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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 1 Aula 16 – Soluções – parte II Misturas de soluções e suas manipulações. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 1. DILUIÇÃO. 4 2. MISTURA DE SOLUÇÕES QUE NÃO REAGEM. 9 Mistura de soluções que apresentam solutos diferentes e não reagem entre si. 9 Mistura de soluções que apresentam solutos em comum. 10 3. MISTURA DE SOLUÇÕES QUE REAGEM. 15 Titulação 16 4. QUESTÕES FUNDAMENTAIS 28 Diluição 28 Mistura de soluções que não reagem entre si 29 Titulação 29 5. JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES 30 Diluição 30 Mistura de soluções que não reagem 36 Mistura de soluções que reagem 41 6. GABARITO SEM COMENTÁRIOS 48 7. RESOLUÇÕES DAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS 48 Diluição 48 Mistura de soluções que não reagem entre si 50 Titulação 53 8. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS 56 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 3 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULAS 89 10. REFERÊNCIAS 89 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 4 Introdução Pronto para a segunda parte de soluções? Are you ready? Let’s go! 1. Diluição. Diluição: obtenção de uma solução de menor concentração devido ao aumento da proporção de solvente na mistura. Imagine a seguinte situação: dissolveu-se 50 gramas de açúcar em 300 mL de água. Após essa dissolução, a solução foi despejada em 1 litro de água. Pergunta: qual a massa de açúcar no final do procedimento? A resposta é: a mesma massa, ou seja, os 50 gramas. A diferença será a concentração, mas a quantidade de soluto não. Esse raciocínio é a base do cálculo da diluição de soluções: em uma diluição, a quantidade do soluto (em mol ou massa ou volume) é a mesma. Análise quantitativa:Em um processo de diluição, a quantidade de soluto no início é igual à quantidade de soluto no final. Portanto: Para diluições: 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒐= 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒐𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 Essa quantidade pode ser expressa em: massa, mol, volume e número de partículas. Sabendo que a quantidade de soluto relaciona-se com o volume da solução em: 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 · 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 5 Relacionando as equações, tem-se: Lembrando que o volume final corresponde ao volume inicial mais o volume adicionado de solvente. As unidades dos dois pares: concentração inicial-concentração final e volume inicial-volume final devem ser iguais entre si. Continuando, 5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 500 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 2000 𝑚𝐿 𝑪𝒇 = 𝟏, 𝟐𝟓 𝒎𝒐𝒍/𝑳 O suco de limão está forte demais! Põe açúcar? ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 6 É muito comum ver pessoas que estão reclamando do sabor azedo de um suco de limão, colocarem açúcar para neutralizar o sabor. Como a Química explica esse fato? O açúcar realmente neutraliza o gosto azedo do limão? Primeiramente, o sabor dos alimentos é detectado pelas papilas gustativas, que se localizam na língua. Existem 5 gostos básicos detectados por seres humanos: azedo, doce, amargo, salgado e umami. Cerca de 3000 botões gustativos estão distribuídos sobre a língua e cada botão gustativo apresenta 40 a 60 células sensoriais. O sabor azedo do limão provém de substâncias ácidas como o ácido cítrico, enquanto o sabor doce do açúcar provém da sacarose. O ácido cítrico não reage com a moléculas da sacarose, ou seja, o sabor doce não neutraliza o sabor azedo. A explicação para a menor percepção do sabor azedo é que quanto maior a quantidade de açúcar, mais interações a sacarose realiza com a língua e, consequentemente, menos áreas da língua interagem com as moléculas que provocam a sensação do sabor azedo proveniente do limão. Para neutralizar o sabor azedo do limão seria necessário uma substância com característica básica para reagir com os ácidos. Acredito que essa mistura também não seria muito palatável porque o produto formado é um sal, e estes apresentam, majoritariamente, sabor amargo. Portanto, coloque um pouco de água no açúcar de limão e aproveite o sabor azedinho de fechar os olhos e travar os dentes. (FMABC SP/2018) Próteses de acrílico podem ser desinfetadas em ambiente odontológico por imersão em solução de hipoclorito de sódio a 1% (m/V) por 10 minutos. Partindo de uma solução a 5% (m/V) de hipoclorito de sódio, o preparo de 1,0 L de solução a 1% (m/V) requer a tomada de Figura 14 - sabor azedo do limão [fonte: RyanMcGuire/pixabay]. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 7 a) 500 mL da solução mais concentrada, adicionando-se água até completar o volume desejado. b) 100 mL da solução mais concentrada e adicionar 900 mL de água. c) 500 mL da solução mais concentrada e adicionar 500 mL de água. d) 100 mL da solução mais concentrada, adicionando-se água até completar o volume desejado. e) 200 mL da solução mais concentrada, adicionando-se água até completar o volume desejado. Comentários: A fim de preparar 1,0 L de uma solução que apresente concentração final de 1% (m/V) a partir de uma solução de 5% (m/V), tem-se: Diluição: Para preparar a solução é necessário misturar 200 mL de uma solução com título de 5% com 800 mL de água. Gabarito: E (FPS PE/2017) A cefalotina, C16H16N2O6S2, é um antibiótico que possui ação bactericida, sendo utilizada em infecções variadas, incluindo a meningite. Um auxiliar de enfermagem precisa administrar 50,0 mL de uma solução de cefalotina 6,0·10–2 mol·L–1 em um paciente, e a enfermaria só dispõe de ampolas de 20 mL com concentração igual a 0,25 mol·L–1 de cefalotina. Calcule o volume de cefalotina 0,25 mol·L–1 que deve ser aspirado da ampola para administrar a dosagem prescrita. a) 10 mL b) 12 mL c) 14 mL d) 16 mL e) 18 mL Comentários: Para preparar 50,0 mL de uma solução com concentração de 6,0·10-2 mol/L, a partir de uma solução de 0,25 mol/L é necessária uma quantidade inicial de: 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 5% · 𝑉𝑖 = 1% · 1𝐿 𝑉𝑖 = 0,2 𝐿 = 200 𝑚𝐿 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 8 Gabarito: B (UNEMAT MT/2016) Um jovem comprou um produto veterinário para eliminar os carrapatos do seu cachorro. Ao ler a bula, ele tomou conhecimento que o princípio ativo do produto é relativamente tóxico, então ele seguiu as orientações do fabricante para que seu animal de estimação não fosse envenenado. Na bula continha as seguintes informações: Cada 100 mL contém: Amitraz .............................................. 12,5 g Veículo q.s.p. ..................................... 100 mL O produto deve ser usado da seguinte maneira Considerando que o jovem preparou a solução em um balde com 5 litros de água, seguindo as instruções de uso, a concentração final em mg/L do princípio ativo e o fator de diluição aplicado foram: a) 0,25 mg/L e 1:500 b) 250 mg/L e 1:500 c) 2,50 mg/L e 1:250 d) 25 mg/L e 1:250 e) 0,025 mg/L e 1:500 Comentários: Sabendo que o jovem seguiu as normas de diluição que é: Sabendo que o produto veterinário é comercializado com 12,5 g (ou 12500 mg) para 100 mL (ou 0,1 L), logo a quantidade de 1000 mL (ou 1 L) é de 125000 mg e, 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 0,25 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑖 = 6,0 · 10 −2 · 50,0 𝑚𝐿 𝑉𝑖 = 12 𝑚𝐿 2 𝑚𝐿 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 − − − − 1 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑥 𝑚𝐿 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 − − − − 5 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 x = 10 mL do produto ESTRATÉGIAVESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 9 consequentemente, a concentração inicial do produto é de 1,2·105 mg/L. Após diluir 10 mL do produto em um balde de 5 litros de água, a concentração final é de: O fator de diluição é calculado pela razão entre os volumes do soluto e da solução, nas mesmas unidades: Gabarito: B 2. Mistura de Soluções Que Não Reagem. Ao misturar soluções que não reagem pode acontecer duas situações: terem ou não solutos em comum. Mistura de soluções que apresentam solutos diferentes e não reagem entre si. Caso as soluções não apresentem solutos em comum, acontecerá a diluição. Mistura de soluções de solutos diferentes que não reagem entre si: obtenção de uma solução de menor concentração para cada soluto, devido ao aumento da proporção de solvente na mistura. Exemplo: Calcula-se a concentração de NaC, em mol/L, ao misturar duas soluções: 400 mL de 0,5 mol/L NaC e 200 mL de 0,5 mol/L de KBr. A existência do KBr na segunda solução não contribui em nada para a quantidade de NaC, ou seja, não produz e nem consume o soluto NaC. Portanto, a contribuição da segunda solução na concentração do NaC é a diluição, porque aumenta o volume da solução. Calcula-se a nova concentração do cloreto do sódio a partir da fórmula da diluição: 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 400 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 600 𝑚𝐿 𝐶𝑓 = 0,33 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 1,2 · 105𝑚𝑔/𝐿 · 10𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 5000 𝑚𝐿 𝐶𝑓 = 240 𝑚𝑔/𝐿 𝑑𝑖𝑙𝑢𝑖çã𝑜: 10 𝑚𝐿 5000 𝑚𝐿 = 1 500 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 10 Mistura de soluções que apresentam solutos em comum. Porém soluções que apresentem solutos em comum, apresentarão uma nova concentração, que será intermediária entre as duas misturadas. Mistura de soluções de mesmo soluto: obtenção de uma solução de nova concentração devido à alteração da proporção entre solvente e soluto na mistura. Para entender o cálculo da mistura de soluções que não reagem, será apresentado uma situação simples. Vamos supor que um indivíduo tenha preparado duas soluções: Qual a massa total de açúcar após misturar as soluções 1 e 2? Resposta: 7 gramas de açúcar. Certo? Simples assim. A massa de soluto final será a soma das quantidades de solutos colocados. Portanto, Análise quantitativa: Em um processo de mistura de soluções de mesmo soluto, a quantidade de soluto no final é igual a soma das quantidades de soluto das soluções misturadas. Portanto: Para mistura de soluções de mesmo soluto: 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜1 + 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜2 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 Sabendo que concentração é a razão de quantidade de soluto por volume de solução, tem-se: 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜1 · 𝑉𝑜𝑙𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜1 + 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜2 · 𝑉𝑜𝑙𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜2 = 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑜𝑙𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 Exemplo: Solução 1 • 5 g de açúcar • 300 mL de água Solução 2 • 2 g de açúcar • 700 mL de água ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 11 Calcula-se a concentração, em mol/L, de cloreto de sódio da solução resultante da mistura de 300 mL de 0,2 mol/L de NaC com 200 mL de 0,5 mol/L de NaC. 𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 300 𝑚𝐿 + 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 200 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 500 𝑚𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,32 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Exemplo 2: Uma mistura foi preparada pela mistura de 150 mL de uma solução de sulfato de potássio (K2SO4) de concentração 0,1 mol/L com 200 mL de uma solução de sulfato de chumbo II (PbSO4) 0,15 mol/L. A concentração dos íons, em mol/L, na solução final é calculada por: Primeiramente, é importante perceber que os íons presentes na solução são: K+, SO42- e Pb2+. Os íons K+ e Pb2+ são provenientes de uma única solução e misturados com outra solução que, apenas, diminui a sua concentração, portanto, os íons potássio e chumbo sofreram diluição. O íon SO42- pertence à duas soluções, logo, a fórmula utilizada para o seu cálculo será de mistura de soluções de mesmo soluto. K+ Pb2+ SO42- Fórmula: diluição Fórmula: diluição Fórmula: mistura de soluções com mesmo soluto 1 K2SO4 : 2 K+ 1 PbSO4: 1 Pb2+ 1 K2SO4 : 1 SO42- 1 PbSO4: 1 SO42- Cinicial= 2 · 0,1 mol/L = 0,2 mol/L Cinicial= 1 · 0,15 mol/L = 0,15 mol/L K2SO4: Cinicial = 0,1 mol/L PbSO4: Cinicial = 0,15 mol/L 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 0,2 · 150 = 𝐶𝑓 · 350 𝐶𝑓 = 0,08 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 0,15 · 200 = 𝐶𝑓 · 350 𝐶𝑓 = 0,08 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 0,1 · 150 + 0,15 · 200 = 𝐶𝑓 · 350 𝐶𝑓 = 0,13 𝑚𝑜𝑙/𝐿 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 12 (UEA AM/2017) 100 mL de uma solução aquosa contendo 10 g de sacarose (açúcar comum) dissolvidos foram misturados com 100 mL de uma solução aquosa contendo 20 g desse açúcar dissolvidos. A concentração de sacarose na solução obtida, expressa em porcentagem (m/V), é a) 5%. b) 10%. c) 15%. d) 25%. e) 30%. Comentários: A concentração final é calculada por: A representação de % (m/v) é o mesmo que substituir g/100 mL por %. Se não preferir fazer pela substituição, lembre-se que a densidade para soluções diluídas é de 1 g/mL, logo a massa de 100 mL será igual a 100 g. Gabarito: C (PUC SP/2014) Em um béquer foram misturados 200 mL de uma solução aquosa de cloreto de cálcio de concentração 0,5 mol·L–1 e 300 mL de uma solução 0,8 mol·L–1 de cloreto de sódio. A solução obtida apresenta concentração de ânion cloreto de aproximadamente 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐶 = 10 𝑔 + 20 𝑔 200 𝑚𝑙 = 30 𝑔 200 𝑚𝐿 30 𝑔 200 𝑚𝐿 = 15 𝑔 100 𝑚𝐿 = 15 % ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 13 a) 0,34 mol·L–1 b) 0,65 mol·L–1 c) 0,68 mol·L–1 d) 0,88 mol·L–1 e) 1,3 mol·L–1 Comentários: A concentração de íons cloreto para cada solução é calculado por: Solução 1: Cloreto de cálcio – CaC2 – 0,5 mol/L. Para cada 1 CaC2 dissociam-se 2 C-, portanto, a concentração de C- nesta solução é igual a 1,0 mol/L. Solução 2: Cloreto de sódio – NaC – 0,8 mol/L. Para cada 1 NaC dissocia-se 1 C-, portanto, a concentração de C- nesta solução é igual a 0,8 mol/L. Assim, sabendo das concentrações dos íons, calcula-se: Gabarito: D (IFGO/2013) Um laboratorista misturou 200 mL de uma solução aquosa de NaC 0,3 mol/L com 100 mL de solução aquosa 0,2 mol/L de MgC2. Em relação a esse processo e a sua solução resultante, é correto afirmar: a) A concentração de íons Mg2+ é igual a 0,4 mol/L. b) A concentração de íons C– é igual a 0,3 mol/L. c) A concentração de íons Na+ é igual a 0,02 mol/L. d) A quantidade aproximada, em gramas, de Mg2+ é igual a 1,46. e) A quantidade aproximada, em gramas, de C– é igual a 0,3. Comentários: Calculando a concentração de cada íon, tem-se: - sódio (Na+): sofreu diluição. Concentração inicial: 0,3 mol/L Volume inicial: 200 mL 𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 1,0 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 200 𝑚𝐿 + 0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 300 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 500 𝑚𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,88 𝑚𝑜𝑙/𝐿 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 14 Volume final: 300 mL - magnésio (Mg2+): sofreu diluição. Concentração inicial: 0,2 mol/L Volume inicial: 100 mL Volume final: 300 mL - Cloreto (C-): sofreu mistura de soluções, que apresentam solutos em comum. Concentração inicial da solução 1: 0,3 mol/L Volume inicial da solução 1: 200 mL Concentração inicial da solução 2: 0,4 mol/L (Lembre-se que para cada 1 MgC2 formam 2 C). Volume inicial dasolução 2: 100 mL Julgando os itens, tem-se: a) A concentração de íons Mg2+ é igual a 0,4 mol/L. Errado. A concentração de íons magnésio na solução final é de 0,06 mol/L. b) A concentração de íons C– é igual a 0,3 mol/L. Certo. A concentração de íons cloreto na solução é igual a 0,33 mol/L. c) A concentração de íons Na+ é igual a 0,02 mol/L. Errado. A concentração de íons Na+ é de 0,2 mol/L. d) A quantidade aproximada, em gramas, de Mg2+ é igual a 1,46. Errado. A quantidade de íons magnésio, em massa, é: 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 0,3 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 200 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 300 𝑚𝐿 𝐶𝑓 = 0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 de Na + na solução final. 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 300 𝑚𝐿 𝐶𝑓 = 0,06 𝑚𝑜𝑙/𝐿 de Mg 2+ na solução final. 𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 0,3 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 200 𝑚𝐿 + 0,4 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 300 𝑚𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,33 𝑚𝑜𝑙/𝐿 de C - na solução final. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 15 0,1 L · 0,2 mol/L = 0,02 mol de Magnésio. Sabendo que a massa molar do magnésio é igual a 24 g/mol, logo: 0,02 mol · 24 g/mol = 0,48 g de magnésio em solução. e) A quantidade aproximada, em gramas, de C– é igual a 0,3. Errado. A quantidade de íons cloreto, em massa, é: 0,2 L · 0,3 mol/L + 0,1 L· 2 · 0,2mol/L = 0,1 mol de cloreto. Sabendo que a massa molar do cloreto é igual a 35,5 g/mol, logo: 0,1 mol · 35,5 g/mol = 3,55 g de magnésio em solução. Gabarito: B 3. Mistura de Soluções Que Reagem. Algumas substâncias, quando entram em contato, reagem e formam novas substâncias. Para calcular a concentração das substâncias em solução, é necessário realizar o cálculo estequiométrico de consumo e formação das espécies. O iodeto de chumbo II (PbI2) é um material sólido de aspecto amarelado e pode ser produzido pela mistura de duas soluções: nitrato de chumbo II (Pb(NO3)2 e iodeto de potássio (KI). Utiliza-se o cálculo estequiométrico para calcular a concentração de íons de chumbo restante na solução, quando 300 mL de 0,2 mol/L de Pb(NO3)2 entram em contato com 200 mL de 0,1 mol/L de KNO3. 2 KI (aq) + Pb(NO3)2 (aq) → PbI2 (s) + 2 KNO3 (aq) Para calcular a quantidade das substâncias presentes na solução final, basta determinar a quantidade remanescente e dividir pelo volume final (soma dos volumes misturados). A fim de identificar a concentração de íons de chumbo na solução, calcula-se a quantidade, em mols, restante na solução: Início da reação: cálculo da quantidade dos reagentes. - Determina-se o número de mols do iodeto de potássio (KI): 0,2 L · 0,1mol/L = 0,02 mol de KI. - Determina-se o número de mols do nitrato de chumbo II (Pb(NO3)2): 0,3 L · 0,2mol/L = 0,06 mol de Pb(NO3)2. Reação: cálculo da proporção da reação. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 16 A proporção da reação, segundo a equação, é de 2 mol de KI para 1 mol de Pb(NO3)2. Para calcular a quantidade excedente de íons de chumbo, primeiramente, calcula-se a quantidade em consumida de Pb(NO3)2: 2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 Pb(NO3)2 0,02 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 Pb(NO3)2 x = 0,01 mol de Pb(NO3)2 consumidos pelo KI. Portanto, a quantidade consumida de Pb(NO3)2 é de 0,01 mol dos 0,06 mol presentes na solução. Cálculo da concentração na solução. Sabendo que para cada Pb(NO3)2 possui um Pb2+, determina-se a concentração remanescente na solução (volume final= 500 mL) de íons de chumbo (Pb2+): 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑏+2 = 0,06 𝑚𝑜𝑙 − 0,01 𝑚𝑜𝑙 0,5 𝐿 = 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑑𝑒 𝑃𝑏+2 Titulação Muitos alunos possuem bastante dificuldade quando o assunto é titulação. Para entender esse estudo é necessário entender o procedimento experimental detalhadamente, conforme a seguir. A titulação é uma técnica experimental utilizada para determinar a quantidade de uma substância a partir da quantidade consumida de outra substância em uma reação química. Existem várias técnicas de titulação: por ácido-base, por oxirredução, por complexação e por precipitação. No ensino médio, a única técnica exigida pelos vestibulares é a titulação por ácido-base. Nesta técnica utiliza-se soluções ácidas e básicas em duas situações: Titulação Titulado substância a ser determinada concentração desconhecida localizada dentro do erlenmeyer Titulante solução padrão concentração pré-determinada localizada dentro da bureta ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 17 Equipamentos da titulação. Montagem experimental da técnica da titulação ácido-base: Geralmente, as soluções aquosas ácidas e básicas são incolores, portanto, para perceber que houve consumo completo do titulado presente no Erlenmeyer, utiliza-se um indicador. Indicadores ácido-base são substâncias que alteram a coloração de acordo com o pH. Dessa forma, adiciona-se o titulante até que a solução do titulado mude de cor. A alteração da cor indica que todo o titulado foi consumido. Dessa forma, a partir do volume gasto da solução titulante, calcula-se a quantidade que existia do titulado. Essa técnica permite determinar o quanto havia de analito (substância que está sendo analisada). Após a titulação não existirá no sistema a quantidade do analito, pois este terá sido consumido. Por isso que as técnicas de titulação utilizam pequenas amostras que são diluídas e preparadas várias amostras para serem analisadas. Situação 1 • Deseja-se determinar a concentração de uma solução ácida. • Utiliza-se uma solução básica de composição e concentração conhecida. Situação 2 • Deseja-se determinar a concentração de uma solução básica. • Utiliza-se uma solução ácida de composição e concentração conhecida. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 18 Exemplo de uma aplicação. Por exemplo, vamos supor que um químico deseja determinar a concentração de ácido acético (H3CCOOH) presente em 20 mL de vinagre. Para determinar a quantidade desse ácido na solução por titulação, o químico precisa de uma solução básica. Assim, ele prepara uma solução básica de composição conhecida: 1,0 mol/L de hidróxido de sódio (NaOH) em um recipiente chamado balão volumétrico de 100 mL. Para realizar a titulação, o químico realiza a seguinte montagem: O químico observou que 16 mL da solução de hidróxido de sódio foram necessários para o indicador alterar a sua coloração incolor para rosa. Portanto o cálculo da quantidade do ácido acético será realizado proporcionalmente ao consumo de 16 mL de uma solução de 1,0 mol/L de NaOH. A reação encontrada dentro do erlenmeyer: NaOH (aq) + H3CCOOH (aq) → H3CCOONa (aq) + H2O () Calcula-se que o consumo do hidróxido de sódio foi de: 0,016 L (ou 16 mL) · 1 mol/L = 0,016 mol de NaOH ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 19 A proporção de reação é de 1 mol de NaOH para 1 mol de H3CCOOH, portanto, 0,016 mol da base reagiu 0,016 mol do ácido. Dessa forma sabe-se que a amostra de vinagre apresentava a concentração: 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 0,016 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 0,02 𝐿 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑛𝑎𝑔𝑟𝑒 = 0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 Nas embalagens de vinagre, a concentração de ácido acético é expressa em % (m/v) e sabendo que a massa molar do ácido acético é igual a 60 g/mol, tem-se: 0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑑𝑒 𝐻3𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻 = 0,8 𝑚𝑜𝑙 · 60 𝑔/𝑚𝑜𝑙 1 𝐿 = 48𝑔 1000 𝑚𝐿 = 4,8𝑔 100 𝑚𝐿 = 4,8% (𝑚/𝑣) Ponto de equivalência ou ponto estequiométrico O ponto de equivalência ou ponto estequiométrico de uma titulação é considerado o instante exato da titulação, ou seja, quando a quantidade, em mol, de íons H+ do ácido é igual à quantidade, em mol, de íons OH-. Pontode Equivalência ou Ponto Estequiométrico nº de mols de H+ = nº de mols de OH- Esse ponto de equivalência é o momento que ocorre neutralização completa e, portanto, o pH é igual a 7. Curva de pH durante a titulação O pH de uma titulação pode aumentar ou diminuir, depende se o titulante (a solução adicionada) é ácida ou básica. A seguir são apresentadas duas opções de titulante: ácida e básica. Titulante (encontrado na bureta): solução básica de concentração conhecida. Titulado (encontrado no Erlenmeyer): solução ácida a ser investigada. Titulante (encontrado na bureta): solução ácida de concentração conhecida. Titulante (encontrado no Erlenmeyer): solução básica a ser investigada. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 20 O volume do titulante equivalente corresponde ao ponto que ocorre alteração na concavidade da curva. Na imagem acima, a alteração da curva está representada no pH 7. Indicador O indicador selecionado para a titulação deve apresentar a mudança de coloração na faixa de pH equivalente ao intervalo de acidez entre o excesso do titulante e o excesso de titulado. Um dos indicadores mais utilizado é a fenolftaleína que apresenta pH de viragem entre 9 e 10. Em uma titulação de um ácido forte com uma base forte, os indicadores poderiam ser: alaranjado de metila e fenolftaleína. Esses indicadores apresentam o pH de viragem ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 21 correspondente ao intervalo de pH entre as soluções ácida e básica, de acordo com a ilustração abaixo: Uso de equação para o cálculo da titulação O cálculo da quantidade equivalente entre o titulante e o titulado pode ser feito pela igualdade do número de mols entre H+ e OH- ou pela equação de titulação abaixo. Os valores de K dos ácidos e bases são determinados pela fórmula. Por exemplo: Fórmula do ácido Kácido Fórmula da base Kbase HNO3 K = 1 NaOH K = 1 HCl K = 1 NH4OH K = 1 H2SO4 K = 2 Ca(OH)2 K = 2 H2CO3 K = 2 Mg(OH)2 K = 2 H3PO4 K = 3 Al(OH)3 K = 3 H4SiO4 K = 4 Pb(OH)4 K = 4 Lembra do problema inicial da titulação do ácido acético do vinagre apresentado neste item de titulação? Se não lembra, vou colocar as informações importantes: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 22 Titulante Titulado Solução de hidróxido de sódio 1,0 mol/L Vinagre: ? mol/L de H3CCOOH Volume gasto de NaOH: 16 mL Volume de vinagre: 20 mL Sabendo que o valor do K para o ácido acético é igual a 1 e o valor do K para o hidróxido de sódio é igual 1, aplica-se a equação: 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 1 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 20 𝑚𝐿 = 1 · 1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 16 𝑚𝑙 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Transformando a concentração em mol/L para % (m/v): 0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑑𝑒 𝐻3𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻 = 0,8 𝑚𝑜𝑙 · 60 𝑔/𝑚𝑜𝑙 1 𝐿 = 48𝑔 1000 𝑚𝐿 = 4,8𝑔 100 𝑚𝐿 = 4,8% (𝑚/𝑣) A concentração a ser utilizada na equação de titulação deve ser expressa em mol/L. Uma solução de hidróxido de cálcio foi titulada com uma solução de ácido sulfúrico. O produto formado dessa reação é o sulfato de cálcio, que é um sólido insolúvel em água. Além da curva de pH, existe outra maneira de detectar o ponto de equivalência entre o titulante e o titulado. Como o produto formado é insolúvel em água, pode-se utilizar a condutibilidade elétrica. A condutibilidade elétrica diminui à medida que o sal insolúvel é formado, pois ocorre precipitação ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 23 dos íons. Após o consumo total do titulado, o excesso de titulante aumenta a corrente elétrica na solução, devido à presença dos íons do titulante, que, no caso, é o ácido sulfúrico. O gráfico acima é interpretado em três momentos: existência de titulado (solução básica), ponto de equivalência e excesso de titulante (solução ácida). A História da aspirina. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 24 Em 1893, a Bayer and Company encarregou o químico Felix Hoffmann a estudar as propriedades e aplicações dos compostos derivados do ácido salicílico. Um dos primeiros registros históricos da utilização desses ácidos é de Hipócrates, um famoso médico da Grécia Antiga, que usava extratos de casca de salgueiro para tratar febres e dores. Um dos incentivos de Hoffmann em realizar a descoberta de um novo medicamento era o fato de seu pai apresentar artrite reumatoide. Ele entregou ao seu pai um derivado do ácido salicílico, o ácido acetilsalicílico (AAS). Essa ação foi compensadora para Hoffmann, seu pai e para a companhia Bayer, que em 1889 iniciou as vendas das primeiras aspirinas em pó. Figura 15 - Propaganda dos primeiros medicamentos de Aspirina comercializado pela Bayer [fonte: wikipedia]. OH OH OH O OH OO O fenol Ácido salicílico Ácido acetilsalicílico (AAS) O nome aspirina deriva do inglês aspirin: a (acetil) + spir (Spirea ulmaria nome de uma espécie das flores da rainha-dos-prados, a qual se extraia o ácido salicílico). A partir da demanda mundial pelo novo anti-inflamatório, analgésico e antipirético (tratar a febre), surgiu a necessidade de outras formas de obtenção, sabendo que as remessas de rainha-dos-prados e salgueiro não seriam suficientes para a produção. A Bayer conseguiu desenvolver um método sintético a partir do fenol, o que aumentou a distribuição mundial desse medicamento. No decorrer da Primeira Guerra Mundial, a Bayer comprou toda a quantidade mundial de fenol possível, prejudicando, futuramente, alguns países a produzir o explosivo ácido pícrico (trinitrofenol), produto obtido a partir do fenol. Portanto, existe uma especulação de que a necessidade de produção de aspirina contribuiu para a diminuição do explosivo ácido pícrico, o que precipitou a invenção de novos explosivos: TNT e seus derivados. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 25 Atualmente, o ácido acetilsalicílico é um dos componentes mais utilizados de forma isolada ou misturado em outros medicamentos. Em 2018, o AAS é um dos medicamentos mais vendidos no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogaria (Abrafarma). (UNITAU SP/2018) 25 mL de HC é titulado com 0,185M de NaOH, usando fenolftaleína como indicador de pH. Se 32,6 mL de NaOH são necessários para mudar a cor do indicador, a concentração de HC (M) é igual a a) 0,060 b) 0,125 c) 0,241 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 26 d) 0,500 e) 1,000 Comentários: Sabendo que o HC libera 1 hidrogênio ionizável por molécula e o hidróxido de sódio libera 1 OH- por fórmula, calcula-se a concentração, em mol/L, de HC a partir da equação de titulação: Lembrete: 0,185 M = 0,185 molar = 0,185 mol/L Gabarito: C (UniCESUMAR PR/2017) Uma amostra de 5,0 g de soda cáustica foi titulada utilizando-se uma solução aquosa de ácido sulfúrico de concentração 0,80 mol·L–1. Considerando que foram necessários 50 mL da solução ácida para neutralizar completamente essa amostra e que nenhuma das impurezas presentes reage com ácido sulfúrico, pode-se concluir que o teor de hidróxido de sódio na soda cáustica analisada é de a) 32 %. b) 48 %. c) 64 %. d) 80 %. e) 90 %. Comentários: Primeiramente, essa questão deseja determinar o grau de pureza da amostra de soda cáustica, que possui como componente principal o hidróxido de sódio. Não é necessário calcular a concentração, em mol/L, de NaOH dissolvida na solução, apenas é importante determinar o número de mols do hidróxido de sódio. Assim sendo, realiza-se uma modificação da equação da titulação: Sabendo que: 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜= 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 1 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 25 𝑚𝐿 = 1 · 0,185 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 32,6 𝑚𝐿 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,241 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 27 Assim, Kácido do H2SO4 é igual a 2, porque apresenta 2 H+ ionizáveis por moléculas, enquanto o NaOH libera 1 OH- por fórmula. Calcula-se a massa de 0,08 mol de NaOH, sabendo que a massa molar é igual a 40g/mol: 40 g/mol · 0,08 mol = 3,2 g O teor de pureza é determinado por: Gabarito: C (Unimontes MG/2008) A curva de titulação do hidróxido de amônio (NH4OH) com ácido clorídrico (HC) é mostrada a seguir: No ponto estequiométrico, ocorre a reação descrita pela seguinte equação: NH4OH (aq) + HC (aq) → NH4C (aq) + H2O () Baseando-se nessas informações, o ponto estequiométrico está CORRETAMENTE identificado na curva de titulação pelo ponto a) IV. 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 2 · 0,80 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 50 · 10−3𝐿 = 1 · 𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 = 0,08 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 5,0 𝑔 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 − − − − 100% 𝑑𝑒 𝑝𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 3,2 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟ó𝑥𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 − − − − 𝑥 % x = 64% ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 28 b) II. c) III. d) I. Comentários: O momento que ocorre a equivalência estequiométrica é identificado pela alteração da concavidade do gráfico. A equivalência da titulação não ocorre em pH 7, porque a base envolvida no processo não é forte. O sal formado é o cloreto de amônio, que sofre hidrólise em água. NH4C (aq) + H2O () → NH4OH (aq) + H+ (aq) + C- (aq) Devido à hidrólise do íon amônio, este contribui para a diminuição do pH. Por isso, o pH no momento da titulação é menor que 7. Gabarito: C 4. Questões Fundamentais Diluição Questão fundamental 01 – Foi aquecido um frasco contendo uma solução aquosa de KNO3 0,05 mol/L, e o aquecimento foi interrompido quando restavam 100 mL de uma solução aquosa de KNO3 1,2 mol/L. Determine o volume de água, em mL, evaporada. Questão fundamental 02– Calcule a concentração final, em mol/L, ao se adicionar 250 mL de água destilada a 500 mL de NaC 0,5 mol/L. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 29 Questão fundamental 03 – A uma solução de 200 mL de KOH de 8,4 g/L, adicionou-se água até completar um volume de 500 mL. Determine a concentração molar, em mol/L, da solução. Questão fundamental 04– 50 mL de uma solução 1 mol/L de Ca(NO3)2 são diluídos a 1 litro. Determine a concentração, em mol/L, de íons nitratos. Mistura de soluções que não reagem entre si Questão fundamental 05 – Misturou 200 mL de uma solução de 15 g/L de NaC com 300 mL de uma solução de 85 g/L de NaC. Calcule a concentração de NaC ao se misturar as duas soluções. Questão fundamental 06 – Calcule o volume, em litros, de uma solução aquosa de 1,5 mol/L de NaOH que deve ser misturada a 0,5 L de uma solução aquosa 3 mol/L de NaOH, para preparar uma solução aquosa de concentração de 2,5 mol/L de NaOH. Questão fundamental 07 – Misturando-se 250 mL de solução 0,6 mol/L de Na2CO3, 200 mL de solução 0,1 mol/L de Na2CO3 e água a 500 mL. Calcule a concentração, em mol/L, de Na2CO3 após a mistura. Questão fundamental 08 – Misturando-se 100 mL de solução aquosa 0,1 molar de KNO3 com 100 mL de solução aquosa 0,2 molar de Ca(NO3)2, faça o que se pede: a) Determine a concentração, em mol/L, de K+. b) Determine a concentração, em mol/L, de Ca2+. c) Determine a concentração, em mol/L, de NO32-. Questão fundamental 09 – Misturando-se 500 mL de solução 0,3 mol/L de KC com 1,5 L de solução 0,15 mol/L de AC3, determine a concentração comum, em g/L, de íons cloreto. Titulação Questão fundamental 10 – Calcule a concentração, em mol/L, de NaOH em que 200 mL de solução foi titulada com 300 mL de HNO3 a 2 mol/L. Questão fundamental 11 – Calcule a concentração, em mol/L, de NaOH em que 200 mL de solução foi titulada com 500 mL de H2SO4 a 0,5 mol/L. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 30 Questão fundamental 12 – Calcule a concentração, em mol/L, de HC em que 300 mL de solução foi titulada com 200 mL de CaCO3 a 1 mol/L. Questão fundamental 13 – Calcule o volume, em L, de uma solução de 1 mol/L de H3PO4 necessário para neutralizar 80 gramas de hidróxido de sódio. Questão fundamental 14 – Calcule o volume, em L, de uma solução de 0,5 mol/L de KOH necessário para neutralizar 9,8 gramas de ácido sulfúrico. 5. Já Caiu nos Principais Vestibulares Diluição 1. (FCMSCSP/2021) No processo de produção de ácido sulfúrico, uma das etapas envolve a reação dos gases dióxido de enxofre e oxigênio, formando o trióxido de enxofre, de acordo com a reação representada pela equação: 2SO2 (g) + O2 (g) ⇋ 2SO3 (g) Dados da reação de formação do trióxido de enxofre são apresentados na tabela: Trata-se de uma reação ____________, favorecida ___________ da temperatura. Nessa reação, a formação do gás SO3 é favorecida da pressão. As lacunas são preenchidas, respectivamente, por: (A) endotérmica; pela diminuição; pelo aumento. (B) exotérmica; pela diminuição; pela diminuição. (C) exotérmica; pelo aumento; pela diminuição. (D) endotérmica; pelo aumento; pelo aumento. (E) exotérmica; pela diminuição; pelo aumento 2. (UCB/2019) Em determinado exame clínico utilizado para medir a intolerância a carboidratos, um adulto deve beber 200 mL de uma solução de glicose a 30% (70% de água e 30% de glicose). Quando uma criança é submetida a esse exame, a concentração de glicose deve ser reduzida para 20%. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 31 Quantos mililitros de água devem ser adicionados a 200 mL de uma solução de glicose a 30% para se preparar uma solução de glicose a 20%? A) 150 B) 80 C) 120 D) 100 E) 50 3. (UEA AM/2019) Na diluição de 100 mL de uma solução de hidróxido de sódio (NaOH), de concentração 20 g/L, adicionou-se água até completar o volume de 250 mL. O valor da concentração da solução após a diluição equivale a a) 13,3 g/L. b) 30,0 g/L. c) 6,6 g/L. d) 8,0 g/L. e) 50,0 g/L. 4. (UEG GO/2016) Uma solução estoque de hidróxido de sódio foi preparada pela dissolução de 4 g do soluto em água, obtendo-se ao final 100 mL e, posteriormente, determinado volume foi diluído para 250 mL obtendo-se uma nova solução de concentração igual a 0,15 mol·L–1. O volume diluído, em mL, da solução estoque, é aproximadamente a) 26 b) 37 c) 50 d) 75 5. (UEMG/2015) Um desodorante vendido comercialmente nas farmácias traz a seguinte descrição do produto: “Lysoform Primo Plus - desodorante corporal que previne e reduz os maus odores, deixando uma agradável sensação de limpeza e frescor. Insubstituível na higiene diária, garante o bem- estar e a tranquilidade para o convívio social. Finalidade: Desodorizar e higienizar o corpo. Modo de Usar: Usar uma solução contendo 8 tampas (32 mL) de Lysoform Primo Plus para cada 1 litro de água.” Seguindo as orientações do fabricante, uma pessoa que preparar uma solução do produto com 250mL de água terá que adicionar quantas tampas da solução de Lysoform? ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 32 a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 6. (Mackenzie SP/2018) Em uma embalagem de 2 L de água sanitária, facilmente encontrada em supermercados, encontra-se a seguinte informação: O teor de cloro ativo do produto varia de 2 % a 2,5 % (m/V) Essa solução pode ser utilizada para tratamento de água de piscinanas concentrações de 1,0 a 2,0 mg de cloro ativo por litro; sendo que, acima de 2,0 mg de cloro ativo por litro, a água se torna irritante aos olhos. Em duas piscinas (A e B), de capacidades volumétricas diferentes, foram adicionados 2 L de água sanitária a cada uma delas. Desta forma, ocorreu a diluição da água sanitária na água contida em cada piscina, conforme descrito na tabela abaixo. Sendo assim, foram feitas as seguintes afirmações. I. Há de 20 a 25 g de cloro ativo por litro dessa solução comercial. II. Na piscina A, a solução formada após a diluição seria irritante aos olhos do usuário dessa piscina. III. Na piscina B, a solução formada após a diluição seria adequada ao tratamento de água. Das afirmações realizadas, a) nenhuma é correta. b) são corretas, apenas, I e II. c) são corretas, apenas, II e III. d) são corretas, apenas, I e III. e) todas são corretas. 7. (UFU MG/2014) L 25000L 100000 diluição a após solução de totalVolume Piscina Piscina BA ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 33 Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 17 fev. 2014. De acordo com a figura, o consumo de líquidos durante as refeições deve ser evitado, porque a) dilui o suco gástrico, diminuindo sua concentração e dificultando a digestão. b) causa azia e, após diluir o suco gástrico, aumenta sua concentração. c) dilata o estômago, favorecendo a digestão e aumentando a concentração de ácido. d) engorda, uma vez que melhora o processo digestivo e a liberação dos nutrientes. 8. (UNESP SP/2013) Alguns cheiros nos provocam fascínio e atração. Outros trazem recordações agradáveis, até mesmo de momentos da infância. Aromas podem causar sensação de bem-estar ou dar a impressão de que alguém está mais atraente. Os perfumes têm sua composição aromática distribuída em um modelo conhecido como pirâmide olfativa, dividida horizontalmente em três partes e caracterizada pelo termo nota. As notas de saída, constituídas por substâncias bem voláteis, dão a primeira impressão do perfume. As de coração demoram um pouco mais para serem sentidas. São as notas de fundo que permanecem mais tempo na pele. (Cláudia M. Rezende. Ciência Hoje, julho de 2011. Adaptado.) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 34 Um químico, ao desenvolver um perfume, decidiu incluir entre os componentes um aroma de frutas com concentração máxima de 10–4 mol/L. Ele dispõe de um frasco da substância aromatizante, em solução hidroalcoólica, com concentração de 0,01 mol/L. Para a preparação de uma amostra de 0,50 L do novo perfume, contendo o aroma de frutas na concentração desejada, o volume da solução hidroalcoólica que o químico deverá utilizar será igual a a) 5,0 mL. b) 2,0 mL. c) 0,50 mL. d) 1,0 mL. e) 0,20 mL. 9. (PUC Camp SP/2018) Caldas cúpricas podem ser insumos químicos utilizados como defensivos agrícolas alternativos. A calda bordalesa, por exemplo, é indicada no combate a fungos e bactérias quando aplicada preventivamente, podendo também ter ação repelente. Para o preparo de 10 L da calda, procede-se da seguinte maneira: – Colocar 100 g de sulfato de cobre (II), CuSO4 5H2O, dentro de um pano de algodão, amarrar e mergulhar em um vasilhame plástico com 1 litro de água morna. – Colocar 100 g de cal virgem, CaO, em um balde com capacidade para 10 litros. Em seguida, adicionar 9 litros de água, aos poucos. – Adicionar, aos poucos e mexendo sempre, o litro da solução de sulfato de cobre dentro do balde da água de cal. A quantidade final, em mol, de íons de cobre em cada litro de calda bordalesa é, aproximadamente, Dados: Massa molar do CuSO4 5H2O = 250 g/mol a) 4,0 mol. b) 2,5 mol. c) 0,40 mol. d) 0,25 mol. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 35 e) 0,040 mol. 10. (UNITAU SP/2018) O formol é uma solução aquosa utilizada, por exemplo, para preservação de animais mortos e de peças de anatomia. O formol comercializado contém CHOH na concentração de 37% (massa/volume). Assinale a alternativa que apresenta informações CORRETAS sobre: a função orgânica do CHOH; o volume necessário da solução de formol 37%; o volume de água para se preparar 250 mL de uma solução de CHOH 14,8% (massa/volume). a) CHOH é um álcool; 37 mL de formol 37%; 213 mL de água b) CHOH é um aldeído; 14,8 mL de formol 37%; 235,2 mL de água c) CHOH é um álcool; 89,3 mL de formol 37%; 160,7 mL de água d) CHOH é um aldeído; 100 mL de formol 37%; 150 mL de água e) CHOH é um fenol; 18,3 mL de formol 37%; 231,7 mL de água 11. (FCM MG/2014) Fonte: Manual do Consumidor de Homeopatia (Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas – ABFH) No preparo das formas farmacêuticas derivadas, em homeopatia, 1,0 parte do insumo ativo (Tinturamãe) é misturado com 99 partes do veículo (diluente apropriado). Após sucussionar (agitação 100 vezes), obtém-se a dinamização 1CH (1/102). 1,0 parte da 1CH + 99 partes do veículo, após sucussionar, obtém-se a 2CH e assim sucessivamente, conforme o esquema da figura. Sabendo-se que o número de Avogadro é 6,02 · 1023, a partir de qual dinamização centesimal de (Hahnemann (CH) não haverá mais molécula alguma do insumo ativo no medicamento a) 5CH. b) 10CH. c) 12CH. d) 23CH 12. (UDESC SC/2014) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 36 Assinale a alternativa que corresponde ao volume de solução aquosa de sulfato de sódio, a 0,35 mol/L, que deve ser diluída por adição de água, para se obter um volume de 650 mL de solução a 0,21 mol/L. a) 500 mL b) 136 mL c) 227 mL d) 600 mL e) 390 mL 13. (FM Petrópolis RJ/2014) Um estagiário de um laboratório de análises clínicas deve preparar uma solução de cloreto de sódio a 0,9%, o soro fisiológico. Como não deseja pesar o pó, decide usar uma solução estoque de NaC 5M. Ele obtém 10 mL dessa solução 5 M, conforme a Figura a seguir. Considerando-se o peso molecular do NaC como 54 g/mol, para facilitar o cálculo, e tendo- se obtido os 10 mL de solução 5 M de NaC, qual volume, em mL, ele poderá preparar da solução final de 0,9%? a) 300 b) 150 c) 100 d) 60 e) 30 Mistura de soluções que não reagem 14. (UNITAU/2022) Duas soluções de sacarose (C12H22O11) foram preparadas, a primeira com concentração 0,5 M e a segunda com concentração 1,0 M. Em seguida foram misturados 100 mL da primeira solução com 300 mL da segunda solução, na temperatura de 60 °C. Essa solução foi mantida a 60 °C por um tempo suficiente para a lenta evaporação de 350 mL de água. Em seguida, a solução resultante foi lentamente resfriada até à temperatura ambiente, onde foi observado que, em determinada temperatura, se dá início à precipitação de sacarose. A partir dos dados da ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 37 tabela a seguir, assinale a alternativa CORRETA que apresenta a temperatura na qual se dá início à precipitação da sacarose. Tabela de solubilidade da sacarose em água, expresso em gramas de sacarose por 100 mL de água g/100 mL), em função da temperatura, medidos na pressão constante de 1 atm. a) 50 °C b) 40 °C c) 30 °C d) 20 °C e) 10 °C 15. (UERGS/2009) O volume em litros de uma solução de HNO3 0,1 mol·L–1 que deve ser adicionado a 5 litros de uma solução de HNO3 0,5 mol·L–1 para obter uma concentração final igual a 0,2 mol·L–1 é a) 3. b) 6. c) 12. d) 15. e) 30. 16. (Unimontes MG/2008) As águas salgadas têm maior concentração de íons quando comparadas àquela encontrada em águas doces. O encontro das águas dos rios e do mar e o tempo que determinados íons permanecem no mar podem ser um indicador de alterações antrópicas. Admitindo que a concentração média do íon sódio,Na+, em águas doces é de 0,23 · 10–3 mol/L e que o volume dessas águas lançado no oceano em todo o planeta é de 3,6 · 1016 L/ano, pode-se estimar que, em 78 · 106 anos de permanência de íons Na+ em águas salgadas, a quantidade armazenada de matéria, mol, desses íons é, aproximadamente, a) 8,3 · 1012. b) 6,0 · 1023. c) 6,5 · 1020. d) 4,7 · 1020. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 38 17. (UERJ/2006) Para estudar os processos de diluição e mistura foram utilizados, inicialmente, três frascos contendo diferentes líquidos. A caracterização desses líquidos é apresentada na ilustração abaixo. A seguir, todo o conteúdo de cada um dos frascos foi transferido para um único recipiente. Considerando a aditividade de volumes e a ionização total dos ácidos, a mistura final apresentou uma concentração de íons H+, em mol·L−1, igual a: a) 0,60 b) 0,36 c) 0,24 d) 0,12 18. (UEPG PR/2019) Avalie a preparação das 2 soluções descritas a seguir, considere que na mistura entre elas não ocorre reação e que os compostos estão 100% dissociados na temperatura em que a mistura foi realizada. Sobre esse processo, assinale o que for correto. Dados: Mg = 24 u; K = 39 u; Cl = 35,5 u I. Solução aquosa de KC 0,1 mol/L. II. Solução preparada pela dissolução de 190 g de cloreto de magnésio em água, completando-se o volume para 1 litro. 01. Na mistura de 1 litro da solução I mais 1 litro da solução II, ambas terão as concentrações reduzidas pela metade na solução final. 02. Nas duas soluções, o soluto é formado por compostos iônicos que sofrem dissociação em meio aquoso. 04. Para preparar 200 mL da solução I são necessários 149 g do sal. 08. A solução II tem concentração igual a 2 mol/L. 19. (UNITAU SP/2018) Uma solução é obtida misturando-se 300 g de uma solução A com 400 g de uma solução B. A solução A consiste em uma mistura cuja concentração do soluto é 25% (m/m), enquanto que, na solução B, a concentração do soluto é 40% (m/m). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 39 Qual a porcentagem de massa total do soluto (m/m) da solução obtida? Obs: m/m = massa/massa a) 66,43% b) 33,57% c) 25,0% d) 40,0% e) 50, 0% 20. (ACAFE SC/2016) Para preparar 1,0 L de [NaOH] = 1,0 mol/L se dispõe de dois frascos distintos contendo soluções de NaOH, um na concentração de 7% (m/v, frasco A) e outro 2% (m/v, frasco B). Dados: Na = 23 g/mol; O = 16 g/mol; H = 1 g/mol. Assinale a alternativa que contém os respectivos volumes das soluções A e B que uma vez misturados resultará na mistura desejada. a) 200mL e 800mL b) 500mL e 500mL c) 350mL e 650mL d) 400mL e 600mL 21. (UEM PR/2012) A aplicação de fertilizantes líquidos em lavouras depende fundamentalmente da formulação do fertilizante e do tipo de lavoura. A tabela a seguir apresenta as concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) que devem estar presentes no fertilizante de uma determinada lavoura. Sabendo-se que um agricultor possui três formulações aquosas estoque de fertilizante: a primeira (1) contendo 0 g/L de nitrogênio, 60 g/L de fósforo e 40 g/L de potássio; a segunda (2) contendo 50 g/L de nitrogênio, 50 g/L de fósforo e 0 g/L de potássio; e a terceira (3) 40 g/L de nitrogênio, 0 g/L de fósforo e 60 g/L de potássio, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) a respeito das formulações de fertilizante ótimas para cada lavoura. 01. Para a lavoura A, deve ser feita uma solução contendo 50 mL da formulação (1) e 50 mL da formulação (3), diluindo-se em seguida para um volume final de 5 litros. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 40 02. As formulações estoque podem ser preparadas a partir dos sais nitrato de amônia, fosfato monoácido de cálcio e cloreto de potássio. 04. Para se preparar a primeira solução estoque (1), em relação ao K, pode-se usar, aproximadamente, 1,025 mols de KC dissolvido em 1 litro de água. 08. Além de NPK, fertilizantes podem conter outros compostos em menor proporção, fontes de micronutrientes, como Fe, Zn, Mn e Cu. 16. Para a lavoura C, deve ser feita uma solução contendo 150 mL da formulação (2) e 150 mL da formulação (3), diluindo-se em seguida a um volume final de 15 litros. 22. (UERJ/2011) Observe, a seguir, a fórmula estrutural do ácido ascórbico, também conhecido como vitamina C: Para uma dieta saudável, recomenda-se a ingestão diária de 2,5·10–4 mol dessa vitamina, preferencialmente obtida de fontes naturais, como as frutas. Considere as seguintes concentrações de vitamina C: - polpa de morango: 704 mg·L–1; - polpa de laranja: 528 mg·L–1. Um suco foi preparado com 100 mL de polpa de morango, 200 mL de polpa de laranja e 700 mL de água. A quantidade desse suco, em mililitros, que fornece a dose diária recomendada de vitamina C é: a) 250 b) 300 c) 500 d) 700 23. (ESCS DF/2008) Em 1980, os médicos Irineu Velasco e Maurício da Rocha e Silva descobriram que a utilização de soluções hipertônicas contendo 7.500 mg de cloreto de sódio dissolvidos em 100 mL de solução aquosa representava uma alternativa segura e eficiente para o tratamento de vítimas de choque hemorrágico. Os tratamentos utilizados até então recomendavam, entre outros procedimentos, a aplicação de grandes volumes de soro fisiológico contendo 900 mg de cloreto de sódio em 100 mL de solução. O OHHO OHO HO ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 41 Um determinado grupo de pesquisadores decidiu realizar um estudo utilizando uma nova solução salina, preparada a partir da combinação da solução hipertônica de Velasco e Silva com o soro fisiológico convencional. A razão entre os volumes de soro fisiológico e de solução hipertônica necessários para preparar uma solução com concentração igual a 20 g/L de NaC é igual a: a) 10; b) 7,5; c) 5; d) 2,5; e) 1. 24. (FFFCMPA RS/2007) Um estudante de Química precisava preparar 100 mL de uma solução de hidróxido de sódio com concentração 0,14 mol/L. No entanto, ele só dispunha de outras soluções de NaOH, cujas concentrações eram 0,05 mol/L e 0,50 mol/L, de uma pipeta graduada e de um balão volumétrico de 100 mL. Com este material, como o estudante deverá proceder para conseguir preparar a solução? a) Pipetar 10,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,05 mol/L. b) Pipetar 15,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,05 mol/L. c) Pipetar 20,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,05 mol/L. d) Pipetar 25,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,05 mol/L. e) Pipetar 10,0 mL da solução 0,05 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,50 mol/L. Mistura de soluções que reagem 25. (FCMMG/2021) Dispondo-se as seguintes soluções aquosas, a 25ºC e 1 atm. I- 100,0mL de uma solução aquosa contendo 400,0mg de NaOH. II- 1,0L de uma solução aquosa contendo 0,01mol de HCl. Analisando as informações I e II, é CORRETO afirmar que: a) a mistura das soluções I e II apresentará pH = 7, ficando incolor com fenolftaleína. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 42 b) a mistura das soluções I e II formará um sal iônico sólido e um líquido covalente polar, unido por ligações de hidrogênio. c) a solução I contém 0,01mol de íons e a solução II contém 0,365g de cloreto de hidrogênio, ambas com interações íons-dipolos. d) a solução I é iônica e a solução II é molecular; ambas são boas condutoras de eletricidade e de pontos de ebulição acima dos da água. 26. (UNIFOR/2021) A Titulometria incluium grupo de métodos analíticos baseados na determinação da quantidade de um reagente de concentração conhecida que é requerida para reagir completamente com o analito. A titulometria volumétrica é a medida de volume de uma solução de concentração conhecida necessária para reagir essencial e completamente com o analito. Sobre a técnica, os componentes e os procedimentos, assinale a alternativa correta. A) Titulante é a solução instável e de concentração desconhecida de um reagente que é adicionado sobre a solução da amostra que contém a espécie cuja concentração se deseja determinar. B) Titulado: Solução do analito. Solução da qual se deseja determinar a concentração de uma espécie química. Amostra. C) O arranjo típico para a realização de uma titulação consiste em um aparelho composto por uma bureta, um suporte de bureta com base de porcelana para fornecer um fundo apropriado para ver as alterações do indicador e um frasco erlenmeyer de boca larga contendo um volume precisamente conhecido da solução a ser titulada. A solução é normalmente transferida para o frasco usando uma pipeta. D) Antes do começo da titulação. A solução a ser titulada de um ácido é colocada em frasco e o indicador é adicionado ao sistema. E) Durante a titulação, o titulante é adicionado ao frasco com a agitação até que a cor do indicador se torne persistente. 27. (FAMERP SP/2021) A mistura de 100 mL de uma solução de HCℓ, de concentração 2 × 10 – 2 mol/L, com 400 mL de uma solução de NaOH, de concentração 6,25 × 10 – 3 mol/L, gera uma solução de caráter a) ácido, com pH = 3. b) básico, com pH = 10. c) básico, com pH = 11. d) ácido, com pH = 2. e) neutro, com pH = 7. 28. (FAMERP SP/2020) Um resíduo de 200 mL de solução de ácido sulfúrico (H2SO4), de concentração 0,1 mol/L, precisava ser neutralizado antes do descarte. Para tanto, foi utilizado bicarbonato de sódio (NaHCO3), conforme a equação a seguir: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 43 A massa de bicarbonato de sódio necessária para a neutralização completa do ácido sulfúrico contido nessa solução é igual a a) 1,68 g. b) 16,8 g. c) 8,4 g. d) 33,6 g. e) 3,36 g. 29. (UNIFOR/2019) Em meio a uma experiência no laboratório de química, um aluno se deparou com um frasco de 100 mL, rotulado como “Hidróxido de Sódio (NaOH) 0,05M”, que precisava ser neutralizado, para pH igual a 7,0, e descartado posteriormente. Para atingir seu objetivo, o aluno deveria utilizar (A) 100mL de CH3COOH 0,05M (B) 50mL de H3PO4 0,05M. (C) 100 mL de H2SO4 0,025M. (D) 50mL de NH3 0,1M. (E) 100mL H2CO3 0,05M. 30. (URCA CE/2018.2) Em uma análise por titulação ácido-base foram gastos, em uma bureta, 20 mL solução de ácido clorídrico (HC) 0,1 M até que se atingisse o ponto de equivalência para 10 mL de uma solução de NaOH de concentração desconhecida. Com base nos valores mencionados qual será a concentração molar da solução de NaOH analisada? a) 0,1 M b) 0,2 M c) 0,05 M d) 1,0 M e) 2,0 M 31. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2016) Uma solução de ácido acético (CH3COOH; massa molar 60 g) encontra-se em titulação. Sabe-se que para a neutralização total de 150 mL dessa solução são necessários 100 mL de NaOH (1mol/L). Segue a equação da reação de neutralização. CH3COOH + NaOH → Na+ + CH3COO– + H2O A correta titulação para essa solução de ácido acético é ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 44 a) 20 g/litro. b) 40 g/litro. c) 60 g/litro. d) 80 g/litro. e) 100 g/litro. 32. (ENEM/2015) O vinagre vem sendo usado desde a Antiguidade como conservante de alimentos, bem como agente de limpeza e condimento. Um dos principais componentes do vinagre é o ácido acético (massa molar 60 g/mol), cuja faixa de concentração deve se situar entre 4% a 6% (m/v). Em um teste de controle de qualidade foram analisadas cinco marcas de diferentes vinagres, e as concentrações de ácido acético, em mol/L, se encontram no quadro. RIZZON, L. A. Sistema de produção de vinagre. Disponível em: www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado). A amostra de vinagre que se encontra dentro do limite de concentração tolerado é a a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5. 33. (IME RJ/2019) É requerido que fazendas produtoras de leite bovino controlem a acidez do leite que está aguardando o processamento. Essa acidez é resultante da conversão da lactose em ácido lático (ácido 2-hidroxipropanoico) por ação de microrganismos: C12H22O11 + H2O → 4 C3H6O3 Um fazendeiro decidiu fazer um experimento para determinar a taxa de geração de ácido lático no leite armazenado: retirou uma amostra de 50 cm3 de leite, cuja concentração de ácido lático é de 1,8 g/L, e, depois de três horas, utilizou 40 cm3 de uma solução 0,1 molar de NaOH para neutralizá-la. Conclui-se que a taxa média de produção de ácido lático por litro de leite é: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 45 a) 0,25 mg/L·s b) 0,33 mg/L·s c) 0,50 mg/L·s d) 0,67 mg/L·s e) 1,00 mg/L·s 34. (UCS RS/2017) A cisplatina, Pt(NH3)2C2, uma droga utilizada em quimioterapia, pode ser preparada por meio da reação de (NH4)2PtC4 com uma solução aquosa de amônia. Além da cisplatina, o outro produto dessa reação é o cloreto de amônio. Para que se possa obter 12,60 g de cisplatina, a partir dessa reação, o volume em mililitros de amônia 0,125 mol·L–1 é, em valores arredondados, de a) 327. b) 495. c) 544. d) 672. e) 753. 35. (PUC SP/2019) A análise gravimétrica é baseada em medidas de massa. A substância a ser testada pode ser misturada com um reagente para formação de um precipitado, o qual é pesado. É possível determinar a quantidade de cálcio presente na água, por exemplo, misturando a amostra com excesso de ácido etanodióico, seguida de uma solução de amônia. Os íons cálcio reagem com íons etanodioato formando, etanodioato de cálcio. O etanodioato de cálcio é convertido em óxido de cálcio, através de aquecimento, o qual é pesado. Uma amostra de 200 cm3 de água foi submetida ao tratamento descrito acima. A conversão de etanodioato de cálcio em óxido de cálcio foi feita em um cadinho que tinha uma massa de 28,520 g. Após a conversão, a massa obtida foi de 28,850 g. Qual a concentração, aproximada, de íons cálcio na amostra de água? a) 3·10–2 mol/L b) 6·10–3 mol/L c) 3·10–5 mol/L d) 0,33 mol/L 36. (FMABC SP/2017) A lactose é o açúcar presente no leite. Formada por dois monossacarídeos, a galactose e a glicose, a lactose é representada pela fórmula molecular C12H22O11. Algumas bactérias presentes no leite são capazes de fermentar a lactose, produzindo exclusivamente o ácido láctico (C3H6O3), um ácido monoprótico. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 46 C12H22O11 + H2O → 4 C3H6O3 Uma amostra de 20 mL de leite de vaca apresenta, inicialmente, 1,00 g de lactose. O leite dessa amostra foi fermentado e o ácido láctico gerado foi titulado utilizando-se uma solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) 0,20 mol·L–1. Foram necessários 35 mL da solução alcalina para neutralizar completamente o ácido. Considerando que o único ácido presente na amostra é o ácido láctico proveniente da fermentação do leite, a porcentagem de lactose ainda presente no leite é de aproximadamente Dados: massa molar (g·mol–1): C12H22O11 = 342; C3H6O3 = 90; NaOH = 40. a) 20 %. b) 30 %. c) 40 %. d) 50 %. 37. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2016) Para determinar a pureza de uma amostra de ácido sulfúrico (H2SO4), uma analista dissolveu 14,0 g do ácido em água até obter 100 mL de solução. A analista separou 10,0 mL dessa solução e realizou a titulação, utilizando fenolftaleína como indicador. A neutralização dessaalíquota foi obtida após a adição de 40,0 mL de uma solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) de concentração 0,5 mol·L–1. O teor de pureza da amostra de ácido sulfúrico analisado é, aproximadamente, a) 18,0 %. b) 50,0 %. c) 70,0 % d) 90,0 %. 38. (ACAFE SC/2016) Considere os trechos retirados do artigo: Química e Armas Não Letais: Gás Lacrimogêneo em Foco da revista Química Nova na Escola, volume 71, número 2. maio de 2015, p. 88-92. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 47 *Hazardous Substances Data Bank (HSDB), http://toxnet.nlm.ni.gov/cgi-bin/sis/search/r?dbs+hsdb:@ter m+@rn+@rel+2698-41-1 Quadro 01: Representação estrutural e propriedades dos lacrimogêneos. Considere os pontos de fusão e ebulição medidos sob 1atm. “[…] Pessoas afetadas com CN devem procurar ar fresco, com o rosto voltado para o vento, e não esfregar os olhos. Caso a contaminação tenha sido intensa, deve-se remover a roupa e imediatamente banhar o corpo com grande quantidade de água fria. Pode-se optar por uma solução de 5% (m/v) de bicarbonato de sódio em água para remover os cristais do agente lacrimogêneo […]”. Reação de neutralização de cloroacetofenona (CN) com bicarbonato de sódio. Assinale a alternativa que contém o volume de solução aquosa de bicarbonato de sódio 5% (m/v) necessário para reagir com 77,25 g de cloroacetofenona. Dados: massas molares do cloroacetofenona (CN) e bicarbonato de sódio respectivamente: 154,5 g/mol e 84 g/mol. a) 8,4L b) 4,2L c) 7,72L d) 0,84L ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 48 6. Gabarito Sem Comentários 1. E 2. D 3. D 4. B 5. B 6. D 7. A 8. A 9. E 10. D 11. C 12. E 13. A 14. B 15. D 16. C 17. C 18. 11 19. B 20. D 21. 15 22. A 23. C 24. C 25. A 26. B 27. C 28. E 29. C 30. B 31. B 32. E 33. C 34. D 35. A 36. C 37. C 38. D 7. Resoluções Das Questões Fundamentais Diluição Questão fundamental 01 – Foi aquecido um frasco contendo uma solução aquosa de KNO3 0,05 mol/L, e o aquecimento foi interrompido quando restavam 100 mL de uma solução aquosa de KNO3 1,2 mol/L. Determine o volume de água, em mL, evaporada. Comentários: Na primeira situação, um certo volume (V) de uma solução 0,05 mol/L de KNO3 foi aquecida até um volume final de 100 mL (ou 0,1 L), cuja concentração do KNO3 é de 1,2 mol/L. Dessa forma, a diluição pode ser traduzida da seguinte maneira: 𝐶𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 0,05 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 1,2 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ 0,1 𝐿 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 2,4 𝐿 𝑜𝑢 2400 𝑚𝐿 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 49 Como no início havia 2400 mL de água e no final apenas 100 mL, o volume evaporado é dado por: 𝑉𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑉𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜 = 2400 𝑚𝐿 − 100 𝑚𝐿 𝑉𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜 = 2300 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝐻2𝑂 Gabarito: Questão fundamental 02– Calcule a concentração final, em mol/L, ao se adicionar 250 mL de água destilada a 500 mL de NaCl 0,5 mol/L. Comentários: Na primeira situação, tem-se 500 mL (ou 0,5 L) de uma solução de cloreto de sódio 0,5 mol/L. Com a adição de 250 mL, resultando numa solução final de 750 mL (ou 0,75 L), a concentração final é dada por: 𝐶𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 0,5 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ 0,5 𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 0,75 𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,33 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 Gabarito: Questão fundamental 03 – A uma solução de 200 mL de KOH de 8,4 g/L, adicionou-se água até completar um volume de 500 mL. Determine a concentração molar, em mol/L, da solução. Comentários: Na situação inicial, tem-se 200 mL (ou 0,2 L) de KOH com concentração de 8,4 g/L. No final, o volume total é de 500 mL (ou 0,5 L). Com isso, a concentração em g/L é dada pela seguinte diluição: 𝐶𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 8,4 𝑔 𝐿 ⋅ 0,2 𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 0,5 𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 3,36 𝑔 𝐿 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 Em 1 L, tem-se 3,36 g de KOH. Como a massa molar do KOH é de 56 g/mol, então, o número de mols é: 56 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 3,36 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑥 = 0,06 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 50 Portanto, a concentração em mol por litro é: 0,06 mol/L de KOH. Gabarito: Questão fundamental 04 – 50 mL de uma solução 1 mol/L de Ca(NO3)2 são diluídos a 1 litro. Determine a concentração, em mol/L, de íons nitratos. Comentários: O volume inicial de uma solução de Ca(NO3)2 de 1 mol/L é 50 mL (ou 0,05 L). Na situação final da diluição, o volume é de 1 L. Sendo assim, a concentração é dada por: 𝐶𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 1 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ 0,05 𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 1 𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,05 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑁𝑂3)2 Como tem-se 1 L de solução, logo, 0,05 mol de Ca(NO3)2. A dissociação do nitrato de cálcio é dada por: 𝐶𝑎(𝑁𝑂3)2 → 𝐶𝑎 2+ + 2𝑁𝑂3 − Sendo assim, pela estequiometria de 1:1:2, tem-se, então: 0,05 𝑚𝑜𝑙 ⋅ 2 = 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑛𝑖𝑡𝑟𝑎𝑡𝑜 Como foi diluído para 1 L de solução, a concentração final de íons nitrato é igual a: [𝑁𝑂3 −2] = 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Gabarito: Mistura de soluções que não reagem entre si Questão fundamental 05 – Misturou 200 mL de uma solução de 15 g/L de NaCl com 300 mL de uma solução de 85 g/L de NaCl. Calcule a concentração de NaCl ao se misturar as duas soluções. Comentários: Em um processo de mistura de soluções de mesmo soluto, a quantidade de soluto no final é igual a soma das quantidades de soluto das soluções misturadas. Como tem-se 200 mL (ou 0,2 L) de 15 g/L de NaCl como substância 1 e 300 mL (ou 0,3 L) de 85 g/L como substância 2, o volume final é de 0,5 L. Portanto, a concentração final é dada por: 𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 1 ⋅ 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 1 + 𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 2 ⋅ 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 15 𝑔 𝐿 ⋅ 0,2 𝐿 + 85 𝑔 𝐿 ⋅ 0,3 𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 0,5 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 57 𝑔 𝐿 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 Gabarito: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 51 Questão fundamental 06 – Calcule o volume, em litros, de uma solução aquosa de 1,5 mol/L de NaOH que deve ser misturada a 0,5 L de uma solução aquosa 3 mol/L de NaOH, para preparar uma solução aquosa de concentração de 2,5 mol/L de NaOH. Comentários: Em um processo de mistura de soluções de mesmo soluto, a quantidade de soluto no final é igual a soma das quantidades de soluto das soluções misturadas. A primeira solução de NaOH tem a concentração de 1,5 mol/L e volume V, já a segunda, tem 3 mol/L e 0,5 L. A mistura final tem concentração de 2,5 mol/L e volume 0,5 + V L. Portanto, o volume V, através da diluição, é dado por: 𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 1 ⋅ 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 1 + 𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 2 ⋅ 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 1,5 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ 𝑉 + 3 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ 0,5 𝐿 = 2,5 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ (0,5 + 𝑉) 𝐿 𝑉 = 0,25 𝐿 Gabarito: Questão fundamental 07 – Misturando-se 250 mL de solução 0,6 mol/L de Na2CO3, 200 mL de solução 0,1 mol/L de Na2CO3 e água a 500 mL. Calcule a concentração, em mol/L, de Na2CO3 após a mistura. Comentários: Em um processo de mistura de soluções de mesmo soluto, a quantidade de soluto no final é igual a soma das quantidades de soluto das soluções misturadas. A primeira solução de Na2CO3 tem a concentração de 0,6 mol/L e volume 250 mL (ou 0,25 L), já a segunda, tem 0,1 mol/L e 200 mL (ou 0,2 L). Entretanto, completa-se água até um volume final de 500 mL (ou 0,5 L). Portanto, a concentração final, através da diluição, é dada por: 𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 1 ⋅ 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 1 + 𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 2 ⋅ 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 0,6 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ 0,25𝐿 + 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ 0,2 𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 0,5 𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,34 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Gabarito: Questão fundamental 08 – Misturando-se 100 mL de solução aquosa 0,1 molar de KNO3 com 100 mL de solução aquosa 0,2 molar de Ca(NO3)2, faça o que se pede: Determine a concentração, em mol/L, de K+. Determine a concentração, em mol/L, de Ca2+. Determine a concentração, em mol/L, de NO32-. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 52 Comentários: A solução 0,1 molar ou 0,1 mol/L de KNO3, em água, forma os íons: 𝐾𝑁𝑂3(𝑎𝑞) → 𝐾(𝑎𝑞) + + 𝑁𝑂3(𝑎𝑞) − Se, em 1L de solução tem-se 0,1 mol de KNO3, então, em 100 mL (ou 0,1 L), tem-se: 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 − − − − 0,1 𝐿 𝑥 = 0,01 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 Sendo assim, a proporção dos íons K+ , NO3- e KNO3 é de 1:1:1. Com isso, o número de mols das espécies é igual. Então, tem-se: 𝐶𝐾𝑁𝑂3 = 0,01 𝑚𝑜𝑙; 𝐶𝐾+ = 0,01 𝑚𝑜𝑙; 𝐶𝑁𝑂3− = 0,01 𝑚𝑜𝑙 A solução 0,2 molar ou 0,2 mol/L de Ca(NO3)2, em água, forma os íons: 𝐶𝑎(𝑁𝑂3)2 → 𝐶𝑎(𝑎𝑞) 2+ + 2𝑁𝑂3(𝑎𝑞) − Se, em 1L de solução tem-se 0,2 mol de Ca(NO3)2, então, em 100 mL (ou 0,1 L), tem-se: 0,2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑁𝑂3)2 − − − − 1 𝐿 𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑁𝑂3)2 − − − − 0,1 𝐿 𝑦 = 0,02 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑁𝑂3)2 Sendo assim, a proporção dos íons Ca2+, NO3- e Ca(NO3)2 é de 1:2:1. Com isso, o número de mols das espécies é: 𝐶𝐶𝑎(𝑁𝑂3)2 = 0,02 𝑚𝑜𝑙; 𝐶𝐶𝑎2+ = 0,02 𝑚𝑜𝑙 ; 𝐶𝑁𝑂3− = 0,04 𝑚𝑜𝑙 Sendo assim, tem-se: a) Como o número de mols de K+ é de 0,01 e a solução final tem 200 mL (0,2 L), a concentração molar é dada por: 0,01 𝑚𝑜𝑙 0,2 𝐿 = 0,05 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑑𝑒 𝐾+ b) Como o número de mols de Ca2+ é de 0,02 e a solução final tem 200 mL (ou 0,2L), então, a molaridade é dada por: 0,02 𝑚𝑜𝑙 0,2 𝐿 = 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑑𝑒 𝐶𝑎2+ c) A concentração do nitrato é igual a soma do número de mols do nitrato nas duas soluções dividido pelo volume total de 0,2 L: 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑛𝑖𝑡𝑟𝑎𝑡𝑜 = 0,01 𝑚𝑜𝑙 + 0,04 𝑚𝑜𝑙 0,2 𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑛𝑖𝑡𝑟𝑎𝑡𝑜 = 0,05 𝑚𝑜𝑙 0,2 𝐿 = 0,25 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Gabarito: Questão fundamental 09 – Misturando-se 500 mL de solução 0,3 mol/L de KCl com 1,5 L de solução 0,15 mol/L de AlCl3, determine a concentração comum, em g/L, de íons cloreto. Comentários: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 53 Como os íons cloreto estão em comum nos sais, deve-se calcular a concentração de Cl- na dissolução de cada sal e somá-las. Com isso, tem-se: 𝐾𝐶𝑙 → 𝐾+ + 𝐶𝑙− A proporção de íons cloreto e de KCl é de 1:1. Como a concentração de KCl é 0,3 mol/L, então, tem-se: 𝐶1 𝑑𝑒 𝐶𝑙− = 0,3 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Como o volume é de 500 mL (ou 0,5L), tem-se que o número de mols de cloreto é: 0,3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙− − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙− − − − − 0,5𝐿 𝑥 = 0,15 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙− A dissolução do cloreto de prata é dada por: 𝐴𝑙𝐶𝑙3 → 𝐴𝑙 3+ + 3𝐶𝑙− A proporção de íons cloreto e de AlCl3 é de 3:1. Como a concentração de AlCl3 é de 0,15 mol/L, tem-se: 𝐶2 𝑑𝑒 𝐶𝑙− = 3 ⋅ 0,15 𝑚𝑜𝑙 𝐿 = 0,45 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Como o volume dessa amostra é de 1,5 L, então, o número de mols de cloreto é: 0,45 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙− − − − − 1 𝐿 𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙− − − − − 1,5𝐿 𝑦 = 0,675 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙− Sendo assim, o número de mols total é de íons cloreto equivale à soma do que há nessas amostras: 0,15 𝑚𝑜𝑙 + 0,675 𝑚𝑜𝑙 = 0,825 𝑚𝑜𝑙 A amostra total possui 2 L, então, a concentração molar de íons cloreto é dada por: 0,825 𝑚𝑜𝑙 2 = 0,4125 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Como a concentração em g/L (C) é dada pelo produto da concentração molar com a massa molar, que é de 35,5 g/mol, tem-se: 𝐶 = 0,4125 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ⋅ 35,5 𝑔 𝑚𝑜𝑙 = 14,64 𝑔/𝐿 Gabarito: Titulação Questão fundamental 10 – Calcule a concentração, em mol/L, de NaOH em que 200 mL de solução foi titulada com 300 mL de HNO3 a 2 mol/L. Comentários: A reação da base NaOH com o ácido HNO3 caracteriza uma reação de neutralização dada por: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 54 𝑁𝑎𝑂𝐻 + 𝐻𝑁𝑂3 → 𝑁𝑎𝑁𝑂3 + 𝐻2𝑂 Sendo assim, 1 mol de NaOH reage com 1 mol de HNO3. Como a solução do ácido é de 2 mol/L em 300 mL (ou 0,3 L), o número de mols é dado por: 2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐻𝑁𝑂3 − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻𝑁𝑂3 − − − − 0,3 𝐿 𝑥 = 0,6 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻𝑁𝑂3 = 0,6 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 A concentração de NaOH é dada pela razão entre o número de mols (0,6 mol) e o volume (200 mL ou 0,2 L). Portanto, a concentração é dada por: 𝐶𝑁𝑎𝑂𝐻 = 0,6 𝑚𝑜𝑙 0,2 𝐿 = 3 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 Gabarito: Questão fundamental 11 – Calcule a concentração, em mol/L, de NaOH em que 200 mL de solução foi titulada com 500 mL de H2SO4 a 0,5 mol/L. Comentários: A reação da base NaOH com o ácido H2SO4 caracteriza uma reação de neutralização dada por: 2𝑁𝑎𝑂𝐻 + 𝐻2𝑆𝑂4 → 𝑁𝑎2𝑆𝑂4 + 𝐻2𝑂 Sendo assim, 2 mols de NaOH reagem com 1 mol de H2SO4. Como a solução do ácido é de 0,5 mol/L em 500 mL (ou 0,5 L), o número de mols é dado por: 0,5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻𝑁𝑂3 − − − − 0,5 𝐿 𝑥 = 0,25 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 Com isso, tem-se: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 0,25 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑦 = 0,5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 A concentração de NaOH é dada pela razão entre o número de mols (0,5 mol) e o volume (200 mL ou 0,2 L). Portanto, a concentração é dada por: 𝐶𝑁𝑎𝑂𝐻 = 0,5 𝑚𝑜𝑙 0,2 𝐿 = 2,5 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 Gabarito: Questão fundamental 12 – Calcule a concentração, em mol/L, de HCl em que 300 mL de solução foi titulada com 200 mL de CaCO3 a 1 mol/L. Comentários: A reação do ácido clorídrico com o carbonato de cálcio é dada por: 2𝐻𝐶𝑙 + 𝐶𝑎𝐶𝑂3 → 𝐻2𝐶𝑂3 + 𝐶𝑎𝐶𝑙2 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 55 Sendo assim, 2 mols de HCl reagem com 1 mol de CaCO3. Como a solução do carbonato é de 1 mol/L em 200 mL (ou 0,2 L), o número de mols é dado por: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 0,2 𝐿 𝑥 = 0,2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 Com isso, tem-se: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 − − − − 2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙 0,2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 𝑦 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙 𝑦 = 0,4 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙 A concentração de HCl é dada pela razão entre o número de mols (0,4 mol) e o volume (300 mL ou 0,3 L). Portanto, a concentração é dada por: 𝐶𝐻𝐶𝑙 = 0,4 𝑚𝑜𝑙 0,3 𝐿 = 1,33 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙 Gabarito: Questão fundamental 13 – Calcule o volume, em L, de uma solução de 1 mol/L de H3PO4 necessário para neutralizar 80 gramas de hidróxido de sódio. Comentários: A neutralização do hidróxido de sódio pelo ácido fosfórico é dada por: 𝐻3𝑃𝑂4 + 3𝑁𝑎𝑂𝐻 → 𝑁𝑎3𝑃𝑂4 + 3𝐻2𝑂 Sendo assim, 3 mols de NaOH reagem com 1 mol de H3PO4. Como a massa molar de NaOH é de 40 g e tem-se 80 g. O valor em mols dessa massa é: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 − − − − 40 𝑔 𝑥 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 − − − − 80 𝑔 𝑥 = 2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 Com isso, tem-se: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 − − − − 3 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 − − − − 2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑦 = 0,67 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 A concentração de H3PO4 é 1 mol/L, ou seja, em 1 L há 1 mol de ácido, então, o volume (V) de 0,67 mol é dado por: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 − − − − 1 𝐿 0,67 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 − − − − 𝑉 𝐿 𝑉 = 0,67 𝐿 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 Gabarito: Questão fundamental 14 – Calcule o volume, em L, de uma solução de 0,5 mol/L de KOH necessário para neutralizar 9,8 gramas de ácido sulfúrico. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 56 Comentários: A reação da base KOH com o ácido H2SO4 caracteriza uma reação de neutralização dada por: 2𝐾𝑂𝐻 + 𝐻2𝑆𝑂4 →𝐾2𝑆𝑂4 + 𝐻2𝑂 Sendo assim, 2 mols de KOH reagem com 1 mol de H2SO4. Como a massa molar de H2SO4 é de 98 g e tem-se 9,8 g. O valor em mols dessa massa é: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 98 𝑔 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 9,8 𝑔 𝑥 = 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 Com isso, tem-se: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 𝑦 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 𝑦 = 0,2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 A concentração de KOH é 0,5 mol/L, ou seja, em 1 L há 0,5 mol de base, então, o volume (V) de 0,2 mol é dado por: 0,5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 − − − − 1 𝐿 0,2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 − − − − 𝑉 𝐿 𝑉 = 0,4 𝐿 𝑑𝑒 𝐾𝑂𝐻 8. Questões Resolvidas E Comentadas 1. (FCMSCSP/2021) No processo de produção de ácido sulfúrico, uma das etapas envolve a reação dos gases dióxido de enxofre e oxigênio, formando o trióxido de enxofre, de acordo com a reação representada pela equação: 2SO2 (g) + O2 (g) ⇋ 2SO3 (g) Dados da reação de formação do trióxido de enxofre são apresentados na tabela: Trata-se de uma reação ____________, favorecida ___________ da temperatura. Nessa reação, a formação do gás SO3 é favorecida da pressão. As lacunas são preenchidas, respectivamente, por: (A) endotérmica; pela diminuição; pelo aumento. (B) exotérmica; pela diminuição; pela diminuição. (C) exotérmica; pelo aumento; pela diminuição. (D) endotérmica; pelo aumento; pelo aumento. (E) exotérmica; pela diminuição; pelo aumento ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 57 Comentários: Como o aumento da temperatura reduz a constante de equilíbrio, tem-se um desfavorecimento da formação de produto, ou seja, reação direta. Sendo assim, tem-se que a reação direta é exotérmica, que é, então, favorecida pela redução da temperatura. A formação de SO3 é favorecida também pelo aumento de pressão, uma vez que o volume dos produtos é menor do que o dos reagentes. Portanto, o trecho é completo é dado por: “Trata-se de uma reação exotérmica favorecida pela diminuição da temperatura. Nessa reação, a formação do gás SO3 é favorecida pelo aumento da pressão.” Gabarito: E 2. (UCB/2019) Em determinado exame clínico utilizado para medir a intolerância a carboidratos, um adulto deve beber 200 mL de uma solução de glicose a 30% (70% de água e 30% de glicose). Quando uma criança é submetida a esse exame, a concentração de glicose deve ser reduzida para 20%. Quantos mililitros de água devem ser adicionados a 200 mL de uma solução de glicose a 30% para se preparar uma solução de glicose a 20%? A) 150 B) 80 C) 120 D) 100 E) 50 Comentários: A diluição de 200 mL de glicose 30% para produção de glicose 20% faz necessário um volume igual a: 𝐶𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⋅ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 30% ⋅ 200 𝑚𝐿 = 20% ⋅ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 300 𝑚𝐿 Sendo assim, deve-se adicionar um volume de: 300 𝑚𝐿 − 200 𝑚𝐿 = 100 𝑚𝐿 Gabarito: D 3. (UEA AM/2019) Na diluição de 100 mL de uma solução de hidróxido de sódio (NaOH), de concentração 20 g/L, adicionou-se água até completar o volume de 250 mL. O valor da concentração da solução após a diluição equivale a a) 13,3 g/L. b) 30,0 g/L. c) 6,6 g/L. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 58 d) 8,0 g/L. e) 50,0 g/L. Comentários: Aplicando a fórmula da diluição, tem-se: 𝐶𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ∙ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ∙ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 20𝑔/𝐿 ∙ 100 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ∙ 250 𝑚𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 8 𝑔/𝐿 Gabarito: D 4. (UEG GO/2016) Uma solução estoque de hidróxido de sódio foi preparada pela dissolução de 4 g do soluto em água, obtendo-se ao final 100 mL e, posteriormente, determinado volume foi diluído para 250 mL obtendo-se uma nova solução de concentração igual a 0,15 mol·L–1. O volume diluído, em mL, da solução estoque, é aproximadamente a) 26 b) 37 c) 50 d) 75 Comentários: 4 g de hidróxido de sódio (massa molar igual a 40 g/mol) em mol é igual a: 40 𝑔 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 4 𝑔 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 x = 0,1 mol de NaOH A solução foi preparada pela dissolução de 0,1 mol de NaOH em 0,1 L. Uma porção desse líquido, em mL, foi misturado com água a 250 mL. Aplicando a fórmula da diluição, tem-se: 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 0,1 𝑚𝑜𝑙 0,1 𝐿 · 𝑉𝑖 = 0,15 𝑚𝑜𝑙 𝐿 · 250𝑚𝐿 𝑉𝑖 = 37,5 𝑚𝐿 Gabarito: B 5. (UEMG/2015) Um desodorante vendido comercialmente nas farmácias traz a seguinte descrição do produto: “Lysoform Primo Plus - desodorante corporal que previne e reduz os maus odores, deixando uma agradável sensação de limpeza e frescor. Insubstituível na higiene diária, garante o bem- estar e a tranquilidade para o convívio social. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 59 Finalidade: Desodorizar e higienizar o corpo. Modo de Usar: Usar uma solução contendo 8 tampas (32 mL) de Lysoform Primo Plus para cada 1 litro de água.” Seguindo as orientações do fabricante, uma pessoa que preparar uma solução do produto com 250mL de água terá que adicionar quantas tampas da solução de Lysoform? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 Comentários: 8 𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎𝑠 − − − − 1000 𝑚𝐿 𝑥 𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎𝑠 − − − − 250 𝑚𝐿 x = 2 tampas Nessa situação não aconteceu diluição, apenas preparo da solução. Gabarito: B 6. (Mackenzie SP/2018) Em uma embalagem de 2 L de água sanitária, facilmente encontrada em supermercados, encontra-se a seguinte informação: O teor de cloro ativo do produto varia de 2 % a 2,5 % (m/V) Essa solução pode ser utilizada para tratamento de água de piscina nas concentrações de 1,0 a 2,0 mg de cloro ativo por litro; sendo que, acima de 2,0 mg de cloro ativo por litro, a água se torna irritante aos olhos. Em duas piscinas (A e B), de capacidades volumétricas diferentes, foram adicionados 2 L de água sanitária a cada uma delas. Desta forma, ocorreu a diluição da água sanitária na água contida em cada piscina, conforme descrito na tabela abaixo. Sendo assim, foram feitas as seguintes afirmações. I. Há de 20 a 25 g de cloro ativo por litro dessa solução comercial. II. Na piscina A, a solução formada após a diluição seria irritante aos olhos do usuário dessa piscina. III. Na piscina B, a solução formada após a diluição seria adequada ao tratamento de água. Das afirmações realizadas, L 25000L 100000 diluição a após solução de totalVolume Piscina Piscina BA ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 60 a) nenhuma é correta. b) são corretas, apenas, I e II. c) são corretas, apenas, II e III. d) são corretas, apenas, I e III. e) todas são corretas. Comentários: Julgando os itens, tem-se: I. Certo. A solução comercial apresenta concentração de 2% a 2,5% (m/v). Assim, a concentração da solução comercial é igual a: 2 g/100 mL a 2,5 g/100 mL, que é o mesmo que 20 g/L a 25 g/L. II. Errado. Calcula-se a concentração, em mg/L, da solução formada na piscina A pela fórmula da diluição: 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 20 𝑔/𝐿 · 2 𝐿 = 𝐶𝑓 · 100000 𝐿 20000 𝑚𝑔/𝐿 · 2 𝐿 = 𝐶𝑓 · 100000 𝐿 𝐶𝑓 = 0,4 𝑚𝑔/𝐿 A concentração final é menor do que 2,0 mg/L, portanto, a piscina A não é irritante aos olhos. III. Certo. Calcula-se a concentração, em mg/L, da solução formada na piscina B pela fórmula da diluição: 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 20 𝑔/𝐿 · 2 𝐿 = 𝐶𝑓 · 25000 𝐿 20000 𝑚𝑔/𝐿 · 2 𝐿 = 𝐶𝑓 · 25000 𝐿 𝐶𝑓 = 1,6 𝑚𝑔/𝐿 A concentração final é menor do que 2,0 mg/L, portanto, a piscina B é adequada ao tratamento de água. Gabarito: D 7. (UFU MG/2014) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 61 Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 17 fev. 2014. De acordo com a figura, o consumo de líquidos durante as refeições deve ser evitado, porquea) dilui o suco gástrico, diminuindo sua concentração e dificultando a digestão. b) causa azia e, após diluir o suco gástrico, aumenta sua concentração. c) dilata o estômago, favorecendo a digestão e aumentando a concentração de ácido. d) engorda, uma vez que melhora o processo digestivo e a liberação dos nutrientes. Comentários: Julgando os itens, tem-se: a) dilui o suco gástrico, diminuindo sua concentração e dificultando a digestão. Certo. O aumento de água no estômago, diminui a concentração do suco gástrico, sabendo que durante a alimenta-se não é ingerido os componentes do suco gástrico. Os componentes principais do suco gástrico são: enzimas e ácido clorídrico. b) causa azia e, após diluir o suco gástrico, aumenta sua concentração. Errado. A diluição provoca a diminuição da concentração. c) dilata o estômago, favorecendo a digestão e aumentando a concentração de ácido. Errado. A diluição provoca a diminuição da concentração. d) engorda, uma vez que melhora o processo digestivo e a liberação dos nutrientes. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 62 Errado. A diluição do substrato e das enzimas dificulta a interação entre eles e, por sua vez, dificulta a digestão dos alimentos e diminui a absorção de nutrientes. Gabarito: A 8. (UNESP SP/2013) Alguns cheiros nos provocam fascínio e atração. Outros trazem recordações agradáveis, até mesmo de momentos da infância. Aromas podem causar sensação de bem-estar ou dar a impressão de que alguém está mais atraente. Os perfumes têm sua composição aromática distribuída em um modelo conhecido como pirâmide olfativa, dividida horizontalmente em três partes e caracterizada pelo termo nota. As notas de saída, constituídas por substâncias bem voláteis, dão a primeira impressão do perfume. As de coração demoram um pouco mais para serem sentidas. São as notas de fundo que permanecem mais tempo na pele. (Cláudia M. Rezende. Ciência Hoje, julho de 2011. Adaptado.) Um químico, ao desenvolver um perfume, decidiu incluir entre os componentes um aroma de frutas com concentração máxima de 10–4 mol/L. Ele dispõe de um frasco da substância aromatizante, em solução hidroalcoólica, com concentração de 0,01 mol/L. Para a preparação de uma amostra de 0,50 L do novo perfume, contendo o aroma de frutas na concentração desejada, o volume da solução hidroalcoólica que o químico deverá utilizar será igual a a) 5,0 mL. b) 2,0 mL. c) 0,50 mL. d) 1,0 mL. e) 0,20 mL. Comentários: Para preparar uma solução de 0,50L (500 mL) com concentração de 10-4 mol/L a partir de uma solução de concentração de 0,01 mol/L (ou 10-2 mol/L), necessita de um volume inicial da solução calculado a partir da diluição: 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 10−2𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑖 = 10 −4𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 500 𝑚𝐿 𝑉𝑖 = 5 𝑚𝐿 Gabarito: A ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 63 9. (PUC Camp SP/2018) Caldas cúpricas podem ser insumos químicos utilizados como defensivos agrícolas alternativos. A calda bordalesa, por exemplo, é indicada no combate a fungos e bactérias quando aplicada preventivamente, podendo também ter ação repelente. Para o preparo de 10 L da calda, procede-se da seguinte maneira: – Colocar 100 g de sulfato de cobre (II), CuSO4 5H2O, dentro de um pano de algodão, amarrar e mergulhar em um vasilhame plástico com 1 litro de água morna. – Colocar 100 g de cal virgem, CaO, em um balde com capacidade para 10 litros. Em seguida, adicionar 9 litros de água, aos poucos. – Adicionar, aos poucos e mexendo sempre, o litro da solução de sulfato de cobre dentro do balde da água de cal. A quantidade final, em mol, de íons de cobre em cada litro de calda bordalesa é, aproximadamente, Dados: Massa molar do CuSO4 5H2O = 250 g/mol a) 4,0 mol. b) 2,5 mol. c) 0,40 mol. d) 0,25 mol. e) 0,040 mol. Comentários: Para cada 1 mol de CuSO4·5H2O (ou 250 gramas) dissolve-se 1 mol de Cu2+, portanto, calcula- se a quantidade, em mol, de íons de cobre: 250 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑢𝑆𝑂4 · 5𝐻2𝑂 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 í𝑜𝑛𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑢𝑆𝑂4 · 5𝐻2𝑂 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 í𝑜𝑛𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 x = 0,4 mol de íons de cobre A concentração dos íons é calculada por: [ ] = 0,4 𝑚𝑜𝑙 10 𝐿 = 0,04 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Gabarito: E 10. (UNITAU SP/2018) O formol é uma solução aquosa utilizada, por exemplo, para preservação de animais mortos e de peças de anatomia. O formol comercializado contém CHOH na concentração de 37% (massa/volume). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 64 Assinale a alternativa que apresenta informações CORRETAS sobre: a função orgânica do CHOH; o volume necessário da solução de formol 37%; o volume de água para se preparar 250 mL de uma solução de CHOH 14,8% (massa/volume). a) CHOH é um álcool; 37 mL de formol 37%; 213 mL de água b) CHOH é um aldeído; 14,8 mL de formol 37%; 235,2 mL de água c) CHOH é um álcool; 89,3 mL de formol 37%; 160,7 mL de água d) CHOH é um aldeído; 100 mL de formol 37%; 150 mL de água e) CHOH é um fenol; 18,3 mL de formol 37%; 231,7 mL de água Comentários: O formol é um aldeído de nome oficial metanal. C O HH Aplica-se a fórmula da diluição para o cálculo do volume necessário da solução de 37% de formol para se diluir a 250 mL de água e obter a concentração de 14,8%. 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 37% · 𝑉𝑖 = 14,8% · 250𝑚𝐿 𝑉𝑖 = 100 𝑚𝐿 Assim, o volume de água necessário é igual a 150 mL (250 mL – 100 mL). Gabarito: D 11. (FCM MG/2014) Fonte: Manual do Consumidor de Homeopatia (Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas – ABFH) No preparo das formas farmacêuticas derivadas, em homeopatia, 1,0 parte do insumo ativo (Tinturamãe) é misturado com 99 partes do veículo (diluente apropriado). Após sucussionar (agitação 100 vezes), obtém-se a dinamização 1CH (1/102). 1,0 parte da 1CH + 99 partes do veículo, após sucussionar, obtém-se a 2CH e assim sucessivamente, conforme o esquema da figura. Sabendo-se que o número de Avogadro é 6,02 · 1023, a partir de qual dinamização centesimal de (Hahnemann (CH) não haverá mais molécula alguma do insumo ativo no medicamento ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 65 a) 5CH. b) 10CH. c) 12CH. d) 23CH Comentários: A quantidade de soluto não é alterada, apenas aumenta-se a proporção de solvente na mistura na ordem de cem vezes mais. Logo, a concentração do soluto é calculada por: 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 1 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 (100 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜)𝑛 Sendo n o número de diluições realizadas. Portanto, [ ] = 1 (102)𝑛 Quando n for igual a 12, tem-se que a quantidade diluída é maior que o número de Avogadro: [ ] = 1 (102)12 = 1 1024 Assim, para diluições a partir de 12 (12CH), é possível que não contenha mais partículas dentro do recipiente. Gabarito: C 12. (UDESC SC/2014) Assinale a alternativa que corresponde ao volume de solução aquosa de sulfato de sódio, a 0,35 mol/L, que deve ser diluída por adição de água, para se obter um volume de 650 mL de solução a 0,21 mol/L. a) 500 mL b) 136 mL c) 227 mL d) 600 mL e) 390 mL Comentários: A solução inicial sofreu adição de água, portanto, utiliza-se a equação da diluição: 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 0,35 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑖 = 0,21 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 650 𝑚𝐿 𝑉𝑖 = 390 𝑚𝐿 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 66 Gabarito: E 13. (FM Petrópolis RJ/2014) Um estagiário de um laboratório de análises clínicas deve preparar uma solução de cloreto de sódio a 0,9%, o soro fisiológico. Como não deseja pesar o pó, decide usar uma solução estoque de NaC 5M. Ele obtém 10 mL dessa solução 5 M, conforme a Figura a seguir. Considerando-se o peso moleculardo NaC como 54 g/mol, para facilitar o cálculo, e tendo- se obtido os 10 mL de solução 5 M de NaC, qual volume, em mL, ele poderá preparar da solução final de 0,9%? a) 300 b) 150 c) 100 d) 60 e) 30 Comentários: As concentrações iniciais e finais das soluções devem ser expressas nas mesmas unidades. Adotei, aleatoriamente, o critério de expressar as concentrações nas unidades mol/L. 0,9% de NaC = 0,9 g/100 mL = 9 g/1000 mL = 9 g/L A massa molar do NaC é igual a 54 g/mol: 54 𝑔 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 9 𝑔 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 x = 0,1667 mol de NaC 9 g de NaC equivale a 0,1667 mol, portanto, a concentração da solução a ser obtida é igual a 0,1667 mol de NaC. Essa solução foi preparada por um processo de diluição. (Lembre-se: 5M = 5 Molar = 5 mol/L). 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 10 𝑚𝐿 = 0,1667 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑓 𝑉𝑓 ≈ 300 𝑚𝑙 Gabarito: A ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 67 14. (UNITAU/2022) Duas soluções de sacarose (C12H22O11) foram preparadas, a primeira com concentração 0,5 M e a segunda com concentração 1,0 M. Em seguida foram misturados 100 mL da primeira solução com 300 mL da segunda solução, na temperatura de 60 °C. Essa solução foi mantida a 60 °C por um tempo suficiente para a lenta evaporação de 350 mL de água. Em seguida, a solução resultante foi lentamente resfriada até à temperatura ambiente, onde foi observado que, em determinada temperatura, se dá início à precipitação de sacarose. A partir dos dados da tabela a seguir, assinale a alternativa CORRETA que apresenta a temperatura na qual se dá início à precipitação da sacarose. Tabela de solubilidade da sacarose em água, expresso em gramas de sacarose por 100 mL de água g/100 mL), em função da temperatura, medidos na pressão constante de 1 atm. a) 50 °C b) 40 °C c) 30 °C d) 20 °C e) 10 °C Comentários: As etapas apresentadas na questão foram: 1- Mistura das soluções. 2- Evaporação de 350 mL de água. 3- Resfriamento da solução restante à temperatura ambiente. Primeiramente, etapa 1: cálculo da solução formada pela mistura das soluções. Solução 1 Solução 2 0,5 M = 0,5 mol/L e 100 mL 1,0 M = 1,0 mol/L e 300 mL 𝐶1𝑉1 + 𝐶2𝑉2 = 𝐶𝑓𝑉𝑓 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100 𝑚𝐿 + 1,0 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 300 𝑚𝐿 = 𝑥 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 400 𝑚𝐿 𝑥 = 0,875 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Etapa 2: cálculo da concentração final depois de evaporar 350 mL de água Solução inicial Solução final (evaporação de 350 mL de água) 0,875 mol/L e 400 mL Y mol/L e 50 mL 𝐶𝑖𝑉𝑖 = 𝐶𝑓𝑉𝑓 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 68 0,875 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 400 𝑚𝐿 = 𝑌 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 50 𝑚𝐿 𝑌 = 7 𝑚𝑜𝑙/𝐿 A concentração de 7 mol/L coincide com a temperatura de cristalização (de saturação) dessa solução. Sabendo que os dados fornecidos na questão foram apresentados em g/100 mL, determina-se a quantidade em gramas dessa substância em 100 mL de uma solução de 7 mol/L: 7 𝑚𝑜𝑙 − − − − 1000 𝑚𝐿 (𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 1 𝐿) 𝑧 𝑚𝑜𝑙 − − − − 100 𝑚𝐿 𝑧 = 0,7 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 Sabendo que a fórmula da sacarose é C12H22O11 e que sua massa molar é igual a 342 g/mol (vide valores na tabela periódica), calcula-se: 1 𝑚𝑜𝑙 − − − − 342 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 0,7 𝑚𝑜𝑙 − − − − 𝑤 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 𝑧 = 239,4 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 Assim, a quantidade necessária para iniciar a cristalização na temperatura de resfriamento ambiente é equivalente ao coeficiente de solubilidade igual a 239,4 g/100 mL que, na tabela da questão, equivale a 40 °C. Gabarito: B 15. (UERGS/2009) O volume em litros de uma solução de HNO3 0,1 mol·L–1 que deve ser adicionado a 5 litros de uma solução de HNO3 0,5 mol·L–1 para obter uma concentração final igual a 0,2 mol·L–1 é a) 3. b) 6. c) 12. d) 15. e) 30. Comentários: Duas soluções de mesmo soluto foram misturadas. Lembre-se: o volume final da solução é igual ao somatório dos volumes das soluções: V1 + 5 L. 𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉1 + 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 5 𝐿 = 0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · (𝑉1 + 5) 𝐿 𝑉1 = 15 𝐿 Gabarito: D 16. (Unimontes MG/2008) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 69 As águas salgadas têm maior concentração de íons quando comparadas àquela encontrada em águas doces. O encontro das águas dos rios e do mar e o tempo que determinados íons permanecem no mar podem ser um indicador de alterações antrópicas. Admitindo que a concentração média do íon sódio, Na+, em águas doces é de 0,23 · 10–3 mol/L e que o volume dessas águas lançado no oceano em todo o planeta é de 3,6 · 1016 L/ano, pode-se estimar que, em 78 · 106 anos de permanência de íons Na+ em águas salgadas, a quantidade armazenada de matéria, mol, desses íons é, aproximadamente, a) 8,3 · 1012. b) 6,0 · 1023. c) 6,5 · 1020. d) 4,7 · 1020. Comentários: 0,23 · 10−3𝑚𝑜𝑙 𝐿 · 3,6 · 1016𝐿 1 𝑎𝑛𝑜 · 78 · 106𝑎𝑛𝑜𝑠 = 64,584 · 1019𝑚𝑜𝑙𝑠 ≈ 6,5 · 1020𝑎𝑛𝑜𝑠 Gabarito: C 17. (UERJ/2006) Para estudar os processos de diluição e mistura foram utilizados, inicialmente, três frascos contendo diferentes líquidos. A caracterização desses líquidos é apresentada na ilustração abaixo. A seguir, todo o conteúdo de cada um dos frascos foi transferido para um único recipiente. Considerando a aditividade de volumes e a ionização total dos ácidos, a mistura final apresentou uma concentração de íons H+, em mol·L−1, igual a: a) 0,60 b) 0,36 c) 0,24 d) 0,12 Comentários: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 70 A mistura dos três frascos pode ser interpretada por duas situações: mistura de soluções de mesmo soluto e diluição. Os ácidos utilizados liberam 1H+ por fórmula, logo, as concentrações dos ácidos são iguais as concentrações de seus respectivos H+. Concentração inicial do ácido Concentração inicial de H+ [HC] = 0,2 mol/L [H+] = 0,2 mol/L [HI] = 0,4 mol/L [H+] = 0,4 mol/L A fim de ganhar tempo na resolução dessa questão, o volume final utilizado na fórmula da mistura de soluções que não reagem será igual ao volume final dos três frascos. Dessa forma, calcula-se a mistura e a diluição em uma mesma equação. 0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100 𝑚𝐿 + 0,4 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 250 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 500 𝑚𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,24 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Gabarito: C 18. (UEPG PR/2019) Avalie a preparação das 2 soluções descritas a seguir, considere que na mistura entre elas não ocorre reação e que os compostos estão 100% dissociados na temperatura em que a mistura foi realizada. Sobre esse processo, assinale o que for correto. Dados: Mg = 24 u; K = 39 u; C = 35,5 u I. Solução aquosa de KC 0,1 mol/L. II. Solução preparada pela dissolução de 190 g de cloreto de magnésio em água, completando-se o volume para 1 litro. 01. Na mistura de 1 litro da solução I mais 1 litro da solução II, ambas terão as concentrações reduzidas pela metade na solução final. 02. Nas duas soluções, o soluto é formado por compostos iônicos que sofrem dissociação em meio aquoso. 04. Para preparar 200 mL da solução I são necessários 149 g do sal. 08. A solução II tem concentração igual a 2 mol/L. Comentários: Julgando os itens, tem-se: 01. Certo. Os solutos misturados são diferentes, portanto, ao adicionar o volume de outra solução ocorrerá diluição. O aumento de 100% do volume inicial, reduz a concentração inicial a metade. 02. Certo. Os dois sais: cloreto de potássio e cloreto de magnésio são compostos iônicos que, ao se dissolverem em água, sofrem dissociação. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 71 04. Errado. A solução I apresenta concentração igual a 0,1 mol/L, portanto, para preparar 200 mL (0,2 L) de solução é necessário a seguintequantidade, em mol, de cloreto de potássio: 0,1 mol/L · 0,2 L = 0,02 mol de KC Sabendo que a massa molar do KC é igual a 74,5 g/mol, tem-se: 74,5 𝑔 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙 𝑥 𝑔 − − − − 0,02 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙 x = 1,49 g 08. Certo. Para determinar a concentração, em mol/L, a partir de 190 g de MgC2 (massa molar = 95 g/mol) dissolvidos em 1 litro, basta transformar a massa de 190 g para mol. 95 𝑔 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑀𝑔𝐶𝑙2 190 𝑔 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑀𝑔𝐶𝑙2 x = 2 mols de MgC2 2 mols de cloreto de magnésio dissolvidos em 1 litro, assim, concentração igual a 2 mol/L. Gabarito: 11 19. (UNITAU SP/2018) Uma solução é obtida misturando-se 300 g de uma solução A com 400 g de uma solução B. A solução A consiste em uma mistura cuja concentração do soluto é 25% (m/m), enquanto que, na solução B, a concentração do soluto é 40% (m/m). Qual a porcentagem de massa total do soluto (m/m) da solução obtida? Obs: m/m = massa/massa a) 66,43% b) 33,57% c) 25,0% d) 40,0% e) 50, 0% Comentários: Solução A Solução B Soluto: 25% · 300 g = 0,25·300 = 75 g de soluto Soluto: 40% · 400 g = 0,40·400 = 160 g de soluto Porcentagem em massa do soluto final da solução: 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 75 𝑔+160 𝑔 300 𝑔+400 𝑔 = 0,335 ou 33,5% Resolução alternativa: 25% · 300𝑔 + 40% · 400𝑔 = 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 700𝑔 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 33,5 % ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 72 Gabarito: B 20. (ACAFE SC/2016) Para preparar 1,0 L de [NaOH] = 1,0 mol/L se dispõe de dois frascos distintos contendo soluções de NaOH, um na concentração de 7% (m/v, frasco A) e outro 2% (m/v, frasco B). Dados: Na = 23 g/mol; O = 16 g/mol; H = 1 g/mol. Assinale a alternativa que contém os respectivos volumes das soluções A e B que uma vez misturados resultará na mistura desejada. a) 200mL e 800mL b) 500mL e 500mL c) 350mL e 650mL d) 400mL e 600mL Comentários: Transformando 1,0 mol/L de NaOH (massa molar = 40 g/mol) em concentração % (m/v): 1,0 mol/L · 40 g/mol = 40 g/L = 40 g/ 1000mL = 4 g/100mL = 4% (m/v) (Lembre-se: densidade da solução é aproximadamente igual a densidade da solução e, assim, 1L = 1000 g.) Sabendo que o volume da mistura VA + VB = 1 L, pode-se dizer que VA= 1 – VB. 𝐶𝐴 · 𝑉𝐴 + 𝐶𝐵 · 𝑉𝐵 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 7% · (1 − 𝑉𝐵) + 2% · 𝑉𝐵 = 4% · 1𝐿 𝑉𝐵 = 0,6 𝐿 𝑉𝐴 + 0,6 𝐿 = 1 𝐿 𝑉𝐴 = 0,4 𝐿 Gabarito: D 21. (UEM PR/2012) A aplicação de fertilizantes líquidos em lavouras depende fundamentalmente da formulação do fertilizante e do tipo de lavoura. A tabela a seguir apresenta as concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) que devem estar presentes no fertilizante de uma determinada lavoura. Sabendo-se que um agricultor possui três formulações aquosas estoque de fertilizante: a primeira (1) contendo 0 g/L de nitrogênio, 60 g/L de fósforo e 40 g/L de potássio; a segunda (2) contendo 50 g/L de nitrogênio, 50 g/L de fósforo e 0 g/L de potássio; e a terceira (3) 40 g/L de nitrogênio, 0 g/L de fósforo e 60 g/L de potássio, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) a respeito das formulações de fertilizante ótimas para cada lavoura. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 73 01. Para a lavoura A, deve ser feita uma solução contendo 50 mL da formulação (1) e 50 mL da formulação (3), diluindo-se em seguida para um volume final de 5 litros. 02. As formulações estoque podem ser preparadas a partir dos sais nitrato de amônia, fosfato monoácido de cálcio e cloreto de potássio. 04. Para se preparar a primeira solução estoque (1), em relação ao K, pode-se usar, aproximadamente, 1,025 mols de KC dissolvido em 1 litro de água. 08. Além de NPK, fertilizantes podem conter outros compostos em menor proporção, fontes de micronutrientes, como Fe, Zn, Mn e Cu. 16. Para a lavoura C, deve ser feita uma solução contendo 150 mL da formulação (2) e 150 mL da formulação (3), diluindo-se em seguida a um volume final de 15 litros. Comentários: Formulação I Formulação II Formulação III Nitrogênio (g/L) 0 50 40 Fósforo (g/L) 60 50 0 Potássio (g/L) 40 0 60 Ao misturas as formulações, o cálculo da concentração de cada elemento é feito por: Concentração de nitrogênio (combinação das formulações II e III): 𝐶𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼 + 𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 Concentração de fósforo (combinação das formulações I e II): 𝐶𝐼 · 𝑉𝐼 + 𝐶𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 Concentração de potássio (combinação das formulações I e III): 𝐶𝐼 · 𝑉𝐼 + 𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 Julgando os itens, tem-se: 01. Certo. Concentração de nitrogênio (combinação das formulações II e III): 40𝑔/𝐿 · 0,05 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 5 𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑛𝑖𝑡𝑟𝑜𝑔ê𝑛𝑖𝑜 = 0,4 𝑔/𝐿 Concentração de fósforo (combinação das formulações I e II): ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 74 𝐶𝐼 · 𝑉𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 60𝑔/𝐿 · 0,05 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 5 𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓ó𝑠𝑓𝑜𝑟𝑜 = 0,6 𝑔/𝐿 Concentração de potássio (combinação das formulações I e III): 𝐶𝐼 · 𝑉𝐼 + 𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 40𝑔/𝐿 · 0,05𝐿 + 60𝑔/𝐿 · 0,05𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 5𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡á𝑠𝑠𝑖𝑜 = 1,0 𝑔/𝐿 Todas as concentrações finais atendem a tabela da Lavoura A. 02. Certo. Os sais nitrato de amônia, fosfato monoácido de cálcio e cloreto de potássio apresentam os elementos nitrogênio, fósforo e potássio. 04. Certo. A formulação I apresenta 40 g/L de potássio (massa molar = 39 g/mol). 1,025 mol/L · 39 g/mol = 39,975 g/L ≈ 40 g/L 08. Certo. Os micronutrientes são compostos que as plantas necessitam em menor quantidade para a síntese de outros compostos, tais como clorofila, proteínas etc. 16. Errado. Concentração de nitrogênio (combinação das formulações II e III): 𝐶𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼 + 𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 50𝑔/𝐿 · 0,150𝐿 + 40𝑔/𝐿 · 0,150𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 15𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑛𝑖𝑡𝑟𝑜𝑔ê𝑛𝑖𝑜 = 0,9 𝑔/𝐿 Concentração de fósforo (combinação das formulações I e II): 𝐶𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 50 𝑔/𝐿 · 0,150 𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 15 𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓ó𝑠𝑓𝑜𝑟𝑜 = 0,5 𝑔/𝐿 Concentração de potássio (combinação das formulações I e III): 𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 60 𝑔/𝐿 · 0,150 𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 15 𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡á𝑠𝑠𝑖𝑜 = 0,6 𝑔/𝐿 Gabarito: 15 22. (UERJ/2011) Observe, a seguir, a fórmula estrutural do ácido ascórbico, também conhecido como vitamina C: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 75 Para uma dieta saudável, recomenda-se a ingestão diária de 2,5·10–4 mol dessa vitamina, preferencialmente obtida de fontes naturais, como as frutas. Considere as seguintes concentrações de vitamina C: - polpa de morango: 704 mg·L–1; - polpa de laranja: 528 mg·L–1. Um suco foi preparado com 100 mL de polpa de morango, 200 mL de polpa de laranja e 700 mL de água. A quantidade desse suco, em mililitros, que fornece a dose diária recomendada de vitamina C é: a) 250 b) 300 c) 500 d) 700 Comentários: As concentrações dos sucos foram fornecidas em mg/L e a dose recomendada em mol, para que seja possível o cálculo da quantidade de suco necessária, deve-se calcular as quantidades em uma mesma unidade. Escolhi, arbitrariamente, a unidade mg/L. Assim, converte-se 2,5·10-4 mol de vitamina C: Vitamina C – fórmula molecular – C6H8O6 – massa molar = 176 g/mol. Dose recomendada: 2,54·10-4 mol · 176 g/mol = 44,704 mg de Vitamina C 𝐶𝑚𝑜𝑟𝑎𝑛𝑔𝑜 · 𝑉𝑚𝑜𝑟𝑎𝑛𝑔𝑜 + 𝐶𝑙𝑎𝑟𝑎𝑛𝑗𝑎 · 𝑉𝑙𝑎𝑟𝑎𝑛𝑗𝑎 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙· 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 704𝑚𝑔/𝐿 · 100𝑚𝐿 + 528𝑚𝑔/𝐿 · 200𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 1000𝑚𝐿 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 176 𝑚𝑔/𝐿 A quantidade de suco necessária para obter a dose recomendada de 44,704 mg de vitamina C: 176 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎 𝐶 − − − − 1𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐𝑜 44,704 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎 𝐶 − − − − 𝑥 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐𝑜 x = 0,254 L ≈ 250 mL Gabarito: A 23. (ESCS DF/2008) O OHHO OHO HO ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 76 Em 1980, os médicos Irineu Velasco e Maurício da Rocha e Silva descobriram que a utilização de soluções hipertônicas contendo 7.500 mg de cloreto de sódio dissolvidos em 100 mL de solução aquosa representava uma alternativa segura e eficiente para o tratamento de vítimas de choque hemorrágico. Os tratamentos utilizados até então recomendavam, entre outros procedimentos, a aplicação de grandes volumes de soro fisiológico contendo 900 mg de cloreto de sódio em 100 mL de solução. Um determinado grupo de pesquisadores decidiu realizar um estudo utilizando uma nova solução salina, preparada a partir da combinação da solução hipertônica de Velasco e Silva com o soro fisiológico convencional. A razão entre os volumes de soro fisiológico e de solução hipertônica necessários para preparar uma solução com concentração igual a 20 g/L de NaC é igual a: a) 10; b) 7,5; c) 5; d) 2,5; e) 1. Comentários: As concentrações em g/L do soro fisiológico e da solução hipertônica são: Soro fisiológico Solução hipertônica 7500 mg/100 mL = 7,5 g/100 mL = 75 g/1000 mL = 75 g/L 900 mg/100 mL = 0,9 g/100 mL = 9 g/1000 mL = 9 g/L 𝐶𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 · 𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 𝐶ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 · 𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 75𝑔/𝐿 · 𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 9 𝑔/𝐿 · 𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 = 20 𝑔/𝐿 · (𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟) 75𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 9 𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 = 20𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 20𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 55𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 = 11𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 = 11 55 = 1 5 Gabarito: C 24. (FFFCMPA RS/2007) Um estudante de Química precisava preparar 100 mL de uma solução de hidróxido de sódio com concentração 0,14 mol/L. No entanto, ele só dispunha de outras soluções de NaOH, cujas concentrações eram 0,05 mol/L e 0,50 mol/L, de uma pipeta graduada e de um balão volumétrico de 100 mL. Com este material, como o estudante deverá proceder para conseguir preparar a solução? a) Pipetar 10,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,05 mol/L. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 77 b) Pipetar 15,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,05 mol/L. c) Pipetar 20,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,05 mol/L. d) Pipetar 25,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,05 mol/L. e) Pipetar 10,0 mL da solução 0,05 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até 100 mL com a solução 0,50 mol/L. Comentários: O volume final é formado pela soma dos volumes da pipeta e da solução pronta. Assim, tem- se: 𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 + 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 = 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 = 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 Mistura de soluções de mesmo soluto: 𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 · 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 + 𝐶𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 · 𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 0,05 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 + 0,50 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · (𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎) = 0,14 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100𝑚𝐿 0,05 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 + 0,50 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · (100 − 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎) = 14 0,05𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 + 50 − 0,5𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 = 14 0,45𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 = 36 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 = 80 𝑚𝐿 Assim, o volume da pipeta é igual a 20mL Gabarito: C 25. (FCMMG/2021) Dispondo-se as seguintes soluções aquosas, a 25ºC e 1 atm. I- 100,0mL de uma solução aquosa contendo 400,0mg de NaOH. II- 1,0L de uma solução aquosa contendo 0,01mol de HCl. Analisando as informações I e II, é CORRETO afirmar que: a) a mistura das soluções I e II apresentará pH = 7, ficando incolor com fenolftaleína. b) a mistura das soluções I e II formará um sal iônico sólido e um líquido covalente polar, unido por ligações de hidrogênio. c) a solução I contém 0,01mol de íons e a solução II contém 0,365g de cloreto de hidrogênio, ambas com interações íons-dipolos. d) a solução I é iônica e a solução II é molecular; ambas são boas condutoras de eletricidade e de pontos de ebulição acima dos da água. Comentários: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 78 A solução I apresenta 0,4 g de NaOH (40 g/mol), logo, tem-se um número de mols igual a: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 − − − − 40 𝑔 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 − − − − 0,4 𝑔 𝑥 = 0,01 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 Já a solução II, tem 0,01 mol de HCl, que reage com 0,01 mol de NaOH formando NaCl: 𝑁𝑎𝑂𝐻 + 𝐻𝐶𝑙 → 𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝐻2𝑂 Analisando alternativa por alternativa, tem-se: a) Certa. A reação é de neutralização onde não há nenhum reagente em excesso, logo, forma- se um sal neutro (pH = 7) e, consequentemente, a solução fica incolor em fenolftaleína. b) Errada. A água é um líquido molecular polar, em que seus átomos fazem ligações covalentes e as interações intermoleculares são do tipo pontes de hidrogênio. c) Errada. A solução I tem 0,01 mol de NaOH, formando 0,01 mol de Na+ e 0,01 mol de OH-, totalizando 0,02 mols de íons. Além dsso, a solução apresenta 0,01 mol de HCl (36,5 g), ou seja, 0,365 g de ácido clorídrico (o cloreto de hidrogênio é o HCl gasoso). d) Errada. Ambas soluções são iônicas, apesar do HCl ser molecular, quando esta na forma aquosa, dissocia formando íons, logo, é tida como iônica. Gabarito: A 26. (UNIFOR/2021) A Titulometria inclui um grupo de métodos analíticos baseados na determinação da quantidade de um reagente de concentração conhecida que é requerida para reagir completamente com o analito. A titulometria volumétrica é a medida de volume de uma solução de concentração conhecida necessária para reagir essencial e completamente com o analito. Sobre a técnica, os componentes e os procedimentos, assinale a alternativa correta. A) Titulante é a solução instável e de concentração desconhecida de um reagente que é adicionado sobre a solução da amostra que contém a espécie cuja concentração se deseja determinar. B) Titulado: Solução do analito. Solução da qual se deseja determinar a concentração de uma espécie química. Amostra. C) O arranjo típico para a realização de uma titulação consiste em um aparelho composto por uma bureta, um suporte de bureta com base de porcelana para fornecer um fundo apropriado para ver as alterações do indicador e um frasco erlenmeyer de boca larga contendo um volume precisamente conhecido da solução a ser titulada. A solução é normalmente transferida para o frasco usando uma pipeta. D) Antes do começo da titulação. A solução a ser titulada de um ácido é colocada em frasco e o indicador é adicionado ao sistema. E) Durante a titulação, o titulante é adicionado ao frasco com a agitação até que a cor do indicador se torne persistente. Comentários: Na titulação, o titulante é a substância cuja concentração é conhecida para descobrir a concentração da substância desconhecida (titulado). Analisando alternativa por alternativa, tem- se: a) Errada. A solução titulante deve ser estável, porque tem a concentração bem conhecida. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 79 b) Certa. O titulado é exatamente a substância cuja concentração deve ser determinada. c) Errada. Não há necessidade de uma bureta com base de porcelana, já que as alterações do indicador são vistas pela aparelhagemtransparente. d) Errada. Não necessariamente a soluçõa a ser tituladao é de um ácido. e) Errada. A agitação é feita até que a cor do indicador mude, não precisa ficar persistente. Gabarito: B 27. (FAMERP SP/2021) A mistura de 100 mL de uma solução de HCℓ, de concentração 2 × 10 – 2 mol/L, com 400 mL de uma solução de NaOH, de concentração 6,25 × 10 – 3 mol/L, gera uma solução de caráter a) ácido, com pH = 3. b) básico, com pH = 10. c) básico, com pH = 11. d) ácido, com pH = 2. e) neutro, com pH = 7. Comentários: 100 mL (ou 0,1 L) de uma solução HC 2 x 10-2 mol/L representa um número de mols de: 2 ⋅ 10−2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙 − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙 − − − − 0,1 𝐿 𝑥 = 2 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙 400 mL (ou 0,4 L) de uma solução NaOH 6,25 x 10-2 mol/L representa um número de mols de: 6,25 ⋅ 10−2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 − − − − 1 𝐿 𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 − − − − 0,4 𝐿 𝑦 = 2,5 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 A reação do ácido com a base é dada por: 𝐻𝐶𝑙 + 𝑁𝑎𝑂𝐻 → 𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝐻2𝑂 Então, 1 mol de HCreage com 1 mol de NaOH, logo, a quantidade de NaOH que reage é 2 x 10-3 mol, sobrando uma quantidade de NaOH igual a: 2,5 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 − 2 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 = 0,5 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 Porém, como o volume total é de 0,1 L + 0,4 L, tem-se uma concentração de: [𝑁𝑎𝑂𝐻]𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,5 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 0,5 𝐿 = 10−3 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Sendo assim, tem-se 10-3 mol/L de OH-, logo, um pOH de 3 e um pH de: 𝑝𝐻 = 14 − 𝑝𝑂𝐻 𝑝𝐻 = 14 − 3 = 11 Gabarito: : C 28. (FAMERP SP/2020) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 80 Um resíduo de 200 mL de solução de ácido sulfúrico (H2SO4), de concentração 0,1 mol/L, precisava ser neutralizado antes do descarte. Para tanto, foi utilizado bicarbonato de sódio (NaHCO3), conforme a equação a seguir: A massa de bicarbonato de sódio necessária para a neutralização completa do ácido sulfúrico contido nessa solução é igual a a) 1,68 g. b) 16,8 g. c) 8,4 g. d) 33,6 g. e) 3,36 g. Comentários: 200 mL (ou 0,2 L) representa um número de mols de ácido sulfúrico 0,1 mol/L de: 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 0,2 𝐿 𝑥 = 0,2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 Como 1 mol de ácido sulfúrico reage com 2 mols de NaHCO3 (84 g/mol), então, 0,2 mol do ácido produz uma massa de NaHCO3 é de: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 2 ⋅ 84 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 0,02 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 𝑥 = 3,36 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 Gabarito: E 29. (UNIFOR/2019) Em meio a uma experiência no laboratório de química, um aluno se deparou com um frasco de 100 mL, rotulado como “Hidróxido de Sódio (NaOH) 0,05M”, que precisava ser neutralizado, para pH igual a 7,0, e descartado posteriormente. Para atingir seu objetivo, o aluno deveria utilizar (A) 100mL de CH3COOH 0,05M (B) 50mL de H3PO4 0,05M. (C) 100 mL de H2SO4 0,025M. (D) 50mL de NH3 0,1M. (E) 100mL H2CO3 0,05M. Comentários: Para atingir um pH igual a 7 (pH neutro), esse hidróxido de sódio deve reagir completamente com a substância empregada e esta deve ser um ácido forte, uma vez que, reage com a base forte e produz um sal neutro. Sendo assim, tem-se que 100 mL (ou 0,1 L) de NaOH 0,05 mol/L tem um número de mols igual a: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 81 0,05 𝑚𝑜𝑙 − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 − − − − 0,1 𝐿 𝑥 = 5 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 Com isso, analisando alternativa por alternativa, tem-se: a) Errada. O ácido acético é um ácido fraco, logo, o pH final não vai ser 7, porque forma um sal básico. b) Errada. Apesar do ácido fosfórico ser um ácido forte, 3 mols de NaOH reagem com 1 mol de ácido fosfórico: 𝐻3𝑃𝑂4 + 3𝑁𝑎𝑂𝐻 → 𝑁𝑎3𝑃𝑂4 + 3𝐻2𝑂 Uma solução 50 mL (ou 0,05 L) de H3PO4 0,05 mol/L tem um número de mols de: 0,05 𝑚𝑜𝑙 − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 − − − − 0,05 𝐿 𝑥 = 2,5 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 No entanto, se 1 mol de H3PO4 reage com 3 mols de NaOH, o número de mols necessários do ácido é de: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 − − − − 3 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 − − − − 5 ⋅ 10 −3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑦 = 1,67 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3𝑃𝑂4 Esse valor é diferente do que é proposto na alternativa, logo, essa solução não serve para o procedimento. c) Certa. O ácido sulfúrico é um ácido forte e reage com o NaOH da seguinte maneira: 2𝑁𝑎𝑂𝐻 + 𝐻2𝑆𝑂4 → 𝑁𝑎2𝑆𝑂4 + 2𝐻2𝑂 Então, 2 mols de NaOH reagem com 1 mol do ácido. Uma solução 100 mL (ou 0,1 L) de H2SO4 0,025 mol/L tem um número de mols de: 0,025 𝑚𝑜𝑙 − − − − 1 𝐿 𝑥 𝑚𝑜𝑙 − − − − 0,1 𝐿 𝑥 = 2,5 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 No entanto, se 1 mol de H2SO4 reage com 2 mols de NaOH, o número de mols necessários do ácido é de: 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 − − − − 5 ⋅ 10 −3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑦 = 2,5 ⋅ 10−3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻2𝑆𝑂4 Sendo assim, esta solução atinge o objetivo do aluno para desenvolver o procedimento. d) Errada. A amônia não reage com o NaOH. e) Errada. O H2CO3 é um ácido fraco, logo, ao reagir com a base, forma um sal básico, o que é o objetivo. Gabarito: C 30. (URCA CE/2018.2) Em uma análise por titulação ácido-base foram gastos, em uma bureta, 20 mL solução de ácido clorídrico (HC) 0,1 M até que se atingisse o ponto de equivalência para 10 mL de uma ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 82 solução de NaOH de concentração desconhecida. Com base nos valores mencionados qual será a concentração molar da solução de NaOH analisada? a) 0,1 M b) 0,2 M c) 0,05 M d) 1,0 M e) 2,0 M Comentários: Equação da titulação: 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 1 · 0,1 𝑚𝑜𝑙 · 𝐿−1 · 20 𝑚𝐿 = 1 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 10 𝑚𝐿 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 = 0,2 𝑚𝑜𝑙 · 𝐿 −1 = 0,2 𝑀 Gabarito: B 31. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2016) Uma solução de ácido acético (CH3COOH; massa molar 60 g) encontra-se em titulação. Sabe-se que para a neutralização total de 150 mL dessa solução são necessários 100 mL de NaOH (1mol/L). Segue a equação da reação de neutralização. CH3COOH + NaOH → Na+ + CH3COO– + H2O A correta titulação para essa solução de ácido acético é a) 20 g/litro. b) 40 g/litro. c) 60 g/litro. d) 80 g/litro. e) 100 g/litro. Comentários: Sabe-se que o ácido acético apresenta Kácido igual a 1, porque apresenta 1 H+ ionizável por fórmula, enquanto a base apresenta Kbase igual a 1, porque apresenta 1 OH- dissociável por fórmula. 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 1 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 150𝑚𝐿 = 1 · 1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100𝑚𝐿 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,667 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Converte-se a concentração para g/L: 0,667 g/L · 60 g/mol = 40 g/L Gabarito: B ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 83 32. (ENEM/2015) O vinagre vem sendo usado desde a Antiguidade como conservante de alimentos, bem como agente de limpeza e condimento. Um dos principais componentes do vinagre é o ácido acético (massa molar 60 g/mol), cuja faixa de concentração deve se situar entre 4% a 6% (m/v). Em um teste de controle de qualidade foram analisadas cinco marcas de diferentes vinagres, e as concentrações de ácido acético, em mol/L, se encontram no quadro. RIZZON, L. A. Sistema de produção de vinagre. Disponível em: www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado). A amostra de vinagre que se encontra dentro do limite de concentração tolerado é a a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5. Comentários: Convertendo as concentrações 4% e 6% para mol/L, tem-se: 4% (m/v) de ácido acético 6% (m/v) de ácido acético 4% (m/v) = 4 g/100 mL = 40 g/1000 mL = 40 g/L 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂çã𝒐 = 𝟒𝟎 𝒈/𝑳 𝟔𝟎 𝒈/𝒎𝒐𝒍 = 𝟎, 𝟔𝟕 𝒎𝒐𝒍/𝑳6% (m/v) = 6 g/100 mL = 60 g/1000 mL = 60 g/L 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂çã𝒐 = 𝟔𝟎 𝒈/𝑳 𝟔𝟎 𝒈/𝒎𝒐𝒍 = 𝟏, 𝟎 𝒎𝒐𝒍/𝑳 A única solução que se encontra entre 0,67 mol/L e 1,0 mol/L é a solução 5. Gabarito: E 33. (IME RJ/2019) É requerido que fazendas produtoras de leite bovino controlem a acidez do leite que está aguardando o processamento. Essa acidez é resultante da conversão da lactose em ácido lático (ácido 2-hidroxipropanoico) por ação de microrganismos: C12H22O11 + H2O → 4 C3H6O3 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 84 Um fazendeiro decidiu fazer um experimento para determinar a taxa de geração de ácido lático no leite armazenado: retirou uma amostra de 50 cm3 de leite, cuja concentração de ácido lático é de 1,8 g/L, e, depois de três horas, utilizou 40 cm3 de uma solução 0,1 molar de NaOH para neutralizá-la. Conclui-se que a taxa média de produção de ácido lático por litro de leite é: a) 0,25 mg/L·s b) 0,33 mg/L·s c) 0,50 mg/L·s d) 0,67 mg/L·s e) 1,00 mg/L·s Comentários: Sabe-se que o ácido lático apresenta Kácido igual a 1, porque apresenta 1 H+ ionizável por fórmula, enquanto o hidróxido de sódio apresenta Kbase igual a 1, porque apresenta 1 OH- dissociável por fórmula. O ácido lático presente no leite apresenta concentração igual a 1,8 g/L, no momento, da retirada. Porém, durante a espera de seu processamento, a quantidade de ácido aumenta devido à ação de micro-organismos. Calcula-se a concentração do ácido presente no leite após o período de espera a partir da equação da titulação: 1 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 50 𝑐𝑚 3 = 1 · 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 40 𝑐𝑚3 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,08 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Converte-se a concentração 0,08 mol/L de ácido lático (massa molar igual a 90 g/mol) para mg/L: 0,08 mol/L · 90 g/mol = 7,2 g/L = 7200 mg/L A quantidade inicial de ácido lático, antes da espera, era de: 1,8 g/L = 1800 mg/L. Assim a quantidade formada de ácido lático durante as 3 horas é de: 7200 mg/L – 1800 mg/L = 5400 mg/L (em 3 horas) 5400 𝑚𝑔/𝐿 3 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 = 5400 𝑚𝑔/𝐿 180 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 = 5400 𝑚𝑔/𝐿 10800 𝑠 = 0,5 𝑚𝑔/𝐿/𝑠 Gabarito: C 34. (UCS RS/2017) A cisplatina, Pt(NH3)2C2, uma droga utilizada em quimioterapia, pode ser preparada por meio da reação de (NH4)2PtC4 com uma solução aquosa de amônia. Além da cisplatina, o outro produto dessa reação é o cloreto de amônio. Para que se possa obter 12,60 g de cisplatina, a partir dessa reação, o volume em mililitros de amônia 0,125 mol·L–1 é, em valores arredondados, de a) 327. b) 495. c) 544. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 85 d) 672. e) 753. Comentários: Massas molares dos elementos (g/mol): H = 1, N = 14, C = 35,5 e Pt = 195. Massas molares das substâncias (g/mol): Pt(NH3)2C2 = 300. A reação é representada por: (NH4)2PtC4 + 2 NH3 → Pt(NH3)2C2 + 2 NH4C Para se obter 12,60 g de cisplatina, calcula-se a quantidade em mol de NH3. 2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 − − − − 300 𝑔 𝑑𝑒 Pt(NH3)2Cl2 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 − − − − 12,60 𝑔 𝑑𝑒 Pt(NH3)2Cl2 x = 0,084 mol de NH3 Determina-se o volume da solução de amônia que apresente 0,084 mol: 0,125 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 − − − − 1 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 0,084 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 − − − − 𝑦 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 y = 0,672 L = 672 mL Gabarito: D 35. (PUC SP/2019) A análise gravimétrica é baseada em medidas de massa. A substância a ser testada pode ser misturada com um reagente para formação de um precipitado, o qual é pesado. É possível determinar a quantidade de cálcio presente na água, por exemplo, misturando a amostra com excesso de ácido etanodióico, seguida de uma solução de amônia. Os íons cálcio reagem com íons etanodioato formando, etanodioato de cálcio. O etanodioato de cálcio é convertido em óxido de cálcio, através de aquecimento, o qual é pesado. Uma amostra de 200 cm3 de água foi submetida ao tratamento descrito acima. A conversão de etanodioato de cálcio em óxido de cálcio foi feita em um cadinho que tinha uma massa de 28,520 g. Após a conversão, a massa obtida foi de 28,850 g. Qual a concentração, aproximada, de íons cálcio na amostra de água? a) 3·10–2 mol/L b) 6·10–3 mol/L c) 3·10–5 mol/L d) 0,33 mol/L Comentários: Ácido etanodioico: C C O OH O HO ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 86 As etapas descritas no texto são representadas abaixo: Ca2+ + C2H2O4 + 2NH3 → C2O4Ca + 2 NH4+ C2O4Ca → CaO + 2 CO2 Reação global: Ca2+ + C2H2O4 + 2 NH3 → CaO + 2 CO2 + 2NH4+ A massa final obtida 28,850 g corresponde a massa de óxido de cálcio mais a massa do cadinho (28,520 g), logo, a massa de óxido de cálcio é de 0,33 g. Sabendo que a massa de óxido de cálcio (massa molar igual a 56 g/mol) obtida é de 0,33g, determina-se o número de mols de cálcio presentes na solução, utilizando a proporção da reação global. 1 𝑚𝑜𝑙 𝐶𝑎2+ − − − − 56 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎2+ − − − − 0,33 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂 x = 0,00589 mol de Ca2+ A concentração, em mol/L, de Ca2+ contido em 200 cm3 (ou 0,2 L) é de: 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 0,00589 𝑚𝑜𝑙 0,2 𝐿 = 0,029 𝑚𝑜𝑙/𝐿 ≈ 0,03 𝑚𝑜𝑙/ Gabarito: A 36. (FMABC SP/2017) A lactose é o açúcar presente no leite. Formada por dois monossacarídeos, a galactose e a glicose, a lactose é representada pela fórmula molecular C12H22O11. Algumas bactérias presentes no leite são capazes de fermentar a lactose, produzindo exclusivamente o ácido láctico (C3H6O3), um ácido monoprótico. C12H22O11 + H2O → 4 C3H6O3 Uma amostra de 20 mL de leite de vaca apresenta, inicialmente, 1,00 g de lactose. O leite dessa amostra foi fermentado e o ácido láctico gerado foi titulado utilizando-se uma solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) 0,20 mol·L–1. Foram necessários 35 mL da solução alcalina para neutralizar completamente o ácido. Considerando que o único ácido presente na amostra é o ácido láctico proveniente da fermentação do leite, a porcentagem de lactose ainda presente no leite é de aproximadamente Dados: massa molar (g·mol–1): C12H22O11 = 342; C3H6O3 = 90; NaOH = 40. a) 20 %. b) 30 %. c) 40 %. d) 50 %. Comentários: Sabe-se que o hidróxido de sódio apresenta Kbase igual a 1, porque apresenta 1 OH- dissociável por fórmula. Inicialmente, determina-se o número de mols de ácido lático consumido no processo de titulação. (lembre-se: Mácido·Vácido= número de mols do ácido). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 87 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 1 · 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 1 · 0,20 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 0,035 𝐿 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,007 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑙á𝑡𝑖𝑐𝑜 Calcula-se a quantidade, em gramas, de lactose responsável pela formação de 0,007 mol de ácido lático: 342 𝑔 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑐𝑡𝑜𝑠𝑒 − − − − 4 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑙á𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑐𝑡𝑜𝑠𝑒 − − − − 0,007 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑙á𝑡𝑖𝑐𝑜 x = 0,5985 g de lactose (massa consumida na fermentação) Quantidade de lactose que ainda resta em porcentagem: 1,0 𝑔 − 0,5985𝑔 1 𝑔 · 100% = 40,15% Gabarito: C 37. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2016) Para determinar a pureza de uma amostra de ácido sulfúrico (H2SO4), uma analista dissolveu 14,0 g do ácido em água até obter 100 mL de solução. A analista separou 10,0 mL dessa solução e realizou a titulação, utilizando fenolftaleína como indicador. A neutralização dessa alíquota foi obtida após a adição de 40,0 mL de uma solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) de concentração 0,5 mol·L–1. O teor de pureza da amostra de ácido sulfúrico analisado é, aproximadamente, a) 18,0 %. b) 50,0 %. c) 70,0 % d) 90,0 %. Comentários: Sabe-se que o hidróxido de sódio apresenta Kbase igual a 1, porque apresenta1 OH- dissociável por fórmula e Mácido·Vácido= número de mols do ácido). Para determinar o grau de pureza, deve-se calcular a quantidade efetiva de ácido sulfúrico presente em 14,0 g da amostra. Inicialmente, determina-se a quantidade, em mol, de ácido consumido no processo de titulação: 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 2 · 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 1 · 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 0,040 𝐿 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,010 𝑚𝑜𝑙 O 0,010 mol de H2SO4 estavam presentes em uma alíquota de 10,0 mL. Dessa forma, a amostra total de 100 mL apresenta 0,10 mol de H2SO4. Convertendo o número de mols de ácido sulfúrico em massa e comparando com a massa total, determina-se a pureza da amostra: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 88 0,10 mol · 98 g/mol = 9,8 g de H2SO4 14,0 𝑔 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 − − − − 100 % 9,8 𝑔 − − − − 𝑥 % x = 70% Gabarito: C 38. (ACAFE SC/2016) Considere os trechos retirados do artigo: Química e Armas Não Letais: Gás Lacrimogêneo em Foco da revista Química Nova na Escola, volume 71, número 2. maio de 2015, p. 88-92. *Hazardous Substances Data Bank (HSDB), http://toxnet.nlm.ni.gov/cgi-bin/sis/search/r?dbs+hsdb:@ter m+@rn+@rel+2698-41-1 Quadro 01: Representação estrutural e propriedades dos lacrimogêneos. Considere os pontos de fusão e ebulição medidos sob 1atm. “[…] Pessoas afetadas com CN devem procurar ar fresco, com o rosto voltado para o vento, e não esfregar os olhos. Caso a contaminação tenha sido intensa, deve-se remover a roupa e imediatamente banhar o corpo com grande quantidade de água fria. Pode-se optar por uma solução de 5% (m/v) de bicarbonato de sódio em água para remover os cristais do agente lacrimogêneo […]”. Reação de neutralização de cloroacetofenona (CN) com bicarbonato de sódio. Assinale a alternativa que contém o volume de solução aquosa de bicarbonato de sódio 5% (m/v) necessário para reagir com 77,25 g de cloroacetofenona. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 89 Dados: massas molares do cloroacetofenona (CN) e bicarbonato de sódio respectivamente: 154,5 g/mol e 84 g/mol. a) 8,4L b) 4,2L c) 7,72L d) 0,84L Comentários: A partir da proporção de reação entre os reagentes, determina-se a massa em gramas de bicarbonato de sódio necessária para consumir 77,25 g de cloroacetofenona. 154,5 𝑔 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑜𝑟𝑜𝑎𝑐𝑒𝑡𝑜𝑓𝑒𝑛𝑜𝑛𝑎 − − − − 84 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 77,25 𝑔 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑜𝑟𝑜𝑎𝑐𝑒𝑡𝑜𝑓𝑒𝑛𝑜𝑛𝑎 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 x = 42 g de bicarbonato de sódio A solução de bicarbonato de sódio é comercializada na concentração de 5% (m/v), ou seja, 5g/100 mL. 5 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 − − − − 100 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 42 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 − − − − 𝑦 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 y = 840 mL = 0,84 L Gabarito: D 9. Considerações Finais das Aulas Pronto! Aprendizado sobre soluções: download concluído! Agora é respirar fundo e ter ciência de que completou uma das partes que mais fará diferença em sua aprovação. É importante que realize questões desse tema de forma espaçada e de tempos em tempos para que ocorra um aprendizado concreto e eficaz. 10. Referências Figura 12 – Diario de Biologia. Disponível em https://diariodebiologia.com/2010/11/agua-oxigenada-h2o2-espuma-em-contato-feridas/. Acesso em 30 de abril de 2019. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES – PARTE II AULA 16 –SOLUÇÕES – PARTE II 90 Figura 13 – Deleece Cook/Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/znXmpb53QJU. Acesso em 02 de maior de 2019. Figura 14 – RyanMcGuire/Pixabay. Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/homem-estresse-masculino-rosto-742766/. Acesso em 06 de maio de 2019. Figura 15 – Wikipedia. Disponível em https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_aspirin#/media/File:Bayer_Aspirin_ad,_NYT,_February_ 19,_1917.jpg . Acesso em 09 de maio de 2019. Bibliografia Isotônico ou Água de Coco: Isso ou Aquilo? Disponível em: http://www.cookie.com.br/isotonico-ou-agua-de-coco-isso-ou-aquilo/. Acesso em 25 de abril de 2019. Joe Schwarcz. Barbies, bambolês e bolas de bilhar. Editora Jorge Zahar LTDA. Sirvam o borbulhante. Página 87 @professorprazeres Folha de versão 30/01/2023 http://www.cookie.com.br/isotonico-ou-agua-de-coco-isso-ou-aquilo/ Introdução 1. Diluição. 2. Mistura de Soluções Que Não Reagem. Mistura de soluções que apresentam solutos diferentes e não reagem entre si. Mistura de soluções que apresentam solutos em comum. 3. Mistura de Soluções Que Reagem. Titulação 4. Questões Fundamentais Diluição Mistura de soluções que não reagem entre si Titulação 5. Já Caiu nos Principais Vestibulares Diluição Mistura de soluções que não reagem Mistura de soluções que reagem 6. Gabarito Sem Comentários 7. Resoluções Das Questões Fundamentais Diluição Mistura de soluções que não reagem entre si Titulação 8. Questões Resolvidas E Comentadas 9. Considerações Finais das Aulas 10. Referências