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Complementar: exercícios de múltipla escolha com alto grau de dificuldade. dissertativo: exercícios dissertativos seguindo a forma da segunda fase dos principais vestibulares do Brasil. enem: exercícios que abordam a aplicação de conhecimentos em situações do cotidiano, preparando o aluno para esse tipo de exame. objetivas (unesp, Fuvest, uniCamp e uniFesp): exercícios de múltipla escolha das universidades públicas de São Paulo. dissertativas (unesp, Fuvest, uniCamp e uniFesp): exercícios dissertativos da segunda fase das universidades públicas de São Paulo uerj (exame de qualiFiCação): exercícios de múltipla escolha que possibilitam a consolidação do aprendizado para o vestibular da Uerj. uerj (exame disCursivo): exercícios dissertativos que possibilitam a consolidação do aprendizado para o vestibular da Uerj. 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HISTÓRIAHISTÓRIA CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias SUMÁRIO HISTÓRIA HISTÓRIA GERAL 3 AULAS 1 E 2 : INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA E PRÉ-HISTÓRIA 4 AULAS 3 E 4 : ANTIGUIDADE ORIENTAL 13 AULAS 5 E 6 : CIVILIZAÇÃO GREGA: PERÍODOS PRÉ-HOMÉRICO, HOMÉRICO E ARCAICO 25 AULAS 7 E 8 : CIVILIZAÇÃO GREGA: PERÍODOS CLÁSSICO E HELENÍSTICO & CIVILIZAÇÃO ROMANA: MONARQUIA 36 HISTÓRIA DO BRASIL 45 AULAS 1 E 2: FORMAÇÃO DE PORTUGAL E NAVEGAÇÕES ULTRAMARINAS 46 AULAS 3 E 4: AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA, MERCANTILISMO E ADMINISTRAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA 61 AULAS 5 E 6: PERÍODO PRÉ-COLONIAL, ADMINISTRAÇÃO COLONIAL E INVASÕES FRANCESAS 74 AULAS 7 E 8: ECONOMIA COLONIAL, SOCIEDADE E INVASÕES HOLANDESAS 87 GEOGRAFIA GEOGRAFIA 1 103 AULAS 1 E 2: MOVIMENTOS DA TERRA 104 AULAS 3 E 4: COORDENADAS GEOGRÁFICAS E FUSO HORÁRIO 110 AULAS 5 E 6: NOÇÕES DE CARTOGRAFIA 116 AULAS 7 E 8: ELEMENTOS DO CLIMA E FATORES CLIMÁTICOS 129 GEOGRAFIA 2 139 AULAS 1 E 2: INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO 140 AULAS 3 E 4: GEOLOGIA 147 AULAS 5 E 6: GEOLOGIA DO BRASIL E EXPLORAÇÃO MINERAL 153 AULAS 7 E 8: GEOMORFOLOGIA: FORÇAS ESTRUTURAIS E ESCULTURAIS 160 HISTÓRIAHISTÓRIA CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias HISTÓRIA GERAL 4 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. AprEndizAgEm 1. (iFsul 2020) no iníCio, os homens batiam uma pedra na outra até moldar o que queriam, tirando, por exemplo, lasCas para que a pedra FiCasse Com um lado Cortante. dois milhões de anos mais tarde [ainda no paleolítiCo], os homens primeiro preparavam a pe- dra, tirando lasCas superFiCiais, e depois aqueCiam-na para extrair dela toda a água. em seguida, golpeavam-na Com uma espéCie de Cinzel de osso ou outra pedra. aproveitavam todos os Fragmentos, (...) as lasCas pontudas eram usadas para Furar, as aFiadas Como navalha serviam para Cortar, e as dentilhadas para serrar. a Cena de trabalho pré-históriCo, desCrita aCima, demonstra uma a) situação de estagnação tecnológica, já que o ma- terial utilizado é o mesmo (pedra). b) situação de atraso tecnológico, já que houve um retrocesso no uso da pedra. c) situação de avanço tecnológico, já que houve alte- ração qualitativa no processo de produção. d) situação de ausência de tecnologia, já que o termo é exclusivamente moderno. 2. (ueCe 2020) seguramente uma das Fases mais importantes da história da humanidade Foi aquela em que a Centralidade da do- mestiCação de plantas e animais proporCionou maior oFerta de alimentos, por meio de sistemas agríColas Cada vez mais eFiCientes. a partir de então, as organizações polítiCas e soCiais tornaram- -se mais elaboradas e o CresCente Controle teCnológiCo sobre a natureza deFiniu a emergênCia da Complexidade soCial. essa Fase Corresponde ao período ConheCido Como a) Neolítico. b) Paleolítico. c) Mesolítico. d) Neomesolítico. 3. (uel 2018) os indivíduos da espéCie homo sapiens “Cro- -magnon” Foram os primeiros a domestiCar animais e a deixar expressivas obras de arte, Como pinturas em Cavernas e Figuras esCulpidas de animais e de mulheres grávidas. nas paredes da Caverna de Chauvet, por exemplo, estão as Famosas pinturas do paleolítiCo superior. de aCordo Com a hipótese mais aCeita atualmente, nossos an- Cestrais surgiram na áFriCa e daí teriam irradiado para outros Continentes. Com base nessa hipótese, de origem úniCa na áFriCa, assinale a al- ternativa que indiCa Corretamente Como oCorreu essa irradiação, em ordem CronológiCa, a partir do Continente aFriCano, para as diversas partes do mundo. a) Europa – Nordeste da Ásia – América do Norte – Indonésia – Austrália. b) Sudeste da Ásia – Europa – Nordeste da Ásia – América do Norte – América do Sul. c) Sudeste da Ásia – Europa – América do Norte – América do Sul – Austrália. d) Europa – América do Norte – América do Sul – Austrália – Sudeste da Ásia. e) Europa – Nordeste da Ásia – América do Norte – América do Sul – Oceania. 4. (iFsul 2018) a tradiCional divisão da pré-história em pe- ríodo paleolítiCo, neolítiCo e idade dos metais Corresponde ______________________ da soCiedade observada, não tendo uma neCessária CorrespondênCia entre tal período e uma sequênCia CronológiCa Comum a todos os povos. o seguimento que Completa Corretamente o período é a) à notável pobreza b) à cultura imaterial c) defender a República como sistema de governo para o novo país. d) ao estágio tecnológico texto para a próxima questão: analise a Figura a seguir e responda à(s) questões(ões). 5. (uel 2018) Com base na Figura e nos ConheCimentos sobre arte paleolítiCa, assinale a alternativa Correta. a) A pintura feita com guache é uma característica desse período, que consiste na mistura de alguns tipos de terra; tais pinturas serviam para catalogar o que haviam caçado, garantindo a diversidade de espécies nas caças seguintes. b) As pinturas e os desenhos foram feitos com pigmen- tos minerais e vegetais, fixados com gordura animal; tais produções são relacionadas a aspectos mágicos, presentes no cotidiano das organizações pré-históricas. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA E PRÉ-HISTÓRIA COMPETÊNCIA(s) 1, 2, 3, 4, 5 e 6 HABILIDADE(s) 1, 4, 5, 7, 8, 9, 11, 14, 15, 16, 18, 19, 22, 23, 27 e 29 CH AULAS 1 E 2 5 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) As pinturas funcionavam como oferenda aos deuses e, pelas dimensões, é possível perceber o nível de re- verência; os artistas desse período empenhavam-se na produção de uma arte religiosa com fins decorativos. d) As pinturas e os desenhos encontrados nas grutas eram feitos como afrescos e representam figuras híbri- das, metade humana e metade animal; os mitos gregos têm suas origens nessas imagens da pré-história. e) Nos registros encontrados nas cavernas,as figuras de destaque remetem à flora; para os povos paleolí- ticos esses desenhos caracterizaram o momento em que deixaram de ser nômades e, para a história, foi o início das catalogações de todas as espécies. 6. (iFsul) nesta époCa, o ser humano habitava Cavernas, muitas vezes tendo que disputar esse tipo de habitação Com animais selva- gens. quando aCabavam os alimentos da região em que habitavam, as Famílias tinham que migrar para uma outra região. dessa For- ma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação Fixa). vi- via da Caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesCa e da Coleta de Frutos e raízes. usava instrumentos e Ferramentas Feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. os bens de produção eram de uso e de propriedade Coletivas. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/ prehistoria/. acesso em 20 out. 2015. o texto aCima se reFere ao período do(a) a) neolítico. b) paleolítico. c) idade do bronze. d) idade do ferro. 7. (uFg) as pinturas rupestres são evidênCias materiais do desen- volvimento inteleCtual dos seres humanos. embora tradiCional- mente estudadas pela arqueologia, elas ajudaram a redeFinir a ConCepção de que a história se iniCia Com a esCrita, pois a) funcionam como códices velados de uma comuni- dade à espera de decifração. b) expressam uma concepção de tempo marcada pela cronologia. c) indicam o predomínio da técnica sobre as forças da natureza. d) atestam as relações entre registros gráficos e mitos de origem. e) registram a supremacia do indivíduo sobre os membros de seu grupo. 08. (uFrgs) a idade da pedra Costuma ser dividida em três perí- odos: paleolítiCo, mesolítiCo e neolítiCo. assoCie as CinCo CaraC- terístiCas da idade da pedra listadas a seguir, no bloCo inFerior, aos períodos Citados no bloCo superior. 1 - paleolítiCo 2 - mesolítiCo 3 - neolítiCo ( ) domestiCação de animais ( ) desCoberta do Fogo ( ) Formas e motivos abstratos na arte ( ) arteFatos de pedra lasCada ( ) diFusão da agriCultura a sequênCia Correta de preenChimento dos parênteses, de Cima para baixo, é a) 3 - 1 - 2 - 1 - 3. b) 1 - 3 - 1 - 2 - 3. c) 2 - 1 - 3 - 3 - 1. d) 1 - 2 - 3 - 2 - 1. e) 3 - 2 - 1 - 3 - 2. 9. (uFpr) tradiCionalmente, podemos deFinir a pré-história Como o período anterior ao apareCimento da esCrita. portanto, esse pe- ríodo é anterior há 4000 a.C, pois Foi por volta desta époCa que os sumérios desenvolveram a esCrita CuneiForme. Com base nesse entendimento, qual a alternativa que apresenta CaraCterístiCas das atividades do homem na Fase paleolítiCa? a) Os homens aprenderam a polir a pedra. A partir de então, conseguiram produzir instrumentos (lâminas de corte, machados, serras com dentes de pedra mais eficientes e mais bem acabados. b) Os homens descobriram uma forma nova de obter alimentos: a agricultura, que os obrigou a conservar e cozinhar os cereais. c) Semeando a terra, criando gado, produzindo o próprio alimento, os homens não tinham mais por que mudar constantemente de lugar e tornaram-se sedentários. d) Os homens conheciam uma economia comercial e já praticavam os juros. e) Os homens ainda não produziam seus alimentos, não plantavam e nem criavam animais. Em verdade, eles cole- tavam frutos, grãos e raízes, pescavam e caçavam animais. 10. (uFpb) as relações entre as expliCações mítiCas e as CientíFiCas enContram, na origem da espéCie humana, um dos pontos Fundamentais e Controvertidos. sobre tais expliCações, leia as aFirmativas. i. o livro do gênesis estabeleCe, sobretudo para as tradições reli- giosas judaiCo-Cristãs, o mito do éden, no qual viviam adão, Cria- do por deus e Feito à sua semelhança, e eva, Criada também por ele a partir de uma Costela de adão. desse Casal, desCenderiam todos os homens. os partidários dessa expliCação são Chamados de CriaCionistas. ii. o livro "a origem das espéCies", de autoria do naturalista inglês do séCulo xix, Charles darwin, estabeleCe, nas tradições modernas, a Consolidação de uma expliCação CientíFiCa sobre o apareCimento da vida e o surgimento do 'homo sapiens', que seria resultado das mutações genétiCas adaptativas de símios. essa ex- pliCação FiCou ConheCida Como evoluCionista. iii. o ConheCimento históriCo, baseado nas ConCepções CientíFiCas, demarCa o apareCimento da espéCie humana no período paleolítiCo ou idade da pedra lasCada, ao que se segue o período neolítiCo ou idade da pedra polida e depois o período da idade dos metais, que, reunidos, Compõem a Chamada "pré-história". está(ão) Correta(s): a) apenas I b) apenas II c) apenas I e II d) apenas II e III e) I, II e III 6 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 11. (uFpe) história é a CiênCia que: a) estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta Terra; b) se fundamenta unicamente em documentos escritos; c) estuda os acontecimentos do passado dos seres humanos, utilizando-se dos vestígios que a humani- dade deixou; d) estuda os acontecimentos presentes para prever o futuro da humanidade; e) estuda a causalidade dos fenômenos físicos e so- ciais com base no empirismo. 12. (uFla) toda CiênCia tem Como reFerênCia um objeto Formal de estudo e a história não é diFerente. nas Frases seleCionadas abaixo, pode-se identiFiCar objetos Formais do estudo da histó- ria, exCeto: a) "A percepção é sempre um processo seletivo de apreensão." (Milton Santos: 1926-2001). b) "É a ciência dos homens no transcurso do tempo." (Marc Bloch: 1878-1956). c) "É o processo de mudança contínua da sociedade humana." (Lucien Febvre: 1878-1956). d) "O presente repetir o passado, [...] um museu, de grandes novidades [...] o tempo não pára." (Cazuza: 1958-1990). E.O. FixAçãO 1. (ueCe) em várias grutas pré-históriCas, riCamente deCora- das, Foram enContradas pinturas retratando Cenas de Caça, ou animais Como o Cavalo e o bisão. assim é a arte rupestre Comu- mente Feita sobre a pedra que pode também ser enContrada em inCisões em ossos e madeira. as pinturas e as inCisões rupestres surgiram no período a) Glacial. b) Paleolítico. c) Mesolítico. d) Neolítico. 2. (iFsul) “por volta de 10 mil anos a. C., a terra passou por uma grande mudança no Clima, que oCasionou uma série de modi- FiCações na vegetação e nos hábitos dos animais. Como Consequ- ênCia, os seres humanos tiveram de se ajustar a um novo ambiente. o Cultivo de plantas e a domestiCação de animais Foram duas importantes atividades que Começaram então a ser exerCidas.” FiGueira, Divalte Garcia. história. 2ª eD. são paulo: Ática, 2005. p. 10. o texto aCima Faz reFerênCia à a) passagem do Neolítico para o Paleolítico com o controle do fogo. b) arte rupestre com a pintura de cenas de caça nas cavernas. c) revolução neolítica na passagem do paleolítico para o neolítico. d) caça, à pesca e à coleta de pequenos frutos e raízes na Idade da Pedra Lascada. 3. (iFsp) segundo o historiador guglielmo, “o período mais lon- go e a mais antiga era da pré-história é Chamada de paleolítiCo. iniCiou-se há pelo menos 2,5 milhões de anos, Como atestam os instrumentos [...] enContrados no sítio de hadar, etiópia, e pode ser estendido há CerCa de 10.000 anos”. (Fonte: GuGlielmo, antonio roberto. a pré-história. são paulo: brasiliense, 1999, p. 35 e 36). Considerando a pré-história e a passagem do texto, é Correto o que se aFirma em: a) Durante o Paleolítico Inferior ocorreu a produção dos primeiros instrumentos de pedra. b) Durante o Paleolítico Superior foi produzido os pri- meiros instrumentos de pedra. c) No decorrer da transição do Mesolítico para o Mé- dio Paleolítico, ocorreu a produção dos primeiros ins- trumentos de pedra. d) Foi durante o Paleolítico Inferior que houve a pro- dução dos primeiros instrumentos de ossos e chifres. e) Durante o Paleolítico Inferior houve a produção de lâminas e agulhas, que possibilitou o surgimento da Idade dos Metais. 4. (iFsul 2019) na revolução do neolítiCo a autoridade,que, nas Comunidades de Caçadores-Coletores, era atributo do mais habilidoso e, nas de pastores-agriCultores, era exerCida pelos mais velhos, passa a ser exerCida por um grupo de guerreiros, saCer- dotes e FunCionários que se apropriam do exCedente produzido. o proCesso históriCo, desCrito aCima, CaraCteriza a Formação da instituição denominada a) Império. b) Estado. c) Religião. d) Burocracia. 5. (uFsm) no período neolítiCo, os Caçadores e Coletores já haviam adquirido razoável experiênCia Cultural a Fim de identiFiCar animais para a Caça e plantas para usos diversos. nesse tempo, por volta de 10000 a.C., além de Caçar e Coletar Frutos e sementes, nossos ante- passados passaram a ter Condição de interFerir ainda mais na natureza, domestiCando animais e Cultivando plantas. pelos registros existentes, isso teria aConteCido primeiramente nas regiões atualmente Chamadas de China, amériCa Central, peru e oriente próximo. essa transForma- ção nas Formas de vida no planeta é Chamada de revolução a) ecológica, por ser o primeiro momento de contato entre os seres humanos e a natureza. b) urbana, por haver permitido a fixação e a sedenta- rização dos humanos. 7 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) suméria, por ter sido realizada pelos sumérios an- tes de qualquer outro povo. d) agrícola, por ter permitido maior domínio sobre a natureza e surgimento das aldeias. e) iluminista, por ter se difundido rapidamente em todo o mundo como uma luz. 6. (uFpel) texto 1 "em todo o mundo, a leste e a oeste, as populações Começaram a troCar a dependênCia às hordas de grandes animais "muitas das quais em rápido deClínio" pela exploração de animais meno- res e de plantas. [...] onde as Condições Fossem partiCularmente adequadas [...], as peças do quebra-Cabeça da domestiCação se aComodaram e os Coletores transFormaram-se em agriCultores." crosbY, alFreD w. "imperialismo ecolóGico". são paulo: companhia Das letras, 1993. texto 2 "os historiadores aCostumaram-se a separar a Coleta e a agriCul- tura Como se Fossem duas etapas da evolução humana bastante di- Ferentes e a supor que a passagem de uma à outra tivesse sido uma mudança repentina e revoluCionária. hoje, Contudo, admite-se que essa transição aConteCeu de maneira gradual e Combinada. da etapa em que o homem era inteiramente um Caçador-Coletor passou-se para outra em que Começava a exeCutar atividades de Cultivo de plantas silvestres [...] e de manipulação dos animais [...]. mas tudo isso era Feito Como uma atividade Complementar da Coleta e da Caça." in: vicentino, clÁuDio. história para o ensino méDio: história Geral e Do brasil. são paulo: scipione, 2005. os textos analisam a) o final do Período Neolítico e se posicionam de forma convergente quanto ao papel revolucionário desempenhado pela agricultura e pela domesticação dos animais. b) o início do Período Neolítico e divergem entre si a respeito da existência da Revolução Neolítica, pois en- quanto um indica uma transformação radical, o outro destaca a simultaneidade da caça, coleta e agricultura. c) o início do Paleolítico Inferior e são contraditórios entre si, no que se relaciona aos efeitos da agricultu- ra, dentre eles a sedentarização humana. d) o final do Paleolítico Superior, no momento em que ocorreu a Revolução Agrícola, ambos afirmando que a caça e a coleta foram suprimidas pela agricultura. e) a Transição Mesolítica, e concordam que, com o cultivo das plantas e a criação de animais, ocorreu a suspensão das atividades de caça e coleta, provocan- do a Revolução Neolítica. 7. (uFu) "todo sistema Cultural tem a sua própria lógiCa e não passa de um ato primário de etnoCentrismo tentar transFerir a lógiCa de um sistema para outro." laraia, roque cultura, um conceito antropol”Gico, 8. eD, rio De Janeiro JorGe Zahar, 1993. Considerando o texto aCima, marque a alternativa Correta aCer- Ca das aFirmações abaixo. i - as soCiedades tribais são tão eFiCientes para produzir Cultura quanto qualquer outra, mesmo quando não possuem Certos re- Cursos Culturais presentes em outras Culturas. ii - as soCiedades selvagens são Capazes de produzir Cultura, mas estão mal adaptadas ao meio ambiente e, por isso, algumas nem sequer possuem o estado. iii - as Chamadas soCiedades indígenas são dotadas de reCursos materiais e simbóliCos eFiCientes para produzir Cultura Como qual- quer outra, Faltando-lhes apenas uma linguagem própria. iv - as Chamadas soCiedades primitivas Conseguiram produzir Cul- tura plenamente, ao longo do proCesso evolutivo, quando institu- íram o estado e as instituições esColares. a) I e II estão corretas. b) Apenas I está correta. c) I e lll estão corretas. d) I e IV estão corretas. 8. (uFsC ar) entre as transFormações havidas na passagem da pré-história para o período propriamente históriCo, destaCa-se a Formação de Cidades em regiões de a) solo fértil, atingido periodicamente pelas cheias dos rios, permitindo grande produção de alimentos e crescimento populacional. b) difícil acesso, cuja disposição do relevo levantava barreiras naturais às invasões de povos que viviam do saque de riquezas. c) entroncamento de rotas comerciais oriundas de países e continentes distintos, local de confluência de produtos exóticos. d) riquezas minerais e de abundância de madeira, condições necessárias para a edificação dos primeiros núcleos urbanos. e) terra firme, distanciada de rios e de cursos d’água, com grau de salubridade compatível 9. (ueCe) no paleolítiCo, pratiCava-se o nomadismo em larga esCala, enquanto que no mesolítiCo, o nomadismo é reduzido, pois os grupos permaneCem CirCunsCritos a uma determinada região respeitando os CiClos da natureza, a mudança das estações Climá- tiCas e as migrações dos animais. assim, o neolítiCo assinala o Fim do nomadismo. assinale o Correto. a) A sedentarização dos primeiros grupos humanos impulsionou a organização das primeiras vilas com habitações fixas, o desenvolvimento da organização social e a divisão do trabalho. b) O processo de sedentarização dos primeiros gru- pos humanos, não contribuiu para nem alterou signi- ficativamente o desenvolvimento da agricultura, pois eles eram, essencialmente, pastores e nômades. c) Os primeiros grupos humanos, nas três fases da Idade da Pedra, praticaram o nomadismo e o seden- tarismo, assim como as atividades de caça e coleta. d) A sedentarização não contribuiu para o desenvolvi- mento da agricultura, assim como não foi importante para o nascimento das primeiras vilas. 8 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 10. analise o texto a seguir. "e repare o leitor Como a língua por- tuguesa é engenhosa. um Contador de histórias é justamente o Con- trário do historiador, não sendo um historiador, aFinal de Contas, mais do que um Contador de histórias. (...)" Fonte: assis, machaDo De apuD chalhoub, s. e pereira, l.a. De m. (orG) a história contaDa. rio De Janeiro: nova Fronteira, 1998, p.67. ante as novas tendênCias interpretativas da história, há uma diFe- rença entre o Contador de histórias e o historiador, de aCordo Com a qual é Correto aFirmar que: a) a literatura torna-se inexpressiva ao historiador, que se fundamenta nos documentos manuscritos e impressos. b) o contador de história recorre à ficção e o histo- riador envolve-se com o real, de acordo com a sua interpretação e as práticas sociais consideradas. c) a interpretação do historiador, apesar de valorizar a diversidade de informações, deve limitar-se à do con- tador de histórias. d) a história do cotidiano passou a ser depreciada pelos profissionais da História por menosprezar a análise social. e) a autenticidade dos fatos históricos exclui a força da subjetividade, presente na reconstrução do passado. 11. (uFpe) a história é uma das áreas do ConheCimento mais polê- miCas. pode-se atribuir este Caráter à história, porque, em sentido genériCo,todos somos historiadores e, por outro lado, porque o aConteCimento históriCo é passível das mais diFerentes interpretações. ( ) no período de CresCimento, a Criança e o adolesCente, através da ConvivênCia soCial, da esCola e da Cultura, Formam de maneira quase natural uma visão do passado, do presente e do Futuro. Constroem assim uma visão históriCa, em ressonânCia Com o que seu grupo soCial ensinou-lhe. ( ) a história, apesar de ser alvo de muitas polêmiCas, estabeleCe verdades Comprovadas, que têm Como base os doCumentos. por essa razão, é Correto admitir, Como Fazem todos os autores, que a história da humanidade só se iniCia Com o uso da esCrita. ( ) a história é um saber CientíFiCo e, portanto, não muda. po- demos Comprovar que aquilo que aprendemos, muitas vezes, são verdades inquestionáveis através dos séCulos. essa CaraCterístiCa da história garante-lhe um lugar entre as demais CiênCias. ( ) todos aqueles que deFendem a história Como um ConheCimento passível de muitas interpretações, Contribuem para FortaleCer a ideia de que a história é um ConheCimento Certo e verdadeiro, Construído a partir de doCumentos que não deixam margem a dúvidas. ( ) o bombardeio atômiCo sobre as Cidades japonesas em 1945, embora seja um Fato inegável para alguns historiadores, signiFiCou um genoCídio injustiFiCável; para outros, Foi um ato neCessário para evitar o prolongamento da ii guerra, o que revela o Caráter interpretativo da história. E.O. COmplEmEntAr 1. (uern) as gravuras se reFerem aos monumentos megalítiCos, Cons- tantes objetos de estudo de arqueólogos e historiadores. observe. Disponível em: http://www.inFoescola.com/ arquitetura/monumentos-meGaliticos/ aCerCa dessas Formações roChosas misteriosas, devidamente arru- madas na natureza por nossos antepassados, é Correto aFirmar que a) são consideradas monumentos pela sua formação. Acredita-se que podem ter surgido durante o período Neolítico (Idade da Pedra) e a finalidade de sua exis- tência não é totalmente conhecida. b) muitas eram contempladas e cultuadas pelos re- ligiosos fundadores da Igreja Católica, que acredi- tavam em seus poderes esotéricos e na presença de relíquias sagradas entre as pedras utilizadas em sua construção. c) são construções feitas por seres detentores de al- tos conhecimentos, pois a maioria das pedras chega a pesar toneladas. Os templos seriam destinados aos alquimistas e magos, donos do conhecimento científi- co no período Homérico. d) algumas são construções de indivíduos solitários, conhecidos como menires (em celta significa “pedras compridas”) e tinham o objetivo comprovado de abri- gar as tribos nômades em suas incursões em busca de alimento e moradia. 2. (unb-dF) o que distingue o historiador dos outros Cientistas soCiais é sua preoCupação primordial Com o tempo, Com a duração, Com a mudança e Com as resistênCias à mudança, Com as trans- Formações e as permanênCias ou sobrevivênCias. se a doCumenta- ção adequada existir e estiver disponível, não há aspeCto algum do presente que esteja FeChado à pesquisa CientíFiCa do tipo históriCo. ciro Flamarion s. carDoso. uma introDução à história. 2.a eD. s. paulo: brasiliense, 1982, p. 107 (com aDaptações). a partir do texto aCima, julgue os itens seguintes, reFerentes ao estudo da história. (1) se, Como aFirma o autor, o tempo é a Categoria que singulariza o Campo de trabalho do historiador, não há Como pretender a in- terdisCiplinaridade entre história e as demais CiênCias soCiais, já que são rígidas as Fronteiras que as separam. (2) inFere-se do texto que seu autor elimina a possibilidade de haver uma história do tempo presente, quer pela indisponibilidade de Fon- tes para a pesquisa, quer pela elevada subjetividade de que estaria impregnado o trabalho do historiador. (3) do ponto de vista do autor a história é o Conjunto de Fatos signiFiCativos do passado, sustentadores da marCha linear de pro- gresso que CaraCteriza a trajetória das soCiedades ao longo dos séCulos. (4) ao Falar em “mudança” e em “transFormações” na história, o autor poderia apoiar-se, por exemplo, em signiFiCativos momentos da evolução do oCidente: da mesma Forma que, na antiguidade, roma Foi uma ruptura em relação à gréCia, a idade média europeia Correspondeu ao rompimento deFinitivo Com o passado ClássiCo. 9 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 3. (Fgv-sp) sobre a revolução urbana, pode-se aFirmar que: a) ocorreu no final do Paleolítico, graças à utilização de pedra polida pelo homem. b) representou a intensificação do nomadismo. c) começou quando os homens derrotaram o poder dos sacerdotes e inauguraram as cidades-Estados. d) ocorreu no final do Neolítico, quando se ampliou a agricultura irrigada. e) está ligada ao aparecimento da magia. 4. (upe) entre os nômades, o trabalho não tem o mesmo valor que nas soCiedades agrárias. os índios ianomâmi, da amazônia, desen- volvem suas atividades, em média, três horas por dia e não valorizam o trabalho nem o progresso teCnológiCo. os guaiaqui, Caçadores nômades da Floresta paraguaia, passam, pelo menos, metade do dia em Completa oCiosidade. quanto ao desenvolvimento soCial, do pen- sar e do Fazer dos primeiros humanos, é Correto aFirmar que a a) produção de novas ferramentas de pedra polida foi a transformação mais importante ocorrida nesse período. b) fabricação de ferramentas e a utilização do fogo evidenciam que a sobrevivência humana não está dire- tamente relacionada à adaptação cultural do homem. c) abundância de recursos animais e vegetais promo- veu a sedentarização do homem. d) capacidade de conseguir mais alimentos deu ao homem menor controle sobre o meio ambiente. e) troca da caça e da coleta pela agricultura ocorreu de maneira súbita. 5. (uFu 2020) o estudo e a esCrita da história realizados por pesquisadores são Chamados de historiograFia. essa é Feita Com base em pesquisa de doCumentos e na interpretação desses do- Cumentos pautados em teorias e métodos dos mais diversos, que Criam sentidos e relações entre o passado e o presente. em relação a essas inFormações, assinale a alternativa Correta. a) O elemento central da pesquisa histórica é a opi- nião do historiador, pautada em sua convicção políti- ca e partidária. b) O marxismo é a principal linha interpretativa que guia a historiografia contemporânea. c) O que orienta a pesquisa histórica são as pergun- tas, ou os problemas, formulados em nosso próprio tempo a partir dos documentos disponíveis para a construção do conhecimento. d) Uma vez que a pesquisa histórica está relacionada com o contexto do historiador, afirma-se que a Histó- ria é uma ciência sem método. 6. (unb) no limiar do séCulo xx, às vésperas da primeira guerra mundial, o historiador FranCês ernest lavisse ForneCia as instru- ções para o ensino da história aos jovens de seu tempo, das quais reproduz-se o treCho seguinte. “ao ensino históriCo inCumbe o dever glorioso de Fazer amar e de Fazer Compreender a pátria, todos os nossos heróis do passado, mesmo envoltos em lendas. se o estudante não leva Consigo a viva lembrança de nossas glórias naCionais, se não sabe que nos- sos anCestrais Combateram por mil Campos de batalha por nobres Causas, se não aprendeu o que Custou o sangue e o esForço para Constituir a unidade da pátria e retirar, em seguida do Caos de nossas instituições envelheCidas, as leis sagradas que nos Fizeram livres, se não se torna um Cidadão Compenetrado de seus deveres e um soldado que ama sua bandeira, o proFessor perdeu seu tempo.” Com o auxílio das idéias deFendidas pelo historiador lavisse, jul- gue os itens que se seguem. (1) a história é esCrita pelos pesquisadores e deve ser ensinada pelos mestres Com o Compromisso de quem pesquisa e ensina as grandes questões de seu tempo. (2) a visão exCessivamente patriótiCa do autor expõe ConCepções que, no alvoreCer do séCulo xx, entendiam que o historiador tinha Como Função gloriFiCara nação, o estado e as instituições. (3) o "ensino históriCo", no Contexto do brasil Contemporâneo, deve ser, sobretudo, um instrumento de Combate para Fazer que as armas inteleCtuais estejam a Favor da unidade da pátria e do amor de Cada Cidadão pela sua bandeira. (4) a revolução metodológiCa no ensino da história tornou-a, no Fim do séCulo xx, Completamente raCional e neutra, sem qualquer possibilidade de interFerênCia da ideologia na teoria. 7. (unb) pelo olhar do poeta, também é possível Compreender de- terminados aspeCtos essenCiais para a ConCeituação de história. leia, por exemplo, Carlos drummond de andrade: "aConteCeu há mil anos? Continua aConteCendo. nos mais desbo- tados panos estou me lendo e relendo. ou, ainda, do mesmo autor: o tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente." Com o auxílio das observações de drummond, julgue os seguintes itens, reFerentes ao ConCeito de história e ao oFíCio do historiador. (1) tendo por objeto o estudo do passado, a história parte das ContingênCias da "vida presente" para inquirir aquilo que passou. (2) espeCialmente em époCas de Crise generalizada, sobressai o papel que se espera do historiador: lembrar o que os outros esqueCeram. (3) o quarteto aCima traz a ideia de que o passado é Continuamen- te reesCrito, a partir de Cada presente e de seus novos interesses, eliminando, assim, a possibilidade de a história Conter um Caráter CientíFiCo. (4) a reConstrução do passado, exatamente Como ele oCorreu, é o que Fazem os historiadores, independentemente de suas ConviCções ideológiCas e pessoais. 8. (uel) walter benjamin usa a alegoria, o "anjo da história", para CritiCar uma noção de proCesso históriCo muito em voga no Final do séCulo xix e iníCio do séCulo xx. em sua obra, que pre- tendia ser uma grande arqueologia da époCa moderna, benjamin Faz uma tripla CrítiCa: ao triunFo da burguesia, ao Culto da merCadoria e à Fé no progresso. ele CritiCa uma visão que assimila o progresso da humanidade estritamente ao progresso téCniCo e que propaga um determinismo no qual a libertação seria um aConteCimento garanti- do pelo Curso natural da história. a partir dessa CrítiCa, ele propõe uma outra visão sobre o proCesso históriCo. Com base no texto e nos ConheCimentos sobre o tema, é Correto aFirmar que para o autor: a) A história deve permitir reativar, no presente, aspectos do passado, a fim de retomar uma história inacabada. b) A diacronia cria um tipo de inteligibilidade em que os acontecimentos futuros podem ser previstos e assegurados. c) As sociedades se desenvolvem progressivamente e os eventos devem ser tomados como causas e consequências. 10 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s d) A história é uma sequência linear de eventos as- sociada a um movimento numa direção discernível. e) A história é uma sucessão de sistemas socioculturais que evoluem dos mais simples aos mais complexos. E.O. dissErtAtivO 1. (unb) a idade da terra no iníCio nem o iníCio existia o tempo era antes de antes e depois ainda havia um outro vazio maior o váCuo inCompleto havia gases — ares impratiCáveis — e aí se passaram as noites e os anos o tempo Foi tomando Forma de algas molusCos répteis e Folhas o homem era apenas uma tímida ideia de deus que logo o deCepCionou (o resto da história voCê ConheCe) nicolas behr. pereGrino Do estranho. brasília: pau-brasília, 2004, p. 13 Com relação ao poema aCima e aos múltiplos aspeCtos que ele susCita, julgue o item a seguir. o Chamado período paleolítiCo (idade da pedra lasCada) Foi suCedido pelo neolítiCo (idade da pedra polida), período marCado por novida- des Como a introdução da agriCultura e a domestiCação de animais. 2. “a história que se esCreve está intensamente ligada à história que se vive.” analise a Frase e esCreva sobre a objetividade nos estudos históriCos. 3. explique em que Consiste o trabalho do historiador? 4. (ejm) “história é passado e presente, um e outro insepará- veis.” (Fernand braudel) reFlita sobre essa aFirmação e Comente-a. E.O. EnEm 1. (enem) pintura rupestre Da toca Do paJaú - pi. internet: <www.betocelli.com>. a pintura rupestre mostrada na Figura anterior, que é um patri- mônio Cultural brasileiro, expressa a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil. b) a organização social e política de um povo indíge- na e a hierarquia entre seus membros. c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-história do Brasil. d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes di- nossauros atualmente extintos. e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoín- dios da América durante o período colonial. 2. (enem) quem Construiu a tebas de sete portas? nos livros estão nomes de reis. arrastaram eles os bloCos de pedra? e a babilônia várias vezes destruída. quem a reConstruiu tantas vezes? em que Casas da lima dourada moravam os Construtores? para onde Foram os pedreiros, na noite em que a muralha da China FiCou pronta? a grande roma está Cheia de arCos do triunFo. quem os ergueu? sobre quem triunFaram os Césares? brecht, b. perGuntas De um trabalhaDor que lê. Disponível em: http://recantoDasletras.uol.com.br. acesso em: 28 abr. 2010. partindo das reFlexões de um trabalhador que lê um livro de his- tória, o autor Censura a memória Construída sobre determinados monumentos e aConteCimentos históriCos. a CrítiCa reFere-se ao Fato de que a) os agentes históricos de uma determinada socie- dade deveriam ser aqueles que realizaram feitos he- roicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória. b) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo. c) grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram. d) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de socieda- des antigas e distantes no tempo. e) as civilizações citadas no texto, embora muito im- portantes, permanecem sem terem sido alvos de pes- quisas históricas. E.O. ObjEtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (Fuvest) há CerCa de 2000 anos, os sítios superFiCiais e sem CerâmiCa dos Caçadores antigos Foram substituídos por Conjuntos que evidenCiam uma Forte mudança na teCnologia e nos hábitos. ao mesmo tempo que apareCem a CerâmiCa Chamada itararé (no paraná) ou taquara (no rio grande do sul) e o Consumo de vegetais Cultivados, enContram-se novas estruturas de habitações. anDré prous. o brasil antes Dos brasileiros. a pré-história Do nosso país. rio De Janeiro: Zahar, 2007, p. 49. aDaptaDo. o texto assoCia o desenvolvimento da agriCultura Com o da Cerâ- miCa entre os habitantes do atual território do brasil, há 2000 anos. isso se deve ao Fato de que a agriCultura a) favoreceu a ampliação das trocas comerciais com povos andinos, que dominavam as técnicas de produ- ção de cerâmica e as transmitiram aos povos guarani. b) possibilitou que os povos que a praticavam se tor- nassem sedentários e pudessem armazenar alimen- tos, criando a necessidade de fabricação de recipien- tes para guardá-los. 11 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis, que conciliaram a produção de objetos de cerâmica com a utilização de conchas e ossos na elaboração de armas e ferramentas. d) difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de No- ronha, região de caça e coleta restritas, o que forçava as populações locais a desenvolver o cultivo de alimentos. e) era praticada, prioritariamente, por grupos que viviam nas áreas litorâneas e que estavam, portanto, mais su- jeitos a influências culturais de povos residentes fora da América. 2. (vunesp) a relação existente entre a revolução agríColae a Formação das tribos e das primeiras Civilizações pode ser expliCada pelo i. iníCio da sedentarização do homem, no período neolítiCo; ii. Fato de a mulher ser biologiCamente inFerior ao homem, o que levou as Comunidades naturalmente à divisão sexual de trabalho na soCiedade neolítiCa; iii. aumento populaCional e pelo exCedente da produção agropeCuária; iv. trabalho em Conjunto, troCando ConheCimentos e gerando teCnologias para trabalhar o solo, Formando as Cidades; v. proCesso de Formação de uma liderança Com poder teoCrátiCo, Capaz de Controlar a população polítiCa, eConômiCa e soCialmente. estão Corretas as aFirmativas a) I, II, III e IV, apenas. d) II, III e V, apenas. b) I, III, IV e V, apenas. e) I, II, III, IV e V. c) II, III, IV e V, apenas. 3. (vunesp) graças à Cooperação da mão, dos órgãos da lin- guagem e do Cérebro, não só em Cada indivíduo, mas na soCiedade Como um todo, os homens Foram se desenvolvendo Cada vez mais, tornando-se Capazes de exeCutar operações Complexas e alCançar objetivos mais elevados. o próprio trabalho Foi se diversiFiCan- do, aperFeiçoando-se a Cada geração, e estendendo-se a novas atividades. a agriCultura surgiu Como alternativas para a Caça e pesCa; e mais tarde a Fiação e a teCelagem, a manipulação de metais, a olaria e a navegação. ConComitantemente ao ComérCio e aos oFíCios (hoje proFissões) apareCeram as artes e a CiênCia; das tribos saíram as nações e os estados. (F. enGels, Dialética Da natureZa) o autor identiFiCa o desenvolvimento da espéCie humana por meio a) do surgimento da agricultura, que tirou o homem do nomadismo, possibilitando o desenvolvimento das mãos e depois do cérebro. b) do desenvolvimento do tamanho do cérebro nos an- tropoides, ocasionado pelas mudanças geoclimáticas. c) da diversidade de alternativas de sobrevivência, apri- morando o cérebro de alguns homens, capacitando-os para a formação de sociedades biologicamente evoluídas. d) da capacidade de adquirir e desenvolver cultura e dos dotes físicos e mentais adquiridos no decorrer de sua evolução biológica. e) da formação das nações e dos Estados, que propor- cionou a evolução humana mental e biológica, conco- mitantemente. 4. (Fuvest) sobre o surgimento da agriCultura - e seu uso inten- sivo pelo homem - pode-se aFirmar que: a) foi posterior, no tempo, ao aparecimento do Estado e da escrita. b) ocorreu no Oriente próximo (Egito e Mesopotâmia) e daí se difundiu para a Ásia (Índia e China), Europa e, à partir desta para a América. c) como tantas outras invenções teve origem na China, donde se difundiu até atingir a Europa e, por último, a América. d) ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo (Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia e China) e na América (México e Peru). e) de todas as invenções fundamentais, como a criação de animais, a metalurgia e o comércio, foi a que menos contribuiu para o ulterior progresso material do homem. 5. (Fuvest) um elemento essenCial para a evolução da dieta hu- mana Foi a transição para a agriCultura Como o modo primordial de subsistênCia. a revolução neolítiCa estreitou dramatiCamente o niCho alimentar ao diminuir a variedade de mantimentos dispo- níveis; Com a virada para a agriCultura intensiva, houve um Claro deClínio na nutrição humana. por sua vez, a industrialização re- Cente do sistema alimentar mundial resultou em uma outra tran- sição nutriCional, na qual as nações em desenvolvimento estão experimentando, simultaneamente, subnutrição e obesidade. GeorGe J. armelaGos, “brain evolution, the Determinates oF FooD choice, anD the omnivore’s Dilemma”, critical reviews in FooD science anD nutrition, 2014. aDaptaDo. a respeito dos resultados das transFormações nos sistemas ali- mentares desCritas pelo autor, é Correto aFirmar: a) A quantidade absoluta de mantimentos disponíveis para as sociedades humanas diminuiu após a Revolução Neolítica. b) A invenção da agricultura, ao diversificar a cesta de mantimentos, melhorou o balanço nutricional das socie- dades sedentárias. c) Os ganhos de produtividade agrícola obtidos com as revoluções Neolítica e Industrial trouxeram simplificação das dietas alimentares. d) As populações das nações em desenvolvimento estão sofrendo com a obesidade, por consumirem alimentos de melhor qualidade nutricional. e) A dieta humana pouco variou ao longo do tempo, mantendo-se inalterada da Revolução Neolítica à Revo- lução Industrial. E.O. dissErtAtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (uniCamp) pode pareCer inConCebível que um Crime de propor- ções gigantesCas Como o holoCausto, que também é um dos Crimes mais bem doCumentados, estudados e testemunhados da história, possa ser negado, espeCialmente hoje, quando são numerosos os meios de inFormação sobre o tema. (aDaptaDo De bruno leal pastor De carvalho, “o neGacionismo Do holocausto na internet”. Faces Da história, assis, v. 3, n.1, Jan.- Jun. 2016, p. 6.) a partir do exCerto e de seus ConheCimentos, a) apresente dois aspectos do negacionismo histórico; b) analise o impacto da internet nos debates sobre o Holocausto no mundo contemporâneo. 2. (unesp) luzia, Com CerCa de 12500 anos, é o Fóssil humano mais antigo enContrado no território do atual brasil. a imagem 1 mostra a reConstituição virtual de sua Cabeça, rea- lizada em 1999. 12 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s a imagem 2 mostra a reConstituição virtual de sua Cabeça, reali- zada em 2018, após estudos mais reCentes. a) Defina o que é um fóssil. O que significa “cultura ma- terial”? b) Considerando as imagens, cite uma informação que foi obtida pelos pesquisadores a partir do estudo do fóssil de Luzia. Mencione uma limitação desse tipo de estudo. gAbAritO E.O. Apredizagem 1. C 2. A 3. B 4. D 5. B 6. B 7. A 8. A 9. E 10. E 11. C 12. A E.O. Fixação 1. B 2. C 3. A 4. B 5. D 6. B 7. B 8. A 9. A 10. B 11. V-F-F-F-V E.O. Complementar 1. A 2. F-F-F-F 3. D 4. C 5. C 6. V-V-F-F 6. V-V-F-F 8. A E.O. Dissertativo 1. Correto. de uma Forma geral é Correto, porém existem subdi- visões que poderiam ConFundir o estudante: muitos Consideram a existênCia de um período intermediário, o mesolítiCo. as CaraCte- rístiCas básiCas quanto à utilização da pedra e o desenvolvimento da agriCultura estão Corretos. 2. a história esCrita não pode ser isolada de sua époCa. ela re- Flete, de alguma Forma, não só o tempo pesquisado, mas também o tempo vivido pelo próprio historiador. por isso, a objetividade históriCa é relativa: as intenções dos historiadores não podem ser Consideradas Completamente isoladas de seu tempo tendo, muitas vezes, alguma relação Com algum assunto do presente vivido por este historiador, ou seja, as interpretações historiográFiCas podem variar de aCordo Com as mudanças oCorridas no presente históri- Co e no momento em que oCorrem as produções historiográFiCas. 3. o oFíCio do historiador Consiste em investigações e interpreta- ções aCerCa das ações humanas ao longo do tempo. portanto, Cabe ao historiador Construir teses e trabalhos que Formulem interpre- tações analítiCas, metodológiCas e CrítiCas sobre o passado humano, Construindo noções proCessuais da história e em análises Conjun- turais e estruturais, por exemplo, das diversas soCiedades humanas. 4. o ConheCimento históriCo não diz respeito somente ao passado. para entender o presente, os ConFlitos atuais, as múltiplas identi- dades soCiais, os variados grupos polítiCos, além de disputas eCo- nômiCas, é absolutamente Fundamental o ConheCimento históriCo para que se possa ter maior Clareza das raízes de tantos ConFlitos. além disso, o próprio historiador, ao esColher um assunto sobre o passado, esColhendo um tema ou um reCorte, muitas vezes ele pode estar proCurando responder perguntas e questões que permeiam o tempo históriCo em que ele mesmo está inserido. E.O. Enem 1. C 2. C E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. B 2. B 3. D 4.D 5. C E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. a) o negaCionismo históriCo é um Fenômeno soCial Contemporâneo, observado em grupos da soCiedade que argumentam Contra ConheCi- mentos históriCos estabeleCidos e amplamente doCumentados. o ne- gaCionismo históriCo pretende aFirma-se Como revisionismo históriCo, valendo-se, muitas vezes, da oCultação dos doCumentos ou de doCu- mentos Falsos, ignorando as evidênCias presentes nas Fontes históriCas. b) a internet permite a divulgação de inFormações e debates em uma esCala bastante ampliada e de Forma muito veloz. no Caso espeCíFiCo dos debates sobre o holoCausto, permitiu a ampliação do alCanCe do disCurso que nega o genoCídio e a divulgação de materiais voltados para o revisionismo históriCo do evento (vídeos, blogs, podCast, en- tre outros). por outro lado, também ampliou o aCesso a diFerentes Categorias de Fontes históriCas que Comprovam a realidade do ho- loCausto (depoimentos orais de sobreviventes, imagens dos Campos de ConCentração, entre outras), doCumentários e livros aCerCa do genoCídio. em síntese, trata-se de um proCesso Contraditório, em que a maior CirCulação de inFormações não neCessariamente se des- dobra em ampliação do ConheCimento. 2. a) os Fósseis são restos petriFiCados de vegetais ou animais que se Conservaram através dos séCulos. já a Cultura material é um Conjunto da produção material de determinado grupo humano, sendo ao mesmo tempo produto e agente modiFiCador das ativi- dades da Comunidade. b) os Cientistas que realizaram a reConstrução FaCial de “luzia” em 1999 ConCluíram que seria um Fóssil Com traços negroides. já os estudiosos que exeCutaram o mesmo proCesso em 2018 aFirmaram que “luzia” possui CaraCterístiCas predominantemente ameríndias. os estudos realizados em 1999 e 2018 Foram limitados pela es- Cassez de vestígios, pela diFiCuldade na obtenção do dna e pelo Constante avanço dos ConheCimentos teCnológiCo. 13 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. AprEndizAgEm 1. (uFtm) em janeiro de 2011, os jornais notiCiaram que os pro- testos Contra o governo do egito poderiam ter um eFeito Colateral muito sério: a destruição ou dano de várias relíquias, obras e sí- tios arqueológiCos da antiga Civilização egípCia. de aCordo Com as agênCias de notíCias, houve várias tentativas de saquear o museu do Cairo. numa delas, indivíduos quebraram pouCo mais de uma dezena de estátuas e deCapitaram duas múmias, reCentemente identiFiCadas Como avós do Faraó tutankhamon. alguns saqueadores pareCiam proCurar apenas por ouro. sarCóFago do Faraó tutamkhamon museu do Cairo, egito sobre o material arqueológiCo proveniente do antigo egito, é Cor- reto aFirmar que a) sua destruição afetaria a economia do Egito, mas não traria consequências sérias para a ciência e para a histó- ria, que já estudaram esse material. b) grande parte dele foi destruído pelos próprios egíp- cios ainda na Antiguidade, como estratégia para pro- teger os segredos de sua cultura dos invasores. c) foi uma das causas dos protestos contra o governo, que pagou grandes somas para reaver objetos em po- der de países europeus. d) permitiu compreender a importância dos rituais fú- nebres, como atestam os sarcófagos do Vale dos Reis. e) tem grande valor artístico e confirmou o que já se sabia dos antigos egípcios por meio de documentos escritos. 2. (puC-pr) o império babilôniCo dominou diFerentes povos Como os sumérios, os aCádios e os assírios. para governar povos tão diFe- rentes, o rei hamurábi organizou o primeiro Código de leis esCritas, o Código de hamurábi. • se um homem aCusou outro de assassinato mas não puder Comprovar, então o aCusador será morto. • se um homem ajudou a apagar o inCêndio da Casa de outro e aproveitou para pegar um objeto do dono da Casa, este homem será lançado ao Fogo. • se um homem Cegou o olho de outro homem, o seu próprio será Cegado. mas, se Foi olho de um esCravo, pagará metade do valor desse esCravo. • se um esCravo bateu na FaCe de um homem livre, Cortarão a sua orelha. • se um médiCo tratou Com FaCa de metal a Ferida grave de um homem e Causou-lhe a morte ou lhe inutilizou o olho, as suas mãos serão Cortadas. se a vítima For um esCravo, o médiCo dará um esCravo por esCravo. • se uma mulher tomou aversão a seu marido e não quiser mais dormir Com ele, seu Caso será examinado em seu distrito. se ela se guarda e não tem Falta e o seu marido sai Com outras mulhe- res e despreza sua esposa, ela tomará seu dote de volta e irá para a Casa do seu pai. assinale a alternativa Correta: a) As leis aplicavam-se somente aos homens livres e que possuíssem propriedades. b) Estabeleceu o princípio que todos eram iguais perante a lei e por isso um escravo teria os mesmos direitos que um homem livre. c) O Código de Hamurábi representava os ideais demo- cráticos do Império Babilônico. d) O código tinha como princípio a “pena de talião” re- sumida na expressão “olho por olho, dente por dente”. e) O Código considerava a mulher propriedade do ho- mem e sem direitos. 3. (ueg) • artigo 200: se um homem arranCou um dente de um outro homem livre igual a ele, arranCarão o seu dente. • artigo 201: se ele arranCou o dente de um homem vulgar, pagará um terço de uma mina de prata. • artigo 202: se um homem agrediu a FaCe de um outro homem que lhe é superior, será golpeado sessenta vezes diante da as- sembleia Com um ChiCote de Couro de boi. cóDiGo De hamurÁbi. in: vicentino; DoriGo. história para o ensino méDio. são paulo: scipione, 2001. p. 47. estes artigos pertenCem ao Célebre Código de hamurábi, primeiro registro esCrito de leis de que se tem notíCia. Com base na leitura dos exemplos apresentados, ConClui-se que a) a pena pelo delito cometido pode variar de acordo com a posição social da vítima e do agressor. b) para a legislação de Hamurábi, a Lei de Talião era ab- soluta, sempre “olho por olho, dente por dente”. c) Hamurábi conseguiu unificar a Babilônia a partir da im- plantação de um só código de leis para todo o território. d) os antigos babilônios consideravam que agredir a face de um homem era mais grave do que arrancar seu dente. ANTIGUIDADE ORIENTAL COMPETÊNCIA(s) 1, 2, 3, 4, 5 e 6 HABILIDADE(s) 1, 4, 5, 7, 8, 9, 11, 14, 15, 16, 18, 19, 22, 23, 27 e 29 CH AULAS 3 E 4 14 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 4. (ueCe) os sumérios Foram os primeiros habitantes da meso- potâmia. eles se autodenominavam “as Cabeças negras” e a região na qual habitavam denominavam de “terra de sumer”. sobre este povo, assinale o Correto. a) Eram nômades, voltados para a guerra e a conquista de novos territórios. Ao contrário de outros povos, repu- diavam o comércio, não possuíam uma cultura definida ou uma religião organizada, com um panteão e seu ritos. b) Oriundos de diversos grupos étnicos, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar aos poucos nos territórios da região mesopotâmica em busca de terras agricultáveis. Eram conhecidos pela sua habili- dade no comércio. c) Eram sedentários. Agricultores, realizaram obras de ir- rigação e canalização dos rios. Construíram as primeiras cidades fortificadas que funcionaram como cidades-es- tados. Utilizavam técnicas de metalurgia e a escrita. d) Eram, sobretudo, comerciantes e artesãos. Sem ne- nhuma aquisição cultural significativa. Fundaram um império unitário com um regime político único. Descen- dentes dos semitas, foram os primeiros a buscar uma religião monoteísta. 5. (uFpi) entre as prinCipais CaraCterístiCas da Civilização he- braiCa, mereCem destaque espeCial: a) A religião politeísta em que as figuras mitológicas de Abraão, Isaac e Jacó formavam uma tríade divina. b) A criação de uma federação de cidades autônomas e independentes (cidades-estado) controladas por uma elite mercantil. c) A criação de um alfabeto (aramaico) que seria incorpo- rado e aperfeiçoado pelos egípcios, tornando-seconheci- do como escrita hieroglífica. d) As práticas religiosas caracterizadas pela crença na existência de um único Deus (monoteísmo) e no mes- sianismo, pois acreditavam na vinda de um messias libertador do povo hebreu. e) As inovações tecnológicas desenvolvidas na agricul- tura, possibilitando grande crescimento da produtivida- de agrícola na região palestina. 6. dentre os povos da antiguidade oriental, um se destaCou Como de exímios navegadores e exCelentes ComerCiantes. eram os Fení- Cios, Cuja prinCipal Contribuição legada às Civilizações posteriores Foi o(a) a) alfabeto fonético. b) organização estatal centralizada. c) formação de um exército e de uma marinha de guer- ra profissionais. d) religião monoteísta. e) organização política democrática. 7. (ueCe) as relações entre o estado e a religião, existentes entre os povos da antiguidade, CaraCterizaram diFerentes Formas de organização polítiCo-soCial. sobre essas relações, é Correto aFirmar que a) o politeísmo implantado pelas monarquias hebrai- cas restringia a concepção do rei como ser humano, tornando-o ungido de Deus. b) a teocracia egípcia, concepção divina de poder, per- sonificada no faraó como próprio Deus, limitou-se ao período do Novo Império. c) a monarquia teocrática, no Egito antigo, ocorria atra- vés da personificação de Deus e do Estado na figura do faraó. d) o Código de Hamurábi era um manual de orienta- ção espiritual, que autorizava os fiéis a fazer justiça com as próprias mãos. 8. (uFpb) sobre os povos da antiguidade oriental, é Correto aFirmar: a) A agricultura foi o principal fator de enriquecimento e desenvolvimento dos hebreus, devido ao aproveita- mento das águas através de complexos e amplos siste- mas de irrigação. b) A religião constituiu a principal herança deixada pe- los egípcios, de onde provém o monoteísmo judaico. c) O comércio marítimo marcou a presença histórica dos fenícios, que estabeleceram contatos com diversos po- vos, ao longo da costa do Mar Mediterrâneo. d) A guerra de conquista foi a principal característica dos sumérios, povo que construiu um império que se esten- dia do Egito às fronteiras da Índia. e) A escrita cuneiforme, uma das mais importantes for- mas de registro escrito, produzido em blocos de argila, foi a principal contribuição dos persas, povo que habi- tou a Mesopotâmia. 9. (uFpb) uma das regiões de maiores ConFlitos CivilizaCionais, ao longo da história, é a do oriente médio. na antiguidade, parte dessa região Foi oCupada pelo império babilôniCo. embo- ra a riqueza de sua Civilização seja mal ConheCida, a babilônia povoa o imaginário soCial até os tempos Contemporâneos, em diversas maniFestações Culturais, a exemplo da ópera “nabuCo- donosor” (do Compositor italiano giuseppe verdi) e de algumas músiCas brasileiras atuais, Como a apresentada a seguir. “suspenderam os jardins da babilônia e eu para não FiCar por baixo resolvi botar as asas para Fora, porque quem não Chora daqui, não mama dali [...]” (lee, marcucci; lee, rita. “JarDins Da babilônia”, 1978. Disponível em: <www.cliquemusic.com.br>. acesso em: 15 aGo. 2006). sobre a Civilização babilôniCa, é Correto aFirmar: a) A configuração geográfica de planície, na Mesopotâ- mia, foi elemento favorável a invasões de numerosos po- vos, que conseguiram conviver em um Estado unificado, estável e duradouro. b) A Babilônia foi fundada e tornou-se capital durante a primeira unificação política na região - o Primeiro Impé- rio Babilônico, quando cessaram as ondas migratórias na Mesopotâmia. c) A desagregação do Primeiro Império Babilônico não mais permitiu outra unificação política na região, im- pedida pelos assírios, povo do norte da Mesopotâmia, ainda hoje remanescente no Iraque. d) O esplendor da Babilônia ocorreu no Segundo Império, com a construção de grandes obras públicas: as mu- ralhas da cidade, os palácios, a Torre de Babel e os Jardins Suspensos. e) A cultura babilônica, como a dos povos mesopotâ- micos, em geral, apresentou um grande desenvolvi- mento da astronomia, da medicina e da matemática, que se separaram, respectivamente, da astrologia, da magia e da mística dos números. 15 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 10. (iFsul) este povo destaCou-se pela organização e desenvolvi- mento de uma Cultura militar. enCarava a guerra Como uma das prinCipais Formas de Conquistar poder e desenvolver a soCiedade. era extremamente Cruel Com os povos inimigos que Conquistava, impondo aos venCidos, Castigos e Crueldades Como uma Forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos. o texto aCima se reFere a qual povo da antiguidade? a) Caldeus. b) Hititas. c) Assírios. d) Sumérios. E.O. FixAçãO 1. (uea) os egípCios da antiguidade aCreditavam que a vida Continuava no além-túmulo e que, para isso, era preCiso que o ambiente soCial, em que os donos dos túmulos viveram, Fosse representado nas suas paredes. essas pinturas da tumba de nakht, esCriba do im- pério, representam a) as intervenções e modificações realizadas pelos antigos egípcios no mundo natural, por meio de téc- nicas e conhecimentos adquiridos. b) as secas periódicas, que afligiam os antigos egíp- cios e resultavam do baixo índice pluviométrico nas cabeceiras do rio Nilo. c) os conflitos sociais presentes na antiga sociedade egípcia que opunham a nobreza aos altos funcioná- rios públicos. d) o poder teocrático dos faraós que eram considerados filhos do deus Sol e, devido a isso, justos e infalíveis. e) a falta de habilidade dos antigos pintores egípcios, incapazes de retratar a vida cotidiana da população. 2. (uCs) relaCione as Civilizações da antiguidade apresentadas na Coluna a a Cada loCalização que as identiFiCam, elenCadas na Coluna b. Coluna a Coluna b 1. FEníCiA ( ) norDEstE DA ÁFriCA 2. EgípCiA ( ) AtuAl líBAno 3. MEsopotâMiCA ( ) AtuAl irã 4. pErsA ( ) AtuAl irAquE assinale a alternativa que Completa Correta e respeCtivamente os parênteses, de Cima para baixo. a) 1 – 3 – 2 – 4 b) 1 – 2 – 4 – 3 c) 2 – 1 – 4 – 3 d) 2 – 4 – 1 – 3 e) 3 – 4 – 2 – 1 3. (uFg) Disponível em: <http://uploaD.wikimeDia.orG/wikipeDia/ commons/thumb/2/23/Ferlite_crescent_map. pnG/...>. acesso em: 18 mar. 2009. (aDaptaDo). o ConCeito “CresCente Fértil” Foi Criado pelo arqueólogo james h. breasted para designar a região onde surgiram as primeiras Civili- zações da humanidade. Com base nessa inFormação e na leitura da Figura, identiFiCa-se Como elemento Comum a tais Civilizações a a) prática do nomadismo associado às condições de caça, pesca e coleta na área demarcada. b) organização das atividades sociais e dos trabalhos coletivos em torno dos portos marítimos.. c) constante tentativa de unificação política e territo- rial da região, tomando como limite os leitos dos rios. d) atividade econômica fundada no trabalho coletivo para o aproveitamento dos cursos d'água. e) escolha de regiões tropicais para fixação, em fun- ção do equilíbrio no regime de chuvas. 4. (UEG) leia o texto a seguir. amanheCes Formoso no horizonte Celeste, tu, vivente aton, prinCípio da vida! quando surgiste no horizonte do oriente inundaste toda a terra Com tua beleza. [...] ó deus úniCo, nenhum outro se te iguala! tu próprio Criaste o mundo de aCordo Com tua vontade, enquanto ainda estavas só. hino a aton. in: pinski, Jaime. 100 textos De história antiGa. são paulo: contexto, 2009. p. 56-57. o Faraó amenóFis iv (1377-1358 a.C.), Como parte de uma estra- tégia polítiCa que visava diminuir o poder da Classe saCerdotal egíp- Cia, realizou uma reForma religiosa que teve Como prinCipal tópiCo a 16 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s a) adoção do Deus dos hebreus, que se encontravam escravizados no Egito, mas tendo José como um impor- tante membro da corte. b) definição de que o próprio faraó Amenófis IV, que adotou o nome de Akhenaton, seria o deus único dos egípcios. c) imposiçãode deuses estrangeiros trazidos do Oriente, levados para o Egito por meio das rotas comerciais favo- recidas pelo faraó. d) imposição do monoteísmo, adotando o culto oficial a um Deus único e proibindo adoração às outras deidades do panteão egípcio. 5. (uern) o primeiro meio pelo qual o ser humano registrou sua própria existênCia Foi a pedra. as pinturas rupestres mais antigas, enContradas em Cavernas da espanha, datam de CerCa de quarenta mil anos atrás. quando a esCrita Foi enContrada na mesopotâmia, em 4000 a.C., Foi preCiso um suporte que a tornasse portátil. a solução Foram as tabuletas de argila, pran- Chas do tamanho de uma Folha de papel, gravadas Com argila ainda úmida, usando uma ponta aFiada de madeira. se as tabu- letas se destinavam a uso deFinitivo, eram Cozidas em Fornos, Como vasos de CerâmiCa – se não, eram apagadas. um estilo de esCrita desenvolvido Foi Chamado CuneiForme. (revista aventuras na história. eDição 114. Janeiro De 2013. p. 14.) a partir dessas Formas de registro, outras Foram surgindo e a esCrita tornou-se um meio para a transmissão de tradições, transFormando-se num veíCulo de expressão e organização soCial. Com base na relação entre o surgimento da esCrita e a aCeleração do desenvolvimento das Civilizações, é Correto aFirmar que a) tanto nas primeiras civilizações, quanto nas civiliza- ções vindouras, a escrita possui um papel fundamental na cultura. b) foi a escrita, à medida em que se transformava em um sistema informacional, a grande responsável pelo surgimento do Estado. c) não são consideradas “civilizações” as sociedades que não desenvolveram a escrita, já que não deixaram registro de sua cultura. d) comprovadamente, as civilizações que dominaram a escrita, tais como a Mesopotâmia e o Egito, tornaram-se superiores às demais, dominando-as. 6. (uFrgs) durante o reinado de hamurábi na babilônia (1792- 1750 a.C.), Foi esCrita uma relação de sentenças legais que, mo- dernamente, é ConheCida pelo nome de Código de hamurábi. o objetivo da obra era a) estabelecer uma ordem constitucional para fundar o Estado imperial mesopotâmico. b) enaltecer a pessoa do rei, associando-a ao poder, à justiça e à sabedoria. c) proporcionar aos cidadãos do império um código legal universal e aplicável a todas as situações conflituosas. d) impor a lei do Talião como norma exclusiva para a ordem constitucional mesopotâmica. e) promover a igualdade jurídica entre todos os súditos do rei. 7. (uFsm) a migração dos hebreus para a palestina o mapa aCima indiCa os diversos Caminhos do povo hebreu na antiguidade, destaCando a migração de ur para a palestina (por volta de 1900 a.C.), a ida ao egito (1700 a.C.), o êxodo (1200 a.C.), a deportação para a babilônia e o regresso à pales- tina (séCulo vi a.C.). a partir desses dados, pode-se inFerir: a) O povo hebreu realizou trocas comerciais e culturais com o Egito e a Mesopotâmia, e essas trocas influíram na sua formação cultural e religiosa. b) Como se percebiam como “povo eleito por Deus”, os hebreus recusavam qualquer influência das cultu- ras e das religiões dos povos do Oriente Médio. c) A força política e militar dos hebreus se impôs so- bre os reinos do Oriente Médio, originando uma cul- tura e religião dominantes na região. d) As migrações dos povos da Antiguidade eram raras, devido às péssimas condições das estradas e à preca- riedade dos meios de transporte. e) As migrações de povos tornaram-se possíveis com as facilidades criadas pelas sociedades estatais no Egito e Mesopotâmia. 8. (uern) por que o dia tem 24 horas? Foram os sumérios, por volta de 2000 a.C., que tiveram essa ideia. esse povo viveu no sul da mesopotâmia, entre os rios tigre e euFrates, onde FiCa hoje o sul do iraque, no oriente médio. o povo sumério dividiu o dia em: 12 horas para a parte Clara (dia) e 12 horas para a parte esCura (noite), Criando assim as 24 horas. dividiram também o ano em 12 meses, baseados no tempo para plantar e para Colher. (Disponível em: http://www.planetaeDucacao.com.br /portal/artiGo.asp?artiGo=419.) a Civilização egípCia também Foi muito Criativa no Campo artístiCo e Cultural. desenvolveram um tipo espeCial de esCrita, alem de requintes de astronomia, matemátiCa e mediCina. o Calendário de 365 dias Foi organizado por eles. (moraes, Jose GeralDo vinci De. 1960. caminhos Das civiliZações – história inteGraDa: Geral e Do brasil. são paulo: atual, 1998. p. 23.) os textos Fazem reFerênCia ao tempo CronológiCo, ou seja, as da- tas se suCedem, Com uma duração preCisa. ele se diFere do tempo históriCo que, por sua vez, diz respeito ao tempo de duração de de- terminado proCesso históriCo ou modo de vida de uma soCiedade. diante do exposto, e Correto aFirmar que a) o relógio, bem como os outros marcadores de tem- po, seguem criteriosamente os ritmos da natureza, logo, tem suas marcações derivadas de um processo natural, ou seja, universal. 17 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s b) o modo como o dia terrestre é dividido em horas, segundos e minutos pode ser considerado como uma conveniência social, ou seja, não é válido para todas as épocas e todos os povos. c) o tempo histórico, apesar das divergências em relação ao tempo cronológico, está ligado às concepções que cada um tem de seu tempo e de sua cultura, sendo, por- tanto, pessoal e subjetivo. d) tanto o tempo histórico, quanto o tempo cronológico, são determinantes da superioridade cultural e racial de uma sociedade, sendo considerados como marcos divi- sórios entre a barbárie e a civilização. 9. (uFtm) leia os exCertos da obra 100 textos de história an- tiga, organizada por jaime pinsky, de 1980. eu sou o rei que transCende entre os reis, minhas palavras são esColhidas, minha inteligênCia não tem rival. (hamurÁbi, 1792-1750 a.c. autopaneGírico.) o Fundamento do regime demoCrátiCo é a liberdade [...]. uma CaraCterístiCa da liberdade é ser governado e governar por turno [...]. outra é viver Como se quer; pois dizem que isto é resultado da liberdade, já que o próprio do esCravo é viver Como não quer. (aristóteles, 384-322 a.c. política.) a partir dos textos, pode-se aFirmar que a) os fundamentos do poder político eram os mesmos para Hamurábi e Aristóteles. b) a democracia, segundo Aristóteles, impôs o aban- dono do regime escravista. c) Hamurábi considerava que o governante deveria ser escolhido entre os mais sábios. d) expressam diferentes concepções sobre as relações entre governantes e governados. e) a dinastia esclarecida, com doses de despotismo e liberdade, era defendida por ambos. 10. (UECE) atente ao seguinte enunCiado: “dividido em várias satrápias, Controladas pelo sátrapa – um representante do imperador –, esperava-se, assim, um maior Controle das vastas áreas do império, a adoção de uma moeda Comum, assim Como um sistema próprio de pesos e medidas de- veria uniFormizar o ComérCio na região, apoiado por uma vasta malha de estradas que ConeCtavam as prinCipais Cidades”. esse enunCiado desCreve CaraCterístiCas do império a) Macedônio, que teve seu apogeu no governo de Alexandre, O Grande, e tinha sua capital na cidade de Babilônia. b) Romano, que no governo de Adriano estabeleceu suas fronteiras finais que iam da Jordânia até a ilha da Bretanha. c) Han, que controlou a China e expandiu suas terras da Indochina até a península da Coreia. d) Persa ou Aquemênida, que em seu apogeu, sob o reinado de Dario I, dominou territórios na Ásia, África e Europa. E.O. COmplEmEntAr 1. (PUC-PR) sobre a produção Cultural e CientíFiCa da mesopo- tâmia, é Correto aFirmar que a) os mesopotâmios foram exímios na elaboração de sagas que relatavam as experiências de heróis míticos em viagens de exploração marítima e colonização das costas da Arábia e da África. Além disso, desenvolveram amplamente a medicina, pois adquiriram profundos co- nhecimentos sobre o corpo humano com a prática da mumificação, que faziaparte de sua religião. b) os mesopotâmios desenvolveram a pintura de forma bastante rica e harmoniosa. Foram, também, os inven- tores do arco redondo ou de berço, muito utilizado na construção de pontes e de fortificações militares. Muito engenhosos, inventaram o concreto em substituição à pedra bruta, bastante rara na região da Mesopotâmia. c) os mesopotâmios eram grandes apreciadores de es- portes, em especial da tauromaquia, na qual executa- vam jogos e apresentações acrobáticas com touros, com participação de mulheres. Apreciavam também esportes como o lançamento de dardos e pesos à longa distân- cia. Na arquitetura desenvolveram complexos tumulares conhecidos como nuragues, de forma cônica, que revela- vam sua ampla capacidade de cálculo. d) os mesopotâmios foram os maiores especialistas da Antiguidade na construção de monumentos de pedra es- culpida. Os entalhadores mesopotâmicos eram reconhe- cidamente os melhores de seu tempo, tanto que foram requisitados para trabalhar em complexos palacianos na Pérsia e na Índia. Na Literatura, se destacaram nos temas religiosos, reflexo de sua profunda devoção e da grande importância da religião para a população mesopotâmica, comparável ao Egito. e) os mesopotâmios sobressaíram-se nas ciências, na ar- quitetura e na literatura. Observando o céu, especialmen- te a partir de suas torres ou zigurates, e buscando decifrar a vontade dos deuses, os sacerdotes desenvolveram a as- trologia e a astronomia, conseguindo atingir um amplo conhecimento sobre fenômenos celestes, como o movi- mento de planetas e estrelas e a previsão de eclipses. 2. a imagem mostra uma das FaCes do estandarte de ur, a Caixa de ressonânCia de uma lira da antiga Cidade mesopotâmiCa de ur (C. 2600 a.C.), e representa Cenas militares. assinale a alternativa que desCreve Corretamente a imagem. a) O domínio de armas de projéteis percebidos pela presença de arcos e flechas. b) A misericórdia com os derrotados em batalha que não são sacrificados nem humilhados. 18 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) O processo político pacífico que caracterizou o iní- cio da Era Imperial na Baixa Mesopotâmia. d) Um exército formal, com divisões de infantaria uni- formizada e carros de combate bem equipados, puxa- dos a cavalo. e) A inexistência de comando militar que seria percebi- do pela presença de figuras com tamanho maior que o normal e de símbolos de poder. 3. (udesC) “quem Construiu tebas, a das sete portas? nos livros vem o nome dos reis, mas Foram os reis que transporta- ram as pedras? babilônia, tantas vezes destruída, quem outras tantas a reConstruiu? em que Casas da lima dourada moravam seus obreiros?” (perGuntas De um operÁrio que lê. bertolD brecht) heródoto de haliCarnasso, nasCido no séCulo v a.C., é Comu- mente ConheCido Como “o pai da história”. de aCordo Com o historiador François hartog, heródoto interessava-se, entre outras questões, pelas maravilhas e pelos monumentos Consi- derados, muitas vezes, expressões da inFluênCia divina. Considerando os questionamentos de bertold breCht, assinale a alternativa que Contém a melhor interpretação para a Frase de heródoto: “o egito é uma dádiva do nilo”. a) Permite constatar o desconhecimento de Heródoto no que diz respeito à Geografia, uma vez que os rios que atravessam o território egípcio são Tigre e Eufrates. b) Representa um anacronismo pois, no século V a.C., quando proferida, o Egito era ainda colônia do gran- de Império Bizantino. c) Atribui apenas à presença do Nilo o desenvolvi- mento do Egito, porém não considera a importância da presença humana, do trabalho empreendido na utilização do rio e dos benefícios naturais para o de- senvolvimento da região. d) Representa a profunda religiosidade do povo egíp- cio, o qual atribuía ao deus Nilo o desenvolvimento do Império, à época, no período pré-dinástico. e) Atribui centralidade às ações do imperador Nilo que, entre os séculos VI a.C. e V a.C., administrou o processo de expansão territorial do Império Egípcio, sem, todavia, ressaltar a participação dos soldados que lutavam sob o comando do imperador. E.O. dissErtAtivO 1. (ueg) o primeiro Código de leis de que se tem ConheCimento Foi estabeleCido pelos babilônios por volta de xviii a.C. quais os prinCípios Fundamentais do Chamado “Código de hamurábi”? 2. (UFSCar) observe as imagens de atividades e de objetos produ- zidos pelos antigos egípCios, entre 2000 e 1000 a.C. a) Que atividades de trabalho desses povos podem ser identificadas nas imagens e objetos retratados? b) Identifique e analise duas mudanças e duas perma- nências entre as atividades e técnicas do antigo Egito e as praticadas no Brasil contemporâneo. 3. (uFC) a Construção de obras hidráuliCas no mundo mesopo- tâmiCo Foi uma neCessidade, que teve Como objetivo tornar pro- dutivo os solos áridos para a prátiCa da agriCultura. as mesmas Condições nas diversas soCiedades do antigo oriente próximo deram origem ao ConCeito de “impérios teoCrátiCos de regadio”. explique o ConCeito aCima Citado. 4. por que através da mumiFiCação os egípCios desenvolveram a mediCina? 5. (uEL) leia a Citação e analise a Figura a seguir. “Construir é uma atividade Fundamental para o soberano egípCio.” Desplancques, s. eGito antiGo. porto aleGre: l&pm, 2009. p.28. coleção l&pm pocket. série encYclopaeDia. a Citação da historiadora sophie desplanCques Faz alusão ao egito antigo, espeCiFiCamente ao período ConheCido Como antigo império, Considerado uma Fase de estabilidade polítiCa por parte signiFiCativa da historiograFia, bem Como uma “idade de ouro” de sua Civilização, por parte dos próprios egípCios. Com base na Citação, na Figura e nos ConheCimentos sobre o antigo império, explique um elemento que transmita a noção de poder liga- da aos Faraós no egito antigo. 19 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 6. (UFAL) evolução históriCa das armas 1. desde suas origens os homens perCeberam que não teriam Condições de sobreviver somente Com suas deFesas naturais e que era neCessário reunirem-se em pequenos grupos para, juntando as Forças, se deFenderem dos predadores, de ou- tros homens e de outros grupos que pretendessem matá-los, tomar-lhes a habitação e os alimentos, ou que tentassem esCravizá-los. ou seja, desde a origem o homem já tinha a preoCupação de deFender-se e aos seus pertenCes. 2. esse temor aumentava Com a evolução do grupo, pois, para este, quanto mais se desenvolvia, aCumulava ConheCimen- tos e posses, maior era a possibilidade de soFrer ataques de grupos rivais, que tinham por objetivo tomarem para si tudo aquilo que pertenCia àquele: os alimentos, as Fêmeas para proCriarem, a melhor Caverna, a melhor loCalização em relação à Caça e água. surgiram dessa Forma as primei- ras neCessidades do aperFeiçoamento dos meios de deFesa do ser humano e do grupo soCial. 3. a neCessidade de proteção e a tendênCia a agressões, próprias do homem, orientaram os esForços para o desenvolvimento e a FabriCação de armas. a origem e a sequênCia dos primeiros meios meCâniCos usados nas armas podem apenas ser imagina- dos; Com Certeza surgiram na pré-história. provavelmente, o uso de um galho Como prolongamento de mãos e braços para melhorar a eFiCáCia e a potênCia de uma pedra arremessa- da Com a mão Foi o primeiro aperFeiçoamento introduzido no armamento. quem sabe, logo após o homem perCebeu que, se Fosse lapidada em Formas pontudas, Cortantes e perFurantes, a pedra se tornaria mortal. assim, as armas Foram evoluindo, para muito depois virem a tornar-se FaCas, espadas, punhais etC. paralelamente, os homens perCeberam que, se Conseguis- sem lançar um projétil Com preCisão, poderiam ataCar a presa ou o inimigo sem se aproximar. 4. surgiram assim arCos e FleChas, bestas, bumerangues, etC. as lanças e os dardos, armas leves de arremesso, apareCe- ram nos primórdios da Civilização.a Funda Foi usada duran- te muitos e muitos séCulos. 5. a evolução humana Fazia-se vagarosamente, as neCessidades eram maiores, e o ConheCimento, restrito. surgiu na pré- -história o período CaraCterizado pelo uso generalizado de instrumentos metáliCos. seu iníCio remonta a mais de 3000 a.C. o primeiro período em que se usaram os metais de Forma sistemátiCa Foi o da idade do bronze, Fase de desenvolvimento Cultural humano imediatamente posterior ao neolítiCo, entre o quarto e o segundo milênios antes da era Cristã. 6. a desCoberta do metal - do Ferro, após a idade do bronze - Fez dele a prinCipal matéria-prima para a FabriCação de armas e utensílios: Foi possível produzir espadas, lanças, pontas de Fle- Chas, etC., mais eFiCientes para a Caça e a luta. desenvolvendo- -se os grupos primitivos, surge a Função espeCíFiCa de deFesa, ConCedida aos mais bravos e Corajosos, e isso dá origem aos exérCitos, que mantêm sua Função até os dias de hoje. 7. a invenção da pólvora pelos Chineses revoluCionou as ar- mas. Com a invenção da pólvora Foi possível Construir apa- relhos que arremessassem objetos a distânCias maiores do que o Faziam os aparelhos de energia meCâniCa, tais Como as Catapultas. os Canhões, que Conseguiam lançar projéteis a distânCias antes inimagináveis, revoluCionaram as batalhas e proporCionaram deFesa e ataque muito mais eFiCientes, tanto para Castelos Como para embarCações (Como tão bem ilus- tram os atuais Filmes de époCa). 8. dos Canhões Chegou-se às armas de uso individual, que po- diam ser transportadas e manipuladas por um só homem, Como os mosquetes. a partir daí, as armas de Fogo passa- ram a equipar desde os soldados de grandes exérCitos que deFendiam nações até o pequeno agriCultor que neCessitasse deFender a Família e os bens. 9. as armas de hoje são Complexas, de uma potênCia extraor- dinária (muitas das quais sequer ConheCemos), deCorrentes de uma evolução a passos largos, prinCipalmente durante e após a segunda guerra mundial. 10. atualmente, Com o desenvolvimento da FísiCa nuClear, da en- genharia químiCa e biológiCa, dos mísseis, as armas adquiriram um poder de destruição nunCa antes visto. (aDaptaDo De: http://pt.wikipeDia.orG/wiki/arma) desde suas origens os homens perCeberam que além de armas era neCessário desenvolver a agriCultura. sobre o tema, Considere o mapa históriCo. o CresCente Fértil (in: olavo leonel Ferreira. “mesopotâmia”. são paulo: moDerna, 1993. p. 9.) a) O mapa mostra uma região onde emergiram algu- mas civilizações do mundo antigo. Na Mesopotâmia e no Egito surgiram Impérios com base econômica na agricultura. Explique a importância do Estado e dos rios no desenvolvimento da agricultura, identificando características em comum dessas duas civilizações. b) Cada vez mais a agricultura se organiza e se espe- cializa para atender às demandas urbanas. Apresente três grandes mudanças da agricultura moderna. 7. (uFrn) entre as primeiras Civilizações orientais, a Civilização egípCia sobressaiu-se Como uma das mais grandiosas e a mais dura- doura. as neCessidades de desenvolvimento da agriCultura irrigada nas margens do rio nilo exigiam uma direção Centralizada. nessas CirCunstânCias, a Civilização do egito antigo organizou-se em torno de uma monarquia. entre as imagens mais populares ligadas ao egito antigo, estão as pirâmides. as mais ConheCidas são as de gizé, Construídas no primeiro período da história polítiCa do estado egípCio, entre 3200 e 2300 a.C., ConheCido Como “antigo império”, retratadas na Fi- gura abaixo. a) Mencione e comente duas características do Governo no Egito Antigo. b) Explique o significado das pirâmides, relacionando-as ao poder no Egito Antigo. 20 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. EnEm 1. (enem) ao visitar o egito do seu tempo, o historiador grego heródoto (484-420/30 a.C.) interessou-se por Fenômenos que lhe pareCeram inComuns, Como as Cheias regulares do rio nilo. a propósito do assunto, esCreveu o seguinte: “eu queria saber por que o nilo sobe no Começo do verão e subindo Continua durante Cem dias; por que ele se retrai e a sua Corrente baixa, assim que termina esse número de dias, sendo que permaneCe baixo o inverno inteiro, até um novo verão. alguns gregos apresentam expliCações para os Fenômenos do rio nilo. eles aFirmam que os ventos do noroeste provoCam a subida do rio, ao impedir que suas águas Corram para o mar. não obstante, Com Certa FrequênCia, esses ventos deixam de soprar, sem que o rio pare de subir da Forma habitual. além disso, se os ventos do noroeste produzissem esse eFeito, os outros rios que Correm na direção Contrária aos ventos deveriam apresentar os mesmos eFeitos que o nilo, mesmo porque eles todos são pequenos, de menor Corrente.” heróDoto. história (traD.). livro ii, 19-23. chicaGo: encYclopaeDia britannica inc. 2a eD. 1990, p. 52-3 (com aDaptações). nessa passagem, heródoto CritiCa a expliCação de alguns gregos para os Fenômenos do rio nilo. de aCordo Com o texto, julgue as aFirmativas a seguir. i. para alguns gregos, as Cheias do nilo devem-se ao Fato de que suas águas são impedidas de Correr para o mar pela Força dos ventos do noroeste. ii. o argumento embasado na inFluênCia dos ventos do noroeste nas Cheias do nilo sustenta-se no Fato de que, quando os ventos param, o rio nilo não sobe. iii. a expliCação de alguns gregos para as Cheias do nilo basea- va-se no Fato de que Fenômeno igual oCorria Com rios de menor porte que seguiam na mesma direção dos ventos. é Correto apenas o que se aFirma em: a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III. 2. (enem) sexto rei sumério (governante entre os séCulos xviii e xvii a.C.) e nasCido em babel, “khammu-rabi” (pronúnCia em babi- lônio) Foi o Fundador do primeiro império babilôniCo (Corresponden- te ao atual iraque), uniFiCando amplamente o mundo mesopotâmiCo, unindo os semitas e os sumérios e levando a babilônia ao máximo esplendor. o nome de hamurabi permaneCe indissoCiavelmente ligado ao Código jurídiCo tido Como o mais remoto já desCoberto: o Código de hamurabi. o legislador babilôniCo Consolidou a tradição jurídiCa, harmonizou os Costumes e estendeu o direito e a lei a todos os súditos. Disponível em: www.Direitoshumanos.usp.br. acesso em: 12 Fev. 2013 (aDaptaDo). nesse Contexto de organização da vida soCial, as leis Contidas no Código Citado tinham o sentido de a) assegurar garantias individuais aos cidadãos livres. b) tipificar regras referente aos atos digno de punição. c) conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de guerra. d) promover a distribuição de terra aos desempregados urbanos. e) conferir prerrogativas políticas aos descendentes es- trangeiros. E.O. ObjEtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (unesp) os estados teoCrátiCos da mesopotâmia e do egito evoluíram aCumulando CaraCterístiCas Comuns e peCuliaridades Culturais. os egípCios desenvolveram a prátiCa de embalsamar o Corpo humano porque a) se opunham ao politeísmo dominante na época. b) os seus deuses, sempre prontos para castigar os pe- cadores, desencadearam o dilúvio. c) depois da morte, a alma podia voltar ao corpo mu- mificado. d) construíram túmulos, em forma de pirâmides trun- cadas, erigidos para a eternidade. e) os camponeses constituíam categoria social inferior. 2. (unesp) a maior parte das regiões vizinhas [da antiga mesopo- tâmia] CaraCteriza-se pela aridez e pela Falta de água, o que deses- timulou o povoamento e Fez Com que Fosse oCupada por populações organizadas em pequenos grupos que CirCulavam pelo deserto. já a mesopotâmia apresenta uma grande diFerença: embora marCa- da pela paisagem desértiCa, possui uma planíCie Cortada por dois grandes rios e diversos aFluentes e Córregos. (marcelo reDe. a mesopotâmia, 2002.) a partir do texto, é Correto aFirmar que a) os povos mesopotâmicos dependiam apenas da caça e do extrativismo vegetal para a obtenção de alimentos.b) a ocupação da planície mesopotâmica e das áreas vizinhas a ela, durante a Antiguidade, teve caráter se- dentário e ininterrupto. c) a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâmia tinha características nômades e os povos mesopotâ- micos praticavam a agricultura irrigada. d) a ocupação sedentária das regiões desérticas represen- tava uma ameaça militar aos habitantes da Mesopotâmia. e) os povos mesopotâmicos jamais puderam se se- dentarizar, devido às dificuldades de obtenção de alimentos na região. 3. (unesp) na região onde atualmente se enContra o líbano, insta- lou-se, no iii milênio a.C., um povo semita, que passou a oCupar a es- treita Faixa de terra, Com CerCa de 200 quilômetros de Comprimento, apertada entre o mar e as montanhas. várias razões os levaram ao ComérCio marítimo, mereCendo destaque sua proximidade geográFiCa Com o egito; a Costa, que oFereCia lugares para bons portos; e os Cedros, prinCipal riqueza, usados na Construção de navios. o Contido nesse parágraFo reFere-se ao povo a) fenício. d) hitita. b) hebreu. e) assírio. c) sumério. 4. (Fuvest) examine estas imagens produzidas no antigo egito: reino antigo (2575-2134 a.C.) 21 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s reino novo (1550-1070 a.C.) reino novo (1550-1070 a.C.) as imagens revelam a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Pró- ximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição, no antigo Egito, do trabalho compulsório. b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de alimen- tos, o que provocava longas temporadas de fome. c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito. d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava a criação de gado de maior porte. e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante aproximada- mente metade do ano. 5. (Fuvest) a partir do iii milênio a.C. desenvolveram-se, nos vales dos grandes rios do oriente próximo, Como o nilo, o tigre e o euFrates, estados teoCrátiCos, Fortemente organiza- dos e Centralizados e Com extensa buroCraCia. uma expliCação para seu surgimento é a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser contidas pela imposição dos governos autoritários. b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar obras de irrigação. c) a influência das grandes civilizações do Extremo Orien- te, que chegou ao Oriente Próximo através das caravanas de seda. d) a expansão das religiões monoteístas, que fundamen- tavam o caráter divino da realeza e o poder absoluto do monarca. e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequente revolução tecnológica, que transformou a agricultura dos vales e levou à centralização do poder. 6. (unesp) 129. se a esposa De alGuém For surpreenDiDa em FlaGrante com outro homem, ambos Devem ser amarraDos e JoGaDos Dentro D’ÁGua, mas o mariDo poDe perDoar a sua esposa, assim como o rei perDoa a seus escravos. [...] 133. se um homem For tomaDo como prisioneiro De Guerra, e houver sustento em sua casa, mas mesmo assim sua esposa Deixar a casa por outra, esta mulher DeverÁ ser JuDicial- mente conDenaDa e atiraDa na ÁGua. [...] 135. se um homem For Feito prisioneiro De Guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela DeverÁ ir para outra casa e criar seus Filhos. se mais tarDe o mariDo retornar e voltar a casa, então a esposa DeverÁ retornar ao mariDo, assim como as crianças Devem seGuir seu pai. [...] 138. se um homem quiser se separar De sua esposa que lhe Deu Fi- lhos, ele Deve Dar a ela a quantia Do preço que paGou por ela e o Dote que ela trouxe Da casa De seu pai, e DeixÁ-la partir. (www.Direitoshumanos.usp.br) esses quatro preCeitos, seleCionados do Código de hamurabi (Cer- Ca de 1780 a.C.), indiCam uma soCiedade CaraCterizada a) pelo respeito ao poder real e pela solidariedade en- tre os povos. b) pela defesa da honra e da família numa perspectiva patriarcal. c) pela isonomia entre os sexos e pela defesa da paz. d) pela liberdade de natureza numa perspectiva iluminista. e) pelo antropocentrismo e pela valorização da ferti- lidade feminina. 7. (unesp) observe a Figura. tumba de senedjem (eGito: tumba De senneDJem. século xiii a.c.) a respeito do Contexto apresentado, é Correto aFirmar: a) a imagem demonstra que os agricultores das mar- gens férteis do rio Nilo desconheciam a escrita. b) ao contrário da economia da caça de animais, que exigia o trabalho coletivo, a agricultura não originava sociedades humanas. c) a imagem revela uma apurada técnica de composição, além de se referir à economia e à cultura daquele pe- ríodo histórico. d) os antigos egípcios cultivavam cereais e desconhe- ciam as atividades econômicas do artesanato e da cria- ção de animais. e) a imagem comprova que as produções culturais dos homens estão desvinculadas de suas práticas econômi- cas e de subsistência. 8. (unesp) [na mesopotâmia,] todos os bens produzidos pelos próprios paláCios e templos não eram suFiCientes para seu sus- tento. assim, outros rendimentos eram busCados na exploração da população das aldeias e das Cidades. as Formas de exploração eram prinCipalmente duas: os impostos e os trabalhos Forçados. (marcelo reDe. a mesopotâmia, 2002.) 22 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s entre os trabalhos Forçados a que o texto se reFere, podemos menCionar a a) internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de algodão, cevada e sésamo. b) utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de gado bovino e caprino. c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos das fa- mílias de camponeses, o que caracterizava o sistema econômico mesopotâmico como escravista. d) servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores. e) obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo rei, como templos ou muralhas. E.O. dissErtAtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (uniFesp) a arte do egito antigo, além de estar inteiramente ligada às Crenças religiosas, apresenta muitas inFormações sobre a soCiedade da époCa. (eGito: tumba De senneDJem e De sua esposa. século xiii a.c.) a) Qual fator geográfico propiciava, numa região cer- cada por deserto, a atividade produtiva representada pela imagem? b) Que significado religioso tinha para os egípcios a re- presentação de cenas da vida cotidiana nos túmulos? 2. (unesp) o paláCio real Constitui naturalmente, na vida da Cidade mesopotâmiCa, um mundo à parte. todo um grupo soCial o habita e dele depende, ligado ao soberano por laços que não são somente os de parente a CheFe de Família, ou de servidor a senhor. (...) este grupo soCial é numeroso, de Composição muito variada, abrangendo trabalhadores de todas as proFissões, do- méstiCos, esCribas, artesãos, homens de negóCios, agriCultores, pastores, guardiões dos armazéns, etC., ColoCados sob a dire- ção de um intendente. é que a existênCia de um domínio real, dotado de bens múltiplos e dispersos, Faz do paláCio uma espéCie de vasta empresa eConômiCa, Cujos beneFíCios Contribuem para Fundamentar solidamente a Força material do soberano. (aYmarD/auboYer, “o oriente e a Grécia - as civiliZações imperiais”.) a) Como se organizava a vida social e política na Me- sopotâmia? b) Um dos grandes legados da Mesopotâmia foi a cria- ção do Código de Hamurábi. Quais os principais aspec- tos desse Código? 3. (unesp) um dos mais antigos registros esCritos ConheCidos surgiu no egito. a região Foi também berço do estado e da diFerenCiação so- Cial. esCreverrequeria anos de aprendizado e apenas alguns pouCos, Como os esCribas, dediCavam-se a essa tareFa. nos dias atuais, o Con- Ceito de analFabetismo mudou. a unesCo adota a noção de analFabeto FunCional: pessoa Capaz de esCrever e de ler Frases simples, mas que não Consegue usar inFormações esCritas para satisFazer suas neCessi- dades diárias e para desenvolver seu ConheCimento. explique para que servia a esCrita no egito antigo e relaCione o ConCeito Contemporâneo de analFabetismo Com a ideia de exClusão soCial. 4. (Fuvest) no antigo egito e na mesopotâmia, assim Como nos demais lugares onde Foi inventada, a esCrita esteve vinCulada ao poder estatal. este, por sua vez, dependeu de um Certo tipo de eConomia para surgir e se desenvolver. Considerando as aFirmações aCima, explique as relações entre: a) escrita e Estado. b) Estado e economia. 5. (unesp) o historiador grego heródoto (484-420 a.C.) viajou muito e deixou vivas desCrições Com reFlexões sobre os povos e as terras que ConheCeu. deve-se a ele a seguinte aFirmação: “o egito, para onde se dirigem os navios gregos, é uma dádiva do rio nilo “. a partir da aFirmação aCima, oFereça subsídios adequados à Compreensão da realidade meio FísiCo/ação humana na Formação da Civilização egípCia. gAbAritO E.O. Apredizagem 1. D 2. D 3. A 4. C 5. D 6. A 7. C 8. C 9. D 10. C E.O. Fixação 1. A 2. C 3. D 4. D 5. A 6. B 7. A 8. B 9. D 10. D E.O. Complementar 1. E 2. D 3. C E.O. Dissertativo 1. o “Código de hamurábi” Foi um Conjunto de leis tradiCio- nais supostamente reunidas pelo rei babilôniCo de mesmo nome. ao Contrário da lei romana, base do direito moderno, partia da suposição da Culpa do aCusado, que deveria provar sua inoCênCia. sua estrutura baseava-se na lei de talião: olho por olho, dente por dente. a punição deveria ser equivalente ao Crime Cometido. 2. a) agriCultura, artesanato e ComérCio. b) Comparando as atividades e téCniCas no antigo egito e no bra- sil atual, podemos destaCar Como: 23 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s mudanças: • o uso da terra na agriCultura egípCia baseado na servidão Coletiva e no brasil em moldes Capitalistas. • o ComérCio baseado nas troCas no antigo egito e ComérCio de base monetária no brasil. permanênCias: • o uso do arado Com tração animal ainda persiste em muitas regiões do brasil, apesar da modernização nas téCniCas agríColas. • o ComérCio por meio Fluvial através do rio nilo no antigo egito é muito Comum na amazônia brasileira. 3. reFerem-se a Civilizações que surgiram a partir do domínio das téCniCas de produção agríCola, utilizando os reCursos dos rios. 4. ao abrirem os Corpos para retirar-lhes as entranhas, prati- Cavam a disseCação, o que lhes permitia ConheCer os músCulos, os órgãos, as suas Funções, a interligação entre eles, permitindo assim o avanço da mediCina. 5. o egito antigo é dividido da seguinte Forma: período pré- -dinástiCo, 4000-3200 a.C. antigo império, 3200-2300 a.C. médio império, 2100-1750 a.C. novo império 1580-525 a.C. segundo alguns historiadores, no período ConheCido Como antigo império, o egito viveu uma relativa paz e estabilidade polítiCa. destaCa-se neste período a Construção das pirâmides de gizé, quéops, quéFren e miquerinos. deve-se desCrever uma CaraCterístiCa da noção de poder ligada aos Faraós no egito antigo presente na Foto. entre outros elementos, poderia Citar que o Faraó ConCentrava muito poder, resultando variadas atri- buições: era o CheFe do exérCito e liderava as tropas em guerras; a preservação e a ampliação das Fronteiras do império egípCio; o Comando do governo; sendo Considerado de origem divina, o Faraó era o senhor das terras, dos bens e dos homens. somente um soberano Com um poder ilimitado Como o do Faraó poderia Coordenar os trabalhos de Construção das ediFiCações mos- tradas na imagem. pode-se indiCar ainda a ConCepção religiosa egípCia que era um Fator importante para motivar os Faraós a Construírem as pirâmides, uma vez que elas Continham Câmaras mortuárias, preservando o seu legado por toda a eternidade. 6. a) nos impérios da mesopotâmia e do egito, o estado era detentor dos meios de produção, em partiCular das terras, que eram utilizados pelas Comunidades a ele submissas, em regime de servidão Coletiva. o rios FavoreCiam a prátiCa da agriCultura em larga esCala, pois o regime das Cheias proproCionava a Fertilização das terras às mar- gens e as águas eram usadas para irrigação. b) pode-se apontar Como grandes mudanças na agriCultura mo- derna a utilização de deFensivos químiCos sintetizados (agrotó- xiCos), a utilização de sementes genetiCamente modiFiCadas e a meCanização da produção. 7. a) duas CaraCterístiCas do governo no egito antigo: i) o Faraó era Considerado um deus vivo, responsável pela prote- ção e prosperidade de seu povo (poder teoCrátiCo). ii) o Faraó tinha o direito de deCidir sobre a vida ou morte dos seus súditos. deCidia sobre reCrutamento de trabalhadores para obras públiCas e para o ContingenCiamento militar. logo, possuía poder polítiCo seCular. b) o signiFiCado das pirâmides era diretamente relaCionado ao po- der. havia a Crença na ressusCitação, o que levou a Construção de grandes túmulos, sendo os mais importantes aqueles destinados aos Faraós, Cujo poder estava aCima de todos. os mais imponentes túmulos eram as pirâmides, que serviam de sepul- tura para os Faraós e membros de sua Família. os Faraós eram mumi- FiCados. os egípCios aCreditavam que todos se utilizariam do Corpo e dos bens materiais numa outra vida. aos Faraós, era destinada a melhor mumiFiCação, os mais deCorados sarCóFagos e os mais riCos rituais Funerários. tudo isso para reForçar e imortalizar seu poder. E.O. Enem 1. A 2. B E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. C 2. C 3. A 4. E 5. B 6. B 7. C 8. E E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. a) a presença do rio nilo. é Celebre a Frase do historiador grego heródoto, “o egito é uma dádiva do nilo”, que proCura sinteti- zar a importânCia do rio para a produção na região. o proCesso de Cheias e vazantes bastante regular garantia a Fertilização da terra e água em abundânCia para as Comunidades Camponesas. b) um dos Fundamentos da religiosidade egípCia era a Crença na vida após a morte. por isso, havia uma grande preoCupação Com os rituais de passagem e Com a próxima vida. nos túmulos, eram representadas Cenas do Cotidiano e ColoCados objetos pessoais que parte da preparação para a vida eterna. 2. a) as Civilizações que oCuparam a antiga mesopotâmia eram or- ganizadas em termos soCiais em soCiedades estamentais e politiCa- mente, em monarquias teoCrátiCas. b) trata-se do primeiro Código de leis esCritas da história, atribuído ao rei babilôniCo hamurábi. baseava-se no prinCípio do “olho por olho, dente por dente”, a Chamada “lei do talião”. 3. no egito antigo, o domínio da esCrita era privilégio de pou- Cos e esses ColoCavam-se a serviço do estado enCarregados da organização da produção, da arreCadação, da estrutura reli- giosa e dos registros da historiograFia oFiCial. nas soCieda- des Contemporâneas, os analFabetos FunCionais, em razão das diFiCuldades na interpretação e entendimento das inFormações esCritas, têm por Conseguinte, diFiCuldades na artiCulação de ConheCimentos que lhes tornem possível partiCipar de Forma ConsCiente e verdadeiramente CrítiCa na vida eConômiCa, soCial e polítiCa. assim sendo, alheios, em muitos Casos, à ConsiênCia da própria existênCia e da Condição de Cidadania, tornam-se margi- nalizados e alvos da exploração inesCrupulosa. 24 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 4. a) na antiguidade, a esCrita Foi um dos Fatores que permitiu orga- nizar a estrutura buroCrátiCa do estado. por meio dela, Foi possível ter Controle sobre as propriedades e os beneFíCios gerados pelos trabalhadores de uma soCiedaderigorosamente hierarquizada. b) o estado se Constituiu numa Forma Complexa de organização soCial, que empreendeu junto a rios grandes obras de irrigação, aumentando as áreas agriCultáveis. FavoreCeu ainda o ComérCio, regulamentando-o e, por ação militar, garantindo a sua segurança. 5. o rio nilo possibilitou a Fixação de uma população que desen- volve téCniCas de produção, Contribuindo para o desenvolvimento da Civilização egípCia. 25 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. AprEndizAgEm 1. (UDESC) “mas, já que estamos a examinar qual é a Constitui- ção polítiCa perFeita, sendo essa Constituição a que mais Contribui para a FeliCidade da Cidade... os Cidadãos não devem exerCer as artes meCâniCas nem as proFissões merCantis; porque este gênero de vida tem qualquer Coisa de vil, e é Contrário à virtude. é pre- Ciso mesmo, para que sejam verdadeiros Cidadãos, que eles não se Façam lavradores; porque o desCanso lhes é neCessário para Fazer nasCer a virtude em sua alma, e para exeCutar os deveres Civis. aristóteles. a política. livro iv, cap. viii. a partir da Citação aCima e de seus ConheCimentos sobre a estrutura polítiCo-soCial da gréCia antiga, assinale a alternativa Correta. a) A ideia de democracia grega está ligada ao fato de que todos aqueles que habitavam uma cidade-Estado dispu- nham dos mesmos direitos e deveres, uma vez que todos os trabalhos e profissões eram igualmente valorizados. b) A cidadania era uma forma de distinção social por- que nem todos os habitantes de uma cidade eram considerados cidadãos. Estrangeiros e mulheres, por exemplo, não dispunham dos direitos de cidadania e não tinham direito a voto nas assembleias. c) As profissões mercantis eram desencorajadas devi- do à supremacia da Igreja Católica na administração política grega, durante o Período Clássico. Neste pe- ríodo, a usura e o exercício do lucro eram vivamente condenados por ferirem os princípios cristãos. d) Todos os homens que habitavam uma cidade eram considerados cidadãos. A cidadania, na Grécia Clássi- ca, era qualificada em ordens, sendo que os proprie- tários de terras eram cidadãos de primeira ordem e os trabalhadores braçais de segunda ordem. Todos, porém, tinham direito de voz e voto nas assembleias. e) A ideia de cidadania, descrita por Aristóteles, é con- siderada ainda hoje um ideal, uma vez que é plena- mente inclusiva e qualifica de forma igualitária todos os trabalhos e profissões. 2. (puC - Camp) Considere o texto abaixo. “do ponto de vista territorial, uma pólis se divide em duas partes: a aCrópole [...] e a ágora [...]. no entanto, se perguntássemos a um grego da époCa ClássiCa o que era a pólis, provavelmente esta não seria sua deFinição: para ele a pólis não designava um lugar geográFiCo, mas uma prátiCa polítiCa exerCida pela Comunidade de seus Cidadãos. [...] se no Caso da pólis o ConCeito de Cidade não se reFeria à dimensão espaCial da Cidade e sim à sua dimensão polítiCa, o ConCeito de Cidadão não se reFere ao morador da Cidade, mas ao indivíduo que, pode partiCipar da vida polítiCa.” (rolnik, raquel. o que é ciDaDe. in: petta, nicolina l. e oJeDa, a. b. história, uma aborDaGem inteGraDa. são paulo: moDerna, s\D, p. 17) o ConheCimento históriCo e o texto permitem aFirmar que na gréCia antiga a) a cidadania, direito de participar da vida pública, atingia todos os habitantes da maioria das cidades-Estado. b) o equilíbrio de poderes presente nas cidades-Estado evitou a ocorrência de conflitos sociais. c) a lei era o resultado de discussões entre os represen- tantes da cidade-Estado e definia o direito dos cidadãos. d) a soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era fundamental para a existência da cidade-Estado. e) o direito à cidadania e a organização política possi- bilitaram a criação da democracia em todo o país. 3. (uFC) “na Cidade grega antiga, ser Cidadão não signiFiCava apenas Fazer parte de uma entidade ‘naCional’, mas também parti- Cipar numa vida Comum.” mossé, clauDe. o ciDaDão na Grécia antiGa. lisboa: eDições 70, 1999, p. 51. tomando por base a aFirmativa aCima, pode-se Compreender Cor- retamente que a vida na polis, para o Cidadão, signiFiCava: a) romper com a religião e os mitos e adotar o modo de vida proposto pelos filósofos, o de disseminar a filosofia e a democracia para todas as cidades-Estado gregas. b) realizar o ideal grego de unificação política, mili- tar, geográfica, econômica, religiosa e cultural de to- das as cidades-Estados e assim suprimir as tiranias e as oligarquias. c) exercer obrigatoriamente uma magistratura ao lon- go da vida, pois o aprendizado político por todos repre- sentava a garantia do bem-estar social e da manu- tenção da democracia. d) formar um corpo de súditos cujas decisões políticas se orientavam para a manutenção do poder econômi- co e religioso das famílias detentoras de frotas que comercializavam pelo Mediterrâneo. e) integrar uma comunidade que visava ao seu bem comum por meio de decisões políticas, da adoção de uma defesa militar e de práticas religiosas que bus- cavam benefícios e proteção dos deuses da cidade. 4. (FateC) em 2015, o notiCiário internaCional deu grande destaque à gréCia, país europeu que vivia uma grave Crise eConômiCa e Convo- Cou a população para deCidir, via reFerendo, as medidas que deveriam ser adotadas pelo governo para gerir a Crise. parte da imprensa destaCou o Caráter demoCrátiCo de tal medida e, em muitos textos, lembrou que os gregos Foram os Criadores da demoCraCia. assinale a alternativa que indiCa Corretamente quais são as prinCi- pais diFerenças entre as ConCepções de demoCraCia na antiguidade grega e no mundo Contemporâneo. CIVILIZAÇÃO GREGA: PERÍODOS PRÉ-HOMÉRICO, HOMÉRICO E ARCAICO COMPETÊNCIA(s) 1, 2, 3, 4, 5 e 6 HABILIDADE(s) 1, 4, 5, 9, 11, 14, 18, 19, 22, 23, 24, 27 e 29 CH AULAS 5 E 6 26 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s a) Na Antiguidade grega, a democracia surgiu da ne- cessidade de administrar países cada vez maiores; nas democracias contemporâneas, a política ajuda a admi- nistrar unidades menores, como as cidades. b) Na Antiguidade grega, o espaço reservado à atividade política eram os templos religiosos ou as residências das pessoas mais importantes; nas democracias contempo- râneas, a atividade política se realiza no espaço público. c) Na Antiguidade grega, política e religião eram esferas sociais separadas; nas democracias contemporâneas, a noção de cidadania vincula-se estreitamente às concep- ções religiosas. d) Nas democracias contemporâneas, a participação polí- tica é vinculada à renda, com o voto censitário; na Grécia Antiga, apenas os proprietários de terras, homens e mu- lheres, tinham direito à participação política. e) Nas democracias contemporâneas, o direito à parti- cipação política se estende a todos os grupos sociais; na Grécia antiga, apenas os homens livres nascidos na pólis eram considerados cidadãos 5. (maCkenzie) "Conta a história que, Com a ajuda de atena, epeu Construiu um grande Cavalo de madeira, onde esCondeu guerreiros. ulisses ardilosamente introduziu-o em troia para que os guerrei- ros a saqueassem." em sua obra, o autor transFormou a luta pelo Controle do estreito de dardanelos (helesponto) num ConFlito en- volvendo deuses e heróis. a obra e o respeCtivo autor são: a) A República - Platão. b) Édipo Rei - Sófocles. c) A Ilíada - Homero. d) Os Sete Contra Tebas - Ésquilo. e) A História da Guerra do Peloponeso - Tucídides. 6. (maCkenzie) Foram CaraCterístiCas eConômiCas e soCiais da Cidade-estado de esparta, no período arCaiCo: a) a posição do indivíduo na comunidade era definida pelo seu grau de parentesco com o patriarca e sua economia era natural e coletivista. b) as classes sociais ligadas ao comércio, ao mesmo tempo que adquiriam maior poder econômico, procu- ravam ampliar seu domínio social. c) a existênciade uma oligarquia aristocrática, que monopolizava o poder militar, político e religioso e o predomínio de atividades econômicas agrícolas. d) a proibição da escravidão por dívidas pela oligar- quia dominante estimulou a vinda para a cidade de artesãos estrangeiros, a fim de promover o comércio e atividades culturais. e) cidade marítima dominada por camponeses pro- prietários de minifúndios, que permitia aos estrangei- ros, Metecos, a realização de atividades culturais. 7. (puCrs 2018) o proCesso de Colonização e emigração de po- pulações gregas das Cidades-estados para as Colônias no medi- terrâneo estabeleCeu novas relações polítiCo-soCiais e oCasionou grandes transFormações eConômiCas, tais Como o desenvolvimen- to da Construção naval e o CresCimento da produção de manuFa- turas e do ComérCio marítimo. em deCorrênCia dessas mudanças na soCiedade grega, os armadores, os ComerCiantes e os artesãos ganharam importânCia soCial. o proCesso de Colonização e de Formação de novas Cidades-esta- dos gregas oCorreu no período a) Clássico. b) Arcaico. c) Helenístico. d) Micênico. 8. (Fgv) os legisladores tiveram importânCia Fundamental para apaziguar a Crise soCial que se abateu sobre atenas. sólon, o se- gundo legislador, realizou, em 594 a.C., várias mudanças quanto ao Critério de partiCipação no poder. entre elas podemos destaCar: a) a transformação dos costumes e tradições (trans- mitidas oralmente) em leis escritas; b) a divisão da cidade em trinta grupos de demos; c) a reserva dos direitos políticos para aqueles que tinham a capacidade de se armar como hoplitas; d) o fim do monopólio de poder político dos eupátridas; e) a criação do Conselho do Areópago para ser o guardião das leis. 9. (puCsp) a "ilíada" e a "odisseia" são atribuídas a home- ro e reFerem-se, respeCtivamente, à guerra de tróia e à volta de ulisses à sua ilha, ítaCa, ao Final dessa guerra. sobre essas duas obras, pode-se aFirmar que: a) defendem a superioridade étnica dos gregos sobre os troianos e alertam para os riscos que os deuses e mitos representavam para os gregos. b) caracterizam papéis masculino e feminino nas so- ciedades gregas antigas e representam a interferên- cia dos deuses nos assuntos dos mortais. c) ridicularizam a falta de habilidade guerreira dos gregos e elogiam a ingenuidade política dos troianos, que aceitaram o cavalo de madeira como presente. d) simbolizam a luta dos gregos pela democracia e criticam a disposição teocrática e tirânica dos legisla- dores e militares troianos. e) associam os perigos enfrentados na viagem de volta à Grécia à necessidade de sofrer para obter a redenção e a salvação perante os deuses. E.O. FixAçãO 1. (albert einstein - mediCina) por muito tempo, entre os histo- riadores pensou-se que os gregos Formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria Conquistado a gréCia, submetendo a população loCal. hoje em dia, os estudiosos desCartam esta hipótese, Considerando que houve um movimento mais Complexo. segundo o pesquisador moses Finley, a ‘Chegada dos gregos signiFiCou a introdução de um elemento novo que se misturou Com seus predeCessores para Criar, lentamente, uma nova Civilização e estendê-la Como e por onde puderam’. Funari, peDro paulo. Grécia e roma. são paulo: contexto, 2001. aDaptaDo. segundo o texto, a Formação da gréCia antiga oCorreu a) de forma negociada, por meio de alianças e acordos políticos entre os líderes das principais tribos nativas da península balcânica. b) de forma gradual, a partir da integração de povos provenientes de outras regiões com habitantes da par- te sul da península balcânica. 27 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) de forma planejada, pela expansão militar dos povos nativos da península balcânica sobre territórios contro- lados por grupos bárbaros. d) de forma violenta, com a submissão dos habitantes originais da península balcânica a conquistadores re- cém-chegados do norte. 2. (ueCe) tuCídides relata em sua obra “história da guerra do peloponeso”, que périCles teria dito, em um disCurso a respeito da demoCraCia ateniense, o seguinte: “vivemos sob a Forma de governo que não se baseia nas insti- tuições de nossos vizinhos; ao Contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar os outros. seu nome, Como tudo o que depende não de pouCos, mas da maioria, é demoCraCia. quando se trata de resolver disputas privadas, todos são iguais perante a lei. ninguém, na medida em que é passível de servir o estado, é mantido à margem da polítiCa por Conta da pobreza.” tuciDiDes (c.460-c. 400 a.c.) história Da Guerra Do peloponeso, livro ii, 37. brasília; eDitora universiDaDe De brasília, 2001. p.109. sobre a demoCraCia ateniense, aClamada por seus Contemporâneos e por estudiosos de outras époCas, pode-se aFirmar Corretamente que: a) era representativa, uma vez que os cidadãos esco- lhiam representantes que falavam por eles nas deci- sões políticas. b) não apresentava caráter excludente, pois nenhum habitante de Atenas ficava fora da participação nas decisões políticas. c) a representação era direta; cada cidadão se represen- tava independentemente de sua condição econômica. d) foi um modelo copiado de Esparta, cidade irmã de Atenas, onde floresciam a filosofia, o conceito de li- berdade individual e a participação popular. 3. uma das mais Célebres viagens mitológiCas narradas na anti- guidade é a do herói odisseu (ulisses), relatada na odisseia, obra atribuída a homero. entre as várias situações vividas pelo herói, uma delas Foi Che- gar a uma ilha onde habitavam CiClopes, monstros gigantes de um olho só. sobre esse enContro, leia o texto a seguir. – quem são voCês, estrangeiros? de onde vieram? são Comer- Ciantes ou piratas? – perguntou o CiClope. – somos gregos, respondeu odisseu. retornamos para Casa vin- dos de troia. mas tempestades e ventos nos desviaram de nossa rota, pois assim quis zeus. – voCê é um tolo ou vem de muito longe, já que não sabe que nós, os CiClopes, não nos preoCupamos Com zeus nem Com outros deuses. vasconcellos, paulo sérGio De. mitos GreGos. são paulo: obJetivo, s/D, p. 61. aDaptaDo. reFletindo sobre as inFormações apresentadas, é Correto aFirmar que, na antiguidade: a) os povos gregos valorizavam a razão e não acredi- tavam na existência de seres divinos. b) o conceito religioso dos gregos baseava-se na in- terferência dos deuses na vida humana. c) as viagens eram ameaçadas pela existência de ani- mais pré-históricos como os ciclopes. d) os seres humanos ainda não haviam chegado com- pletamente à forma dos Homo sapiens. e) a religião e as leis gregas eram baseadas no livro Odisseia, que narrava a Guerra de Troia. 4. (uepa) hermes, na gréCia antiga, era o deus mensageiro, patro- no de pesos e medidas, pastores, oradores, poetas, atletas, Comer- Ciantes, viajantes e inventores. o Culto a hermes surgiu no período arCaiCo da história grega, entre 700 a.C. e 500 a.C., e oCorreu numa époCa em que os antigos genos Foram extintos e asCendeu soCialmente uma aristoCraCia rural ConCentradora de terras. em Função disso, a população sem aCesso a terras tendeu a um grande movimento de dispersão por novos territórios Fora da península he- lêniCa, o que resultou na expansão das relações ComerCiais gregas para áreas Costeiras do mar negro e do mar mediterrâneo. Com base nesses dados, é Correto aFirmar que: a) o surgimento de uma hierarquização entre os deu- ses refletia a emergência da sociedade de classes na Grécia Antiga. b) a reverência ao deus Hermes derivou do sincretismo religioso promovido pelo estabelecimento de gregos em terras estrangeiras. c) o culto ao deus Hermes representou uma forma de enfrentamento simbólico dos antigos camponeses à espoliação de suas terras. d) a crença nos poderes de Hermes como deus men- sageiro e protetor do comércio tem relação com a ex- pansão dos horizontes comerciais e territoriais gregos. e) a reverênciaa Hermes na Grécia Arcaica resultou de um sincretismo original com o deus romano Mer- cúrio, patrono do lucro e do comércio. 5. (upF) nunCa, em toda a história da humanidade, a demoCra- Cia, Como regime de governo, reCebeu atenção Como nos dias de hoje. entendida Como um regime de governo no qual todas as importantes deCisões polítiCas estão Com o povo, que elege seus representantes por meio do voto, tem prinCípios que protegem a liberdade humana e baseia-se no governo da maioria, assoCiado aos direitos individuais e das minorias. atenas, na gréCia antiga, é Considerada o berço da demoCraCia. sobre o regime demoCrátiCo ateniense, é Correto aFirmar: a) Era baseado na eleição direta dos representantes nas Assembleias Legislativas, que se reuniam uma vez por ano na Ágora e deliberavam sobre os mais variados assuntos. b) Apenas os homens livres eram considerados cida- dãos e participavam diretamente das decisões toma- das na Cidade-Estado. c) As mulheres maiores de 21 anos tinham um papel fundamental, participando ativamente nas decisões tomadas nas assembleias da Cidade-Estado. d) Na verdade, era mais demagógico do que demo- crático, pois negava a representação direta dos cida- dãos atenienses. e) O fato de não existir escravos em Atenas proporciona- va uma participação quase total da população ateniense na vida política da cidade-Estado. 6. (upF) ChiCo buarque Cantou em “mulheres de atenas”. mirem-se no exemplo daquelas mulheres de atenas vivem pros seus maridos, orgulho e raça da atenas quando amadas, se perFumam se banham Com leite, se arrumam suas melenas quando Fustigadas não Choram 28 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s se ajoelham, pedem, imploram mais duras penas Cadenas. tomando Como ponto de partida a letra da músiCa, podemos assina- lar, sobre o papel desempenhado pela mulher na antiguidade, que: a) A mulher no Egito Antigo teve apenas um papel reprodutivo, pois não possuía direitos sociais e jurídi- cos que lhe garantissem qualquer forma de liberdade. b) As mulheres hebraicas possuíam direitos políticos e sociais equivalentes aos dos homens, derivados dos preceitos reli- giosos do Pentateuco, os quais defendiam que os homens e as mulheres são iguais, pois ambos são filhos de Deus. c) A mulher ateniense casada vivia grande parte do seu tempo confinada no lar, estando submissa a um regime de quase reclusão, privada de uma participa- ção efetiva nas decisões políticas. d) A sociedade guerreira espartana privava as mulhe- res de qualquer forma de liberdade, restringindo as funções destas à educação de seus filhos e filhas. e) Nas várias sociedades mesopotâmicas, a mulher desempenhava um papel preponderante, pois, como era a responsável pela procriação, cabia a ela o exer- cício de mando. 7. (Fgv) na assembleia, (...) que se reunia mais ou menos 40 vezes por ano, os atenienses disCutiam e votavam os prinCipais problemas do estado – deClaravam guerra, Firmavam tratados e deCidiam onde apliCar os reCursos públiCos. do mais pobre sapateiro ao mais riCo ComerCiante, todos tinham oportunidade de expressar a sua opinião, votar e exerCer um Cargo no governo. (Flavio De campos e renan Garcia miranDa, a escrita Da história) as mulheres atenienses a) tomavam parte dessa instância política, mas suas ações se limitavam aos temas relacionados com a fa- mília e a formação moral e militar dos filhos. b) não detinham prerrogativas nas atividades públi- cas, mas possuíam direito de voto nessa Assembleia quando a decisão envolvia guerras externas. c) participavam de todas as atividades públicas de Atenas, mas só tinham voz nessa Assembleia se esti- vessem acompanhadas pelo marido ou filho. d) não podiam participar dessa Assembleia, da mesma forma como não tinham direito de exercer cargos admi- nistrativos, além da restrição a herança e posse de bens. e) ganharam o direito de voz e voto nessa Assembleia a partir das reformas de Sólon, e com Clístenes seus direitos foram ampliados. 8. (espm) aColhidos Com uma hospitalidade benevolente, não se sentem humilhados por uma disCriminação injuriosa. exCluídos dos direitos polítiCos e também da propriedade imobiliária, pagando anu- almente uma taxa módiCa, são eles, de Fato no toCante ao resto, assimilados aos Cidadãos sujeitos aos mesmos enCargos militares e FisCais. exerCem as mais variadas proFissões liberais, artesanais ou merCantis. não há, por assim dizer, um artista, um homem de letras ou de CiênCia que, sendo grego e não ateniense, não tenha passado uma parte mais ou menos importante de sua vida em atenas. (maurice crouset. o oriente e a Grécia, in: história Geral Das civiliZações) a respeito da soCiedade ateniense, o texto deve ser relaCionado Com: a) eupátridas; b) geórgois; c) metecos; d) hilotas; e) periecos. E.O. COmplEmEntAr 1. (UFSM) hades, o deus dos inFernos, apaixonou-se por per- séFone, Filha de deméter, a deusa da Fertilidade. hades tomou a jovem e puxou-a para dentro do seu Carro. logo depois, abriu uma Fenda na terra, mergulhando Com sua presa para as proFundezas. deméter passou a proCurar a Filha e desCuidou da natureza, pre- judiCando as plantações e os pastores. zeus preoCupou-se Com o desespero de deméter e permitiu que ela desCesse à mansão dos mortos. deméter não Conseguiu arranCar perséFone de hades, mas negoCiou Com ele a permissão da Filha FiCar metade do ano Com a mãe, a outra metade Com o esposo. desde então, quando perséFone está na superFíCie, a natureza viCeja e, quando ela re- torna aos inFernos, a terra FiCa estéril. Fonte: Franchini, s.a. as GranDes histórias Da mitoloGia Greco-romana. poa: l&pm, 2012. p. 38-39. (aDaptaDo) o mito de perséFone permite ConCluir que a) os gregos e os romanos ignoravam os mitos como forma de explicação dos fenômenos naturais. b) os mitos greco-romanos, assim como os hebraicos, tinham apenas objetivos religiosos e não serviam para compreender a sociedade e o mundo natural. c) a existência dos infernos é um mito de origem he- braica e foi assimilada pelo mundo greco-romano ape- nas a partir da expansão romana no Oriente. d) as figuras da mitologia muitas vezes representam for- ças da natureza e configuram um entendimento fantás- tico do mundo físico e natural. e) as estações do ano – primavera, verão, outono e in- verno – foram criações divinas, estabelecidas por Zeus para castigar o orgulho dos homens. 2. (UPE) Construir uma relação solidária entre as pessoas Faz par- te do Fazer polítiCo humano. as experiênCias Feitas são múltiplas. na gréCia, nos tempos da demoCraCia, a) houve êxito na quebra das hierarquias e na vitória de princípios de igualdade social para crescimento eco- nômico. b) extinguiu-se a escravidão e criaram-se alternativas de trabalho para todos, seguindo os ensinamentos de Platão e Aristóteles. c) buscou-se diminuir as diferenças entre as pessoas, mas não se acabaram as hierarquias sociais nem as desigualdades econômicas. d) efetivou-se a aristocracia no poder, apesar da grande as- túcia política dos monarcas e das assembleias populares. e) havia grandes semelhanças com a democracia con- temporânea, afirmando valores universais e definindo direitos sociais. 29 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 3. (FaC. albert einstein - mediCin) observe a imagem. entre as CaraCterístiCas da pólis grega, podemos Citar a: a) dimensão híbrida da acrópole, que conjugava es- paços religiosos com grandes áreas de plantio e pro- dução de alimentos. b) incorporação de elementos arquitetônicos de ori- gem etrusca na construção das habitações populares. c) conurbação, que provocava a junção de diversas al- deias e cidades numa mesma unidade administrativa. d) construção de templos e edifícios públicos em lo- cais altos e o caráter fortificado da acrópole. 4. (espm 2018) era Considerada a engrenagem essenCial para as- segurar o bom FunCionamento do regime. a tradição aFirmaque sua origem remeteria a sólon. a partir de Clístenes passou a Contar Com quinhentos membros sorteados anualmente, à razão de Cin- quenta por tribo, entre todos os Cidadãos, a partir de listas esta- beleCidas em Cada demo, a prinCipal Função do órgão Consistia em preparar os deCretos a serem submetidos ao voto da assembleia. (clauDe mossé. DicionÁrio Da civiliZação GreGa) o órgão em questão, tratado pelo texto é: a) a Eclésia, órgão soberano da democracia ateniense; b) a Helieia, órgão responsável pela justiça na demo- cracia ateniense; c) a Boulé, órgão que preparava decretos votados pela Assembleia dos Cidadãos na democracia ateniense; d) a Gerúsia, ou Conselho dos Anciãos, órgão decisó- rio em Esparta; e) a Ápela, órgão encarregado de preparar projetos, órgão consultivo em Esparta. 5. (Fgv) é a partir do séCulo viii a.C. que Começamos a entrever, em diFerentes regiões do mediterrâneo, o progressivo surgimento das Cidades-estados ou pólis. elas Formaram a organização so- Cial e polítiCa dominante das Comunidades organizadas ao longo do mediterrâneo nos séCulos seguintes (norberto luiZ Guarinello, história antiGa, 2013, p. 77. aDaptaDo) nas poleis, é Correto a) assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos. b) reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora. c) destacar uma característica: a inexistência de es- paços rurais. d) identificar a acumulação de capital pela ação do Estado. e) apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra. E.O. dissErtAtivO 1. (uFpr) estabeleça duas diFerenças entre o ConCeito de de- moCraCia vigente em atenas no período antigo e o ConCeito de demoCraCia vigente no brasil atual. 2. (uFrn) a palavra “demoCraCia” surgiu na gréCia antiga, mas, em diFerentes tempos, ela denominou realidades distintas. analisando a Formação da demoCraCia grega no séCulo vi a.C., o historiador Ciro F. Cardoso aFirma: ao apoiar-se politiCamente nas massas populares, em Favor das quais tomava diversas medidas, [...] a tirania promoveu a ConFigu- ração do demos Como Força polítiCa mais estruturada do que o Fora até então: ela signiFiCou, assim, a destruição, não dos aristoCratas, mas da soCiedade e do regime aristoCrátiCo mais ou menos exClusivo. carDoso, ciro F. a ciDaDe antiGa. são paulo: Ática, 1993. p. 31. a) Mencione duas diferenças entre o modelo político aristocrático e o modelo democrático na Grécia Antiga do século VI a.C. b) Compare os direitos de cidadania e o exercício do voto na democracia ateniense da Antiguidade e nas sociedades democráticas ocidentais contemporâneas. 3. (UFJF) leia, atentamente, o treCho a seguir e responda ao que se pede: “para o FilósoFo grego platão, nenhuma das Formas de governo existentes em sua époCa era a ideal. ao analisar um determinado regime polítiCo, ele observou que neste Caso, o poder estava Con- Centrado nas mãos dos Cidadãos que deliberavam diretamente so- bre os assuntos da Cidade, embora em seu entender, muitos Fossem moralmente indignos e sem qualiFiCação para tal.” aDaptaDo De FinleY, m. “os GreGos antiGos”. lisboa: eDições 70, 1986. p. 87. a) Identifique o regime político que está sendo criticado. b) Cite e analise duas das principais características desse regime na Grécia Antiga. 4. (UFV) atenas e esparta representaram dois modelos distintos de organização polítiCa e soCial no mundo grego. aponte duas CaraCterístiCas que diFerenCiam aquelas Cida- des-estado em termos polítiCos e soCiais. a) Atenas Política: / Social: b) Esparta: Política: / Social: 5. (uFsCar) os ConFlitos soCiais do período arCaiCo da gréCia antiga resultaram, na Cidade de atenas, no apareCimento de uma nova Forma polítiCa no transCurso do séCulo v a.C. a) Qual é o nome da nova organização política ate- niense? b) Quais são as suas características mais importantes? 30 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. EnEm 1. (enem) a FeliCidade é portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível Coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados Como na insCrição existente em delFos “das Coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doCe é ter o que ama- mos”. todos estes atributos estão presentes nas mais exCelentes ati- vidades, e entre essas a melhor, nós a identiFiCamos Como FeliCidade. aristóteles. a política. são paulo: cia. Das letras, 2010. ao reConheCer na FeliCidade a reunião dos mais exCelentes atribu- tos, aristóteles a identiFiCa Como a) busca por bens materiais e títulos de nobreza. b) plenitude espiritual e ascese pessoal. c) finalidade das ações e condutas humanas. d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público. 2. (enem) segundo aristóteles, “na Cidade Com o melhor Conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os Cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de ne- góCios — esses tipos de vida são desprezíveis e inCompatíveis Com as qualidades morais —, tampouCo devem ser agriCultores os aspi- rantes à Cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prátiCa das atividades polítiCas”. van acker, t. Grécia. a viDa cotiDiana na ciDaDe- estaDo. são paulo: atual, 1994. o treCho, retirado da obra polítiCa, de aristóteles, permite Com- preender que a Cidadania a) possui uma dimensão histórica que deve ser criti- cada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar. b) era entendida como uma dignidade própria dos gru- pos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade. c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percep- ção política democrática, que levava todos os habi- tantes da pólis a participarem da vida cívica. d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais. e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àque- les que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade. 3. (enem) o que impliCa o sistema da pólis é uma extraordinária preeminênCia da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. a palavra Constitui o debate Contraditório, a disCussão, a argumentação e a polêmiCa. torna-se a regra do jogo inteleCtual, assim Como do jogo polítiCo. vernant, J. p. as oriGens Do pensamento GreGo. rio De Janeiro: bertranD, 1992 (aDaptaDo). na ConFiguração polítiCa da demoCraCia grega, em espeCial a ate- niense, a ágora tinha por Função a) agregar os cidadãos em torno de reis que governa- vam em prol da cidade. b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados. c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reu- nia para deliberar sobre as questões da comunidade. d) reunir os exercícios para decidir em assembleias fe- chadas os rumos a serem tomados em caso de guerra. e) congregar a comunidade para eleger representan- tes com direito a pronunciar-se em assembleias. 4. na gréCia, o ConCeito de povo abrange tão somente aque- les indivíduos Considerados Cidadãos. assim é possível perCeber que o ConCeito de povo era muito restritivo. mesmo tendo isso em Conta, a Forma demoCrátiCa vivenCiada e experimentada pelos gregos atenienses nos séCulos iv e v a.C. pode ser CaraCterizada, Fundamentalmente, Como direta. manDuco, a ciência política. são paulo: saraiva. 2011. naquele Contexto, a emergênCia do sistema de governo menCiona- do no exCerto promoveu o(a) a) competição para a escolha de representantes. b) campanha pela revitalização das oligarquias. c) estabelecimento de mandatos temporários. d) declínio da sociedade civil organizada. e) participação no exercício do poder. 5. (enem) Compreende-se assim o alCanCe de uma reivindiCação que surge desde o nasCimentoda Cidade na gréCia antiga: a reda- ção das leis. ao esCrevê-las, não se Faz mais que assegurar-lhes permanênCia e Fixidez. as leis tornam-se bem Comum, regra geral, susCetível de ser apliCada a todos da mesma maneira. vernant, J. p. as oriGens Do pensamento GreGo. rio De Janeiro: bertranD brasil, 1992 (aDaptaDo). para o autor, a reivindiCação atendida na gréCia antiga, ainda vigen- te no mundo Contemporâneo, busCava garantir o seguinte prinCípio: a) Isonomia - igualdade de tratamento aos cidadãos. b) Transparência - acesso às informações governamentais. c) Tripartição - separação entre os poderes políticos estatais. d) Equiparação - igualdade de gênero na participação política. e) Elegibilidade - permissão para candidatura aos car- gos públicos. 6. (enem ppl) no Contexto da polis grega, as leis Comuns nas- Ciam de uma Convenção entre Cidadãos, deFinida pelo ConFron- to de suas opiniões em um verdadeiro espaço públiCo, a ágora, ConFronto esse que ConCedia a essas Convenções a qualidade de instituições públiCas. maGDaleno, F. s. a territorialiDaDe Da representação política: vínculos territoriais De compromisso Dos DeputaDos Fluminenses. são paulo: annablume, 2010. no texto, está relatado um exemplo de exerCíCio da Cidadania as- soCiado ao seguinte modelo de prátiCa demoCrátiCa: a) Direta. b) Sindical. c) Socialista. d) Corporativista. e) Representativa. 31 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. ObjEtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (unesp) apesar de sua dispersão geográFiCa e de sua Frag- mentação polítiCa, os gregos tinham uma proFunda ConsCiênCia de pertenCer a uma só e mesma Cultura. esse Fenômeno é tão mais extraordinário, Considerando-se a ausênCia de qualquer autori- dade Central polítiCa ou religiosa e o livre espírito de invenção de uma determinada Comunidade para resolver os diversos problemas polítiCos ou Culturais que se ColoCavam para ela. moses i. FinleY. os primeiros tempos Da Grécia, 1998. aDaptaDo. o exCerto reFere-se ao seguinte aspeCto essenCial da história gre- ga da antiguidade: a) a predominância da reflexão política sobre o desen- volvimento das belas-artes. b) a fragilidade militar de populações isoladas em pe- quenas unidades políticas. c) a vinculação do nascimento da filosofia com a cons- tituição de governos tirânicos. d) a existência de cidades-Estados conjugada a pa- drões civilizatórios de unificação. e) a igualdade social sustentada pela exploração eco- nômica de colônias estrangeiras. 2. (uniFesp) “ao povo dei tantos privilégios quanto lhe bastam, à sua honra nada tirei nem aCresCentei; mas os que tinham poder e eram admirados pelas riquezas, também neles pensei, que nada tivessem de inFamante... entre uma e outra FaCção, a nenhuma permiti venCer injustamente.” (sólon, século vi a.c.) no governo de atenas, o autor proCurou a) restringir a participação política de ricos e pobres, para impedir que suas demandas pusessem em perigo a realeza. b) impedir que o equilíbrio político existente, que beneficia- va a aristocracia, fosse alterado no sentido da democracia. c) permitir a participação dos cidadãos pobres na po- lítica, para derrubar o monopólio dos grandes proprie- tários de terras. d) abolir a escravidão dos cidadãos que se endivida- vam, ao mesmo tempo em que mantinha sua exclu- são da vida política. e) disfarçar seu poder tirânico com concessões e en- cenações que davam aos cidadãos a ilusão de que participavam da política. 3. (uniFesp) “nunCa temi homens que têm no Centro de sua Cidade um loCal para reunirem-se e enganarem-se uns aos outros Com juramentos. Com estas palavras, Ciro insultou todos os gregos, pois eles têm suas ágoras [praças] onde se reúnem para Comprar e vender; os persas ignoram Completamente o uso de ágoras e não têm lugar algum Com essa Finalidade”. (heróDoto, histórias, séc. v a.c.) o texto expressa a) a inferioridade dos persas que, ao contrário dos gre- gos, não conheciam ainda a vida em cidades. b) a desigualdade entre gregos e persas, apesar dos mes- mos usos que ambos faziam do espaço urbano. c) o caráter grego, fundamentado no uso específico do espaço cívico, construído em oposição aos outros. d) a incapacidade do autor olhar com objetividade os per- sas e descrever seus costumes diferentes. e) a complacência dos persas para com os gregos, decor- rente da superioridade de seu poderio econômico e militar. 4. (Fuvest) em Certos aspeCtos, os gregos da antiguidade Foram sem- pre um povo disperso. penetraram em pequenos grupos no mundo me- diterrâniCo e, mesmo quando se instalaram e aCabaram por dominá-lo, permaneCeram desunidos na sua organização polítiCa. no tempo de heródoto, e muito antes dele, enContravam-se Colônias gregas não somente em toda a extensão da gréCia atual, Como também no litoral do mar negro, nas Costas da atual turquia, na itália do sul e na siCí- lia oriental, na Costa setentrional da áFriCa e no litoral mediterrâniCo da França. no interior desta elipse de uns 2500 km de Comprimento, enContravam-se Centenas e Centenas de Comunidades que amiúde diFe- riam na sua estrutura polítiCa e que aFirmaram sempre a sua soberania. nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território naCional úniCo regido por uma lei soberana, que se tenha Chamado gréCia (ou um sinônimo de gréCia). (i. FinleY. o munDo De ulisses. lisboa: eDitorial presença, 1972. aDaptaDo.) Com base no texto, pode-se apontar Corretamente a) a desorganização política da Grécia antiga, que su- cumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios. b) a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua pro- dução cultural. c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político. d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como na- ção ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política. e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do pa- triotismo e do nacionalismo, como forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional. 5. (uniCamp 2018) os gregos sentiram paixão pelo humano, por suas CapaCidades, por sua energia Construtiva. por isso, inventa- ram a polis: a Comunidade Cidadã em Cujo espaço artiFiCial, antro- poCêntriCo, não governa a neCessidade da natureza, nem a vonta- de dos deuses, mas a liberdade dos homens, isto é, sua CapaCidade de raCioCinar, de disCutir, de esColher e de destituir dirigentes, de Criar problemas e propor soluções. o nome pelo qual hoje Conhe- Cemos essa invenção grega, a mais revoluCionária, politiCamente Falando, que já se produziu na história humana, é demoCraCia. (aDaptaDo De FernanDo savater, política para meu Filho. são paulo: martins Fontes, 1996, p. 77.) assinale a alternativa Correta, Considerando o texto aCima e seus ConheCimentos sobre a gréCia antiga. a) Para os gregos, a cidade era o espaço do exercício da liberdade dos homens e da tirania dos deuses. b) Os gregos inventaram a democracia, que tinha então o mesmo funcionamento do sistema político vigente atualmente no Brasil. 32 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) Para os gregos, a liberdade dos homens era exer- cida na polis e estava relacionada à capacidade de invenção da política. d) A democracia foi uma invenção grega que criou pro- blemas em função do excesso de liberdade dos homens. 6. (unesp 2018) o apareCimento da FilosoFia na gréCia não Foi um Fato isolado. estava ligado ao nasCimento da pólis. (marcelo reDe. a Grécia antiGa, 2012.) a relação entre os surgimentos da FilosoFia e da pólis na gréCia antigaé expliCada, entre outros Fatores a) pelo interesse dos mercadores em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades. b) pelo esforço dos legisladores em justificar e legiti- mar o poder divino dos reis. c) pela rejeição da população urbana à persistência do pensamento mítico de origem rural. d) pela preocupação dos pensadores em refletir sobre a organização da vida na cidade. e) pela resistência dos grupos nacionalistas às inva- sões e ao expansionismo estrangeiro. 7. (Fuvest) o apareCimento da pólis Constitui, na história do pen- samento grego, um aConteCimento deCisivo. Certamente, no plano inteleCtual Como no domínio das instituições, só no Fim alCançará todas as suas ConsequênCias; a pólis ConheCerá etapas múltiplas e Formas variadas. entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séCulos viii e vii a.C., marCa um Começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida soCial e as relações entre os homens tomam uma Forma nova, Cuja originalidade será plena- mente sentida pelos gregos. Jean-pierre vernant. as oriGens Do pensamento GreGo. rio De Janeiro: DiFel, 1981. aDaptaDo. de aCordo Com o texto, na antiguidade, uma das transFormações provoCadas pelo surgimento da pólis Foi a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de imagens. b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos. c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do monarca. d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de identi- dades culturais. e) a constituição de espaços de expressão e discus- são, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus membros. E.O. dissErtAtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (unesp) “jamais usam eles qualquer título, ou modiFiCam as leis: oCupam o poder e suas vias pelos seus amigos, Clientes, seu grupo, enFim; vigiam e lançam pontos de apoio nas assembleias, tribunais e Conselhos, desenvolvendo uma inCômoda inquisição poliCial; Fero- zes adversários dos nobres, ConFisCam suas terras, Condenam-nos ao exílio e por vezes exeCutam-nos, em Casos de Conspiração; Favo- reCem os marinheiros, artesãos, pequenos proprietários, realizam um amálgama igualitário das Classes e desloCam deliberadamente o poderio dos genetas e dos ‘eupátridas’.” (paul petit, “história antiGa”.) o autor reFere-se ao Fenômeno da tirania grega. tomando Como base o texto, CaraCterize o papel da tirania no proCesso de Cons- trução da demoCraCia na gréCia. 2. (uniCamp) o FilósoFo aristóteles (384-322 a.C.) deFiniu a Cidadania em atenas da seguinte Forma: a Cidadania não resulta do Fato de alguém ter o domiCílio em Certo lugar, pois os estrangeiros residentes e os esCravos também são domiCiliados nesse lugar e não são Cidadãos. nem são Cida- dãos todos aqueles que partiCipam de um mesmo sistema judiCiário. um Cidadão integral pode ser deFinido pelo direito de administrar justiça e exerCer Funções públiCas. aDaptaDo De aristóteles, política. brasília: eDitora unb, 1985, p. 77-78. a) Indique duas condições para que um ateniense fos- se considerado cidadão na Grécia clássica no apogeu da democracia. b) Os estrangeiros, também chamados de metecos, não tinham direitos integrais, mas tinham alguns deveres e direitos. Identifique um dever e um direito dos metecos. 3. (uniFesp) (...) é no último quartel do séCulo vii [a.C.] que a eConomia das Cidades (...) volta-se deCididamente para o exterior; o tráFiCo por mar vai então amplamente ultrapassar a baCia orien- tal do mediterrâneo, entregue a seu papel de via de ComuniCação. a zona dos interCâmbios estende-se a oeste até a áFriCa e à espa- nha, a leste até ao mar negro. (Jean-pierre vernant. as oriGens Do pensamento GreGo. são paulo: DiFel, 1991.) o texto Fala da expansão das Cidades gregas no séCulo vii a.C. explique a) por que o autor chama o Mar Mediterrâneo de “via de comunicação”. b) os principais motivos dessa expansão. 4. (Fuvest) não esqueçamos que o proCesso de Formação de um povo e de uma Civilização gregos não se desenrolou segun- do um plano premeditado, nem de maneira realmente ConsCien- te. tentativa, erro e imitação Foram os prinCipais meios, de tal modo que uma Certa margem de diversidade soCial e Cultural, amiúde muito marCada, CaraCterizou os iníCios da gréCia. de Fato, nem o ritmo nem a própria direção da mudança deixaram de se alterar ao longo da história grega. moses i. FinleY. o munDo De ulisses. 3ª eD. lisboa: presença, 1998, p.16. a) Indique um elemento “imitado” de outros povos e sociedades que teria estado presente nos “inícios da Grécia”. b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o autor chama de “diversidade social e cultural”, que “caracteri- zou os inícios da Grécia”. 33 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 5.(unesp) o historiador ateniense tuCídides, que viveu durante a guerra do peloponeso, esCreveu sobre os gregos: "... antes da guerra de tróia, [os habitantes da] hélade nada [realizaram] em Comum. este nome mesmo não era empregado para designá-la no seu Conjunto. [...] o que FiCa bem Comprovado [nos livros de] homero: ele que viveu numa époCa bem posterior à guer- ra de tróia, não utilizou a designação [de helenos] para o Conjunto [dos gregos]. [...] não utilizou, também, a expressão "bárbaros" porque, na minha opinião, os gregos não se enContravam ainda reu- nidos [...] sob um úniCo nome que [lhes] permitisse [diFerenCiar-se de outros povos]. de qualquer Forma, aqueles que reCeberam [mais tarde] o nome de helenos [...] nada Fizeram Conjuntamente antes da guerra de tróia. [...] essa expedição mesma os reuniu apenas num momento, naquele em que a navegação marítima enContrava-se mais desenvolvida". (tucíDiDes. "a Guerra Do peloponeso". século v a. c.) baseando-se no texto, responda. a) Qual característica política dos gregos na Antigüidade é apresentada por Tucídides? b) Por que, apesar da situação política expressa por Tucídi- des, pode-se falar de uma antiga civilização grega? 6. (uniCamp) "a époCa arCaiCa (séCulos vii - vi a. C.) é talvez o pe- ríodo mais importante da história grega. o período arCaiCo trouxe Consigo inovações Capitais em todos os domínios. a novidade maior é o desenvolvimento da pólis (Cidade-estado grega) Cuja CaraCterís- tiCa essenCial é a uniFiCação entre Cidade e Campo. outras Conquis- tas da époCa arCaiCa Foram o apareCimento da noção de Cidadão e a CodiFiCação das leis, que limitavam os poderes arbitrários dos poderosos, a justiça torna-se, portanto, um negóCio públiCo". (aDaptaDo De m. austin e r viDal-naquet, economia e socieDaDe na Grécia antiGa,eDições 70, s/D) a) Cite três características da pólis grega. b) Por que a codificação das leis foi uma etapa importante na formação da pólis? 7. (unesp) a palavra Colonização deriva do verbo latino "Colo", Com signiFiCado de "morar e oCupar a terra". nesse sentido ge- ral, o termo Colonização apliCa-se a desloCamentos populaCionais que visam oCupar e explorar novas terras. nos séCulos viii e vii a.C., os gregos Fundaram Cidades na ásia menor, na península itáliCa, na siCília, no norte da áFriCa. identiFique algumas das CaraCterístiCas desse proCesso de Colonização que o diFerenCiam da Colonização realizada pelos europeus no Continente ameriCano nos séCulos xvi ao xix. 8. (uniCamp) a CaraCterístiCa mais notável da gréCia antiga, a razão proFunda de todas as suas grandezas e de todas as suas Fraquezas, é ter sido repartida numa inFinidade de Cidades que Formavam um número Correspondente de estados. as Condições geográFiCas da gréCia Contribuíram Fortemente para dar-lhe sua Feição históriCa. reCortada pelo embate entre a montanha e o mar, há uma Fragmentação FísiCa e polítiCa das diFerentes soCiedades. (aDaptaDo De GustaveGlotZ, "a ciDaDe GreGa". são paulo: DiFel, 1980, p. 1.) a) Segundo o texto, qual a organização política mais rele- vante da Grécia antiga? Indique suas principais caracte- rísticas. b) Relacione a economia da Grécia antiga com as condi- ções geográficas indicadas no texto. gAbAritO E.O. Aprendizagem 1. B 2. D 3. E 4. E 5. C 6. C 7. B 8. D 9. B E.O. Fixação 1. B 2. C 3. B 4. D 5. B 6. C 7. D 8. C E.O. Complementar 1. D 2. C 3. D 4. C 5. B E.O. Dissertativo 1. o ConCeito de demoCraCia ateniense era direto e exCludente: os pouCos Cidadãos (homens, maiores de 21 anos e atenienses natos) partiCipavam diretamente das tomadas de deCisão da Cidade-estado. o ConCeito de Cidadania do brasil atual é indireto ou representa- tivo e abrangente: todos somos Cidadãos e elegemos um represen- tante para tomar as deCisões polítiCas. 2. a) o modelo aristoCrátiCo, que anteCedeu a demoCraCia na gré- Cia antiga, estava baseado em privilégios de origem Familiar, no qual somente os nasCidos “eupátridas” possuíam eFetivamente direitos polítiCos, tanto na oCupação de Cargos públiCos, Como no proCesso de esColha; além de manter a terra Como seu privi- légio exClusivo. a demoCraCia ampliou a partiCipação, garantida a todos independentemente da origem, porém exCluía as mulhe- res e preservava a esCravidão. b) o direito de voto na gréCia antiga Foi garantido apenas aos homens, maiores de idade, que Fossem livres (a esCravidão Foi pre- servada), nasCidos em atenas Com o pai ateniense. nas demoCraCias oCidentais Contemporâneas, o direito Foi estendido às mulheres, po- rém na maioria dos Casos, ainda existe limite de idade e restrição aos estrangeiros. 3. a) demoCraCia. b) pode-se destaCar diversas CaraCterístiCas entre elas: • a exClusão de homens até 18 anos, mulheres, meteCos e es- Cravos do ConCeito de Cidadão. • o Caráter partiCipativo dos Cidadãos nas reuniões na ágora, o meCanismo do ostraCismo ou da mistoForia. a partiCipação de Clístenes ou périCles na organização e no desenvolvimen- to do regime. • o FunCionamento da eClésia ou boule, a importânCia da ora- tória ou o papel dos demagogos. 4. a) atenas • polítiCa: durante o séCulo vi a.C., após inúmeros ConFlitos en- volvendo o partido aristoCrátiCo, representado pelos grandes proprietários rurais (eupátridas) e o partido popular (artesãos e ComerCiantes), pois o segundo reivindiCava direitos polítiCos 34 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s que até o iníCio do séCulo eram restritos aos aristoCratas, Foi instituída por Clístenes a demoCraCia, Forma de governo que assegurava direitos polítiCos aos Cidadãos independentemente do nasCimento ou da renda (voto Censitário). porém, o direito à Cidadania era restrito aos homens, maiores de idade, nasCidos na Cidade e Filhos de pai ateniense, exCluindo-se da vida públiCa as mulheres, os meteCos (estrangeiros) e os esCravos. • soCial: para que os Cidadãos pudessem se dediCar à políti- Ca, à FilosoFia, às artes e às demais atividades Culturais, os eCravos realizavam as atividades que exigiam esForço FísiCo e as atividades de Caráter buroCrátiCo. b) esparta. • polítiCa: o governo espartano era exerCido por uma oligar- quia militar, organizado a partir da diarquia (dois reis), a gerúsia, um Conselho de anCiãos Formado por 28 homens maiores de 60 anos responsável pela elaboração das leis, o eForato (Conselhos dos éForos) Formado por CinCo membros eleitos anualmente e responsável pelas Funções exeCutivas e a ápela, a assembleia dos Cidadãos Formada pelos Cidadãos/ soldados maiores de 30 e responsável pela votação das leis e eleição dos gerontes (membros da gerúsia). • soCial: a eduCação militarista, sobretudo após a Conquista dos povos vizinhos de esparta, Constituiu a prinCipal CaraCterístiCa da organi- zação soCial espartana. entre as prátiCas da eduCação espartana, destaCam-se o laConismo e a xenoFobia. o propósito dessa eduCação era a perpetuação da estrutura soCial vigente e o Controle sobre os povos dominandos e tranFormados em esCravos (os hilotas). 5. a) a organização polítiCa ateniense é a demoCraCia b) Como CaraCterístiCas Centrais da demoCraCia ateniense podemos destaCar que ela restringia-se aos homens nasCidos na Cidade, Consi- derando-os Cidadãos, portanto o sistema exCluía de direitos polítiCos as mulheres, os esCravos e os meteCos (estrangeiros). para a manu- tenção de meCanismos de proteção à demoCraCia, pode ser salientado o ostraCismo, pena que Condenava ao exílio por dez anos daqueles que ameaçavam a ordem. E.O. Enem 1. C 2. B 3. C 4. E 5. A 6. A E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. D 2. B 3. C 4. D 5. C 6. D 7. E E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. a tirania na gréCia antiga Foi instalada diante da inCompati- bilidade dos partidos aristoCrátiCo e popular, sobretudo quanto às reFormas reClamadas pelos setores populares que enContra- vam resistênCia dos aristoCratas. os tiranos, em partiCular pisístrato, usurparam o poder Com apoio popular Fragilizando a aristoCraCia. dessa Forma, abriram Caminho para a demoCraCia, ao FavoreCerem a expressão polítiCa dos setores populares. 2. a) para ser Considerado Cidadão em atenas era preCiso ser ho- mem, ter mais de 21 anos e ser ateniense nato. b) os meteCos tinham o dever ou a obrigação de obedeCer à legis- lação ateniense e tinham o direito de exerCer atividades ComerCiais. 3. a) porque o mar mediterrâneo era a prinCipal via de CirCulação de navios do mundo antigo, integrando diFerentes regiões e povos da europa, ásia e áFriCa. b) muitos historiadores Contemporâneos apontam Como Causa para a expansão das Cidades gregas no séCulo vii a.C., neCes- sidades ComerCiais e o grande CresCimento demográFiCo que se iniCiara no Final do período homériCo. porém, há disCordânCia quanto aos motivos ComerCiais, pois muitas das regiões Coloni- zadas não tinham nenhum atrativo ComerCial para os gregos. observa-se que bons portos, exCelentes pontos para o desen- volvimento da atividade ComerCial, não Foram oCupados por ne- nhuma Colônia grega, indiCando que nem sempre o objetivo mer- Cantil era o prinCipal para a expansão das Cidades. assim sendo, pode-se apontar que o prinCipal motivo da expansão territorial grega tenha sido a busCa de uma solução para a Crise deCor- rente da explosão populaCional iniCiada no séCulo viii a.C. as Condições geográFiCas da área Continental da gréCia, um solo pouCo Fértil e pedregoso e o relevo montanhoso, não atendiam as demandas de uma população CresCente. esse movimento é Co- nheCido Como segunda diáspora grega. 4. a) entre os elementos “imitados” de outros povos e soCiedade pre- sentes nos “iníCios da gréCia”, podemos Citar as téCniCas agríColas, navais e valores religiosos aprendidas Com a Civilização Cretense. b) um exemplo de “diversidade soCial e Cultural”, que “CaraCterizou os iníCios da gréCia”, é a diFerença entre a Cultura que se desenvol- veu nesse período, desCrita pelos poemas de homero e hesíodo. 5. a) a inexistênCia de unidade polítiCa, pois politiCamente os an- tigos gregos se organizavam em Comunidades autônomas, as Cidades-estado. b) do ponto de vista étniCo e Cultural, os gregos apresentavam elementos Comuns, tais Como a religião, a língua e organização Familiar e eConômiCa. 6. a) três CaraCterístiCas que podem ser apontadas são: a autonomia polítiCa, a origem em bases aristoCrátiCas e o emprego do traba- lho esCravo. b) a CodiFiCação das leis Foi uma etapa no proCesso de Formação da pólis porque amenizou as tensões polítiCo-soCiais entre os se- tores aristoCrátiCo e popular e deFiniu o ConCeito de Cidadania es- tabeleCendo os direitos polítiCos de determinados grupos soCiais. 7. a Colonização grega dos séCulos viii e vii a.C., está relaCio- nada ao proCesso ConheCido Como "segunda diáspora", vinCu- lado à desintegração do sistema gentíliCo. já a Colonização do Continente ameriCano resultou da expansão marítimo-ComerCial europeia,inserida no Contexto da transição Feudo-Capitalista. no Caso da Colonização grega, surgiram Cidades-estado que mantinham relações ComerCiais Com a metrópole, mas não se 35 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s subordinavam à eConomia da segunda e a produção baseava-se no esCravismo antigo. quanto às Colônias ameriCanas da idade moderna, não dispunham de autonomia eConômiCa, pois estavam inteiramente subordinadas aos interesses da metrópole. nelas em- pregava-se o trabalho esCravo, porém em moldes Capitalistas, isto é, assoCiado à aCumulação primitiva de Capitais. 8. a) de aCordo Com o texto, a organização polítiCa mais relevante da gréCia antiga era a pólis, Cujas prinCipais CaraCterístiCas eram a soberania, a autonomia e partiCipação direta dos Cidadãos nas questões polítiCas. b) o relevo montanhoso e o Clima árido no Continente inibiu a prátiCa da agriCultura, restrita aos pouCos vales Férteis. porém, nas áreas litorâneas, a FaCilidade de ComuniCação Com as inú- meras ilhas e Com outras regiões do mediterrâneo, FavoreCeu o ComérCio marítimo. 36 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. AprEndizAgEm 1. (Fgv) “quando diminuiu a ameaça persa, o ódio ao imperialismo ateniense CresCeu partiCularmente entre os espartanos e seus aliados, que Criaram (...) uma Força militar terrestre, e se deCidiram pela guerra por sentirem sua independênCia ameaçada pelo imperialismo de atenas. a guerra representou o suiCídio da gréCia das pólis independentes”. Flavio De campos e renan Garcia miranDa, oFicina De história - história inteGraDa. o texto apresenta: a) as Guerras Médicas. b) a Guerra de Troia. c) a Guerra do Peloponeso. d) a Primeira Guerra Púnica. e) a Segunda Diáspora Grega. 2. (iFsp) as pólis gregas dependiam da mão de obra esCrava. havia uma Certa variação entre homens livres e esCravos, Como nos mostra a tabela abaixo. região homens livres esCravos corinto 165 000 homens 175 000 homens atica 135 000 homens 100 000 homens sobre a mão de obra esCrava nas pólis, é Correto aFirmar o seguinte: a) deu origem a uma sociedade escravista, isto é, o escravo era a base de toda a sociedade. b) era usada somente à época da guerra, quando se formavam os batalhões de soldados. c) era tão numerosa que os escravos eram confundi- dos com os cidadãos livres. d) por haver um equilíbrio entre a população livre e a escrava, a educação era dada igualmente a todos. e) o equilíbrio numérico existente era devido aos bons tratos que os escravos recebiam dos homens livres. 3. (espm) algumas das obras da esCultura ClássiCa que desFru- taram de maior Fama em époCas posteriores Foram Criadas duran- te o período helenístiCo, Como o laoCoonte e seus Filhos. a obra representa a terrível Cena em que o saCerdote troiano laoCoonte e seus dois inFelizes Filhos são envolvidos por duas gigantesCas serpentes, em seus anéis, que os estrangulam. e. h. Gombrich. a história Da arte. sobre a Cultura helenístiCa menCionada no texto, é Correto assinalar: a) foi uma cultura exclusivamente grega e, portanto, na- cionalista, exprimindo o orgulho do povo por sua cidade. b) foi uma cultura exclusivamente oriental, despre- zando o humanismo. c) a cultura helenística fundiu aspectos da cultura gre- ga com a cultura oriental, tornando-se mais realista e exprimindo a violência e a dor. d) foi uma cultura influenciada pelo cristianismo e serviu para expressar o poder e a influência da Igreja Católica. e) foi uma cultura influenciada pelo islamismo e limitada pelas especificações religiosas. 4. (uFpa) aristóteles propunha dois Critérios para diFerenCiar senhores e esCravos: o primeiro Critério é de ordem polítiCa: o homem é, por natureza, um animal polítiCo, um ser CíviCo; por Conseguinte, só o homem livre é total- mente homem porque só ele está apto para a vida polítiCa. o senhor Coin- Cide Com o Cidadão. pelo Contrário, o esCravo é, por natureza, inCapaz de deliberar, partiCipa da razão sem a possuir. o segundo Critério artiCula- -se Com o primeiro. Certos trabalhos que impliCam apenas o uso da Força são, por essênCia, servis e são esses os que se adéquam aos indivíduos que Foram deFinidos Como esCravos pela sua inCapaCidade de raCioCinar. aristóteles, política. baseado nos Critérios de aristóteles é Correto aFirmar: a) Na Grécia Antiga, a escravidão e a política estavam vin- culadas contraditoriamente, pois a existência de uma jus- tificava a outra, ou seja, para que os homens livres pudes- sem se dedicar exclusivamente à política, o trabalho, que garantia sua subsistência, deveria ser feito pelos escravos. b) A condição de escravo, em qualquer época, implica o reconhecimento, pelo indivíduo escravizado, da perda de sua condição humana e de sua inferioridade em re- lação ao senhor, o que o leva a aceitar mais facilmente tal situação, que passa a ser vista como inevitável. c) A escravidão no mundo antigo greco-romano re- caia sobre os povos de tradição guerreira, que, por serem portadores de grande força física e de culturas primitivas, eram considerados mais capazes de reali- zar trabalhos que exigiam apenas o uso da força. d) A escravidão na Antiguidade Clássica adotava critérios étnicos e culturais, o que fazia com que somente povos considerados bárbaros, incultos, incapazes de usar a ra- zão fossem escravizados nas guerras. Portanto, os povos vistos como civilizados ficavam isentos de tal condição. e) Os escravos antigos assemelhavam-se aos modernos, principalmente no que dizia respeito à destinação dos produtos de seu trabalho, já que, em ambas as situações, o trabalho escravo vinculava-se à produção de alimentos que garantiam a subsistência dos homens livres. CIVILIZAÇÃO GREGA: PERÍODOS CLÁSSICO E HELENÍSTICO & CIVILIZAÇÃO ROMANA: MONARQUIA COMPETÊNCIA(s) 1, 2, 3, 4, 5 e 6 HABILIDADE(s) 1, 4, 5, 7, 8, 9, 14, 16, 18, 19, 22, 23 e 29 CH AULAS 7 E 8 37 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 5. (ueCe) o episódio da violênCia exerCida por sexto tarquínio Contra luCréCia, mulher de Colatino, um dos nobres romanos, narra e Celebra em tom Comemorativo “a expulsão dos tarquí- nios” Como a libertação da tirania. este evento marCa a) o fim da monarquia em Roma. b) o início da estrutura gentílica romana. c) o estabelecimento das leis das XII Tábuas. d) a guerra contra os samnitas e o domínio da Itália central. 6. (puC-rs) durante o período monárquiCo (CerCa de 750 a.C. a 509 a.C.), a organização soCial básiCa do mundo romano era a _________, Comunidade Formada por um grupo extenso de membros que se reConheCiam Como desCendentes de um antepas- sado Comum e onde se ConCentravam propriedades e Fortunas. os líderes de tais Comunidades eram homens ConheCidos Como _________, CheFes de Família Com direito de vida e morte sobre os demais membros. não Faziam parte dessas Comunidades os _________, indivíduos originários de povos submetidos pela população nativa de roma. esses indivíduos eram súditos livres, proprietários e Contribuintes, mas não podiam exerCer Funções públiCas, exCeto serviços militares. a) tribo – patrícios – servos b) tribo – monarcas – clientes c) gens – patrícios – plebeus d) cúria – eupátridas – clientes e) gens – monarcas – plebeus 7. (maCkenzie) Frank miller inspirou-se na verdadeira batalha de termópilas, oCorrida em 438 a.C, na gréCia, para esCrever “os 300 de esparta”. a adaptação da história em quadrinhos de miller Foi levada ao Cinema, em 2006, pelo diretor zaCk snyder, Com o título “300”. a respeito do Contexto das guerras médiCas (500-479 a.C), tema abordado no Filme, assinale a alternativa Correta. a) O domínio e a expansão naval fenícia ameaçavam a hegemonia da Grécia sobre o mar Egeu, o que oca- sionou a formação de uma aliança defensiva grega. b) Desenvolvendo uma política imperialista, Atenas entrou em conflito com Espartaque, agrária e oligár- quica, permaneceu fechada à expansão territorial. c) O expansionismo persa, que já havia dominado cidades gregas da Ásia Menor e estabelecido o controle persa so- bre rotas comerciais do Oriente, ameaçava a soberania da Grécia, tornando inevitável o conflito grego-pérsico. d) Esparta, por priorizar a formação física e militar, cultivando no indivíduo o patriotismo incondicional ao Estado, liderou a ofensiva grega contra os assírios, que ameaçavam as instituições democráticas gregas. e) O forte espírito militarista presente na cultura hele- nística e difundido em todas as pólis gregas permitiu que, no conflito contra os medos, a Grécia obtivesse a supremacia militar e se sagrasse vencedora. 8. (Fuvest 2021) leia o texto a Corrupção nos Costumes das mulheres é ainda uma Coisa pre- judiCial ao Fim que se propõe o governo, e à boa Conservação das leis do estado [...] é o que aConteCeu em esparta [...]. tais são as observações Feitas entre os laCedemônios: no tempo da sua dominação as mulheres resolviam todas as questões. de resto, que diFerença existe em que as mulheres governem, ou que os magistrados sejam governados por mulheres? [...] as mulheres dos laCedemônios, mesmo no Caso de perigo, Fizeram-lhes o maior mal possível”. aristóteles, a política. rio De Janeiro: eDiouro, s./D., p. 79-80. é Correto aFirmar sobre as mulheres na gréCia antiga: a) obtiveram direitos à educação e acesso às escolas filosóficas da cidade-estado de Atenas durante o pe- ríodo Clássico. b) em Esparta, recebiam educação física na infância, tinham direito à herança e administravam as proprie- dades na ausência dos maridos. c) adquiriram poderes políticos como cidadãs, apenas com o estabelecimento do Império Macedônico, sob a liderança de Alexandre Magno. d) em Atenas, podiam participar de algumas discus- sões na Eclésia e possuíam direitos políticos durante o período da Democracia. e) tornaram-se legisladoras e integrantes do Conse- lho dos mais velhos na cidade-estado de Tebas. 9. (uniFesp) a demoCraCia na gréCia antiga esteve intimamente ligada a) ao período homérico (séculos XII a VIII a.C.), ao trabalho servil, às lutas entre grandes e pequenos proprietários de terras e ao voto censitário. b) ao período arcaico (séculos VIII a VI a.C.), ao traba- lho livre, à pacificação do conflito entre as classes e ao sufrágio universal. c) ao período clássico (séculos V e IV a.C.), ao traba- lho escravo, às lutas entre os cidadãos ricos e pobres e ao voto direto. d) ao período helenístico (séculos III e II a.C.), ao tra- balho livre, à pacificação dos conflitos entre os cida- dãos e ao voto por sorteio. e) a todos os períodos (séculos XII a III a.C.), ao tra- balho escravo, à desigualdade entre os cidadãos e à eleição de representantes. 10. (Fgv) "Fui atrás dos assassinos de meu pai e depois de semear o terror entre os gregos Com a destruição de tebas, Fui aClamado Comandante por eles. e ao assumir o reino da maCedônia, não aChei digno de me Contentar em Comandar só Com o que meu pai tinha me deixado; ao Contrário, lançando meus pensamentos por toda a terra e pensando que seria perigoso se eu não dominasse todos os povos, à Frente de pouCos homens invadi a ásia e no graniCo, em grande batalha, Fui venCedor. depois de Conquistar a lídia a jônia e a Frígia, em resumo, depois de submeter todos os que se apresen- taram diante de meus pés, Cheguei a issos. lá dario me esperava, à Frente de muitas miríades de soldados (...) para terminar: eu morri enquanto reinava (...) dando pouCo valor às Coisas do oCidente preFeri lançar-me na direção da aurora." (luciano, "DiÁloGo Dos mortos".traD., são paulo: eDusp/palas athena, 1999, p. 189 e 191.) 38 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s o Comandante militar que se apresenta no treCho anterior é: a) César, o general romano responsável pela conquis- ta da Gália no século I a.C. b) Ulisses, o herói grego da conquista de Tróia em torno do século XIII a.C. c) Átila, rei dos hunos, cujas campanhas assolaram a Gália e a Itália no século V. d) Alexandre, o imperador macedônico conquistador da Pérsia no século IV a.C. e) Aníbal, general cartaginês que impôs várias derro- tas aos romanos no século III a.C. 11. sobre o período da monarquia em roma, analise as aFirma- tivas abaixo. 04 – os sabinos eram povos que viviam na planíCie do láCio, Cuja Contribuição à Formação de roma Foi representada na lenda do “rapto das sabinas”. 08 – os etrusCos habitavam a etrúria e inFluenCiaram o desen- volvimento da Cultura romana após terem invadido a Cidade e a dominado militar e politiCamente. 16 – Foi durante a monarquia que surgiram os magistrados, que passaram a administrar a Cidade. 32 – a inFluênCia etrusCa Foi sentida de várias Formas, prinCi- palmente na urbanização de roma, Construindo seus Canais de drenagem e transFormando o Fórum no Centro da Cidade. indique a alternativa que indiCa a somatória dos números que preCedem as aFirmativas Corretas. a) 20 b) 12 c) 44 d) 48 e) 24 E.O. FixAçãO 1. (uFg) alexandre não tentou reorganizar a Cidade, Como pre- tendiam platão e aristóteles, mas inaugurou um novo modo de governar. nesse sentido, a sua ação Contrariou proFundamente as orientações que reCebera de aristóteles. martins, o. s.; melo, J. J. p. a paiDeia helenística. apuD rossi, a. l. D. o. c. (orG.). miGrações e imiGrações entre saberes, culturas e reliGiões no munDo antiGo e meDieval. assis: unesp, 2009. p. 35. o Fragmento se reFere ao governo do imperador alexandre mag- no no séCulo iv a.C. a partir da análise do texto e Considerando o Contexto a que se reFere, destaCa-se, Como uma das CaraCterís- tiCas do governo de alexandre magno, a a) ênfase na política de paz com os impérios orientais, por meio de alianças com os persas e os egípcios, colo- cando fim à expansão grega. b) afirmação da cultura grega como a forma de expres- são aceita, estabelecendo o sofismo como base para o governo da pólis. c) adoção da religião politeísta e antropomórfica, com- posta de vários deuses que se assemelhavam aos ho- mens, substituindo a adoração ao imperador. d) valorização da filosofia como fundamento da vida cívi- ca, utilizando o estoicismo e o epicurismo para justificar a existência da pólis. e) retomada do despotismo em que a autoridade do governo era inquestionável, sepultando as conquistas de direitos que fundamentaram a democracia. 2. (puC-sp) “por natureza, na maior parte dos Casos, há o que Comanda e o que é Comandado. o homem livre Comanda o esCravo (...). estabeleCemos que o esCravo é útil para as neCessidades da vida.” aristóteles. política (iv a.c.). apuD: marcelo reDe. a Grécia antiGa. são paulo: saraiva, 2012, p. 33. o texto, esCrito no séCulo iv a.C., indiCa que, no mundo grego antigo, a a) democracia envolvia todos os moradores das cidades e do campo, sem fazer distinções de raça ou condição social. b) escravidão era considerada natural e sua instituição permitiu a participação dos cidadãos na vida política. c) democracia e a escravidão eram consideradas incom- patíveis, pois apenas com liberdade geral e irrestrita é que se pode construir uma democracia. d) escravidão permitia que todos os cidadãos pudessem de- dicar-se apenas ao ócio, sem atuar na vida coletiva da cidade. e) democracia predominou, uma vez que todos eram con- siderados iguais e livres por natureza. 3. (uFrgs) esta a exposição de heródoto de túrio, para que bem os aConteCimentos provoCados pelos homens, Com o tempo, sejam apaga- dos, nem as obras grandes e admiráveis, trazidas à luz tanto pelos gregos quanto pelos bárbaros, se tornem sem Fama – e, no mais, investi- gação também da Causa pela qual Fizeram guerra uns Contra os outros. heróDoto, histórias, 1, 1-5. a narração de heródoto (480-420 a.C.), Considerado o pai da história oCidental, reFere-se a) às guerras médicas – e aos persas. b) à guerra do Peloponeso – e aos espartanos. c)às conquistas de Alexandre, o Grande – e aos egípcios. d) às guerras púnicas – e aos cartagineses. e) à guerra de Troia – e aos troianos. 4. (uepa) “no tempo de périCles (461-429 a.C), o CompareCi- mento à assembleia soberana era aberto a todo o Cidadão. a assem- bleia era um ComíCio ao ar livre que reunia Centenas de atenienses do sexo masCulino, Com idade superior a 18 anos. todos os que CompareCiam tinham direito de Fazer uso da palavra. as deCisões da assembleia representavam a palavra Final na guerra e na paz, nos tratados, nas Finanças, nas legislações, nas obras públiCas, no julgamento dos Casos mais importantes, na eleição de administra- dores, enFim na totalidade das atividades governamentais”. braick, patrícia ramos e mota, mYriam becho. história: Das cavernas ao terceiro milênio, 2ª eDição. são paulo: eDitora moDerna, 2010. p. 102. Com base nesta inFormação, ConClui-se que, em atenas, no perío- do de périCles: a) a democracia se consolidou e atingiu sua plenitude por meio de princípios como o da isonomia, isocracia e isegoria, que se definiu como a igualdade de direito ao acesso à palavra na assembleia soberana. b) a cidadania ateniense fundamentava-se na igual- dade de gênero, garantindo aos cidadãos o pleno di- reito à palavra independente de sexo, impondo como limite a idade de dezoito anos. c) a relação de poder entre funcionários do Estado e a elite política ateniense assegurava a manutenção de um regime de governo aristocrático no qual somente os homens exerciam o direito de cidadania. 39 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s d) os cidadãos atenienses eram guiados por uma bu- rocracia estatal que impediu o rodízio dos cargos ad- ministrativos, de modo que a liderança direta e pes- soal era exercida por uma minoria de homens jovens. e) a concentração da autoridade na assembleia pos- sibilitou a criação de um regime de governo baseado no poder pessoal, institucionalizando a oratória como competência mais importante para o exercício da po- lítica nos tempos de Péricles. 5. (uFsCar) "Com eFeito, Como os atenienses molestavam Consi- deravelmente os peloponésios de um modo geral, e prinCipalmente o território dos laCedemônios [espartanos], estes pensaram que a melhor maneira de aFastá-los seria retaliar mandando um exérCi- to Contra os aliados de atenas, espeCialmente porque tais aliados poderiam assegurar o sustento do exérCito e estavam Chamando os laCedemônios para vir ajudá-los, Criando Condições para que eles se revoltassem. em adição, os laCedemônios estavam Conten- tes por terem um pretexto para mandar os hilotas para longe, a Fim de impedi-los de tentar revoltar-se na situação presente (...) realmente, por medo de sua juventude e de seu número - na ver- dade, a maioria das medidas adotadas pelos laCedemônios visava sempre protegê-los Contra os hilotas (...)". (tucíDiDes. "história Da Guerra Do peloponeso", século v a.c.) sobre o momento históriCo a que se reFere tuCídides, é Correto aFirmar que a) os hilotas representavam os soldados de elite do exército ateniense. b) o principal objetivo de Atenas era transformar Es- parta em um Estado democrático. c) a preocupação dos lacedemônios era controlar a população de Lacônia e Messênia, que eles escraviza- ram quando chegaram ao Peloponeso. d) os exércitos atenienses eram compostos essencialmente por hilotas, geralmente agricultores que viviam em cidades. e) os lacedemônios tinham por objetivo consolidar a aliança entre as cidades gregas que faziam parte da Liga de Delos. 6. (Fgv) o período helenístiCo Foi marCado por grandes transFor- mações na Civilização grega. entre suas CaraCterístiCas, podemos destaCar: a) O desenvolvimento de correntes filosóficas que, diante do esvaziamento das atividades políticas das cidades-Estado, faziam do problema ético o centro de suas preocupações visando, principalmente, ao apri- moramento interior do ser humano. b) Um completo afastamento da cultura grega com relação às tradições orientais, decorrente, sobretudo, das rivalidades com os persas e da postura depreciati- va que considerava bárbaros todos os povos que não falavam o seu idioma. c) A manutenção da autonomia das cidades-Estado, a essa altura articuladas primeiro na Liga de Delos, sob o comando de Atenas e, posteriormente, sob a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta. d) A difusão da religião islâmica na região da Ma- cedônia, terra natal de Felipe II, conquistador das cidades-Estado gregas. e) O apogeu da cultura helênica representado, princi- palmente, pelo florescimento da filosofia e do teatro e o estabelecimento da democracia ateniense. 7. (uFsCar) os instrumentos são de vários tipos; alguns são vivos, outros inanimados; o Capitão de um navio usa um leme sem vida, mas um homem vivo Como observador; pois o trabalhador num oFíCio é, do ponto de vista do oFíCio, um de seus instrumentos. assim, qualquer parte da propriedade pode ser Considerada um instrumento destinado a tornar o homem Capaz de viver; e sua propriedade é a reunião desse tipo de instrumentos, inCluindo os esCravos; e um esCravo, sendo uma Criatura viva, Como qualquer outro servo, é uma Ferramenta equivalente às outras. ele é em si uma Ferramenta para manejar Ferramentas. (aristóteles (século iv a.c.). "política") a esCravidão era Comum na gréCia antiga. em atenas, Corinto e mileto, quase toda a vida eConômiCa dependia do trabalho es- Cravo. era Frequente enContrar o esCravo trabalhando na agri- Cultura, nas oFiCinas de artesanato, em serviços doméstiCos e nas minas. o modo Como os gregos enCaravam a esCravidão FiCou registrado em textos de FilósoFos da époCa, Como o de aristóteles, do qual podemos depreender que o esCravo era visto Como um a) ser vivo e humano, antes de tudo. b) instrumento de trabalho vivo e uma propriedade. c) cidadão com direitos, por ser uma criatura viva. d) servo para qualquer trabalho, que não podia ser vendido. e) trabalhador assalariado, explorado como ferramen- ta viva de trabalho. 8. (uel) leia o texto a seguir. "[...] Com a boa sorte do povo de atenas. que os legisladores resolvam: se alguém se rebelar Contra o povo visando implantar a tirania, ou junta-se a Conspiradores, ou se alguém atenta Contra o povo de atenas ou Contra a demoCraCia, em atenas, se alguém Cometeu algum destes Crimes, quem o matar estará livre de proCes- so. [...] se alguém, quando o povo ou a demoCraCia, em atenas, tiver sido deposto, dirigir-se-á ao areópago, reunindo-se em Con- selho, deliberando sobre qualquer assunto, perderá sua Cidadania, pessoalmente e seus desCendentes, seus bens ConFisCados, Cabendo à deusa o dízimo [...]." (lei ateniense contra a tirania, 337-6 a.c. estela De mÁrmore, com um relevo representanDo a Democracia ao coroar o povo De atenas. (in harDinG 1985, p. 127) apuD Funari, p. p. a. antiGuiDaDe clÁssica. a história e a cultura a partir Dos Documentos. campinas: eDitora Da unicamp, 2003. 2 eD. p. 90.) a lei ateniense Contra a tirania de 337-6 a.C. insere-se na pas- sagem da Cidade independente para o estado imperial helenístiCo. neste Contexto, analise as aFirmações a seguir: i. as póleis gregas enContraram-se, no deCorrer do séCulo iv a.C., CresCentemente marCadas pelas disputas internas e externas. ii. esse doCumento retrata os ConFlitos em atenas, uma vez que sua leitura evidenCia a neCessidade de instrumentos legais para a deFesa interna da demoCraCia. iii. as póleis gregas enContravam-se em um momento de paz, no deCorrer do séCulo iv a.C., sem que houvesse o risCo de atentados Contra a demoCraCia. iv. em um momento em que as Cidades gregas perdiam sua autonomia, proCurava-se preservar as relações de poder no interior da polis. assinale a alternativa que Contém todas as aFirmativas Corretas. a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 40 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol ogia s E.O. COmplEmEntAr 1. (UPE) desde homero, a poesia greCo-romana traçou um padrão de qualidade, que se ConFigura entre as grandes produções literá- rias do oCidente. sobre a produção poétiCa do mundo ClássiCo, ana- lise as seguintes aFirmações: i. a poesia de homero, exemplo de epopeia, serve Como Fonte para os primórdios da Formação do povo grego. ii. a odisseia pode ser interpretada, em espeCial a passagem do Canto das sereias, Como a aFirmação do poder das elites, personi- FiCadas na Figura do herói ulisses. iii. a obra de saFo de lesbos é marCada pelo erotismo, exaltando as Figuras Femininas. iv. a ilíada, poema que desCreve a guerra de tróia, Foi esCrita por parmênides, apesar de ser atribuída a homero. v. aristóteles também se destaCou na produção poétiCa, Com uma obra que teve Forte inFluênCia nos esCritos do poeta romano pe- trônio, em espeCial no satiriCon. estão Corretas: a) I, II e III. b) I, III e V. c) II, IV e V. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 2. (uCs) sobre o sistema esCravista antigo, é Correto aFirmar que: a) as diferenças étnicas não eram relevantes, uma vez que qualquer pessoa pobre ou miserável poderia se tornar escravo. b) os escravos possuíam a mesma cultura e religião, porque, de forma geral, provinham da mesma região, ou seja, dos povos árabes. c) a manumissão – concessão de liberdade ao escra- vo – foi uma prática generalizada tanto na Grécia quanto na Roma escravista. d) alguns pais negavam seus próprios filhos, especial- mente quando duvidavam da fidelidade da mulher, transformando-os em escravos. e) as tarefas manuais, que ficavam a cargo dos escra- vos, levou os homens livres a uma atitude de despre- zo por esse tipo de atividade. 3. (UFRN) nos primeiros meses de 430 a.C., périCles proFeriu um disCurso em homenagem aos mortos da guerra do peloponeso. nesse disCurso ele aFirmou: temos um regime que nada tem a invejar das leis estrangeiras. [...] se, em matéria de divergênCias partiCulares, a igualdade de todos diante da lei é assegurada, Cada um, em virtude das honras devidas à posição oCupada, é julgado naquilo que pode oCasionar sua dis- tinção: no que se reFere à vida públiCa, as origens soCiais Contam menos que o mérito, sem que a pobreza diFiCulte a alguém servir à Cidade por Causa da humildade de sua posição. PINSKI, Jaime (Comp.). 100 textos de história antiga. São Paulo: HUCITEC, 1972. p. 94-95. desse Fragmento do disCurso de périCles, pode-se inFerir: a) a existência de um critério censitário como elemento definidor dos cidadãos atenienses, aos quais cabia, com exclusividade, aprovar as leis e decidir questões relativas à paz e à guerra. b) a existência de um código de leis extremamente severas, o que mantinha, em Atenas, os privilégios da aristocracia. c) a presença de uma estrutura social flexível da democra- cia em Atenas, que permitia aos escravos deixarem essa condição e se tornarem cidadãos. d) a singularidade da estrutura da vida democrática ate- niense, que se caracterizava pela primazia do espaço pú- blico e pelo zelo à igualdade entre os cidadãos. 4. (puC-Camp) sobre os primitivos habitantes da itália, pode-se aFirmar que os a) italiotas acomodaram-se no Sul da Itália, onde de- senvolveram povoados. b) gregos ocuparam a parte Central da Península, subdividindo-se em vários clãs. c) etruscos, provavelmente originários da Ásia, ocupa- ram o Norte da Península. d) lígures fixaram-se ao Sul combatendo ferrenhamen- te os etruscos. e) sículos penetraram na Península através da cadeia dos Alpes e ocuparam o Norte. 5. (Fgv) "ninguém Cuidava de atingir um objetivo honesto, pois não se sabia se se ia viver o suFiCiente para realizá-lo. ninguém era retido nem pelo temor dos deuses nem pelas leis humanas; não se Cuidava mais da piedade do que da impiedade desde que se via todos morrerem indistintamente." tucíDiDes. in wolFF, Francis. "sócrates". são paulo: brasiliense, 1987, p. 31. sobre a Crise provoCada pela guerra do peloponeso é Correto aFirmar: a) O final da guerra resultou em um período de floresci- mento cultural e político, denominado "Século de Péricles". b) Após o tratado de paz assinado por atenienses e espartanos em 421 a.C., a guerra recomeçou com a traição de Péricles. c) A primeira potência hegemônica da guerra foi Es- parta, sucedeu-lhe Tebas e, por fim, Atenas. d) A guerra que durou quase trinta anos e provocou uma terrível peste em Atenas, da qual foi vítima o próprio Péricles, criou as condições para a intervenção de Filipe da Macedônia. e) A guerra foi um conflito entre os persas e os gregos e teve início com a invasão persa da cidade grega de Mileto em 430 a.C. 6. (Fgv) a batalha de maratona, oCorrida em 490 a.C., deve ser Compreendida Como: a) Um dos episódios das Guerras Médicas, que mar- cou a vitória dos gregos e transcorreu no período da democracia ateniense. b) Um dos episódios da Guerra de Tróia, que marcou o início da expansão grega pela região do Peloponeso. c) Uma das batalhas das Guerras Púnicas, que marcou a anexação da Grécia e de Cartago pelo Império Romano. d) Um dos confrontos entre gregos e persas, que marcou o início da hegemonia espartana e o fim da democracia ateniense. e) Um dos episódios da conquista da Pérsia por Ale- xandre, que marcou a expansão do modelo democrá- tico grego para o Oriente. 41 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. dissErtAtivO 1. (uFpr) Considere a aFirmação do historiador pedro paulo Funari: “a guerra do peloponeso não deixou de ser, até os nossos dias, uma narrativa históriCa maior. pode pareCer espantoso ver Como reCorrente um uso polítiCo Contemporâneo de um ConFlito tão dis- tante no tempo e ConCernente a uma realidade históriCa tão espeCí- FiCa quanto a das Cidades gregas. Com eFeito, os primeiros a lerem, relerem e a se inspirarem em tuCídides Foram as elites britâniCas. desde os primórdios da inglaterra moderna, nasCida dos ConFlitos Com o Continente, os ingleses abandonaram todas as pretensões de potênCia terrestre europeia, em proveito da Conquista dos mares.” Funari, peDro paulo. usos Da Guerra Do peloponeso. revista brasileira De história militar. ano ii, n. 4, abril De 2011. Com qual Cidade-estado os ingleses se identiFiCaram nos rela- tos de tuCídides sobre a guerra do peloponeso? justiFique sua resposta, expliCando o que Foi a guerra do peloponeso, no que se reFere aos prinCipais envolvidos, a suas motivações e às ConsequênCias para o mundo grego. 2. (uFg) a guerra não é nem pode ser anomia, ausênCia de regras. ao Contrário, ela se desenrola no quadro de normas aCeitas por todos os gregos, preCisamente porque essas regras se originam do Conjunto de prátiCas, de valores, de Crenças Comuns. ainda aqui, o quadro só é verdadeiro até Certo ponto. de iníCio, porque a guerra jamais FiCou ConFinada uniCamente nas Fronteiras do mundo gre- go. desde então, dividida em dois Campos antagôniCos, a gréCia engajou-se numa luta Cujo risCo, esCala e Forma não eram mais os mesmos. Foi todo um sistema de regras antigas que se rompeu. vernant, Jean-pierre. mito e socieDaDe na Grécia antiGa. rio De Janeiro: José olYmpio, 1992. p.38-39. (aDaptaDo). neste Fragmento, o historiador jean-pierre vernant avalia a transFormação no ordenamento das Cidades-estados, advinda Com as guerras Contra os persas. diante do exposto, explique: a) a ordem política das cidades-Estados, anterior à guer- ra contra os persas; b) a mudança ocorrida na ordenação das cidades- -Estados em virtude da guerra contra os persas. 3. (UFPR) “embora a questão do iníCio históriCo da FilosoFia e da CiênCia teóriCa ainda Contenha pontos Controversos e Continue um ‘problema em aberto’ - na dependênCia inClusive de novas desCober- tas arqueológiCas -, a grande maioria dos historiadores tende hoje a admitir que somente Com os gregos Começa a audáCia e a aventura expressas numa teoria. às Conquistas esparsas e as sistemátiCas da CiênCia empíriCae pragmátiCa dos orientais, os gregos do séCulo vi a.C. Contrapõem a busCa de uma unidade de Compreensão raCional, que organiza, integra e dinamiza os ConheCimentos.” (pessanha, José américo motta. “os pré--socrÁticos: viDa e obra”. são paulo: nova cultural [os pensaDores], 1989, p. viii.) CaraCterize a ConCepção de mundo existente na gréCia que Foi superada pelo esForço inteleCtual dos FilósoFos gregos da anti- guidade. 4. (UFAL) na tradição CientíFiCa e raCionalista que é a nossa, Consideramos que a razão surgiu na gréCia há 2.500 anos. alguns Chegaram a pensar que o surgimento dessa razão mar- Cou uma ruptura em todos os planos, uma ruptura total Com o que existia antes, ou seja, para eles, o irraCional. (...) essa interpretação impliCa o advento de uma atitude mental que te- ria, de Forma absolutamente deCisiva, instaurado um Caminho de pensamento totalmente novo. um Caminho CaraCterístiCo do oCidente e ao qual a CiênCia e a FilosoFia estão ligadas. (Jp. vernant) neste texto vernant desCreve a interpretação geralmente aCeita de que a razão teria nasCido na gréCia através de uma ruptu- ra Com o mito, realizada pelos primeiros FilósoFos. exponha as prinCipais diFerenças entre as expliCações da ordenação mundo proposta por esses FilósoFos e aquelas proporCionadas pelo mito. 5. (UFRN) na gréCia antiga, às vésperas da guerra entre atenas e esparta, dois personagens polítiCos rivais, um espar- tano e outro ateniense, reFerindo-se às motivações e intenções de suas respeCtivas Cidades, assim se expressaram: outros, Com eFeito, podem ter dinheiro em abundânCia e naus e Ca- valos, mas temos aliados valentes, que não devem ser entregues aos atenienses; votai, portanto, pela guerra, laCedemônios, Como Convém à dignidade de esparta, e não permitais que atenas se torne maior. Discurso De stenelaíDas - éForo espartano. apuD tucíDiDes. “a Guerra Do peloponeso”. 3. eD. brasília: eDitora unb, 1999. p. 54-55. agora estes homens reCém-Chegados proClamam que devemos dar independênCia a todos os helenos. nenhum de vós, porém, deve pen- sar que iremos entrar em guerra por motivos banais se nos reCu- sarmos a revogar o deCreto da Cidade de mégara [...]. ide Com a determinação de não Ceder sob pretexto algum, grande ou pequeno e de não vivermos amedrontados por Causa dos bens que possuímos. Discurso De péricles - líDer ateniense. apuD tucíDiDes. “a Guerra Do peloponeso”. 3. eD. brasília: eDitora unb, 1999. p. 78. tomando Como ponto de partida esses dois Fragmentos de disCur- sos proFeridos no Final do séCulo v a.C., explique Como atenas Chegou à situação de domínio quase total da Comunidade helêniCa e estabeleça a relação existente entre demoCraCia e imperialismo no mundo grego nesse período. 6. (UFG) ... os Fatos na antiguidade Foram muito próximos de Como os desCrevi, não dando muito Crédito, de um lado, às versões que os poetas Cantaram, adornando e ampliFiCan- do seus temas, e de outro Considerando que os logógraFos [primeiros esCritores gregos] Compuseram as suas obras mais Com a intenção de agradar os ouvidos que de dizer a verdade (...) deve-se olhar os Fatos Como estabeleCidos Com preCisão suFiCiente, à base de inFormações mais nítidas. tucíDiDes i, 21. “história Da Guerra Do peloponeso.” brasília: eD. Da unb, 1999, p.25. o desenvolvimento do pensamento FilosóFiCo e o nasCimento da história (a investigação que loCaliza as “inFormações mais níti- das”), Como atividade que distingue mito e verdade, Foram Con- Comitantes ao nasCimento da “polis” e ConheCeram um período de FloresCênCia no denominado “séCulo de périCles”. disCorra sobre os aspeCtos Culturais e polítiCos desse período da história da gréCia antiga. E.O. EnEm 1. (enem) texto i olhamos o homem alheio às atividades públiCas não Como alguém que Cuida apenas de seus próprios interesses, mas Como um inútil; nós, Cidadãos atenienses, deCidimos as questões públiCas por nós mesmos na Crença de que não é o debate que é empeCilho à ação, e sim o Fato de não se estar esClareCido pelo debate antes de Chegar a hora da ação. tucíDiDes. história Da Guerra Do peloponeso. brasília: unb, 1987 (aDaptaDo). 42 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s texto ii um Cidadão integral pode ser deFinido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exerCer Funções públiCas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exer- CíCio, de tal modo que não podem de Forma alguma ser exerCidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de Certos intervalos de tempo preFixados. aristóteles. política. brasília: unb, 1985. Comparando os textos i e ii, tanto para tuCídides (no séCulo v a.C.) quanto para aristóteles (no séCulo iv a.C.), a Cidadania era deFinida pelo(a) a) prestígio social. d) local de nascimento. b) acúmulo de riqueza. e) grupo de parentesco. c) participação política. E.O. ObjEtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (unesp) quando sua inFluênCia [de périCles] estava no auge, ele poderia esperar a Constante aprovação de suas polítiCas, expressa no voto popular na assembleia, mas suas propostas eram submeti- das à assembleia semanalmente, visões alternativas eram apresen- tadas às dele, e a assembleia sempre podia abandoná-lo, bem Como suas polítiCas, e oCasionalmente assim proCedeu. a deCisão era dos membros da assembleia, não dele, ou de qualquer outro líder; o reConheCimento da neCessidade de liderança não era aCompa- nhado por uma renúnCia ao poder deCisório. e ele sabia disso. moses i. FinleY. Democracia antiGa e moDerna, 1988. ao CaraCterizar o FunCionamento da demoCraCia ateniense, no séCulo v a.C., o texto aFirma que a) os líderes políticos detinham o poder decisório, em- bora ouvissem, às vezes, as opiniões da Assembleia. b) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos na Assembleia demonstrava o caráter indireto da democracia. c) a Assembleia era o espaço dos debates e das de- cisões, o que revelava a participação direta dos cida- dãos na condução política da cidade. d) os membros da Assembleia escolhiam os líderes po- líticos, submetendo-se, a partir de então, ao seu poder e às suas decisões. e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordân- cias na Assembleia, pois poderiam assim provocar impasses políticos. 2. (Fuvest) “alexandre desembarCa lá onde Foi Fundada a atual Cidade de alexandria. pareCeu-lhe que o lugar era muito boni- to para Fundar uma Cidade e que ela iria prosperar. a vontade de ColoCar mãos à obra Fez Com que ele próprio traçasse o plano da Cidade, o loCal da ágora, dos santuários da deusa egípCia ísis, dos deuses gregos e do muro externo.” FlÁvio arriano. anabasis alexanDri (séc. i D.c.). desse treCho de arriano, sobre a Fundação de alexandria, é pos- sível depreender a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio. b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre na região. c) a implantação dos princípios fundamentais da demo- cracia ateniense e do helenismo no Egito. d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império helênico. e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de Alexandre. 3. (Fuvest) “demoCraCia e imperialismo Foram duas FaCes da mes- ma moeda na atenas do séCulo v a.C.”. tal aFirmativa é a) correta, já que a prosperidade proporcionada pelos recursos provenientes das regiões submetidas liberava, aos cidadãos atenienses, o tempo necessário a uma maior participação na vida política. b) falsa, pois aquelas práticas políticas eram considera- das contraditórias, tanto que fora em nome da democra- cia que Atenas enfrentara o poderoso Império Persa nas Guerras Peloponésicas. c) correta, pois foi o desejo de manter a Grécia unifi- cada e de estender a democracia a todas suas cidades que levou os atenienses a seoporem ao imperialismo espartano. d) falsa, já que o orgulho por seu sistema político sempre fez com que Atenas ficasse fechada sobre si mesma, des- prezando os contatos com outras cidades-Estado. e) correta, se aplicada exclusivamente ao período das Guerras Médicas contra Esparta e sua liga aristocrática. 4. (Fuvest) Com o advento da demoCraCia na pólis grega durante o período ClássiCo, Foram a) abandonados completamente os ideais de autarquia da pólis, de glorificação da guerra e a visão aristocrática da sociedade e da política, que haviam caracterizado os períodos anteriores. b) introduzidos novos ideais baseados na economia de mercado, na condenação da guerra e na valorização da democracia, mais condizentes com a igualdade vigente. c) preservados os antigos ideais de autarquia, da guerra, da propriedade da terra, do ócio, como valores positivos. d) recuperadas antigas práticas do período homérico - abandonadas no período arcaico - como a escravidão em grande escala e o imperialismo econômico. e) adaptados aos antigos ideais aristocráticos e de autar- quia (do período homérico e arcaico) os novos ideais de economia de mercado do período clássico. 5. (unesp) o templo da ConCórdia Foi Construído no sul da siCília, no séCulo v a.C., e é um marCo da a) arte românica, caracterizada pelos arcos de meia volta e pela inspiração religiosa politeísta. b) arquitetura clássica, imposta pelos macedônios à ilha no processo de helenização empreendido por Alexandre, o Grande. c) arte etrusca, oriunda do norte da península itálica e desenvolvida no Mediterrâneo durante o período de hegemonia romana. 43 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s d) arquitetura dórica, levada à ilha pelos gregos na expan- são e colonização mediterrânea da chamada Magna Grécia. e) arte gótica, marcada pela verticalização das cons- truções e pela sugestão de ascese dos homens ao reino dos céus. 6. (unesp) para os gregos antigos, a ideia de ConFronto entre oponen- tes, até que um dos Contendores superasse os demais, atingindo um grau de exCelênCia reConheCido e admirado por todos os CirCunstantes, era um ritual Central em sua Cultura. os gregos Faziam Com que ele integrasse várias de suas Cerimônias, as mais importantes e as mais sagradas. (nicolau sevcenko. a corriDa para o século xxi. no loop Da montanha-russa, 2004. aDaptaDo.) o texto aFirma que as olimpíadas na gréCia antiga a) tinham a função de adequar os corpos dos prati- cantes às necessidades do mundo do trabalho, tor- nando-os capazes de produzir mais. b) permitiam que a população se divertisse, dissol- vendo as tensões sociais e facilitando a dominação política por parte dos governantes. c) estavam integradas a outros aspectos da vida social e religiosa, associando-se a momentos de festa e celebração. d) estimulavam a competitividade e o individualismo, preparando os homens para as disputas profissionais na vida adulta. e) visavam exercitar e fortalecer os guerreiros, melhoran- do sua atuação política e militar nos períodos de guerra. 7. (Fuvest) "a história da antiguidade ClássiCa é a história das Cidades, porém, de Cidades baseadas na propriedade da terra e na agriCultura." (k. marx. "Formações econômicas pré-capitalistas.") em deCorrênCia da Frase de marx, é Correto aFirmar que a) os comerciantes eram o setor urbano com maior poder na Antiguidade, mas dependiam da produção agrícola. b) o comércio e as manufaturas eram atividades des- conhecidas nas cidades em torno do Mediterrâneo. c) as populações das cidades greco-romanas dependiam da agricultura para a acumulação de riqueza monetária. d) a sociedade urbana greco-romana se caracterizava pela ausência de diferenças sociais. e) os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e ro- manas se originavam da condição de proprietários rurais. E.O. dissErtAtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (uniCamp) nada é mais presente na vida Cotidiana da Coletividade do que a oratória, que partilha Com o teatro a CaraCterístiCa de ser a maniFestação Cultural mais popular e mais pratiCada na atenas ClássiCa. a Civilização da atenas ClássiCa é uma Civilização do debate. as reações dos atenienses na assembleia eram inFluenCiadas por sua experiênCia Como públiCo do teatro e viCe-versa. trata-se de uma Civilização subs- tanCialmente oral. o grego era eduCado para esCutar. o Caminho de sóCrates a aristóteles ilustra perFeitamente o perCurso da Cultura gre- ga da oralidade à Civilização da esCrita, que Corresponde, no plano po- lítiCo e soCial, à passagem da Cidade-estado ao eCumenismo helenístiCo. (aDaptaDo De aGostino masaracchia, “la prosa Greca Del v e Del iv secolo a.c.”. in: Giovanni D’anna (orG.). storia Della letteratura Greca. roma: tascabile economici newton, 1995, p. 52-54.) a) Estabeleça relações entre o modelo político vigen- te na Atenas clássica e a importância assumida pelo teatro e pela oratória nesse período. b) Aponte características do período helenístico que o diferenciam da Atenas clássica. 2. (Fuvest) vivemos numa Forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao Contrário, servimos de modelo a alguns, ao invés de imitar outros. [...] nela, enquanto no toCante às leis todos são iguais para a solução de suas divergênCias privadas, quando se trata de esColher (se é preCiso distinguir em algum setor), não é o Fato de pertenCer a uma Classe, mas o mérito, que dá aCesso aos postos mais honrosos; inversamente, a pobreza não é razão para que alguém, sendo Capaz de prestar serviços à Cidade, seja impedido de Fazê-lo pela obsCuridade de sua Condição. Conduzimo-nos libe- ralmente em nossa vida públiCa, e não observamos Com uma Curio- sidade suspiCaz [desConFiada] a vida privada de nossos ConCidadãos, pois não nos ressentimos Com nosso vizinho se ele age Como lhe apraz, nem o olhamos Com ares de reprovação que, embora inóCuos, lhe Causariam desgosto. ao mesmo tempo que evitamos oFender os outros em nosso Convívio privado, em nossa vida públiCa nos aFasta- mos da ilegalidade prinCipalmente por Causa de um temor reverente, pois somos submissos às autoridades e às leis, espeCialmente àquelas promulgadas para soCorrer os oprimidos e às que, embora não es- Critas, trazem aos agressores uma desonra visível a todos. oração Fúnebre De péricles, 430 a.c., in: tucíDiDes. história Da Guerra Do peloponeso. brasília: eDitora unb, 2001, p. 109. aDaptaDo. a) Com base nas informações contidas no texto, iden- tifique o sistema político nele descrito e indique suas principais características. b) Identifique a cidade que foi a principal adversária de Atenas na Guerra do Peloponeso e diferencie os sistemas políticos vigentes em cada uma delas. 3. (Fuvest) no ano passado, aConteCeu em pequim mais uma olimpíada. no mundo, peças teatrais estão sendo Continuamente enCenadas. Como se sabe, olimpíadas e teatro (oCidental) Foram uma Criação da gréCia antiga. disCorra sobre: a) o significado dos jogos olímpicos para os antigos gregos; b) as características do teatro na Grécia antiga. gAbAritO E.O. Aprendizagem 1. C 2. A 3. C 4. A 5. A 6. C 7. C 8. B 9. C 10. D 11. C E.O. Fixação 1. E 2. B 3. A 4. A 5. C 6. A 7. B 8. D E.O. Complementar 1. A 2. E 3. D 4. C 5. D 6. A 44 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. Dissertativo 1. a guerra do peloponeso é tradiCionalmente relatada Como um ConFlito entre atenas e esparta; na verdade, um ConFlito envol- vendo a ConFederação de delos (liderada por atenas) e a liga do peloponeso (liderada por esparta), numa luta pela hegemonia sobre o mundo grego. a inglaterra é identiFiCada Com atenas, vista Como potênCia expansionista, que exerCia Forte inFluênCia sobre diversas Cidades, dentro e Fora do território grego. Cidade litorânea, ate- nas se FortaleCeu eConomiCamente a partir do ComérCio marítimo. 2. a) as Cidades-estados Conservavam sua autonomia polítiCa,embo- ra Culturalmente Formassem uma unidade. b) a mudança oCorrida se relaCiona Com a guerra Contra os per- sas, que exigiu Certa unidade entre as Cidades-estados eFetivada Com a Formação da liga de delos, liderada por atenas. doravan- te, atenas se aproveitaria da liga para impor seu domínio sobre as demais Cidades-estados. o expansionismo ateniense seria Contra- posto ao poderio de esparta na guerra do peloponeso, Cujo resul- tado seria o enFraqueCimento do Conjunto de Cidades-estados, o que FaCilitou a Conquista da gréCia pelos maCedônios. 3. ao apresentarem expliCações Fundamentadas em prinCípios para o Comportamento da natureza, os FilósoFos gregos e em parti- Cular os pré-soCrátiCos, Chegaram ao que pode ser Considerado uma importante diFerença em relação ao pensamento mítiCo. nas expliCações mítiCas, o expliCador é tão desConheCido quanto a Coi- sa expliCada. as expliCações por prinCípios deFinidos e observáveis por todos os que têm razão (e não apenas por saCerdotes, Como oCorre no pensamento mítiCo), tais Como as apresentadas pelos pré-soCrátiCos, permitem que apresentemos expliCadores que de Fato aumentam a Compreensão sobre aquilo que é expliCado. talvez seja na diFerença em relação ao pensamento mítiCo que ve- jamos Como a FilosoFia de origem europeia, na sua meta de busCar expliCadores menos misteriosos do que as Coisas expliCadas, tenha levado ao desenvolvimento da CiênCia Contemporânea. 4. para os FilósoFos gregos, a natureza é regida por leis e prinCípios que podem perFeitamente ser de domínio dos homens, desde que se exerCite o espírito CrítiCo e a razão. o pensamento mítiCo, por sua vez, tem por Fundamento que a or- denação do mundo ou os Fenômenos naturais estão no Campo do mistério e sobre o qual o homem não exerCe qualquer ação, sendo este, portanto, domínio dos deuses. 5. a situação de domínio de atenas: a) sistema de Colonização grega - a partir do ConFlito entre a Co- lonização grega e a Colonização persa, dando origem às guerras médiCas; atenas Conquistou a liderança do mundo grego. b) Criação da ConFederação de delos - sob a liderança de ate- nas, da qual partiCipavam inúmeras Cidades gregas que estabele- Ciam entre si relações ComerCiais e militares. relações entre demoCraCia e imperialismo: a) atenas, Como Cidade preponderante na liga de delos, se bene- FiCiava dos reCursos da liga para reFormas urbanas e polítiCas, FortaleCendo sua demoCraCia interna. b) périCles, no seu governo, ampliou a partiCipação popular nos tribunais e nas magistraturas, FortaleCendo a demoCraCia Fun- dada por Clístenes. 6. o “séCulo de périCles” (séCulo v a. C.) Corresponde ao perí- odo de maior produção artístiCa e Cultural da gréCia graças ao estímulo de périCles para a reConstrução de atenas após as guer- ras médiCas. sob a Coordenação de Fídias Foram erguidos os mais expressivos ediFíCios Com destaque para o partenon. também nesse período Consolidou-se a demoCraCia, instituída por Clístenes. E.O. Enem 1. C E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. C 2. A 3. A 4. C 5. D 6. C 7. E E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. a) na demoCraCia anteniense, os Cidadãos partiCipavam diretamente da vida públiCa, atuando nos debates sobre as questões polítiCas, e envolviam-se pratiCamente da mesma Forma nas apresentações das tragédias e Comédias. a oratória, Comum às duas situações, pos- suía valor relevante, tanto para a reFlexão sobre questões polítiCas, quanto sobre valores morais. b) o período helenístiCo CaraCterizou-se pela Formação de um vas- to império de Caráter universal, diFerentemente do regionalismo da atenas ClássiCa. a demoCraCia Foi superada pelo Centralismo autoCrátiCo de alexandre, o grande. a Cultura helêniCa, Funda- mentada no raCionalismo, Foi superada ao se Fundir à Cultura oriental, na qual se sobressaía a suntuosidade e o realismo exCes- sivo, dando lugar à Cultura helenístiCa. 2. a) o texto de périCles, Citado pelo historiador grego tuCídides, Faz reFerênCia à demoCraCia ateniense que Foi Criada por Clíste- nes em 509 a.C. périCles destaCa o pioneirismo da demoCraCia ateniense exaltando que todos os Cidadãos são iguais (isonomia) e podem partiCipar das deCisões polítiCas. vale ressaltar que todos os Cidadãos são iguais, porém mulheres, esCravos e estrangeiros não eram Considerados Cidadãos. b) esparta, loCalizada na península do peloponeso, possuía um gover- no aristoCrátiCo e militarizado enquanto atenas, loCalizada na átiCa, imperava um regime demoCrátiCo que se anCorava na esCravidão. 3. a) os jogos olímpiCos eram realizados na Cidade de olímpia em homenagem a zeus, senhor do olimpo na mitologia helêniCa. para os antigos gregos, signiFiCavam, ainda, a ConFraternização entre as Cidades-estado e a Celebração da superioridade do povo grego. b) o teatro grego CaraCterizou-se pela restrição aos homens na atuação Como atores, pelo uso de másCaras e as apresentações em anFiteatros ao ar livre. quanto aos temas, CaraCterizou-se pelas tragédias e Comédias. HISTÓRIAHISTÓRIA CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias HISTÓRIA DO BRASIL 46 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. AprEndizAgEm 1. (CFTRJ) após a morte do rei d. Fernando i em 1383, portugal Caiu em uma Crise de suCessão que só Foi resolvida Com a subida ao trono de d. joão i (mestre de avis), através da Chamada “re- volução de avis”, Finalizada na batalha de aljubarrota em 1385. a vitória de d. joão i representou a Consolidação da aliança da burguesia portuguesa junto ao poder real. tal Fato FavoreCeu a) o fim da nobreza portuguesa, que se viu expulsa de Portugal. b) o apoio da realeza portuguesa a empreendimentos que interessavam à burguesia, como a expansão marítima. c) a oposição da realeza portuguesa a empreendimen- tos que não interessavam à burguesia, como a expan- são marítima. d) a aliança dos reis de Portugal com os reis da Espanha e da Itália. 2. (uFF) Considerando o proCesso de expansão da europa moder- na a partir dos séCulos xv e xvi, pode-se aFirmar que portugal e espanha tiveram um papel predominante. esse papel, entretanto, dependeu, em larga medida, de uma rede Composta por interesses a) políticos, inerentes à continuidade dos interesses feu- dais em Portugal; intelectuais, associados ao desenvolvi- mento da imprensa, do hermetismo e da astrologia no mundo ibérico; econômicos, vinculados aos interesses italianos na Espanha, nos quais a presença de Colombo é um exemplo; e sociais, vinculados ao poder do clero na Espanha. b) políticos, vinculados ao processo de fragmentação política das monarquias absolutas ibéricas; sociais, as- sociados ao desenvolvimento de novos setores sociais, como a nobreza; coloniais, decorrentes da política da Igreja Católica que via os habitantes do Novo Mundo como o homem primitivo criado por Deus; e econômi- cos, presos aos interesses mouros na Espanha. c) políticos, vinculados às práticas racistas que envol- viam a atuação dos comerciantes ibéricos no Orien- te; científicos, que viam na expansão a negação das teorias heliocêntricas; econômicos, ligados ao proces- so de aumento do tráfico de negros para a Europa através de alianças com os Países Baixos; e religiosos, marcados pela ação ampliada da Inquisição. d) políticos, associados ao modelo republicano desen- volvido no Renascimento italiano; religiosos, decorren- tes da vitória católica nos processos da Reconquista ibérica; econômicos, ligados ao movimento geral de desenvolvimento do mercantilismo; e sociais, inerentes à vitória do campo sobre a cidade no mundo ibérico. e) políticos, vinculados ao fortalecimento da centrali- zação dos estados ibéricos; econômicos, provenientes do avanço das atividades comerciais; religiosos, rela- cionados com a importância do Papado na península Ibérica; e intelectuais, decorrentes dos avanços cientí- ficos da Renascença e que viram na expansão a rea- lidade de suas teorias sobre Geografia e Astronomia. 3. (alberteinstein - mediCina) “mas Colombo não estava tão longe de Certas ConCepções Correntes durante a idade média aCer- Ca da realidade FísiCa do éden, que desCresse de sua existênCia em algum lugar do globo. e nada o desprendia da ideia, verdadeira- mente obsessiva em seus esCritos, de que preCisamente as novas ín- dias, para onde o guiara a mão da providênCia, se situavam na orla do paraíso terreal.” holanDa, sérGio buarque De. visão Do paraíso. são paulo: eDitora nacional, 1985, p. 15. a partir do texto, é possível aFirmar que Colombo a) simbolizava o conquistador moderno, marcado pela valorização da razão, da aventura e do sucesso individual. b) demonstrava a persistência, durante o período da ex- pansão marítima, de traços de uma mentalidade mística e fabulosa. c) simbolizava o conquistador moderno, movido pela ganância financeira e pela busca incessante de no- vos mercados. d) demonstrava a persistência, em meio à conquista eu- ropeia do Atlântico, da lógica maniqueísta do pensamen- to medieval. 4. (albert einstein - mediCina) “as grandes mudanças que se ve- riFiCam na arte náutiCa durante a segunda metade do séCulo xv le- vam a Crer na possibilidade de Chegar-se, Contornando o Continente aFriCano, às terras do oriente. não se pode aFirmar, Contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses países de Fábula presi- dissem as navegações do período henriquino, animada por objetivos estritamente merCantis. (...) Com a expedição de antão gonçalves, iniCia-se em 1441 o tráFiCo negreiro para o reino (...) da mesma viagem proCede o primeiro ouro em pó, ainda que esCasso, resgatado naquelas partes. o marFim, Cujo ComérCio se aChava até então em mãos de merCadores árabes, Começam a transportá-lo os barCos lusitanos, por volta de 1447.” holanDa, sérGio buarque De, etapas Dos Descobrimentos portuGueses. assinale a alternativa que melhor resume o Conteúdo do treCho aCima: a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois, por portugueses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos por chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo Ocidente. FORMAÇÃO DE PORTUGAL E NAVEGAÇÕES ULTRAMARINAS COMPETÊNCIA(s) 1, 2, 3 e 4 HABILIDADE(s) 1, 7, 9, 15, 16 e 18 CH AULAS 1 E 2 47 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para o Oriente através do Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos. c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse para os portugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos avanços técnicos, foi a explora- ção comercial da costa africana o que, de fato, impul- sionou as viagens do período. d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabulo- so do Oriente; secundariamente, contudo, dedicavam- -se os portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa africana. e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoa- mentos técnicos na arte náutica permitiram aos portugue- ses chegar ao Oriente contornando o continente africano. texto para a próxima questão (...) os mitos e o imaginário FantástiCo medieval não Foram su- bitamente subtraídos da mentalidade Coletiva europeia durante o séCulo xvi. (...) ConForme laura de mello e sousa, “pareCe líCito Considerar que, ConheCido o índiCo e desmitiFiCado o seu universo FantástiCo, o atlântiCo passará a oCupar papel análogo no imaginário do europeu quatroCentista”. vilarDaGa, José carlos. lastros De viaGem: expectativas, proJeções e Descobertas portuGuesas no ínDico (1498-1554). são paulo: annablume, 2010, p. 197. 5. (PUC-CAMP) o imaginário que povoou as Crenças dos viajantes no Contexto da expansão marítima europeia pressupunha a a) presença de perigos mortais advindos de forças sobre- naturais no então denominado Mar Sangrento ou Ver- melho em função do número de tragédias que ocorriam durante sua travessia. b) certeza de que o chamado Mar Oceano se conectava ao Pacífico, por meio de uma passagem que posterior- mente seria nomeada como Estreito de Gibraltar. c) existência de monstros marinhos, ondas gigantescas e outros tipos de ameaça no chamado Mar Tenebroso, como era conhecido o Atlântico. d) dúvida em relação à possibilidade de circunavegação da terra, pois a primeira volta completa ao mundo só ocorreu no final do século XVI, quando Colombo prosse- guiu em sua busca de uma rota para as Índias. e) necessidade de que em toda expedição houvesse um padre e um grande crucifixo, artifícios que impediriam qual- quer ameaça durante a travessia, inclusive epidemias como o escorbuto, causadas pela falta de higiene. 6. (puC-rj) sobre a Conquista espanhola da amériCa nos séCulos xv e xvi, assinale a aFirmativa Correta. a) Da conquista participaram soldados, clérigos, cro- nistas, marinheiros, artesãos e aventureiros, motivados pelo desejo de encontrar riquezas como o ouro e a pra- ta e também de expandir a fé católica expulsando os muçulmanos da América. b) O ano de 1492 foi crucial não só pela chegada de Colombo à América, como também pela conclusão da unidade da monarquia espanhola levada adiante pe- los reis católicos com a conquista de Granada, último reduto muçulmano na península. c) Hernán Cortés conquistou facilmente o império Aste- ca, na região do alto Peru, à época governado por Mon- tezuma, com quem se aliou para derrotar outros povos indígenas que resistiram à dominação espanhola. d) Desde o início da conquista, os indígenas contaram com a proteção da Igreja católica que os reconhecia como seres humanos que possuíam alma e, portanto, não deveriam ser subjugados. e) O Império Inca, no México, foi conquistado por Fran- cisco Pizarro, que enfrentou uma longa resistência dos exércitos indígenas, militarmente superiores e profundos conhecedores do território em que viviam. 7. (ESPCEX - AMAN) as viagens merCantis e os desCobrimentos de rotas marítimas e de terras além-mar oCorridas no que Conhe- Cemos por expansão europeia, mudou o mundo ConheCido até então. Foram etapas na Conquista dos novos Caminhos, rotas e desCo- brimentos os seguintes eventos: 1. bartolomeu dias atingiu a extremidade sul do Continente aFriCa- no, nomeando-a de Cabo das tormentas. 2. Fernão de magalhães, português, deu iníCio à primeira viagem ao redor da terra. 3. pedro álvares Cabral desCobriu o brasil. 4. Conquista de Ceuta pelos portugueses. 5. Cristóvão Colombo desCobriu o que julgou ser o Caminho para as índias, mas na verdade havia aportado em terras desConheCidas. a sequênCia CronológiCa Correta dos Fatos listados é a) 1, 2, 3, 4 e 5. b) 3, 5, 4, 1 e 2. c) 5, 2, 1, 4 e 3. d) 2, 4, 1, 5 e 3. e) 4, 1, 5, 3 e 2. 8. (uFrgs) durante a baixa idade média, oCorreu em portugal a denominada revolução de avis (1383-1385), que resultou em uma mudança dinástiCa, Cuja prinCipal ConsequênCia Foi a) o enfraquecimento do poder monárquico diante das pressões localistas que ainda sobreviviam nas pequenas circunscrições territoriais do Reino. b) o surgimento de uma burguesia industrial cosmo- polita e afinada com a mentalidade capitalista que se instaura na Europa. c) o início das grandes navegações marítimas, que re- sultaram no descobrimento da América e no reconheci- mento da Oceania pelos lusitanos. d) o início do processo de expansão ultramarina, que levaria às conquistas no Oriente, além da ocupação e do desenvolvimento econômico da América portuguesa. e) o surgimento de uma aristocracia completamente in- dependente do Estado, que tinha como projeto político mais relevante a expansão do ideal cruzadista. 48 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 9. (Fgv) “durante a antiguidade e a idade média, a áFriCa per- maneCeu relativamente isolada do resto do mundo. em 1415, os portugueses Conquistaram Ceuta, no norte do Continente, dando iníCio à exploração de sua Costa oCidental”.ARRUDA, José Jobson De a.; PILETTI, nelson. toDa a história. aCerCa da áFriCa, na époCa da Chegada dos portugueses em Ceuta, é Correto aFirmar que a) nesse continente havia a presença de alguns Estados organizados, como o reino do Congo, e a exploração de escravos, mas não existia uma sociedade escravista. b) assim como em parte da Europa, praticava-se a explo- ração do trabalho servil que, com a presença europeia, transformou-se em trabalho escravo. c) a população se concentrava no litoral e o continente não conhecia formas mais elaboradas de organização política, daí a denominação de povos primitivos. d) os poucos Estados, organizados pelos bantos, encon- travam-se no Norte e economicamente viviam da explo- ração dos escravos muçulmanos. e) a escravidão e outras modalidades de trabalho compul- sório eram desconhecidas na África e foram introduzidas apenas no século XVI, pelos portugueses e espanhóis. 10. (Fgv-rj) a partir do séCulo xv, Com o périplo aFriCano, a exploração do litoral da áFriCa permitiu que os portugueses esta- beleCessem Feitorias e intensiFiCassem suas atividades merCantis. a respeito das atividades ComerCiais que se desenvolviam no Continen- te aFriCano a partir do séCulo xv, assinale a aFirmação Correta. a) As rotas internas da África só se articularam ao circui- to mercantil do Mediterrâneo com a expansão marítima e com a transposição do Cabo das Tormentas. b) As rotas saarianas haviam sido intensificadas com a expansão islâmica e articularam-se ao processo de ex- pansão comercial que envolveu também as rotas asiá- ticas de especiarias. c) As rotas africanas do Saara foram interrompidas com o périplo português, que ampliou e acelerou o escoa- mento dos produtos do interior do continente. d) O comércio interno do continente africano baseava- -se no tráfico de escravos e no escravismo, sistema de exploração e venda de seres humanos, criado na África. e) As atividades mercantis africanas dependiam do trân- sito de mercadorias de luxo vindas da Ásia, dado que o continente africano não produzia esse tipo de mercadoria. E.O. FixAçãO 1. (Fgv) sobre as relações entre os reinos ibériCos e a expansão ultramarina, é Correto aFirmar que a a) centralização do poder no reino português só ocor- reu após a vitória contra os muçulmanos na Guerra de Reconquista, o que garantiu o estabelecimento de alianças diplomáticas com os demais reinos ibéricos, condição para sanar a crise do feudalismo por meio da expansão ultramarina. b) Guerra de Reconquista teve papel importante na or- ganização do Estado português, uma vez que reforçou o poder do rei como chefe político e militar, garantindo a centralização do poder, requisito para mobilizar recursos a fim de bancar a expansão marítima e comercial. c) canalização de recursos, organizada pelo Estado portu- guês para a expansão ultramarina, só foi possível com a preciosa ajuda do capital dos demais reinos da península Ibérica na Guerra de Reconquista, interessados em expul- sar o invasor muçulmano que havia fechado o rentável comércio no Mediterrâneo. d) expansão marítima e comercial precisou de recursos promovidos pelo reino português, ainda não unificado, que usou a Guerra de Reconquista para garantir a sua unificação política contra os demais reinos ibéricos, que lutavam ao lado dos muçulmanos como forma de impe- dir o fortalecimento do futuro Estado luso. e) vitória do reino de Portugal contra os muçulmanos foi garantida pela ajuda militar e financeira do Estado espanhol, já unificado, o que permitiu também a ex- pansão marítima e comercial, condição essencial para o fim da crise do feudalismo na Europa Ocidental. textos para as próximas 2 questões mais vale estar na CharneCa Com uma velha Carroça do que no mar num navio novo. provérbio holanDês. in: sebillot, p. leGenDes, croYances et supertitions De la mer. paris: 1886, p. 73.) ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de portugal? por te Cruzarmos, quantas mães Choraram, quantos Filhos em vão rezaram! quantas noivas FiCaram por Casar para que Fosses nosso, ó mar! (pessoa, F. obra poética. rio De Janeiro: aGuillar, 1969, p. 82.) 2. (uel) Com base nos textos e nos ConheCimentos sobre o tema da expansão marítima dos séCulos xv e xvi, é Correto aFirmar que as navegações: a) Constituíram uma realização sem precedentes na his- tória da humanidade, uma vez que foram muitos os obs- táculos a serem superados nesse processo, tais como a ameaça que representava o desconhecido e o fracasso de grande parte das expedições, que desapareceram no mar. b) Propiciaram o fim do monopólio que espanhóis e ita- lianos mantinham sobre o comércio das especiarias do oriente através do domínio do mar Mediterrâneo, uma vez que foram os franceses e os portugueses, a despeito das tentativas holandesas, que realizaram o périplo africa- no e encontraram o caminho para as Índias. c) Resultaram na hegemonia franco-britânica sobre os mares, o que, a longo prazo, permitiu a realização da acumulação originária de capital e, através desta, o finan- ciamento do processo de implantação da indústria naval, o que prolongou esta hegemonia até o final da Primeira Guerra Mundial. d) Propiciaram o domínio da Holanda sobre os mares, fa- zendo com que a colonização das novas terras descober- tas dependesse da marinha mercante daquele país para a manutenção das ligações comerciais entre os demais países europeus e suas colônias no restante do mundo. e) Representaram o triunfo da ciência e da tecnologia resultantes das concepções cartesianas e, consequen- temente, a destruição de lendas e mitos sobre o Novo Mundo, uma vez que as expedições revelaram os limites do mundo e propiciaram rapidamente formas seguras de transposição oceânica. 49 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 3. (uel) Com base nos ConheCimentos sobre a Formação dos esta- dos e a expansão ComerCial e Colonial europeia, é Correto aFirmar. a) Dos países que se destacaram no mundo da expansão ultramarina − Portugal, Holanda, Inglaterra e França − a nação inglesa destacava-se por possuir potencial militar, econômico e científico para empreender expedições mais seguras. b) Os conquistadores europeus, ao se depararem com as populações nativas, encontraram culturas semelhantes à europeia em termos de sistema político, administrativo e econômico. Quanto ao trabalho, o cultivo do campo ficava ao encargo das mulheres, ao passo que os homens cuidavam da parte comercial. c) As chamadas “Navegações” ocorreram num contexto de expansão comercial do Oriente. Progressos técnicos na área da navegação, da imprensa e da medicina contri- buíram para a viabilidade de tal empreendimento, assim como o desejo de romper o monopólio comercial inglês no Mediterrâneo. d) Como consequência do processo expansionista, no- vos territórios foram encontrados, ocupados e coloniza- dos. As Américas portuguesa e espanhola procuraram transformar esses espaços em centros produtores para complementar e dar continuidade ao seu fluxo comercial. e) A conquista empreendida pela Espanha deveu-se à Rainha Isabel de Castela, a católica, que financiou a ex- pedição de Cristóvão Colombo com o dinheiro de suas joias − contra a vontade da Inquisição espanhola. 4. (uFrgs) de aCordo Com sérgio buarque de holanda “o gosto da maravilha e do mistério, quase inseparável da literatura de via- gens na era dos grandes desCobrimentos marítimos, oCupa espaço singularmente reduzido nos esCritos quinhentistas dos portugueses sobre o novo mundo”. holanDa, sérGio buarque De. visão Do paraíso. são paulo: brasiliense, 1996. p. 1. qual Foi a motivação para essa redução? a) A língua portuguesa não estava suficientemente de- senvolvida para expressar o gosto pelo maravilhoso e pelo mistério. b) Os portugueses tinham práticas anteriores com gran- des navegações e o contato mais frequente com outros povos, sobretudo do Oriente. c) Os portugueses interessavam-se mais pelo México e pela América do Norte.d) A ocupação do Novo Mundo, sobretudo do Brasil, pelos portugueses foi imediata, o que amenizou o im- pacto inicial do contato. e) Os portugueses consideravam os povos indígenas e a natureza do Novo Mundo semelhante àquela encon- trada na Europa. 5. (uea) ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de portugal! por te Cruzarmos, quantas mães Choraram, quantos Filhos em vão rezaram! quantas noivas FiCaram por Casar para que Fosses nosso, ó mar! pessoa, FernanDo. “mar portuGuês”. in: mensaGem. 1970. mensagem Foi o úniCo livro que o poeta português Fernando pes- soa publiCou em vida. ele pensou, a prinCípio, dar-lhe o título de portugal, Considerando que os poemas tratavam da história do esplendor e da deCadênCia do antigo reino. a estroFe transCrita exprime Com lirismo e tristeza: a) o orgulho do poeta em ser descendente de ilustres navegadores e a consciência portuguesa de ter criado o mundo moderno. b) os motivos da decadência abrupta de Portugal, devido aos gastos com a fabricação de caravelas e à perda de homens nos naufrágios. c) a resignação cristã que caracterizou a expansão maríti- ma portuguesa, carente de qualquer interesse comercial ou político. d) as dificuldades inerentes às navegações marítimas da Idade Moderna e as suas consequências para a popula- ção portuguesa. e) a perda do domínio dos mares pelo governo português e a redução do número de habitantes do reino com as conquistas no além-mar. 6. (uFrgs) leia o enunCiado abaixo. a expansão portuguesa não pode nem deve ser vista Como um proCesso aCumulativo: Foi marCado por Continuidades e desCon- tinuidades, e por quebras e transFormações nos padrões das suas atividades, do atlântiCo ao índiCo, da índia ao atlântiCo sul, do brasil à áFriCa. bethencourt, Francisco; curto, DioGo ramaDa (Dir.). a expansão marítima portuGuesa, 1400-1800. lisboa: eDições 70, 2010. p. 8. a partir da leitura do enunCiado, Considere as seguintes aFirmações: i. a reduzida CapaCidade demográFiCa da metrópole portuguesa não impediu a Constante emigração Com destino, prinCipalmente, ao brasil. ii. o tráFiCo de esCravos, iniCiado pelos portugueses, não tardou a envolver, na amériCa, os domínios Coloniais de espanha, ingla- terra, França e holanda. iii. a amériCa portuguesa Foi um exemplo de Colônia de povoa- mento, que serviu para o envio dos exCedentes populaCionais da metrópole. quais estão Corretas? a) Apenas I. d) Apenas I e III. b) Apenas II. e) Apenas II e III. c) Apenas I e II. 7. (uFg) leia o doCumento a seguir. agora vejo que vós outros sois grandes louCos, pois atravessais o mar e soFreis grandes inCômodos para Chegar aqui. trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos Filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! não será a terra que vos nutriu suFiCien- te para alimentá-los também? temos pais, mães e Filhos a quem amamos; mas estamos Certos de que, depois de nossa morte, a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso desCansamos sem maiores Cuidados. aDaptaDo De: lérY, Jean De. viaGem à terra Do brasil. Disponível em: <www. ianDe.art.- be/textos/velhotupinamba. htm>. acesso em: 28 Jan. 2013. o Contato entre os viajantes europeus e as populações indígenas Foi marCado pela oposição entre modos de vida. o doCumento apresentado evidenCia a perCepção de tempo do tupinambá, quan- 50 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s do ele CritiCa a a) necessidade de acumulação de riqueza por parte do europeu para provimento futuro. b) concepção messiânica europeia evocada pelos sacrifí- cios vivenciados na travessia marítima. c) continuidade da vida após a morte em analogia aos ciclos da natureza. d) existência de gerações distintas que trabalham pelo bem comum. e) forma de exploração econômica da terra que exaure os recursos naturais. 8. (uepb) “hoje, os aviões nos levam, por exemplo, de são paulo ou rio de janeiro a lisboa em apenas 9 horas, de maneira ConFor- tável, de modo que, ao Chegarmos ao nosso destino, pouCo senti- mos o eFeito da viagem de tantos milhares de quilômetros. Coisa bem diFerente passava a tripulação das Caravelas que Cruzava o atlântiCo, por mais de 45 dias sem ver terra.” neto, José alves De Freitas; tasinaFo, célio ricarDo. história Geral e Do brasil. harbra. p. 231. sobre as grandes navegações é Correto aFirmar: a) A estratégia portuguesa utilizada para chegar ao Oriente foi a circum-navegação da África. Em 1415, ma- rinheiros lusos tomaram a cidade de Ceuta, importante entreposto comercial dos árabes, localizada no norte do continente africano. b) A viagem era penosa, cheia de imprevistos devido aos poucos avanços tecnológicos do período, levando à falta de orientação, pois instrumentos como o astrolábio e a bússola só foram descobertos por ocasião da Revolução Industrial. c) Os reis Fernando e Isabel decidiram financiar o projeto de Colombo para chegar ao Oriente, que dominou a rota da circum-navegação da África até o extremo sul deste continente, fundando feitorias no litoral africano e atin- gindo o Cabo da Boa Esperança. d) O empreendimento desde o princípio tinha por meta principal encontrar novas terras e alcançou seu objetivo com Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral ao che- garem à América e ao Brasil respectivamente. e) A descentralização política, o fortalecimento do sis- tema feudal, a localização geográfica e os avanços tec- nológicos foram fatores determinantes para o sucesso destas expedições. 9. (maCkenzie) os homens que saíram para o atlântiCo em 1492 não tinham a Certeza de que Chegariam às índias, apesar do inCentivo de Co- lombo nesse sentido. em 12 de outubro daquele ano, um novo mundo se desCortinou àqueles homens, extasiados Com as diver- sas possibilidades daquela “desCoberta”. a partir daquele momen- to, Civilizações diFerentes – em diversos sentidos – entrariam em Contato, alterando deFinitivamente os rumos históriCos de ambas as partes (nativos e europeus). nesse sentido, a gravura a) contém elementos que indicam a visão, entre os sécu- los XVI e XVII, de uma América exótica e exuberante que ainda povoava o imaginário europeu. b) demonstra que as guerras entre os povos ameríndios era uma prática combatida pelos europeus e, por isso, extinta do continente. c) que é encomendada pelas coroas ibéricas, revela a preocupação em demonstrar uma América exótica e perigosa e, assim, evitar ataques piratas ao continente. d) enfatiza a existência de fauna e flora muito diferentes do continente europeu, representando animais efetiva- mente encontrados pelos colonizadores. e) procura desqualificar práticas habituais das amerín- dias, como a nudez, ao representar uma mulher sentada sobre um animal exótico. 10. (upe) segundo alexandre de Freitas, “a globalização Ca- raCteriza-se, portanto, pela expansão dos Fluxos de inFormações − que atingem todos os países, aFetando empresas, indivíduos e movimentos soCiais −, pela aCeleração das transações eConômiCas − envolvendo merCadorias, Capitais e apliCações FinanCeiras que ultrapassam as Fronteiras naCionais − e pela CresCente diFusão de valores polítiCos e morais em esCala universal”. barbosa, alexanDre De Freitas. o munDo GlobaliZaDo: política, socieDaDe e economia. são paulo: contexto, 2010, p. 12-13. Com base na deFinição aCima e nos estudos sobre globalização, é Correto aFirmar que: a) o autor não leva em consideração a internet e a tecno- logia para a construção de computadores no processo de globalização. b) segundo a definição de Freitas, a globalização se res- tringe aos eventos em escala internacional. c) a globalização, por sua natureza planetária, é um duro golpe contra a expansão religiosa. d) há autores que consideram a Expansão Marítima do século XVI como primeiro ato na história do processo de globalização. e) por suas carências políticas, sociais e financeiras, os paí- ses pobres não participam do processo de globalização. E.O. COmplEmEntAr 1. (Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séCulos xv/xvi, os paísesibériCos desenvolveram a ideia de “império ultramari- no” signiFiCando a) a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do capital mercantil. b) o estabelecimento das regras que definem o sistema colonial nas relações entre as metrópoles e as demais áreas do “império” para estabelecer as ideias de liber- dade comercial. c) a integração econômica entre várias partes de cada “império” através do comércio intercolonial e da livre circulação dos indivíduos. 51 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s d) a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas coroas sobre tudo e todos situados no interior desse “império”. e) a junção da autoridade temporal com a espiritual atra- vés da criação do Império da Cristandade. 2. (Cesgranrio) Foram inúmeras as ConsequênCias da expansão ultramarina dos europeus, gerando uma radiCal transFormação no panorama da história da humanidade. sobressai Como uma importante ConsequênCia: a) a constituição de impérios coloniais embasados pelo espírito mercantil. b) a manutenção do eixo econômico do mar Mediterrâ- neo com acesso fácil ao Oceano Atlântico. c) a dependência do comércio com o Oriente, fornecedor de produtos de luxo como sândalo, porcelanas e pedras preciosas. d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição geográfica favorável. e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais precio- sos para a Europa. 3. (uFrn) o Fragmento textual seguinte se reFere a uma CaraC- terístiCa de soCiedades aFriCanas em époCas anteriores à expansão marítima e ComerCial europeia. a Forma Como uma soCiedade organiza a distribuição dos bens que produz ou adquire revela muito do Caráter desta soCiedade, de seus valores, usos e Costumes. no Caso das soCiedades de linhagens da áFriCa negra, todo o sistema soCial estava baseado nas esFeras da reCiproCidade e da distribuição, Como Forma de garantir a Coesão soCial do grupo. os velhos guardam a experiênCia e o ConheCimen- to dos Costumes. assim, não era uma soCiedade dirigida pelos mais produtivos e dinâmiCos (Como na lógiCa Capitalista) e, sim, pelos que guardavam a tradição e o saber mágiCo. silva, Francisco c. t. Da. conquista e coloniZação Da américa portuGuesa. in: linhares, maria YeDDa (orG.). história Geral Do brasil. rio De Janeiro: elsevier, 1990. p. 48. [aDaptaDo] ao estabeleCer suma Comparação entre a organização soCial ex- pressa no Fragmento e as soCiedades aFriCanas exploradas pelos europeus à époCa das grandes navegações, é Correto aFirmar: a) A organização da sociedade de linhagens sofreu mu- danças a partir da generalização do comércio escravista promovida por interesses mercantilistas na África. b) A existência prévia da escravidão na África possibilitou a manutenção da sociedade de linhagens, sem transfor- mações sociais significativas. c) O papel social desempenhado pelas lideranças nativas permaneceu inalterado apesar da ampla divulgação do cristianismo entre os povos africanos. d) O conquistador europeu encarava a organização so- cietária de linhagens como uma ameaça à sua domina- ção e, por isso, subjugou inicialmente os anciãos. 4. (Cesgranrio) aCerCa da expansão marítima ComerCial imple- mentada pelo reino português, podemos aFirmar que a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a manuten- ção do empreendimento. b) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre impor- tantíssima rota comercial intra-africana. c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda pos- sibilitou a montagem de grande rede de abastecimento de escravos para o mercado europeu. d) o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio de especiarias do Oriente próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia. e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos africanos, quanto nas praças brasileiras. 5. (uFpe) a Chegada dos portugueses à índia alarmava os ve- nezianos que então dominavam o ComérCio das espeCiarias, pelo mediterrâneo. Com relação ao período expansionista dos estados naCionais europeus, assinale a alternativa inCorreta: a) Os esforços da Escola de Sagres foram, em parte, res- ponsáveis pela utilização do astrolábio, entre outros ins- trumentos de navegação, e pelas viagens de expansão ultramarina portuguesa. b) A centralização do poder e a formação dos estados nacionais europeus têm uma estreita relação com o desenvolvimento econômico comercial. c) Os reis limitavam o poder da Igreja em seus territórios, pois atribuíam-se o direito de investidura dos bispos, sem consultar o papa. d) Os reis borgonheses conseguiram muito tarde a centralização política do reino devido às lutas cons- tantes contra os árabes. e) A burguesia portuguesa desenvolveu suas atividades em cidades litorâneas em função da pesca e depois do comércio entre o Mediterrâneo e o mar do Norte. E.O. dissErtAtivO 1. (uel) toCadas em 1500 pelos homens de pedro álvares Ca- bral, as terras que hoje são brasileiras Foram desde então oFiCial- mente inCorporadas à Coroa portuguesa. se haviam sido Frequen- tadas antes, Como sugere o esmeraldo de situ orbis, e deFendem alguns historiadores portugueses, disso não FiCou maior registro, e não há, pois, Como Fugir da data Consagrada e reCentemente Celebrada – para o bem e para o mal – por brasileiros e portugue- ses. desCoberto oFiCialmente, pois, em 1500, sob o pontiFiCado de alexandre vi borgia, não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem brasil nem brasileiros. vários são os sentidos dessa não existênCia. aDaptaDo De: souZa, l.m. o nome Do brasil. revista De história. são paulo, 2001. n. 145. p. 61-86. Disponível em: <http:// revhistoria.usp.br/imaGes/stories/revistas/145/rh-145_-_ laura_De_mello_e_souZa.pDF>. acesso em: 7 Jun. 2013. Com base no texto e nos ConheCimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir. a) Cite e explique 2 fatores que possibilitaram o pionei- rismo do Estado português nas Grandes Navegações. b) Explique o que a historiadora e autora desse texto, Laura de Mello e Souza, quer dizer com a seguinte pas- sagem: “não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros”. 52 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 2. rotas ComerCiais europeias séCulos xiii e xiv aDaptaDo De: olhonahistoria.bloGspot.com.br após séCulos xvi aDaptaDo De: ceD31c.bloGspot.com.br nos mapas, estão indiCadas as prinCipais rotas ComerCiais europeias, respeCtivamente, na baixa idade média e na idade moderna. Com- parando-os, perCebem-se alterações signiFiCativas nesses Caminhos a partir do séCulo xvi, provoCadas pela Chamada revolução Comer- Cial iniCiada no séCulo xv. indique a mudança provoCada pela revo- lução ComerCial e duas de suas ConsequênCias eConômiCas, uma para a europa e outra para os demais Continentes ConheCidos à époCa. 3. (puC) o período que vai do séCulo xvi a Fins do xviii, Cor- responde à Formação e Consolidação dos dois maiores impérios atlântiCos da époCa moderna: o império português e o império espanhol. as Coroas ibériCas – portugal e espanha – empreende- ram uma espetaCular expansão ComerCial e marítima e igualmente militar e religiosa. desse modo, Foram Capazes de vinCular ou ConeCtar territórios e populações dos Continentes ameriCano, aFriCano, europeu e asiátiCo. desCreva as relações de Conexão existentes entre os Continentes aCima Citados a partir: a) da circulação e produção de mercadorias pelos portu- gueses e espanhóis no espaço atlântico; b) da mobilidade de populações europeias e africanas para as Américas. 4. (uFsC) “a expansão marítima teve ligações Com os questionamentos e as inovações que aCompanharam o renasCimento e, politiCamente, Com a Formação do estado moderno na europa. assim, é impos- sível analisá-la sem menCionaras mudanças eConômiCas, a inten- siFiCação das atividades ComerCiais, o FasCínio pelas espeCiarias, a luta da burguesia para Consolidar sua riqueza”. reZenDe, antonio paulo; DiDier, maria thereZa. rumos Da história: história Geral e Do brasil. são paulo: atual, 2001. p. 158. sobre a expansão marítima e ComerCial europeia: a) Explique (em no máximo 4 linhas) duas razões para o pioneirismo do reino português. b) Considerando que o mercantilismo é um conjunto de práticas econômicas relacionadas ao processo de expan- são marítima, explique (em no máximo 6 linhas) duas de suas características citadas abaixo: Metalismo - Protecionismo - Balança Comercial Favorável - Colonialismo - 5. (uFC) leia, a seguir, treChos da Canção “quinto império” e res- ponda às questões que seguem. parte 1 (...) meu sangue é trilha, dos mouros, dos lusitanos. dunas, pedras, oCeanos rastreiam meu Caminhar. e sendo eu que a netuno dei meu leme, Com a voz que nunCa treme Fiquei a me perguntar: ‘o que será que além daquelas águas agitadas, turvas, Calmas, eu irei lá enContrar?’ parte 2 (...) eu deCiFrei astros e Constelações, Conduzi embarCações, destinei-me a navegar. atravessei a tormenta, a esperança, até onde o sonho alCança minha Fé pude Cravar. 53 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s rasguei as lendas do oCeano tenebroso, para el rey, o glorioso, não há mais trevas no mar. nóbreGa, antonio; Freire, wilson. quinto império in: nóbreGa, antonio. maDeira que cupim não rói. são paulo: brincante, 1997, Faixa 04. a) Qual a relação dos mouros com a formação do Estado português? b) Os versos a seguir, transcritos da segunda parte da canção Quinto Império, sugerem algumas consequên- cias das navegações portuguesas. Cite, após cada trans- crição, a consequência por ela sugerida. B.I. Atravessei / a Tormenta, a Esperança, B.II. até onde o sonho alcança / minha Fé pude cravar. B.III. Rasguei as lendas / do Oceano Tenebroso, B.IV. para El Rey, o Glorioso, / não há mais trevas no mar. 6. (uFpr) “grandes são as alegrias - que aConteCem no lugar quando Cid Conquista valença - e entra na Cidade. os que Foram a pé - Cavaleiros se Fazem; e as outras riquezas - quem as poderia Contar? todos eram riCos - quantos os que ali estavam. meu Cid don rodrigo - a quinta mandou tomar, do luCro do saque - ele tinha trinta mil marCos; e de outras riquezas - quem poderia Contar?” (vilar, pierre. “ouro e moeDa na história: 1450-1920”. rio De Janeiro: paZ e terra, 1980, p. 46.) “o Cantar del mio Cid”, esCrito no ano de 1110, Constitui-se em um exemplo signiFiCativo da épiCa medieval. o texto narra as aven- turas e adversidades do nobre Castelhano rodrigo diaz de vivar na grande mobilização dos reinos Cristãos da península ibériCa para a retomada das regiões mantidas pelos mouros. tendo em vista que a reConquista de granada pelos Castelhanos se realiza em 1492, apresente dois exemplos que CaraCterizam a inFluênCia que a reConquista de granada exerCeu sobre a Con- quista da amériCa. 7. (uFu) leia o treCho a seguir. ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de portugal! por te Cruzarmos, quantas mães Choraram, quantos Filhos em vão rezaram! quantas noivas FiCaram por Casar para que Fosses nosso, ó mar! valeu a pena? tudo vale a pena se a alma não é pequena. quem quer passar além do bojador tem que passar além da dor. deus ao mar o perigo e o abysmo deu, mas nelle é que espelhou o Céu. FernanDo pessoa, mar portuGuês. mensaGem, 1922. o Fragmento do poema apresentado, esCrito por Fernando pessoa, Faz uma série de reFerênCias ao período das “grandes navegações” portuguesas nos séCulos xv e xvi. a esse respeito, explique: a) o que foi esse período, contextualizando-o no proces- so de formação dos Estados Modernos da Europa. b) a visão de Fernando Pessoa sobre as “grandes nave- gações” portuguesas. 8. (UFRRJ) leia o texto adiante sobre a expansão ComerCial e ma- rítima portuguesa e, Com base nele, responda às questões a seguir. em 1498, o português vasCo da gama Consegue Chegar a CaliCute, nas índias, Contornando o Cabo da boa esperança. em seguida, as Frotas portuguesas proCuraram estabeleCer um maior Controle do oCeano índiCo. à medida que as rotas de navegação se Consolidam, portugal Centraliza o ComérCio das espeCiarias alterando o papel a ser desempenhado pelas Cidades de gênova e veneza. theoDoro, J. Descobrimentos e renascimento. são paulo: contexto, 1991. p. 20. a) Mencione duas razões que explicam o pioneirismo português nas navegações e descobrimentos dos sécu- los XV e XVI. b) Estabeleça uma relação entre práticas mercantilistas e a assim chamada expansão comercial e marítima. texto para as próximas 2 questões “à Frente do projeto de expansão do luso-Cristianismo estavam os monarCas portugueses, aos quais, desde meados do séCulo xv, os papas haviam ConCedido o direito do padroado (...) quando se iniCiou o CiClo das grandes navegações, roma deCidiu ConFiar aos monarCas da península ibériCa o padroado sobre as novas terras desCobertas”. aZZi, riolanDo. a cristanDaDe colonial: mito e iDeoloGia. petrópolis: voZes, 1987, p. 64. as relações entre os estados nasCentes e a igreja CatóliCa Constituíram-se em um dos mais importantes eixos de ConFlito ao longo da etapa Final da idade média. ao Contrário de outras regiões, na península ibériCa a resolução do problema impliCou o estreitamento das interações entre uma e outra instituição. 9. (uFrj) indique a prinCipal Fonte de arregimentação de reCur- sos para a realização das tareFas que, por meio do padroado, estavam a Cargo das Coroas ibériCas na amériCa nos séCulos xvi e xvii. 10. (uFrj) Cite duas das atribuições das Coroas ibériCas Con- tidas na delegação papal do padroado, Cujo Fim último era a expansão do CatoliCismo nas terras reCém-desCobertas da amé- riCa. E.O. EnEm 1. (enem) de ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito Chã e mui- to Formosa. pelo sertão nos pareCeu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra Com arvo- redos, que nos pareCia muito longa. nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem Coisa alguma de metal ou Ferro; nem lho vimos. porém a terra em si é de muito bons ares [...]. porém o melhor Fruto que dela se pode tirar me pareCe que será salvar esta gente. carta De pero vaZ De caminha. in: marques, a.; berutti, F.; Faria, r. história moDerna através De textos. são paulo: contexto, 2001. a Carta de pero vaz de Caminha permite entender o projeto Co- lonizador para a nova terra. nesse treCho, o relato enFatiza o seguinte objetivo: a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os po- vos nativos. b) Descrever a cultura local para enaltecer a prospe- ridade portuguesa. 54 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente. d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para de- marcar a superioridade europeia. e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho. E.O. UErj ExAmE dE QUAliFiCAçãO 1.(uerj) o texto a seguir se reFere ao período do iníCio da transi- ção do Feudalismo para o Capitalismo. a expansão navegadora que deCorreu do desenvolvimento merCantil ao Fim do medievalismo é Contemporânea da Cisão religiosa deFinida Com a reForma. Como aquela expansão Foi Capitaneada pelas nações CatóliCas, “Colonização” e Catequese religiosa ConFundiram-se. soDré, n. w. síntese De história Da cultura brasileira. rio De Janeiro: bertranD brasil, 1999. 19. eD., p.15. a artiCulação entre Catequese e Colonização na amériCa aCima des- Crita pode ser entendida a) pelo interesse do colonizador europeu em conquistar a confiança do ameríndio, conhecedor dos caminhos que levaram às minas de metais preciosos existentes em toda a região continental americana. b) como uma preocupação quanto ao risco de influên- cia das religiões dos africanos, trazidos à Américapara o trabalho escravo, sobre os ameríndios, afastando-os da “verdadeira” religião (cristã). c) pela busca da melhoria do trabalho do ameríndio atra- vés da influência de uma cultura superior (a europeia), o que garantiria uma possibilidade de ascensão social do indígena a médio ou longo prazo. d) como resultado de um conflito entre Igreja Católica e os governantes dos Estados Modernos europeus, to- dos em busca de afirmação política e econômica, apre- sentando assim antagonismos inconciliáveis. e) pela fusão de interesses nem sempre pacíficos dos Estados colonizadores e da Igreja Católica visando, en- tre outros objetivos, à maior exploração do “gentio” e seu afastamento da pregação reformista. E.O. UErj ExAmE disCUrsivO 1.(uerj) devemos sempre ter o Cuidado de não Comprar mais aos estrangeiros do que lhe vendemos. smith, thomas, 1549 apuD brauDel, F. os JoGos Das trocas. lisboa: cosmos, 1985. a aFirmativa aCima evidenCia uma das prinCipais CaraCterístiCas das prátiCas eConômiCas merCantilistas dos estados absolutistas entre os séCulos xv e xviii. a) Explique o significado de riqueza nacional na épo- ca do mercantilismo. b) Justifique por que a ideia de balança de comércio favorável foi um fator que contribuiu para a coloniza- ção da América. 2. (uerj) os quadrinhos Fazem reFerênCia, de modo CrítiCo, a diversos aspeCtos da soCiedade do antigo regime, entre os séCulos xvi e xviii, Cujas instânCias de poder eram a Coroa, a igre- ja e a nobreza. identiFique dois aspeCtos da soCiedade do antigo regime que pos- sam ser relaCionados às CrítiCas sugeridas nos quadrinhos. 3. (UERJ) uma questão aCadêmiCa, mas interessante, aCerCa da “desCoberta” do brasil é a seguinte: ela resultou de um aCidente, de um aCaso da sorte? não, ao que tudo indiCa. os deFensores da Casualidade são hoje uma Corrente minoritária. a Célebre Carta de Caminha não reFere a oCorrênCia de Calmarias. além disso, é diFíCil aCeitar que uma Frota Com 13 Caravelas, bússola e marinheiros ex- perimentados se perdesse em pleno oCeano atlântiCo e viesse bater nas Costas da bahia por aCidente. rejeitado o aCaso Como Fonte de expliCação no que tange aos ob- jetivos da “desCoberta”, FiCa de pé a seguinte pergunta: qual Foi, portanto, a Finalidade, a intenção da expedição de Cabral? aDaptaDo De: lopeZ, luiZ roberto. história Do brasil colonial. porto aleGre: mercaDo aberto, 1983. os desCobrimentos marítimos dos séCulos xv e xvi Foram pro- Cessos importantes para a Construção do mundo moderno. a Che- gada dos portugueses ao brasil deCorre dos projetos que levaram diFerentes nações europeias às grandes navegações. a) Formule uma resposta à pergunta do autor, ao final do texto: qual foi a finalidade da expedição de Cabral? b) Em seguida, cite dois motivos que justificam as gran- des navegações marítimas nos séculos XV e XVI. 55 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 4. (uerj) Como indiCado no mapa aCima, a expansão marítima promovida pela Coroa de portugal, nos séCulos xv e xvi, permitiu a inCorporação de novas regiões e soCiedades ao ComérCio europeu. apresente dois interesses da soCiedade portuguesa na exploração da Costa oCidental aFriCana e explique a importânCia da região para o estabeleCimento dos portugueses na ásia. E.O. ObjEtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (Fuvest) deve-se notar que a ênFase dada à FaCeta Cruzadís- tiCa da expansão portuguesa não impliCa, de modo algum, que os interesses ComerCiais estivessem dela ausentes – Como tampouCo o haviam estado das Cruzadas do levante, em boa parte manejadas e FinanCiadas pela burguesia das repúbliCas marítimas da itália. tão mesClados andavam os desejos de dilatar o território Cristão Com as aspirações por luCro merCantil que, na sua oração de obe- diênCia ao pontíFiCe romano, d. joão ii não hesitava em menCionar entre os serviços prestados por portugal à Cristandade o trato do ouro da mina, “ComérCio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do salvador, “nunCa antes nem de ouvir dizer ConheCido”, ressoava agora nas plagas aFriCanas… THOMAZ, luiZ Felipe. D. manuel, a ínDia e o brasil. revista De história (usp), 161, 2º semestre De 2009, p.16-17. aDaptaDo. Com base na aFirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séCulos xv e xvi Foi um empreendimento a) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos sé- culos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana. b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era co- mum, à época, a concepção de que a expansão da cristan- dade servia à expansão econômica e vice-versa. c) por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a economia europeia mostrar-se-iam in- compatíveis. d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional. e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio in- tercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã. 2. (unesp) a propósito da expansão marítimo-ComerCial europeia dos séCulos xv e xvi pode-se aFirmar que a) a Igreja Católica foi contrária à expansão e não parti- cipou da colonização das novas terras. b) os altos custos das navegações empobreceram a bur- guesia mercantil dos países ibéricos. c) a centralização política fortaleceu-se com o descobri- mento das novas terras. d) os europeus pretendiam absorver os princípios religio- sos dos povos americanos. e) os descobrimentos intensificaram o comércio de es- peciarias no mar Mediterrâneo. 3. (unesp) o ComérCio Foi de Fato o nervo da Colonização do antigo regime, isto é, para inCrementar as atividades merCantis proCessava-se a oCupação, povoamento e valorização das novas áreas. e aqui ressalta de novo o sentido da Colonização da épo- Ca moderna; indo em Curso na europa a expansão da eConomia de merCado, Com a merCantilização CresCente dos vários setores produtivos antes à margem da CirCulação de merCadorias – a pro- dução Colonial era uma produção merCantil, ligada às grandes linhas do tráFiCo internaCional. aDaptaDo De: NOVAIS, FernanDo a. portuGal e brasil na crise Do antiGo sistema colonial (1777-1808). 1981. o meCanismo prinCipal da Colonização Foi o ComérCio entre Colô- nia e metrópole, Fato que se maniFesta a) na ampliação do movimento de integração econômi- ca europeia por meio do amplo acesso de outras potên- cias aos mercados coloniais. b) na ausência de preocupações capitalistas por parte dos colonos, que preferiam manter o modelo feudal e a hegemonia dos senhores de terras. c) nas críticas das autoridades metropolitanas à persis- tência do escravismo, que impedia a ampliação do mer- cado consumidor na colônia. d) no desinteresse metropolitano de ocupar as novas ter- ras conquistadas, limitando-se à exploração imediatista das riquezas encontradas. e) no condicionamento político, demográfico e econômi- co dos espaços coloniais, que deveriam gerar lucros para as economias metropolitanas. 56 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 4. (uniCamp) reFerindo-se à expansão marítima dos séCulos xv e xvi, o poeta português Fernando pessoa esCreveu, em 1922, no poema “padrão”: “e ao imenso e possível oCeano ensinam estas quinas, que aqui vês, que o mar Com Fim será grego ou romano: o mar sem Fim é português.” Pessoa, FernanDo. mensaGem – poemas esotéricos. maDri: allca xx, 1997, p. 49. nestes versos identiFiCamos uma Comparação entre dois proCessos históriCos. é válido aFirmar que o poema Compara a) o sistema de colonização da Idade Moderna aos siste- mas de colonização da Antiguidade Clássica: a navega- ção oceânica tornou possível aos portugueses o tráfico de escravos para suas colônias, enquanto gregos e roma- nos utilizavam servos presosà terra. b) o alcance da expansão marítima portuguesa da Idade Moderna aos processos de colonização da Antiguidade Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava ao mar Mediterrâneo, o domínio português expandiu-se pelos oceanos Atlântico e Índico. c) a localização geográfica das possessões coloniais dos impérios antigos e modernos: as cidades-Estado gregas e depois o Império Romano se limitaram a expandir seus domínios pela Europa, ao passo que Portugal fundou co- lônias na costa do norte da África. d) a duração dos impérios antigos e modernos: enquanto o domínio de gregos e romanos sobre os mares teve um fim com as guerras do Peloponeso e Púnicas, respectiva- mente, Portugal figurou como a maior potência marítima até a independência de suas colônias. 5. (uniCamp) alexandre von humboldt (1769 1859) Foi um Cien- tista que analisou o proCesso das desCobertas marítimas do séCulo xvi, ClassiFiCando-o Como um avanço CientíFiCo ímpar. a desCo- berta do novo mundo Foi marCante porque os trabalhos realiza- dos para ConheCer sua geograFia tiveram inContestável inFluênCia no aperFeiçoamento dos mapas e nos métodos astronômiCos para determinar a posição dos lugares. humboldt Constatou a impor- tânCia das viagens imputando-lhes valor CientíFiCo e históriCo. aDaptaDo De: DOMINGUES, h.b. viaGens cientíFicas: Descobrimento e coloniZação no brasil no século xix. in: HEIZER, alDa; VIDEIRA, antonio a. passos. ciência, civiliZação e império nos trópicos. rio De Janeiro: acess, 2001, p. 59. assinale a alternativa Correta. a) O tema dos descobrimentos relaciona-se ao estudo da inferioridade da natureza americana, que justificava a exploração colonial e o trabalho compulsório. b) Humboldt retoma o marco histórico dos descobrimen- tos e das viagens marítimas e reconhece suas contribui- ções para a expansão do conhecimento científico. c) Os conhecimentos anteriores às proposições de Gali- leu foram preservados nos mapas, métodos astronômi- cos e conhecimentos geográficos do mundo resultantes dos descobrimentos. d) Os descobrimentos tiveram grande repercussão no mundo contemporâneo por estabelecer os parâmetros religiosos e sociais com os quais se explica o processo da independência nas Américas. E.O. dissErtAtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (uniCamp) Contestando o tratado de tordesilhas, o rei da França, FranCisCo i, deClarou em 1540: “gostaria de ver o tes- tamento de adão para saber de que Forma este dividira o mundo”. (Citado por Cláudio viCentino, história geral, 1991.) a) O que foi o Tratado de Tordesilhas? b) Por que alguns países da Europa, como a França, con- testavam aquele tratado? 2. (Fuvest) aDaptaDo De: atlas histórico escolar,8. eD. rio De Janeiro: Fae. 1991 observe as rotas no mapa e responda: a) O que representou, para os interesses de Portugal, a rota marítima Lisboa-Cabo da Boa Esperança-Calicute? b) O que significou a expedição de Pedro Álvares Cabral para o Império Português? 3. (uniCamp) segundo o historiador indiano k. m. panikkar, a viagem pioneira dos portugueses à índia inaugurou aquilo que ele denominou Como a époCa de vasCo da gama da história asiátiCa. esse período pode ser deFinido Como uma era de poder marítimo, de autoridade baseada no Controle dos mares, poder detido ape- nas pelas nações europeias. aDaptaDo De: boxer, c.r. o império marítimo portuGuês, 1415-1835. lisboa: eDições 70, 1972, p. 55. a) Quais fatores levaram à expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI? b) Qual a diferença entre o domínio dos portugueses no Oriente e na América? 4. (Unesp) (...) a abertura de novas rotas, a Fim de superar os entraves derivados do monopólio das importações orientais pelos venezianos e muçulmanos, e a esCassez do metal nobre impliCavam diFiCuldades téCniCas (navegações do mar oCeano) e eConômiCas (alto Custo dos investimentos) (...), o que exigia larga mobilização de reCursos (...) em esCala naCional (...) a expansão marítima, Co- merCial e Colonial, postulando um Certo grau de Centralização do poder para tornar-se realizável, Constituiu-se (...) em Fator essen- Cial do poder do estado metropolitano. NOVAIS, FernanDo. o brasil nos quaDros Do antiGo sistema colonial. in: MOTTA, carlos Guilherme (orG.). brasil em perspectiva. 57 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s a partir do texto, responda: por que a Centralização polítiCa Foi Condição para a expansão marítima e ComerCial nos séCulos xv e xvi? 5. (uniCamp) os motivos que levaram Colombo a empreender a sua viagem evidenCiam a Complexidade da personagem. a prinCipal Força que o moveu nada tinha de moderna: tratava-se de um pro- jeto religioso, dissimulado pelo tema do ouro. o grande motivo de Colombo era deFender a religião Cristã em todas as partes do mundo. graças às suas viagens, ele esperava obter Fundos para FinanCiar uma nova Cruzada. aDaptaDo De: TODOROV, tZvetan. viaJantes e inDíGenas. in: GARIN, euGenio. o homem renascentista. lisboa: eDitorial presença, 1991, p. 233. a) Segundo o texto, quais foram os objetivos da viagem de Colombo? b) O que foram as cruzadas na Idade Média? gAbAritO E.O. Aprendizagem 1. B 2. E 3. B 4. C 5. C 6. B 7. E 8. D 9. A 10. B E.O. Fixação 1. B 2. A 3. D 4. B 5. D 6. C 7. A 8. A 9. A 10. D E.O. Complementar 1. D 2. A 3. A 4. A 5. D E.O. Dissertativo 1. a) entre os Fatores que expliCam o pioneirismo português nas grandes navegações se destaCam, entre outros elementos, a Centralização polítiCa preCoCe, que permitiu a portugal a Coor- denação das ações estratégiCas neCessárias para realização de um empreendimento de tal envergadura; a experiênCia anterior no ComérCio de longa distânCia, realizado iniCialmente sob a he- gemonia de gênova e veneza, bem Como o envolvimento Com o mundo islâmiCo do mediterrâneo; o desenvolvimento da arquite- tura naval, permitindo o desenvolvimento da Caravela, embarCa- ção mais leve e veloz que as existentes na époCa e que permitia aos portugueses se aproximarem da terra Firme sem enCalhar; o aprimoramento das téCniCas (determinação de latitudes e longitu- des) e dos instrumentos de navegação (quadrante e astrolábio); o desenvolvimento de uma nova mentalidade voltada à experimen- tação e à veriFiCação e não apenas à tradição, possibilitando a realização de diversas experiênCias e inovações, loCalização geo- gráFiCa privilegiada, a esCola de sagres. b) a historiadora laura de mello e souza sugere na passagem “não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem brasil nem brasileiros” aspeCtos Como: os povos autóCtones, CerCa de 2.500.000 habitantes indígenas na époCa da Chegada de Cabral, não Constituíam uma unidade Cultural, tampouCo po- lítiCa, pois se tratavam de um Conjunto variado de soCiedades; os portugueses oCuparam um território, desConheCido por eles, sendo o brasil uma Construção históriCa posterior, portanto é equivoCado (anaCronismo) pensar o território brasileiro atual para o séCulo xvi; o estado brasileiro será Formado apenas no séCulo xix, quando Conquistará a independênCia polítiCa da europa, Formando um império; a identidade naCional brasileira, tema Complexo e polêmiCo da historiograFia, terá suas primeiras maniFestações, ainda que Fragmentárias, na Crise do antigo sis- tema Colonial no Final do séCulo xviii. 2. a revolução ComerCial desloCou o eixo ComerCial europeu das rotas que privilegiavam o mar mediterrâneo para as que utiliza- vam a navegação do oCeano atlântiCo. uma das ConsequênCias para a eConomia europeia: • aCumulação de Capitais; • CresCimento do tráFiCo de esCravos; • FortaleCimento eConômiCo da burguesia; • aCesso a novas Fontes de metais preCiosos; • Consolidação de prátiCas eConômiCas merCantilistas; • aumento do Consumo de produtos extraeuropeus, Como as espeCiarias; • proCesso inFlaCionário derivado do aFluxo de metais pre- Ciosos ameriCanos. uma das ConsequênCias para a eConomia dos outros Continentes: • submissão aos interesses merCantilistasdos estados eu- ropeus; • inCorporação de prátiCas eConômiCas ditadas pelos inte- resses europeus; • perda da posse da terra e de outros bens materiais por populações nativas; • desorganização, eliminação ou retração de prátiCas eCo- nômiCas autossuFiCientes; • utilização do tráFiCo interno ou externo de trabalhadores Como estratégia de ação eConômiCa. 3. a) tanto espanha Como portugal, organizaram – via extrativismo ou Cultivo – a produção em grande esCala de merCadorias de alto valor merCantil nas suas Colônias ameriCanas. os exClusivos ComerCiais ou monopólios que alguns ComerCiantes reinóis deti- veram sobre a ComerCialização desses artigos os tornaram peças vitais na CirCulação atlântiCa entre os três Continentes. na sua resposta o aluno poderá desCrever ainda: 1) os produtos prinCi- pais produzidos nas amériCas, sobretudo os que Foram objeto do monopólio, em diFerentes époCas: portugueses – pau brasil (am/ europa), açúCar (am/ europa/áFriCa), algodão (am/europa/áFri- Ca), drogas do sertão (am/europa), tabaCo (am/áFriCa/europa), metais preCiosos [ouro e diamante no séCulo xviii] (am/europa/ ásia); espanhóis – metais preCiosos [prata sobretudo, mas tam- bém ouro], (am/europa/ásia), açúCar (am/europa/áFriCa), 2) o tráFiCo de esCravizados (áFriCa/ europa/amériCa). b) ao longo de toda a Colonização, homens e mulheres de diFe- rentes reinos no Continente europeu seguiram em grande número para as amériCas, ou diretamente a serviço dos impérios luso e espanhol, da igreja e suas ordens, ou por Conta própria, Como aventureiros em busCa de vida melhor, e também Flibusteiros e degredados. Foram seguidores de diFerentes Credos (de Cristãos novos e velhos a muçulmanos, marranos, judeus, e mesmo reFor- madores protestantes variados após o séCulo xvii). provinham 58 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s de várias etnias e nações (Celtas, FranCos, genoveses, Catalães, basCos, etC) e de várias “Condições de gente” que CaraCterizavam o antigo regime– nobres, gentis-homens e aristoCratas, plebeus livres, alForriados e esCravos. também do Continente aFriCano, Foram levadas populações diversas para as amériCas (entre os sé- Culos xvi e xix). a maioria na Condição de imigrantes Forçados, vítimas do tráFiCo de esCravos no próprio Continente, Capturados e enviados aos merCadores dos prinCipais entrepostos da Costa – Como em Costa do marFim, angola e moçambique – e de lá entregues a ComerCiantes, portugueses, espanhóis, holandeses e ingleses. todos, em diFerentes époCas, tiveram atuação signiFiCati- va no tráFiCo de esCravos aFriCanos para as amériCas 4. a) razões para o pioneirismo português na expansão marítima. posição geográFiCa Favorável. • paz interna, relativa estabilidade polítiCa. • Formação/reunião de navegadores, matemátiCos, geógra- Fos e astrônomos. • tradição marítima: experiênCia Com atividade pesqueira. • pioneirismo na Formação do estado naCional moderno. b) CaraCterístiCas do merCantilismo • metalismo: aCumulação de metais preCiosos dentro do ter- ritório naCional. identiFiCação entre a riqueza de um país e a quantidade de moedas em CirCulação no seu território. • proteCionismo: direito exClusivo dos governos sobre a ComerCialização de Certos produtos em todos os seus do- mínios, prinCipalmente nas Colônias (paCto Colonial). im- posição de barreiras tariFárias aos produtos estrangeiros. • balança ComerCial Favorável: a balança ComerCial é Fa- vorável quando se exporta mais que importa. estímulo à produção manuFatureira e diminuição das importações. posse de Colônias de exploração Como Forma de garantir a balança ComerCial Favorável. • Colonialismo: Conquista e domínio de territórios ultrama- rinos. a Colônia Como uma eConomia Complementar à me- trópole, Com produção totalmente voltada à exportação. 5. a) os mouros, Como na époCa eram ConheCidos os muçumanos, invadiram e dominaram a península ibériCa no séCulo viii. no séCulo x, os Cristãos reFugiados na região das astúrias iniCia- ram uma longa guerra visando à expulsão dos mouros, que FiCou ConheCida Como a reConquista. o avanço da reConquista, nos séCulos xi e xii, Fez surgir, na península ibériCa, vários pequenos reinos Cristãos, entre eles o Condado portuCalense, entregue a d. henrique de borgonha (Considerado o Fundador da dinastia portuguesa), Como prêmio por sua partiCipação na guerra, que se estendeu ainda por um longo período. este Condado originou, no séCulo xii, o reino independente de portugal. a segunda parte da Canção quinto império Conta Como, no séCulo xv, os portugueses realizaram uma série de grandes navegações, por meio das quais exploraram a Costa da áFriCa, da ásia, e Chegaram à amériCa, apontando quatro ConsequênCias destas navegações. b) os versos atravessei / a tormenta, a esperança sugerem a des- Coberta de um Caminho marítimo para as índias. os versos até onde o sonho alCança / minha Fé pude Cravar sugerem a divulgação da Fé CatóliCa nas Colônias portuguesas. por sua vez, os versos rasguei as lendas / do oCeano tenebroso sugerem a derrubada de vários mitos e lendas sobre os perigos da navegação oCeâniCa, Como a exis- tênCia de monstros marinhos e abismos sem Fim. por Fim, os versos para el rey, o glorioso, / não há mais trevas no mar sugerem o estabeleCimento da primazia da Coroa portuguesa sobre importantes rotas marítimas no iníCio da idade moderna. 6. o Caráter predatório das Conquistas, evidenCiado na retratação da pilhagem das riquezas dos inimigos presente na narrativa sobre a Conquista de granada, pode ser observado na Conquista da amériCa pelos espanhóis, sobretudo quando da Conquista dos impérios asteCa e inCa. o espírito Cruzadista para a expansão da Fé Cristã, esteve presente não só nas iniCiativas de Colombo, quando da Capitação de reCursos e pessoas para o seu empreendimento, Como também no pro- Cesso de Conquista da amériCa, diFerenCiando-se porém no Contexto das reFormas religiosas, orientado para a Catequese dos nativos, por não se tratar de uma guerra Contra inFiéis, mas de Cooptar Fiéis para o CatoliCismo, diante do avanço do protestantismo na europa. 7. a) a baixa idade média Foi um período CaraCterizado pela Crise do sistema Feudal e pelo desenvolvimento das estruturas do Capitalismo. o renasCimento ComerCial e urbano, a asCensão da Classe burguesa, o enFraqueCimento do poder senhorial e do poder da igreja CatóliCa são elementos marCantes do período. o desenvolvimento do Comér- Cio e da eConomia monetária, aliados ao esgotamento das velhas minas europeias, estimulou a busCa de novas Fontes de metais pre- Ciosos e de rotas de ComérCio alternativas para o oriente (visando romper o monopólio árabe-italiano nas rotas tradiCionais do mar mediterrâneo). as grandes inovações téCniCas, o desenvolvimento da astronomia e da CartograFia, o avanço na arte da navegação e o proCesso de Formação dos estados naCionais, quando a desCentrali- zação típiCa do período medieval Foi sendo superada pela ConCentra- ção do poder nas mãos dos reis absolutistas, Criaram as Condições para a aventura das navegações. o poder estatal Foi impresCindível na realização da expansão marítima e ComerCial, tanto que portu- gal, o primeiro estado Centralizado da europa, Foi o país pioneiro nas grandes navegações dos séCulos xv e xvi. b) de aCordo Com o Fragmento do poema de Fernando pessoa é possível perCeber que o autor interpreta o proCesso das navegações portuguesas a partir do impaCto que essa extraordinária aventura teve na vida dos portugueses. o poeta destaCa o “preço” pago pelos portugueses “para que Fosses nosso, ó mar!”, um alto preço no que se reFere às perdas humanas e às alterações nas trajetórias de vida dos indivíduos que de alguma Forma estiveram nelas envolvidos. 8. a) o pioneirismo português nas grandes navegações pode ser ex- pliCado pela Consolidação do estado naCional Com a revolução de avis (1383-1385) que promoveu a aliança entre o rei e a burguesia merCantil, Condiçãoque assegurava o gerenCiamento da empreitada por parte do estado e os reCursos FinanCeiros junto aos burgueses, e a experiênCia dos portugueses nas atividades merCantis e na na- vegação oCeâniCa, FavoreCida pela loCalização geográFiCa junto ao atlântiCo. b) as Conquistas deCorrentes da expansão marítima e ComerCial proporCionaram a possibilidade de aumento dos luCros para a bur- guesia merCantil e o aumento da arredação pelo estado, adequan- do-se assim, à polítiCa eConômiCa merCantilista. 9. o dízimo era a prinCipal Fonte de arregimentação de reCursos. a Coroa, mediante o padroado, passava a reColher e administrar o equivalente à déCima parte da riqueza soCial. 10. os reis da espanha e de portugal deviam enviar missionários para as suas Conquistas, Construir igrejas e Conventos, Fundar pa- róquias e dioCeses, subvenCionar o Culto, bem Como remunerar o Clero dioCesano, esColher bispos, pároCos e missionários, FinanCiar expedições evangelizadoras, preenCher Cargos e, em CirCunstânCias espeCiais, ForneCer ajuda aos religiosos, Como no Caso dos aldea- mentos indígenas. 59 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. Enem 1. A E.O. UERJ Exame de Qualificação 1. E E.O. UERJ Exame Discursivo 1. a) durante a idade moderna, a riqueza naCional estava Funda- mentada na aCumulação de metais preCiosos, o metalismo. sendo o ComérCio a atividade eConômiCa preponderante, as nações euro- peias adotavam o proteCionismo, a balança ComerCial Favorável e o monopólio sobre o ComérCio de suas Colônias, visando a obten- ção e o Controle da evasão dos metais. b) em razão dos entraves deCorrentes das prátiCas proteCionis- tas entre as nações europeias, as Colônias além de ForneCerem metais preCiosos, gêneros tropiCais e matérias-primas, absorviam manuFaturas e outros produtos provenientes das metrópoles. assim, através do “paCto Colonial”, as Colônias ameriCanas Constituíam um elemento vital para a balança ComerCial Favorá- vel e para o próprio enriqueCimento da metrópole no Contexto do merCantilismo. 2. a) dois dentre os aspeCtos da soCiedade: • marCada pela liturgia da religião • dividida em ordens ou estamentos • baseada no privilégio do nasCimento • marCada pelas guerras e pela violênCia • CaraCterizada pelo reCorrente reCurso à repressão. 3. a) a viagem de Cabral ao litoral do brasil Fez parte de um projeto para reConheCer o litoral do brasil, que pertenCia a portugal desde 1494, quando do tratado de tordesilhas. a posse do lito- ral do brasil, somada à posse do litoral aFriCano, garantiria ao reino lusitano o Controle sobre a rota atlântiCa em direção ao oriente e suas espeCiarias. b) as “grandes navegações” Foram impulsionadas pela neCes- sidade de superar a Crise eConômiCa do séCulo xiv, determi- nada pela retração da produção agríCola devido às guerras e a peste negra; ao mesmo tempo, Contribuiu para Consolidar o estado naCional, nova Forma de organização polítiCa Consti- tuída no Final do período medieval. 4. dois interesses: • Continuidade das guerras de reConquista no norte da áFriCa; • expansão do tráFiCo de esCravos no golFo da guiné; • exploração da agromanuFatura açuCareira nas ilhas de madeira, açores, são tomé e prínCipe; • obtenção de produtos Como pimenta malagueta, ouro e marFim. o luCro Com as atividades eConômiCas desenvolvidas na região permitia o FinanCiamento de expedições destinadas à abertura de um novo Caminho para as “índias”, regiões asiátiCas Cobiçadas em Função do ComérCio de espeCiarias. o enunCiado e a resposta da questão abordam aspeCtos signiFi- Cativos da expansão marítima portuguesa nos séCulos xv e xvi, Como as vantagens da exploração áFriCa para o FinanCiamento de expedições ao oriente, tema que raramente é requisitado aos vestibulandos. E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. B 2. C 3. E 4. B 5. B E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. a) o tratado de tordesilhas, de 1494, Foi um aCordo Firmado entre portugal e espanha e Com mediação do papa, para garantir a partilha e dominação das novas terras desCobertas a partir das grandes navegações. o tratado estabeleCia que as terras que FiCassem até a uma distânCia de 370 léguas a oeste da ilha de Cabo verde seriam de dominação portuguesa. dessa distânCia em diante, o domínio pertenCeria à espanha. b) o tratado Foi Contestado prinCipalmente pelo Fato de que os demais países FiCavam de Fora da partilha dos novos territórios, que garantiam grandes luCros às nações em deCorrênCia do Co- mérCio, da exploração dos novos territórios e das minas de metais preCiosos que poderiam ser enContradas. 2. a) em relação à rota marítima lisboa Cabo da boa esperan- ça-CaliCute, estabeleCeu-se a ligação ComerCial marítima de portugal Com as índias e, por Conseguinte, o aCesso direto aos produtos do oriente e quebra do monopólio italiano des- ses produtos, levados à europa via mediterrâneo. b) a expedição de pedro álvares Cabral ConFirmou a existênCia e a posse das terras no oCidente pertenCentes a portugal Con- Forme as determinações do tratado de tordesilhas. estabeleCeu, ainda, a Consolidação do domínio português no atlântiCo sul. 3. a) a expansão marítima e ComerCial europeia nos séCulos xv e xvi deCorreu das demandas geradas pelo desenvolvimento do ComérCio no Final da idade média. dentre os Fatores que a esti- mularam, pode-se apontar: a esCassez de metais preCiosos na eu- ropa, pois as minas europeias não Conseguiam atender a demanda estimulada pelo CresCimento das troCas monetárias e era preCiso, portanto, enContrar novas minas Fora do Continente; a aliança entre o rei e a burguesia, pois ambos almejavam, respeCtivamente, a valorização do ComérCio e a Conquista de novos domínios vi- sando Centralização do poder; a proCura de um Caminho para as índias (oriente), pois, desde o séCulo xi, as Cidades de gênova e veneza dominavam as rotas de ComérCio no mediterrâneo orien- tal e os avanços teCnológiCos do séCulo xv. 60 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s b) as Feitorias Foram entrepostos ComerCiais, geralmente Forti- FiCados e instalados em zonas Costeiras, sobretudo na áFriCa e no oriente, que os portugueses Construíram para Centralizar e, assim, dominar o ComérCio dos produtos loCais para o reino. no brasil, durante o período pré-Colonial, também Foi adotado o sis- tema de Feitorias para a exploração do pau-brasil. Com a Coloni- zação eFetivada a partir de 1530, portugal estimulou a produção açuCareira orientada para exportação. 4. ao se Formar um estado naCional moderno através de uma aliança entre rei e burguesia Com poder Centralizado nas mãos do monarCa, investia-se nas grandes navegações. portanto, era ne- Cessário um estado Centralizado para gerenCiar a expansão marí- tima ComerCial. os estados naCionais modernos neCessitavam de muitos reCursos para montar e equipar exérCitos, montar e equipar a marinha e manter a buroCraCia estatal. vale dizer que esses estados modernos aCabaram aCeitando investimentos de banquei- ros, uma vez que estes empreendimentos eram Caros. o primeiro estado moderno a surgir Foi portugal e, Consequentemente, Foi o pioneiro na expansão marítima ComerCial. 5. a) de aCordo Com o texto, Colombo pretendia obter reCursos para organizar uma nova Cruzada, evidenCiado Finalidades reli- giosas no seu ímpeto para as suas viagens. b) expedições militares organizadas pelos Cristãos da europa oCi- dental Contra os muçumanos do oriente próximo, Considerados inFiéis, sob o pretexto da reConquista de jerusalém, a terra santa para a Cristandade. 61 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. AprEndizAgEm 1. (uFF) a desCoberta da amériCa e a barbárie dos Civilizados – a Conquista da amériCa pelos europeus Foi uma tragédia san- grenta. a Ferro e Fogo! era a divisa dos Cristianizadores. mata- ram à vontade, destruíram tudo e levaram todo ouro que havia. outro espanhol,de nome pizarro, Fez no peru Coisa idêntiCa Com os inCas, um povo de Civilização muito adiantada que lá existia. pizarro Chegou e disse ao imperador inCa que o papa havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar Conta. o imperador inCa, que não sabia quem era o papa, FiCou de boCa aberta, e muito naturalmente não se submeteu. então pizarro, bem armado de Canhões, Conquistou e saqueou o peru. – mas que diFerença há, vovó, entre estes homens e aquele átila ou aquele gengis-Cã que marChou para o oCidente Com os terrí- veis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo? – a diFerença úniCa é que a história é esCrita pelos oCidentais e por isso torCida a nosso Favor. vem daí Considerarmos Como Feras aos tártaros de gengis-Cã e Como heróis Com monumentos em toda parte, aos Célebres “Con- quistadores” branCos. a verdade, porém, manda dizer que tanto uns Como outros nunCa passaram de monstros Feitos da mesmís- sima massa, na mesmíssima Forma. gengis-Cã Construiu pirâmides enormes Com Cabeças Cortadas aos prisioneiros. vasCo da gama enControu na índia vários navios árabes Carregados de arroz, aprisionou-os, Cortou as orelhas e as mãos de oitoCentos homens da equipagem e depois queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios. monteiro lobato, história Do munDo para crianças. capítulo lx. o texto de monteiro lobato expressa a diFiCuldade de deFinirmos quem é Civilizado e quem é bárbaro. mas isso à parte, pensando na atuação europeia nos séCulos xvi e xvii nas áreas ameriCanas, um número razoável dessas visões equivoCadas justiFiCou o avanço espanhol e a destruição dos asteCas, maias e inCas expliCados por a) necessidades sociais impostas pelas características culturais do território espanhol e pela presença mu- çulmana que limitava as condições de enriquecimen- to da monarquia, levando à conquista da América e à constituição de uma base política iluminista. b) necessidades religiosas decorrentes da perda de poder da Igreja Católica frente ao avanço das refor- mas protestantes e das alianças com as potências ibéricas para estabelecer o Império da Cristandade, baseado na Escolástica. c) necessidades políticas oriundas das tensões na pe- nínsula Ibérica que levaram a Espanha a organizar o processo de conquista do Novo Mundo como única alternativa para sua unidade política, utilizando para isso o apoio do Papado e da França de Francisco I. d) necessidades econômicas provenientes da divisão do território espanhol, fruto da diversidade cultural e étnica, e das disputas pelo poder entre Madri e Barcelona, am- pliadas pelas vitórias portuguesas na África e na Ásia e pelo desenvolvimento da economia do açúcar no Brasil. e) necessidades econômicas, políticas e religiosas dos recém-centralizados estados modernos, através do mercantilismo metalista que inundou a Europa de prata e de ouro, levando em seguida a uma revolução nos preços, que provocou inflação, e ao avanço de novas formas de desenvolvimento da agricultura. 2. (unama) “presságios Funestos, Clarões no Céu, vozes lamen- tando-se no espaço e inCêndios inexpliCáveis marCaram o ano ‘um Cana’ dos asteCas, 1519 do Calendário Cristão. pelo Calendário indígena, o ano ‘um Cana’ CaraCterizava-se pelo mito de quetzalCoatl, marCado pelo retorno da ‘serpente de plu- mas’, ser estranho e poderoso, que lançava raios e possuía Cavalo.” aDaptaDo De: Jacques soutelle. a civiliZação asteca. rio De Janeiro: Zahar, 1987, p. 102. o texto aCima reFere-se à visão que a) os espanhóis tinham dos Astecas: povos com mitos e crenças não cristãs. b) os Astecas possuíam deles mesmos, pois eram povos supersticiosos e acreditavam em muitos deuses e mitos. c) os Astecas tiveram para interpretar a chegada dos espanhóis, “confundidos” ou identificados com seus mitos e crenças. d) os Astecas tiveram dos povos que compunham seu império não cristão, depois da chegada dos europeus, em 1519. 3. (puC) “o brasil é uma Criação reCente. antes da Chegada dos europeus (...) essas terras imensas que Formam nosso país tiveram sua própria história, Construída ao longo de muitos séCulos, de muitos milhares de anos. uma história que a arqueologia Come- çou a desvendar apenas nos últimos anos.” norberto luiZ Guarinello. os primeiros habitantes Do brasil. a arqueoloGia pré-histórica no brasil. são paulo: atual, 2009, p. 6. o texto aCima aFirma que a) o Brasil existe há milênios, embora só tenham sur- gido civilizações evoluídas em seu território após a chegada dos europeus. b) a história do que hoje chamamos Brasil começou muito antes da chegada dos europeus e conta com a contribuição de muitos povos que aqui viveram. AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA, MERCANTILISMO E ADMINISTRAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA COMPETÊNCIA(s) 1, 2, 3, 4 e 5 HABILIDADE(s) 1, 2, 5, 7, 11, 15, 16, 19 e 23 CH AULAS 3 E 4 62 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) as terras que pertencem atualmente ao Brasil são ex- cessivamente grandes, o que torna impossível estudar sua história ao longo dos tempos. d) a Arqueologia se dedicou, nos últimos anos, a pes- quisar o passado colonial brasileiro e seu vínculo com a Europa. e) os povos indígenas que ocupavam o Brasil antes da chegada dos europeus foram dizimados pelos conquis- tadores portugueses. 4. (FateC) as misteriosas Cidades e ediFiCações da Civilização maia que resistiram ao tempo inCluem obras reConheCidas Como patri- mônio mundial. tais aChados vêm intrigando pesquisadores até a atualidade, já que pouCo se sabe sobre as origens, a organização soCial e as Causas do Fim dessa Civilização, no séCulo x. assinale a alternativa que apresenta Corretamente as prinCipais CaraCterístiCas da Civilização maia. a) Desenvolveu-se na floresta Amazônica (atuais Peru, Bolívia e Suriname) e sua economia se baseava na coleta de tributos provenientes do comércio com os incas e os astecas. b) Ocupava a região das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (Sul do México), e desenvolveu saberes matemáticos, astronômicos e arquitetura sofisti- cados para a época. c) O poder era centralizado nas mãos do Imperador, cuja origem era considerada divina, e a capital, Machu Pic- chu, foi construída no topo de uma grande montanha para evitar ataques de povos inimigos. d) Habitava a região do Rio da Prata, atuais Uruguai e Argentina, onde desenvolveu a cultura de algodão, com o qual fabricava tecidos para exportação, e projetou um sistema de vigilância eficaz para se proteger de ataques inimigos. e) A organização social igualitária favorecia a distribui- ção equilibrada dos recursos naturais provenientes do comércio marítimo, realizado no Caribe, e os grandes templos e pirâmides honravam as divindades do Sol (Rá) e da Lua (Anúbis). 5. (albert einstein) “para se tirar este óleo das árvores lhes dão um talho Com um maChado aCima do pé, até que lhe Chegam à veia, e Como lhe Chegam Corre este óleo em Fio, e lança tanta quanti- dade Cada árvore que há algumas que dão duas botijas Cheias, que tem Cada uma quatro Camadas. este óleo [de Copaíba] tem muito bom Cheiro, e é exCelente para Curar Feridas FresCas, e as que levam pontos da primeira Curam, soldam se as queimam Com ele, e as estoCadas ou Feridas que não levam ponto se Curam Com ele, sem outras mezinhas; Com o qual se Cria a Carne até enCourar, e não deixa Criar nenhuma Corrupção nem matéria. para Frialdades, dores de barriga e pontadas de Frio é este óleo santíssimo, e é tão sutil que se vai de todas as vasilhas, se não são vidradas; e algu- mas pessoas querem aFirmar que até no vidro míngua; e quem se untar Com este óleo há de se guardar do ar, porque é prejudiCial.” Gabriel soares De souZa. trataDo Descritivo Do brasil em 1587. são paulo: eDusp, 1987, p. 202-203. o texto, esCrito por um viajante português ao brasil em 1587, indiCa a perCepção de CaraCterístiCas dos nativos, Como a) o conhecimento de árvores e de ervas e o desen- volvimento de práticas medicinais e da cerâmica.b) a submissão aos conhecimentos científicos dos por- tugueses e a capacidade de observação da natureza. c) os cuidados com a diversidade da flora e da fauna e a limitação dos recursos hídricos disponíveis. d) o caráter religioso das práticas médicas e a dificul- dade de reconhecer o avanço das doenças. 6. (uEL) os primeiros a Fazerem uso da erva-mate Foram os ín- dios guaranis, que habitavam a região deFinida pelas baCias dos rios paraná, paraguai e uruguai, na époCa da Chegada dos Co- lonizadores espanhóis. da metade do séCulo xvi até 1632, a extração de erva-mate era a atividade eConômiCa mais importante da provínCia del guairá, território que abrangia pratiCamente o paraná e no qual Foram Fundadas 3 Cidades espanholas e 15 reduções jesuítiCas. Com base nos ConheCimentos sobre a presença da erva-mate ilex paraguariensis no estado do paraná, Considere as aFirmativas a seguir. i. a presença do mate na porção oeste do estado propiCiou o desenvolvimento da Ferrovia naquela região. ii. o interior do paraná transFormou-se Com a CresCente impor- tânCia da indústria do mate, pois a intensiFiCação do extrativismo FavoreCeu a oCupação de áreas basiCamente inexploradas. iii. a área Compreendida entre os vales dos rios ivaí e tibagi Foi adquirida pelo Capital inglês, interessado na exploração dos er- vais da região. iv. a intensiFiCação do extrativismo do mate e a CresCente impor- tânCia da sua indústria FavoreCeram a oCupação e a substituição de áreas anteriormente voltadas ao plantio de CaFé. assinale a alternativa Correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 7. (ueCe) na obra iberoameriCa: un area Cultural heterogé- nea, o pesquisador FranCisCo l. Fernandez, apresenta a parti- Cipação indígena na Formação das populações atuais em vários países ameriCanos. atente aos seguintes dados extraídos dessa obra: méxiCo – 29% de população indígena, 15,5 % branCa e 0,5 % negra. bolívia – 65 % de população indígena, 10 % branCa e 25 % mestiça. 63 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s peru – 46 %de população indígena, 15 % branCa e 38 % mestiça. argentina – 2 % de população indígena, 86 % branCa e 12 % mestiça. estados unidos – 0,7 % de população indígena, 79 % branCa e 12 % negra. FernanDeZ, Francisco liZcano. iberoamerica: un area cultural heteroGénea. toluca: universiDaD autónoma Del estaDo De méxico, 2007. p. 77-95. a partir dos dados expostos, é Correto dizer que a) enquanto o México, sede do império Inca, tem um alto índice de população indígena, a Argentina, onde ficam Cuz- co e Machu Picchu, apresenta pouca população branca. b) nos Estados Unidos e na Argentina a predominância da população negra vem de sua utilização como escra- vos, daí o pequeno número de indígenas remanescentes. c) os países que apresentam os maiores índices de população indígena são também aqueles onde se desenvolveram as grandes civilizações americanas (Maia, Inca e Asteca). d) não há nenhum tipo de relação entre o quadro atual das populações na América e o processo de Co- lonização europeia aqui realizado desde o século XV. 8. (espm) a adoção de rígidas nor mas Fixadas para o Comér- Cio Colonial, Como a apliCação do sistema de portos úniCos e a utilização do sistema de Frotas anuais (duas) que transportavam as merCadorias provenientes da metrópole e Conduziam na via- gem de retorno a produção Colonial, Foi uma CaraCterístiCa da a) colonização espanhola na América; b) colonização portuguesa no Brasil; c) colonização inglesa na América do Norte; d) colonização francesa no Canadá; e) colonização holandesa nas Antilhas. 9. (espCex) uma das prátiCas merCantilistas europeias impliCava na proibição de se exportar Certas matérias-primas que poderiam FavoreCer o CresCimento industrial em outros países, a Fim de evitar possíveis ConCorrênCias. tal prátiCa FiCou ConheCida por a) balança comercial favorável. b) intervencionismo estatal. c) metalismo. d) colbertismo. e) protecionismo. 10. (CFt-rj) em 1519 o Conquistador espanhol hernán Cortés derrotou o poderoso império asteCa. este Fato é objeto de pes- quisa de diversos historiadores, que tentam entender Como um império militarizado Foi Conquistado por um número diminuto de espanhóis. estas pesquisas apresentam diversos Fatores que expli- Cam tal Conquista. dentre as opções abaixo, qual não apresenta um desses Fatores? a) As doenças trazidas pelos europeus, que mataram milhares de indígenas. b) As divisões e tensões internas do Império Asteca, que explorava outros povos. c) Os poucos recursos naturais que existiam na região do atual México. d) O entendimento por parte dos espanhóis de ques- tões políticas internas dos astecas. E.O. FixAçãO 1. (espCex) “os primeiros trinta anos da história do brasil são ConheCidos Como período pré-Colonial. nesse período, a Coroa portuguesa iniCiou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de oCupação eFetiva. […] a atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltadas para o ComérCio Com o oriente, que, desde a viagem de vasCo da gama, no Final do séCulo xv, havia sido monopo- lizado pelo estado português. […] o desinteresse português em relação ao brasil estava em ConFormidade Com os interesses merCantilistas da époCa, Como observou o navegante amériCo vespúCio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não enContramos nada de proveito”. berutti, 2004. sobre o período retratado no texto, pode-se aFirmar que o(a) a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados co- merciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich. b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias. c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificul- tavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras. d) abertura de um novo mercado na América do Sul am- pliava as possibilidades de lucro da burguesia metropo- litana portuguesa. e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexis- tência de artigos (ou produtos) que atendiam aos inte- resses daqueles que patrocinavam as expedições. 2. (uepb) Considerando a realidade da amériCa portuguesa nas três primeiras déCadas do séCulo xvi, é Correto aFirmar: a) A expedição exploradora de Gaspar de Lemos, em 1501, implantou o sistema de Capitanias Hereditárias para garantir o desenvolvimento da cana-de-açúcar. b) A Coroa portuguesa proibiu o estanco do pau-brasil, já que a madeira era contrabandeada por franceses e ingleses. c) As expedições de Cristovão Jackes, em 1516 e 1526 não tinham caráter militar, nem combateram estrangei- ros. Tinham a função específica de reconhecer o território e implantar as feitorias. d) A atividade desenvolvida com autorização da Coroa portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade nômade e predatória, que não tinha a finalidade de pro- mover o povoamento. e) A mão de obra indígena foi pouco explorada e bas- tante valorizada pelos portugueses, que presenteavam os nativos com objetos de grande valor no mercado eu- ropeu. 64 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 3. (puC-rj) analise as aFirmativas aCerCa do proCesso de Coloni- zação na amériCa ibériCa entre os séCulos xvi e xviii: i. tanto na amériCa de Colonização espanhola quanto na de Co- lonização portuguesa houve o predomínio da plantation: a grande propriedade, monoCultora, voltada para a exportação, e a existên- Cia do monopólio ou exClusivo ComerCial. ii. emvárias Cidades da amériCa tanto de Colonização espanhola quanto portuguesa, Foram Fundadas, desde o séCulo xvi, uni- versidades, assim Como existia a imprensa, responsável por uma intensa CirCulação de ideias. iii. enquanto na amériCa de Colonização espanhola houve o pre- domínio da servidão indígena, mais espeCiFiCamente nas Formas da mita e da enComenda; na amériCa de Colonização portuguesa hou- ve o predomínio do trabalho esCravo de negros aFriCanos. iv. até 1520 as antilhas Foram o núCleo da Colonização espanhola, mas nas déCadas subsequentes passaram a ser as zonas Continentais do méxiCo até o alto peru; na amériCa de Colonização portuguesa iniCialmente oCorreu a extração do pau-brasil e, posteriormente, a lavoura açuCareira, prinCipalmente no litoral nordestino. assinale: a) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. b) Se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. c) Se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. d) Se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. e) Se todas as afirmativas estiverem corretas. 4. (uFsm) analise o quadro: evolução da população do méxiCo (em milhões de habitantes) 1519 25,3 1532 16,8 1548 6,3 1568 2,6 1580 1,9 1595 1,3 1605 1,0 vincent, bernarD. 1492: Descoberta ou invasão? rio De Janeiro: JorGe Zahar, 1992. p.119. (aDaptaDo) o aCentuado deClínio populaCional dos asteCas do méxiCo, no sé- Culo xvi, está relaCionado, entre outros, Com os seguintes Fatores: i. a utilização de armas de Fogo altamente destrutivas durante os proCessos da Conquista militar. ii. as epidemias letais trazidas pelos Conquistadores, Como a gri- pe, a varíola, o sarampo. iii. a intensiFiCação da esCravidão indígena e do tráFiCo de esCra- vos índios para a metrópole. iv. a violênCia Colonial e a alta mortalidade devido ao agrava- mento das Condições de vida dos índios. está(ão) Correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III e IV. d) apenas I, II e IV. e) I, II, III e IV. 5. (uern) aCerCa dos povos “pré-Colombianos” e dos habitantes do brasil anteriores à Colonização, marque v para as aFirmativas verdadeiras e F para as Falsas. ( ) todos, sem exCeção, já haviam estabeleCido uma organização polítiCa e soCial extremamente estratiFiCada, estamental e hie- rarquizada, baseada nos laços de parentesCo. ( ) haviam soCiedades agríColas, sedentarizadas e algumas nô- mades, que não dominavam a domestiCação de animais, o Cultivo sistemátiCo e viviam, portanto, da Caça e da Coleta. ( ) em algumas regiões espeCíFiCas, a agriCultura se desenvolveu mais intensamente e o aCúmulo de experiênCias Culturais resultou numa maior Condição de desenvolvimento entre essas populações. ( ) no brasil, o período iniCial do proCesso de Colonização CoinCide, historiCamente, Com o período de sedentarização dos nativos e sua introdução ao mundo da agriCultura e da peCuá- ria, anteriormente inexistentes. a sequênCia está Correta em: a) V – F – V – F b) V – F – F – V c) V – F – V – V d) F – V – V – F 6. (uFsj) observe as imagens. o Conjunto arquitetôniCo aCima demonstra a CapaCidade humana de Criar e de desenvolver grandes Civilizações. as imagens arqui- tetôniCas são representações da Cultura a) romana. b) grega. c) pré-colombiana. d) mesopotâmica. 7. (unimontes) o período Compreendido entre 1500 e 1530 é de- nominado, pela historiograFia tradiCional, de “período pré-Colo- nial”. entre as CaraCterístiCas dessa époCa, é inCorreto elenCar a) a fundação de feitorias e a exploração do pau-brasil. b) o envio de expedições “guarda-costas” para a de- fesa do litoral. c) a presença de franceses “contrabandeando” pau-brasil. d) a fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão. 65 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 8. (espCex) durante o merCantilismo, todos os produtos que Che- gavam à Colônia ou saíam dela tinham que passar pela metrópole, CaraCterizando assim a) o Pacto Colonial. b) os Atos de Navegação. c) a corveia. d) o liberalismo econômico. e) a balança comercial favorável. 9. (aCaFe) os povos pré-Colombianos, habitantes do Continen- te ameriCano, Formaram soCiedades Complexas Com diversas CaraCterístiCas soCiais. sobre esses povos é Correto aFirmar, exCeto: a) A construção de canais de irrigação levava as águas dos rios até as áreas de plantio. Os astecas também criaram os chinampas, ilhas artificiais sobre a água dos lagos, onde os astecas cultivavam flores e hortaliças. b) A cidade de Machu Picchu, importante centro reli- gioso dos Incas, foi invadida e destruída pelos espa- nhóis colonizadores, que promoveram uma verdadei- ra pilhagem em seus templos. c) A civilização Asteca desenvolveu-se principalmente onde hoje se localiza o território mexicano. A própria bandeira do México tem no centro uma imagem mi- tológica creditada aos Astecas. d) A guerra era um elemento sagrado para alguns dos povos pré-colombianos, pois garantia prisioneiros que serviam de oferendas para os deuses cultuados. E.O. COmplEmEntAr 1. (UFRGS) Considere as aFirmações abaixo, sobre o império es- panhol nas amériCas, nos séCulos xvi e xvii. i. o peru e o méxiCo, Conquistados, respeCtivamente, dos inCas e dos asteCas, Foram as regiões mais importantes desse império. ii. uma das prinCipais atividades eConômiCas Foi a mineração, Cen- trada prinCipalmente na região de potosí, na atual bolívia. iii. a polítiCa eConômiCa da metrópole privilegiou o livre-Comér- Cio entre as possessões espanholas e outras regiões europeias, Com suas Colônias. quais estão Corretas? a) Apenas I. d) Apenas II e III. b) Apenas I e II. e) I, II e III. c) Apenas I e III. 2. (Cesgranrio) os “índios” enContrados pelos espanhóis ao “desCobrirem” a amériCa Formavam um Contingente numeroso Com CaraCterístiCas Culturais variadas, tais Como: i. a maioria era Constituída de grupos tribais em estágios diversos de desenvolvimento – nômades ou sedentários. ii. asteCas e inCas Constituíam verdadeiras Civilizações, Com es- truturas polítiCas e soCiais Complexas. iii. no Caso dos maias, a sedentarização possibilitou a Constitui- ção de uma soCiedade agríCola e o surgimento de Cidades. iv. predominavam as Comunidades de guerreiros, que dividiam Com os saCerdotes a posse das melhores terras. assinale se estão Corretas apenas: a) I e II. d) I, II e III. b) II e III. e) I, III e IV. c) I e IV. 3. (Cesgranrio) o merCantilismo, enquanto Conjunto de ideias e prá- tiCas eConômiCas dos estados modernos europeus, CaraCteriza-se: i. pela polítiCa da balança ComerCial Favorável; ii. pelo proteCionismo às manuFaturas do próprio país; iii. pelo estímulo ao CresCimento populaCional, “Fonte maior de riquezas das nações”; iv. pelo “exClusivo Colonial”, que estabeleCia o monopólio sobre o ComérCio da Colônia. assinale se estão Corretas apenas: a) I e II. d) I, III e IV. b) I e III. e) II, III e IV. c) I, II e IV. 4. (Cesgranrio) uma das bases do Conjunto de prátiCas merCan- tilistas era a Criação do Chamado antigo sistema Colonial. as- sinale a úniCa das CaraCterístiCas a seguir que não Corresponde a esse sistema. a) Produção colonial com um caráter complementar à metropolitana. b) Colônia servindo como mercado consumidor para os produtos metropolitanos. c) Proibição da entrada de manufaturados não metropo- litanos nas colônias, o que vigorou até a crise do sistema. d) Colônias com autonomia política, apesar da ad- ministração colonial ser controlada pela Metrópole. e) Monopólio metropolitano sobre o abastecimento de mão de obra para as colônias. texto para a próxima questão. retrato do brasil: ensaio sobre a tristeza brasileira, de paulo prado (esCritor a quem mário de andrade dediCou maCunaíma), é hoje um livro quase esqueCido. quando saiu, porém, alCançou êxito exCepCional: quatro edições entre 1928 e 1931. o momento era propíCio para tentar expliCações do brasil, país que se via a si mesmo Como um ponto de interrogação. terra tropiCale mestiça Condenada ao atraso ou promessa de um eldorado sul-ameriCano? bosi, alFreDo. céu, inFerno. são paulo: Ática, 1988, p. 137. 5. (puC-Camp) a busCa de metais preCiosos ou de um eldorado onde o ouro Fosse abundante Foi a utopia de diversos Conquista- dores europeus. a aCumulação de metais preCiosos, por nações Como espanha e portugal, na époCa moderna, era a) um desdobramento da expansão capitalista, mo- mento em que o liberalismo comercial se firmou ge- rando o enriquecimento da burguesia, livre da inter- venção econômica até então exercida pelo Estado. b) um procedimento que emergiu após as descober- tas de jazidas no Novo Mundo, quando os metais preciosos se tornaram o principal produto comercial negociado mundialmente. 66 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) uma maneira discutível de se dimensionar a rique- za de um Estado, por meio do sistema contábil co- nhecido por metalismo, que se baseava no estoque de metais extraídos em cada país. d) uma prática que deve ser compreendida no con- texto do sistema mercantil vigente, em que o Estado buscava tal acúmulo visando manter a balança co- mercial sempre positiva e defender sua moeda. e) uma riqueza ilusória, considerando que os tesou- ros adquiridos foram rapidamente empregados no desenvolvimento industrial desses países, que não resistiu à concorrência inglesa. E.O. dissErtAtivO 1. (uFg) analise a imagem a seguir. por merCantilismo designa-se o Conjunto de ideias e prátiCas eCo- nômiCas desenvolvidas pelos estados naCionais modernos entre os séCulos xv e xviii, que marCou a relação entre as metrópoles e suas Colônias. diante do exposto, explique Como a imagem apre- sentada remete: a) a um princípio do mercantilismo. b) à relação entre as metrópoles e as colônias. 2. (uFrj) o mestre de méxiCo, montezuma, nos envia, a nós e a alguns outros nobres, Com a ordem de Contar a nosso irmão o CazonCi tudo a que diz respeito à gente estranha que Chegou [em tenoChtitlán]. nós os enFrentamos no Campo de batalha e matamos aproximadamente duzentos dos que vinham monta- dos em Cervos e duzentos dos que andavam a pé. os Cervos são protegidos por armaduras de Couro retorCido e Carregam algo que ressoa Como as nuvens, que produz um ruído de trovão e que mata todos os que enContra em seu Caminho, até o último. romperam Completamente nossa Formação e mataram muitos dos nossos. a gente de tlaxCala os aCompanham pois voltou-se Contra nós. aDaptaDo De toDorov, tZevetan. “a conquista Da américa (a questão Do outro).” são paulo: martins Fontes, 1988, p. 91. o treCho aCima é parte do relatório que dez mensageiros de montezuma levaram ao CazonCi (rei) dos tarasCos da região de miChoaCán, para pedir-lhe ajuda nas luta Contra os espanhóis. a) Identifique no texto dois fatores que auxiliaram a rápida conquista do México pelos espanhóis. b) Explique como os fatores identificados no item anterior ajudam a compreender a rapidez através da qual Hernán Cortéz e seus comandados conquistaram o Império Asteca. 3. (uFmg) o monopólio do ComérCio da Colônia, portanto, Com todos os outros expedientes mesquinhos e malignos do sistema merCantilista, deprime a indústria de todos os outros países, mas prinCipalmente a das Colônias, sem que aumente, em nada – pelo Contrário, diminui – a indústria do país em Cujo beneFíCio é adota- do. todos os sistemas, seja de preFerênCia ou Contenção, portanto, devem ser aFastados, estabeleCendo-se o simples e óbvio sistema de liberdade natural. todo homem, desde que não viole as leis da jus- tiça, FiCa perFeitamente livre de proCurar atender a seus interesses, da Forma que desejar, e ColoCar tanto a sua indústria Como Capital em ConCorrênCia Com os de outros homens, ou ordem de homens. smith, aDam. a riqueZa Das nações: investiGação sobre sua natureZa e suas causas [1776]. são paulo: abril cultural, 1983. p. 124. a partir da leitura desse treCho e Considerando outros ConheCi- mentos sobre o assunto: a) Identifique a teoria econômica expressa nessa passagem. b) Caracterize o contexto histórico, de fins do século XVIII, em que esse trecho foi escrito. c) Explique um dos princípios básicos da teoria eco- nômica defendida nessa passagem. 4. (uFC) no séCulo xvi, algumas Centenas de espanhóis destruí- ram, em pouCo tempo, vastos impérios indígenas da amériCa. a) Indique qual era o império indígena que se loca- lizava no território do México atual e apresente três causas que explicam a derrota dos índios desse impé- rio, apesar de sua superioridade numérica. b) Quais foram as duas principais atividades econômi- cas realizadas nas colônias espanholas da América? Que mão de obra foi utilizada em cada uma dessas atividades? O que era o sistema da “encomienda”? 5. devemos sempre ter o Cuidado de não Comprar mais aos estran- geiros do que lhe vendemos. smith, thomas, 1549 apuD brauDel, F. os JoGos Das trocas. lisboa: cosmos, 1985. a aFirmativa aCima evidenCia uma das prinCipais CaraCterístiCas das prátiCas eConômiCas merCantilistas dos estados absolutistas entre os séCulos xv e xviii. a) Explique o significado de riqueza nacional na épo- ca do mercantilismo. b) Justifique por que a ideia de balança de comércio favorável foi um fator que contribuiu para a coloniza- ção da América. 6. (uFg) [...]nos Caminhos jazem dardos quebrados; os Cabelos estão espalhados. destelhadas estão as Casas, inCandesCentes estão seus muros. vermes abundam por ruas e praças, e as paredes estão manChadas de miolos arrebentados.[...] (o canto triste Dos conquistaDos: os últimos Dias De technochtitlan (méxico, 1521-1528). in: león-portilla, miGuel et al. “história Documental Do méxico”. méxico: unam, 1984. v. 1. p. 122.) 67 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s o treCho aCima desCreve a violênCia da Conquista espanhola na amériCa, oCorrida no Final do séCulo xv e iníCio do xvi, a qual, a despeito de um reduzido número de soldados, Conseguiu subme- ter os povos asteCas, Com uma população estimada em 25 milhões, e os povos inCas, Com 10 milhões de pessoas. sobre a Conquista espanhola na amériCa, a) descreva a formação do Estado moderno na Es- panha e sua relação com a expansão marítima nos séculos XV e XVI. b) identifique duas estratégias militares utilizadas pe- los espanhóis que facilitaram a conquista dos povos astecas e incas. 7. (uFu) “(...) assim, não pense ninguém que Foram tirados o poder, os bens e a liberdade (dos indígenas): e sim que deus lhes ConCedeu a graça de pertenCerem aos espanhóis, que os tornaram Cristãos e que os trata e os Consideram exatamente Como digo. (...) ensinaram-lhes o uso do Ferro e da Candeia (...) deram-lhes moedas para que saibam o que Compram e o que vendem, o que devem e possuem. ensinaram-lhes latim e CiênCias, que valem mais do que toda a prata e todo o ouro que eles tomaram. porque, Com ConheCimentos, são verdadeiramente homens, e da prata nem todos tiravam muito proveito. (...)” Gómara, Francisco lópeZ De. “historia General De las inDia”. coletânea De Documentos para a história Da américa. são paulo: cenp, 1978. o texto aCima expressa uma Forma de se ver a Conquista e a Colo- nização da amériCa pelos espanhóis. a partir da análise do texto e de seus ConheCimentos sobre este proCesso históriCo a) faça um comentário sobre a visão antropocêntrica do autor, destacando a forma como os valores cultu- rais de espanhóis e indígenas são tratados no texto. b) identifique e caracterize uma das três principais sociedades indígenas conquistadas pelos espanhóis − Maias, Astecas ou Incas − mostrando como viviam e se organizavam social e politicamente no período imediatamente anterior à conquista. 8. (uFF) o advento da modernidade trouxe uma nova visão sobre povos e Culturas. o enContro Com o novo mundo ameriCano e o reenContro Com as Culturas orientais reFizeram teorias e produ- ziram preConCeitos. esses preConCeitos adquiriram ao longo dos séCulosseguintes ao séCulo xvi sentidos polítiCos e soCiais Capa- zes de torná-los parte das polítiCas de estado dos países europeus. Com base nessa aFirmação: a) explique o significado de europocentrismo no pe- ríodo dos séculos XVI e XVII; b) analise a opção dos europeus pela escravidão dos negros africanos no contexto do mercantilismo. 9. (uFu) tendo em vista os proCessos de Colonização da amériCa, Compare a Colonização adotada pelos espanhóis, espeCiFiCamente em relação ao império asteCa, e pelos portugueses em relação ao brasil, após as respeCtivas Conquistas, destaCando suas prátiCas de dominação sobre as populações ameríndias. E.O. EnEm 1. (enem) o império inCa, que Corresponde prinCipalmente aos territórios da bolívia e do peru, Chegou a englobar enorme Contingente populaCional. CuzCo, a Cidade sagrada, era o Cen- tro administrativo, Com uma soCiedade Fortemente estratiFiCa- da e Composta por imperadores, nobres, saCerdotes, FunCioná- rios do governo, artesãos, Camponeses, esCravos e soldados. a religião Contava Com vários deuses, e a base da eConomia era a agriCultura, prinCipalmente o Cultivo da batata e do milho. a prinCipal CaraCterístiCa da soCiedade inCa era a a) ditadura teocrática, que igualava a todos. b) existência da igualdade social e da coletivização da terra. c) estrutura social desigual compensada pela coletivi- zação de todos os bens. d) existência de mobilidade social, o que levou à com- posição da elite pelo mérito. e) impossibilidade de se mudar de extrato social e a existência de uma aristocracia hereditária. 2. (enem) os vestígios dos povos tupi-guarani enContram-se, desde as missões e o rio da prata, ao sul, até o nordeste, Com algumas oCorrênCias ainda mal ConheCidas no sul da amazônia. a leste, oCupavam toda a Faixa litorânea, desde o rio grande do sul até o maranhão. a oeste, apareCem (no rio da prata) no paraguai e nas terras baixas da bolívia. evitam as terras inundáveis do pantanal e marCam sua presença disCretamente nos Cerrados do brasil Central. de Fato, oCuparam, de preFerênCia, as regiões de Floresta tropiCal e subtropiCal. prous. a. o brasil antes Dos brasileiros. rio De Janeiro: JorGe Zahar. eDitor, 2005. os povos indígenas Citados possuíam tradições Culturais es- peCíFiCas que os distinguiam de outras soCiedades indígenas e dos Colonizadores europeus. entre as tradições tupiguarani, destaCava-se a) a organização em aldeias politicamente indepen- dentes, dirigidas por um chefe, eleito pelos indivíduos mais velhos da tribo. b) a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter semissedentário de sua organização social. c) a conquista de terras mediante operações militares, o que permitiu seu domínio sobre vasto território. d) o caráter pastoril de sua economia, que prescindia da agricultura para investir na criação de animais. e) o desprezo pelos rituais antropofágicos praticados em outras sociedades indígenas. E.O. UErj ExAmE dE QUAliFiCAçãO 1. (uerj) na espanha, o Fato de não possuir asCendentes ju- deus ou árabes Constitui uma espéCie de título de nobreza; na amériCa, a Cor da pele (mais ou menos branCa) indiCa a posição soCial do indivíduo. humbolDt, a. von. ensaio político sobre o reino Da nova espanha. 1807. apuD s. stein & b. stein. a herança colonial Da américa latina. rio De Janeiro: paZ e terra, 1977. o treCho aCima demonstra que a Conquista e a Colonização da amériCa hispâniCa possibilitaram a Formação de uma soCiedade hierarquizada, em que, além do “pureza de sangue” e da renda, a 68 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s Cor Constituía-se em outro Critério básiCo para o pertenCimento à elite soCial. nessa perspeCtiva, a soCiedade da amériCa Colonial hispâniCa pode ser CaraCterizada pela a) incorporação da nobreza ameríndia à elite penin- sular e criolla. b) proibição legal da miscigenação entre peninsulares e ameríndios. c) impedimento à ascensão dos criollos aos altos car- gos administrativos. d) importância do clero ameríndio nas principais cida- des mineiras e portuárias. 2. (uerj) desConheCendo as soCiedades nativas, os europeus ti- nham a impressão de que os índios viviam “sem deus, sem lei, sem rei, sem pátria, sem razão”. vainFas, ronalDo (Dir.). DicionÁrio Do brasil colonial (1500-1808). rio De Janeiro: obJetiva, 2000. no brasil, nos primeiros séCulos de Colonização, a imagem apre- sentada dos indígenas levou a uma oposição entre os missioná- rios, prinCipalmente os jesuítas, e os Colonizadores. esta oposição de projetos em relação aos indígenas está expressa, respeCtivamente, na seguinte alternativa: a) defesa da conversão e da liberdade x direito de escravização. b) estabelecimento de alianças com tribos tupis x po- lítica de extermínio seletivo. c) aceitação de costumes como a poligamia x imposi- ção da cultura do conquistador. d) emprego como trabalhadores livres x inserção so- cioeconômica como trabalhadores semilivres. E.O. UErj ExAmE disCUrsivO 1. (uerj) e depois de bem olhado e Considerado tudo o que havíamos visto, tornamos a ver a grande praça e a multidão de gente, uns Com- prando e outros vendendo, que somente o rumor e o zumbido das vozes e palavras ressoavam mais de uma légua. entre nós havia soldados que estiveram em toda a itália e roma e disseram que praça tão bem-Compassada e de tal tamanho e tão Cheia de gente jamais haviam visto. bernal DíaZ, em crônicas sobre a conquista espanhola, século xvi. o merCado de tenoChtitlán é uma grande praça toda CerCada de pórtiCos e maior que a de salamanCa. só posso dizer que na es- panha não há nada de Comparável. essa Cidade era a Coisa mais bela do mundo. hernán Cortez, em Cartas ao rei e à rainha da espanha, séCulo xvi. aDaptaDo De toDorov, t. a conquista Da américa: a questão Do outro. são paulo: martins Fontes, 1999. o mapa de tenoChtitlán – Capital do império asteCa à époCa da Conquista da amériCa no séCulo xvi – auxilia a Compreensão dos relatos dos espanhóis, Cujas reações diante da Cidade revelam Ca- raCterístiCas daquela soCiedade pré-Colombiana. indique duas CaraCterístiCas da soCiedade asteCa que Causaram as reações expressadas nos relatos aCima. Cite, ainda, dois objetivos da Conquista europeia da amériCa. 2. (uerj) na pintura religiosa renasCentista, o índio, uma vez submetido aos valores Cristãos, tornou-se humanizado. o pintor holandês albert eCkhout representou essa ruptura ConCeitual na sua obra: nos quadros que retratam os índios tupis e tapuias, os índios “aliados” eram paCíFiCos, trabalhadores, tinham Família, andavam vestidos (Foram “domestiCados”), estavam aCessíveis ao trabalho Cotidiano, enquanto os índios “bravos” (bárbaros) eram antropóFagos que andavam nus, Carregando despojos es- quartejados Como alimentação, e guerreavam os Colonizadores. aDaptaDo De oliveira, J. p. e Freire, c. a presença inDíGena na Formação Do brasil. brasília: mec laceD/museu nacional, 2006. 69 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s os retratos de indígenas aCima revelam algumas das intenções por parte dos agentes da Colonização, Como a Coroa, a igreja e os Colonos, diante das populações nativas na amériCa portuguesa no séCulo xvii. Considerando as imagens e o texto, aponte um objetivo eCo- nômiCo dos Colonizadores que explique a Forma pela qual os aliados tupis Foram retratados. em seguida, Cite uma Forma de resistênCia indígena à Colonização que justiFique a representa- ção atribuída aos tapuias. E.O. ObjEtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (Fuvest) quando bernal díaz avistou pela primeira vez a Ca- pital asteCa, FiCou sem palavras. anos mais tarde, as palavras vi- riam: ele esCreveu um alentado relato de suas experiênCias Como membro da expedição espanhola liderada por hernán Cortés rumo ao império asteCa. naquela tarde de novembro de 1519, porém, quando díaz e seus Companheiros de Conquista emergiram do des- Filadeiro e depararam-se pela primeiravez Com o vale do méxiCo lá embaixo, viram um Cenário que, anos depois, assim desCreveram: “vislumbramos tamanhas maravilhas que não sabíamos o que di- zer, nem se o que se nos apresentava diante dos olhos era real”. matthew restall. sete mitos Da conquista espanhola. rio De Janeiro: civiliZação brasileira, 2006, p. 15-16. aDaptaDo. o texto mostra um aspeCto importante da Conquista da amériCa pelos espanhóis, a saber, a) a superioridade cultural dos nativos americanos em relação aos europeus. b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da poste- rior convivência entre conquistadores e conquistados. c) a surpresa dos conquistadores diante de manifes- tações culturais dos nativos americanos. d) o reconhecimento, pelos nativos, da importância dos contatos culturais e comerciais com os europeus. e) a rápida desaparição das culturas nativas da Amé- rica Espanhola. 2. (uniFesp) sobre o trabalho Compulsório (seja servil, seja esCra- vo) em toda a amériCa, no período Colonial, pode-se aFirmar que a) restringiu-se às áreas econômicas de exportação. b) atingiu apenas os indígenas e os negros. c) impôs-se sem maiores resistências. d) incluiu até mesmo os brancos. e) inexistiu nas terras voltadas para o Pacífico. 3. (unesp) (...) Como puder, direi algumas Coisas das que vi, que, ainda que mal ditas, bem sei que serão de tanta admiração que não se poderão Crer, porque os que Cá Com nossos próprios olhos as vemos não as podemos Com o entendimento Compreender. (hernÁn cortés. cartas De relación De la conquista De mexico, escritas De 1519 a 1526.) o proCesso de Conquista do méxiCo por Cortés estendeu-se de 1519 a 1521. a passagem aCima maniFesta a reação de hernán Cortés diante das maravilhas de tenoChtitlán, Capital da ConFe- deração mexiCa. a reação dos europeus FaCe ao novo mundo teve, no entanto, muitos aspeCtos, Compondo admiração Com estranha- mento e repúdio. tal Fato deCorre a) do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos Astecas. b) do desconhecimento pelos europeus das línguas dos índios. c) do encontro de padrões culturais diferentes. d) das semelhanças culturais existentes entre os po- vos do mundo. e) do espírito guerreiro e aventureiro das nações europeias. 4. (Fuvest) uma observação Comparada dos regimes de trabalho adotados nas amériCas de Colonização ibériCa permite aFirmar Corretamente que, entre os séCulos xvi e xviii, a) a servidão foi dominante em todo o mundo portu- guês, enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi assalariada. b) a liberdade foi conseguida plenamente pelas popula- ções indígenas da América espanhola e da América por- tuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi. c) a escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América espanhola, esteve mais generalizada na América portuguesa. d) não houve escravidão africana nos territórios espa- nhóis, pois estes dispunham de farta oferta de mão de obra indígena. e) o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em contrapartida, traficavam escra- vos indígenas para o Brasil. 5. (unesp) no proCesso de oCupação portuguesa do atual ter- ritório do brasil, as primeiras três déCadas que se seguiram à passagem da armada de Cabral podem ser CaraCterizadas Como um período em que a) Portugal não se dedicou regularmente à sua colo- nização, pois estava voltado prioritariamente para a busca de riquezas no Oriente. b) prevaleceram as atividades extrativistas, que ti- nham por principal foco a busca e a exploração de ouro nas regiões centrais da colônia. c) Portugal estabeleceu rotas regulares de comunica- ção, interessado na imediata exploração agrícola das férteis terras que a colônia oferecia. d) prevaleceram as disputas pela colônia com outros países europeus e sucessivos episódios de invasão holandesa e francesa no litoral brasileiro. e) Portugal implantou fortificações ao longo do litoral e empenhou-se em estender seus domínios em dire- ção ao sul, chegando até a região do Prata. 70 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 6. (unesp) observe o mapa. a região que apareCe no mapa Corresponde ao território que os inCas dominaram por alguns séCulos antes da Chegada dos espa- nhóis ao Continente ameriCano. esse povo FiCou ConheCido por saber aproveitar todos os reCursos naturais, inClusive de áreas distantes ou de Condições ClimátiCas não muito Favoráveis à agriCultura. a Forma Como esse povo Conseguiu lidar Com a natureza, extrain- do dela os reCursos naturais neCessários ao seu abasteCimento está relaCionada Com a) o uso de avançados instrumentos de ferro na agricul- tura e de animais de tração para auxiliar nas atividades de plantio e colheita. b) o conhecimento dos mais variados pisos ecológicos, onde podiam caçar, pescar e coletar pequenos frutos sil- vestres, visto que desconheciam a agricultura. c) a sabedoria xamânica sobre astronomia, técnicas hi- dráulicas e fertilização química de solos, que lhes permi- tia alcançar grande produção agrícola. d) o domínio de irrigação, conhecimento dos solos e da hibridização de sementes e técnica de construção de de- graus para plantio nas encostas da Cordilheira dos Andes. e) a perfeita relação do homem com a natureza, que per- mitia a produção abundante de alimentos sem grande participação de mão de obra humana. 7. (uniCamp) desde o período neolítiCo, os povos de distintas par- tes do mundo desenvolveram sistemas agrários próprios aprovei- tando as Condições naturais de seus habitats e do ConheCimento adquirido e transmitido entre os membros da Comunidade. assinale a alternativa que estabeleCe Corretamente a relação en- tre o povo habitante de uma determinada área, o sistema produti- vo por ele desenvolvido, as Condições naturais aproveitadas e os produtos Cultivados. a) Egípcios; uso da irrigação e drenagem; planícies úmidas e férteis dos rios Tigres e Eufrates; arroz e café. b) Incas; uso de terraços com técnicas de curvas de nível e irrigação de vales; aproveitamento dos altipla- nos andinos; batata e milho. c) Chineses; uso intensivo dos terraços das altas montanhas; planalto de Anatólia no extremo leste da Ásia; café e cacau. d) Mesopotâmicos; uso de cultivos de inundação e de regadio; vales férteis dos rios Ganges e Amarelo; cana-de-açúcar e feijão. E.O. dissErtAtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (Fuvest) Frei antônio de montesinos, em 1512, no Caribe, pregava aos Conquistadores espanhóis: “Com que direito haveis desenCadeado uma guerra atroz Contra essas gentes que viviam paCiFiCamente em sua própria terra? por que os deixais em semelhante estado de extenuação? por que os matais a exigir que vos tragam diariamente seu ouro? aCaso não são eles homens? aCaso não possuem razão e alma? não é vossa obrigação amá-los Como a vós próprios?” explique essas palavras de montesinos dentro do Contexto da Conquista espanhola da amériCa. 2. (Fuvest) observe estes mapas: a) Identifique duas diferenças significativas entre os mapas, quanto à forma de representação cartográfica. b) Qual era o principal objetivo de cada mapa, con- siderando os diferentes contextos históricos em que foram criados? 3. (Fuvest) balanças ComerCiais da França e inglaterra no séCulo (em milhões de libras) 71 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s Considerando os dois gráFiCos aCima: a) Defina e explique o significado geral de uma balan- ça comercial “favorável” ou “desfavorável” para um determinado país; b) Compare os papéis político-econômicos da França e da Inglaterra na competição internacional do século XVIII, bem como a importância desses países para as regiões coloniais americanas da época. 4. (uniFesp) “Chegamos à terra dos CiClopes, homens soberbos e sem leis (...) não têm assembleias que julguem ou deliberem, nem leis; vivem em grutas, no Cimo das altas montanhas: e Cada um dita alei a seus Filhos e mulheres, sem se preoCupar uns Com os outros”. homero. oDisseia, século viii a.c. “pareCe-me gente de tal inoCênCia que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo Cristãos, porque eles não têm nem en- tendem nenhuma Crença, segundo pareCe. e, portanto, se os de- gredados que aqui hão-de FiCar aprenderem bem a sua Fala e os entenderem, não duvido, segundo a santa intenção de vossa alte- za, Fazerem-se Cristãos e Crerem na nossa santa Fé, à qual praza a nosso senhor que os traga, porque, Certo, esta gente é boa e de boa simpliCidade e imprimir-se-á [FaCilmente] neles qualquer Cunho que lhes quiserem dar”. pero vaZ De caminha. carta a el-rei Dom manuel sobre o achamento Do brasil, 1.º De maio De 1500. os textos apresentados expressam valores próprios às soCiedades em que Foram produzidos: a gréCia da antiguidade e a ibériCa do séCulo xv. a) Que diferença de valores pode ser constatada entre essas sociedades, a partir dos textos? b) Além do objetivo expresso pela Carta de Caminha, a colonização portuguesa do Brasil teve uma clara finali- dade econômica. Qual finalidade era essa? 5. (uniFesp) merCantilismo é o nome normalmente dado à polítiCa eConômiCa de alguns estados modernos europeus, desenvolvida entre os séCulos xv e xviii. indique: a) duas características do Mercantilismo. b) a relação entre o Mercantilismo e a colonização da América. 6. (Fuvest) “o ouro e a prata que os reis inCas tiveram em grande quantidade não eram avaliados [por eles] Como tesouro porque, Como se sabe, não vendiam nem Compravam Coisa alguma por prata nem por ouro, nem por eles pagavam os soldados, nem os gastavam Com alguma neCessidade que lhes apareCesse; tinham- -nos Como supérFluos, porque não eram de Comer. somente os estimavam por sua Formosura e esplendor e para ornamento [das Casas reais e oFíCios religiosos]”. Garcilaso De la veGa, comentÁrios reais, 1609. Com base no texto, aponte: a) As principais diferenças entre o conjunto das ideias expostas no texto e a visão dos conquistadores es- panhóis sobre a importância dos metais preciosos na colonização. b) Os princípios básicos do mercantilismo. gAbAritO E.O. Aprendizagem 1. E 2. C 3. B 4. B 5. A 6. A 7. C 8. A 9. E 10. C E.O. Fixação 1. E 2. D 3. C 4. D 5. D 6. C 7. D 8. A 9. B E.O. Complementar 1. B 2. D 3. C 4. D 5. D E.O. Dissertativo 1. a) o prinCípio Fundamental do merCantilismo é o metalismo, que Considera que a riqueza de uma nação é determinada pela quanti- dade de metais preCiosos (ouro e prata) que ela possui. b) para os deFensores do merCantilismo, o ComérCio era a ati- vidade que proporCionava o aCúmulo de metais preCiosos e, para isso, era neCessária uma balança ComerCial Favorável, ou seja, vender mais do que Comprar. uma das Formas enContradas para o desenvolvimento do ComérCio Foi o monopólio sobre de- terminados merCados, dessa Forma, as áreas Coloniais Foram tratadas Como “merCados exClusivos” numa relação ConheCida Como “paCto Colonial” que era marCada pelo exClusivo domí- nio metropolitano sobre suas áreas Coloniais. 2. a) a posse, pelos espanhóis, de “Cervos [...] protegidos por arma- duras de Couro retorCido” (Cavalos) e o uso de Canhões. b)o uso de Cavalos e Canhões, ambos desConheCidos pelos asteCas, oFereCiam vantagens militares aos espanhóis tanto porque aumen- tavam a mobilidade militar (o Cavalo), quanto porque possibilita- vam a destruição à distânCia (o Canhão). 3. a) liberalismo eConômiCo. a resposta é obtida pela leitura do tex- to ou mesmo pelo ConheCimento que se tem sobre seu autor, pois adam smith é Considerado o “pai” da teoria liberal na eConomia. b) Contexto de Crise do antigo regime, quando o modelo de soCiedade, CaraCterizado pelas imposições do estado, é questio- nado em todos os sentidos, CrítiCas Fundamentadas em novas ConCepções de mundo desenvolvidas pelos FilósoFos iluministas. no Campo eConômiCo, o Controle estatal, o intervenCionismo e o sistema de monopólios passam a ser questionados. C) a livre ConCorrênCia, que se opõe ao sistema de monopólios adotado até então. para o autor, a liberdade de produzir e Co- merCializar não deve ser protegida pelo estado, mas garantida a todo indivíduo, que, por sua vez, deve respeitar as leis soCiais. 72 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 4. a) várias Causas são apontadas pelos historiadores para justiFiCar a derrota dos índios, que oCorreu apesar de sua evidente supe- rioridade numériCa em relação aos Conquistadores espanhóis. no Caso dos índios do império asteCa, ao qual a questão se reFere, pode-se indiCar Como Causas: • superioridade teCnológiCa e militar dos espanhóis: eles utili- zavam Cavalos (desConheCidos dos povos indígenas), além de armas de Fogo e Canhões; • as doenças trazidas pelos espanhóis; • o Fato de os espanhóis terem se aproveitado dos ConFlitos internos entre os índios; • o Fato de os asteCas pensarem, iniCialmente, que os espanhóis eram deuses. b) a mineração, partiCularmente da prata, Foi a atividade eConô- miCa predominante da Colonização espanhola, para a qual se re- Correu sobretudo ao trabalho dos índios. os esCravos aFriCanos Foram utilizados em muito menor número, sobretudo nas Fazendas de açúCar do Caribe, partiCularmente em Cuba. pelo sistema da “enComienda”, Colonos espanhóis dispunham do tra- balho de um grupo de indígenas e se Comprometiam a Cristianizá-los. 5. a) durante a idade moderna, a riqueza naCional estava Funda- mentada na aCumulação de metais preCiosos, o metalismo. sendo o ComérCio a atividade eConômiCa preponderante, as nações euro- peias adotavam o proteCionismo, a balança ComerCial Favorável e o monopólio sobre o ComérCio de suas Colônias, visando à obten- ção e ao Controle da evasão dos metais. b) em razão dos entraves deCorrentes das prátiCas proteCionis- tas entre as nações europeias, as Colônias, além de ForneCerem metais preCiosos, gêneros tropiCais e matérias-primas, absorviam manuFaturas e outros produtos provenientes das metrópoles. assim, através do “paCto Colonial”, as Colônias ameriCanas Constituíam um elemento vital para a balança ComerCial Favorável e para o próprio enriqueCimento da metrópole no Contexto do merCantilismo. 6. a) a espanha se Constituiu Como estado naCional em 1469 Com o Casamento dos reis CatóliCos isabel de Castela e Fernando de aragão um importante passo para a expansão marítima e Co- merCial iniCiada em 1492 depois da vitória sobre os mouros na guerra de reConquista. b) os espanhóis empregaram maCiçamente as armas de Fogo e aproveitaram-se das rivalidades internas nos impérios asteCa e inCa, Cooptando aliados entre os povos que eram submetidos nesses impérios. 7. a) o texto enFatiza a visão euroCêntriCa em relação aos indígenas ameriCanos, sob a inFluênCia de valores Cristãos e Capitalistas, que pressupõem a inFerioridade do indígena Frente ao europeu. b) de modo geral, as Civilizações pré-Colombianas organizavam-se em impérios teoCrátiCos Com predomínio da servidão Coletiva nas atividades agríColas pratiCadas em Complexos sistemas de irriga- ção. os asteCas destaCaram-se por seu militarismo. 8. a) Com o proCesso de expansão da europa, o mundo ConheCido passou a ser reFerido segundo as alterações Culturais, eConômi- Cas, polítiCas e soCiais resultantes do renasCimento que produziu várias expressões que até hoje indiCam essa reFerênCia europeia, Como os termos oCidente e oriente, marCando deFinitivamente a ideia de uma Civilização oCidental. a Consolidação dessa visão veio Com as Formas de dominação produzidas pelos europeus sobre a amériCa, a áFriCa e a ásia, prinCipalmente pela expressão eConô- miCa dessa dominação. também no âmbito da arte é possível observar o predomínio das Formas europeias na arquitetura. no Caso do brasil, a expressão europeia reCebeu a espeCiFiCidade ibériCa que se CaraCterizou pelo transplante de instituições. b) a opção pelo negro aFriCanono proCesso de desenvolvimento da esCravidão no âmbito do merCantilismo reFere-se à ideia de que o negro aFriCano Constituía-se num aCrésCimo de mais um produto ou merCadoria ao leque de oFerta dos merCantilistas. desse modo, era muito mais rentável para o sistema merCantilista oFereCer o negro Como mão de obra não só no movimento maior das troCas, mas também no aumento da produção que alimentava o próprio sistema merCantil, ampliando a sua veloCidade de CirCulação. além disso, já na europa, prinCipalmente no mundo ibériCo, havia experiênCias no uso do negro aFriCano Como mão de obra. 9. em ambos os Casos, o proCesso Colonizador CaraCterizou-se Como de exploração e Contextualizados ao surgimento do Capi- talismo ComerCial e às reFormas religiosas do séCulo xvi, o que justiFiCa a signiFiCativa presença da Companhia de jesus nos domí- nios esponhóis e português. quanto a oCupação dos territórios, espanhóis e portugueses em- pregaram a violênCia Contra os nativos. no império asteCa, Fernão Cortez e pedro alvarado extermi- naram dezenas de milhares de nativos e quando teve iníCio a Colonização, os remanesCentes, Foram submetidos ao trabalho Compulsório na Forma de repartimiento e enComienda. no brasil, até o iníCio da Colonização as relações entre portugue- ses e nativos eram amistosas, baseando-se sobretudo, na prátiCa do esCambo. porém, quando se iniCiou a oCupação do território, os Colonos tentaram submeter os nativos à esCravidão, partiCu- larmente através das bandeiras de apresamento. isto gerou a hostilidade dos nativos e por outro lado, estes eram protegidos pelos jesuítas Contra a esCravização, em razão do propósito de que Fossem Convertidos ao CatoliCismo. E.O. Enem 1. E 2. B E.O. UERJ Exame de Qualificação 1. C 2. A E.O. UERJ Exame Discursivo 1. hernán Cortez FiCou impressionado Com a arquitetura e a bele- za da Capital asteCa, a Cidade de tenoChititlán que Foi Construída sobre as ilhotas do lago texCoCo. havia as Chinampas, diversos Canais e aquedutos que abasteCiam a Cidade, Calçadas de pedra, paláCios grandiosos. a população urbana que residia na Capital asteCa era Considerável. as Fontes osCilam entre 200 até 500 73 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s mil habitantes. os objetivos da Conquista eram predominantemen- te eConômiCos, Conseguir reCursos para os estados modernos europeus. assim, os reis tinham mais reCursos para montar e equipar exérCito e marinha e manter o aparato estatal. as ideias merCantilistas que imperavam na europa Foram importantes para levar metais preCiosos dos impérios asteCa e inCa Contribuindo para a destruição de povos e Culturas. 2. entre os objetivos dos Colonizadores podem ser menCionados o domínio sobre as terras e a exploração da mão de obra dos nativos. oCorreram diversas Formas de resistênCia dos indígenas Contra a Colonização, tais Como guerras, Canibalismo, reCusa à Catequese e ao trabalho, Fugas, entre outras. E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. C 2. D 3. C 4. C 5. A 6. D 7. B E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. o texto reFlete a violênCia Com que os espanhóis tratavam os nativos à époCa da Conquista da amériCa e o ConFlito entre religiosos e Colonizadores, uma vez que os primeiros pretendiam arrebanhar Fieis à Fé CatóliCa e os últimos desprezavam o destino dos nativos, importando-se apenas Com o aCúmulo de riquezas. 2. a) há várias diFerenças entre os dois mapas, tais Como: esCala, projeção, orientação e o Contexto históriCo. o primeiro mapa de 1519 retrata o período pré-Colonial, 1500-1530, Com in- diCações preCárias Considerando o pouCo ConheCimento téCniCo daquele Contexto. o mapa expressa, prinCipalmente, a visão dos viajantes europeus pautados no visual. das grandes navegações realizadas no séCulo xv até o imperialismo e o neoColonialis- mo do séCulo xix e iníCio do séCulo xx, oCorreram inúmeros avanços CientíFiCos. desta Forma, o mapa elaborado em 2009 já aponta para o ConheCimento sobre a vegetação brasileira e mais inFormações sobre os limites territoriais. b) o primeiro mapa insere-se no Contexto dos estados naCionais europeus que neCessitavam de reCursos para manter os gastos do estado. daí um Caráter desCritivo visando FaCilitar a exploração da metrópole sobre a Colônia. o mapa de 2009, já amparado em um avanço CientíFiCo, retrata a vegetação brasileira mostrando as diFerentes “paisagens naturais”. 3. a) balança ComerCial é a relação estabeleCida entre as exporta- ções e as importações realizadas por um país em um determinado período. ela é Considerada “Favorável” quando as exportações são maiores do que as importações, permitindo ao país luCro (su- peravit); a situação inversa é deFinida Como “desFavorável”, ou seja, quando as exportações são menores do que as importações, determinando a saída de moedas do país (deFiCit). b) as áreas Coloniais sempre Foram importantes para suas res- peCtivas metrópoles, inCluindo inglaterra e França, pois, mono- polizadas, garantiam luCro. no Caso da inglaterra, o gráFiCo demonstra um superavit Constante ao longo do séCulo xviii, em CresCimento até a déCada de 1970, quando se iniCiaram os ConFlitos que resultaram na perda das 13 Colônias ameriCanas, retratado no gráFiCo pela queda de importações e exportações. no Caso da França perCebe-se uma atividade eConômiCa de menor volume – quando Comparada Com a inglaterra, Com maiores os- Cilações ao longo do séCulo xviii e momentos de inversão, Com períodos deFiCitários nas déCadas de 1970 e 1980, marCadas pela revolução FranCesa e pela grave Crise eConômiCa que a preCedeu. 4. a) homero desCreve a soCiedade dos CiClopes do ponto de vista grego, ou seja, destaCando as CaraCterístiCas das Cidades gre- gas, que valorizavam a soberania, Com suas Formas próprias de organizar o poder e deFinir a partiCipação dos Cidadãos, a partir de uma ótiCa polítiCa. Caminha também se utiliza de uma ótiCa própria para deFinir e entender os nativos da amériCa, a partir de um ponto de vista religioso, Cristão, uma vez que a religiosidade tinha papel preponderante na Formação Cultural europeias, em partiCular ibériCa. b) Caminha expressa um objetivo religioso, de Catequização (ape- sar de ainda ter sido realizado o ConCílio de trento e de não existir a ordem dos jesuítas). o objetivo eConômiCo pode ser Com- preendido pelo “sentido da Colonização”, ou seja, obter riquezas nas áreas Colônias. a obtenção e aCumulação de riqueza eram a base do merCantilismo, que pressupunha que a riqueza de uma nação era deFinida pelo aCúmulo de metais preCiosos e que estes poderiam ser obtidos a partir da intensiFiCação do ComérCio de produtos tropiCais na europa. 5. a) são CaraCterístiCas do merCantilismo: metalismo (aCumulação de metais preCiosos), balança ComerCial Favorável, intervenCio- nismo estatal na eConomia, proteCionismo alFandegário e sistema Colonial. b) a exploração de Colônias na amériCa Constituía-se num dos meios de aCumulação merCantilista para os estados naCionais modernos da europa, pois as Colônias eram, de um lado, Forne- Cedoras de gêneros tropiCais, negoCiados no merCado europeu, de matérias-primas e metais amoedáveis, e por outro, Consumidoras de manuFaturas, além de integrarem o luCrativo tráFiCo negreiro. 6. a) para os inCas estruturados uma eConomia agrária e amone- tária, os metais preCiosos só tinham importânCia na ConFeCção de adornos, já para os espanhóis estruturados na eConomia Ca- pitalista merCantilista e organizados num estado absolutista, a aCumulação de metais preCiosos representava a mais importante Fonte de riqueza e poder, sobretudo do estado. b) metalismo ou bulionismo (aCumulação de metais preCiosos), ba- lança ComerCial Favorável, proteCionismo alFandegário, interven- Cionismo estatal na eConomia e exploração de Colônias (sistema Colonial) pelas potênCias eConômiCas europeias (metrópoles). 74 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM ANAS e su as te cn ol og ia s E.O. AprEndizAgEm 1. (puC-sp) Fonte: acervo ceDiDo pela Justiça FeDeral para a universiDaDe De são paulo. esse mapa Foi exeCutado por giaComo gastaldi, em 1556 e edi- tado na repúbliCa de veneza no ano de 1565. Considerando seu ConheCimento sobre o território brasileiro e o que está represen- tado no mapa, é Correto aFirmar que a) havia um bom conhecimento da fauna e da flora brasileiras, o que pode ser observado nas figuras desenhadas e na loca- lização e distribuição dos animais e das formações vegetais. b) não era certo representar indígenas e brancos em interação, trocando bens florestais na zona litorânea, pois esse tipo de relação ocorreu no interior, onde se situavam as florestas. c) a representação correta do relevo e da hidrografia nas terras interiores revelava as ações de exploração do terreno, que estava preparando a ocupação das terras pelo colonizador. d) os detalhes do litoral revelam um maior conhecimento dessa parte do território, enquanto o interior representado era mais fruto de imaginação do que de conhecimento. e) o mapa representa, no limite do trecho conhecido (no poente), um vulcão em atividade, atualmente inativo. 2. (maCkenzie) a Charge reFere-se a) à organização do Governo-Geral, em 1549, divi- dindo o território brasileiro em extensos lotes de ter- ras, entregues, por sua vez, a nobres portugueses res- ponsáveis pelo início efetivo da colonização do Brasil. b) às dificuldades encontradas pelo Coroa portu- guesa no início da colonização do Brasil, uma vez que, em virtude, dentre outros, do fracasso das Ca- pitanias Hereditárias, a colônia sofria constantes ataques de piratas europeus. c) ao fracasso do Governo-Geral, em virtude da cor- rupção existente na Corte portuguesa, transferida para o Brasil, responsável pela concessão de privilé- gios aos piratas franceses no comércio do pau-brasil. d) ao Governo-Geral, responsável pela efetivação da colonização brasileira, por meio de incentivos aos bandeirantes paulistas, para que ultrapassassem os limites de Tordesilhas e expulsassem os piratas fran- ceses fixados no litoral. e) às dificuldades encontradas pela Coroa portuguesa na efetiva organização da exploração da colônia, uma vez que a abundância de metais preciosos ali despertou, nos piratas europeus, o interesse pelas terras lusas na América. 3. (uFtm) observe o mapa. o mapa Faz alusão a) ao Tratado de Madri, que dividiu as terras america- nas entre Portugal e Espanha, colocando fim a déca- das de disputas. PERÍODO PRÉ-COLONIAL, ADMINISTRAÇÃO COLONIAL E INVASÕES FRANCESAS COMPETÊNCIA(s) 1, 2, 3, 4 e 5 HABILIDADE(s) 1, 5, 7, 8, 9, 15, 16, 18 e 23 CH AULAS 5 E 6 75 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s b) à estratégia imaginada pelos portugueses para enfren- tar o avanço dos franceses sobre suas terras na América. c) ao Tratado de Tordesilhas e ao sistema de capitanias, doação hereditária feita pela coroa a colonos portugueses. d) à ação de Martim Afonso de Souza, encarregado de iniciar a colonização efetiva das terras brasileiras. e) ao sistema de sesmarias, utilizado pelos portugueses para garantir a posse da terra contra ameaças estrangeiras. 4. (uFmg) leia este treCho do doCumento: eu el-rei Faço saber a vós [...] Fidalgo de minha Casa que vendo eu quanto serviço de deus e meu é Conservar e enobreCer as Ca- pitanias e povoações das terras do brasil e dar ordem e maneira Com que melhor e seguramente se possam ir povoando para exal- tamento da nossa santa Fé e proveito de meus reinos e senhorios e dos naturais deles ordenei ora de mandar nas ditas terras Fazer uma Fortaleza e povoação grande e Forte em um lugar Conveniente para daí se dar Favor e ajuda às outras povoações e se ministrar justiça e prover nas Coisas que Cumprirem a meus serviços e aos negóCios de minha Fazenda e a bem das partes [...] é Correto aFirmar que, nesse treCho de doCumento, se Faz reFerênCia a) à criação do Governo-Geral, com sede na Bahia. b) à implantação do Vice-Reinado no Rio de Janeiro. c) à implementação da Capitania-Sede em São Vicente. d) ao estabelecimento de Capitanias Hereditárias, no nordeste. 5. (Feevale) Foi a partir de 1530 que portugal resolveu reForçar a sua presença no brasil. o domínio português avançou para além das águas Costeiras, Com o objetivo de deFinir os seus limites em terras ameriCanas. sobre o brasil Colônia, Considere verdadeiras (v) ou Falsas (F) as aFirmações que seguem. ( ) a instalação das Capitanias hereditárias gerou ConFlitos entre portugueses e indígenas, já que o ConFisCo das terras e o trabalho Forçado Feriam o modo de vida das populações nativas. ( ) a Cana-de-açúCar Foi o primeiro produto de monoCultura Cul- tivado nas terras do brasil português e lançou as bases de uma soCiedade esCravista. ( ) os portugueses estabeleCeram o domínio sobre o território da Colônia sem ConFlitos Com as populações nativas. marque a alternativa que preenChe Corretamente os parênteses, de Cima para baixo. a) V – V – V b) V – F – V c) V – V – F d) F – F – F e) F – F – V 6. (uFu) reFiro-me à destruição que pudemos Fazer da grande (20 x 40 metros) e velha maloCa taraCuá [...] sabe v. rvma. que para o índio a maloCa é Cozinha, dormitório, reFeitório, tenda de trabalho, lugar de reunião na estação de Chuvas e sala de dança nas grandes solenidades. [...] a maloCa é também, Como Costuma- va dizer o zeloso dom bazola, a “Casa do diabo”, pois que ali se Fazem as orgias inFernais, maquinam-se as mais atrozes vinganças Contra os branCos e Contra outros índios... monsenhor peDro massa, início século xx. in: Zenun, k. h. e aDissi, v. m. a. ser ínDio hoJe: a tensão territorial. 2. eD. são paulo: loYola, 1999, p. 70. (aDaptaDo). Com a Chegada dos europeus ao Continente ameriCano, teve iníCio a subjetivação da Figura do índio, delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo oCioso, preguiçoso, indisCiplinado e desorganizado. esse ponto de vista atravessou séCulos e sobrevive em nossos dias. dessa maneira, de aCordo Com a Citação, derrubar a maloCa seria uma ação neCessária, pois a moradia indígena representava o(a) a) tradição da cultura pagã que contrariava os planos de conversão e domínio espiritual. b) baluarte de expressão da organização tribal, in- fluência do contato com a cultura africana. c) símbolo de superioridade da cultura indígena, quando comparada à europeia. d) obstáculo que impedia o trabalho de catequese no espaço conhecido como reduções. 7. (espCex) sobre o governo-geral, instalado no brasil pelo re- gimento de 1548, pode-se aFirmar que: a) acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias. b) teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma de facilitar a defesa do território. c) teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro, em 1555. d) durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os governadores passarem a ser chamados de vice-reis. e) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande sucesso da cultura ca- navieira nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo. 8. (unaerp) em 1534, o governo português ConCluiu que a úniCa Forma de oCupação do brasil seria através da Colonização. era neCessário Colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro. essa Colonização dirigida pelo governo português se deu através da: a) criação da Companhia Geral do Comércio do Es- tado do Brasil. b) criação do sistema de Governo-Geral e câmaras municipais. c) criação das Capitanias Hereditárias. d) montagem do sistema colonial. e) criação e distribuição das Sesmarias. 9. (uepb) Considerando a realidade da amériCa portuguesa nas três primeiras déCadas do séCulo xvi, é Correto aFirmar: a) A expedição exploradora de Gaspar de Lemos, em 1501, implantou o sistema de Capitanias Hereditárias para garantir o desenvolvimento da cana-de-açúcar.b) A Coroa Portuguesa proibiu o estanco do pau-bra- sil, já que a madeira era contrabandeada por france- ses e ingleses. c) As expedições de Cristovão Jackes, em 1516 e 1526 não tinham caráter militar, nem combateram estrangei- 76 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s ros. Tinham a função específica de reconhecer o territó- rio e implantar as feitorias. d) A atividade desenvolvida com autorização da Coroa Portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade nômade e predatória, que não tinha a finalidade de promover o povoamento. e) A mão de obra indígena foi pouco explorada e bas- tante valorizada pelos portugueses, que presentea- vam os nativos com objetos de grande valor no mer- cado europeu. 10. (espCex) “os primeiros trinta anos da história do brasil são ConheCidos Como período pré-Colonial. nesse período, a Coroa portuguesa iniCiou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de oCupação eFetiva. […] a atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam volta- das para o ComérCio Com o oriente, que, desde a viagem de vasCo da gama, no Final do séCulo xv, havia sido monopolizado pelo estado português. […] o desinteresse português em relação ao brasil estava em ConFormidade Com os interesses merCantilistas da époCa, Como observou o navegante amériCo vespúCio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não enContra- mos nada de proveito”. berutti, 2004. sobre o período retratado no texto, pode-se aFirmar que o(a) a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados co- merciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich. b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias. c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificul- tavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras. d) abertura de um novo mercado na América do Sul am- pliava as possibilidades de lucro da burguesia metropo- litana portuguesa. e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexis- tência de artigos (ou produtos) que atendiam aos inte- resses daqueles que patrocinavam as expedições. E.O. FixAçãO 1. (uepb) são aspeCtos que marCaram o sistema de Capitanias hereditárias, exCeto: a) O sistema de Capitanias Hereditárias revelou-se um fracasso. Alguns donatários nem vieram ao Brasil, e poucas prosperaram como ocorreu com Pernambuco e São Vicente. b) O rei regulamentava a doação das Capitanias, os privilégios e deveres de cada donatário por meio da Carta de Doação, editada junto com o Foral. c) Seria montado com recursos públicos e não tinha a preocupação de garantir a soberania portuguesa sobre o território. d) O território pertencente a Portugal, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, foi dividido em 15 lotes per- pendiculares à costa, com áreas desiguais. e) Os donatários tinham a responsabilidade de arre- cadar os principais tributos destinados à Coroa, entre eles 20% sobre os lucros obtidos com o pau-brasil. 2. (espm) leia a introdução ao regimento do primeiro governa- dor-geral do brasil e responda: Vendo eu quanto serviço de Deus e meu e conservar e enobrecer as Capitanias e povoações das terras do Brasil e dar ordem e ma- neira com que melhor e mais seguramente se possam ir povoando para exalçamento da nossa santa fé e proveito de meus Reinos e senhorios e dos naturais deles, ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza e povoação grande e forte em um lugar conveniente, para daí se dar favor e ajuda às outras povoações e se ministrar Justiça e prover nas coisas que cumprirem a meu serviço e aos negócios de minha Fazenda e bem das partes. hélio vianna. história Do brasil. a povoação grande e Forte, que deveria ser Criada para auxiliar às outras povoações e servir de Centro de unidade, Foi: a) São Vicente. b) São Paulo. c) Rio de Janeiro. d) São Luís. e) Salvador. 3. (uFpb) para administrar as suas terras da amériCa, a metró- pole portuguesa organizou um sistema administrativo Formado por vários níveis de governo. sobre a estrutura administrativa Colonial adotada pelo império por- tuguês, em suas possessões ameriCanas, leia as aFirmativas a seguir. i. as Capitanias hereditárias Foram Criadas em 1534 e Cons- tituíram a primeira Forma de gestão administrativa da amé- riCa portuguesa. doadas a partiCulares – os donatários –, as Capitanias visavam garantir a posse das terras através da sua Colonização. todavia, Como apenas as de são viCente e pernambuCo prosperaram, Foi estabeleCido, na bahia de todos os santos, o governo-geral, em 1549, que se sobrepôs às Capitanias existentes. ii. a paraíba não Constava entre as Capitanias hereditárias, sendo Criada depois, em 1585, époCa dos governos-gerais, portanto, sob Controle direto da Coroa. daí a sua designação de real, posto que era propriedade do estado monárquiCo, en- Carnado no rei, Como era o Costume no antigo regime. por esse motivo, nunCa houve donatários da Capitania da paraíba, mas sim governadores ou Capitães-mores. iii. as Câmaras muniCipais das vilas e Cidades Foram instân- Cias administrativas que representavam o poder dos senhores loCais. eram oCupadas pelos homens bons, Categoria soCial de sesmeiros, a nobreza da terra, e por ComerCiantes e seus representantes. mulheres, gentios e homens livres pobres, por serem dependentes, e os esCravos, por serem propriedade, esta- vam exCluídos da representação. 77 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s está(ão) Correta(s): a) apenas II. b) apenas III. c) apenas I e II. d) apenas II e III. e) I, II e III. 4. (PUC-PR) leia o texto a seguir. victor meirelles. a primeira missa no brasil. 1860. óleo sobre tela. 268 x 356 cm. museu nacional De belas artes. rio De Janeiro. a primeira missa no brasil é um momento emblemátiCo do iníCio da Colonização portuguesa na amériCa, Celebrada pouCos dias após a Chegada e desembarque dos portugueses na Costa brasileira, imor- talizada pela narrativa na Carta de pero vaz de Caminha e no óleo sobre tela de viCtor meirelles. a oCupação de Fato demorou um pouCo mais a aConteCer, dentre as razões para seu iníCio, temos a) o aumento do comércio de especiarias com o Oriente, levando à maior necessidade de mercados consumidores. b) a descoberta de metais preciosos na colônia portu- guesa, acelerando o interesse da metrópole na explo- ração de sua colônia. c) a probabilidade da tomada das terras por corsários ingleses que vinham atrás do contrabando de escra- vos indígenas para outras colônias. d) a necessidade de tomar posse e defender suas ter- ras para evitar a vinda de exploradores sem o conhe- cimento da coroa portuguesa. e) a construção das feitorias para armazenar pau-bra- sil e carregar navios, promovendo a migração de um grande contingente de portugueses para povoar e cuidar das novas vilas. 5. (uFC) nos primórdios do sistema Colonial, as ConCessões de terras eFetuadas pela metrópole portuguesa visaram tanto à oCu- pação e ao povoamento Como à organização da produção do açúCar, Com Fins ComerCiais. assinale a alternativa Correta sobre as medidas que a Coroa portuguesa adotou para atingir esses objetivos. a) Dividiu o território em capitanias hereditárias, cedidas aos donatários que, por sua vez, distribuíram as terras em sesmarias a homens de posses que as demandaram. b) Vendeu as terras brasileiras a senhores de engenho já experientes que garantiriam uma produção cres- cente de açúcar. c) Dividiu o território em Governações Vitalícias, cujos governadores distribuíram a terra entre os co- lonos portugueses. d) Armou fortemente os colonos para que pudessem defender o território e regulamentou um uso equânime e igualitárioda terra entre colonos e índios aliados. e) Distribuiu a terra do litoral entre os mais valentes con- quistadores e criou engenhos centrais que garantissem a moenda das safras de açúcar durante o ano inteiro. 6. (maCkenzie) a divisão do brasil em Capitanias hereditárias não seria apenas a primeira tentativa oFiCial de Colonização portuguesa na amériCa, mas também a primeira vez que eu- ropeus transportaram um modelo Civilizatório para o novo mundo. a esse respeito é Correto aFirmar que a) o modelo implantado era totalmente desconhecido dos portugueses e cada donatária tinha reduzidas dimensões. b) representava uma experiência feudal em terras ameri- canas, sem nenhum componente econômico mercantilista. c) atraiu sobretudo a alta nobreza pelas possibilida- des de lucros rápidos. d) a coroa com sérias dívidas transferia para os particu- lares as despesas da colonização, temendo perder a co- lônia para os estrangeiros que ameaçavam nosso litoral. e) o sistema de capitanias fracassou e não deixou como consequências a questão fundiária e a estrutura social excludente. 7. (PUC-RS) sobre o período pré-Colonial na história do brasil, é Correto aFirmar que a) foi estabelecida a escravidão indígena como forma de exploração do trabalho, devido à ausência de uma atividade econômica que financiasse o tráfico de es- cravos africanos para o Brasil. b) a economia baseou-se na exploração de produtos naturais da terra, que não exigiam o estabelecimento da agricultura para serem extraídos, como o pau-brasil, o cacau e o látex. c) promoveu-se a doação de porções da terra recém- -descoberta para a aristocracia portuguesa, cujos membros ocupavam os principais cargos na adminis- tração pública reinol. d) havia desinteresse na colonização imediata do território, tendo em vista que os principais recursos humanos e materiais portugueses estavam voltados para a exploração do rendoso comércio com as Índias. e) foram enviadas ao litoral brasileiro as chamadas “expedições guarda-costas”, que visavam vigiar a nova descoberta portuguesa diante da possível inva- são holandesa na região. 8. o estado português reproduziu no brasil duas Feições me- tropolitanas, possibilitando uma permanente tensão entre as Forças soCiais dos poderes loCais e as Forças de Centralização do absolutismo. as instituições que exerCiam a administração loCal e Central no brasil Colônia eram, respeCtivamente a) vice-reinado e capitania hereditária. b) câmara municipal e Governo-Geral. c) capitania geral e província. d) cabildo e capitania real. 78 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s 9. (uFlavras) enumere os eventos de aCordo Com o período em que oCorreram e indique a alternativa que apresente a ordem Correta: 1. período pré-Colonial (1500-1530) 2. período Colonial (1530-1808) ( ) extração assistemátiCa de pau-brasil. ( ) Criação das Capitanias hereditárias (d. joão iii). ( ) envio das expedições “exploradoras” e “guarda-Costas”. ( ) Chegada dos jesuítas para Catequese dos índios e eduCação dos Colonos. a) 1 - 2 - 2 - 1 b) 2 - 2 -1 - 1 c) 1 - 1 - 2 - 2 d) 2 - 1 - 1 - 2 e) 1 - 2 - 1 - 2 E.O. COmplEmEntAr 1. (uFF) as lutas religiosas na europa do séCulo xvi aCabaram tendo um dos seus episódios na baía de guanabara. assinale a opção que apresenta Corretamente esse episódio. a) A presença de franceses com a intenção de criar a cidade de Henryville e de estabelecer a França Antár- tica nas Américas. b) A presença francesa com o intuito de estabelecer uma rota comercial, tendo como principal produto o pau-brasil e a constituição de uma colônia de lutera- nos nas Américas. c) A presença de comerciantes e de piratas franceses com a responsabilidade de apoderar-se do pau brasil, capturar indígenas e estabelecer no Maranhão uma colônia de anabatistas. d) A presença de franceses com o ideal de expansão dos preceitos anglicanos e o desejo de construir a ci- dade de Henryville. e) A presença de franceses com a intenção de combater os católicos e empreender o domínio da área sul das Américas. 2. (ueCe) “a armada de martim aFonso de sousa, que deveria deixar lisboa a 3 de dezembro de 1531, vinha Com poderes extensíssimos, se Comparados aos das expedições anteriores, mas tinha Como Finalidade prinCipal desenvolver a exploração e limpeza da Costa, inFestada, ainda e Cada vez mais, pela atividade dos ComerCiantes intrusos.” holanDa, sérGio buarque De. as primeiras expeDições. in: holanDa, sérGio buarque De. (orG) história Geral Da civiliZação brasileira. tomo i, volume 1. são paulo: DiFel, 1960. p. 93. Com base nesta Citação, assinale a alternativa que indiCa Correta- mente os prinCipais objetivos das primeiras expedições portuguesas às novas terras desCobertas na amériCa: a) expulsar os contrabandistas de pau-brasil e com- bater os holandeses instalados em Pernambuco. b) garantir as terras brasileiras para Portugal, nos termos do Tratado de Tordesilhas, e expulsar os invasores estrangeiros. c) instalar núcleos de colonização estável, baseados na pequena propriedade familiar, e escravizar os indígenas. d) estabelecer contatos com as civilizações indígenas locais e combater os invasores franceses na Bahia. 3. (Fgv) as tentativas FranCesas de estabeleCimento deFinitivo no brasil oCorreram entre a segunda metade do séCulo xvi e a primeira metade do séCulo xvii. as regiões que estiveram sob oCupação FranCesa Foram: a) Rio de Janeiro (França Antártica) e Pernambuco (França Equinocial); b) Pernambuco (França Antártica) e Santa Catarina (França Equinocial); c) Bahia (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica); d) Maranhão (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica); e) Espírito Santo (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica). 4. (uFrn) sobre as Capitanias hereditárias, sistema administrativo adotado no brasil por iniCiativa de d. joão iii, é Correto aFirmar: a) O sistema já fora experimentado, com êxito, pelos portugueses em suas possessões nas ilhas atlânticas e marcou o início efetivo da colonização lusa no Brasil b) Os donatários tornavam-se proprietários das capi- tanias através da Carta de Doação, a qual lhes dava o direito de vendê-las, de acordo com seus interesses. c) A maioria dos donatários era representante da grande nobreza de Portugal e demonstrava forte interesse pelo sistema de capitanias. d) O fracasso do sistema é associado às lutas ocor- ridas na disputa pelas terras e aos conflitos com es- trangeiros que frequentavam as costas brasileiras. 5. (uel) sobre o sistema Colonial de portugal no brasil, é Cor- reto aFirmar: a) Os reformadores do sistema de exploração mercantil aportaram em São Sebastião comandados por Tomé de Souza. O objetivo principal da esquadra era manter o sistema português de educação vigente no Brasil. b) O Pe. Manuel da Nóbrega, membro da Companhia de Jesus, veio para o Brasil cumprir os preceitos da apli- cação do dogma e da disciplina religiosa. Assim, esta- beleceu-se na colônia a articulação dos poderes do Rei e de Deus, ou seja, da Coroa Portuguesa com a Igreja. c) As revoluções Copernicana, Industrial e Francesa levaram a Coroa Portuguesa por meio da Universida- de de Coimbra, dominada pela Companhia de Jesus, a enviar a esquadra de Tomé de Souza para o Brasil, visando a controlar os movimentos reformistas que proliferavam em várias capitanias. d) O Brasil, inserido no antigo sistema colonial, foi reconhecido como um exemplo de colônia de povoa- mento pela ocupação organizada do território, levan- do a coroa portuguesa a liberar o comércio interno e a incentivar o panorama científico e educacional. e) A reforma protestante e a revolução realizada por Nicolau Copérnico tiveram um grande impacto no sistema educacional do Brasil colônia. Para auxiliar neste processo, que pressupõe o desenvolvimento do dogma e da disciplina, a Companhia de Jesus enviou o Pe. Manuel da Nóbrega. 79 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS HUM AN AS e su as te cn ol og ia s E.O. dissErtAtivO 1. (uFrj) “eu, o rei, Faço saber a vós, tomé de sousa, Fidalgo de minha Casa, que vendo quanto serviço de deus e meu é Conservar e enobreCer as Capitanias e povoações das terras do brasil (...), ordenei ora de mandar nas ditas terras Fazer uma Fortaleza e povoação grande e Forte, em um lugar Conveniente, para daí se dar Favor e ajuda às outras povoações (...); e por ser inFormado que a bahia de todos os santos é o lugar mais Conveniente da Costa do brasil (...), que na dita bahia se Faça a dita povoação e assento, e para isso vá uma armada Com gente (...) e tudo o mais que For neCessário. e pela muita ConFiança que tenho em vós (...) vos enviar por governador às ditas terras do brasil (...).” reGimento De tomé De sousa, 17 De DeZembro De 1548. a polítiCa administrativa do estado português no iníCio da Colo- nização estruturou-se a partir da adoção do sistema de Capitanias hereditárias e, posteriormente, da Criação do governo-geral. no entanto, o verdadeiro poder polítiCo na Colônia enContrava-se nas Câmaras muniCipais, dominadas pelos “homens bons”. a) Explique uma razão para a adoção do sistema de capitanias hereditárias na colonização do Brasil. b) Apresente dois objetivos da criação do Governo- -Geral pelo Estado português. c) Cite uma razão da concentração do poder político colonial nas Câmaras Municipais. 2. (unirio) “interCalado na rota atlântiCa das espeCiarias asiá- tiCas, Como aConteCimento premeditado, a arribada de Cabral à terra de vera Cruz representa a Consagração da empresa ultra- marina do avis.” (manuel nunes Dias, “o Descobrimento Do brasil”) analise a importânCia do desCobrimento do brasil no Conjunto da expansão portuguesa, justiFiCando a ideia de “Consagração”. 3. (uFrj) “(...) assim, antes de partir de França, villegagnon prometeu a alguns honrados personagens que o aCompanha- ram, Fundar um puro serviço de deus no lugar em que se estabeleCesse. e depois de aliCiar os marinheiros e artesãos neCessários, partiu em maio de 1555, Chegando ao brasil em novembro, após muitas tormentas e toda a espéCie de diFiCul- dades. aí aportando, desembarCou e tratou imediatamente de alojar-se em um roChedo na emboCadura de um braço de mar ou rio de água salgada a que os indígenas Chamavam gua- nabara e que (Como desCreverei oportunamente) FiCa a 23° abaixo do equador, quase à altura do trópiCo de CapriCórnio. mas o mar daí o expulsou. Constrangido a retirar-se avançou quase uma légua em busCa de terra e aCabou por aComodar-se numa ilha antes deserta, onde, depois de desembarCar sua ar- tilharia e demais bagagens, iniCiou a Construção de um Forte, a Fim de garantir-se tanto Contra os selvagens Como Contra os portugueses que viajavam para o brasil e aí já possuem inúmeras Fortalezas”. in: lérY, Jean. De viaGem à terra Do brasil. rio De Janeiro, bibliex, 1961, pp. 51 “(... ) por esse tempo, agitava-se importante Controvérsia entre os dirigentes da Companhia (Cia. das índias oCidentais), a qual se travou prinCipalmente entre as Câmaras da holanda e da ze- lândia. versava sobre se seria proveitoso à Companhia Franquear o brasil ao ComérCio privado, ou se devia Competir a ela tudo o que se reFerisse ao ComérCio e às neCessidades dos habitan- tes daquela região. Cada um dos dois partidos sustentava o seu pareCer. os propugnadores do monopólio esCudavam-se Com o exemplo da Cia. oriental, usando o argumento de que se espera- riam maiores luCros, se apenas a Cia. ComerCiasse, porque, Com o tráFiCo livre, dispersar-se-ia o ganho entre muitos, barateando as merCadorias pela ConCorrênCia”. barléu, Gaspar. história Dos Feitos recentemente praticaDos Durante oito anos no brasil. são paulo: eD. ltatiaia, 1974, pp.90 ao longo dos séCulos xvi, xvii e iníCio do xviii, várias potênCias europeias invadiram a amériCa portuguesa. houve breves invasões e atos de pirataria ao longo do litoral no iníCio do séCulo xvi. posteriormente outras invasões iriam adquirir CaraCterístiCas diFerenCiadas. as Formas de invasão e oCupação, assim Como estratégias e interesses eConômiCos seriam diversos. a) Aponte duas razões para a invasão e o estabeleci- mento colonial de franceses (a França Antártica) no litoral do Rio de Janeiro entre 1555 e 1567. b) Identifique o principal interesse da Cia. das Índias Ocidentais na invasão de Pernambuco, em 1634. 4. (uFg) leia as narrativas históriCas a seguir. as duas histórias apresentadas narram um evento da história do brasil. essas narrativas elaboram Cenários diFerenCiados sobre a relação entre indígenas e portugueses. Comparando as narrativas históriCas apresentadas, narrativa históriCa 1 Em 1500, a história do Brasil começa com o descobrimento desta terra pelos portugueses. Ao chegar, encontraram os índios, que não tinham cidade, viviam nus, adoravam vários deuses, não possuíam Estado e não conheciam a escrita. A economia deles era de subsistência. Quando os portugueses descobriam o Brasil, os índi- os entusiasmaram-se com as roupas, os espelhos e outros presentes trazidos da Europa. Cidades foram organizadas. Com a ação dos jesuítas, a partir de 1549, muitos tornaram-se cristãos e aprenderam a ler. 80 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s narrativa históriCa 2 Antes da chegada dos portugueses, diferentes nações indí- genas viviam nestas terras. Estes povos tinham suas próprias crenças e formas de organização politica e econômica. Alguns deles conheciam a cerâmica, o trabalho com o algodão, fabricação de armas e instrumentos musicais. Quando os portugueses chegaram, impuseram o seu modo de vida aos indígenas. Condenaram os seus deuses e suas formas de organização. Muitas tribos indígenas resistiram, mas a colonização provocou a dizimação física e cultural de diferentes nações indígenas. a) Qual a diferença de interpretação entre a narrativa 1 e a narrativa 2? b) Explique o que permite que o mesmo evento histó- rico seja narrado de forma diferente. 5. (uFrj) os livros dos desCobridores deste outro hemisFério dão-nos a ConheCer suFiCientemente o que é este brasil, em que paralelo está situado, de que maneira os brasilianos, tupinambás e tapuias, os povos desse país, se guerreavam antigamente e devora- vam os venCidos; Como os portugueses, subjugando estes miserá- veis, se Fizeram assinalar por horríveis eFusões de sangue; Como, também os FranCeses, tendo-se tornado senhores de uma parte do país por meio de sangrentas expedições, os portugueses lha Fizeram abandonar Com a vida [...]. posteriormente, os estados-gerais dos países baixos aí levaram as suas armas e Conquistaram a melhor parte, não tendo sido poupadas as devastações e saques, Companheiros da guerra. Fonte: moreau, pierre. história Das últimas lutas no brasil entre holanDeses e portuGueses. belo horiZonte: itatiaia; são paulo: eDusp, 1979, pp.17-18. a desCrição aCima Foi esCrita por pierre moreau, sobre quem se ConheCe pouCo além do Fato de ter vivido no brasil em meados da déCada de 1640. dentre outras Coisas, o treCho mostra que não raro os países europeus questionavam os termos em que o tratado de tordesilhas dividira a amériCa. a) Identifique no texto dois exemplos concretos deste questionamento. b) Explique uma característica das sociedades indíge- nas, presente no texto, que tenha sido utilizada por países europeus nas ações concretas de questiona- mento ao Tratado de Tordesilhas. 6. (uFrj) as Câmaras muniCipais da amériCa portuguesa do sé- Culo xvii tinham a responsabilidade de, juntamente Com os oFi- Ciais da monarquia, zelar pelo “bem Comum” da população. para o exerCíCio de tais Funções, a Câmara possuía Certas atribuições eConômiCas, polítiCas e jurídiCas. indique duas prerrogativas das Câmaras muniCipais Coloniais. 7. (uFjF) “(...) ponderando-se o aCharem-se hoje as vilas dessa Capitania tão numerosas Como se aCham, e que sendo uma grande parte das Famílias dos seus moradoresde limpo nasCimento, era justo que somente as pessoas que tiverem essa qualidade andassem na governança delas...” “orDem réGia” (para câmara De vila rica- mG), 27 De Janeiro De 1726. “a Câmara e a miseriCórdia podem ser desCritas, apenas Com um ligeiro exagero, Como os pilares gêmeos da soCiedade Colonial desde maranhão até maCau.” boxer, c. r. o império marítimo portuGuês. lisboa: eDições 70, 1969, p. 267. o mais signiFiCativo órgão polítiCo-administrativo implantado por portugal nas vilas Coloniais da amériCa portuguesa era a Câma- ra muniCipal. baseando-se nas Citações apresentadas, responda Com suas próprias palavras: a) Qual era a origem social daqueles que ocupavam os cargos nas Câmaras Municipais? b) Cite três funções das Câmaras Municipais nas prin- cipais vilas coloniais. 8. (uFC) a Conquista do território brasileiro pelos portugueses Foi eFetuada mediante o ConFronto Com as populações indígenas que habitavam o brasil naquele momento. Com base nisso, respon- da o que se pede a seguir a) Apresente três características gerais das sociedades aqui encontradas pelos colonizadores portugueses. b) A partir dos contatos estabelecidos com os nativos, os colonizadores entenderam que deveriam promover a salvação de suas almas. Cite a grande estratégia utilizada para esse fim pelos portugueses. c) Vários elementos da cultura indígena foram desva- lorizados pelos portugueses no afã de legitimar seu projeto colonizador. Desse modo, indique duas práti- cas culturais nativas desprezadas pelos colonizadores. d) Qual o legado cultural indígena à sociedade brasi- leira? Enumere três exemplos. 9. (Fgv) “e são tão Cruéis e bestiais, que assim matam aos que nunCa lhes Fizeram mal, Clérigos, Frades, mulheres (...) sujeitan- do-se o gentio, Cessarão muitas maneiras de haver esCravos mal havidos e muitos esCrúpulos, porque terão os homens esCravos legítimos, tomados em guerra justa.” (carta Do paDre manuel Da nóbreGa, 1558.) “depois disso Com liCença do padre nóbrega, me Fui à outra aldeia de 150 Casas e Fiz ajuntar os moços e Fiz-lhes a doutrina em sua própria língua. aChei alguns aqui mui hábeis e de tal Capa- Cidade que bem ensinados e doutrinados podiam Fazer muito Fruto, para o que temos neCessidade de um Colégio nesta bahia para ensinar os Filhos dos índios.” (carta Do paDre aZpicuelta navarro, 1551.) 81 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s os testemunhos anteriores ilustram algumas das estratégias de padres da Companhia de jesus, no sentido de promover a Coloni- zação das terras do brasil, em meados do séCulo xvi. tendo-os Como reFerênCia: a) identifique as ações propostas em cada texto; b) explique um efeito dessas ações para as popula- ções ameríndias. 10. (uel) vão Completamente nus, homens e mulheres, Como suas mães os pariram... este rei e todos os seus andavam nus Como ti- nham nasCido, assim Como suas mulheres, sem nenhum embaraço... as mulheres, pelo menos, podiam ser mais Cuidadosas. toDorov, t. DiÁrios De colombo. in. a conquista Da américa. a questão Do outro. são paulo: martins Fontes, 1983, p. 41. a Feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem Feitos. andam nus, sem Cobertura algu- ma. nem Fazem mais Caso de enCobrir ou deixar de enCobrir suas vergonhas do que de mostrar a Cara. aCerCa disso são de grande inoCênCia. ambos traziam o beiço de baixo Furado e metido nele um osso verdadeiro, de Comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um Fuso de algodão, agudo na ponta Como um Furador. caminha, p. v. carta De pero vaZ De caminha. biblioteca nacional, 1500. acervo DiGital. Disponível em: <https://www. bn.Gov.br/taGs/pero-vaZ-caminha>. acesso em: 21 set. 2016. desejo tudo de bom para nossos Compatriotas indígenas. não aCho que devemos nada a eles. a humanidade sempre operou por Contágio, Contaminação e assimilação entre as Culturas. apenas hoje em dia equivoCados de todos os tipos aFirmam o Contrário Como modo de aFetação étiCa. desejo que eles arrumem trabalho, paguem impostos Como nós e deixem de ser dependentes do estado. sou Contra parques temátiCos Culturais (reservas) que inCentivam dependênCia estatal e víCios típiCos de quem só tem direitos e ne- nhum dever. adultos Condenados à inFânCia moral seguramente viram pessoas de mau-Caráter Com o tempo. ponDé, l. F. Guarani kaiowÁ De boutique. Folha De s. paulo. 19 nov. 2012. Disponível em: <http://www1.Folha. uol.br/colunas/luiZFelipeponDe/1187356-Guarani-kaiowa- De-boutique.shtml>. acesso em: 21 set. 2016. os Fragmentos dos textos Falam sobre os povos e as Culturas indígenas. dois deles são de europeus (Cristóvão Colombo e pero vaz de Caminha) e datam, respeCtivamente, dos séCulos xv e xvi. o último deles é de um brasileiro, luiz Felipe pondé, um FilósoFo do séCulo xx. Com base nesses textos, nessas inFormações e nos ConheCimentos a respeito dos povos indígenas da amériCa, responda aos itens a seguir. a) Discorra sobre as diferenças presentes nesses três textos. b) Discorra sobre as semelhanças presentes nesses três textos. E.O. EnEm 1. (enem) jean de léry viveu na França na segunda metade do séCulo xvi, époCa em que as Chamadas guerras de religião opuse- ram CatóliCos e protestantes. no texto a seguir, ele relata o CerCo da Cidade de sanCerre por tropas CatóliCas. “(...) desde que os Canhões Começaram a atirar sobre nós Com maior FrequênCia, tornou-se neCessário que todos dormissem nas Casernas. eu logo providenCiei para mim um leito Feito de um lençol atado pelas suas duas pontas e assim Fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens ameriCanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o que Foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados. de tal maneira que a Caserna logo FiCou Cheia deles. aqueles que dormiram assim puderam ConFirmar o quanto esta maneira é apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...).” neste texto, jean de léry a) despreza a cultura e rejeita o patrimônio dos indí- genas americanos. b) revela-se constrangido por ter de recorrer a um in- vento de “selvagens”. c) reconhece a superioridade das sociedades indíge- nas americanas com relação aos europeus. d) valoriza o patrimônio cultural dos indígenas ameri- canos, adaptando-o às suas necessidades. e) valoriza os costumes dos indígenas americanos por- que eles também eram perseguidos pelos católicos. E.O. UErj ExAmE dE QUAliFiCAçãO 1. (uerj) governo do estado aCusa o preFeito Ce- sar maia de diFamar a políCia em artigo o proCurador-geral do estado do rio, FranCesCo Conte, pediu ontem à justiça agilidade no proCesso aberto na quarta-Feira Con- tra o preFeito Cesar maia, que ataCou a polítiCa de segurança públiCa do governo estadual em artigo publiCado no dia 15 de agosto na seção “tendênCias/debates” da Folha. (Folha De são paulo, 24/08/2001.) os ConFlitos entre as várias instânCias polítiCo-administrativas não Constituem um problema exClusivo dos dias de hoje. desde a époCa Colonial, Cada instânCia administrativa desejava o poder para si, tornando-se Cenário de disputas diversas. o seguinte órgão loCal da administração Constituía-se Como es- paço de negoCiação polítiCa, no brasil Colonial: a) Câmara Municipal. b) Tribunal da Relação. c) Capitania Hereditária. d) Conselho Ultramarino 2. (uerj) (...) eram pardos, todos nus, sem Coisa alguma que Cobrisse suas vergonhas. nas mãos traziam arCos Com suas setas. (...) eles não lavram, nem Criam. não há aqui boi nem vaCa, nem Cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que Costumada seja ao viver dos homens. nem Comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente de Frutos, que a terra e as árvores de si lançam (...). cortesão, Jaime. a carta De pero vaZ De caminha. rio De Janeiro: livros De portuGal, 1943. no brasil, durante o período Colonial, as mudanças transCor- ridas na organização polítiCa, eConômiCa e soCial dos indígenas estão relaCionadasCom: 82 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s a) o rompimento de sua unidade política, levando ao fracionamento das federações tribais. b) a expropriação das terras, provocando a interiori- zação de muitas comunidades nativas. c) a imposição gradativa do trabalho sedentário, le- vando a sua utilização como mão de obra assalariada. d) o seu largo emprego em trabalhos compulsórios na pecuária e na mineração, provocando a sedentariza- ção das comunidades do litoral. 3. (uerj) um dos prinCipais problemas brasileiros da atualidade é a questão da ConCentração da propriedade da terra. os meios de ComuniCação de massa (rádio, televisão, jornal) trazem, todos os dias, matérias sobre invasões promovidas por Camponeses sem- -terra, mas a Falta de terra para quem realmente trabalha nela não é um problema atual. um instrumento de distribuição de terra do período Colonial que Comprova a longa duração deste problema no brasil é: a) o Regimento Geral. b) a Carta de Sesmaria c) os Tratados de Saragoça. d) o Tratado de Tordesilhas. E.O. UErj ExAmE disCUrsivO 1. (uerj) “... e permite el-rei que sejam estes índios esCravos por estar CertiFiCado de sua vida e Costumes que não são Capazes para serem Forros, e mereCem que os Façam esCravos pelos gran- des delitos que têm Cometido Contra os portugueses, matando e Comendo Centos deles, e milhares deles, em que entrou um bispo e muitos saCerdotes.” souZa, Gabriel soares De. in: anais Da biblioteca nacional. rio De Janeiro: 1941. em sua obra datada de 1587, o autor legitimava a esCravidão dos indígenas brasileiros, enumerando razões para esse posiCionamento. a) Indique uma razão ideológica e uma razão econô- mica, utilizadas pelos agentes da colonização, para justificar a escravização do indígena. b) Aponte um argumento utilizado pela historiografia atual para explicar a introdução da escravidão negra no Brasil. 2. (uerj) Criada no período da reForma CatóliCa do séCulo xvi, a Companhia de jesus teve papel preponderante na expansão da religião CatóliCa, tanto no Campo europeu, quanto nas missões do norte da áFriCa, da ásia e da amériCa. no brasil, a Chegada dos jesuítas (1549) inaugurou um novo período de Conquista espiri- tual, em virtude, entre outros aspeCtos, da atuação de seus padres junto aos indígenas e aos Colonos. a) Caracterize a atuação dos jesuítas em relação aos colonos no Brasil. b) Cite duas outras ações da Igreja Católica em seus reforços para conter a Reforma Protestante do sé- culo XVI. E.O. ObjEtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (Fuvest) eu por vezes tenho dito a v. a. aquilo que me pareCia aCerCa dos negóCios da França, e isto por ver por ConjeCturas e aparênCias grandes aquilo que podia suCeder dos pontos mais aparentes, que Consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumen- to dos senhorios de v. a. e tudo se enCerrava em vós, senhor, trabalhardes Com modos honestos de Fazer que esta gente não houvesse de entrar nem possuir Coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano que daí se podia seguir. seraFim leite. cartas Dos primeiros Jesuítas Do brasil, 1954. o treCho aCima Foi extraído de uma Carta dirigida pelo padre je- suíta diogo de gouveia ao rei de portugal d. joão iii, esCrita em paris, em 17/02/1538. seu Conteúdo mostra a) a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias. b) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da França e que visava a comba- ter as pretensões expansionistas da Espanha na América. c) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expan- são de jesuítas franceses, que, no Brasil, vinham exercen- do grande influência sobre as populações nativas. d) o projeto de expansão territorial português na Euro- pa, o qual, na época da carta, visava à dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América. e) a manifestação de um conflito entre a recém-cria- da ordem jesuíta e a Coroa portuguesa em torno do combate à pirataria francesa. texto para as próximas 2 questões [os tupinambás] têm muita graça quando Falam [...]; mas Faltam- -lhe três letras das do abC, que são F, l, r grande ou dobrado, Coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm Fé em nenhuma Coisa que adoram; nem os nasCidos entre os Cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm Fé em deus nosso senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes Faça bem. e se não têm l na sua pronunCiação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preCeitos para se gover- narem; e Cada um Faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis Com que se governem, nem têm leis uns Com os outros. e se não têm esta letra r na sua pronunCiação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedeCem a ninguém, nem ao pai o Filho, nem o Filho ao pai, e Cada um vive ao som da sua vontade [...]. (Gabriel soares De souZa. trataDo Descritivo Do brasil em 1587, 1987.) 2. (unesp) o texto destaCa três elementos que o autor Considera inexistentes entre os tupinambás, no Final do séCulo xvi. esses três elementos podem ser assoCiados, respeCtivamente, a) à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às re- lações familiares. b) à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política. 83 VO LU M E 1 C IÊ N CI AS H UM AN AS e su as te cn ol og ia s c) ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos diferentes. d) à estrutura política, à anarquia social e ao desres- peito familiar. e) ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos estrangeiros. 3. (unesp) os Comentários de gabriel soares de souza expõem a) a dificuldade dos colonizadores de reconhecer as peculiaridades das sociedades nativas. b) o desejo que os nativos sentiam de receber orien- tações políticas e religiosas dos colonizadores. c) a inferioridade da cultura e dos valores dos portu- gueses em relação aos dos tupinambás. d) a ausência de grupos sedentários nas Américas e a missão civilizadora dos portugueses. e) o interesse e a disposição dos europeus de aceitar as características culturais dos tupinambás. 4. (uniCamp) “quando os portugueses Começaram a povoar a terra, havia muitos destes índios pela Costa junto das Capita- nias. porque os índios se levantaram Contra os portugueses, os governadores e Capitães os destruíram pouCo a pouCo, e mata- ram muitos deles. outros Fugiram para o sertão, e assim FiCou a Costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. junto delas FiCaram alguns índios em aldeias que são de paz e amigos dos portugueses.” pero De maGalhães GanDavo, trataDo Da terra Do brasil, em http://www.cce.uFsc.br/~nupill/literatura/ GanDa1.html. acesso em: 20/08/2012. ConForme o relato de pero de gandavo, esCrito por volta de 1570, naquela époCa a) as aldeias de paz eram aquelas em que a cate- quese jesuítica permitia o sincretismo religioso como forma de solucionar os conflitos entre indígenas e portugueses. b) a violência contra os indígenas foi exercida com o intuito de desocupar o litoral e facilitar a circulação do ouro entre as minas e os portos. c) a fuga dos indígenas para o interior era uma reação às perseguições feitas pelos portugueses e ocasionou o esvaziamento da costa. d) houve resistência dos indígenas à presença portu- guesa de forma semelhante às descritas por Pero Vaz de Caminha, em 1500. 5. (unesp) em 1534, a Coroa portuguesa estabeleCeu o regime de Capitanias hereditárias no brasil Colônia. entre as Funções dos donatários, podemos Citar a) a nomeação de funcionários e a representação di- plomática. b) a erradicação de epidemias e o estímulo ao cresci- mento demográfico. c) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho escravo. d) a organização de entradas e bandeiras e o extermí- nio dos indígenas. e) a fundação de vilas