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INTRODUÇÃO A MEDICINA VETERINÁRIA E DEONTOLOGIA VETERINÁRIA Aula 1 1. LEI Nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968 • Dispõe sobre o exercício da profissão de médico-veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária. • Quem pode exercer a profissão: Art. 2º Só é permitido o exercício da profissão de médico-veterinário: a) aos portadores de diplomas expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas e registradas na Diretoria do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura; b) aos profissionais diplomados no estrangeiro que tenham revalidado e registrado seu diploma no Brasil, na forma da legislação em vigor. Art. 3º O exercício das atividades profissionais só será permitido aos portadores de carteira profissional expedida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária ou pelos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária criados na presente lei. Art. 4º Os dispositivos dos artigos anteriores não se aplicam: a) aos profissionais estrangeiros contratados em caráter provisório pela União, pelos Estados, pelos Municípios ou pelos Territórios, para função específica de competência privativa ou atribuição de médico- veterinário; b) às pessoas que já exerciam função ou atividade pública de competência privativa de médico veterinário na data da publicação do Decreto-lei nº 23.133, de 9/9/1933. • Do Exercício Profissional Art. 5º É da competência privativa do médico veterinário o exercício das seguintes atividades e funções a cargo da União, dos Estados, dos Municípios, dos Territórios Federais, entidades autárquicas, paraestatais e de economia mista e particulares: a) a prática da clínica em todas as suas modalidades; b) a direção dos hospitais para animais; c) a assistência técnica e sanitária aos animais sob qualquer forma; d) o planejamento e a execução da defesa sanitária animal; e) a direção técnica sanitária dos estabelecimentos industriais e, sempre que possível, dos comerciais ou de finalidades recreativas, desportivas ou de proteção onde estejam, permanentemente, em exposição, em serviço ou para qualquer outro fim animais ou produtos de sua origem; f) a inspeção e a fiscalização sob o ponto-de-vista sanitário, higiênico e tecnológico dos matadouros, frigoríficos, fábricas de conservas de carne e de pescado, fábricas de banha e gorduras em que se empregam produtos de origem animal, usinas e fábricas de lacticínios, entrepostos de carne, leite peixe, ovos, mel, cêra e demais derivados da indústria pecuária e, de um modo geral, quando possível, de todos os produtos de origem animal nos locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização; g) a peritagem sobre animais, identificação, defeitos, vícios, doenças, acidentes, e exames técnicos em questões judiciais; h) as perícias, os exames e as pesquisas reveladores de fraudes ou operação dolosa nos animais inscritos nas competições desportivas ou nas exposições pecuárias; i) o ensino, a direção, o contrôle e a orientação dos serviços de inseminação artificial; j) a regência de cadeiras ou disciplinas especificamente médico-veterinárias, bem como a direção das respectivas seções e laboratórios; l) a direção e a fiscalização do ensino da medicina-veterinária, bem, como do ensino agrícolamédio, nos estabelecimentos em que a natureza dos trabalhos tenha por objetivo exclusivo a indústria animal; m) a organização dos congressos, comissões, seminários e outros tipos de reuniões destinados ao estudo da Medicina Veterinária, bem como a assessoria técnica do Ministério das Relações Exteriores, no país e no estrangeiro, no que diz com os problemas relativos à produção e à indústria animal. Art. 6º Constitui, ainda, competência do médico-veterinário o exercício de atividades ou funções públicas e particulares, relacionadas com: a) as pesquisas, o planejamento, a direção técnica, o fomento, a orientação e a execução dos trabalhos de qualquer natureza relativos à produção animal e às indústrias derivadas, inclusive as de caça e pesca; b) o estudo e a aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças de animais transmissíveis ao homem; c) a avaliação e peritagem relativas aos animais para fins administrativos de crédito e de seguro; d) a padronização e a classificação dos produtos de origem animal; e) a responsabilidade pelas fórmulas e preparação de rações para animais e a sua fiscalização; f) a participação nos exames dos animais para efeito de inscrição nas Sociedades de Registros Genealógicos; g) os exames periciais tecnológicos e sanitários dos subprodutos da indústria animal; h) as pesquisas e trabalhos ligados à biologia geral, à zoologia, à zootecnia bem como à bromatologia animal em especial; i) a defesa da fauna, especialmente o controle da exploração das espécies animais silvestres, bem como dos seus produtos; j) os estudos e a organização de trabalhos sobre economia e estatística ligados à profissão; l) a organização da educação rural relativa à pecuária. (...) RESUMINDO: Apresenta quem pode exercer a profissão de médico veterinário. Em quais áreas o médico veterinário pode atuar.Como são constituídos e as funções dos conselhos federal e regional de medicina veterinária, assim como as taxas e anuidades obrigatórias. As formas de aplicar as penalidades aos médicos veterinário. Aula 2 DECRETO Nº 64.704, DE 17 DE JUNHO DE 1969 Aula 3 DEONTOLOGIA VETERINÁRIA RESOLUÇÃO Nº 1.138/17, CFMV 1. O QUE É ÉTICA? • Diferenciação entre moral e ética: • Ética enquanto teoria dos costumes/ciência dos costumes. A ética procura extrair dos fatos morais os princípios gerais aplicáveis. Ética são os conhecimentos obtidos da investigação do comportamento humano em relação às regras morais, explicadas de forma racional, fundamentada, científica e teórica, ou seja, ética é uma reflexão sobre a MORAL. o Deontologia Jurídica: é o complexo de regras e princípios que disciplinam particulares comportamentos do profissional jurídico. o Ex. do juiz, precisa ser imparcial (agir com neutralidade – deve ser estranho ao conflito), transparente (comportar de maneira prudente), deve ter integridade – chamado do princípio de Bangalore (o comportamento do juiz deve reafirmar a fé das pessoas na integridade do judiciário – a conduta fora contribui para a confiança do cidadão na magistratura – o juiz deve recursar benefícios ou vantagens). O juiz deve ser cortes, respeito e linguagem adequada e compreensível. o MEDICINA VETERINÁRIA: ético está escrito na legislação. • Moral não é ciência mas o objeto da ciência. Moral está na cultura, por exemplo, povos indígenas, tem coisas que consideramos imorais e antiéticos que fazem, mas é moral do povo. • O médico veterinário tem como responsabilidade estudar e observar sua conduta. 2. INTRODUÇÃO • Valorizamos muito mais os aspectos zootécnicos, cirúrgicos, diagnósticos e clínicos do que reflexões filosóficas ou éticas de nosso trabalho... • OBJETIFICAÇÃO DOS ANIMAIS: Porém, O que fazemos frente a outras formas de vida com que compartilhamos a existência neste planeta? • Condições que fazem possível a vida, reconhecendo a biodiversidade não só em termos ecológicos e ambientais, mas pela trama dos elementos que a constituem; • "humanizar o animal, nem a animalizar o humano", mas sim a propor uma relação harmônica, coerente e madura com as demais espécies. • Maldonado, N.A.C. Reflexões em torno de uma ética animal. Disponível em: http://www.homeopatiaveterinaria.com.br/Reflexoes_em_torno_de_uma_etica-animal.htm 3. RESOLUÇÃO Nº 1138, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2016 “Aprova o Código de Ética do Médico Veterinário. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV -, no uso das atribuições lhe conferidas pelas alíneas ‘f’ e ‘j’, art. 16, da Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968; considerando que a Medicina Veterinária,conceituada como atividade imprescindível ao progresso socioeconômico, à proteção da saúde humana e animal, ao meio ambiente e ao bem-estar da sociedade e dos animais requer dos que a exercem a formação, o conhecimento e o aprimoramento profissional; considerando que os médicos veterinários, voluntariamente, por convicção e inspiração cívica, tendo em vista o prestígio da classe e o progresso nacional, resolveram se submeter a instrumento normativo capaz de mantê-los em uniformidade de comportamento social, baseado em conduta profissional exemplar; considerando que o médico veterinário deve manter uma conduta profissional e pessoal idôneas; RESOLVE: Art. 1º Aprovar o Código de Ética do Médico Veterinário, conforme Anexo Único desta Resolução. Art. 2º Esta Resolução entrará em vigor em 9/9/2017.” 4. JURAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO Juro que, no exercício da Medicina Veterinária, cumprirei os dispositivos legais e normativos, respeitando o Código de Ética profissional, buscando harmonia entre ciência e arte, aplicando meus conhecimentos para o desenvolvimento científico e tecnológico em benefício da saúde única (O termo trata da integração entre a saúde humana, a saúde animal, o ambiente e a adoção de políticas públicas efetivas para prevenção e controle de enfermidades trabalhando nos níveis local, regional, nacional e global) e bem-estar dos animais, promovendo o desenvolvimento sustentável. Assim eu juro! 5. PREÂMBULO Para o exercício da Medicina Veterinária com, INTEGRIDADE, RESPEITO, dignidade e consciência, o médico veterinário deve observar as normas de ética profissional previstas neste código, na legislação vigente, e pautar seus atos por princípios morais de modo a se fazer respeitar, preservando o prestígio e as nobres tradições da profissão. 6. COMPOSIÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA: 14 capítulos e 37 artigos • Capítulo I –Dos princípios fundamentais: o Exercer a profissão com zelo; o Denunciar agressões aos animais e ao meio ambiente; o Melhorar bem-estar, saúde animal e humana, ambiental e os padrões dos serviços médicos veterinários; o Evitar sofrimento e dor preservando o bem-estar; o Defender a dignidade profissional (condições de trabalho); • CAPÍTULO II –DOS DEVERES: ART. 6º o Aprimorar constantemente seu conhecimento; o Evitar mercantilismo; o Valorizar o respeito mútuo entre os membros da classe; o Exercer atividades que estejam no âmbito do seu conhecimento profissional; o Notificar enfermidades obrigatórias; o Denunciar práticas com animais sem a observância dos princípios éticos e procedimentos adequados (pesquisa, ensino, testes); o Não utilizar dados estatísticos falsos; o Realizar eutanásia em casos justificáveis; o Comunicar o CRMV de forma fundamentada fatos de infração ao código de ética o Comunicar falhas das instituições aonde trabalhe. Aula 4 • CAPÍTULO II –DOS DIREITOS: ART. 7º o Exercer a profissão sem ser discriminado; o Receber desagravo público o Prescrever tratamento que jugar mais adequado e usar recursos humanos e materiais que julgar necessário o Escolher livremente seus clientes, exceto: Quando não houver outro veterinário na região; Quando outro colega solicitar colaboração; Nos casos de emergência ou de perigo imediato. o No caso de haver cumprido fielmente suas obrigações com pontualidade e dedicação e não houver recebido do cliente um tratamento correspondente ao seu desempenho, o médico veterinário poderá retirar sua assistência voluntariamente ou negar ao atendimento • CAPÍTULO IV – DO COMPORTAMENTO: ART. 8º É vedado (proibido) ao veterinário: o Prescrever medicamento sem registro, salvo manipulados o Afastar-se da atividade quando não há outro veterinário para substituí-lo o Receitar de forma ilegível o Fornecer a leigo ensinamentos, métodos ou meios, instrumentos ou técnicas privativas de sua competência profissional o Divulgar informações sobre assuntos profissionais de forma sensacionalista, promocional, de conteúdo inverídico, ou sem comprovação científica; o Deixar de elaborar prontuário e relatório de atendimento o Deixar de fornecer e explicar ao cliente laudos e resultados de exames quando solicitados o Anunciar-se especialista sem que tenha o título registrado o Receitar sem exame clínico o Alterar prescrição determinado por outro veterinário, caso necessário avisar o veterinário do paciente o Deixar de retornar o paciente ao veterinário após a consulta especializada o Atender clínica ou cirurgicamente em ambiente que não segue a legislação vigente o Praticar ou permitir que pratiquem atos de crueldade para com os animais (produção, pesquisa, esportivas, culturais, artísticas) o Prescrever ou administrar drogas que tenham o objetivo de aumentar ou diminuir a capacidade física dos animais o Desviar para a clínica particular cliente atendido em função assistencial o Permitir a interferência de pessoas leigas em seu julgamento profissional o Indicar estabelecimento para compra ou manipulação do medicamento prescrito • CAPÍTULO IV – DA RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL: ART. 9º Art. 9º Será responsabilizado pelos atos civil e penalmente: o Praticar atos que caracterizem imperícia (Falta de experiência para realizar uma atividade), imprudência (Ato feito sem precaução, ação não pensada) e negligência (Ato descuidado, sem zelo, desleixado). o Atribuir seus erros a terceiros. o Deixar de esclarecer ao paciente as implicações socioeconômicas, ambientais e de saúde pública, provenientes das enfermidades de seus pacientes. • CAPÍTULO VI – DA RELAÇÃO COM OUTROS VETERINÁRIOS: ART. 10 É vedado ao veterinário: o A conivência com o erro em razão de consideração, solidariedade, etc o Negar sem justificativa sua colaboração profissional a colega que dela necessite o Atrair para si cliente de outro colega o Fazer comentário desabonador da conduta de colega o Deixar de atender com cortesia colega que necessite de orientação na sua área de competência. • CAPÍTULO VII – DO SIGILO PROFISSIONAL: ART. 11 O veterinário não poderá: o Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes e fotografias em entrevistas ou publicações de qualquer natureza, impresso ou virtual, sem a autorização do cliente. • CAPÍTULO VIII – DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS: o Art. 12: Os honorários devem ser fixados e atender os seguintes requisitos: O tempo, o trabalho, a complexidade do ato, o local de prestação de serviços, a qualificação e renome profissional, a condição socioeconômica do cliente o Art. 13: O serviço veterinário não pode ser oferecido como prêmio o Art. 14: é vedado veicular em meios de comunicação em massa os preços e formas de pagamento de seus serviços o Art. 15: é vedado divulgar seus serviços como gratuitos • CAPÍTULO IX – DA RELAÇÃO COM O CONSUMIDOR: ART. 17 O veterinário deve: o Conhecer as normas que regulamentam a sua atividade o Agir sem se beneficiar da fraqueza, ignorância, saúde, idade ou condição social do consumidor para impor-lhe produto ou diferenciar a qualidade do serviço • CAPÍTULO X – DAS RELAÇÕES COM O ANIMAL E O MEIO AMBIENTE: ART. 18 O veterinário deve o Conhecer a legislação de proteção aos animais, da preservação de recursos naturais e do desenvolvimento sustentável, da biodiversidade e da melhoria da qualidade de vida o Respeitar as necessidades fisiológicas e etológicas dos animais o Evitar agressão ao meio ambiente o Usar animais em experimentos somente em casos justificáveis • CAPÍTULO XIII – DA PUBLICIDADE DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS o Não publicar nome em trabalho do qual não tenha participado o As placas indicativas de estabelecimentos devem conter apenas: nome do profissional, profissão, número do CRMV, título de formação acadêmica mais relevante, endereço, telefone, horário de atendimento e serviços oferecidos • CAPÍTULO XIV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADESo São considerados agravantes: reincidência, obstrução ao processo, falso testemunho e aproveitar-se da fragilidade do cliente. o É reincidente todo o profissional que após o julgamento cometer nova infração ética no período de 5 anos. o As infrações: ▪ Levíssimas resultam em advertência confidencial ▪ Leves – censura confidencial ▪ Sérias – censura pública ▪ Graves – suspensão do exercício profissional por até 90 dias ▪ Gravíssimas – cassação do exercício profissional. Aula 5 RESPONSABILIDADE TÉCNICA 1. Responsável Técnico: • é o cidadão habilitado, na forma da lei que regulamenta sua profissão, ao qual é conferida atribuição para exercer a responsabilidade técnica de um empreendimento. Adequação dos serviços da empresa às normas e leis pertinentes 2. Resolução Nº 683/ /2001 • Institui a regulamentação para concessão da “Anotação de Responsabilidade Técnica” no âmbito de serviços inerentes à Profissão de Médico Veterinário. • Art. 1º Toda a prestação de serviço: estudo, projeto, pesquisa, orientação, direção, assessoria, consultoria, perícia, experimentação, levantamento de dados, parecer, relatório, laudo técnico, inventário, planejamento, avaliação, arbitramentos, planos de gestão, demais atividades elencadas nos arts. 5º e 6º da Lei nº 5.517/68 e no art.3º da Lei nº 5.550/68. 3. Lei 5.550/68 – Dispõe sobre o exercício profissional do zootecnista • Art. 2º Só é permitido o exercício da profissão de zootecnista: a) ao portador de diploma expedido por escola de zootecnista oficial ; b) ao profissional diplomado no estrangeiro, que haja revalidado e registrado seu diploma no Brasil; c) ao agrônomo e ao veterinário diplomados na forma da lei. 4. Lei 5.550/68 Art. 3º - atividades privativas • A) planejar, dirigir e realizar pesquisas que visem a informar e a orientar a criação dos animais domésticos, em todos os seus ramos e aspectos; b) promover e aplicar medidas de fomento à produção dos mesmos, instituindo ou adotando os processos e regimes, genéticos e alimentares, que se revelarem mais indicados ao aprimoramento das diversas espécies e raças, inclusive com o condicionamento de sua melhor adaptação ao meio ambiente, com vistas aos objetivos de sua criação e ao destino dos seus produtos; • A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelas atividades e serviços descritos no “caput” deste artigo. 5. RESOLUÇÃO CRMV-PR n° 12/2014 5.1. MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO – CRMV- PR, 4ª ed. – • Atualiza as Normas de orientação técnico-profissional destinadas ao médico veterinário e ao zootecnista que desempenham a função de RT; • Art. 1º Aprovar as normas de orientação técnico-profissional destinadas ao médico veterinário e ao zootecnista que desempenham a função de Responsável Técnico em empresas, associações, companhias, cooperativas, entidades públicas, empresas de economia mista e outras que exercem atividades peculiares à medicina veterinária e à zootecnia, constantes no Anexo desta Resolução. • Art. 1º O presente regulamento tem por finalidade estabelecer procedimentos para o exercício das atividades de responsabilidade técnica do médico veterinário e do zootecnista em empresas; • Art. 2º Os procedimentos estabelecidos por este regulamento têm o objetivo de orientar os Responsáveis Técnicos para o exercício adequado e capaz de suas atividades visando à maior qualidade e melhor oferta de serviços e produtos produzidos nos estabelecimentos • Necessário observar para realizar a sua ART: Art. 4º A função de Responsável Técnico (RT): deverá fazer prova ao CRMV-PR de que participou de Seminário Básico de Responsabilidade Técnica. o Em Curitiba: 10/12/2020; somente para alunos no último ano da graduação ou profissionais graduados. • Art. 5º O desempenho da atividade de Responsável Técnico será exercido com carga horária mínima específica por atividade, conforme disposto na presente resolução, respeitando-se o limite máximo de 56 (cinquenta e seis) horas semanais, salvo para os profissionais empregados, que terão sua jornada regulamentada conforme a legislação específica, convencionais ou contratuais. Cabe ao profissional determinar a distribuição da sua carga horária durante a semana conforme a necessidade da empresa. 6. RESOLUÇÃO Nº 582/1991 • Art. 7º Homologação da ART: O contrato firmado entre o médico veterinário e/ou zootecnista e a empresa deverá ser apresentado ao CRMV para ser analisado o prisma ético-profissional; - RESOLUÇÃO CRMV-PR n° 12, de 09 de Setembro 2014: O CRMV-PR, ao homologar a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), considerará as funções assumidas pelo profissional, a compatibilidade de horário, a situação geográfica dos estabelecimentos no qual exerce a função de Responsável Técnico e seu domicílio, bem como vínculos empregatícios; 7. RESOLUÇÃO CRMV-PR n° 12/2014 • Distância da empresa e o seu domicílio: - até a distância de 60 (sessenta) quilômetros - até a distância de 300 (trezentos) quilômetros, nos casos de entrepostos e/ou filiais de organizações e empresas pertencentes à mesma pessoa jurídica, e desde que o profissional tenha vínculo empregatício, disponibilidade e condições de trabalho e deslocamento; - para os estabelecimentos avícolas, há regulamentação própria (Resolução CRMV-PR nº 10/2013). • Art. 9º O desempenho da Responsabilidade Técnica é incompatível com a atividade de fiscalização exercida por servidor público, exceto nos casos em que não haja conflito entre ambas as atribuições. • Art. 10 O Responsável Técnico deve manter afixada no estabelecimento onde atua e em local público e visível aos consumidores sua ART; • Art. 11. O profissional deve assegurar-se de que o estabelecimento com o qual assumirá a Responsabilidade Técnica encontra-se legalmente habilitado e registrado junto ao CRMV-PR. • Art. 13. É vedada a prestação de serviços gratuitos. A fim de balizar a remuneração, sugere-se observar a Tabela de Remuneração do Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná (SINDIVET- PR) (Anexo 3) • Art. 14. Conduta do RT obedece às normas técnicas específicas conforme o Anexo 1 deste regulamento e: I – executando suas atividades em consonância com as normas legais pertinentes IV – emitir Termo de Constatação e Recomendação (Anexo 4) sempre que comprovar problemas técnicos ou operacionais que necessitem de ações corretivas, ou para formalizar as sugestões de melhorias recomendadas ao responsável legal; V – emitir o Laudo Informativo (Anexo 5) quando o proprietário ou o responsável pela empresa negar-se a executar as recomendações prescritas, ou colocar obstáculos para o desempenho da sua função; VI – inteirar-se da legislação ambiental, orientando a adoção de medidas preventivas e reparadoras a possíveis danos ao meio ambiente; VIII – o Responsável Técnico poderá consultar profissional especialista para emissão de laudos ou realização de serviços para os quais haja impedimento pessoal, técnico ou legal, sendo que isso não o inabilita para a Responsabilidade Técnica. Em resumo: RT: – atua em empresas que manipulam P.O.A. - Segue regulamentação específica de cada área (próxima aula) - Pode atuar em mais de uma empresa, salvo carga horária máxima - Tem normas para seus honorário (SINDIVET) - Deve estar atualizado quanto a legislação pertinente a cada área de atuação - Será notificado para corrigir erros e responsabilizado judicialmente por irregularidades relacionadas com as suas atividades na empresa Aula 6 DEONTOLOGIA VETERINÁRIA – ESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS VETERINÁRIOS 1. RESOLUÇÃO Nº 1275/2019 • O funcionamento de estabelecimentos médico-veterinários, as instalações e os equipamentos necessários aos atendimentos o Ambulatório veterinário o Consultório médico veterinário o Clínicas veterinárias o Hospitaisveterinários o Da Unidade de Transporte e Remoção Médico-Veterinária e Ambulância 2. AMBULATÓRIOS VETERINÁRIOS • Procedimentos ambulatoriais: intervenções de baixa complexidade, que não necessitam de anestesia geral, podendo ser realizados sob contenção ou sedação. • Instalação na dependência de um estabelecimento (comercial, industrial, de recreação, de ensino, de pesquisa) • Atendimento exclusivo de animais da propriedade • Permitido: exame clínico, realização de procedimentos ambulatoriais e vacinação; sedativos e tranquilizantes, combinados ou não com anestésicos locais, para contenção e realização de procedimentos ambulatoriais • Proibido: anestesia geral e/ou de procedimentos cirúrgicos e a internação • Instalação deve conter: I - arquivo médico físico e/ou informatizado; II - sala de atendimento com unidade de refrigeração exclusiva de vacinas, antígenos, medicamentos de uso veterinário e outros materiais biológicos; III - mesa impermeável para atendimento; IV - pia de higienização; V - armário próprio para equipamentos e medicamentos; VI - balança para pesagem dos animais. 3. CONSULTÓRIO MÉDICO VETERINÁRIO • Consultório: destinados a consulta clínica, procedimentos ambulatoriais e de vacinações de animais. o É vedada a realização de anestesia geral, procedimentos cirúrgicos e a internação. • Os consultórios de propriedade de médico-veterinário, quando caracterizados como pessoa física, não estão sujeitos ao pagamento de taxa de inscrição e anuidade, mas obrigados ao registro no CRMV 3.1. CONSULTÓRIO VETERINÁRIO DEVE CONTER: I - ambiente de recepção e espera; II - arquivo médico físico e/ou informatizado; III - recinto sanitário para uso do público Do condomínio ou Centro Comercial IV - balança para pesagem dos animais; V - sala de atendimento contendo: a) mesa impermeável para atendimento; b) pia de higienização; c) unidade de refrigeração exclusiva de vacinas, antígenos, medicamentos e outros materiais biológicos; d) armário próprio para equipamentos e medicamento 4. CLÍNICAS VETERINÁRIAS • Destinadas ao atendimento de animais para consultas e tratamentos clínico-cirúrgicos, podendo ou não ter cirurgia e internações • O serviço do setor cirúrgico e de internação pode ou não estar disponível durante 24 horas, devendo a informação estar expressa na publicidade 4.1. CLÍNICA VETERINÁRIA DEVE CONTER: VI - setor de sustentação contendo: a) lavanderia, que pode ser suprimida quando o estabelecimento terceirizar este serviço, o que deve ser comprovado por meio de contrato/convênio com empresa prestadora do serviço; b) depósito de material de limpeza ou almoxarifado; c) ambiente para descanso e alimentação do médico-veterinário e dos funcionários, caso o estabelecimento opte por internação ou atendimento 24 horas; d) sanitários/vestiários compatíveis com o número dos usuários; e) local de estocagem de medicamentos e materiais de consumo; f) unidade refrigerada exclusiva para conservação de animais mortos e resíduos biológicos, quando o estabelecimento optar por internação ou atendimento 24 horas. VII – Se optar pelo atendimento cirúrgico, deverá dispor de: a) ambiente para preparo do paciente contendo mesa impermeável; b) ambiente de recuperação do paciente contendo: 1. provisão de oxigênio; 2. sistema de aquecimento para o paciente. c) ambiente de antissepsia e paramentação imediatamente adjacente à sala de cirurgia, com pia e dispositivo dispensador de detergente e torneiras acionáveis por foto sensor, ou através do cotovelo, joelho ou pé; d) sala de lavagem e esterilização de materiais contendo equipamentos para lavagem, secagem e esterilização de materiais por autoclavagem, com as devidas barreiras físicas; e) sala de cirurgia contendo: 1. mesa cirúrgica impermeável; 2. equipamentos para anestesia; 3. sistema de iluminação emergencial própria; 4. foco cirúrgico; 5. instrumental para cirurgia em qualidade e quantidade adequadas à rotina; 6. mesa auxiliar; 7. paredes e pisos de fácil higienização, observada a legislação sanitária pertinente;* 8. provisão de oxigênio; 9. sistema de aquecimento para o paciente; 10. equipamentos para intubação e suporte ventilatório; 11. equipamentos de monitoração que forneçam, no mínimo, os seguintes parâmetros: temperatura, oximetria, pressão arterial e frequência cardíaca; VIII – Se optar por serviço de internação, a sala deverá dispor de: a) mesa impermeável; b) pia de higienização; c) ambiente para higienização do paciente com disponibilização de água corrente; d) baias, boxes ou outras acomodações individuais compatíveis com os pacientes a serem internados e de fácil higienização, obedecidas as normas sanitárias vigentes; e) armário para guarda de medicamentos e materiais descartáveis necessários ao seu funcionamento; f) sistema de aquecimento para o paciente. • Internação de pacientes com doenças infectocontagiosas, será obrigado a dispor de sala exclusiva para isolamento. 5. HOSPITAL VETERINÁRIO • Estabelecimento destinado ao atendimento de animais para consultas, internação e tratamentos clínico-ambulatorial, exames diagnósticos, cirurgias e internações • Atendimento ao público em período integral (24 horas), com a presença permanente e sob a responsabilidade técnica de médico veterinário. 5.1. HOSPITAL VETERINÁRIO DEVE CONTER: I - setor de atendimento II - setor de diagnóstico III - setor cirúrgico IV - setor de internação V - setor de sustentação VI - setor de diagnóstico: a) sala e serviço de radiologia veterinária de acordo com a legislação vigente, sob a responsabilidade técnica de médico-veterinário; b) equipamentos e serviços de ultrassonografia veterinária; c) equipamentos e serviços de eletrocardiografia veterinária; d) equipamentos laboratoriais básicos para atendimentos de emergência que compreendam, no mínimo, centrífuga de micro-hematócrito, refratômetro, glicosímetro, lactímetro, microscópio e fitas de urinálise. 6. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS • Hospitais Veterinários, Clínicas Veterinárias e Consultórios Veterinários podem comercializar produtos para uso animal, bem como prestar serviços de estética para animais, sem necessidade de acesso independente. • Cumprir as seguintes normas de boas práticas: I. o armazenamento de vacinas em uma geladeira medicamentos, antígenos em uma segunda geladeira e amostras biológicas em uma terceira geladeira contendo termômetro de máxima e mínima, com registro diário de temperatura; II - o armazenamento de alimentos deverá ser feito em geladeiras ou unidades de refrigeração de uso exclusivo de alimentos de animais e de humanos em separado; III - dispor do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde - PGRSS; IV - os fluxos de área limpa e suja, crítica e não crítica, devem ser respeitados; V - os medicamentos controlados, de uso humano ou veterinário, devem estar armazenados em armários providos de fechadura, sob controle e registro do médico-veterinário responsável técnico; VI - todas as pias de higienização devem ser providas de material para higiene, como papel toalha e dispensador de detergente; VII - manter as instalações físicas dos ambientes externos e internos em boas condições de conservação, segurança, organização, conforto e limpeza; X - garantir que os mobiliários sejam revestidos de material lavável e impermeável, não apresentando furos, rasgos, sulcos e reentrâncias; XI - garantir a qualidade dos processos de desinfecção e esterilização de equipamentos e materiais; XII - garantir ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas; XIII - os produtos violados e/ou vencidos, sob suspeita de falsificação, adulteração ou alteração devem ser segregados em ambiente seguro e diverso da área de dispensação e das áreas de uso e Identificados quanto a sua condição e destino. 7. DA UNIDADE DE TRANSPORTE E REMOÇÃOMÉDICOVETERINÁRIO E AMBULÂNCIA • Unidade de Transporte e Remoção é o veículo destinado unicamente à remoção de animais que não necessitem de atendimento de urgência ou emergência o Não necessita da presença de MV • Ambulância Veterinária é o veículo identificado como tal, cujos equipamentos, utilizados obrigatoriamente por um profissional médico veterinário, permitam a aplicação de medidas de suporte básico ou avançado de vida, destinadas à estabilização e transporte de doentes que necessitem de atendimento de urgência ou emergência. • Estarem vinculadas a um estabelecimento veterinário, sendo vedado seu uso como veículo móvel para realização de atendimentos veterinários. • equipamentos indispensáveis à Ambulância Veterinária: I - sistema de maca com possibilidade de contenção e imobilização do paciente; II - sistema de monitorização do paciente com no mínimo temperatura corporal, oximetria, pressão arterial não-invasiva e eletrocardiograma; III - sistema para aplicação de fluidos; e IV - sistema de provisão de oxigênio e ventilação assistida 8. RESUMO • Resolução 1217, de 2019, CFMV • Regulamenta as instalações e equipamentos necessários a cada tipo de serviço veterinário: Hospitais, Clínicas, Consultórios e ambulatórios, Veículos de remoção de animais e Ambulância. Aula 7 Sobre bem-estar animal Bem-estar animal foi definido por Donald Broom, em 1986, como “o estado de um indivíduo em relação às suas tentativas de se adaptar ao ambiente em que vive”. As Cinco Liberdades9 são princípios norteadores do bem-estar animal, e são elas: • Liberdade nutricional: Livre de fome e sede. Considera que o animal deve ter acesso à comida e à água em quantidade, frequências e qualidade ideais para consumo. • Liberdade sanitária: Diz respeito a viver livre de doenças, dores e livre de ferimentos de qualquer espécie, além do tratamento adequado, incluindo a prevenção com vacinas. • Liberdade ambiental: Diz respeito a viver livre de desconforto em um ambiente com temperatura, superfícies e áreas confortáveis. • Liberdade comportamental: Livre para exercer o seu comportamento natural. É imprescindível que o animal esteja um ambiente compatível para exercer, por meio de objetos, ações, espaços, entre outros, os seus comportamentos naturais. • Liberdade psicológica: Viver livre de sentimentos negativos que possam causar estresse, ansiedade ou medo, evitando assim o sofrimento psicológico. Ainda é interessante conhecer os conceitos de bem-estar único e bem-estar canino, que são abordados no Programa Cão Comunitário. Aula 8 PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS NÃO RECOMENDADOS E PROIBIDOS EM MEDICINA VETERINÁRIA 1. RESOLUÇÕES CFMV: • Nº 877/2008 → nº 1027/2013 • Nº 962/2010 2. RESOLUÇÃO 877/ 2008 • Dispõe sobre os procedimentos cirúrgicos em animais de produção e em animais silvestres; e cirurgias mutilantes em pequenos animais e dá outras providências. http://www.labea.ufpr.br/caocomunitario/referencias/#rf9 http://www.labea.ufpr.br/caocomunitario/unico/ http://www.labea.ufpr.br/caocomunitario/canino/ http://www.labea.ufpr.br/caocomunitario/programa/ • Considerando que: • Devem ser realizados em condições ambientais aceitáveis, com contenção física, anestesia e analgesia adequadas, e técnica operatória • Intervenções cirúrgicas ditas mutilantes, em pequenos animais, têm sido realizadas de forma indiscriminada em todo o País e que muitos procedimentos são danosos e desnecessários, o que fere o bem-estar dos animais; 2.1. CAPÍTULO I • As cirurgias devem ser realizadas, preferencialmente, em locais fechados e de uso adequado para essa finalidade; (pode realizar a campo) • Por méd. veterinário • Materiais cirúrgicos esterilizados, respeitadas as técnicas de antissepsia para animais e médico veterinário 2.2. CAPÍTULO II - DOS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO • Não se recomenda o uso exclusivo de contenção mecânica, devendo se promover anestesia e analgesia adequadas para cada caso 2.3. CAPÍTULO II - DOS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO • Art. 5° O escopo desta Resolução abrange as cirurgias realizadas em locais onde não haja condições ideais para garantir um ambiente cirúrgico controlado. o 1º Todos os procedimentos devem ser realizados de acordo com o previsto nos Anexos 1 e 2 desta Resolução o São considerados procedimentos proibidos na prática médico-veterinária: castração utilizando anéis de borracha, caudectomia em ruminantes (exceto lanados) ou qualquer procedimento sem o respeito às normas de antissepsia, profilaxia, anestesia e analgesia previstos no Anexo 1 desta Resolução. 2.4. CAPÍTULO II - DOS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO • São considerados procedimentos não recomendáveis na prática médico veterinária: corte de dentes e caudectomia em suínos neonatos e •debicagem em aves. 3. CAP. III – EM ANIMAIS SILVESTRES: Modificada pela RESOLUÇÃO N 928, DE 13/11/2009 • Art. 6º As cirurgias realizadas em animais silvestres devem ser executadas de preferência em salas cirúrgicas ou em ambientes controlados e específicos para este fim. • Ficam proibidas cirurgias consideradas mutilantes: o amputação de artelhos o amputação parcial ou total das asas: A amputação parcial ou total das asas, pode ser realizada em famílias de aves cujo comportamento reprodutivo dispensa o voo ou que passam boa parte do tempo em atividade no solo e/ou na água o com a finalidade de marcação ou que visem impedir o comportamento natural da espécie 4. CAP. IV – CIRURGIAS ESTÉTICAS E MUTILANTES EM PEQUENOS ANIMAIS • Art. 7° Ficam proibidas as cirurgias consideradas desnecessárias ou que possam impedir a capacidade de expressão do comportamento natural da espécie: Caudectomia, Conchectomia (orelhas), Cordectomia em cães e Onicectomia em felinos. 5. RESOLUÇÃO 962/2010 • Normatiza os Procedimentos de Contracepção de Cães e Gatos em Programas de Educação em Saúde, Guarda Responsável e Esterilização Cirúrgica com a Finalidade de Controle Populacional. • Considerando que os Procedimentos de Contracepção de Cães e Gatos devem fazer parte de uma política de saúde pública • Considerando que a saúde animal é um dos pilares da saúde única, com reflexo direto na saúde ambiental e saúde pública e preservação da qualidade de vida das pessoas, do meio ambiente e dos animais; • Entende-se por programas de educação em saúde, guarda responsável e esterilização com a finalidade de controle populacional o método de trabalho caracterizado por: mobilização coletiva, programada; envolve a realização de procedimentos de esterilização de cães e gatos (machos e fêmeas), em local e espaço de tempo pré-determinados; e sempre precedidos ou associados a ações concomitantes de educação em saúde e guarda responsável. 5.1. CAP. I • Compete ao Plenário do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) da respectiva jurisdição a aprovação do projeto; Homologação de RT • Os Programas com a finalidade de controle populacional deverão ter por base a Educação em Saúde e Guarda Responsável, e não apenas o fluxo de esterilizações. • RT é obrigado a encaminhar ao CRMV relatório sobre cada Programa realizado, contendo informações do proprietário e dados de identificação e condições do animal atendido. • A perfeita realização dos procedimentos pré, trans e pós operatórios devem ser prioridade do Programa • Os procedimentos de contracepção devem ocorrer em ambiente que segue as normas da resolução 1.015/2012 • Também poderão ser realizados em Unidade Móvel de Esterilização e Educação em Saúde (UMEES) • As instalações para a realização do Programa deve contemplar ambientes para pré, trans e pós- operatório, recepção dos responsáveis pelos animais, além de sanitários para uso da equipe e do público. 5.2. PROJETO DO PROGRAMA DE CASTRAÇÃO • I - orientação sobre os cuidados pré e pós-operatóriosaos responsáveis pelos animais; • II - transporte dos animais; • III - equipamentos e materiais necessários; • IV - equipe de trabalho; • V - procedimentos pré, trans e pós-operatórios; • VI - sistema de triagem; • VII - identificação e registro dos animais; e • VIII - atividades de educação sanitária, bem-estar animal e de guarda responsável, se possível inseridos no ensino básico municipal. 5.3. RESUMO • Resoluções 877/2008: o Procedimentos cirúrgicos não recomendados e proibidos o Em animais de produção, silvestres e pequenos animais • Resolução 962/2010: Programas de castração Aula 9 ASPECTOS ÉTICOS DA EUTANÁSIA E USO DE ANIMAIS EM PESQUISA E ENSINO 1. RESOLUÇÃO Nº 1000/2012: • Dispõe sobre procedimentos e métodos de eutanásia em animais e dá outras providências. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV -, no uso das atribuições lhe conferidas pelo art. 16, alínea ‘f’, da Lei nº 5.517, de 23/10/1968, • considerando que a eutanásia é um procedimento clínico e sua responsabilidade compete privativamente ao médico veterinário; • considerando a competência do CFMV em regulamentar, disciplinar e fiscalizar o exercício da Medicina Veterinária; • considerando a crescente preocupação da sociedade quanto à eutanásia dos animais e a necessidade de uniformização de metodologias junto à classe médico-veterinária; • considerando a diversidade de espécies envolvidas nos procedimentos de eutanásia e a multiplicidade de métodos aplicados; • considerando que a eutanásia é um procedimento necessário, empregado de forma científica e tecnicamente regulamentada, e que deve seguir preceitos éticos específicos; • considerando que os animais submetidos à eutanásia são seres sencientes e que os métodos aplicados devem atender aos princípios de bem-estar animal. 2. O ANIMAL É UM SER SENCIENTE • Conceito: Ele é capaz de sentir, de vivenciar sentimentos como dor, angústia, solidão, amor, alegria, raiva, etc. Ele é capaz de aprender. • AS 5 LIBERDADES: Sistema de produção industrial de animais. • Livres de: Fome e sede, Medo e estresse, Desconforto, Dor lesões e doenças, e para expressar seu comportamento natural/ satisfação psicológica. 3. ART. 3º A EUTANÁSIA PODE SER INDICADA QUANDO: Art. 3º A eutanásia pode ser indicada nas situações em que: I - o bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um meio de eliminar a dor ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser controlados por meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos; II - o animal constituir ameaça à saúde pública; III - o animal constituir risco à fauna nativa ou ao meio ambiente; IV - o animal for objeto de atividades científicas, devidamente aprovadas por uma Comissão de Ética para o Uso de Animais - CEUA; V - o tratamento representar custos incompatíveis com a atividade produtiva a que o animal se destina ou com os recursos financeiros do proprietário. 4. AMEAÇA A SAÚDE PÚBLICA • Zoonoses: o Leishmania o Raiva 5. CONTROLE SANITÁRIO? Resolução nº 1236/2018 Define e caracteriza crueldade, abuso e maus-tratos contra animais vertebrados, dispõe sobre a conduta de médicos veterinários e zootecnistas e dá outras providências. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV, no uso das atribuições que lhe são conferidas na alínea "f" e "h", do art. 16/Lei nº 5.517/1968, e o art. 4º, da Lei nº 5.550/1968; XXIX - realizar ou incentivar acasalamentos que tenham elevado risco de problemas congênitos e que afetem a saúde da prole e/ou progenitora, ou que perpetuem problemas de saúde pré-existentes dos progenitores. §1º: A eutanásia, o abate e a depopulação para fins de controle sanitário, especialmente de animais sinantrópicos, não são considerados maus-tratos, desde que seguidas as normas e recomendações técnicas vigentes para as referidas práticas. Resolução nº 13426/2017 Dispõe sobre a política de controle da natalidade de cães e gatos e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º O controle de natalidade de cães e gatos em todo o território nacional será regido de acordo com o estabelecido nesta Lei, mediante esterilização permanente por cirurgia, ou por outro procedimento que garanta eficiência, segurança e bem-estar ao animal. Art. 2º A esterilização de animais de que trata o art. 1º desta Lei será executada mediante programa em que seja levado em conta: I - o estudo das localidades ou regiões que apontem para a necessidade de atendimento prioritário ou emergencial, em face da superpopulação, ou quadro epidemiológico; II - o quantitativo de animais a serem esterilizados, por localidade, necessário à redução da taxa populacional em níveis satisfatórios, inclusive os não domiciliados; e III - o tratamento prioritário aos animais pertencentes ou localizados nas comunidades de baixa renda. Art. 3º O programa desencadeará campanhas educativas pelos meios de comunicação adequados, que propiciem a assimilação pelo público de noções de ética sobre a posse responsável de animais domésticos. Ex. lei que proíbe eutanásia, “controle de população de cães e gatos”.. 6. OS MÉTODOS DE EUTANÁSIA DEVEM SEGUIR PARÂMETROS: Art. 4º São princípios básicos norteadores dos métodos de eutanásia: I - elevado grau de respeito aos animais; II - ausência ou redução máxima de desconforto e dor nos animais; III - busca da inconsciência imediata seguida de morte; IV - ausência ou redução máxima do medo e da ansiedade; V - segurança e irreversibilidade; VI - ausência ou mínimo impacto ambiental; VII - ausência ou redução máxima de risco aos presentes durante o procedimento; VIII - ausência ou redução máxima de impactos emocional e psicológico negativos no operador e nos observadores; 7. A ESCOLHA DO MÉTODO: Art. 10. A escolha do método dependerá da espécie animal envolvida, da idade e do estado fisiológico dos animais, bem como dos meios disponíveis para a contenção dos mesmos, da capacidade técnica do executor, do número de animais e, no caso de experimentação ou ensino, do protocolo de estudo, devendo ainda o método ser: I - compatível com os fins desejados e de acordo com o Anexo I desta Resolução; II - seguro para quem o executa; III - realizado com o maior grau de confiabilidade possível, comprovando-se sempre a morte do animal, com a declaração do óbito emitida pelo médico veterinário responsável; 8. MÉTODOS ACEITÁVEIS DE EUTANÁSIA Art. 14. Os métodos de eutanásia aceitáveis e aceitos sob restrição encontram-se listados no Anexo I desta Resolução. § 1º Para os fins desta Resolução, métodos aceitáveis são aqueles que, cientificamente, produzem uma morte humanitária, quando usados como métodos exclusivos de eutanásia. 9. MÉTODOS INACEITÁVEIS PARA A EUTANÁSIA Art. 15. São considerados métodos inaceitáveis: I - embolia gasosa; II - traumatismo craniano; III - incineração in vivo; IV - hidrato de cloral para pequenos animais; V - clorofórmio ou éter sulfúrico; VI - descompressão; VII - afogamento; VIII - exsanguinação sem inconsciência prévia; IX - imersão em formol ou qualquer outra substância fixadora; X - uso isolado de bloqueadores neuromusculares, cloreto de potássio ou sulfato de magnésio; XI - qualquer tipo de substância tóxica, natural ou sintética, que possa causar sofrimento ao animal e/ou demandar tempo excessivo para morte; XII - eletrocussão sem insensibilização ou anestesia prévia; XIII - qualquer outro método considerado sem embasamento científico. Parágrafo único. A utilização dos métodos deste artigo constitui-se em infração ética, e os casos omissos devem ser tratados como previsto no artigo 14. 10. GUIAS PARA ESCOLHA DO MÉTODO DE EUTANÁSIA • DIRETRIZ DA PRÁTICA DE EUTANÁSIA DO CONCEA • Guia de Boas Práticas para Eutanasia.pdf 11. EXPERIMENTAÇÃO• Por que ainda trabalhamos com animais na experimentação? • Quais as metodologias alternativas? 12. EUTANÁSIA NA EXPERIMENTAÇÃO • Peso do animal • Disponibilidade de estrutura e recursos • - Guia de boas práticas para a eutanásia CFMV-2013 - Diretriz da prática de eutanásia do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) MCTI-2017 13. SOBRE O USO E ANIMAIS NO ENSINO E PESQUISA • LEI Nº 11.794, DE 8 DE OUTUBRO DE 2008. • A lei Arouca 14. LEI 11.794/08 Art. 1º A criação e a utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica, em todo o território nacional, obedece aos critérios estabelecidos nesta Lei. A utilização de animais em atividades educacionais fica restrita a: I – estabelecimentos de ensino superior; e II – estabelecimentos de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica. 15. CRIA O CONSELHO NACIONAL DE EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL (CONCEA) Art. 5º Compete ao CONCEA: I – formular e zelar pelo cumprimento das normas relativas à utilização humanitária de animais com finalidade de ensino e pesquisa científica; II – credenciar instituições para criação ou utilização de animais em ensino e pesquisa científica; III – monitorar e avaliar a introdução de técnicas alternativas que substituam a utilização de animais em ensino e pesquisa; IV e V – estabelecer e rever, periodicamente, as normas para uso e cuidados com animais e para instalação e funcionamento de biotérios e de laboratórios de experimentação animal; VII – manter cadastro atualizado dos procedimentos de ensino e pesquisa realizados ou em andamento no País, assim como dos pesquisadores, a partir de informações remetidas pelas Comissões de Ética no Uso de Animais - CEUAs, de que trata o art. 8o desta Lei; • O CONCEA É COMPOSTO POR: Os ministérios da Educação, do Meio Ambiente, da Saúde e da Agricultura, o CNPq, o Conselho de Reitores, as universidades, além de dois representantes de sociedades protetoras dos animais legalmente estabelecidas no país. 16. CRIA AS COMISSÕES DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS (CEUAS) Art. 8o É condição indispensável para o credenciamento das instituições com atividades de ensino ou pesquisa com animais a constituição prévia de Comissões de Ética no Uso de Animais – CEUAs. integradas por: I – médicos veterinários e biólogos; II – docentes e pesquisadores na área específica; III – 1 (um) representante de sociedades protetoras de animais legalmente estabelecidas no País, na forma do Regulamento 17. COMPETE ÀS CEUAS: I – fazer cumprir o disposto nesta Lei e nas demais normas aplicáveis à utilização de animais para ensino e pesquisa; II – examinar previamente os procedimentos de ensino e pesquisa a serem realizados na instituição à qual esteja vinculada, para determinar sua compatibilidade com a legislação aplicável; III – manter cadastro atualizado dos procedimentos de ensino e pesquisa realizados, ou em andamento, na instituição, enviando cópia ao CONCEA; IV – manter cadastro dos pesquisadores que realizem procedimentos de ensino e pesquisa, enviando cópia ao CONCEA; VI – notificar imediatamente ao CONCEA e às autoridades sanitárias a ocorrência de qualquer acidente com os animais nas instituições credenciadas, fornecendo informações que permitam ações saneadoras 18. DAS CONDIÇÕES DE CRIAÇÃO E USO DE ANIMAIS PARA ENSINO E PESQUISA CIENTÍFICA Art. 13. Qualquer instituição que crie ou utilize animais para ensino e pesquisa deverá credenciar-se no CONCEA, desde que, previamente, crie a CEUA. Art. 14. O animal só poderá ser submetido às intervenções recomendadas nos protocolos dos experimentos § 1 o O animal será submetido a eutanásia, sob estrita obediência às prescrições pertinentes a cada espécie sempre que, encerrado o experimento. § 2 º Quando os animais utilizados em experiências não forem submetidos a eutanásia, poderão sair do biotério após a intervenção e destinados a pessoas idôneas ou entidades protetoras de animais devidamente legalizadas, que por eles queiram responsabilizar-se. § 3 o As práticas de ensino deverão ser fotografadas, filmadas ou gravadas, de forma a permitir sua reprodução para ilustração de práticas futuras, evitando-se a repetição desnecessária de procedimentos didáticos com animais. § 4 o O número de animais a serem utilizados para a execução de um projeto e o tempo de duração de cada experimento será o mínimo indispensável para produzir o resultado conclusivo, poupando-se, ao máximo, o animal de sofrimento. Art. 5º As atividades devem garantir o bem-estar dos animais utilizados, proporcionando uma vida digna e respeitando a satisfação das suas necessidades físicas, mentais e naturais. Art. 6º Nas atividades de ensino e experimentação deve-se aplicar os princípios de substituição, redução e refinamento no uso de animais, com o fim de evitar mortes, estresse e sofrimento desnecessários. Art. 7º O preceito das Cinco Liberdades do bem-estar animal deve ser adotado com a finalidade de manter os animais: I – livres de fome, sede e desnutrição; II – livres de desconforto; II – livres de desconforto; IV – livres para expressar o comportamento natural da espécie; V – livres de medo e estresse.
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