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Teoria dos Sonhos Resumo - Freud - Psicanalise

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1 
 
Teoria dos Sonhos de Sigmund Freud 
Psicanálise I 
 
A reflexão foi publicada por Sigmund Freud após a sua obra mais famosa “A interpretação 
dos sonhos” e se chama “sobre os sonhos”, pode ser encontrado no volume V da edição 
standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (1900-1901). 
O autor desenvolve uma outra obra em que traz uma complementação mais didática para 
um melhor entendimento do conteúdo anteriormente trazido na sua principal obra 
interpretação dos sonhos. 
 
*Conteúdo Manifesto e Conteúdo Latente 
Oferece o entendimento de dois conceitos, que são eles o 
1. Conteúdo manifesto - Seria correspondente ao relato do conteúdo do sonho da 
maneira como o paciente lembra, mas o seu real significado fica escondido. 
É o que “designa o sonho antes de ser submetido à investigação analítica, tal como 
aparece ao sonhante que o relata. Por extensão, fala-se do conteúdo manifesto de 
qualquer produção verbalizada – desde a fantasia à obra literária – que se pretende 
interpretar segundo o método analítico.” 
Assim sendo, o conteúdo manifesto é o produto do trabalho do sonho. O conteúdo 
manifesto nada mais é do que o relato descritivo do que o sujeito faz do seu sonho. 
Porém, ele não tem todas as significações que o sonho exprime. 
 
2. Conteúdo latente - É o conteúdo que vem após relatado pelo paciente e decifrado a 
partir de suas associações, a partir daí pode ser trazido o conteúdo que estava reprimido. 
Freud após este entendimento começa a trazer questionamentos em relação a como 
esse conteúdo latente acaba se transformando no conteúdo manifesto e ao contrário, no 
caso o processo de análise e as associações proporcionam este conteúdo tornar-se 
latente. 
No Vocabulário da Psicanálise, de Laplanche & Pontalis (2001), segundo Freud, o 
conteúdo latente são os pensamentos do sonho. Isto é, o “conjunto de significações a 
que chega a análise de uma produção do inconsciente, particularmente do sonho.” 
O psicanalista ainda completa sua definição ao explicar sobre o sonho: “uma vez 
decifrado, o sonho deixa de aparecer como uma narrativa em imagens para se tornar 
uma organização de pensamentos, um discurso, que exprime um ou vários desejos.” 
 
 
Uma vez que Freud define o conteúdo latente como a interpretação dos sonhos, é preciso 
ressaltar alguns pontos. Para o autor, essa interpretação deve anteceder o relato 
descritivo. Isso significa que os sonhos já devem ter uma interpretação quando for 
manifestado. 
2 
 
Esse processo de análise pode ser equivalente à tradução. Por isso, entenda que a função 
do psicanalista é traduzir os pensamentos e demais componentes do sonho de seus 
pacientes. 
Não por acaso, é preciso que o conteúdo latente seja anterior ao conteúdo manifesto. 
Assim, o trabalho do sonho transforma um no outro. Entretanto, é preciso enfatizar que 
nem tudo pode ser interpretado, assim como não há uma interpretação definitiva do 
sonho. 
 
*Transformação Do Conteúdo Latente Em Conteúdo Manifesto 
O autor traz o conceito de trabalho do sonho que acontece em meio a um aglomerado 
de atividades psíquicas, no qual ocorre esta transformação do conteúdo latente em 
conteúdo manifesto, o sujeito não lembra do sonho ou tem lembrança dele de maneira 
distorcida, irreconhecível muitas das vezes. 
Em outras palavras, o conteúdo manifesto é o produto do trabalho do sonho que consiste 
em não deixar aflorar na consciência algo proibido pela censura; enquanto o conteúdo 
latente é o produto da interpretação do analista em busca do verdadeiro significado do 
sonho. 
 
*Trabalho da Análise 
Já o termo trazido como trabalho da análise seria em desfazer este trabalho do sonho 
para que este conteúdo manifesto venha a se tornar latente. 
Se é reiterado neste texto algo que tinha sido escrito na interpretação dos sonhos, a ideia 
de que o sonho é a manifestação de um desejo por vezes recalcado, “o sonho é a 
realização (dissimulada) de um desejo reprimido (recalcado)” (1900a, p.145). 
 
*Mecanismo do Sonho 
De acordo com Freud no sonho acontecem cinco principais mecanismos que tornam 
possível acontecer este trabalho do sonho. 
1. A condensação seria o agrupamento de vários elementos em apenas um, como por 
exemplo imagens e pensamentos, estes são trazidos a luz através das associações do 
paciente a partir da análise do sonho se é permitido observar o fenômeno de compressão 
ou condensação que foi usado pelo trabalho do sonho para reunir estes fragmentos 
trazidos. 
É importante ressaltar que além da importância que a condensação exerce no trabalho 
dos sonhos ele é encontrado de forma equivalente na formação de chistes, lapsos e 
sintomas. 
A história que é mostrada é muito menor, em comparação com o conteúdo latente. 
Na verdade, é uma espécie de tradução abreviada. 
3 
 
Mas ela não deve ser considerada apenas um resumo. Ou seja, se cada manifesto é 
determinado por vários significados latentes, o inverso também é o caso. Cada significado 
latente é encontrado em vários elementos. 
Vários elementos podem se reunir em uma unidade desarmônica. Ou então, a 
condensação de várias imagens pode fazer com que as características que não coincidam 
desapareçam. Mantendo ou reforçando as características comuns. 
 
2. O deslocamento é outro mecanismo, ele funciona no trabalho do sonho substituindo 
os pensamentos mais consideráveis por pensamentos acessórios, sendo este conteúdo 
importante desfocado e a realização do desejo fica dissimulada. 
No deslocamento, a mente substitui uma reação emocional por outra imagem análoga 
ao conteúdo original. O deslocamento promove uma distorção do desejo inconsciente e 
faz com que o conteúdo manifesto do sonho não se assemelhe mais ao conteúdo 
recalcado que o originou. 
“O deslocamento por meio de um deslizamento associativo transforma elementos 
primordiais de um conteúdo latente em detalhes secundários de um conteúdo manifesto”. 
 
3. Há também o procedimento de representatividade ou de representação que é o 
processo pelo qual os pensamentos do sonho são transpostos em imagens, em sua 
maioria visuais. 
Segundo a teoria da representação, a relação entre os tipos de representação formam 
associações contidas nas representações de objeto. Isto é, nas ideias que temos a respeito 
de cada objeto. Dessa forma, vemos que um único objeto, conforme a sua representação 
em nossa mente, pode ser constituído por diversos aspectos sensoriais da realidade 
externa. Dentre estes aspectos está o sabor, a cor, a textura, o cheiro, etc. 
As representações podem ser definidas como produções mentais. As quais 
correspondem a um objeto ausente. O que faz com que esse objeto se torne 
subjetivamente presente mais uma vez. 
 
*Elaboração Secundária 
O outro seria a elaboração secundária que acompanha a formação do sonho em cada 
etapa, este efeito aparece quando a pessoa está em estado de vigília tentando lembrar o 
sonho ou relatá-lo, a partir deste tentar recordar se tenta criar uma fachada mais 
coerente e racional, acontece uma certa deformação do conteúdo, mas a partir desta 
elaboração secundária se torna acessível o cenário para se analisar o desejo reprimido 
que guarda o real sentido do sonho. 
É um mecanismo que se define na transformação de um pensamento em uma situação, 
o que pode se citar como semelhante o trabalho do diretor de teatro que transpõe um 
texto escrito para trazer a luz a representação deste texto escrito. 
 
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*O Conteúdo dos Sonhos 
Este conteúdo manifesto do sonho graças a censura fica deformado ou dissimulado e 
pode apenas emergir na análise, pelo meio do trabalho da análise para que ele possa ser 
desvendado, neste texto ele não fala sobre o complexo de édipo, mas pensando neste 
conteúdo infantil proibido pode se pressupor esta questão. 
A criação de símbolos nos sonhos auxilia ao sujeito que sonha dar uma escapada da 
censura, trazendo uma certa clareza em representações sexuais que aparecemno sonho. 
Freud traz os símbolos em dois tipos, os símbolos universais e os individuais. 
1. Os símbolos universais seriam uma espécie de “chave dos sonhos” estes que vem sendo 
utilizados desde a antiguidade pela sociedade, eles têm um sentido universal, que serviria 
para todos, já em relação aos símbolos individuais são os próprios e singular de cada um 
que sonha, o conteúdo particular de cada um. 
 
*Experiências Traumáticas – Princípio da Repetição Compulsiva 
Pacientes que vivenciaram experiências traumáticas são uma exceção à regra em que diz 
que todos os nossos sonhos seriam realizações dos desejos. Os sonhos desses pacientes 
seguem o princípio da repetição compulsiva, são sonhos dos quais eles experienciam 
repetidamente experiências traumáticas (e são muito comuns naqueles que sofrem de 
transtorno de estresse pós-traumático). 
 
Em relação aos sonhos traumáticos, que se caracterizam como repetitivos, o analista 
dificilmente obtém associações e pode identificar os restos diurnos que teriam 
participado de sua constituição: a repetição ao longo do tempo em circunstâncias 
diversas já o evidencia. A forma como poderiam ser utilizados pelo analista para favorecer 
a elaboração do trauma em análise não é simples de figurar, visto que os sonhos 
traumáticos não são propícios à interpretação, trabalho que é realizado pelo próprio 
analisando através das associações que fornece a partir dos elementos do sonho. 
 
 A compulsão à repetição envolvida nos sonhos traumáticos, é um indício de que é 
necessário estabelecer o princípio do prazer onde ele foi posto fora de ação pelo trauma, 
e vimos que o sonho é um terreno privilegiado onde o psiquismo visa estabelecer, através 
da ligação do processo primário, a dominância do princípio do prazer. 
 
Aqui temos duas versões do trauma que frequentam a psicanálise: 
1. Trauma constitutivo do sujeito, estrutural; 
2. Trauma contingente. 
Essas duas acepções do trauma são fundamentais e precisam ser claramente distintas. 
5 
 
1. No primeiro, o trauma estrutural eficaz na constituição do sujeito, estão implicadas a 
experiência infantil que é o terreno da constituição pulsional, e a entrada na linguagem 
que promove o recalque originário. 
 
A neurose traumática é tomada como modelo para a circunscrição de uma acepção de 
trauma que não se confunde com o trauma estrutural, e cuja sintomatologia não pode 
ser diretamente remetida à experiência infantil de natureza sexual, mas sim a um evento 
mal-vindo que incide de forma desestruturante no psiquismo. 
É interessante, entretanto, observar que ambos os tipos de trauma se articulam: o sujeito 
é traumatizável, e sua vulnerabilidade ao trauma tem raízes em sua própria constituição 
subjetiva, e no desamparo inicial em que sua dependência do adulto o mergulha. 
 
Pode-se dizer, então, que o sonho é uma tentativa de realização de desejo, visto que 
nem sempre ela é bem-sucedida, e a fixação no trauma é o fator mais importante para 
o fracasso. 
 
O sono permite certa liberação do recalque que incide sobre a fixação traumática. 
O caminho para a elaboração do trauma passa pela tentativa, proporcionada pelos 
sonhos, de tornar mais palatável a memória do trauma articulando-a ao desejo e à 
fantasia. Entretanto, nem sempre o trabalho do sonho tem êxito em transformar os 
traços mnêmicos do trauma em uma fantasia de realização de desejo. 
- Os traços mnêmicos são os resíduos das experiências da primeira infância. 
 
*Simbolização 
A simbolização está sempre envolvida na cura do trauma, de vez que a crueza da 
experiência é atenuada pela gradual ressignificação que a fala promove, permitindo a 
recolocação do sujeito em cena. Mas é preciso advertir que não é conveniente instar o 
analisando a falar sobre a experiência traumática, porque a carga de angústia a ela ligada 
constitui um perigo para a integridade do Eu (Rudge, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Observações referentes a aula do dia ( ) 
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