c) A noção aristotélica de política, que afirma serem os trabalhadores pessoas improprias 
para a política. 
d) Uma noção épica e guerreira da ação do trabalho como se fossem grandes feitos. 
e) Que Aristóteles estava correto: a política é atividade para pessoas sábias que não 
necessitam da atividade laboral. 
 (Estratégia Vestibulares/Profe Alê Lopes/2020) 
Surge, então, a ponderação de que a constituição de um povo e de seu governo deveriam estar 
baseadas, fundamentalmente, em regras de convivência nascidas da realidade social e mantidas 
através do tempo como expressão das convivências comuns. 
Adaptado de DALLARI, Dalmo de Abreu. A constituição na vida dos povos: da Idade Média 
ao Século XXI. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 10. 
No que se refere aos povos da Antiguidade e às regras jurídicas que exemplificam a sua 
realidade social, pode-se afirmar que: 
a) Na Mesopotâmia, estabeleceu-se um dos primeiros códigos de justiça, como o Código 
de Hamurabi, cujo princípio era o da proporcionalidade da pena à falta cometida. 
b) Os primeiros códigos escritos foram verificados em Roma, como a Lei das 12 tábuas, 
exemplo de um avançado princípio de igualdade jurídica que pôs fim à desigualdade 
entre patrícios e plebeus. 
c) A Grécia foi o berço do direito ocidental ao criar leis escritas que seguiam o princípio da 
isonomia entre os habitantes de suas cidades-estados. 
d) O Código de Ur-Nammu, encontrado na Suméria, diferenciava-se do código de 
Hamurabi por não conter princípio pecuniários de reparação. 
e) Os códigos de leis na Antiguidade eram baseados exclusivamente na tradição oral e, por 
isso, não deixaram legados. 
 (Estratégia Vestibulares/Profe Alê Lopes/2020) 
Texto I 
"Se nos oferecessem todo o ouro do mundo, ou a terra mais bela e fértil que se possa 
imaginar, nunca estaríamos disposto a juntar-nos ao nosso inimigo comum e participar da 
escravidão da Grécia (...) há a nossa herança grega, os laços de sangue e idioma, nossos 
altares sagrados e nosso modo de vida comum, e trair tudo isso não ficaria bem para 
Atenas... enquanto sobreviver um único ateniense, não haverá acordo com Xerxes" 
(Heródoto, VIII – 144). 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
96 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Considerando o texto e seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga, o historiador Heródoto 
se refere, 
a) às Guerras do Peloponeso que opunham gregos e troianos. 
b) às Guerras Médicas que opunham gregos e persas. 
c) às Guerras Púnicas que opunham regos e cartagineses. 
d) às Guerras Médicas que opunham gregos e macedônios. 
e) Às Guerras do Peloponeso que opunham atenienses e espartanos. 
 (Estratégia Vestibulares/Profe Alê Lopes/2020) 
É difícil datar com precisão o aparecimento do conceito de cidadania. Sabemos que o seu 
significado clássico se associava à participação política. O próprio adjetivo ‘político’, por sua 
vez, já nos remete a ideia de polis (Cidade-Estado Antiga). Podemos concluir, então, que foi 
justamente sobre esse tipo de organização urbana que se assentaram as bases do conceito 
tradicional de cidadania e de uma considerável parte de seu significado atual. 
REZENDE FILHO, Cyro de Barros; CÂMARA NETO, Isnard de Albuquerque. A evolução do 
conceito de cidadania. Taubaté, Ciências Humanas, n. 2, v. 7, p. 17-23, 2001. 
A ideia de cidadania é formulada a partir de elaborações conceituais e das próprias 
experiências históricas. Nesse sentido, a cidadania vivenciada pelo povo da Atenas Clássica 
era, 
a) Uma cidadania universal, já que homens, mulheres e estrangeiros poderiam participar das 
decisões políticas. 
b) Uma cidadania universal, na medida em que nunca houve critério de renda para participar 
da política. 
c) Uma cidadania relativa, uma vez que mulheres, estrangeiros e escravos não podiam tomar 
parte das discussões e deliberações políticas. 
d) Uma cidadania direta, já que aqueles que morassem em Atenas poderiam participar das 
discussões políticas. 
e) Uma cidadania elitista, uma vez que somente os proprietários de terra poderiam participar 
do governo da cidade-estado. 
10. LISTA DE QUESTÕES APROFUNDAMENTO 
 (UEL 2019) 
Durante as guerras entre os Persas e os Gregos, no mundo antigo, um conjunto de ações foi 
realizado, o que levou à produção de narrativas sobre esses episódios, com consequências 
também para os seus vizinhos macedônicos. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
97 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Com base nos conhecimentos sobre esse processo histórico, considere as afirmativas a 
seguir. 
I. A Liga do Peloponeso, criada por Esparta, uniu-se à Confederação de Delos, liderada por 
Atenas, e com essa unificação as esquadras dos gregos tornaram-se fortificadas com os 
grandes navios de combate. 
II. A Confederação de Delos reuniu as cidades-estado gregas contra a invasão persa e, no 
decorrer dos conflitos, sua sede foi transferida para Atenas, com a função de unificar os 
tributos e a frota. 
III. Na obra História da Guerra do Peloponeso, escrita pelo general ateniense Tucídides, foi 
descrito o flagelo da peste natural, que se abateu sobre eles, expondo as ilusões de seu 
mundo. 
IV. Plutarco descreveu as habilidades de Alexandre Magno naconquista e unificação dos 
povos envolvidos no conflito, por meio da miscigenação e integração cultural e do incentivo 
às artes e às ciências. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 (UEL 2015) 
O ser humano, no decorrer de seu processo histórico, desenvolveu noções de justiça em 
detrimento da prática da vingança. O primeiro código de leis, denominado de Código de 
Hamurabi, pouco rompia com a valorização da vingança, mantendo o princípio da Lei de 
Talião expresso na máxima “Olho por olho, dente por dente”. 
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o povo que elaborou na antiguidade o 
referido código e em que tipo de escrita ele foi impresso. 
a) Assírios – escrita árabe. 
b) Babilônios – escrita cuneiforme. 
c) Mesopotâmios – escrita alfabética. 
d) Persas – escrita farsi. 
e) Sumérios – escrita hieroglífica. 
 (UEL 2006) 
 Sobre o lugar social da mulher no contexto do pensamento dos filósofos gregos clássicos, 
é correto afirmar: 
Profe Alê Lopes 
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98 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
a) Na "Polis grega", as mulheres deveriam restringir-se à execução das tarefas domésticas, 
cabendo aos cidadãos a atuação na vida política, jurídica e administrativa. 
b) Pelo fato de as mulheres possuírem habilidades diferentes em relação aos homens, Platão 
lhes concede tarefas menos exigentes, tais como o cuidado do lar e o exercício da filosofia. 
c) Para Aristóteles, a justiça como equidade, se aplica também à esfera doméstica, devendo 
as mulheres receber tratamento baseado nos mesmos princípios válidos para os cidadãos. 
d) Era consenso que a mulher deveria atuar, além da esfera privada, também na esfera 
pública, tendo o direito de influenciar nas decisões políticas. 
e) Entendia-se que a tarefa das mulheres, que assumiam postos de liderança na Polis, era a 
de gerar filhos saudáveis para o Estado. 
 (UFPR 2016) 
Considere o excerto de poema espartano do século VII a.C.: 
[...] Pois não há homem valente no combate, 
se não suportar a vista da carnificina sangrenta 
e não atacar, colocando-se de perto. [...] 
É um bem comum para a cidade e todo o povo, 
que um homem aguarde, de pés fincados, na primeira fila, 
encarniçado e todo esquecido da fuga vergonhosa, 
expondo a sua vida e ânimo sofredor, 
e, aproximando-se, inspire confiança 
com suas palavras ao que lhe fica ao lado. 
(Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. In: Hélade: Antologia da Cultura Grega, 
Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra / Instituto de Estudos Clássicos, 
4. ed., 1982.) 
Com base nesse excerto, considere as afirmativas abaixo sobre os valores ressaltados no 
poema e sobre características da cidade-Estado de Esparta entre os séculos VII e V a.C.: 
1. Esparta e Atenas compartilhavam do mesmo ideal militar expresso no poema, motivo pelo 
qual juntaram esforços na Liga de Delos. 
2. O poema expressa os valores esperados dos soldados espartanos: a coragem, o espírito 
de combate e a cooperação com o coletivo. 
3. Para sustentar o exército, o Estado espartano formou a Liga do Peloponeso e distribuiu as 
terras conquistadas entre as cidades-Estado aliadas. 
4. Esparta manteve uma elite militar, formada pela educação rígida de suas crianças, que 
eram controladas pelo Estado e separadas de suas famílias. 
Profe Alê Lopes 
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99 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
 (UFPR 2012) 
Sobre o período helenístico (séculos IV a II a.C.) é correto afirmar: 
a) Com a rápida conquista territorial feita pelos macedônios, liderados especialmente por 
Alexandre Magno, houve a difusão da cultura grega do Egito até a Índia, por meio da adoção 
da koiné, uma variante mais simples do grego. Ocorreu a fusão entre culturas orientais e a 
cultura grega, além da construção de polos culturais, como Alexandria. Esse período deixou 
uma influência duradoura, que se manteve também dentro dos limites do Império Romano. 
b) Foi um longo período de desenvolvimento econômico, em que a agricultura foi 
incentivada por todos os territórios conquistados por Alexandre Magno. O objetivo desse 
imperador era rivalizar com o Império Romano, estabelecendo em Alexandria um governo 
despótico e centralizador. Nesse período, a cultura grega se expandiu do Egito até a China. 
c) Foi marcado pelas conquistas de Alexandre Magno, que teve dificuldades em expandir o 
seu governo, por conta da resistência dos romanos e dos persas. Apesar de ter reinado por 
décadas, Alexandre Magno não conseguiu manter a independência grega, perdendo seus 
territórios para o nascente Império Romano. 
d) Foi um período de decadência cultural, em que manifestações culturais gregas 
misturaram-se a influências de outras culturas conquistadas pelos exércitos de Alexandre 
Magno. Devido ao seu rápido crescimento, o império helenístico permitiu que as culturas e 
costumes locais se preservassem em troca de lealdade política. Isso levou ao fim da língua, 
da filosofia, do teatro e da arquitetura gregas. 
e) Foi uma era de violência endêmica e de escravidão dos povos conquistados por Alexandre 
Magno, o que explica sua breve duração. Logo após a morte de Alexandre, o império se 
dividiu e foi conquistado pelos persas. Dessa forma, o projeto de difusão da cultura grega 
foi abandonado, deixando alguns poucos monumentos e bibliotecas pelo Oriente. 
 (UDESC 2017) 
“Mas, já que estamos a examinar qual é a constituição política perfeita, sendo essa 
constituição a que mais contribui para a felicidade da cidade... os cidadãos não devem 
exercer as artes mecânicas nem as profissões mercantis; porque este gênero de vida tem 
qualquer coisa de vil, e é contrário à virtude. É preciso mesmo, para que sejam verdadeiros 
cidadãos, que eles não se façam lavradores; porque o descanso lhes é necessário para fazer 
nascer a virtude em sua alma, e para executar os deveres civis. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
100 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Aristóteles. A política. Livro IV, cap. VIII. 
A partir da citação acima e de seus conhecimentos sobre a estrutura político-social da Grécia 
Antiga, assinale a alternativa correta. 
a) A ideia de democracia grega está ligada ao fato de que todos aqueles que habitavam uma 
cidade-estado dispunham dos mesmos direitos e deveres, uma vez que todos os trabalhos e 
profissões eram igualmente valorizados. 
b) A cidadania era uma forma de distinção social porque nem todos os habitantes de uma 
cidade eram considerados cidadãos. Estrangeiros e mulheres, por exemplo, não dispunham 
dos direitos de cidadania e não tinham direito a voto nas assembleias. 
c) As profissões mercantis eram desencorajadas devido à supremacia da Igreja Católica na 
administração política grega, durante o Período Clássico. Neste período, a usura e o 
exercício do lucro eram vivamente condenados por ferirem os princípios cristãos. 
d) Todos os homens que habitavam uma cidade eram considerados cidadãos. A cidadania, 
na Grécia Clássica, era qualificada em ordens, sendo que os proprietários de terras eram 
cidadãos de primeira ordem e os trabalhadores braçais de segunda ordem. Todos, porém, 
tinham direito de voz e voto nas assembleias. 
e) A ideia de cidadania, descrita por Aristóteles, é considerada ainda hoje um ideal, uma vez 
que é plenamente inclusiva e qualificade forma igualitária todos os trabalhos e profissões. 
 (UDESC 2017) 
“Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, mas foram os 
reis que transportaram as pedras? Babilônia, tantas vezes destruída, quem outras tantas a 
reconstruiu? Em que casas da Lima Dourada moravam seus obreiros?” 
Perguntas de um operário que lê. Bertold Brecht. 
Heródoto de Halicarnasso, nascido no século V a.C., é comumente conhecido como “o Pai 
da História”. De acordo com o historiador François Hartog, Heródoto interessava-se, entre 
outras questões, pelas maravilhas e pelos monumentos considerados, muitas vezes, 
expressões da influência divina. 
Considerando os questionamentos de Bertold Brecht, assinale a alternativa que contém a 
melhor interpretação para a frase de Heródoto: “O Egito é uma dádiva do Nilo”. 
a) Permite constatar o desconhecimento de Heródoto no que diz respeito à Geografia, uma 
vez que os rios que atravessam o território egípcio são Tigre e Eufrates. 
b) Representa um anacronismo pois, no século V a.C., quando proferida, o Egito era ainda 
colônia do grande Império Bizantino. 
c) Atribui apenas à presença do Nilo o desenvolvimento do Egito, porém não considera a 
importância da presença humana, do trabalho empreendido na utilização do rio e dos 
benefícios naturais para o desenvolvimento da região. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
101 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
d) Representa a profunda religiosidade do povo egípcio, o qual atribuía ao deus Nilo o 
desenvolvimento do Império, à época, no período pré-dinástico. 
e) Atribui centralidade às ações do imperador Nilo que, entre os séculos VI a.C. e V a.C., 
administrou o processo de expansão territorial do Império Egípcio, sem, todavia, ressaltar a 
participação dos soldados que lutavam sob o comando do imperador. 
 (UPE 2015) 
Sobre o surgimento da arte cênica, todos falam em Grécia, mas o teatro aparece 
exclusivamente, em Atenas, nas últimas décadas do século VI a.C. Nenhuma das versões 
sobre o advento do teatro, na verdade, é conclusiva ou informa qual o momento exato em 
que se deu o fenômeno da arte dramática. 
(HELIODORA, Barbara. Caminhos do teatro ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2013. p. 24.) 
Sobre a temática abordada no texto, assinale a alternativa CORRETA. 
a) O marco inicial do teatro é a Paixão de Osíris, encenada em Abydos, no Egito, no ano de 
2600 a.C. 
b) A arte teatral surge ainda na Pré-história, em forma de dança ou canto, com o objetivo de 
evocar a chuva, a caça ou outras atividades básicas. 
c) O auge da produção teatral grega se deu no século V a.C., em Atenas. 
d) Os grandes nomes da dramaturgia grega foram Sófocles, Ésquilo, Eurípedes e Plauto. 
e) O teatro, desde seu surgimento em Atenas, sempre foi uma arte elitista, sem muito apelo 
popular. 
 (UERN 2015) 
Observe a charge e leia o trecho. 
 
A Ágora ou praça central era o espaço onde se reuniam os cidadãos para discutir a vida 
política e decidir sobre as ações a serem tomadas. (Vainfas, 2010.) 
Ao analisarmos a charge e o texto, e tendo em vista o contexto da Grécia Antiga e o do 
Brasil atual em relação à participação política, é possível inferir que 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
102 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
a) em ambos os casos, apesar da ideia de democracia preconizar a participação de todos, 
existiam (e existem) limites para o exercício pleno desse direito. 
b) na Grécia, cidadão era apenas aquele que participava das gerúsias, por ser considerado 
“homo politicus”. No Brasil, só se considera cidadão o indivíduo com mais de 18 anos. 
c) tanto na Grécia quanto no Brasil, a democracia era (e é) caracterizada pela participação 
universal, ou seja, de toda a população votante e em dia com suas obrigações eleitorais. 
d) como no Brasil o voto atual é direto e secreto, o processo democrático torna-se mais 
transparente e incorruptível, o que não era possível na Grécia, devido ao controle de poder 
dos generais. 
 (UEPB 2013) 
No século V a.C, Atenas vivia o auge de um regime de governo no qual os homens livres 
decidiam os interesses comuns de todos os cidadãos. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Platão defendia a valorização das paixões pessoais porque o homem que agia assim em 
sociedade considerava as necessidades alheias, favorecendo o fortalecimento do regime 
democrático. 
b) A democracia ateniense era direta e plena, tendo como cidadãos os homens livres, as 
mulheres e os estrangeiros. 
c) A democracia da Grécia Clássica garantia os mesmos direitos para todas as pessoas, 
embora não defendesse a soberania do homem em relação ao seu destino. 
d) As propostas que os atenienses defendiam publicamente eram feitas por meio de 
discursos proferidos por sofistas que dominavam a arte da oratória. 
e) Para os sofistas, tudo deveria ser avaliado segundo os interesses coletivos para favorecer 
a democracia e condenavam os interesses individuais. 
 (UEPA 2015) 
Leia o texto para responder à questão. 
Platão: 
A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus 
interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-
lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto 
às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões 
subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter 
insuficiente. 
(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17) 
Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à: 
a) oligarquia 
Profe Alê Lopes 
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103 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
b) república 
c) democracia 
d) monarquia 
e) plutocracia 
 (UEPA 2014) 
 “No tempo de Péricles (461-429 a.C), o comparecimento à assembleia soberana era aberto 
a todo o cidadão. A assembleia era um comício ao ar livre que reunia centenas de atenienses 
do sexo masculino, com idade superior a 18 anos. Todos os que compareciam tinham direito 
de fazer uso da palavra. As decisões da assembleia representavam a palavra final na guerra 
e na paz, nos tratados, nas finanças, nas legislações, nas obras públicas, no julgamento dos 
casos mais importantes, na eleição de administradores, enfim na totalidade das atividades 
governamentais”. 
(BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História: Das cavernas ao terceiro 
milênio, 2ª Edição. São Paulo: Editora Moderna, 2010. p. 102). 
 
Com base nesta informação, conclui-se que, em Atenas, no período de Péricles: 
a) a democracia se consolidou e atingiu sua plenitude por meio de princípios como o da 
isonomia, isocracia e isegoria, que se definiu como a igualdade de direito ao acesso à palavra 
na assembleia soberana. 
b) a cidadania ateniense fundamentava-se na igualdade de gênero, garantindo aos cidadãos 
o pleno direito à palavra independente de sexo, impondo como limite a idade de dezoito 
anos. 
c) a relação de poder entre funcionários do Estado e a elite política ateniense assegurava a 
manutenção de um regime de governo aristocrático no qual somente os homens exerciam o 
direito de cidadania. 
d) os cidadãos atenienses eram guiados por uma burocracia estatal que impediu o rodízio 
dos cargos administrativos, de modo que a liderança direta e pessoal era exercida por uma 
minoria de homens jovens. 
e) a concentração da autoridade na assembleia possibilitou a criação de um regime de 
governo baseado no poder pessoal, institucionalizando a oratória como competência mais 
importante para o exercício da política nos tempos de Péricles. 
 (UFES) 
Entre as causas do declínio das cidades-estado (polis) da Grécia, é possível destacar o(a): 
a) invasão e dominação persa;b) rivalidade entre as cidades e a disputa pela hegemonia grega; 
c) expansão cartaginesa pelo Mediterrâneo; 
Profe Alê Lopes 
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104 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
d) expansão do Império Romano; 
e) desaparecimento e morte dos principais reis gregos, quando retornavam da Guerra de 
Tróia. 
 (UEA – 2018) 
O cidadão não é cidadão pelo fato de se ter estabelecido em algum lugar – pois os 
estrangeiros e os escravos também são estabelecidos. [...] Por aí se vê, pois, o que é o 
cidadão: aquele que tem uma parte legal na autoridade deliberativa e na autoridade 
judiciária. (Aristóteles. A política, s/d.) 
Aristóteles, filósofo do século IV a.C., fundou e dirigiu, na cidade de Atenas, o Liceu, um 
centro de estudos filosóficos. A sua definição de cidadania 
(A) referia-se a direitos políticos exclusivos de alguns indivíduos nas cidades. 
(B) restringia-se aos governos altamente militarizados das cidades. 
(C) desconhecia as práticas políticas efetivas do extenso mundo grego. 
(D) abrangia o conjunto da população economicamente ativa na Grécia. 
(E) opunha-se ao funcionamento dos regimes democráticos nas pólis. 
 (UEA – 2017) 
Às vezes se denomina “Crescente Fértil” a importante região que forma um arco de território 
desde o Delta do Nilo através da Palestina e do Levante, estende-se a leste ao longo das 
colinas da Anatólia e termina nas montanhas situadas entre o Irã e o Mar Cáspio, incluindo 
os vales fluviais da Mesopotâmia. (J. M. Roberts. O livro de ouro da história do mundo, 2001.) 
O excerto descreve um espaço geográfico e histórico em que 
(A) constituíram-se os padrões culturais europeus, como o teatro trágico, e as organizações 
políticas populares, como a democracia. 
(B) predominaram a uniformidade cultural, com o emprego de um só idioma, e longo período 
de paz social, com a ausência de guerras. 
(C) ocorreram mudanças culturais significativas, como a invenção da escrita, e políticas, como 
a formação de Estados. 
(D) permaneceram precários os contatos entre as comunidades, como nas do centro da 
África, e as atividades econômicas, com a coleta. 
(E) desapareceram as fontes históricas escritas, como os códigos de leis, e registros 
arqueológicos, como as peças de cerâmica. 
 (UEA – 2016 / Segunda Fase) 
Não somente a feitura de imagens nas antigas civilizações estava vinculada à magia e à 
religião, como era também a primeira forma de escrita. Sabemos muito pouco a respeito 
dessas origens misteriosas; mas, se quisermos compreender a história da arte, será 
Profe Alê Lopes 
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105 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
conveniente recordar, vez por outra, que imagens e letras são na verdade parentes 
consanguíneos. (E. H. Gombrich. A história da arte, 1993. Adaptado.) 
O texto afirma que 
(A) o nomadismo dos primeiros agrupamentos humanos impossibilitava a produção de 
imagens. 
(B) a expressão por meio da escrita fonética proporcionava a consolidação dos laços internos 
nas sociedades antigas. 
(C) a produção de imagens, nas primeiras sociedades organizadas, estava desvinculada das 
necessidades práticas da existência. 
(D) o estudo de sociedades remotas é possibilitado pela decifração de seus alfabetos 
fonéticos. 
(E) o reconhecimento da diversidade das formas de expressão permite estudos sobre povos 
antigos. 
 (UEA-2015) 
 
O túmulo do artesão Sennedjem e de sua esposa Inyferti, que viveram por volta do século 
XIII a.C., no Egito, foi decorado com representações de atividades econômicas. Nessa 
pintura mural, o artesão e a sua esposa, além de prestarem reverências aos deuses, dedicam-
se 
(A) ao trabalho árduo e fatigante pouco favorecido pela proximidade do rio. 
(B) aos lazeres da pesca no período anual de inundação das margens do rio. 
(C) à coleta de riquezas fornecidas naturalmente pelos solos fertilizados pelo rio. 
Profe Alê Lopes 
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106 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
(D) aos trabalhos agrícolas altamente produtivos nas margens férteis do rio. 
(E) à construção de muralhas de contenção das cheias periódicas do rio. 
 (UEA – 2015 / Segunda Fase) 
Os santuários maiores, Olímpia ou Delfos, Delos ou Ístmo, atraem as multidões vindas de 
todo o mundo grego; pois os deuses guiaram essas instalações longínquas e favoreceram a 
nova prosperidade: seria justo que eles recebessem a sua parte. Os santuários irão absorver, 
por muito tempo, as atividades dos arquitetos de uma maneira quase exclusiva; e suas 
estátuas, apresentadas à piedade e à admiração dos fiéis, propõem aos artistas novas fontes 
de inspiração. (René Ginouvès. A arte grega, 1983. Adaptado.) 
A partir da leitura do excerto, é correto afirmar que os templos da Grécia Antiga eram 
(A) definidos como a residência dos reis gregos e de seus familiares, considerados filhos dos 
deuses do Olimpo. 
(B) edificados com a finalidade de unir os gregos durante os jogos esportivos que ocorriam 
a cada quatro anos. 
(C) centros de aprendizado filosófico e de comprovação racional do predomínio grego sobre 
os bárbaros. 
(D) pontos de convergência dos povos gregos dispersos pela diáspora e fontes de renovação 
cultural. 
(E) construídos com o propósito político de manter a unidade dos gregos contra os inimigos 
externos. 
 (UEA – 2014 / Segunda Fase) 
A causa mais verdadeira da Guerra do Peloponeso é, também, a menos declarada. Na minha 
maneira de ver, o crescimento dos atenienses causou temor nos lacedemônios, empurrando-
os, então, para a guerra. Mas os motivos apresentados abertamente pelos dois lados são os 
seguintes. (Tucídides. História da guerra do Peloponeso, 1990. Adaptado.) 
Tucídides foi contemporâneo da Guerra do Peloponeso que opôs, a partir de 431 a.C., as 
cidades de Atenas e Esparta. O historiador demonstra ser consciente das exigências do seu 
ofício, 
(A) procurando distinguir seu ponto de vista das justificativas fornecidas pelos participantes 
do acontecimento. 
(B) reconhecendo os vínculos da escrita da história com poemas do gênero épico, como 
Ilíada e Odisseia. 
(C) ignorando as explicações ou as razões que os protagonistas dos fatos sociais apresentam 
sobre eles. 
(D) afirmando que a verdade histórica baseia-se no rigor e na universalidade do 
conhecimento filosófico. 
Profe Alê Lopes 
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107 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
(E) sustentando, mesmo que implicitamente, que as fontes históricas são pouco relevantes 
para a análise do ocorrido. 
 (UEA – 2014 / Segunda Fase) 
Convém que os edifícios consagrados ao culto dos deuses sejam reunidos num local bastante 
visível para que a majestade dos deuses possa nele manifestar-se. É também conveniente 
que abaixo desse local se encontre a praça pública, a Praça da Liberdade. Esta praça será 
desembaraçada de tudo aquilo que se vende e que se compra: os artesãos e os lavradores 
não deverão dela se aproximar, a não ser que os chamem os magistrados. A praça destinada 
a servir de mercado para as mercadorias deve ser separada da Praça da Liberdade, e de tal 
modo situada que seja fácil a ela transportar tudo que vem por mar e os produtos do país. 
(Aristóteles. A política, s/d. Adaptado.) 
Aristóteles faz uma espécie de desenho ideal da cidade grega, que deveria ser fisicamente 
composta por 
(A) espaços de culto, de decisões políticas e de relações comerciais. 
(B) locais de ginástica, de oratória e de contato com estrangeiros. 
(C) lugares reservados aos homens livres, aos escravos e aos estrangeiros. 
(D) centros de comércio religioso, de encontros culturais e de empréstimos de dinheiro. 
(E) quartéis militares, faculdades de filosofia e termas públicas. 
11. GABARITO 
 
1. C 
2. A 
3. E 
4. D 
5. B 
6. C 
7. A 
8. B 
9. E 
10. E 
11. E 
12. A 
13. C 
14. A 
15. D 
16. C 
17. C 
18. B 
19. A 
20. A 
21. E 
22. C 
23. D 
24. B 
25. B 
26. E 
27. D 
28. D 
29.B 
30. B 
31. D 
32. A 
33. C 
34. E 
Profe Alê Lopes 
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108 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
35. D 
36. A 
37. D 
38. B 
39. A 
40. B 
41. D 
42. A 
43. A 
44. A 
45. C 
46. A 
47. D 
48. E 
49. C 
50. C 
51. C 
52. E 
53. A 
54. A 
55. E 
56. B 
57. B 
58. A 
59. B 
60. C 
61. E 
62. B 
63. A 
64. B 
65. A 
66. B 
67. C 
68. C 
69. A 
70. D 
71. C 
72. A 
73. B 
74. A 
75. C 
76. E 
77. D 
78. D 
79. A 
80. A 
 
 
109 
194 
 
AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
 
 
12. LISTA DE QUESTÕES FUVEST – COMENTADA 
 (FUVEST 2017) 
Um elemento essencial para a evolução da dieta humana foi a transição para a agricultura 
como o modo primordial de subsistência. A Revolução Neolítica estreitou dramaticamente o 
nicho alimentar ao diminuir a variedade de mantimentos disponíveis; com a virada para a 
agricultura intensiva, houve um claro declínio na nutrição humana. Por sua vez, a 
industrialização recente do sistema alimentar mundial resultou em uma outra transição 
nutricional, na qual as nações em desenvolvimento estão experimentando, simultaneamente, 
subnutrição e obesidade. 
George J. Armelagos, “Brain Evolution, the Determinates of Food Choice, and the 
Omnivore’s Dilemma”, Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 2014. Adaptado. 
 
A respeito dos resultados das transformações nos sistemas alimentares descritas pelo autor, 
é correto afirmar: 
a) A quantidade absoluta de mantimentos disponíveis para as sociedades humanas diminuiu 
após a Revolução Neolítica. 
b) A invenção da agricultura, ao diversificar a cesta de mantimentos, melhorou o balanço 
nutricional das sociedades sedentárias. 
c) Os ganhos de produtividade agrícola obtidos com as revoluções Neolítica e Industrial 
trouxeram simplificação das dietas alimentares. 
d) As populações das nações em desenvolvimento estão sofrendo com a obesidade, por 
consumirem alimentos de melhor qualidade nutricional. 
e) A dieta humana pouco variou ao longo do tempo, mantendo-se inalterada da Revolução 
Neolítica à Revolução Industrial 
Comentários 
Essa questão é basicamente interpretação de texto, uma leitura atenta daria conta de 
responder. Segundo o texto do enunciado, tanto a Revolução Neolítica quanto a Revolução 
Industrial promoveram um aumento quantitativo da produção agrícola destinada à 
alimentação. No entanto, por isso mesmo, implicou a redução da diversidade de produtos, 
o que por sua vez comprometeu o valor nutricional devido à especialização; assim, teria 
resultado em problemas graves de saúde pública, como a subnutrição e a obesidade. Tendo 
isso em mente, vejamos as alternativas: 
a) Incorreta. A Revolução Neolítica promoveu um aumento na quantidade de alimentos 
produzidos. 
b) Incorreta. O domínio da agricultura diminuiu a diversificação dos mantimentos. 
c) Correta, conforme discutimos. 
d) Incorreta. Segundo o texto, tanto a obesidade quanto a subnutrição têm origem na 
redução da diversidade de produtos, portanto, não há uma melhora nutricional. 
Profe Alê Lopes 
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110 
194 
 
 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
e) Incorreta. A dieta humana sofreu uma grande variação ao longo da história. 
Gabarito: C 
 (FUVEST 2017) 
Em relação à ética e à justiça na vida política da Grécia Clássica, é correto afirmar: 
a) Tratava-se de virtudes que se traduziam na observância da lei, dos costumes e das 
convenções instituídas pela polis. 
b) Foram prerrogativas democráticas que não estavam limitadas aos cidadãos e que também 
foram estendidas aos comerciantes e estrangeiros. 
c) Eram princípios fundamentais da política externa, mas suspensos temporariamente após a 
declaração formal de guerra. 
d) Foram introduzidas pelos legisladores para reduzir o poder assentado em bases religiosas 
e para estabelecer critérios racionais de distribuição. 
e) Adquiriram importância somente no período helenístico, quando houve uma significativa 
incorporação de elementos da cultura romana. 
Comentários 
Essa é uma questão difícil. Minha sugestão é para começarmos pelas erradas. 
Vejam a alternativa B, ela afirma que as “prerrogativas democráticas” foram estendidas aos 
comerciantes e estrangeiros. Sabemos que, por exemplo, apenas os atenienses possuíam as 
prerrogativas da cidadania grega, logo, alternativa errada. 
O item C não faz sentido, pois, apesar de cultuar valores democráticos (lembre-se de que a 
democracia grega era diferente da democracia moderna), a política expansionista e de defesa de 
polis militarizadas, como Esparta, não previa a prática da ética e da justiça no relacionamento 
externo. 
 A alternativa D sugere uma espécie de teocracia na Grécia Antiga, “o poder assentado em bases 
religiosas”, fato que não confere, pois havia parlamento, senado, etc. Já a alternativa E faz um 
deslocamento da linha do tempo ao afirmar que “somente no período helenístico” ética e justiça 
teriam sido valorizadas. 
Na verdade, reparem que a alternativa E é um contrassenso, pois ela é contraditória em relação 
ao próprio enunciado da questão: se estamos falando da vida política da Grécia Antiga, como 
essa vida política só passou a ser valorizada em momento posterior com o helenismo? 
 Por fim, sobrou a alternativa A, correta. Lembrem-se de que uma das características da 
civilização grega era o pensamento filosófico, o qual influenciava todos os campos da vida (leis, 
costumes, etc.). 
Gabarito: A 
 (FUVEST 2016) 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
111 
194 
 
 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
O aparecimento da polis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento 
decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim 
alcançará todas as suas consequências; a polis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. 
Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um 
começo, uma verdadeira invenção; por elo, a vida social e as relações entre os homens 
tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos. (Jean-
Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado). 
De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo 
surgimento da polis foi: 
a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era 
baseada na escrita e no uso de imagens. 
b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações 
travadas nos espaços públicos. 
c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto 
de origem divina do monarca. 
d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a 
construção de identidades culturais. 
e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das 
ações e ideias de seus membros. 
Comentários 
Esse é um dos temas mais recorrentes na prova da FUVEST sobre antiguidade a.C clássica. É 
consenso que o espaço da polis é fundamental para constituir uma nova mentalidade, a 
fundacional da arte política do Ocidente: a palavra, o debate, a argumentação. É o pressuposto 
da democracia, por isso, fala-se que a Grécia é o berço da cultura Ocidental. Como dica, veja, 
que não é uma questão difícil. Ela requer conhecimento de conteúdo e interpretação, nesse 
sentido, todos os outros itens são conclusões em sentido oposto do que propõe o texto. 
Gabarito: E 
 (FUVEST 2015) 
Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram 
em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram 
por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de 
Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colônias gregas não somente em toda a 
extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, 
na Itália do sul e na Sicíliaoriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico 
da França. No interior desta elipse de uns 2500 km de comprimento, encontravam-se 
centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que 
afirmaram sempre a sua soberania. Nem então, em nenhuma outra altura, no mundo antigo, 
Profe Alê Lopes 
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112 
194 
 
 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha 
chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia). 
I. Finley. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado. 
Com base no texto, pode-se apontar corretamente 
a) a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas 
militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e 
macedônios. 
b) a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e 
cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção 
cultural. 
c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes 
de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político. 
d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo 
sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política. 
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como 
forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional. 
Comentários 
Querido e querida, articulem comigo: essa questão é um pouco mais trabalhosa. Texto grande. 
Precisa ser lido SIM! Ele explica a noção de autonomia e independência das cidades-estados e 
confirma a tese histórica de que o mundo grego nunca se constituiu como um Estado centralizado, 
ou uma nação tal qual entendemos hoje – com governo único, território, leis, costumes. A forma 
de organização política é descentralizada. ANOTA AÍ!! E isso torna o mundo grego diferente de 
todas as outras experiências históricas da Antiguidade. Sendo assim, o gabarito é a letra D, pois 
os conceitos de nação ou estado não podem ser usados para interpretar a Grécia Antiga. No caso 
dessa questão, você precisa lembrar da organização grega e também dos conceitos. 
Segundo o texto, a conceituação do “Mundo Grego” e uma eventual análise de sua estrutura 
não devem ser feitas segundo critérios válidos na atualidade, pois inexistia entre os gregos 
a ideia de nação, assim como de Estado centralizado. A consciência etno-histórica dos 
gregos, baseada em elementos culturais e religiosos comuns, desenvolveu-se sem a 
necessidade de uma unificação política ou da formação de um império institucionalizado. 
Vamos olhar as alternativas: 
a) Incorreta. Descentralização política não é sinônimo de desorganização. Ademais, o povo 
que chamamos na contemporaneidade de gregos tinham um grande poderio militar e saíram 
vitoriosos de uma série de guerras. 
b) Incorreta. Não havia qualquer necessidade de centralização política. 
c) Incorreta. A Antiguidade foi repleta de pensadores políticos. Inclusive, alguns povos eram 
organizados em torno de uma centralização, só não é o caso dos gregos. 
d) Correta, conforme exposto anteriormente. 
Profe Alê Lopes 
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113 
194 
 
 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
e) Incorreta. O texto fala justamente da ausência de uma concepção de Estado Nacional na 
Grécia Antiga. 
Gabarito: D 
 (FUVEST 2012) 
Há cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores antigos foram 
substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e nos hábitos. 
Ao mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou taquara (no Rio 
Grande do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de 
habitações. 
André Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2007, p. 49. Adaptado. 
O texto associa o desenvolvimento da agricultura com o da cerâmica entre os habitantes do 
atual território do Brasil, há 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a agricultura 
a) favoreceu a ampliação das trocas comerciais com povos andinos, que dominavam as 
técnicas de produção de cerâmica e as transmitiram aos povos guarani. 
b) possibilitou que os povos que a praticavam se tornassem sedentários e pudessem 
armazenar alimentos, criando a necessidade de fabricação de recipientes para guardá-los. 
c) proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis, que conciliaram a produção de 
objetos de cerâmica com a utilização de conchas e ossos na elaboração de armas e 
ferramentas. 
d) difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de Noronha, região de caça e coleta 
restritas, o que forçava as populações locais a desenvolver o cultivo de alimentos. 
e) era praticada, prioritariamente, por grupos que viviam nas áreas litorâneas e que estavam, 
portanto, mais sujeitos a influências culturais de povos residentes fora da América. 
Comentários 
De certa forma, a questão faz referência à Revolução Neolítica, transição em grande escala 
de muitas culturas humanas do estilo de vida de caçador-coletor e nômade para um agrícola 
e sedentário fixo. Esse processo foi possível em razão do domínio da agricultura pelos povos. 
Com o desenvolvimento do cultivo de alimentos e a domesticação de animais, surge a 
necessidade de armazenamento da produção após a colheita, o que implica a fabricação de 
recipientes, como por exemplo os de cerâmica. Sabendo disso, vamos olhar as alternativas: 
a) Incorreta. A agricultura possibilitou o sedentarismo e fomentou o desenvolvimento de 
objetos para armazenar os alimentos produzidos 
b) Correta, conforme exposto anteriormente. 
c) Incorreta. Os povos dos sambaquis eram nômades. 
d) Incorreta. O texto fala sobre esse fenômeno na região Sul do país. 
e) Incorreta. A associação feita pelo texto diz respeito a uma questão interna dos povos, não 
a um contato com outras culturas. 
Gabarito: B 
 (FUVEST 2011) 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
As cidades [do Mediterrâneo antigo] se formaram, opondo-se ao internacionalismo praticado 
pelas antigas aristocracias. Elas se fecharam e criaram uma identidade própria, que lhes dava 
força e significado. Norberto Luiz Guarinello, A cidade na Antiguidade Clássica. São Paulo: 
Atual, p.20, 2006. Adaptado. 
As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas pela 
a) autossuficiência econômica e igualdade de direitos políticos entre seus habitantes. 
b) disciplina militar imposta a todas as crianças durante sua formação escolar. 
c) ocupação de territórios herdados de ancestrais e definição de leis e moeda próprias. 
d) concentração populacional em núcleos urbanos e isolamento em relação aos grupos que 
habitavam o meio rural. 
e) submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos democráticos 
de organização política. 
Comentários 
A questão fala sobre cidades do Mediterrâneo antigo. Pelo texto podemos concluir que são 
as do mundo grego. Sendo assim, sabemos que as cidades se formaram pela ocupação de 
diferentes povos (jônios, eólios, dórios), ao longo do tempo, nos territórios ocupados 
orginalmente pelo povo creto-micênico. Sabemos, também, que as cidades gregas eram, na 
verdade, cidades-estados com autonomia, independência, leis, moedas e governo próprios. 
Além disso, as polis tinham uma estratificação social desigual – mesmo em Atenas no período 
democrático. Embora houvesse o chamado urbano e rural – e até mesmo o litoral -, eles se 
complementavam. Sendo assim, o gabarito da questão é letra C. 
Gabarito: C 
 (FUVEST 2009) 
“Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que 
o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que elairia prosperar. A vontade de 
colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, 
dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo.” Flávio Arriano. 
Anabasis Alexandri (séc. I d.C.). Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é 
possível depreender: 
a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as 
do Oriente Médio. 
b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre 
na região. 
c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no 
Egito. 
d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império 
helênico. 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de 
Alexandre. 
Comentários 
Querido e querida alunos, memorize: Alexandre, o Grande, aquele que expandiu o Império 
Macedônico, difundiu a cultura grega e a fundiu com a cultura do chamado mundo oriental, 
formando o que chamamos de “cultura helenística”. Simbolicamente isso está em Alexandria, no 
Egito. Gabarito é alternativa A. 
Vejamos os erros nas demais alternativas: 
a- Correto. 
b- A sociedade egípcia é essencialmente agrícola. 
c- Não houve exportação do modelo político ateniense, mas aspectos da cultura letrada, 
filosófica, artística. 
d- Novamente, não é a urbanizada egípcia, mas a da Grécia. 
e- A religião egípcia e sua arquitetura não influenciaram a Grécia nesse momento. 
Gabarito: A 
 (FUVEST 2005) 
“Vendo Sólon [que] a cidade se dividia pelas disputas entre facções e que alguns cidadãos, 
por apatia, estavam prontos a aceitar qualquer resultado, fez aprovar uma lei específica 
contra eles, obrigando-os, se não quisessem perder seus direitos de cidadãos, a escolher um 
dos partidos". Aristóteles, em A Constituição de Atenas. 
A lei visava: 
a) diminuir a participação dos cidadãos na vida política da cidade. 
b) obrigar os cidadãos a participar da vida política da cidade. 
c) aumentar a segurança dos cidadãos que participavam da política. 
d) deixar aos cidadãos a decisão de participar ou não da política. 
e) impedir que conflitos entre os cidadãos prejudicassem a cidade. 
Comentários 
Questão super conteudista. Lembram-se de que em Atenas, a alienação política era mal vista? 
Neste texto, Aristóteles está nos contando sobre o período de crise política naquela polis e as 
propostas reformistas. A pena máxima para quem não participava da vida política era o ostracismo 
– banimento de Atenas. Assim, a lei visava obrigar uma cidadania ativa. Portanto, gabarito correta 
é a letra B. Vejamos os erros das demais: 
a- Não, a imposição era o contrário: aumentar a participação. 
b- Item correto!! 
c- Nada se menciona sobre segurança. Fazer política não era algo inseguro, mas uma 
atividade saudável e necessária a vida da sociedade. 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
d- Não era uma opção participar. A política era entendida como algo tão necessário 
quanto o trabalho porque a cidade era entendida como um espaço de todos, logo de 
responsabilidade de todos. Não participar era como se a pessoa fosse “folgada” vivendo 
da ação de outrem. Além disso a apatia política era vista como um risco porque poderia 
trazer a tirania dos autoritários. 
e- A política era vista como o canal para a resolução pacífica dos problemas. Mas não 
era exatamente esse o objetivo da lei. Esse ´o item “casca de banana”. 
Gabarito: B 
 (FUVEST 2003) 
"A história da Antiguidade Clássica é a história das cidades, porém, de cidades baseadas na 
propriedade da terra e na agricultura." 
K. Marx. Formações econômicas pré-capitalistas. 
Em decorrência da frase de Marx, é correto afirmar que: 
a) os comerciantes eram o setor urbano com maior poder na Antiguidade, mas dependiam 
da produção agrícola. 
b) o comércio e as manufaturas eram atividades desconhecidas nas cidades em torno do 
Mediterrâneo. 
c) as populações das cidades greco-romanas dependiam da agricultura para a acumulação 
de riqueza monetária. 
d) a sociedade urbana greco-romana se caracterizava pela ausência de diferenças sociais. 
e) os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e romanas se originavam da condição de 
proprietários rurais. 
Comentários 
O tema das cidades é muito cobrado. Estude muito todas as relações que se desenvolvem sobre 
o assunto. No processo de desintegração das genos e formação das cidades, o paterfamilias 
distribuiu as terras de maneira desigual, o que gerou estratificação social. Ou seja, falamos da 
passagem da organização coletivista para privatista da terra e da produção, assim, a formação de 
proprietários privados da terra. 
Esses proprietários, ao longo do tempo e com a complexificação da organização social por 
meio do surgimento das cidades, fizeram com que esses proprietários fossem concentrando 
privilégios devido ao seu poder econômico. 
Tendo isso em mente, vamos à análise das alternativas: 
a- Na Antiguidade, os comerciantes não eram o setor mais importante. Eram os proprietários 
de terra. Eles comandavam a política na cidade, inclusive. Vimos na aula, que os 
comerciantes (em Atenas eram os demiurgos) lutaram para adquirir condições isonômicas 
de poder em relação aos patrícios donos de terras. Item incorreto. 
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b- O item não está completamente errado, já que havia comércio e manufaturas no entrono 
do mediterrâneo. Mas a frase de Marx se refere aos proprietários de terras. 
c- Esse item está excessivamente genérico. As cidades greco-romanas de qual período? 
Somente da agricultura dependia o acúmulo de riqueza? Não dá para assinalar itens tão 
genéricos. Cuidado com esse tipo de alternativa. 
d- Nossa, item mais que errado. A desigualdade é a marca das sociedades organizadas nas 
cidades, segundo Marx, desde o surgimento da propriedade privada da terra. 
e- Item correto. Essa é a tese da teoria marxista: a origem da desigualdade é a propriedade 
privada. Para aprofundar quero lembrar que esse pressuposto da desigualdade social foi 
formulado, antes de Karl Marx, por Jean-Jacques Rousseau no final do século XVIII, como 
veremos na aula sobre Iluminismo. 
Gabarito: E 
 (FUVEST 2002) 
Quando, a partir do final do último século a.C., Roma conquistou o Egito, e áreas da 
Mesopotâmia, encontrou nesses territórios uma forte presença de elementos gregos. Isto foi 
devido: 
a) ao recrutamento de soldados gregos pelos monarcas persas e egípcios. 
b) à colonização grega, semelhante à realizada na Sicília e Magna Grécia. 
c) à expansão comercial egípcia no Mediterrâneo Oriental. 
d) à dominação Persa na Grécia durante o reinado de Dario. 
e) ao helenismo, resultante das conquistas de Alexandre o Grande. 
Comentários 
Apesar de tentar confundir o vestibulando, pois a questão mescla períodos grego e romano, ela 
é simples. A questão quer saber se você conhece a principal consequência da dominação do Reino 
Macedônico sobre a Grécia, na expansão de Alexandre, o Grande. Alexandre foi responsável por 
expandir o modelo helênico, aquele que fundia culturas gregas com as orientais. Foi dessa forma 
que houve a difusão da cultura grega pelo Oriente. 
Gabarito: E 
 (FUVEST 1999) 
"Ao povo dei tanto privilégio quanto lhe bastasse, 
nada tirando ou acrescentando à sua honra; 
Quanto aos que tinham poder e eram famosos por sua riqueza, 
também tive cuidado para que não sofressem nenhum dano... 
e não permiti que nenhum dos dois lados triunfasse injustamente." 
Sobre esse texto, é correto afirmar que seu autor, 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
a) o dramaturgoSólon, reproduz um famoso discurso de Péricles, o grande estadista e 
fundador da democracia ateniense; 
b) o demagogo Sólon, recorre à eloquência e à retórica para enganar as massas e assim obter 
seu apoio para alcançar o poder; 
c) o tirano Sólon, lembra como, astutamente, acabou com as lutas de classes em Atenas, 
submetendo ricos e pobres às mesmas leis; 
d) o filósofo Sólon, evoca de maneira poética a figura do lendário Drácon, estadista e criador 
da democracia ateniense; 
e) o legislador Sólon, exprime o orgulho pelas leis, de caráter democrático, que fez aprovar 
em Atenas quando governou a cidade. 
Comentários 
Essa é uma questão de interpretação que necessita de uma “lente interpretativa”. Mas o que é 
isso, Alê? 
Você vai aprender com a professora de Linguagens o assunto sobre interpretação. Veja um quadro 
que vai ajudar: 
ELEMENTOS INTERNOS ELEMENTOS EXTERNOS 
• Estilo do texto: se utiliza o registro 
formal ou informal da linguagem; 
• Gênero textual: romance, conto, 
crônica, poesia, reportagem, charge, 
tirinha etc. 
• A pessoa que escreve: voz do discurso 
(primeira, segunda ou terceira, do 
singular ou do plural): 
 prosa: narrador; 
 poesia: eu lírico. 
 
• Para quem o texto se destina: o seu 
público-alvo, se é adolescente ou 
idosos, homem ou mulher, se é um 
público mais abrangente etc. 
• Época em que o texto foi publicado (na 
prova, essa informação estará na nota 
de rodapé). 
• Biografia do autor: a sua história de vida 
(caso vocês saibam algo sobre isso ou 
algo seja divulgado na prova). 
• Meio em que o texto foi publicado ou 
veiculado: livro, revista etc. 
• O contexto cultural: por exemplo, as 
vanguardas no Pré-Modernismo. 
• Textos anteriores e posteriores que 
dialogam com o texto analisado em 
questão. 
• Imagens que acompanham o texto. 
• As relações do texto com a política, a 
história, a sociologia etc. 
 
Em História a interpretação de um texto deve se dar a partir do 
conhecimento sobre o conteúdo. A lente que você usa é o conhecimento. Você 
deve olhar o texto através do seu conhecimento prévio do assunto colocado na 
questão. Ou seja, você precisa trazer sua “lupa histórica” para ler o texto. 
 
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É uma questão difícil, pois o comando da questão é seco. Não traz nenhuma informação. 
Assim, você deve trazer muitos elementos externos ao texto. Quando ocorre isso, você deve 
buscar as informações nas alternativas, ler uma a uma e excluir tudo o que estiver errado. 
Passemos a Análise, então. 
Veja que todas elas falam sobre Sólon. Então, já sabemos que o autor do texto é Sólon. Aí 
começa a ficar mais claro, pois são as informações sobre ele que devemos trazer para a 
interpretação do texto. Sabemos, então, que Sólon foi um legislador reformista que procurou 
resolver o problema da tensão política e social fruto das desigualdades em Atenas. Recorde as 
reformas que ele propôs: 
 
 
 
Assim, Sólon não foi dramaturgo, nem tirano, nem demagogo, nem filósofo. Sobrou alternativa E. 
Sólon era Legislador. 
Gabarito: E 
 (FUVEST 2000) 
Ao longo de toda a Idade Média e da Moderna, a Sicília foi invadida e ocupada por 
bizantinos, muçulmanos, normandos e espanhóis. Na Antiguidade, por sua: 
a) fertilidade e posição estratégica no Mediterrâneo Ocidental, a ilha foi disputada e 
dominada por gregos, cartagineses e romanos. 
b) fertilidade e posição estratégica, a ilha tornou-se o centro da dominação etrusca no 
Mediterrâneo Ocidental. 
c) aridez e pobreza, a ilha, apesar de visitada por gregos, cartagineses e romanos, não foi 
por estes dominada. 
d) extensão e fertilidade, a ilha foi disputada pelas cidades gregas até cair sob domínio 
ateniense depois da Guerra do Peloponeso. 
e) proximidade do continente, aridez e ausência de riquezas minerais, a ilha foi dominada 
somente pelos romanos. 
III- Criou novos órgãos de poder: a BULÉ – 400 membros com função legislativa e administrativa; a ECLÉSIA: 
assembleia popular formada aberta a TODOS os cidadãos atenienses com função de sancionar ou vetar uma lei.
II- Dividiu a sociedade por renda, ou, de forma censitária. Essa medida possibilitou a ascensão dos ricos 
comerciantes – os demiurgos;
I- Acabou com a escravidão por dívida. Isso atendeu às exigências dos pequenos proprietários que ganharam 
liberdade;
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Comentários 
A Sicília é a principal ilha do Mediterrâneo e a maior região da Itália. Em função da sua localização, 
a região tem uma importância estratégica desde a antiguidade. Gregos, cartagineses, romanos, 
árabes e normandos são apenas algumas das civilizações que passaram por lá, cada uma deixando 
suas marcas. O legado desses povos é visto na arquitetura, arte, história e cozinha, o que reflete 
numa mistura de culturas. Tendo isso em mente, vamos olhar as alternativas: 
a) Correta, conforme discutimos. 
b) Incorreta. Os etruscos viviam na região da Etrúria e não houve dominação etrusca na ilha. 
c) Incorreta. A Sicília esteve na posse de vários grupos, incluindo romanos, vândalos e ostrogodos, 
islã e bizantino. Também experimentou períodos de independência sob os gregos. Além disso, diz 
erroneamente que o solo é árido. 
d) Incorreta. A Sicília foi dominada pelos gregos por volta do século VIII a.C., a Guerra do 
Peloponeso ocorreu apenas entre 432 e 404 a.C. E outra, no fim da Guerra do Peloponeso, Atenas 
foi derrotada por Esparta. 
e) Incorreta. A ilha foi dominada por uma série de povos. 
Gabarito: A 
 (FUVEST 1997) 
Ajudaram os espartanos a vencer os atenienses na Guerra do Peloponeso, mas não foram 
eles que acabaram por conquistar toda a Grécia. Pelo contrário, posteriormente, eles foram 
também conquistados e integrados a um novo império. Trata-se dos: 
a) Egípcios e do Império Romano. 
b) Fenícios e do Império Cartaginês. 
c) Persas e do Império Helenístico. 
d) Siracusanos e do Império Siciliota. 
e) Macedônios e do Império Babilônico. 
Comentários 
Após a Guerra do Peloponeso, as cidades-estados gregas ficaram enfraquecidas. Pelo 
enunciado, tudo indica que a resposta está direcionada para os macedônios, pois o Império 
Macedônico, primeiro com Felipe II e, depois, com seu filho Alexandre, o Grande, conquistou 
a Grécia por volta de 338 a.C. Essa informação aparece nas alternativas c) e e). Na alternativa 
c) há um sinônimo para Império Macedônico, isto é, Império Helenístico. Já na alternativa e) há 
uma informação errada, pois o Império Babilônico é anterior ao Império Persa. Por isso, 
precisamos achar a solução para a primeira frase (a primeira pergunta) do comando do 
enunciado. 
Diante disso, a dúvida: os persas ajudaram Esparta? Pois é, apesar de serem inimigos históricos 
dos gregos (Guerras Médicas), os espartanos se aliaram – momentaneamente - aos Persas em 
troca do financiamento de uma frota de navios para invadir Atenas. Gabarito letra c). Aqui a 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
FUVEST pegou pesado, pois é um tipo de informação pouco debatida em aulas do Ensino 
Médio e cursinhos preparatórios. 
a) falso, pois os gregos foram dominados pelos Império Macedônico. Após este Império, outro 
grande Império foi o Romano. 
b) Incorreta a afirmação, pois a influência dos fenícios, caracterizados pela capacidade de 
navegação (principalmente no Mediterrâneo) foi entre 1200 a.C. e 800 a.C. Reforço que a 
região da civilização fenícia foi conquistada pelos caldeus de Nabucodonosor e, depois, 
pelos persas (Dario I); por fim, no século IV a.C., a região foi conquistada pelos macedônios 
de Alexandre, o Grande. 
d) falso, pois os siciliotas – habitantes do sul da Sicília grega – não chegaram a dominar os 
espartanos. 
Gabarito: C 
 (FUVEST 1995) 
 "Usamos a riqueza mais como umaoportunidade para agir que como um motivo de 
vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o 
possível para evitá-la... olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém 
que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil... decidimos as questões 
públicas por nós mesmos, ou pelo menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, 
na crença de que não é o debate que é o empecilho à ação, e sim o fato de não se estar 
esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação". 
Esta passagem de um discurso de Péricles, reproduzido por Tucídides, expressa: 
a) os valores ético-políticos que caracterizam a democracia ateniense no período clássico. 
b) os valores ético-militares que caracterizaram a vida política espartana em toda a sua 
história. 
c) a admiração pela frugalidade e pela pobreza que caracterizou Atenas durante a fase 
democrática. 
d) o desprezo que a aristocracia espartana devotou ao luxo e à riqueza ao longo de toda a 
sua história. 
e) os valores ético-políticos de todas as cidades gregas, independentemente de sua forma 
de governo. 
 Comentários 
Mais uma vez, uma questão de interpretação que exige seu conhecimento prévio sobre a 
democracia ateniense. Nesse caso, a democracia era compreendida como uma solução política 
para governar a cidade, uma vez que esta é entendida como um bem público. Logo esse regime 
político é compreendido como o debate das ideias, o esclarecimento dos problemas que atingem 
a todos e os condenam a serem responsáveis pela solução, ou seja, pela tomada da decisão. 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Quero lembrar você, inclusive, de que o indivíduo que não se ocupava dos assuntos 
públicos era considerado inútil, como consta no texto. A este havia a pena do ostracismo – 
banimento da cidade -, lembra? 
Assim, o famoso discurso fúnebre de Péricles procurava exaltar os valores ético-políticos 
que caracterizam a democracia ateniense no período clássico, conforme a alternativa A. 
Vejamos os erros das demais: 
a- Correta. 
b- A política espartana era autocrática. 
c- Não havia admiração pela pobreza. Apenas não era uma vergonha. Já a frugalidade, ou 
seja, a batalha para sair da miséria era malvista. 
d- Os espartanos também não desprezaram o luxo e a riqueza, pelo contrário. 
e- Nem todas as cidades gregas prezaram pela democracia. 
 Gabarito: A 
 (FUVEST 1994) 
 Sobre o surgimento da agricultura - e seu uso intensivo pelo homem - pode-se afirmar que: 
a) foi posterior, no tempo, ao aparecimento do Estado e da escrita. 
b) ocorreu no Oriente próximo (Egito e Mesopotâmia) e daí se difundiu para a Ásia (Índia e 
China), Europa e, a partir desta para a América. 
c) como tantas outras invenções teve origem na China, donde se difundiu até atingir a Europa 
e, por último, a América. 
d) ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo (Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia 
e China) e na América (México e Peru). 
e) de todas as invenções fundamentais, como a criação de animais, a metalurgia e o 
comércio, foi a que menos contribuiu para o ulterior progresso material do homem. 
Comentários 
A questão acima é antiga, porém muito útil para nossos estudos. Perceba que a FUVEST não vai 
muito nos detalhes, ela quer saber se você compreende o sentido geral de cada contexto histórico 
e, nesse caso específico, a relação entre o desenvolvimento das sociedades e os rios presentes 
em cada região. 
Sobre o Egito e a Mesopotâmia, já abordamos nesta aula. Vale lembrar que na Índia o rio 
importante era, e ainda é, o rio Indo, já na China o rio Amarelo cumpriu importante função na 
agricultura, e ainda cumpre, por volta de 1700 a. C. Na América, existiam os maias, os incas e os 
astecas (povos que serão estudados na aula 18 do curso). De toda forma, a civilização maia, no 
México, era conhecida pelos canais de irrigação, com destaque para o apogeu dos maias entre o 
século III ao X d. C. No Peru, o império dos incas atingiu seu auge no século XIII. 
Gabarito: D 
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 (FUVEST 1993) 
Com o advento da democracia na pólis grega durante o período clássico, foram: 
a) abandonados completamente os ideais de autarquia da pólis, de glorificação da guerra e 
a visão aristocrática da sociedade e da política, que haviam caracterizado os períodos 
anteriores. 
b) introduzidos novos ideais baseados na economia de mercado, na condenação da guerra 
e na valorização da democracia, mais condizentes com a igualdade vigente. 
c) preservados os antigos ideais de autarquia, da guerra, da propriedade da terra, do ócio, 
como valores positivos. 
d) recuperadas antigas práticas do período homérico - abandonadas no período arcaico - 
como a escravidão em grande escala e o imperialismo econômico. 
e) adaptados aos antigos ideais aristocráticos e de autarquia (do período homérico e arcaico) 
os novos ideais de economia de mercado do período clássico. 
 Comentários 
Questão no alvo! Ou você sabe ou você roda! Os itens têm muitas informações e conceitos, 
o que a torna mais difícil. Mas olha que legal, o comando da questão deu várias informações: 
1- Advento da democracia 
2- Na pólis grega 
3- No período clássico 
Há dois conceitos importantes que você deveria saber para responder essa questão: 
- autarquia: governo soberano e autossuficiente exercido por entidades governamentais. 
Veja o que Norberto Bobbio diz: “entendida esta como o poder reconhecido a certas entidades 
para exercer atividades administrativas com as mesmas características e efeitos das atividades 
estatais”.10 
- aristocracia: Aristokratia, literalmente "Governo dos melhores", é uma das três formas 
clássicas de Governo e precisamente aquela em que o poder (krátos =domínio, comando) está 
nas mãos dos áristoi, os melhores, que não equivalem, necessariamente, à casta dos nobres ou 
ricos. 
 Além disso quero lembrar vocês de que o período clássico e a “era de ouro” de Atenas, 
surgiram no contexto das vitórias contra os persas nas guerras médicas e da riqueza acumulada 
pela Lida de Delos e controlada pelos atenienses. Nesse sentido, a honra e a valorização da guerra 
como parte da formação da aristocracia são fundamentais para a cultura democrática ateniense. 
Dito tudo isso, podemos analisar a alternativas: 
 
10 BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. Brasília, Editora da Universidade de Brasília, 1998. 
Profe Alê Lopes 
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a- Não foram abandonados completamente os ideais de autarquia da pólis, de glorificação da 
guerra e a visão aristocrática da sociedade e da política. 
b- Item B todas as informações são erradas: não foram introduzidos novos ideais baseados na 
economia de mercado, não houve condenação da guerra e a democracia política não 
representava a igualdade social, que não era vigente. 
c- Item correto. Todos esses elementos foram preservados e caracterizam a democracia 
ateniense. 
d- Item erradíssimo. A escravidão não voltou em Atenas. 
e- Não houve a ideia de economia de mercado naquele momento, pois a política dirigia a 
sociedade e não o mercado. 
 Gabarito: C 
 (FUVEST 1992) 
ATENÇÃO – a questão seguinte é composta por três proposições I, II e III que podem ser 
falsas ou verdadeiras. Você deverá examiná-las identificando as verdadeiras e as falsas e em 
seguida marcar a alternativa 
I- Do século IX ao VII a.C., os assírios organizaram um poderoso exército com cavalaria, carros 
e máquinas de guerra, conquistando um vasto império cuja queda foi acelerada pela 
crueldade com que trataram os povos submetidos 
II- As instituições políticas da cidade-estado do de Atenas, ao contrário de sua rival Esparta, 
não evoluíram no sentido de uma democracia 
III- Os maioreslegados da civilização romana foram o Direito (base de todos os atuais) as 
línguas Iatinas a arquitetura, a escultura e a pintura. 
a) se todas as proposições forem verdadeiras. 
b) se apenas forem verdadeiras as proposições I e II 
c) se apenas forem verdadeiras as proposições I e III. 
d) se apenas forem verdadeiras as proposições II e III. 
e) sê todas as proposições forem falsas. 
Comentários 
I. Correta. Os assírios eram conhecidos pelo seu forte caráter militar e pelo tratamento cruel 
e violento que tinham com seus prisioneiros. Este povo é originário da região situada entre 
a Ásia e a Europa e, na Mesopotâmia, fixou-se no Alto do Tigre, ao Norte. De lá os assírios 
organizaram o primeiro exército permanente de que temos notícia e alcançaram seu maior 
esplendor. 
II. Incorreta. É justamente o contrário, Atenas viveu uma democracia e Esparta não. 
III. Correta. A civilização romana antiga contribuiu para o desenvolvimento do direito, arte, 
literatura, tecnologia e arquitetura, tendo deixado um legado muito importante para a 
humanidade. 
Gabarito: C 
 (FUVEST – 1989) 
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Na Antiguidade, a Europa mediterrânea e o Oriente Próximo viram o surgimento e o 
esfacelamento de diversos impérios. Sobre eles pode-se afirmar que 
a) a unidade política acabou depois de algum tempo por se fazer acompanhar de uma 
unidade religiosa. 
b) a diversidade racial e cultural enfraquecia-os, apesar da existência de mecanismos que 
pretendiam estabelecer uma real unidade. 
c) os centros políticos coincidiam sempre com os centros econômicos. 
d) com exceção do Império Romano, todos nasceram de confederações de cidades-estados 
em constante luta interna. 
e) seus centros dinâmicos localizavam-se nas zonas litorâneas, por terem economias 
essencialmente mercantis. 
Comentários 
Essa é uma questão mais genérica. Ela nos pede para identificar uma característica comum 
aos impérios da Europa Mediterrânea do Oriente Próximo que se esfacelaram na 
Antiguidade. Sendo assim, vamos analisar individualmente cada uma das alternativas para 
encontrar a correta: 
a) Incorreta. Aqui, a queda dos impérios é associada ao fato de serem teocráticos. No 
entanto, o fato da religião e política se misturarem foi que possibilitou muitos desses 
impérios se manterem. 
b) Correta. De fato, a diversidade desses impérios dificultou a presença de um elemento 
unificador do povo. Assim, foram tomados por outros impérios ou se dividiram segundo as 
respectivas particularidades. 
c) Incorreta. Nem sempre os centros políticos coincidiam com o centro econômico. 
d) Incorreta. O modelo de cidade-Estado só foi predominante na Grécia Antiga. 
e) Incorreta. Alguns impérios possuíam uma economia agropastoril. 
Gabarito: B 
 (FUVEST 1988) 
"Democracia e imperialismo foram duas faces da mesma moeda na Atenas do século V a.C.". 
Tal afirmativa é: 
a) correta, já que a prosperidade proporcionada pelos recursos provenientes das regiões 
submetidas liberava, aos cidadãos atenienses, o tempo necessário a uma maior participação 
na vida política. 
b) falsa, pois aquelas práticas políticas eram consideradas contraditórias, tanto que fora em 
nome da democracia que Atenas enfrentara o poderoso Império Persa nas Guerras 
Peloponésicas. 
c) correta, pois foi o desejo de manter a Grécia unificada e de estender a democracia a todas 
suas cidades que levou os atenienses a se oporem ao imperialismo espartano. 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
d) falsa, já que o orgulho por seu sistema político sempre fez com que Atenas ficasse fechada 
sobre si mesma, desprezando os contatos com outras cidades-Estado. 
e) correta, se aplicada exclusivamente ao período das Guerras Médicas contra Esparta e sua 
liga aristocrática. 
 Comentários 
Outra questão no alvo que demanda um conhecimento prévio sobre o contexto histórico. 
Além disso, vemos que é uma questão que aborda uma visão crítica sobre o resultado de um 
processo. Lembrando: o período clássico marcado pela democracia ateniense é resultado das 
vitórias contra a guerra contra a Pérsia. Esse sucesso militar foi fruto de uma aliança entre os 
gregos sob a liderança de Atenas na Liga de Delos, lembram? Depois das vitórias dos gregos 
contra os persas, Atenas continuou arrecadando impostos dos seus aliados por meio da 
argumentação da segurança. Na prática, os atenienses exerciam poder e exploravam os membros 
da Liga. Dessa riqueza surgiram as condições para que uma parte dos atenienses pudessem viver 
ociosamente e exercer a política. Por isso, podemos falar que Atenas era democrática para dentro 
e imperialista para fora. Sacaram? 
Assim a afirmativa é correta. Desse modo, podemos eliminar os itens B e D. 
Dito isso, vamos às alternativas mencionadas como corretas: a) item corretíssimo; c) errado porque 
não havia o desejo de expandir a democracia a outras cidades-estados; e) As Guerras Médicas 
não foram contra Esparta, mas contra a Pérsia. 
 Gabarito: A 
 (FUVEST 1987) 
Na estratificação da sociedade ateniense, os eupátridas constituíam: 
 
a) a aristocracia, compondo a camada dirigente possuidora das melhores terras 
 
b) o campesinato, com direito a uma parte das terras. 
 
c) a plebe, que não dispunha de nenhum direito político. 
 
d) o segmento servil, que exercia o trabalho doméstico. 
 
e) a população escrava, reduzida a completa sujeição política e econômica. 
Comentários 
Essa é uma questão bem direta. A fim de relembrar o conteúdo, segue abaixo um breve 
resumo de como se formou a estrutura social de Atenas: 
O período creto-micênico é o momento originário do mundo grego. Os cretenses viviam na 
Ilha de Creta e por serem navegadores entraram em contato com aqueus, no litoral sul do 
Peloponeso. Então, formaram a civilização creto-micênica. Durante muito tempo foram uma 
grande civilização, inclusive, como ponto de fusão do Crescente Fértil. No entanto, a partir 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
de 2000 a.C., outros povos foram chegando nessa região - como os eólios, os jônios (que se 
estabeleceram onde é Atenas) e os dórios (que formaram Esparta). A inúmeras invasões 
foram desintegrando a sociedade creto-micênica. Com a chegada dos dórios, povos com 
características mais belicistas (espartanos), houve uma dispersão dos povos originários para 
outras ilhas e regiões do mar Egeu. A esse processo chamamos de Primeira Diáspora Grega. 
O período Homérico que se seguiu foi de retrocesso em relação à complexidade da 
organização da sociedade. O próprio uso da escrita desapareceu. Os povos se organizaram 
por famílias ampliadas conhecidas como genos ou comunidade gentílica. A vida se 
organizava por laços de cooperação, a propriedade da terra e a produção eram coletivas e 
a divisão de tarefas era baseada na idade e no sexo. 
Ao longo dos anos, ocorreu uma desagregação da vida coletivista das genos e passou-se a 
uma disputa por terras e status sociais. O chefe máximo, geralmente o mais velho, o pai de 
todos na árvore genealógica, era o pater famílias. Ele dividiu as melhores e maiores terras 
com as pessoas mais próximas dele. Estes ficaram conhecidos como eupátridas. Mas, alguns 
parentes distantes receberam pequenas propriedades. Estes pequenos proprietários 
receberam o nome de georgoi. Os que ficaram a ver navios foram os thetas, pois foram 
excluídos da partilha. Especialmente esses foram em busca de outras áreas, por isso, falamos 
em uma Segunda Diáspora Grega. Essa nova realidade social dá origem à formação da polis, 
palavra grega para designar cidade. Nesse momento, começa o período Arcaico. Tendo isso 
em mente, sabemos que o gabarito é letra a). 
Gabarito: A 
 (FUVEST 1986) 
Dentre os legisladores atenienses, Clístenes destacou-se por instituir: 
a) Leis que abolirama escravidão por dívidas. 
b) O Estado monárquico-militarista. 
c) Um governo oligárquico e conservador. 
d) A restauração dos privilégios dos metecos. 
e) Reformas que implantaram a democracia em Atenas. 
Comentários 
a) Falso, pois essa medida foi adotada pelo governante Sólon, o qual assumiu o poder em 
Atenas no ano de 594 a.C. Dentre outras medidas, Sólon: anistiou as dívidas dos 
camponeses e proibiu a escravidão por dívida; impôs limites à extensão das propriedades 
agrárias, diminuindo os poderes e arbitrariedades da nobreza. Outra medida importante 
foi a divisão da população ateniense por meio do poderio econômico de cada indivíduo. 
Com isso, os comerciantes mais ricos conquistaram direito de participação política. Pode-
se dizer que Sólon foi o fundador do modelo de democracia ateniense. 
b) Falso. Veja, a referência aqui está sendo feita a Esparta. 
c) Clístenes assumiu o poder em Antenas em 510 a.C. Aqui o modelo de democracia foi 
aperfeiçoado, pois a divisão da sociedade passou a ser considerada pelas tribos, sendo 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
que cada tribo possuía seus representantes no governo central. Com isso, as relações de 
poder passaram a ser mais equilibradas. Assim, não é correto afirmar que o governo se 
tornou oligárquico e conservador. As reformas de Clístenes foram importantes para 
aprimorar a democracia ateniense. Nunca é demais lembrar que, mesmo com essas 
reformas, somente homens livres, de pai e mãe ateniense, maiores de 18 anos e nascidos 
na cidade eram considerados cidadãos. As mulheres, escravos e estrangeiros não 
desfrutavam de nenhum tipo de participação política. 
d) Falso, não houve essa restauração. 
e) É o nosso gabarito. Contudo, veja, a rigor a implantação da democracia ateniense é um 
processo. 
Gabarito: E 
 (FUVEST 1985) 
Qual o papel social dos hilotas em Esparta? 
a) Cidadãos, com todas as funções políticas, dedicados principalmente as tarefas 
militares. 
b) Estrangeiros, geralmente comerciantes e artesãos, sem participação política. 
c) Servos, em geral trabalhadores braçais, sem direitos políticos reconhecidos. 
d) Governantes de Esparta nos períodos de guerra e líderes nas Assembleias Gerais 
dos cidadãos. 
e) Responsáveis pelas tarefas religiosas e membros da Assembleia dos Anciões. 
Comentários 
Essa é uma questão bem direta sobre a Grécia Antiga. Sendo assim, vamos aproveitar para 
relembrar a organização social e política em Esparta. 
Bem, Esparta era uma cidade localizada na Península do Peloponeso, cercada de montanhas 
e com solo apropriado para o cultivo de uvas e oliveira (vinho e azeite). O povo que deu 
origem a esta cidade-estado foram os dórios – de tradição militarista. Essa foi sua principal 
característica. De fato, ela nunca teve a cidade e, portanto, a política como espaço/atividade 
mais importantes do seu desenvolvimento. O rural teve maior importância. Por isso, o 
governo que se desenvolveu foi uma oligarquia de proprietários de terra com forma de 
DIARQUIA – dois reis. Apesar disso, havia uma “estrutura parlamentarista” formada por 3 
órgãos: ÁPELA: assembleia formada por cidadãos espartanos maiores de 30 anos. Elegiam 
os membros da GERUSIA e da ÉFORA; GERÚSIA: conselho de anciãos, formada pelos 2 reis 
mais 28 esparciatas com mais de 60 anos. Os cargos eram vitalícios; ÉFOROS: conselho 
executivo, formado por 5 membros com cargo de 1 ano. Os proprietários de terras eram 
conhecidos como esparciatas. Cuidado com essa noção de propriedade! Não se tratava de 
propriedade individual, mas familiar. Além disso, era inalienável. Os esparciatas tinham a 
obrigação de permanecer à disposição do exército e das funções públicas. Mas, não 
poderiam exercer o comércio. Nas suas terras quem trabalhava eram os hilotas. Estes viviam 
presos à terra. Por isso, eram: responde aí, Galera!!! Servos!!! 
Isso mesmo querido e querida! Não eram escravos porque não eram considerados 
mercadorias, nem se tornavam escravos por dívidas. Como servos, eram desprezados 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
socialmente, não tinham direitos políticos e viviam fazendo revoltas. Apesar disso, também 
existiam homens livre e não proprietários, eram os periecos. Muitas vezes eram nascidos em 
Esparta de pais estrangeiros. Não eram cidadãos porque não tinham direitos políticos, 
contudo, poderiam realizar o comércio e o artesanato. E, claro, pagavam tributos ao governo 
espartano! Essa estrutura social apresentada acima demonstra que a sociedade espartana 
era fechada, ou seja, rigidamente hierarquizada e sem possibilidade de mobilidade social. 
Tendo isso em mente, sabemos que o gabarito é letra c). Vamos ver o que tem de errado 
nas demais alternativas: 
a) Eles não tinham direitos políticos e, portanto, não eram cidadãos. 
b) Essa descrição poderia ser associada aos periecos, mas atenção, como já discutimos, parte 
desse grupo era nascido em Esparta. 
d) Os hilotas nem eram considerados cidadãos. 
e) Eles não faziam parte dessa hierarquia religiosa. 
Gabarito: C 
 (FUVEST 1985) 
Nápoles, Paestum, Síbaris, Tarento, Siracusa e Agrigento eram: 
a) colônias troianas, a leste da Península Grega, constituindo a Grécia da Ásia. 
b) colônias fenícias no norte da África, que constituíam a Grande Cartago. 
c) colônias romanas, estabelecidas ao longo da Península Itálica, formando a Etrúria Latina. 
d) colônias gregas, fundadas a oeste da Península Grega, constituindo a Magna Grécia. 
e) colônias persas, no Mediterrâneo Ocidental, formando a Grande Macedônia. 
Comentários 
A questão faz referência as colônias gregas que formaram a Magna Grécia. Essa era a 
denominação que recebia o sul da península Itálica, região colonizada na Antiguidade pelos 
gregos depois da segunda diáspora grega. Num sentido mais amplo, inclui também a ilha 
da Sicília, onde também se verificou o fenómeno de colonização grega. O nome deriva do 
latim Magna Grécia, "Grande Grécia", porque para os colonos, que vinham de uma Grécia 
caracterizada pelo seu relevo montanhoso e pelo excesso populacional, as terras da Itália 
pareciam estender-se infinitamente. Foi entre os séculos VIII a.C. e VI a.C. que ocorreu este 
movimento demográfico, transformando o curso da civilização ocidental: contingente 
importante de gregos transferindo-se para a porção ocidental do Mediterrâneo. Assim, já 
imaginamos que o gabarito é alternativa d). Poderia ficar confuso para o candidato já que se 
fala em oeste da Península Grega, mas, de fato, é nessa direção que se localiza o Sul da 
Península Itálica. 
Gabarito: D 
 (FUVEST 1982) 
Escreveram peças para teatro, durante o "Século de Péricles" (séc. V a.C.): 
a) Homero, Tucídides, Heródoto e Xenofonte 
b) Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
c) Sócrates, Protágoras, Platão e Aristóteles 
d) Eratóstenes, Arquimedes, Euclides e Pitágoras 
e) Píndaro, Alceu, Safo e Hesíodo 
Comentários 
Essa é aquela questão mega conteudista. A FUVEST gosta de jogar umas assim no meio das 
provas. Bem, para responder, era necessário ter um bom conhecimento dos autores de 
teatro gregos e, também uma noção temporal da Antiguidade bem consolidada. Para efeito 
de estudo e resolução, vamos ver por alternativa quem foram essas pessoas: 
a) O primeiro grupo é o mais heterogêneo, formado por: 
• Homero: poeta épico, nasceu e viveu no século VIII a. C. 
• Tucídides: historiador (famoso por escrever sobre a Guerra do Peloponeso), viveu no 
século V a.C. 
• Heródoto: historiador e geógrafo, viveu no século V. 
• Xenofonte: soldado, mercenário e discípulo de Sócrates, viveu entre os séculos V e IV 
a.C. 
b) Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes foram dramaturgas gregos que viveram durante 
o século V. Assim, esse é nosso gabarito. 
c) Aqui temos4 grandes filósofos gregos. 
d) Esse grupo é formado por matemáticos gregos. 
e) O último bloco é constituído por poetas gregos e uma poetisa (Safo, uma das poucas 
vozes femininas cujo trabalho sobreviveu desde a Antiguidade). 
Gabarito: B 
 (FUVEST – 1980) 
Na Antiguidade, o processo de helenização decorrente da conquista macedônica sob 
Alexandre, o Grande, baseou-se acentuadamente na 
a) redistribuição forçada das populações. 
b) fundação de cidades de cultura grega. 
c) adoção do modelo democrático. 
d) repressão das práticas religiosas. 
e) mobilização econômica da população rural. 
Comentários 
Quando for cobrado o helenismo, logo temos que pensar na fusão entre as culturas grega 
(ocidente) e macedônica (oriente), promovida pelo domínio da Macedônia sobre a Grécia. 
Os macedônios deram muitas demonstrações de sua admiração e respeito pelo legado 
cultural, artístico e filosófico da Grécia. Aristóteles chegou a ser professor de Alexandre. Por 
isso, incorporaram diversos elementos da cultura grega e tiveram como política disseminá-la 
pelas regiões que foram conquistadas por Alexandre. Assim, a única alternativa possível é 
letra b). Vamos ver o que está errado nas demais: 
a) Esse não foi o traço essencial do processo. 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
c) O modelo democrático não foi adotado em todos os territórios conquistados pela 
Macedônia. 
d) Alexandre não reprimiu práticas religiosas. 
e) O processo baseou-se na preservação da cultura grega. 
 
Gabarito: B 
13. LISTA DE QUESTÕES PROFE. ALÊ LOPES – COMENTADA 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
A arte rupestre pode ser encontrada em muitos sítios arqueológicos pelo mundo todo. Na 
forma de estatuetas, gravuras ou pinturas em cavernas e paredões rochosos, esses vestígios 
são considerados a primeira forma de expressão e comunicação da humanidade pré-
histórica. Essas imagens 
a) pretendiam ser obras de artes, cuja função principal era voltada para a contemplação dos 
sujeitos pré-históricos. 
b) representavam apenas momentos épicos vividos pelos grupos humanos, como as caçadas, 
o que dava a essas narrativas um caráter político. 
c) eram utilizadas para fins exclusivamente religiosos, como registrar e divulgar mensagens 
enviadas pelos deuses ou fenômenos sobrenaturais. 
d) são indecifráveis para os pesquisadores da atualidade, pois não são acompanhadas de 
registros escritos das populações pré-históricas que ajudem a interpretá-las. 
e) tinham a função de transmitir informações e podiam retratar uma série de situações, como 
caçadas, rituais, danças, guerras, atividades cotidianas, entre outras. 
Comentários 
Um dos maiores fatores que diferenciam os humanos dos demais seres vivos é nossa 
capacidade de fabricar utensílios, ferramentas entre outros materiais, e mesmo a arte rupestre. 
Esses são alguns dos vestígios mais antigos que temos dos grupos humanos pré-históricos que 
viveram a milhares de anos. Os arqueólogos são os pesquisadores especializados na busca, 
coleta, preservação e interpretação desses vestígios. No que diz respeito ao tema específico a 
questão, a arte rupestre, as pinturas e gravuras mais antigas conhecidas são datadas por volta 
de 35 mil anos em diferentes lugares do mundo. No Brasil, por exemplo, o Parque Nacional 
Serra da Capivara, no Piauí, abriga cerca de 30 mil pinturas rupestres, várias delas estimadas 
com uma idade de mais de 20 mil anos atrás. Com isso em mente, vejamos como essas imagens 
podem ser interpretadas: 
a) Incorreta. É possível que parte delas tenha servido esse propósito. Contudo, os especialistas 
argumentam que é mais provável que elas não pretendiam ser obras de arte, no sentido que 
entendemos hoje. Na verdade, sua função era comunicativa, isto é, transmitir mensagens. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
b) Incorreta. As pinturas rupestres podiam representar uma série de ocasiões e narrativas sobre 
os mais vários temas, não apenas momentos “épicos”. Situações cotidianas, rituais religiosos, 
caçadas, trabalho, batalhas, entre outros episódios. 
c) Incorreta, pela mesma razão que a anterior. 
d) Incorreta. De fato, esses vestígios gráficos são um tipo de linguagem cujo significado está 
perdido para nós devido à ação do tempo. Os pesquisadores não conhecem o código social 
das populações pré-históricas, portanto, nunca terão certeza se sua decodificação é 100% 
correta. A ausência de documentos escritos também dificulta a análise. No entanto, é possível 
levantar hipóteses mais ou menos verossímeis de acordo com a quantidade de vestígios 
disponíveis (não só pinturas, mas também outros artefatos), o que possibilita comparações 
entre diferentes sítios arqueológicos. 
e) Correta! É como expliquei nas letras “a” e “b”. O que sabemos com certeza, é que as pinturas 
rupestres transmitiam informações e mensagens cujo significado está associado à sua realidade 
social e material, historicamente demarcada. Existe uma variedade de cenas retratadas que 
oferecem um leque de interpretações. 
Gabarito: E 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“O século VIII é um período muito importante na história do mundo grego e, aliás, do mundo 
mediterrâneo em geral (Roma, por exemplo, foi fundada em 753 a.C.). Trata-se de uma 
época na qual se consolida, na Grécia europeia, insular e asiática, uma forma original de vida 
em sociedade: a pólis”. 
Pierre Vidal-Naquet. O Mundo de Homero. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 
Adaptado. 
Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar: 
a) O processo que levou à formação da pólis grega trouxe o fim da segregação social, pois 
o povo passou a governar. 
b) Com o surgimento da pólis, a Grécia conheceu um processo intenso de concentração de 
poder nas mãos dos reis. 
c) A pólis teve um papel fundamental de eliminar a fragmentação territorial e autonomia 
política da Grécia. 
d) Essa nova forma de governo permitia que as cidades tomassem importantes decisões 
coletivamente. 
e) A expansão da pólis, permitiu, ao mesmo tempo, ampliar as formas políticas e eliminar a 
escravidão. 
Comentários 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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194 
 
 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
No desenvolvimento da civilização grega, o surgimento da pólis, no século VIII a.C., desponta 
como uma das mais importantes experiências políticas desenvolvidas em toda a Antiguidade. A 
pólis grega eram as cidades-estados da Grécia Antiga, as quais foram fundamentais para o 
desenvolvimento da cultura grega no final do período homérico, período arcaico e período 
clássico. Atenas e Esparta merecem destaque como as pólis mais importantes do mundo grego. 
Do ponto de vista histórico, as pólis não só determinaram a presença de um tipo de organização 
demográfica mais extensa, mas também foram de suma importância para que os gregos 
passassem a debater; elaborar e transformar as leis que regiam o seu cotidiano. A pólis era, assim, 
um sistema de vida e, portanto, um modo de formar e moldar os cidadãos gregos que dela faziam 
parte. 
a) Incorreto. A sociedade grega era compartimentada em classes sociais. Assim, com o advento 
da pólis, as cidades passam a ser governadas por uma classe de proprietários ricos, em nome de 
todos. O sistema democrático, ainda que excludente naquela época, refletia o modo como a 
sociedade se organizava. 
b) Incorreto. Com a pólis, os reis deixam de existir, ou apenas atuavam com papel simbólico. O 
governo das cidades caiu nas mãos de homens livres, como proprietários de terras e comerciantes 
ricos. Nesse sentido, a pólis transformou a feição da política no mundo antigo ao não se restringir 
à simples autoridade de um governante único. 
c) Incorreto. A pólis corresponde às diversas cidades-Estados com formas autônomas de governo, 
que se formaram no território grego, pela reunião devárias comunidades gentílicas. Por meio 
delas, surgiu um espaço de diferentes formas de organização políticas, cujas questões a serem 
resolvidas se tornavam cada vez mais complexas. 
d) Correto! Na pólis, as decisões coletivas estavam baseadas no estabelecimento de uma 
aristocracia responsável pelo destino político de toda população. Um dos reflexos da política da 
pólis, foi a expansão para a Itália meridional e Sicília, através de grupos de imigrantes com o 
objetivo de fundar novas colônias gregas, próximas de Nápoles e Sicília. 
e) Incorreto. Anteriormente, as decisões políticas estavam nas mãos de reis, porém, com o 
surgimento da pólis, passaram a ser conduzidas por homens livres. Muito utilizado em muitas 
cidades-Estados da Grécia Antiga, o trabalho escravo existiu como prática apenas até, pelo 
menos, 594 a.C. 
Gabarito: D 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Os fenícios eram um povo de origem semita que se fixou e desenvolveu a suas cidades numa 
faixa de 200 quilômetros situada entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do atual Líbano. 
Sua civilização viveu seu apogeu a partir de 1400 a. C. Entre seus principais legados na 
história da Antiguidade está 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
a) o aperfeiçoamento de técnicas agrícolas para produção em larga escala e seu 
armazenamento por meses. 
b) a existência da primeira grande civilização humana caracterizada pela centralização do 
poder em um Estado teocrático. 
c) a invenção do alfabeto que foi apropriado pelos demais povos que tiveram contato no 
período, usado até os dias atuais 
d) o estabelecimento de uma rede de entrepostos e portos para viabilizar o comércio de 
longa distância por vias marítimas, aperfeiçoando da navegação. 
e) a conquista da Grécia, Egito e Oriente Médio e a gestação da cultura helenística que 
agregava influências culturais dos povos que habitam esse vasto território. 
Comentários 
O tema da questão é a civilização dos fenícios, na Antiguidade oriental. O enunciado já nos dá 
algumas informações básicas sobre esse povo, como sua localização, origem étnica e apogeu. 
Vale acrescentar que as primeiras cidades fenícias surgiram por volta de 1200 a. C. Eventualmente, 
eles expandiram sua civilização e construíram cidades por toda a costa do mar Mediterrâneo. Mais 
tarde, elas foram conquistadas e incorporadas por outros grandes impérios que se expandiram 
em seguida, como os macedônios e os romanos. Então, vejamos qual alternativa aponta 
corretamente um dos legados dessa civilização: 
a) Incorreta. Apesar de o território onde se originou sua civilização possuir terras aráveis, os 
fenícios não se destacavam pela agricultura. Eles ergueram as bases de sua civilização a partir do 
comércio e da navegação. 
b) Incorreta. Outras civilizações mais antigas já haviam construído sociedades com Estados 
centralizados e teocráticos, como o Egito Antigo. Além disso, a civilização fenícia não possuía um 
governo centralizado, mas era organizada em cidades-Estados autônomas entre si. Mesmo sem 
centralização política, havia uma unidade cultural entre elas, dada pelo uso da mesma língua, do 
mesmo alfabeto e pelo culto aos mesmos deuses. 
c) Incorreta. Os fenícios não inventaram o alfabeto. Mais uma vez vale citar o caso dos egípcios, 
civilização mais antiga, a qual já havia adaptado a escrita hieroglífica para representar letras. O 
real feito dos fenícios foi aperfeiçoar e difundir esse alfabeto, além de terem sido os primeiros a 
representar fonemas e não apenas letras. Por isso, seu alfabeto podia ser usado por diferentes 
línguas. 
d) Correta! Como mencionei na letra “b”, os fenícios eram um povo mercantil e navegador. A 
abundância de madeira na sua região de origem foi empregada na construção de navios usados 
no comércio marítimo. Sua posição geográfica, no cruzamento das rotas comerciais do Oriente e 
do Ocidente, era vantajosa para esse intento. Eles chegaram a possuir a marinha mais poderosa 
que navegava pelo mar Mediterrâneo. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
e) Incorreta. Esses feitos são do Império Macedônio. Por seu turno, os fenícios não expandiram 
sua civilização com o fim de conquistar amplos territórios, mas sim para estabelecer a rede de 
entrepostos e portos mencionada na letra “d”. Assim, viabilizavam o comércio de longa distância, 
por meio da navegação. 
Gabarito: D 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“A lista das satrapias é, ao mesmo tempo, também uma lista de tributos. Toda a província é 
taxada anualmente. Dezenove províncias pagam cotas fixas em talentos de prata babilônicos; 
a vigésima, a Índia, paga a soma fabulosa de 369 talentos de ouro. A cota máxima em prata, 
de mil talentos, provém da Babilônia; a segunda, de 700, provém do Egito. As outras pagam 
entre um mínimo de 170 e um máximo de 600 com uma média de 300/400 talentos por 
província. O total para todo o Império é de 14.560 talentos”. 
ASHERI, D. O Estado persa. São Paulo: Perspectiva, 2006, p. 108. 
A administração do Império Persa, descrita no texto colaborou para que 
a) as satrapias não tivessem autonomia cultural uma vez que o controle político e econômico 
era detido pela nobreza persa. 
b) várias satrapias se revoltassem no mesmo período em que o império sofria derrotas 
consecutivas para gregos e macedônios gerando seu colapso. 
c) as elites provinciais tivessem maior poder político e militar para executar seus próprios 
interesses, além de gozar de liberdade religiosa e cultural. 
d) fosse mais difícil unificar a economia e instituir uma moeda única, haja vista que a vastidão 
e diversidade do império complicava a comunicação. 
e) os persas tivessem maior quantidade de guerreiros e coesão militar, o que lhes permitiu 
conquistar a Grécia no século V a. C. 
Comentários 
O Império Persa começou a se formar na região do Planalto Iraniano, entre o Mar Cáspio e o Golfo 
Pérsico. Por volta do século VI a. C., o rei persa Ciro libertou seu povo do domínio dos medos, 
conquistando o Reino da Média e, na sequência, dando início a uma campanha de expansão 
territorial. No seu auge, o Império Persa abrangia o Egito, a Mesopotâmia, a Palestina, a Fenícia, 
a Ásia Menor e a Índia. O texto da questão dissertação sobre o sistema de tributação sobre as 
satrapias, nome dado às províncias do império. Com isso, vejamos: 
a) Incorreta. De fato, os sátrapas (governadores das satrapias) eram escolhidos entre a nobreza 
persa, não entre as elites locais. Entretanto, as satrapias tinham bastante autonomia do ponto de 
vista cultural. As autoridades persas não os obrigavam a adotar uma nova religião, por exemplo. 
Também podiam manter sua própria língua e tradições. 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
b) Correta! O texto da questão deixa palpável que os tributos pagos pelas satrapias eram bem 
caros. A cobrança podia ser feita tanto em espécie quanto em moeda. Esgotadas, várias satrapias 
se rebelaram contra o domínio persa, que pouco pôde fazer para reagir visto que seu exército já 
sofria baixas devido às Guerras Médicas e, posteriormente, à conquista pelos macedônios. 
c) Incorreta. Como já expliquei na letra “a”, o poder político era detido pelas elites persas, não 
pelas elites provinciais. O mesmo ocorria em relação ao comando das tropas militares. Os cargos 
mais altos na cadeia de comando eram restritos à nobreza persa, enquanto o baixo escalão era 
composto por oficiais e soldados originários dos povos submetidos. 
d) Incorreta. A vastidão e a diversidade do império não foi impedimento para que a economia 
fosse unificada. Inclusive, foi durante o reinado de Dario I que uma moeda única foi instituída, o 
dárico. Com isso, as satrapias foram proibidas de cunhar suas próprias moedas. A economia 
unificada também era sustentada pelosistema de estradas e rotas que conectavam as principais 
cidades das satrapias à capital do império. 
e) Incorreta. Os persas nunca conquistaram a Grécia. Os dois povos se enfrentaram durante as 
Guerras Médicas, entre 490 e 449 a. C. Entretanto, os gregos saíram vitoriosos e expulsaram os 
persas da região dos balcãs. 
Gabarito: B 
30. (Estratégia Vestibulares/Profe. Alê Lopes/ 2021) 
 
FREITAS NETO, J. A. de; TASINAFO, C. R. História geral e do Brasil. São Paulo: HARBRA, 
2006, p. 54 
A leitura do gráfico permite concluir que a democracia ateniense 
a) teve seu apogeu no século VI a. C., quando as mulheres conquistaram direitos políticos. 
b) não permitia a participação de todos os habitantes, com menos de um quarto deles tendo 
esse direito. 
c) abarcava quase a totalidade da sociedade, com exceção dos escravos. 
d) foi estendida aos estrangeiros e escravos a partir de 432 a. C. 
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e) abrangia os metecos, desde que tivessem um “tutor” para se responsabilizar por sua 
participação. 
Comentários 
Logo de cara, é evidente que o tema da questão é a democracia em Atenas, na Antiguidade. À 
princípio, a sociedade ateniense era composta pelos seguintes grupos sociais: eupátridas (grandes 
proprietários, a aristocracia); geogóis (pequenos proprietários); demiurgos (comerciantes); 
escravos (por dívida ou por guerra); e metecos (estrangeiros).Ao longo do século VII e VI a. C., 
Atena passou por uma série de convulsões sociais e conflitos entre esses grupos. Algumas 
lideranças políticas empreenderam reformas com a intenção de sanar essas divergências, como 
Drácon (621 a. C.), Sólon (594 a. C.) e Clístenes (510-507 a. C.); sendo este último considerado o 
“pai da democracia ateniense”. Esses reformadores procuraram reorganizar a sociedade, abolindo 
as distinções baseadas na origem familiar entre eupátridas, georgóis e demiurgos, além de 
aperfeiçoar as instituições e a participação política envolvendo todos os cidadãos. Mas quem, 
afinal, era considerado cidadão? Apenas aqueles que eram homens, filhos de pais atenienses, 
livres e maiores de 18 anos. Com isso, vejamos o que o gráfico nos permite concluir sobre a 
democracia ateniense: 
a) Incorreta. Apesar de Clístenes, no século VI a. C., ser considerado o “pai da democracia 
ateniense”, o apogeu desta forma de organização política só ocorreu no governo de Péricles, no 
século V a.C. Ele liderou a cidade, aproximadamente, entre 461 e 429 a. C., quando morreu. 
b) Correta! Considerando que apenas aqueles considerados cidadãos (em vermelho no gráfico) 
tinham direito a participação política em Atenas, observa-se que nos três anos representados no 
gráfico a democracia abrangia apenas a minoria dos atenienses. 
c) Incorreta. Como acabei de dizer, apenas a minoria tinha direito a participação política. Escravos, 
mulheres e estrangeiros não tinham tal direito. 
d) Incorreta. A democracia nunca foi estendida aos estrangeiros (metecos), nem aos escravos, em 
Atenas. 
e) Incorreta, pela mesma razão que a anterior. Realmente, os metecos precisavam de “tutor” para 
residir na cidade e tratar de seus negócios. Porém, isso não lhes dava direito algum de participação 
política. 
Gabarito: B 
31. (Estratégia Vestibulares/Profe. Alê Lopes/ 2021) 
No século V a. C., o mundo grego foi abalado pela invasão dos persas que resultou nas 
Guerras Médicas. O conflito contribuiu para uma aliança entre as cidades-Estados gregas 
que formaram a Liga de Delos. Porém, a vitória sobre os persas, uma nova rivalidade se nutriu 
entre os gregos. Em oposição à primeira liga, formou-se a chamada 
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a) Liga das Nações. 
b) Liga de Tróia. 
c) Liga Espartana. 
d) Liga do Peloponeso. 
e) Liga de Tebas. 
Comentários 
As Guerras Médicas consistiram em uma série de batalhas entre gregos e persas entre 490 e 449 
a. C. Os persas vinham expandindo seus territórios desde século VI a. C., quando o rei Ciro libertou 
seu povo e conquistou o Reino da Média, na região do Planalto Iraniano. Em 499 a. C., os persas 
já dominavam a Ásia Menor, onde havia algumas póleis gregas que, naquele ano, revoltaram-se 
com o apoio de Atenas. A vitória coube aos gregos. No entanto, cerca de uma década depois, 
sob a liderança de Xerxes, os persas tornaram a invadir a Grécia. Dessa vez, as cidades gregas 
formaram uma aliança, a Liga de Delos, sob liderança de Atenas. Novamente, os gregos saíram 
vitoriosos. A Liga de Delos continuou existindo como prevenção a futuros ataques estrangeiros. 
Porém, seus membros foram notando que os tributos exigidos para a manutenção das tropas e 
das frotas da liga eram desviados para financiar o desenvolvimento de Atenas. Esta já vinha se 
destacando em questão de prosperidade econômica e cultural, o que gerou ainda mais intrigas e 
rivalidades entre as cidades-Estados gregas. Foi, então, que Esparta e outras cidades formaram 
uma nova aliança para se opor ao crescente poderio ateniense, vejamos qual delas: 
a) Incorreta. A Liga das Nações, ou Sociedade das Nações, foi uma organização supranacional 
criada após o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1919. Seu objetivo era assegurar um canal de 
negociação e diálogo entre as potências mundiais e evitar novos conflitos como o último. 
b) Incorreta. Nunca existiu uma aliança com esse nome. 
c) Incorreta, pela mesma razão que a anterior. 
d) Correta! Peloponeso era o nome da Península onde Esparta, liderança da aliança, estava 
localizada. Boa parte de seus aliados também residiam na região. A tensão entre as duas alianças 
se acirrou ao ponto de eclodir um novo conflito, a Guerra do Peloponeso, em 431 a. C. Esparta 
saiu vitoriosa, mas os efeitos do conflito foram devastadores para ambos os lados. A hegemonia 
espartana sobre as demais cidades não durou tanto e logo foi superada pelo poderio da cidade 
de Tebas, que também teve curta duração. Extremamente enfraquecidas, as cidades gregas 
sucumbiram diante das invasões do Império Macedônio, liderado por Filipe II. 
e) Incorreta. Nunca existiu uma aliança com esse nome. 
Gabarito: D 
32. (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
Discóbulo, de Míron. Estátua de bronze feita por volta de 460 a. C. Gliptoteca de Munique, 
Alemanha. 
A concepção de beleza na escultura clássica grega envolvia 
a) aliar o naturalismo do corpo com o idealismo das formas. 
b) representar o corpo humano como era na realidade. 
c) falta de originalidade, devido à dependência da estética oriental. 
d) a inovação na utilização do mármore, material mais maleável. 
e) a adesão a poses mais rígidas e estáticas, que trouxessem imponência. 
Comentários 
Lembre-se que o período clássico abarca os séculos V e IV a. C. da história da Grécia Antiga. Esse 
momento é marcado pelo apogeu da democracia ateniense e de seu desenvolvimento cultural, o 
que certamente influenciou a produção de obras de arte, como as estátuas. Vale ressaltar que as 
artes gregas, em geral, valorizavam a simetria, o equilíbrio e harmonia, fazendo uso da matemática 
e da geometria para atingir essa perfeição estética. Então, vejamos o que envolvia a escultura do 
período clássico: 
a) Correta! No período clássico, os gregos seguiam rigorosas regras de equilíbrio e perfeição na 
representação do corpo humano. Eles almejavam dar passar maior sensação de movimento e 
naturalismo das figuras representadas ao mesmo tempo que queriam atingir um ideal formal, isto 
é, uma beleza perfeita. Portanto, temos um equilíbrio entre o real (natural) e o ideal. 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
b) Incorreta. Não se tratava de representar o corpo humano como ele realmente era, mas simde 
como deveria ser. A intenção era tornar o ideal tão natural que poderia se acreditar que se 
materializou. 
c) Incorreta. De fato, as primeiras esculturas, e artes gregas no geral, eram marcadas pela 
influência da arte oriental, sobretudo do Egito Antigo e da Mesopotâmia. No entanto, desde cedo 
os gregos buscaram realizar inovações. As estátuas gregas eram completamente destacadas dos 
blocos de mármore, o que lhes dava uma aparência mais realmente. Também havia um esforço 
em lhes dar uma aparência de movimento. As linhas retas foram suavizadas para ajudar nisso. No 
período clássico, essas inovações permitiram aos gregos a criação de um estilo próprio, ao mesmo 
tempo naturalista e idealista. 
d) Incorreta. Na verdade, no período clássico os gregos passaram a utilizar o bronze na confecção 
de estátuas, por ser um material mais maleável e resistente do que o mármore. O uso dessa nova 
técnica possibilitou que os braços fossem separados do corpo, por exemplo. 
e) Incorreta. Tratava-se do contrário, os gregos almejaram retratar poses mais naturais que 
passassem a sensação de movimento. 
Gabarito: A 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“Estendi os limites de todas as províncias do povo romano fronteiriças de nações que 
escapavam à obediência ao Império. Restabeleci a ordem nas províncias das Gálias, das 
Espanhas, na Germânia. Juntei o Egito ao Império, recuperei a Sicília, a Sardenha e as 
províncias além do Adriático”. 
Adaptado de: FREITAS, G. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, [s.d.] v.1, 
p. 96-7. 
Neste depoimento, o Imperador Augusto (27 a. C.-14 d.C.) descreve a “Pax Romana”, nome 
dado a um período marcado 
a) pela crise e fragmentação do Império causadas pelas invasões bárbaras e pelas tensões 
sociais internas. 
b) pela democratização do poder, por meio da supremacia do Senado e acesso dos plebeus 
a política. 
c) pela estabilidade das instituições, riqueza econômica e cultura, manutenção da expansão 
e relativa paz interna. 
d) pela conquista romana de entrepostos e portos vitais para o monopólio do comércio no 
mar Mediterrâneo. 
e) pela adoção do cristianismo como religião oficial do império. 
Comentários 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Em primeiro lugar, repare que os anos citados pelo enunciado. O discurso faz parte de um 
depoimento do primeiro imperador romano, Otavio Augusto, que ascensão ao poder por meio 
de um golpe. Com isso, Roma deixou de ser uma República para se tornar um vasto Império 
cujo poder estava centralizado na figura do imperador. Nesse momento, a sociedade e a 
economia romana tinham seus pilares na expansão territorial por meio da guerra, na 
propriedade da terra, no comércio e na escravidão. Entretanto, os anos finais da República 
vivenciaram uma crise desse modelo, que gerava uma massa de plebeus livres, porém 
miseráveis, despossuídos e desempregados. Paralelamente, os generais dos exércitos se 
aproveitavam de sua popularidade e importância para o funcionamento da economia romana 
para buscar mais poderes políticos. No fim, a República foi derrubada pelas próprias disputas 
envolvendo interesses de patrícios, plebeus e generais. No meio desses conflitos, Otavio viu a 
oportunidade para realizar seu golpe e tomar o poder. Com isso, vejamos o que envolveu a 
“Pax Romana” posta em prática por esse governante: 
a) Incorreta. Realmente, havia uma crise causada pelo desgaste do modelo econômico romano 
(guerras, terras, escravos e comércio) que intensificou as disputas entre as classes sociais. 
Contudo, nesse momento o Império não foi fragmentado. Pelo contrário, o movimento 
centralizador iniciado por Otavio Augusto garantiu a estabilidade necessária para mantê-lo 
unificado por mais alguns anos. 
b) Incorreta. Na verdade, ocorreu o contrário. Ao declarar-se imperador, Otavio Augusto 
centralizou o poder, diminuindo as prerrogativas do Senado de outras instituições. Os plebeus 
não perderam direitos políticos, mas isso não significava grande coisa uma vez que o Senado 
já não era mais autoridade máxima do Estado romano. 
c) Correta! “Pax Romana” significa literalmente “Paz Romana”, nome dado ao período em que 
Otavio Augusto governou o Império. Como o nome já diz, foi um momento caracterizado pela 
pacificação dos conflitos internos na sociedade romana, o que só foi possível graças à 
centralizado empreendida pelo imperador. Ele se dedicou a implantar uma política de 
administração pública na vasta extensão territorial, inclusive com o aprimoramento do controle 
das finanças. Essa era uma questão fundamental para a consolidação e para o sucesso de Roma. 
As conquistas territoriais anteriores, que a partir desse momento diminuíram o ritmo, atingiram 
uma dimensão difícil de controlar e de administrar. Assim, a primeira medida de Otávio foi criar 
uma burocracia administrativa, com critério censitário. 
d) Incorreta. Isso ocorreu ainda durante o período republicano, com o projeto Mare Nostrum. 
e) Incorreta. Jesus Cristo, fundador do cristianismo, realmente nasceu, viveu e realizou suas 
pregações durante o século I, porém foi provavelmente após a morte de Otavio, ocorrida em 
14 d. C., quando o profeta ainda seria muito jovem. Nos primeiros séculos de existência da 
religião cristã, ela foi independente do Estado romano e até mesmo perseguida por ele, visto 
suas discordâncias em relação à religião romana e ao funcionamento da sociedade como um 
todo. Somente cerca de trezentos anos depois, durante o governo do imperador Constantino, 
que o cristianismo foi legalizado no império, tendo seu culto permitido pelo Édito de Milão, em 
313 d. C. Ainda, coube ao imperador Teodósio fazer dessa a religião oficial do império, em 380 
d. C. 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Gabarito: C 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“Reflitas em que esse a quem chamas teu servo, nascido da mesma semente, vive sob o 
mesmo céu, respira da mesma maneira, da mesma maneira vive e da mesma morre! Tanto 
podes tu vê-lo livre como ele a ti escravo [...]. Não quero me meter numa questão imensa e 
dissertar sobre o tratamento dos escravos, com os quais somos extremamente orgulhosos, 
cruéis e injuriosos. Em suma, a minha doutrina é esta: vive com um inferior da mesma maneira 
que quererias que um superior vivesse contigo. Todas as vezes que te lembrares dos teus 
poderes sobre o teu servo, outras tantas te lembrem os do teu senhor sobre ti”. 
SÊNECA. Carta a Lucílio, 47, 10-11. In: PEREIRA, Maria Helena da Rocha. Romana: antologia 
da cultura latina. Coimbra: Universidade de Coimbra/Instituto de Estudos Clássicos, 1994, p. 
227-228. 
No decorrer dos séculos I a III d. C., a atitude com relação aos escravos se modificou em 
Roma. Essa mudança estava relacionada principalmente à 
a) vitória da revolta de Spartacus. 
b) conquista de direitos políticos pelos plebeus. 
c) ascensão dos generais na política romana. 
d) popularização do hedonismo entre a plebe romana. 
e) difusão do estoicismo na elite romana. 
Comentários 
Antes de tudo, já sabe, né? Atenção às datas informadas! O enunciado fala no intervalo entre os 
séculos I a III d. C., momento em que Roma era um Império (27 a. C.-476 d. C.). Com isso, já 
podemos eliminar as alternativas “a”, “b” e “c”, por uma questão cronológica. A rebelião de 
Spartacus, levado a cabo por escravos, ocorreu entre 72 e 71 a. C.; os plebeus conquistaram mais 
direitos políticos entre 494 e 300 a. C.; e a ascensão dos generais na política romana ocorreu entre 
os séculos II e I a. C. Portanto, são eventos que se deram todos durante o período republicano de 
Roma (509-27 a. C.). Antes de prosseguirmos, é importante lembrar que a escravidão era um dos 
pilares da economia e da sociedade romanas. No período imperial, os escravos eram somente os 
prisioneiros de guerra feitos durante a expansão militar, alémdos filhos de escravos. Essa 
população era a mais utilizada em todos os tipos de atividades, seja no campo ou nas cidades. 
Por incrível que pareça, a situação social do escravo podia variar bastante, havendo alguns que 
eram até mais ricos e influentes do que alguns cidadãos romanos. Contudo, ainda assim, todo 
escravo era tratado como um ser inferior e era desprovido de direitos. Com isso em mente, 
vejamos o que acarretou a mudança de tratamento da sociedade em relação a eles: 
d) Incorreta. O hedonismo foi uma doutrina filosófica que teve origem no período helenístico entre 
os gregos, mas que influenciou muito os romanos que se inspiravam na civilização grega de várias 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
formas. O período helenístico se passou entre os séculos IV e II a. C., quando Roma era uma 
República. Apesar disso, alguns poetas e filósofos romanos do império, como Horácio, 
continuaram reproduzindo muito do que o hedonismo pregava. Trata-se de uma doutrina, ou 
filosofia de vida, que defende a busca por prazer como finalidade da vida humana. Buscar prazer 
é o que move as paixões, os desejos e todo o mecanismo da vida, sendo, portanto, a primeira e 
mais completa ponte para a finalidade última da vida: a felicidade. Durante a Antiguidade Clássica, 
o hedonismo ganhou diversos contornos e significados ao longo do tempo, dando à luz diferentes 
posições sobre seus preceitos. Nessa época, os hedonistas mais influentes foram os filósofos 
gregos Aristipo de Cirene, fundador da doutrina, e Epicuro de Samos. O primeiro acreditava o 
prazer era um bem em si mesmo, podendo ser usado intensamente para alcançar a felicidade e 
diminuir a dor. O segundo defendia que a moderação do prazer, argumentando que existia dois 
tipos de prazer: o natural e o não natural. Os prazeres naturais levavam à verdadeira felicidade e 
estavam ligados ao intelecto e no enobrecimento do espírito. Os não naturais estão ligados àquilo 
que sai do controle da pessoa ou surgem, muitas vezes, por convenção social. Eles são efêmeros 
e podem gerar vicio, o que tira a liberdade individual das pessoas. Sexo, poder, riqueza, fama e 
entorpecentes são alguns desses prazeres não-naturais. De qualquer forma, note que dificilmente 
essa filosofia pregaria uma vida melhor para os escravos caso isso fosse contra a busca pelos 
prazeres de seus donos. 
e) Correta! O estoicismo também é uma doutrina filosófica de origem helenista que chegou ao 
conhecimento dos romanos e obteve sua admiração. Essa doutrina pregava a ideia de que o 
homem integra uma ordem racional que coordena o universo. Dotado de uma alma racional, o ser 
humano era entendido como um ser divino. A partir dessa concepção, os estoicos elaboraram 
uma ética que defendia que todo indivíduo merecia respeito por ser dotado dessa alma racional, 
independentemente de sua condição de nascimento ou posição social. Não se engane, os estoicos 
não reivindicavam o fim da escravidão como um todo. Apenas defendiam um tratamento mais 
humano para os escravos, inclusive defendendo a limitação do direito dos senhores de castiga-
los. 
Gabarito: E 
 (Estratégia Vestibulares/Profe. Alê Lopes/ 2021) 
Após unificar a Península Itálica sob seu comando, a República Romana se dirigiu para o 
norte da África, mais especificamente para a cidade de Cartago. A rivalidade entre romanos 
e cartagineses levou às chamadas Guerras Púnicas. Sua principal motivação foi o interesse 
dos romanos 
a) em defender seu território da expansão cartaginesa que visava conquistar toda a Europa. 
b) em assumir o controle de uma importante cidade sagrada para a religião romana. 
c) em obter mais terras para realizar uma reforma agrária e extinguir as disputas entre 
plebeus e patrícios. 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
d) pelas terras férteis da Sicília bem como a intensão de monopolizar o comércio marítimo 
no Mediterrâneo. 
e) pelo controle do Egito e da Mesopotâmia, regiões ricas em minérios e com acervos 
culturais inestimáveis. 
Comentários 
Apesar do enunciado não apontar nenhuma data, há algumas informações nele que nos 
permitem localizar o tema da questão no tempo. Fala-se na unificação da Península Itálica sob 
domínio romano, entre os séculos V e III a. C., e das Guerras Púnicas, uma série de guerras 
entre romanos e cartagineses entre 264 e 146 a. C. Portanto, realmente, trata-se do período 
em que Roma era uma República (509-27 a. C.). Ainda, vale mencionar que Cartago era uma 
cidade de origem fenícia, localizada na atual Tunísia, no norte da África. Lembra que os fenícios 
era um povo formado por exímios comerciantes e navegadores? Então, guarde essa informação 
e vejamos qual era o interesse dos romanos da disputa com eles: 
a) Incorreta. Os cartagineses não pretendiam invadir Roma, muito menos conquistar a Europa. 
Queriam apenas manter o controle sobre os entrepostos e portos que já dominavam, nas costas 
do mar Mediterrâneo, vitais para o comércio marítimo na região. 
b) Incorreta. Nem Cartago, nem a Sicília, eram cidades sagradas para a religião romana. O 
interesse nelas era econômico. 
c) Incorreta. Não havia intenção da República Romana em realizar uma reforma agrária no 
período das Guerras Púnicas. Somente após esses conflitos que essa pauta ganhou força na 
política romana, com a eleição dos irmãos Graco, Tibério (134 a. C.) e Caio (124 a. C.). 
d) Correta! A Sicília era uma ilha à sudoeste da Península Itália. Esta era muito pobre em terras 
cultiváveis. Por isso, os romanos se dedicaram tanto a expandir seus territórios não só pelo mar 
Mediterrâneo, mas pelos continentes europeu, asiático e africano. Afinal, a terra era um dos 
pilares da economia romana, origem de grande parte dos produtos comercializados na 
república. A Sicília, mesmo sendo uma ilha, apresentava terras ideais para o plantio, que 
poderia ser revertido em mercadoria e lucro. Além disso, a ilha, assim como Cartago, estava 
localizada em posições estratégicas no mar Mediterrâneo para o comércio marítimo na região. 
Ter controle sobre essas localidades significava ter maior controle sobre todo esse comércio 
marítimo. 
e) Incorreta. Essas regiões só foram definitivamente incorporadas ao domínio romano durante 
o período imperial. 
Gabarito: D 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Às vezes, as exigências do local, como em Mileto, levavam o teatro a instalar-se na periferia 
da cidade. Todavia, sempre que possível, ele se situava no centro da cidade. Com efeito, 
não se tratava apenas de um edifício de espetáculo, que servia às competições musicais e 
dramáticas, às quais se acrescentaram, na época imperial, os combates dos gladiadores. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
VIAL, Claude. Vocabulário da Grécia Antiga. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2013 
Conforme o texto, o teatro Grego, na Antiguidade, tinha uma função além dos espetáculos, 
a)Política, já que o edifício do teatro também foi utilizado para assembleias políticas. 
b)Civilidade, já que era o lugar onde se determinava os critérios de cidadania. 
c)Religiosa, já que era usado como templo para adoração de deuses. 
d)Filosófica, já que era usado como espaço escolar. 
e)Econômico, já que era o espaço de comércio de estrangeiros escravizados 
Comentários 
O teatro grego era uma estrutura fundamental. Era central na vida daquela civilização. O 
texto expressa essa centralidade ao afirmar que, na maioria das vezes se situava no centro 
da cidade e que tinha a função de espetáculos, competições musicais e combates de 
gladiadores. Veja, então, que o edifício do teatro pode ter múltiplas funções. 
Além dessas, quais mais, entre as listadas nas alternativas, foram desenvolvidas naquele 
espaço? 
Vejamos cada alternativa: 
a)Correto. Além da ágora (cuja função essencial eraa política), o teatro era um espaço 
central, aberto e público. Isso permitia a execução da política na acepção grega, feita 
publicamente, com a participação dos cidadãos. Ressalto que isso ocorreu nas cidades-
estados gregas que tinham um perspectiva de política mais democrática, como em Atenas 
(mas não apenas nela) 
b)Errado, pois os critérios de cidadania foram sendo definidos ao longo do tempo. Não 
exatamente neste lugar. 
c)Errado, já que a religiosidade era exercida nos templos religiosos, apesar de ser verdade 
que muitas peças de tetro também falavam de deuses e da mitologia. 
d)Errado. Existiam escolas em algumas cidades-estados, como em Atenas. Apesar disso, não 
esqueça de que o teatro, digo, as peças de teatro tinham um papel social formativo. 
e)Erradíssimo. O comércio se desenvolvia em áreas de mercado, algumas vezes fora da 
cidade, nos portos. 
Gabarito: A 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
Entre os séculos VI e V a.C., os gregos romperam com o senso comum, com a tradição e com 
o pensamento místico. Alguns historiadores dão o nome de milagre grego ao salto 
qualitativo do conhecimento humano sobre si e a natureza, em que se abandonaram a 
explicação mítica e o princípio da interferência das forças sobrenaturais nos destinos dos 
homens para dirigir-se à obtenção do saber por meio da abstração da razão. Apesar do 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
grande avanço, a racionalidade e a investigação especulativa da natureza só se tornaram 
formas dominantes de pensar muitos séculos mais tarde, a partir do Renascimento (séculos 
XIV-XVI). 
COSTA, Cristina. Introdução à Ciência da Sociedade. São Paulo: Ed. Moderna. 
Com o desenvolvimento dessa nova forma de pensar os gregos 
a) Passaram a organizar a vida social exclusivamente a partir dos elementos racionais. 
b) Superaram a filosofia e sua perspectiva especulativa, pouco racional. 
c)Procuraram aproximar razão e fé, a partir dos escritos platônicos. 
d)Conquistaram, progressivamente, consciência de que seu destino era produto da ação 
humana e não de forças sobrenaturais. 
e)Buscaram explicações para suas angústias em explicações cuja racionalidade tinha base na 
mitologia. 
Comentários 
Aqui temos uma questão interdisciplinar de História e Filosofia, que trouxe o contexto 
histórico da Antiguidade Clássica com um tema específico sobre o desenvolvimento do 
pensamento grego. 
Vamos lembrar de que a filosofia nasceu com o desenvolvimento do pensamento 
especulativo que se debruçava sobre o mundo procurando entendê-lo com objetividade. A 
observação da natureza, do espaço, dos fenômenos eram a base empírica desse pensamento 
especulativo. Assim, o pensamento laico, racional e de investigação especulativa da natureza 
constitui o pensamento grego. 
O comando da questão nos cobra sobre possíveis consequências dessa nova forma de pensar 
desenvolvido pelos gregos. 
Vejamos as alternativas 
a) Errado. Como afirma o texto, apenas no Renascimento é que o pensamento racional se 
consolidou, assim, podemos imaginar que o pensamento especulativo e mítico/mitológico 
conviveram na Grécia Antiga. 
b)Errado. O pensamento grego tem base na especulação filosófica. 
c) Errado. A aproximação da fé e razão é parte do pensamento filosófico medieval. 
d)Gabarito. Essa é uma consequência do pensamento racional sobre a especulação da 
natureza e a descoberta, progressiva, de elementos que explicam os fenômenos naturais e 
sociais. 
e)Errado, pois o pensamento racional é uma ruptura com o pensamento mitológico. Não 
esqueça que isso ocorreu em um longo espaço temporal. A ruptura não foi abrupta; levou 
séculos. Como diz o texto, e nossos conhecimentos, o Renascimento retoma a cultura clássica 
e desenvolve mais o racionalismo. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Gabarito: D 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“A escrita não teve uma única forma de registro e nem apareceu numa única região. As 
principais formas de escrita foram a cuneiforme, na região da Mesopotâmia; o hieróglifo (do 
grego hieros, que quer dizer sagrado), na região do Egito; e a escrita alfabética, na região 
da Fenícia (costa do atual Líbano). Nessas regiões, também conhecidas como o Crescente 
Fértil, surgiram as primeiras civilizações. 
Outros sistemas de escrita e civilizações surgiram no vale do Indo (região do Paquistão), na 
China nos vales dos rios Huang-Ho e Yang Tsé-Kiang e, mais tarde, na Mesoamérica (nome 
dado à região entre a América do Norte e a Central em territórios dos atuais México e países 
da América Central), às margens do rio San Juan, onde maias e astecas criaram suas 
organizações”. 
FREITAS NETO, José Alves de; TASINAFO, Célio Ricardo. História Geral e do Brasil. São 
Paulo: HARBRA, 2006, p. 10. 
Nesses contextos de organização da vida social, a escrita tinha vários sentidos, entre os quais 
a) conferir direitos civis aos descendentes de estrangeiros. 
b) registrar os próprios modos de vida e a relação com a natureza e o sobrenatural. 
c) servir exclusivamente aos interesses do Estado. 
d) organizar o sistema prisional e as execuções de criminosos. 
e) universalizar o acesso à educação e elevar o nível cultural da sociedade. 
Comentários 
O tema da questão é o surgimento da escrita nas primeiras civilizações humanas. Antes de 
tudo, é necessário fazer uma ressalva: a escrita foi inventada mais de uma vez e de diferentes 
formas. Os registros mais antigos são na Mesopotâmia e Egito, mas lembre-se que astecas e maias 
também desenvolveram escrita, invenção que, apesar de posterior aos dois primeiros, foi 
independente deles. Em um quadro tão diverso de civilizações que marcam a Antiguidade, é difícil 
fazer uma contextualização satisfatória. Contudo, vale dizer que o surgimento da escrita está 
associado com o crescimento das sociedades e sua organização mais sofisticada. Com isso em 
mente, vejamos: 
a) Incorreta. A maioria das grandes civilizações antigas, como as mencionadas no texto, não 
concediam direitos aos estrangeiros e seus descendentes. Além disso, não há nenhuma relação 
direta entre o surgimento da escrita e uma maior ou menor flexibilidade em relação aos 
estrangeiros. 
b) Correta! Antes da escrita, as sociedades humanas já tinham outras maneiras de registrar 
seus modos de vida e a sua relação com a natureza e o sobrenatural, isto é, por meio das pinturas 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
rupestres e da tradição oral. No entanto, com a nova forma de expressão mais informações 
podiam ser registradas de forma mais objetiva. Os seres humanos passaram a registrar sua história 
e suas ideias, o que fez da escrita um marco divisor na história da humanidade, pois passou a haver 
registros que documentavam os mais diferentes aspectos da vida e do ambiente. Tanto é que os 
historiadores usam o marco da invenção da escrita, na Mesopotâmia (+- 3500 a. C.), como divisão 
entre o Período Histórico e o Pré-Histórico. 
c) Incorreta. Realmente, as grandes civilizações da Antiguidade, como as mencionadas, 
edificaram grandes Estados com o auxílio da escrita. Contudo, é reducionista afirmar que esta 
invenção serviu única e exclusivamente aos interesses de seus governos. A escrita também era 
usada na manutenção da religião e para produção de conhecimento. Lembre-se também de 
poemas, como a Epopeia de Gilgamesh, eram muito comuns para contar a história de alguém ou 
de um povo. 
d) Incorreta. Não existia um “sistema prisional” na Antiguidade como entendemos hoje. 
Veja, existia sim a noção de crime e aqueles que o cometiam eram punidos, até mesmo 
executados, como forma de repreensão. Todavia, não existia um sistema, uma cadeia de presídios, 
cuja administração era centralizada pelo Estado, como temos hoje. Esse tipo de sistema prisional 
foiinventado na Idade Moderna. Antes disso, era mais comum haver masmorras particulares ou 
um pequeno número de celas. A centralização ou não da execução da justiça também variava de 
sociedade para sociedade naquela época. 
e) Incorreta. Nenhuma das sociedades da Antiguidade mencionadas tinham a intenção de 
universalizar a educação. O conhecimento e o domínio da escrita eram restritos a uma pequena 
parcela da população, geralmente associada ao governo da sociedade. Até mesmo o sacerdócio, 
que em alguns casos envolvia saber ler e escrever, era limitado a algumas pessoas. 
Gabarito: B 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes) 
“Com a introdução do trabalho escravo em larga escala, o número de plebeus desocupados 
aumentou. A esta legião de desocupados somou-se o grande número de pequenos 
agricultores arruinados que se dirigiram para as cidades, especialmente Roma”. 
CROUZET, M. História Geral das Civilizações. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1955-
1958, 17 volumes. 
As crises estruturais da civilização romanas estão associadas 
a) à expansão militar, concentração de terra e escravidão. 
b) à queda da monarquia, seguida da ascensão do ditador Júlio César. 
c) à falta de mão de obra e o encarecimento da produção agrícola. 
d) às medidas liberais implantadas pelo governo do Imperador Constantino. 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
e) às alianças entre eupátridas e hilotas para retirar direitos políticos da plebe. 
Comentários 
Aqui, o tema são as crises estruturais da civilização romana, a qual existiu do século VIII a. C. até 
V d. C. Costumamos dividir sua história em três etapas: Monarquia (753 – 509 a. C.); República 
(509 – 27 a. C.); e Império (27 a. C. – 476 d. C.). Ao longo do primeiro período, os romanos 
buscaram estabilizar o controle sobre seu território e expandir seu domínio pela Península Itálica. 
Mais tarde, durante a fase republicana, esse projeto evoluiu para o Mare Nostrum, cuja meta era 
ter controle sobre todo o mar Mediterrâneo, conquistando os principais pontos de seu comércio 
marítimo. Esse expansionismo alcançou o interior do continente europeu, além de territórios no 
Oriente Médio e no Norte da África. No entanto, ainda durante a República, esse modelo 
começou a apresentar limitações que geraram tensões políticas e sociais que culminaram no início 
e, depois, no declínio do Império. Com isso em mente, vejamos ao que as crises estruturais 
romanas estavam associadas: 
a) Correta! Veja, a economia e sociedade romana eram fundamentadas na concentração de terras. 
Os patrícios, aristocracia fundiária, detinham a posse da maioria das terras cultiváveis e 
comercializavam seus produtos por todo território romano. Apenas eles podiam participar do 
Senado, durante os primeiros anos da república e mesmo depois da concessão de direitos 
políticos aos plebeus, continuaram sendo a elite romana. Para manter as terras produtivas e 
comercializar seus frutos, era necessário mão de obra, em geral plebeus. Contudo, conforme a 
ambição dos proprietários cresciam, eles precisavam de mais trabalhadores e de mais terras, para 
aumentar a produção e, consequentemente, o comércio e o lucro. Assim, a expansão militar era 
o grande impulsionador da economia romana. Por meio da guerra, conquistava-se mais terras ao 
mesmo tempo que era possível escravizar os prisioneiros e torná-los mão de obra nas mesmas 
terras conquistadas. Porém, isso virou um ciclo vicioso que tinha um efeito colateral: o aumento 
da população plebeia desempregada e sem terras. Os poucos plebeus que tinham terras não 
conseguiam competir com os patrícios e acabavam se endividando e perdendo suas terras. Em 
seguida, não conseguiam emprego nas terras da aristocracia, pois esta usava os escravizados 
adquiridos na expansão militar. Então, esses plebeus seguiam para as cidades, porém, sem 
sucesso, uma vez que lá também era preferida a mão de obra escrava, por ser mais barata. Além 
disso, a expansão militar aumentou a importância política dos generais, que passaram a disputar 
o poder com patrícios e plebeus, o que resultou no fim da República e o início do Império. Por 
outro lado, a expansão também aumentou consideravelmente o território sob o controle romano, 
o que acabou dificultando o próprio desempenho de seu domínio sobre eles. Quanto mais 
territórios, mais difícil era mantê-los unidos sob um mesmo governo, pois os interesses locais eram 
divergentes. Este último fator contribuiu para a crise do Império, nos primeiros séculos da Era 
Cristã. 
b) Incorreta. Como mencionei no comentário, durante a Monarquia (753 – 509 a. C.), Roma ainda 
não tinha alcançado as proporções que viria a ter mais tarde. A concentração de terras e a 
expansão militar já se desenhavam como elementos fundantes de sua civilização, porém a 
escravidão ainda não era um de seus pilares. O trio expansão militar-concentração de terras-
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
escravidão só se consolidou durante a República (509 – 27 a. C.). Além disso, a ascensão de Júlio 
César só ocorreu no século I a. C., ou seja, no final do período republicano. De fato, esse fenômeno 
estava relacionado à crise política vinculada à projeção dos generais como reflexo da importância 
da expansão militar na economia romana. 
c) Incorreta. Não havia problema de mão de obra, pelo contrário, havia de sobra e este era o 
problema! Como disse acima, a expansão militar, a concentração de terras e a escravidão 
produziram uma massa de plebeus desempregados e sem terras aos quais só restaram a miséria. 
Essa mão de obra ociosa e miserável se tornou um grande fator de instabilidade. 
d) Incorreta. 
e) Errado. Hilotas são os escravos. Patrícios não se uniram aos escravos para tirar direitos dos 
plebeus. 
Gabarito: A 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
Não cabe ao poeta o que aconteceu, mas o que poderia ter acontecido, ou seja, o possível 
segundo a verossimilhança ou a necessidade. De fato, o historiador e o poeta não se 
diferenciam por dizer as coisas em verso ou em prosa (pois seria possível versificar as obras 
de Heródoto, nem por isso seria menos História em verso do que em prosa). A diferença está 
em que a História diz o que aconteceu e a poesia o que poderia ter acontecer. 
(Aristóteles. Poética) 
A partir da leitura do trecho do texto de Aristóteles, assinale a alternativa correta sobre as 
especificidades da História e da Poesia. 
a) Ambas possuem critério de verossimilhança. 
b) Enquanto a História é factual, a poesia se liga à lógica do verossímil. 
c) A poesia é mais reflexiva, como a filosofia; já à História não compete a reflexão. 
d) A poesia lida apenas com o belo, enquanto a História expõe as verdades 
independentemente de subjetividades. 
Comentários 
Essa é uma questão da historiografia e da filosofia do conhecimento. Demanda interpretação 
focada. É um texto de Aristóteles no qual ele faz a diferenciação entre as funções ou essências 
da Poesia e da História (como disciplina). A última frase esclarece essa questão, veja: “A 
diferença está em que a História diz o que aconteceu e a poesia o que poderia ter acontecer.” 
Com isso em mente, vamos analisar cada alternativa: 
a. Errado. Verossimilhança é aquilo que poderia ser verdade, que tem uma lógica racional 
com a realidade, muito embora possa não ter acontecido. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
b. Gabarito. Veja, que Aristóteles fala que a História diz o que aconteceu, ou seja, um fato 
propriamente dito. 
c. Errado. O fato de a História tratar sobre os acontecimentos, a reflexão é elemento 
intrínseco à narrativa, a escolha da perspectiva, as explicações possíveis para os fatos. Tudo isso 
é reflexão. 
d. Errado. A poesia também pode ser rude, pode tratar de outros temas que não a fruiçãoe o belo. Pode trazer dor, violência, tragédia, drama, comédia 
Gabarito: B 
 (Estratégia Vestibulares/2021/profe. Alê Lopes) 
“É por esta razão que afirmamos que o prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Com efeito, 
nós o identificamos como o bem primeiro e inerente ao ser humano, em razão dele 
praticamos toda escolha e toda recusa, e a ele chegamos escolhendo todo bem de acordo 
com a distinção entre prazer e dor”. 
 EPICURO. Carta sobre a felicidade. São Paulo: UNESP, 1997, p. 37. 
A partir da leitura do texto, assinale a alternativa correta sobre o conceito de prazer no 
período helenístico do Império Macedônico. 
a) Epicuro definia o prazer como critério absoluto para a felicidade do ser humano. Este deve 
perseguir todos os prazeres indiscriminadamente. 
b) Epicuro acreditava que o prazer caminha sempre junto do amor entre os homens. Para 
ele, as mulheres são incapazes de sentir prazer, pois não são consideradas dignas de amor, 
apenas servindo para procriação. 
c) Epicuro considerava a vida um eterno sofrimento, do qual apenas o prazer associado à 
riqueza econômica podia salvar os homens. 
d) Epicuro argumentava que o prazer é inerente ao ser humano e era o critério mais básico 
para suas decisões serem tomadas. A oposição entre prazer e dor era fundamental para essa 
escolha. 
Comentários 
Vamos por partes. Em primeiro lugar, é fácil reconhecer que o tema da questão é 
Antiguidade Clássica, mais especificamente filosofia grega no período helenístico. Este se 
passou entre os séculos IV e II a. C. O helenismo nasceu nos territórios gregos, que naquele 
momento estavam sob domínio macedônico. O rei da Macedônia, Felipe II, e depois seu 
filho – Alexandre, o Grande –, conquistaram e ampliaram sua dominação sobre a Península 
Balcânica, o Oriente Médio e o Egito, chegando até as fronteiras da Índia. Contudo, os 
macedônios deram muitas demonstrações de sua admiração e respeito pelo legado 
cultural, artístico e filosófico da Grécia. O próprio Alexandre tinha um professor grego, 
Aristóteles. Por isso, incorporaram diversos elementos da cultura grega e tiveram como 
política disseminá-la pelas regiões que foram conquistadas por Alexandre. Assim, do 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
contato entre a cultura grega e a cultura oriental nasceu a cultura helenística. O autor do 
trecho destaca é Epicuro de Samos (341 a. C.-270 a. C.). Ele não só cresceu em meio a essa 
cultura, como também se tornou um dos pensadores mais conhecidos da tradição filosófica 
hedonista. 
Hedonismo vem do grego Hedonê – nome de uma deusa, na mitologia grega, que 
representa o prazer. Hedonê era a representação encarnada de uma vida prazerosa. Com 
essa inspiração, o hedonismo é uma doutrina, ou filosofia de vida, que defende a busca por 
prazer como finalidade da vida humana. Para os hedonistas, buscar prazer é o que move as 
paixões, os desejos e todo o mecanismo da vida, sendo, portanto, a primeira e mais 
completa ponte para a finalidade última da vida: a felicidade. Durante a Antiguidade 
Clássica, o hedonismo ganhou diversos contornos e significados ao longo do tempo, dando 
à luz diferentes posições sobre seus preceitos. Nessa época, os hedonistas mais influentes 
foram os filósofos gregos Aristipo de Cirene, fundador da doutrina, e o próprio Epicuro de 
Samos aqui abordado. O primeiro acreditava que o prazer era um bem em si mesmo, 
podendo ser usado intensamente para alcançar a felicidade e diminuir a dor. O segundo 
defendia que a moderação do prazer, argumentando que existia dois tipos de prazer: o 
natural e o não natural. Os prazeres levavam à verdadeira felicidade e estavam ligados ao 
intelecto e ao enobrecimento do espírito. Os não naturais estão ligados àquilo que sai do 
controle da pessoa ou surgem, muitas vezes, por convenção social. Eles são efêmeros e 
podem gerar vício, o que tira a liberdade individual das pessoas. Sexo, poder, riqueza, fama 
e entorpecentes são alguns desses prazeres não-naturais. Com isso em mente, vejamos 
qual das alternativas está correta: 
Incorreta. No trecho destacado, Epicuro não chega a elaborar mais sobre os critérios para 
a busca dos prazeres que poderiam gerar a felicidade. Entretanto, como eu disse no 
comentário, ele defendia que era necessário fazer uma separação entre prazeres naturais e 
não-naturais. Somente os primeiros eram capazes de gerar a felicidade plena, enquanto os 
últimos podiam gerar vícios. Porém, como todo hedonismo, Epicuro acreditava que o 
prazer era inerente ao ser humano e indispensável para alcançar a felicidade. 
Incorreta. Epicuro não menciona o amor no trecho exposto pelo enunciado. Além disso, 
para ele o prazer não se resumia ao amor. Existia uma enorme variedade de prazeres 
possíveis para o ser humano. Como disse acima, ele até defendia a necessidade de 
classificá-los em naturais e não-naturais para não haver erro na hora de buscar a felicidade 
por meio deles. Epicuro não menciona se pensa haver diferenças entre homens e mulheres 
no que diz respeito ao prazer. 
Incorreta. Ele não acreditava necessariamente que a vida era um eterno sofrimento, mas 
entendia que a existência humana resumia a busca pela felicidade. Na escolha dos meios e 
caminhos para encontrá-la, as pessoas usavam como critério para suas escolhas a diferença 
entre prazer e dor. 
Correta! É exatamente o que ele diz no trecho reproduzido e o que venho explicando ao 
longo do comentário e das alternativas anteriores. Para Epicuro, todo ser humano sentia 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
prazer e dor. Sua capacidade de discernir essas duas sensações lhe fornecia os critérios 
para escolher o melhor caminho para encontrar a felicidade. 
Gabarito: D 
 (Estratégia vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
O fenômeno da inundação é muito complexo[...] De Julho até o fim de Outubro, as águas e 
o limo arrancado às margens abissínias vão cobrir o vale, no Egito. Contudo, esta cheia 
benfeitora pode também assumir o aspecto de catástrofe: ou é demasiado brutal e a corrente 
leva tudo atrás de si, ou é demasiado fraca e deixa as terras ressequidas e na impossibilidade 
de serem cultivadas. 
 (As primeiras civilizações. Da Idade da Pedra aos povos semitas. Lisboa: Edições70, p. 68, 
2019) 
Diante dos fenômenos naturais que envolvem o rio Nilo e o desenvolvimento da civilização 
egípcia, pode-se afirmar que 
f) A civilização egípcia se desenvolveu quando conseguiu controlar as cheias por meio da 
construção de obras hidráulicas. 
g) A civilização egípcia é resultado natural do fenômeno da inundação do Nilo. 
h) As cheias do Nilo são resultado do desequilíbrio ambiental gerado pelo desenvolvimento 
da civilização egípcia. 
i) Os recursos naturais no Egito eram abundantes, mas as pessoas não tiveram condições 
intelectuais de dominar a força destruidora das cheias do Nilo. 
j) Não há relação direta entre o Nilo e o desenvolvimento da civilização Egípcia, já que a 
exposição do Sol é frequente e quase não há precipitações nessa região. 
Comentários 
Essa questão trata sobre o desenvolvimento da civilização egípcia e sua relação com o Rio Nilo. 
O Egito sempre teve sua vida ligada às águas desse rio e seus períodos de cheia. Isso porque 
durante esses períodos o solo das margens era fertilizado, possibilitando o plantio e a produção 
de alimento. No entanto, em alguns anos, essas cheias não aconteciam ou então inundavam tudo, 
prejudicando, das duas maneiras, a agricultura. Assim, só quando os habitantes aprenderam a 
controlar as cheias por meio de obras hidráulicas que a civilização pode produzir alimento em 
larga escala e se desenvolver. Visto isso, a alternativa certa é letra a). 
Gabarito: A 
 (Estratégia vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Foram às margens desses rios que se desenvolveram as primeiras civilizações com formações 
sociais e econômicasmais complexas. A historiografia denomina o sistema de vida que se 
desenvolveu nessa região de “modo de produção asiático”. 
No que se refere às civilizações do crescente fértil, o modo de vida a que se refere o texto 
se caracteriza por: 
a) Basear-se na dependência dos rios e das obras hidráulicas. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
b) Basear-se no desenvolvimento da polis e na atividade agrícola. 
c) Estabelecer o comércio livre no mediterrâneo e, a partir disso, formar cidades-estados. 
d) Concentrar-se no desenvolvimento da metalúrgica. 
e) Organizar-se a partir dos conflitos bélicos e escravização dos povos conquistados. 
Comentários 
Veja que a questão trata das sociedades do 
crescente fértil, ou seja, das primeiras 
civilizações surgidas às margens do Nilo e do 
rio Tigre e Eufrates. Guarde isso. Falou em 
sociedades de modo de produção asiático do 
creste fértil pensou em Egito e Mesopotâmia! 
Veja o mapa: 
 
 
Essas sociedades caracterizadas pelo “modo de 
produção asiático”, ou de regadio, são assim 
chamadas devido à necessidade de controlar os recursos hídricos e suas tecnologias – com obras 
de irrigação, diques, barragens e drenagens – para consolidar e expandir a produção agrícola. 
Os povos que se estabeleceram nessa região foram os egípcios, ligados ao Nilo, e os 
mesopotâmicos, ligados aos rios Tigre e Eufrates. É verdade que o mesmo ocorreu no extremo 
oriente da Ásia: os povos da Índia estavam vinculados ao rio Indo e os chineses ligados ao rio 
Amarelo. No Oriente Próximo, ou Oriente Médio, outras civilizações foram beneficiadas com o 
poder fertilizante (e econômico) dos rios, como a sociedade pastoril dos hebreus e persas, ou 
ainda, a mercantil dos fenícios. 
Tendo feita essa contextualização, podemos afirmar que o gabarito da nossa questão é 
alternativa A. Vejamos os erros das demais alternativas. 
a) Gabarito. 
b) Errado, pois, polis e agricultura é Grécia (Esparta, por exemplo) 
c) Errado. Comércio livre no mediterrâneo com formação de cidades-estados é 
característica ou da Grécia (Atenas, por exemplo) ou dos povos fenícios. A Fenícia ficava 
na área que hoje é conhecida como Líbano, isto é, acima e ao norte da Palestina. Os 
fenícios se destacaram pela atividade de navegação e comércio, via marítima. Do ponto 
de vista político, esse povo vivia em cidades-estados autônomas (bolinhas no mapa acima), sem 
uma unidade plena do povo. Nessas cidades, os comerciantes centralizavam o poder político em 
suas mãos e exerciam domínio sobre a maior parcela da população, os trabalhadores livres e os 
escravos. Assim, o sistema de governo era conhecido como Talassocracia. 
d) Errado. As civilizações antigas, especialmente a egípcia, fizeram grande uso dos 
metais, o que fez com que os métodos de produção de materiais metálicos se 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
desenvolvessem. Mas isso não caracteriza o modo de vida dessas sociedades, tal qual 
afirmado na questão. Preste atenção, porque a questão pede a descrição do que é 
uma sociedade hidráulica. 
e) Errado. Isso poderia ser relacionado aos Romanos ou, até mesmo aos Persas – que 
viveram na região da Pérsia (atual Irã). 
Gabarito: A 
 (Estratégia vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Por volta de 12.000 e 4.000 anos a.C, iniciou-se um processo de domesticação de animais e 
de cultivo de plantas. Alguns historiadores afirmam que as mulheres tiveram um papel 
fundamental, pois tratavam diretamente do cuidado dos alimentos coletados. Nesse 
processo, há uma alteração na relação homem-natureza, de modo que se inverteu a situação 
de completa dependência que o ser humano tinha com a natureza. 
O texto descreve, 
a) A revolução neolítica, caracterizada pelo processo de sedentarização humana. 
b) A Revolução agrícola, já em curso muito antes da domesticação de animais. 
c) O momento em que as mulheres passam a ter papel exclusivo na agricultura. 
d) A revolução neolítica, que possibilitou ao homem permanecer no processo de 
nomadismo. 
e) O processo de sedentarização que substitui completamente as atividades de caça, pesca 
e coleta. 
Comentários 
O texto descreve a Revolução Neolítica ou Revolução Agrícola. Nesse processo, há uma 
alteração na relação homem-natureza, de modo que se inverteu a situação de completa 
dependência que o ser humano tinha com a natureza. 
Lembra que o homem era um ser coletor, caçador e pescador e, sempre que os recursos de 
uma área se esgotavam, ele tinha de ir em busca de outro? 
Por isso, ele era nômade. Contudo, por volta de 12.000 e 4.000 anos a.C, iniciou-se um processo 
de domesticação de animais e de cultivo de plantas. Alguns historiadores afirmam que as 
mulheres tiveram um papel fundamental, pois tratavam diretamente do cuidado dos alimentos 
coletados. 
Assim, elas realizavam uma seleção artificial das sementes que melhor se adaptavam ao clima 
das áreas onde o grupo humano se fixava. 
Como consequência, o ser humano adquiriu a capacidade de ocupar espaços por um tempo 
muito maior e, até mesmo, fixar-se à terra. Por isso, falamos do processo de sedentarização do 
homem. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Nesse sentido, os vales férteis dos rios tiveram uma importância fundamental e, 
consequentemente, o controle e organização sobre a irrigação das terras e mesmo das vazantes 
dos rios estiveram relacionados com a concentração de poder e a formação dos Estados. 
É importante compreendermos que os homens não deixaram de ser coletores e pescadores 
para se tornarem agricultores. Ao contrário, esses meios de sobrevivência se complementaram. 
A diferença se encontra justamente nas formas como os homens e mulheres daquele tempo 
passaram a se organizar socialmente. 
Assim, falamos da desintegração coletivista da pré-história e da formação de sociedades mais 
complexas, com propriedade privada dos meios de trabalho e de sobrevivência – no caso, a 
terra, os animais e as armas. 
Agora vejamos cada alternativa: 
a) Gabarito. Esse é momento em que o homem descobre a agricultura e desenvolve a capacidade 
de domesticação de animais é identificada com o processo de sedentarização. 
b) A revolução agrícola e a domesticação de animais é parte do mesmo processo de transição 
nomadismo-sedentarismo. 
c) As mulheres têm papel importante na revolução agrícola porque havia, de certa maneira, uma 
divisão de tarefas e elas permaneciam mais próximas aos acampamentos, e ficavam mais fixas no 
espaço quando estavam gestando. De certa forma, essa condição, permitia-lhes desenvolver 
melhor a observação do entrono, do espaço e da natureza. Elementos essenciais na atividade 
agrícola. 
d) A revolução neolítica leva ao sedentarismo e não o contrário. 
e) Errado porque não se trata de substituição, mas de complementação das duas atividades. O 
importante é pensar nos impactos da organização social que o desenvolvimento da agricultura 
causa. 
Gabarito: A 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Os três rios que formam o Crescente Fértil são: 
a) Rio Amarelo e Ganges 
b) Rio Reno, Tigre e Eufrates 
c) Rio Nilo e Rios Tigre e Eufrates 
d) Rio Indo e Amarelo 
e) Rio Ganges e Indo 
Comentários 
Decore: 
Crescente Fértil, formado pelos rios Tigre, Eufrates (na Mesopotâmia) e Nilo (Egito). Foram 
às margens desses rios que se desenvolveram as primeiras civilizações com formações 
sociais e econômicas mais complexas. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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194 
 
 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
 
 
Vejamos os demais rios apenas para você ter uma noção, já que as civilizações do Sudeste 
Asiático, em geral, não caem nas provas de vestibular. 
→ Rio Amarelo fica na China 
→ Rios Ganges fica na Índia 
→ Indo, passa pela Índia e Paquistão. 
→ Rio Reno é um grandeRio que fica em um Vale na Europa Central. O vale inicia-se nos 
Alpes, no leste da Suíça, e atravessa a Suíça, o Liechtenstein, a Áustria, a Alemanha, a 
França, até à foz do Reno na costa dos Países Baixos, onde este forma um extenso delta. 
Gabarito: C 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Por volta de 12.000 e 4.000 anos a.C, iniciou-se um processo de domesticação de animais e 
de cultivo de plantas. Alguns historiadores afirmam que as mulheres tiveram um papel 
fundamental, pois tratavam diretamente do cuidado dos alimentos coletados. Nesse 
processo, há uma alteração na relação homem-natureza, de modo que se inverteu a situação 
de completa dependência que o ser humano tinha com a natureza. 
O texto descreve, 
a) A revolução neolítica, caracterizada pelo processo de sedentarização humana. 
b) A Revolução agrícola, já em curso muito antes da domesticação de animais. 
c) O momento em que as mulheres passam a ter papel exclusivo na agricultura. 
d) A revolução neolítica, que possibilitou ao homem permanecer no processo de 
nomadismo. 
e) O processo de sedentarização que substitui completamente as atividades de caça, pesca 
e coleta. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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194 
 
 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Comentários 
a) Gabarito. Esse momento em que o homem descobre a agricultura e desenvolve a 
capacidade de domesticação de animais é identificada com o processo de 
sedentarização. 
b) A revolução agrícola e a domesticação de animais é parte do mesmo processo de 
transição nomadismo-sedentarismo. 
c) As mulheres têm papel importante na revolução agrícola porque havia, de certa maneira, 
uma divisão de tarefas e elas permaneciam mais próximas aos acampamentos, e ficavam 
mais fixas no espaço quando estavam gestando. De certa forma, essa condição, permitia-
lhes desenvolver melhor a observação do entrono, do espaço e da natureza. Elementos 
essenciais na atividade agrícola. 
d) A revolução neolítica leva ao sedentarismo e não o contrário. 
e) Errado porque não se trata de substituição, mas de complementação das duas atividades. 
O importante é pensar nos impactos da organização social que o desenvolvimento da 
agricultura causa. 
Gabarito: A 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
O desenvolvimento da escrita, por volta de 3500 a. C, na região da Suméria, está relacionado 
com: 
a) O desenvolvimento da capacidade racional dos seres humanos 
b) O crescimento das religiosidades monoteístas 
c) O desenvolvimento do aparelho fonético dos seres humanos 
d) Com a complexidade da sociedade que necessitava de um sistema de registro 
reconhecido socialmente. 
e) A capacidade subjetiva dos seres humanos para demonstrar seus pensamentos. 
Comentários 
a) A escrita surge bem depois de várias outras invenções dos seres humanos, o que 
demonstra que a racionalidade já estava bastante desenvolvida. 
b) Naquele momento histórico, as religiões dos povos da Antiguidade eram politeístas, com 
exceção dos hebreus. 
c) Essa característica está relacionada com o desenvolvimento da fala e não da escrita. 
d) Gabarito. Segundo os principais historiadores do período, a escrita está relacionada 
essencialmente com o fato da organização social e econômica ter se tornado cada vez 
mais complexa. A memória não era suficiente para dar conta das atividades burocrático-
administrativas. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
e) A escrita demanda, antes de tudo, capacidade racional. A subjetividade – ou sentimentos 
– podem ser expressos de diferentes maneiras, além da escrita. 
Gabarito: D 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
O Império Babilônico, comandado por Hamurabi (1763 a.C.), é reconhecido como aquele 
que desenvolveu mudanças nos aspectos sociais e políticos. Uma das suas principais 
realizações foi: 
a) A construção das pirâmides do Egito. 
b) A criação da escrita. 
c) A criação de uma administração descentralizada. 
d) O desenvolvimento do monoteísmo. 
e) A criação de um código jurídico. 
Comentários: 
Os amoritas, vindos do deserto da Arábia, estabeleceram-se na cidade da Babilônia e, por 
isso, também são conhecidos como babilônicos. Dominaram toda a região, do Golfo Pérsico 
até o norte da Mesopotâmia. Sob a liderança do lendário Rei Hamurabi, fundaram o 1º 
Império Babilônico. Impôs o deus babilônico Marduk a todos os povos da região. Criou uma 
administração centralizada e uma estratificação social hierarquizada. 
Mas seu principal feito foi a criação do Código de Hamurabi. São 281 artigos escritos em 
cuneiforme (a escrita desenvolvida pelos sumérios, lembram?) que tratam sobre diversas 
áreas da vida social: trabalho, família, comércio, propriedade. Ele é muito conhecido pelo 
seu sistema de penalidades baseado no princípio da retaliação, ou em latim lex talionis. Você 
já deve ter ouvido falar em “olho por olho e dente por dente” 
Vejamos as alternativas: 
a- Errado, né, gente. O Império Babilônico se construiu na Mesopotâmia e não no Egito. 
b- A escrita, na Mesopotâmia foi desenvolvida pelos Sumérios. 
c- Como comentamos, o Império Babilônico desenvolveu uma administração centralizada. 
d- Apesar de impor um Deus, não era monoteísta, como afirma na alternativa. 
e- Gabarito. Foi o Código de Hamurabi. 
Gabarito: E 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Os historiadores convencionaram dividir a história da Grécia Antiga em 5 fases. Sobre esse 
assunto assinale os itens que correspondem a essa periodização: 
I – Pré-Homérico ou Creto-Micênico (1650-1150 a.C.); 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
II- Homérico (1150-800 a.C.); 
III- Arcaico (800-500 a.C.); 
IV- Clássico (500 a 338 a.C.); 
V- Helenístico (338-146 a.C.). 
a) Apenas os itens II e III estão corretos 
b) Estão corretas os itens II, III e IV 
c) Todos os itens estão corretos 
d) Todos estão corretos, mas não estão em ordem cronológica. 
e) Estão corretos I, II, III, V 
Comentários 
Cada item corresponde a um momento específico da periodicidade e está organizada 
cronologicamente. Assim, todos os itens estão corretos e dispostos cronologicamente. Por 
isso nosso gabarito só pode ser letra C 
Gabarito: C 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Sobre a antiga civilização grega, julgue cada alternativa como Verdadeiro (V) ou Falso (F) 
( ) Sua origem está ligada a duas civilizações que se desenvolveram no sul da Península 
Balcânica: a cretense e a micênica. 
( ) A sociedade espartana era formada basicamente por três classes sociais distintas: os 
espartanos (elite social e militar), os periecos (pequenos proprietários e habitantes das 
periferias das poleis) e os hilotas (servos). 
( ) A Lei das Doze Tábuas, promulgada em 450 a.C., era considerada a constituição da Grécia 
antiga. 
( ) A famosa batalha de Poitiers foi a mais sangrenta das batalhas ocorridas durante a guerra 
entre Atenas e Troia, deixando aproximadamente dez mil mortos. 
( ) Heródoto de Halicarnasso escreveu o livro Histórias, utilizando sua própria observação e 
a tradição oral de testemunhos oculares para descrever as “guerras médicas”. 
a) V-V-V-V-V 
b) F-V-V-F-F 
c) V-V-F-F-V 
d) F-F-V-V-F 
e) V-F-F-V-V 
Comentários 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Para quem não está acostumado com esse tipo de questão, estranha. Mas saiba que há 
vestibulares cujas provas são inteirinhas desse tipo. Neste caso, é melhor irmos item por item 
para encontrar o Gabarito 
V – Informação correta. Como vimos na aula, o período creto-micênico é o momento originário 
do mundo grego. Os cretenses viviam na Ilha de Creta e por serem navegadores entraram em 
contato com aqueus, no litoral sul do Peloponeso. Então, formaram a civilização creto-
micênica. Durante muitotempo foram uma grande civilização, inclusive, como ponto de fusão 
do Crescente Fértil. No entanto, a partir de 2000 a.C., outros povos foram chegando nessa 
região – como os eólios, os jônios (que se estabeleceram onde é Atenas) e os dórios (que 
formaram Esparta). A inúmeras invasões foram desintegrando a sociedade creto-micênica. 
V – Esse item está correto. Os proprietários de terras eram conhecidos como esparciatas, ou 
espartanos, os quais formavam a elite. Também existiam homens livre e não proprietários, 
eram os periecos. Muitas vezes eram nascidos em Esparta de pais estrangeiros. Não eram 
cidadãos porque não tinham direitos políticos, contudo, podiam realizar o comércio e o 
artesanato. E, claro, pagavam tributos ao governo espartano. Nas terras quem trabalhava 
eram os hilotas, os quais eram servos. 
 F – A Lei das Doze Tábuas de 450 a.C. surgiu em Roma e não na Grécia. 
F – A Batalha de Poitiers ocorreu em 732 d.C. Ela impediu o avanço muçulmano na Europa, 
portanto não possui nenhuma relação com o mundo grego antigo. 
V – Heródoto escreveu o livro Histórias entre 484 A.C. – 425 a.C. Na obra, ele conta o orgulho 
de um povo que tinha tantos motivos para se crer superior aos demais, principalmente após 
vencer os persas nas Guerras Médicas. Item correto. 
Gabarito: C 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas pela 
a) autossuficiência econômica e igualdade de direitos políticos entre seus habitantes. 
b) disciplina militar imposta a todas as crianças durante sua formação escolar. 
c) ocupação de territórios herdados de ancestrais e definição de leis e moeda próprias. 
d) concentração populacional em núcleos urbanos e isolamento em relação aos grupos que 
habitavam o meio rural. 
e) submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos democráticos 
de organização política. 
Comentários 
A questão fala sobre cidades do Mediterrâneo antigo. Pelo texto podemos concluir que são 
as do mundo grego. Sendo assim, sabemos que as cidades se formaram pela ocupação de 
diferentes povos (jônios, eólios, dórios), ao longo do tempo, nos territórios ocupados 
orginalmente pelo povo creto-micênico. Sabemos, também, que as cidades gregas eram, na 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
verdade, cidades-estados com autonomia, independência, leis, moedas e governo próprios. 
Além disso, as polis tinham uma estratificação social desigual – mesmo em Atenas no período 
democrático. Embora houvesse o chamado urbano e rural – e até mesmo o litoral -, eles se 
complementavam. Sendo assim, o gabarito da questão é letra C. 
Gabarito: C 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
É características da democracia antiga, 
a) a eleição de representantes masculinos com direito a voz e voto pela assembleia da 
cidade-estado, órgão político que incluía mulheres e estrangeiros. 
 b) a importância decrescente dos escravos, a ponto de discutir-se a abolição da escravatura, 
e a consequente redução das desigualdades nas cidades-estado. 
c) a conquista pacífica de direitos por parte dos mais pobres, ainda que se mantivesse a 
marca aristocrática de distinção social regulada pelo nascimento. 
d) a ojeriza à guerra e ao conflito social, o que contribuiu para que Atenas fosse derrotada 
sucessivamente pelos persas e pelos espartanos. 
e) a participação política direta, exercida por um corpo de cidadãos ativos, sem a noção de 
representação e restrita aos cidadãos masculinos. 
Comentários 
A) errado, nem mulheres nem estrangeiros participavam das decisões políticas. 
B) errado, pois, para os gregos a escravidão era essencial, parte fundamental da vida na polis. Isso 
porque, para que homens livres pudessem pensar e exercer a cidadania ateniense outros tantos 
teriam que trabalhar. 
C) errado, em Atenas não tinha esse tipo de concessão, a sociedade era bem dividida com cada 
grupo social exercendo sua função. Os mais pobres, os plebeus, adquirem relevância durante as 
insurreições na fase República na de Roma. Não confunda, atenção cadete, atenção. 
E) correto. Observo que a ideia de “sem a noção de representação" é porque a prática política 
era feita a partir da democracia direta, ou seja, todos debates, todos votam. 
Gabarito: E 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Na Atenas Clássica, no período de Péricles: 
a) a democracia se consolidou e atingiu sua plenitude por meio de princípios como o da 
isonomia, isocracia e isegoria, que se definiu como a igualdade de direito ao acesso à palavra 
na assembleia soberana. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
b) a cidadania ateniense fundamentava-se na igualdade de gênero, garantindo aos cidadãos 
o pleno direito à palavra independente de sexo, impondo como limite a idade de dezoito 
anos. 
c) a relação de poder entre funcionários do Estado e a elite política ateniense assegurava a 
manutenção de um regime de governo aristocrático no qual somente os homens exerciam o 
direito de cidadania. 
d) os cidadãos atenienses eram guiados por uma burocracia estatal que impediu o rodízio 
dos cargos administrativos, de modo que a liderança direta e pessoal era exercida por uma 
minoria de homens jovens. 
e) a concentração da autoridade na assembleia possibilitou a criação de um regime de 
governo baseado no poder pessoal, institucionalizando a oratória como competência mais 
importante para o exercício da política nos tempos de Péricles. 
 Comentários 
A partir do texto que motiva a questão, primeiro vamos eliminar as alternativas que contradizem 
o próprio texto. 
Repare na alternativa B, ela afirma que no tempo de Péricles havia igualdade de gênero. Porém, 
o texto é claro ao dizer que a “assembleia era um comício ao ar livre que reunia centenas de 
atenienses do sexo masculino”, ou seja, a assembleia excluía as mulheres. Da mesma forma, a 
assembleia excluía aqueles que não eram considerados cidadãos. Dessa forma, essa alternativa 
não pode ser nosso Gabarito, pois não havia igualdade de gêneros. 
O teatrólogo Aristófanes escreveu a peça intitulada Assembléia das mulheres - apresentada 
pela primeira vez por volta de 411 a.C. em Atenas – cujo centro é valorizar a participação das 
mulheres na cidade-estado. Apesar de a comédia levantar uma discussão sobre a cidadania 
feminina, no geral, as mulheres atenienses não tinham a mesma igualdade política que os 
homens. Por isso, para efeitos de prova de Vestibular, considera-se que a democracia ateniense 
previa somente os homens maiores como cidadãos. 
Assim, a democracia em Atenas, que era exercida de maneira direta, deixava de fora uma boa 
parcela da população. O próprio texto da questão nos traz essa informação, por mais que, na 
época de Péricles, a democracia atingiu um nível de “isonomia, isocracia e isegoria” extensível 
a todos que fossem considerados cidadãos (homens maiores de 18 anos e não estrangeiros, 
nem escravos). Veja: 
• Isonomia: todos são iguais perante a lei e na sociedade; não há nenhuma distinção 
entre pessoas; 
• Isocracia: todos tem condições iguais de acesso aos cargos políticos. Em Atenas 
isso significava que todos os cidadãos atenienses tinham o direito e o dever de 
participar na vida política e da administração pública; 
• Isegoria: todos são iguais para se manifestarem na assembleia dos cidadãos. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Nesse sentido, em razão do aspecto da isocracia, a alternativa D está errada, pois os cidadãos 
não eram guiados por uma burocracia. Os próprios cidadãos podiam fazer parte da 
administração do Estado, sem contar que os principais assuntos de administração pública 
(obras, por exemplo) eram definidos nas assembleias. Ou seja, de fato, a maioria doscidadãos governava e não a minoria. 
Veja, então, que o tipo de regime político em Atenas era de um governo democrático. Por 
isso, a alternativa C está errada, pois a expressão “um regime de governo aristocrático” 
invalida a alternativa. 
Já a E, apresenta uma competência muito valorizada para os debates públicos da época, a 
capacidade de oratória, mas isso não levou a criação de um governo baseado no poder 
pessoal. O poder era exercido pela própria assembleia, logo, ele era coletivo, da maioria que 
definia os rumos da vida ateniense nesse espaço público. Portanto, essa alternativa também 
está errada. 
Sobrou, então, a alternativa A, que é nosso Gabarito. 
Gabarito: A 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
Sobre a fundação de Alexandria, na Antiguidade Clássica, é possível inferir que ela 
representa: 
a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as 
do Oriente Médio. 
b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre 
na região. 
c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no 
Egito. 
d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império 
helênico. 
e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de 
Alexandre. 
Comentários 
Querido e querida alunos, memorize: Alexandre, o Grande, aquele que expandiu o Império 
Macedônico, difundiu a cultura grega e a fundiu com a cultura do chamado mundo oriental, 
formando o que chamamos de “cultura helenística”. Simbolicamente isso está em Alexandria, no 
Egito. Gabarito é alternativa A. 
Vejamos os erros nas demais alternativas: 
a- Correto. 
b- A sociedade egípcia é essencialmente agrícola. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
c- Não houve exportação do modelo político ateniense, mas aspectos da cultura letrada, 
filosófica, artística. 
d- Novamente, não é a urbanizada egípcia, mas a da Grécia. 
e- A religião egípcia e sua arquitetura não influenciaram a Grécia nesse momento. 
Gabarito: A 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
“Pertencer à comunidade era participar de todo um ciclo próprio da vida cotidiana, com seus 
ritos, costumes, regras, festividades, crenças e relações pessoais.” No entanto, esse processo 
implicava necessariamente a definição do” outro” e sua exclusão. 
GUARINELLO, Norberto Luiz. Cidades-estado na Antiguidade Clássica.in. História da 
Cidadania. Ed. Contexto, 2010. p. 35. 
A partir do texto, infere-se que a participação política em Atenas na época clássica estava 
determinada 
a) Pela propriedade individual da terra. 
b) Pelo caráter elitista, uma vez que apenas alguns poderiam participar da vida social. 
c) Pela participação no exército, cuja formação se deva desde a infância e seguindo por 
toda a vida. 
d) Pelos critérios de renda, tornando a participação censitária. 
e) Pelo pertencimento comunitário restrito aos cidadãos nascidos e, ao mesmo tempo, 
moradores de Atenas. 
Comentários 
Todas as pessoas que moravam em Atenas poderiam participar da vida social e política 
daquela cidade-estado? Sobretudo, quando falamos na Atenas do período clássico. 
Você deve saber que não! Se não sabia, decore isso! 
Por isso, dizemos que a participação política ateniense era restrita. Apenas poderiam 
participar aqueles considerados cidadãos: filhos de pais e mães atenienses, homens maiores 
e 18 anos que vivessem em Atenas. Veja que Atenas se fechava para o mundo exterior ao 
mesmo tempo em que guardava com zelo o status de pertencimento à cidade. 
Quando falamos em participação política na Grécia, alguns excluídos eram atenienses, 
nascidos em Atenas.... melhor dizendo: nascidas! As mulheres eram consideradas indivíduos 
incapazes de exercer a racionalidade necessária para a política. Aristóteles, por exemplo, 
parte de um pressuposto sobre uma possível condição de subalternidade da mulher ligada 
à sua função maternal e seu papel na organização da família. Portanto, embora considerada 
diferente dos escravos e dos estrangeiros, à mulher estava reservado o espaço privado da 
vida familiar, fora da cidade e, também, da política. 
Escravos e estrangeiros também não poderiam participar. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Além disso, na Atenas clássica todo tipo de critério de renda deixou de existir para conformar 
a democracia. 
Tendo tudo isso em mente, vamos à análise das alternativas: 
a) Erradas. Não há critério aristocrático ou censitário. 
b) Errada. Essa alternativa está muito aberta. Afinal quais são esses alguns que não podem 
participar. Questão com cafrinha de FUVEST que coloca uma alternativa aparentemente 
correta, mas genérica e imprecisa demais. 
c) Errada. Essa alternativa descreve os critérios de participação política em Esparta. 
d) Errada, pelos mesmos motivos da alternativa A, não há critérios de renda ou de 
propriedade da terra. 
e) Correto. Veja que essa alternativa é mais precisa, detalhista e expressa as noções de 
nascimento e habitação na cidade-estado. 
Gabarito: E 
 (Estratégia Vestibulares/ Profe Alê Lopes/2020) 
A invenção do arco assinala pela primeira vez a capacidade de fabricação artificial de um 
engenho, com o qual os seres humanos podiam economizar forças e ganhar maior precisão, 
superando suas capacidades naturais. Era uma entre as invenções e descobertas engenhosas 
que permitiriam aos grupos humanos explorar ao máximo as capacidades fornecidas pela 
natureza. 
MACEDO, José Rivair. A História da África. São Paulo: Ed. Contexto, 2018. 
Levando em consideração o avanço das técnicas de fabricação de artefatos durante a 
chamada pré-história, é correto o que se afirma em: 
a) As invenções foram desestimuladas pela última grande glaciação que oferecia poucas 
alternativa de subsistência. 
b) Arco e flecha é um mecanismo complexo imaginado pelo homem e não mais uma 
simples adaptação dos recursos disponibilizados pela natureza, característica das 
invenções do período Mesolítico. 
c) O criação do arco e flecha foi superior em desenvolvimento da racionalidade se 
comparado à invenção da agricultura. 
d) No neolítico ocorreu a fabricação de artefatos com a pedra polida, fato que comprova 
que os homens que utilizavam arco e flecha eram superiores àqueles que usaram as 
lanças com pontas de pedra polida. Por isso, o Neolítico é um retrocesso em relação 
ao Mesolítico. 
e) Todas as invenções, desde o paleolítico, foram favorecidas pela existência da cerâmica 
que permitia armazenar as caças que passaram a aumentar com a invenção de armas 
como o arco e flecha. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Comentários 
a- A glaciação, conhecida como Era do gelo teria ocorrido no Neolítico, entre 12 e 5 mil 
anos, e não no Mesolítico quando foi criado o arco e flecha. Além disso, diante dessas 
difíceis condições foi preciso encontrar novas soluções para superar as baixas 
temperaturas. Por isso, não é correto dizer que a glaciação desestimulou a invenção. 
b- Gabarito da questão. Conforme aponta o texto, o instrumento arco e flecha 
constituem uma invenção original porque pegam dois elementos da natureza (a corda 
e a madeira) e transforma em uma arma, um engenho original. 
c- Não é possível admitir superioridade do arco e flecha em relação ao desenvolvimento 
da agricultura. Temporalmente, a domesticação da natureza é mais avançada que a 
caça, mas isso não quer dizer que uma seja superior a outra. Elas demandam 
racionalidades com objetivos distintos. 
d- Essa é outra inferência que não tem confirmação nas teses sobre o desenvolvimento 
das técnicas de fabricação de artefatos. Estudiosos afirmam que a fabricação de 
artefatos de pedra polida é do Período Neolítico. Nesse mesmo momento, entre12 
e 5 mil anos a.C também ocorreu a gradual adoção da agricultura e pecuária. O uso 
do arco e flecha está mais associado à atividade de caça, do período Mesolítico, entre 
15 e 12 mil anos. Então, não é possível falar em superioridade do mesolítico e 
retrocesso no Neolítico. O aceito é falar em evolução e desenvolvimento. 
e- A alternativa está errada pois a invenção da cerâmica teria ocorrido, segundo as 
pesquisas, por volta de 9 mil anos a.C, ou seja, já na Era da agricultura. Assim, a 
invenção da cerâmica estaria mais ligada à agricultura do que à caça. 
Guarde o bizu: 
 
Gabarito: B 
 (Estratégia Vestibulares/Profe Alê Lopes/2020) 
Leia o poema 
“Se um lenhador, durante todo o dia, 
Cortasse a mata agreste à sua frente, 
Sua tarefa não completaria 
E
n
tr
e
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il
h
õ
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o
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Paleolítico
Homens caçadores e 
coletores. 
Desenvoleram 
artefatos adaptados 
da natureza, como a 
pedra. Por isso, é 
conhecido como 
"período da pedra 
lascada".
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s 
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.C Mesolítico
Em diveras partes do 
mundo, os homens 
inventaram artefatos e 
utensílios complexos 
como arco e flecha, 
bem como os 
micrófitos (pedra 
trabalhada)
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 a
.C Neoliticos
Ampliação de 
fabricação de 
artefatos de pedra 
polida, 
desenvolvimento da 
agricultura e da 
pecuária. Criação da 
cerâmica. 
Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 00 – Antiguidade I 
 
 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Numa semana de trabalho ingente; 
Mas se amigos tivesse, encontraria, 
Auxílio e compreensão de muita gente; 
Seu trabalho depressa acabaria 
Para, então, discursar tranquilamente”. 
 
Poema épico anônimo, da Antiguidade. Op. Cit. MORRALL, John B. Aristoteles. 
Considerando o contexto da pólis grega, bem como as noções aristotélicas sobre política, o 
poema revela: 
a) A noção de arethé – a busca pela excelência em relação ao trabalho. 
b) O individualismo grego e a limitação da participação política pelo excesso de trabalho. 
c) A noção aristotélica de política, que afirma serem os trabalhadores pessoas improprias 
para a política. 
d) Uma noção épica e guerreira da ação do trabalho como se fossem grandes feitos. 
e) Que Aristóteles estava correto: a política é atividade para pessoas sábias que não 
necessitam da atividade laboral. 
Comentários 
Essa é uma questão que nos remete às noções de política e polis na Grécia Antiga. A questão 
se torna um pouquinho mais complexa porque demanda uma interpretação do poema à luz 
da noção aristotélica de política. 
Vejamos. Aristóteles tinha uma concepção de política como ação da aristocracia. Ou seja, 
ele via com pessimismo a atividade laboral. Não que fosse um problema trabalhar. Mas 
trabalhar era contraposto à ação política porque essa demanda o ócio, o lazer e o tempo 
livre – elementos necessários para a criatividade e o pensamento racional. 
Veja que no poema, fica claro que as pessoas que trabalham não conseguem tempo para 
“discutir tranquilamente”. E o que é discussão para os gregos? Fazer política. O instrumento 
da política é a palavra! 
Mas, veja, também, que o poema é crítico porque ele fala que se os gregos superassem seus 
individualismo (ou seja, se o trabalhador encontrasse amigos que o ajudassem a acabar a 
tarefa laboral) e colaborassem uns com os outro até os trabalhadores teriam mais tempo 
para a política. 
Tendo essas noções em mente, vamos à análise das alternativas: 
a- A Arethé é um complexo conceito que envolve a toda a formação do cosmos grego. 
Trata-se de uma busca por excelência. Nada tem a ver com a poesia que reflete sobre a 
relação real entre trabalho e política. 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
b- Gabarito da nossa questão. Conforme demonstra o pragmatismo do poema, o trabalho 
limita a ação política – o que poderia ser superado se os gregos fossem menos 
individualistas e mais colaborativos. 
c- Bem, a poema não traz essa visão. Aponta a limitação da política pelo trabalho, 
d- Não, o trabalho não parece como um grande feito. Ao contrário, aparece como um 
obstáculo para realização de outras atividades. 
e- Também não referências aos sábios no poema. 
Gabarito: B 
 (Estratégia Vestibulares/Profe Alê Lopes/2020) 
Surge, então, a ponderação de que a constituição de um povo e de seu governo deveriam estar 
baseadas, fundamentalmente, em regras de convivência nascidas da realidade social e mantidas 
através do tempo como expressão das convivências comuns. 
Adaptado de DALLARI, Dalmo de Abreu. A constituição na vida dos povos: da Idade Média 
ao Século XXI. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 10. 
No que se refere aos povos da Antiguidade e às regras jurídicas que exemplificam a sua 
realidade social, pode-se afirmar que: 
a) Na Mesopotâmia, estabeleceu-se um dos primeiros códigos de justiça, como o Código 
de Hamurabi, cujo princípio era o da proporcionalidade da pena à falta cometida. 
b) Os primeiros códigos escritos foram verificados em Roma, como a Lei das 12 tábuas, 
exemplo de um avançado princípio de igualdade jurídica que pôs fim à desigualdade 
entre patrícios e plebeus. 
c) A Grécia foi o berço do direito ocidental ao criar leis escritas que seguiam o princípio da 
isonomia entre os habitantes de suas cidades-estados. 
d) O Código de Ur-Nammu, encontrado na Suméria, diferenciava-se do código de 
Hamurabi por não conter princípio pecuniários de reparação. 
e) Os códigos de leis na Antiguidade eram baseados exclusivamente na tradição oral e, por 
isso, não deixaram legados. 
Comentários 
Essa é uma questão que abordou um assunto clássico: as leis e os costumes nas sociedades 
da antiguidade. Eu trouxe algumas novidades e elaborei umas alternativas capciosas para 
vocês pensarem e se aprofundarem. Vejamos as alternativas: 
a- Um dos primeiros “códigos jurídicos” escritos de que temos conhecimento é o Código 
de Hamurabi. Ele está inscrito em um monólito. São 281 artigos escritos em cuneiforme 
(a escrita desenvolvida pelos sumérios, lembram?) que tratam sobre diversas áreas da 
vida social: trabalho, família, comércio, propriedade. Ele é muito conhecido pelo seu 
sistema de penalidades baseado no princípio da retaliação, ou em latim lex talionis. Você 
já deve ter ouvido falar em “olho por olho e dente por dente”, não ouviu? É isso! Ele foi 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
baseado no princípio da proporcionalidade entre crime e pena. Contudo, o peso o 
pertencimento ao grupo social desequilibrava a penalidade. Por exemplo, o artigo 200 
diz: “Se um homem livre arrancou um dente de um outro homem livre igual a ele, 
arrancarão seu dente.” Agora compare com o que diz o artigo 201: “Se ele arrancou um 
dente de um homem vulgar, pagará 500g de prata”. Outro exemplo, art. 230: “Se um 
pedreiro causou a morte do filho do dono da casa, matarão o filho deste pedreiro”. Mas, 
segundo art. 231, “Se causou a morte do escravo ele dará ao dono da casa um escravo 
equivalente”. Conseguem perceber que a pena é semelhante ao delito cometido, 
embora pudesse variar conforme a posição social e econômica da vítima? 
b- A conhecida Lei romana das 12 Tábua, apesar de ser um avanço para a constituição das 
leis e do princípio de igualdade jurídica, na medida em que tornava os processos mais 
transparentes, não acabou com a desigualdade entre grupos sociais distintos. Em 
diversos outros momentos, alguns mais tensos e outros menos, houve Revoltas Plebeias. 
c- A Grécia, antes de Roma, desenvolveu importantes leis e organizou a justiça, tanto que 
para compilar a Lei das 12 Tábuas, os Romanos mandaram seus especialistas para Grécia 
a fim de entender como fizeram para sistematizar o costume em leis escritas. Mas o erro 
central da alternativa é falar em isonomia entre habitantes. Isso porque os estrangeiros 
nunca foram tratadoscomo iguais na Grécia, mesmo que habitassem uma cidade-estado. 
d- Essa alternativa é aquele conhecimento de quem já sabe tudinho e arrumou tempo para 
estudar todos os códigos jurídicos da antiguidade. Brincadeirinha, mas é verdade, rs. O 
Código de Ur-Nammu (cerca de 2040 a.C.), surgiu na Suméria, antes do Hamurabi. Ele 
descreve costumes antigos transformados em leis e sua base é a do princípio das penas 
pecuniárias para delitos diversos ao invés de penas talianas do tipo “olho por olho e dente 
por dente”. Por exemplo, Se um homem for culpado de sequestro deverá ser preso e 
condenado a pagar 15 shekels de prata; Se um homem se divorcia da primeira esposa 
deverá pagar para ela uma mina de prata; Se um homem se divorcia de uma mulher que 
já tenha sido casada deverá pagar a ela meia mina de prata. 
Ele é considerado um dos mais antigos códigos de que se tem notícias. Foi encontrado 
nas ruinas de templos da época do rei Ur-Nammu, na região da Mesopotâmia (onde fica 
o Iraque atualmente), na década de 1950. 
e- Essa alternativa é aquele que você elimina rápido porque sabe que algumas leis foram 
escritas, ainda que você não conheça muito bem o que elas alteraram, como a Lei das 12 
tábuas ou o Código de Hamurabi. 
Gabarito: A 
 (Estratégia Vestibulares/Profe Alê Lopes/2020) 
Texto I 
"Se nos oferecessem todo o ouro do mundo, ou a terra mais bela e fértil que se possa 
imaginar, nunca estaríamos disposto a juntar-nos ao nosso inimigo comum e participar da 
escravidão da Grécia (...) há a nossa herança grega, os laços de sangue e idioma, nossos 
altares sagrados e nosso modo de vida comum, e trair tudo isso não ficaria bem para 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
Atenas... enquanto sobreviver um único ateniense, não haverá acordo com Xerxes" 
(Heródoto, VIII – 144). 
Considerando o texto e seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga, o historiador Heródoto 
se refere, 
a) às Guerras do Peloponeso que opunham gregos e troianos. 
b) às Guerras Médicas que opunham gregos e persas. 
c) às Guerras Púnicas que opunham regos e cartagineses. 
d) às Guerras Médicas que opunham gregos e macedônios. 
e) Às Guerras do Peloponeso que opunham atenienses e espartanos. 
Gabarito: B 
 (Estratégia Vestibulares/Profe Alê Lopes/2020) 
É difícil datar com precisão o aparecimento do conceito de cidadania. Sabemos que o seu 
significado clássico se associava à participação política. O próprio adjetivo ‘político’, por sua 
vez, já nos remete a ideia de polis (Cidade-Estado Antiga). Podemos concluir, então, que foi 
justamente sobre esse tipo de organização urbana que se assentaram as bases do conceito 
tradicional de cidadania e de uma considerável parte de seu significado atual. 
REZENDE FILHO, Cyro de Barros; CÂMARA NETO, Isnard de Albuquerque. A evolução do 
conceito de cidadania. Taubaté, Ciências Humanas, n. 2, v. 7, p. 17-23, 2001. 
A ideia de cidadania é formulada a partir de elaborações conceituais e das próprias 
experiências históricas. Nesse sentido, a cidadania vivenciada pelo povo da Atenas Clássica 
era, 
a) Uma cidadania universal, já que homens, mulheres e estrangeiros poderiam participar das 
decisões políticas. 
b) Uma cidadania universal, na medida em que nunca houve critério de renda para participar 
da política. 
c) Uma cidadania relativa, uma vez que mulheres, estrangeiros e escravos não podiam tomar 
parte das discussões e deliberações políticas. 
d) Uma cidadania direta, já que aqueles que morassem em Atenas poderiam participar das 
discussões políticas. 
e) Uma cidadania elitista, uma vez que somente os proprietários de terra poderiam participar 
do governo da cidade-estado. 
Comentários 
A questão exige que você saiba identificar que a noção geral de participação política dos 
indivíduos tem origem na Grécia Antiga. Repare que o texto do enunciado chama atenção para 
os seguintes elementos: participação política e cidade (pólis). Desse binômio podemos articular 
Profe Alê Lopes 
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 AULA 00: ANTIGUIDADE I 
que, na Grécia Antiga, o fato de as decisões públicas – sobre os rumos da vida na cidade e 
sobre a relação da cidade com ameaças externas - contarem com a participação política de 
muitas pessoas, indica que o núcleo do conceito de cidadania está na vida comunitária. Assim, 
ser cidadão é fazer parte da vida comunitária em igualdade de condições com os demais 
cidadãos e, principalmente, de forma ativa. É por meio do exercício da cidadania que, não só 
os gregos, como na atualidade, o indivíduo pode aprimorar seu papel no desenvolvimento da 
sociedade e possuir direitos e deveres. 
E quem eram esses cidadãos na Atenas Grega Antiga? Eram, em geral, homens, a partir de 18 
anos, filhos de pais atenienses e não estrangeiro. Logo, um conceito excludente de cidadania, 
uma vez que mulheres não participava. 
Tendo isso em mente, vamos à análise das alternativas: 
a- Errada, como vimos, mulheres e estrangeiros estavam excluídos da participação. 
b- Claro que houve o critério censitário sim, mas foi sendo abolido aos poucos. Então a 
expressão “nunca” nos permite eliminar a alternativa. Observe que o comando falou em 
Atenas Clássica – isso quer dizer, no seu momento mais democrático. 
c- Gabarito. Corresponde corretamente com a experiência vivida pelos atenienses no 
período Clássico de Atenas. 
d- A democracia era direta e não a cidadania. Cidadania pressupõe participar diretamente. 
É intrínseco. Além disso, o critério para participar não tinha a ver com morar em Atenas, 
mas nascer lá. 
e- No período clássico não era uma experiência elitista, já que ser dono de terras não era 
um critério de acesso à participação política. 
Gabarito: C 
14. LISTA DE QUESTÕES APROFUNDAMENTO - COMENTADA 
 (UEL 2019) 
Durante as guerras entre os Persas e os Gregos, no mundo antigo, um conjunto de ações foi 
realizado, o que levou à produção de narrativas sobre esses episódios, com consequências 
também para os seus vizinhos macedônicos. 
Com base nos conhecimentos sobre esse processo histórico, considere as afirmativas a 
seguir. 
I. A Liga do Peloponeso, criada por Esparta, uniu-se à Confederação de Delos, liderada por 
Atenas, e com essa unificação as esquadras dos gregos tornaram-se fortificadas com os 
grandes navios de combate. 
II. A Confederação de Delos reuniu as cidades-estado gregas contra a invasão persa e, no 
decorrer dos conflitos, sua sede foi transferida para Atenas, com a função de unificar os 
tributos e a frota. 
Profe Alê Lopes 
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III. Na obra História da Guerra do Peloponeso, escrita pelo general ateniense Tucídides, foi 
descrito o flagelo da peste natural, que se abateu sobre eles, expondo as ilusões de seu 
mundo. 
IV. Plutarco descreveu as habilidades de Alexandre Magno na conquista e unificação dos 
povos envolvidos no conflito, por meio da miscigenação e integração cultural e do incentivo 
às artes e às ciências. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
Comentários 
A questão aborda As Guerra Médicas, ocorridas no século V entre gregos e persas, bem como o 
contexto da Guerra do Peloponeso, um conflito entre gregos, ocorrido posteriormente. Ainda o 
item IV aborda o Período Helenístico. 
Lembre-se de que a saga expansionista dos persas, sob o comando de Dário I, levou-os a tentar 
conquistar a Grécia. Os gregos (incluindo Atenas e Esparta) se uniram para derrotar os persas, e 
conseguiram. A Confederação de Delos foi uma união das cidades-estados com o propósito de 
expulsar os persas, porém foi formada já no final da

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