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Produto II - Entrega final (1)

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ter									UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E DESIGN
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ALAN MATEUS SCARIOTTO
DANIELE FERNANDA PRIGOL FELLER
FERNANDA SCHULENBURG
FERNANDO MONTEIRO DE MELO
PROJETO MÓVEL INFANTIL
BLUMENAU
2018
ALAN MATEUS SCARIOTTO
DANIELE FERNANDA PRIGOL FELLER
FERNANDA SCHULENBURG
FERNANDO MONTEIRO DE MELO
PROJETO MÓVEL INFANTIL
Projeto de pesquisa da disciplina Engenharia de Produto II do curso de Engenharia de Produção do Departamento de Engenharia de Produção e Design da Universidade Regional de Blumenau.
Prof. Dr. Rodrigo dos Santos Cardoso
BLUMENAU
2018
Sumário
INTRODUÇÃO	7
1	PLANEJAMENTO	8
1.1	TERMO DE ABERTURA DO PROJETO	8
1.1.1	DESCRIÇÃO DO PROJETO	10
1.1.2	JUSTIFICATIVA	10
1.1.3	OBJETIVO GERAL DO PROJETO	10
1.1.4	LIMITES DO PROJETO	10
1.1.5	RISCOS DO PROJETO	11
1.1.6	RESUMO DO ORÇAMENTO	11
1.1.7	LISTA DAS PARTES INTERESSADAS	11
1.1.8	REQUISITOS PARA APROVAÇÃO DO PROJETO	12
1.2	ESCOPO DO PROJETO	13
1.2.1	RESULTADOS ESPERADOS	15
1.2.2	METODOLOGIA EMPREGADA	16
1.2.3	EAP	16
1.2.4	DICIONÁRIO DA EAP	18
1.2.5	MATRIZ RACI	20
1.2.6	CRONOGRAMA	23
1.3	RESTRIÇÕES E PREMISSA	24
1.3.1	RESTRIÇÕES	24
1.3.2	FATORES INTERNOS E EXTERNOS	24
1.3.3	PREMISSAS	25
1.3.4	OBJETIVO DAS ATIVIDADES	26
1.3.5	ANÁLISE DE RISCO DAS ATIVIDADES	26
1.3.6	ANÁLISE DE MERCADO	28
1.3.6.1	COLETA DE INFORMAÇÕES	28
1.3.6.2	AVALIAÇÃO GEOGRÁFICA DO CLIENTE	29
1.3.6.3	PÚBLICO ALVO	29
1.3.6.4	PERFIL SUSTENTABILIDADE	30
1.3.6.5	ANÁLISE DOS CONCORRENTES	31
1.3.7	DESENVOLVIMENTO DE APROVAÇÃO DE FASE	33
2	PROJETO INFORMACIONAL	35
2.1	PLANO DE COMUNICAÇÃO	35
2.2	DESDOBRAMENTO DE FUNÇÃO DA QUALIDADE	35
2.3	NECESSIDADES DOS CLIENTES	35
2.4	REQUISITOS DO PRODUTO	36
2.4.1	CARACTERÍSTICA DA QUALIDADE	38
2.4.2	CORRELAÇÃO ENTRE AS NECESSIDADES DO CONSUMIDOR E OS REQUISITOS DA QUALIDADE	39
2.4.3	VALOR DO CONSUMIDOR	41
2.4.4	MÉTODO DE KANO	42
2.4.5	GRAU DE IMPORTÂNCIA GERAL	46
2.4.6	AVALIAÇÃO DE MERCADO	47
2.4.7	TELHADO DA QUALIDADE	48
2.5	ESPECIFICAÇÕES	50
2.6	PROCESSOS DE MANUFATURA	50
2.7	ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA	51
2.7.1	INVESTIMENTO INICIAL	51
2.7.2	MATÉRIA PRIMA	52
2.7.3	M.O.D.	52
2.7.4	GASTOS FIXOS E GASTOS VARIÁVEIS	52
2.7.5	PREÇO DE VENDA	54
2.7.6	FLUXO DE CAIXA	55
2.8	FATORES DE INFLUÊNCIA DO PROJETO	57
2.9	RELATÓRIO DO PROGRESSO DO PROJETO	58
2.10	DESENVOLVIMENTO DE APROVAÇÃO DE FASE	58
3	PROJETO CONCEITUAL	59
3.1	DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA FUNCIONAL	59
3.2	ESTUDO DAS ESTRUTURAS ALTERNATIVAS	61
3.3	ANÁLISES COMPARATIVAS	65
3.4	IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO	66
3.4.1	PROCESSOS DE FABRICAÇÃO	66
3.4.2	GRÁFICO DE BALANCEAMENTO DE OPERADORES	68
3.5	ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DOS FORNECEDORES	70
3.6	ATUALIZAÇÃO DA ANÁLISE ECONÔMICA	70
3.6.1	INVESTIMENTO INICIAL	70
3.6.2	MATÉRIA PRIMA	71
3.6.3	MÃO DE OBRA	72
3.6.4	GASTOS FIXOS E VARIÁVEIS	72
3.6.5	PREÇO DE VENDA DO PRODUTO	73
3.6.6	PROJEÇÃO DE FATURAMENTO	73
3.6.7	FLUXO DE CAIXA	74
3.6.8	REUNIÃO DE APROVAÇÃO DE FASE	75
4	PROJETO PRELIMINAR	76
4.1	ESPECIFICAÇÃO DE PROJETO	76
4.1.1	IDENTIFICAÇÃO DE ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO	76
4.1.2	DEFINIÇÕES DE COMPONENTES	78
4.1.3	REVISÕES DE PATENTES	79
4.1.4	ASPECTOS LEGAIS E DE SEGURANÇA	84
4.1.5	SELEÇÃO DE LAYOUTS ALTERNATIVOS	84
4.1.6	ANÁLISE DE CICLO DE VIDA	87
4.2	PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS	91
4.3	FMEA	92
4.4	REUNIÃO DE APROVAÇÃO DE FASE	93
5	PROJETO DETALHADO	94
5.1	ENGENHARIA REVERSA	94
5.2	ENGENHARIA DE VALOR	95
5.3	REUNIÃO DE APROVAÇÃO DE FASE	99
6	CONCLUSÃO	100
REFERÊNCIAS	101
APÊNDICE A - CRONOGRAMA	103
APÊNDICE B – TERMO DE APROVAÇÃO DE FASE	109
APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO	110
APÊNDICE D – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS	123
APÊNDICE E – DESENHOS DE FABRICAÇÃO	132
APÊNDICE F – ANÁLISE DE MODO E FEITO DE FALHA (FMEA)	142
INTRODUÇÃO
		A indústria gera toneladas de resíduos todos os dias e a revalorização desses materiais é fundamental para redução de custos e melhora no desempenho ambiental das organizações. Em especial os resíduos provenientes dos pallets de madeira possuem características que permitem a revalorização por meio da criação de móveis e peças decorativas, por exemplo. Nesse contexto, a proposta desse trabalho é a criação de um móvel que utilize como principal matéria-prima madeira de pallets.
Algumas premissas foram definidas para o desenvolvimento dessa atividade, o móvel deve ser construído a partir de pallets, projetado para o uso de crianças na faixa etária de 1 a 4 anos, possuir ao menos 3 funções, ser interativo, promover o desenvolvimento cognitivo e motor, além de ser economicamente viável.
Para atender as necessidades dos usuários do produto foram realizadas pesquisas com profissionais ligados às áreas de educação infantil, saúde e pedagogia. Os resultados apontaram as características mais relevantes que então nortearam todo o desenvolvimento do produto.
A equipe de projetos utilizou a metodologia de desenvolvimento de produto e as técnicas de engenharia simultânea para obter um produto que atendesse plenamente as necessidades dos clientes, que fosse economicamente viável, sustentável, divertido e estimulante. 
Nas próximas páginas é possível acompanhar todas as etapas do desenvolvimento deste trabalho desafiador e extremamente relevante na formação dos membros da equipe. 
PLANEJAMENTO
O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função de objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz (OLIVEIRA, 1988). 
Desta forma, para evitar surpresas e imprevistos não calculados no decorrer de um projeto, deve-se realizar um planejamento das atividades e ações a fim de organizar e controlar as mesmas.
TERMO DE ABERTURA DO PROJETO
O Termo de Abertura do Projeto é o documento que autoriza formalmente um projeto, é ele que concede ao gerente de projetos a autoridade para aplicar os recursos organizacionais nas atividades do projeto.
Afinal, ele reconhece o início de um novo projeto e serve como base para o trabalho do gerente de projeto, que recebe a autoridade para aplicar os recursos organizacionais nas atividades que envolvem seu desenvolvimento. Assim, possui diversas informações sobre o projeto, incluindo estimativas iniciais de qual o prazo destinado, recursos necessários e orçamento disponível, FIGURA 1.
FIGURA 1 - TERMO DE ABERTURA DO PROJETO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
DESCRIÇÃO DO PROJETO
O projeto tem como objetivo desenvolver um móvel para crianças com faixa etária entre 1 (um) a 4 (quatro) anos de idade a fim de ser utilizado para estimular o desenvolvimento das mesmas em suas habilidades motoras e intelectuais, além de diverti-las. O móvel possui por toda sua estrutura diversos formatos e objetos para estimular a criança a explorar de forma educativa e interativa pela estrutura do móvel. A principal matéria-prima utilizada na composição do produto é madeira reaproveitável (pallets), compondo pelo menos 90% da estrutura. Este produto será manufaturado em uma indústria do ramo mobiliário, agregando ao seu mix de produtos.
JUSTIFICATIVA
Para auxiliar o desenvolvimento das crianças em suas fases inicias é comum à utilização de brinquedos que estimulem a sua curiosidade e incentivem-nas explorar o mesmo. Neste momento é aonde ocorre o desenvolvimento motor, cognitivo, intelectual da criança, tanto que os brinquedos são inseridos desde muito cedo nas suas vidas, utilizados em escolas, creches e em seus lares. Além disto, é uma forma de interação e distração para as crianças de forma educativa.
Fundamentando a importância do brinquedo e do ato de brincar para as crianças, (NICOLAU, 1988) relata sua abordagem ao assunto conforme abaixo:
“Brincar não constitui perda de tempo, nem é simplesmente uma forma de preencher o tempo (...) O brinquedo possibilita o desenvolvimento integral da criança, já que ela se envolve afetivamente
e opera mentalmente, tudo isso de maneira envolvente, em que a criança imagina, constrói conhecimento e cria alternativas para resolver os imprevistos que surgem no ato de brincar. (NICOLAU, 1988, P.78).”
Desta forma, o desenvolvimento de produtos para o ramo infantil e educacional tem seu nicho de mercado bem específico e com grande importância, conforme descrito anteriormente.
OBJETIVO GERAL DO PROJETO
Desenvolver um produto para venda em escala em uma indústria mobiliária para utilização de crianças de 1 (um) a 4 (quatro) anos de idade aonde sua principal matéria-prima seja pallets e sua estrutura comtemple pelo menos três funções.
LIMITES DO PROJETO
Os limites do projeto servem para definir exatamente o que o projeto contempla e o que é excluso do mesmo. De forma macro, o projeto e o produto tem exclusão das seguintes atividades:
Relacionados ao Projeto de forma Macro, o mesmo não contempla:
Elaboração de projeto promocional;
comercialização do Produto;
captação de Investimentos.
Relacionado ao Produto de forma Macro:
Limitações de capacidade de peso;
limitações de dimensões (Altura, largura, profundidade), visto que será para crianças de 1 a 4 anos;
capacidade para interação de no máximo 5 crianças.
RISCOS DO PROJETO
A identificação dos riscos do projeto é uma etapa fundamental para o planejamento visto que podem afetar o desenvolvimento do projeto caso ocorram. Os riscos que são considerados graves deve-se realizar um plano de ação para obter uma resposta rápida caso ocorra. Abaixo segue listagem dos riscos identificados:
1. Atraso no recebimento de matérias-primas;
não cumprimento dos prazos programados (Cronograma);
integrantes da equipe não comprometidos com o projeto;
risco de greve;
não conseguir pallets em bom estado; 
extrapolar o orçamento estimado;
desistência de integrantes da equipe;
surgimento de leis/normas;
falta de MO qualificada; 
disponibilidade do atendimento da MO (Fila de espera do Marceneiro).
RESUMO DO ORÇAMENTO
Estima-se que para a produção do protótipo e demais atividades necessárias no decorrer do projeto a equipe tenha o gasto de aproximados R$1.000,00 (mil reais).
LISTA DAS PARTES INTERESSADAS
Neste tópico são relacionadas as partes interessadas no desenvolvimento do projeto, o seu grau de interesse e a descrição do relacionamento com o projeto. Conforme demostrado no QUADRO 1.
QUADRO 1 - LISTA DAS PARTES INTERESSADAS (STAKEHOLDERS)
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
REQUISITOS PARA APROVAÇÃO DO PROJETO
Para que o projeto seja deferido deve contemplar diversas etapas e entregas conforme abaixo, todas aprovadas e com consentimento de todos os integrantes da equipe.
1. Apresentar Termo de Abertura;
escopo do Projeto;
respeitar cronograma das atividades;
especificações Técnicas e Análise de Mercado;
fundamentação para o desenvolvimento do produto;
plano Financeiro apresentar VPL positivo;
obtenção de resultados eficazes no QFD;
protótipo realizado de acordo com as especificações;
realizar todas as entregas estabelecidas no projeto;
produto apresentar condições para ser manufaturado em linha de produção de uma empresa madeireira;
produto obter pelo menos três funções;
revisão de patentes;
análise de ciclo de vida.
Contemplando todos estes requisitos, o projeto é considerado aceito e aprovado.
ESCOPO DO PROJETO
O escopo do projeto define as entregas do projeto e o trabalho necessário para criá-las. Ele é desenvolvido a partir das principais entregas, do termo de abertura, dos requisitos, premissas e restrições.
De acordo com (PMI, 2017), o escopo do produto é a descrição de todas as características e funcionalidades do produto ou serviço e é verificado pelos seus requisitos, e o escopo do projeto é o trabalho que deve ser feito para liberar o produto com as funcionalidades especificadas.
FIGURA 2 - ESPECIFICAÇÃO DO ESCOPO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
RESULTADOS ESPERADOS
O desenvolvimento do projeto busca atingir os resultados identificados nos itens escopo do produto e entregas do documento de especificação de escopo, FIGURA 3.
Na FIGURA 4 foram definidos ainda itens que não fazem parte do escopo, exclusões.
FIGURA 3 - FRAGMENTO DA ESPECIFICAÇÃO DE ESCOPO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
FIGURA 4 - FRAGMENTO DA ESPECIFICAÇÃO DE ESCOPO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
METODOLOGIA EMPREGADA
A utilização de um modelo de referência no Processo de Desenvolvimento de Produto auxilia em uma construção mais formal e sistemática, de modo que haja a integração de diversos setores da empresa. A fim de cumprir a missão de favorecer a competitividade da empresa o PDP necessita ser eficaz e eficiente, para o sucesso neste processo torna-se necessário o emprego de um modelo geral para a sua gestão.
Neste projeto o modelo adotado é o de (ROZENFELD, et al., 2006), a FIGURA 5 ilustra as etapas de desenvolvimento do projeto.
FIGURA 5 - MODELO DE PDP
Fonte: (ROZENFELD, et al., 2006)
EAP
O (PMI, 2017), estabelece que a EAP, estrutura analítica do projeto, define as entregas do projeto e sua decomposição em pacotes de trabalho. O sistema de numeração da EAP identifica o nível no qual cada elemento da EAP se encontra. 
A utilização da EAP fornece uma visão estruturada das entregas do projeto e é um ótimo instrumento para alinhar o entendimento do projeto e integrar todas as áreas.
FIGURA 6 - ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
DICIONÁRIO DA EAP
O dicionário da EAP traz todo detalhe necessário para cada elemento da EAP de modo a orientar a equipe do projeto. Ele pode servir como parte de um sistema de autorização de trabalho descrevendo para os integrantes da equipe cada componente da estrutura analítica do projeto (EAP) e pode ser usado para controlar quando um trabalho específico é realizado de modo a evitar aumento do escopo e aumento da compreensão das partes interessadas sobre o esforço necessário para cada pacote de trabalho. O dicionário da EAP define limites do que é incluído no Pacote de trabalho (PMI, 2017).
QUADRO 2 - DICIONÁRIO DA EAP
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
QUADRO 3 - DICIONÁRIO DA EAP
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
QUADRO 4 - DICIONÁRIO DA EAP
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
MATRIZ RACI
A matriz RACI é uma ferramenta para atribuição de responsabilidade, descreve a participação de várias funções na conclusão de tarefas ou entregas para um projeto ou processo de negócios (PMI, 2017). 
RACI é o acrônimo dos termos:
1. (R)esponsável;
(A)provador;
(C)onsultado;
(I)nformado.
Os QUADRO 5 e QUADRO 6 ilustram a matriz RACI do projeto.
QUADRO 5 - MATRIZ RACI
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
QUADRO 6 - MATRIZ RACI
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
CRONOGRAMA
O guia desenvolvido por (PMI, 2017) afirma que desenvolver o cronograma do projeto consiste no processo de análise das sequências de atividades, suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma com o objetivo de criar um calendário realista para as atividades do projeto e que possa ser usado como a linha base de calendário.
O cronograma detalhado está disponível no APÊNDICE A - CRONOGRAMA.
FIGURA 7 - CRONOGRAMA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
RESTRIÇÕES E PREMISSA
Nesta etapa definem-se as restrições e premissas do projeto, considerando possíveis fatores que possam interferir no bom andamento do projeto a fim de analisá-los e buscar alternativas.
RESTRIÇÕES
A fim de esclarecer sob qual cenário as decisões sobre o projeto estão sendo tomadas, abaixo, serão citadas todas as restrições envolvidas sobre o mesmo.
Custo: Se tratando de um protótipo inicial, sendo necessário realizações de testes e provavelmente reconstruções de partes do mesmo, o custo deste deve ser maior considerado ao de um produto feito em larga escala, para tanto, foi considerado como limite de gastos R$ 1.000,00, R$ 250,00 por integrante, sendo estes voltados à pesquisas, testes e toda a matéria prima e provável mão de obra envolvida.
Tempo: Por se tratar de um projeto feito por universitários que possuem empregos, há como uma de
suas restrições o tempo, considerando que, apenas em breves momentos liberados em sala de aula e aos finais de semana é que será possível dar andamento ao projeto.
Datas de entrega: das partes do projeto pré-definidas pelo professor.
Matéria prima: O desafio desse projeto é criar um produto voltado para crianças a partir de pallets, tornando o pallet a restrição de matéria prima do produto.
Público alvo: O produto deve ser algo voltado para crianças que tenham idade restrita entre 1 e 4 anos.
Segurança: Por se tratar de um público extremamente frágil e inocente, a segurança se torna uma das restrições do projeto.
FATORES INTERNOS E EXTERNOS
A fim de analisar o meio ao qual o projeto estará inserido, e assim possibilitar o afinamento das decisões estratégicas, foram levantados alguns dados sobre os fatores internos e externos do mesmo, conforme QUADRO 7.
QUADRO 7 - ANÁLISE DE FATORES INTERNOS E EXTERNOS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
PREMISSAS
São fatores que para fim de planejamento são considerados verdadeiros, reais ou certos, que normalmente estão relacionados ao risco do projeto, são fatores os quais não se podem comprovar, para tanto, a equipe toma como verdade.
Para o projeto em questão consideram-se as premissas abaixo:
a) O produto será divertido, porém, apenas será comprovado após ser inserido em um ambiente que contenham crianças e então observar sua aprovação;
b) não será desenvolvido projeto que desempenhe as mesmas funções que este;
c) não faltará pallets para fabricação do produto;
d) disponibilidade de acesso a todo o tipo de material desejado para o produto;
e) o projeto será desenvolvido dentro do tempo planejado de 448 horas, 8 horas semanais despendidas por integrante durante um total de 14 semanas.
OBJETIVO DAS ATIVIDADES
Todas as atividades compostas nesse trabalho têm por objetivo garantir que o projeto acorra de acordo com o planejado, além disso, serão mapeados os riscos a fim de trata-los caso eles venham a ocorrer.
Toda a parte de planejamento permite criar uma visão futura do que deve ser feito, como deve ser feito e quando deve ser feito, facilitando a cobrança da entrega da parte de cada integrante do projeto e seguindo uma sequência lógica pré-definida.
O conhecimento das partes interessadas permite criar uma tratativa diferenciada para cada uma delas, através do conhecimento do esperado por cada uma delas, a fim de manter um ambiente agradável tanto para um investidor, fornecedor ou até um colaborador.
A parte de orçamento permite ter uma visão de todos os gastos para produzir o produto, do investimento, do tempo de retorno desse investimento (payback) e o VPL do projeto a partir de uma estimativa de venda feita através da análise de mercado, mostrando assim a viabilidade do projeto além da produção e venda mínima necessária para o mesmo ser viável.
O desenvolvimento de fornecedores é importante para garantir que se faça a compra do melhor material pelo menor preço possível, sendo importante também realizar a homologação de mais de um fornecedor, a fim de evitar o risco da falta de materiais.
ANÁLISE DE RISCO DAS ATIVIDADES
Consiste na verificação dos pontos críticos que possam vir a apresentar não conformidade durante a execução do projeto. Para classificação dos riscos foi utilizado QUADRO 8.	
QUADRO 8 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Após analisados e classificados os riscos, foram elaborados planos de ação para trata-los da melhor forma, conforme QUADRO 9.
QUADRO 9 - ANÁLISE DE RISCOS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
ANÁLISE DE MERCADO
Para analisar o mercado no qual o produto desenvolvido está inserido, a pesquisa dividiu-se em quatro etapas sequenciais, sendo elas iniciadas pela coleta de informações, posteriormente avaliação geográfica, público alvo destinado ao produto e por fim, análise de concorrentes fabricantes de produtos com funções semelhantes.
COLETA DE INFORMAÇÕES
O setor varejista de móveis é visto como grande oportunidade no ano de 2018, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio elaborada pelo (IBGE, 2018). O estudo projeta um crescimento de 4,8% em volume de vendas e 7,80% representados no faturamento comparado aos anos anteriores, conforme ilustrado no GRÁFICO 1 e GRÁFICO 2.
GRÁFICO 1 - RELATÓRIO ANUAL DE UNIDADES VENDIDAS DO SETOR MOBILIÁRIO DO BRASIL
Fonte: Adaptado de (IBGE, 2018)
GRÁFICO 2 - RELATÓRIO ANUAL DE RECEITA DO SETOR MOBILIÁRIO DO BRASIL
FONTE: ADAPTADO DE (IBGE, 2018)
AVALIAÇÃO GEOGRÁFICA DO CLIENTE
A empresa possui como objetivo abranger todo o estado de Santa Catarina inicialmente, devido à facilidade da logística de distribuição do produto em questão, onde posteriormente, poderá ser replicado para demais estados do país.
PÚBLICO ALVO
O produto é destinado para o público infantil com idades entre 1 a 4 anos. Para conhecimento e contabilização de crianças com este perfil no estado de Santa Catarina, utilizou-se indicadores de população do (IBGE, 2018), onde indicam que crianças de 0 a 4 anos representam a maior porcentagem do quadro infantil do estado, um pouco mais de 480 mil crianças e 6,78% da população de todo o estado. Além das crianças de até 4 anos, o público infantil catarinense é composto por 448 mil crianças entre 5 a 9 anos e 450 mil crianças entre 10 a 14 anos.
GRÁFICO 3 - ESTRATIFICAÇÃO DO PÚBLICO INFANTIL DO BRASIL
Fonte: Adaptado de (IBGE, 2018)
PERFIL SUSTENTABILIDADE
A (ABRELPE, 2016) constatou que quase 60% dos municípios do país efetuam o descarte de resíduos sólidos de forma errada, contribuindo para que mais de 76 milhões de pessoas convivam com os impactos negativos destas ações. 
Com isso, é notória a necessidade do desenvolvimento no aspecto ambiental não só dos órgãos que gerenciam as cidades e estados, mas também o aumento da conscientização de cada indivíduo. 
A justificativa pela fabricação de brinquedos infantis a partir de materiais reaproveitados e ecologicamente corretos é a vantagem da criação de novos hábitos conscientes desde o início da formação da criança. Assim, o produto desenvolvido durante o presente trabalho possui como objetivo fazer com que o público alvo não só desenvolva seus sensos brincando e interagindo com demais crianças, mas também possui o propósito de apresentar às crianças a possibilidade de brincar de forma divertida e sustentável.
Apesar do mau destino dado aos resíduos sólidos pela maior parte da população, segundo dados estatísticos do Perfil do Consumidor Brasileiro (2014), 50% dos consumidores estão dispostos a adquirir produtos sustentáveis, independente se os mesmos teriam seus preços acima dos concorrentes que não possuem este perfil.
ANÁLISE DOS CONCORRENTES
O empreendedor deve identificar quem realmente são os concorrentes e agir a partir dessa análise, o produto oferecido é móveis atrativos para crianças feitos com materiais sustentáveis, neste universo são citados, a seguir, 4 principais concorrentes que podem afetar diretamente a comercialização do produto em questão.
1. Eu amo papelão: Uma das empresas identificadas como concorrentes é a “Eu Amo Papelão”. Localizada no Rio Grande do Sul, comercializa móveis destinados ao público infantil com foco na sustentabilidade e simplicidade. 
FIGURA 8 - PRODUTO DESENVOLVIDO PELA EMPRESA EU AMO PAPELÃO
Fonte: Adaptado de Eu Amo Papelão (2018)
1. Tooky Toy: A empresa Tooky Toy é uma empresa fabricante de brinquedos infantis que buscam desenvolver o lado educativo através da imaginação e brincadeira. Sua matéria-prima principal que compõe os produtos dos catálogos é a madeira reflorestada. 
FIGURA 9 - PRODUTO DESENVOLVIDO PELA EMPRESA TOOKY TOY
Fonte: Adaptado de Tooky Toy (2018)
1. OG Brinquedos: Similar à Tooky Toy, a empresa fabrica brinquedos para o público infantil até os 4 anos e voltado ao desenvolvimento sensório-motor. 
Seus brinquedos também são de origens sustentáveis, em outras palavras, através de madeiras reflorestadas. 
FIGURA 10 - PRODUTO DESENVOLVIDO PELA EMPRESA OG BRINQUEDOS
FONTE: ADAPTADO DE OG BRINQUEDOS (2018)
1. Green Toys: A empresa Green Toys,
situada nos Estados Unidos, destina seus produtos também para o público infantil e são comercializados através de e-commerce podendo ser facilmente adquirida do Brasil. Seu conceito é basicamente a construção de produtos simples, lúdicos, sem adição de baterias, eletrônicos e parafusos, fabricados 100% de plásticos reciclados. 
FIGURA 11 - PRODUTO DESENVOLVIDO PELA EMPRESA GREEN TOYS
Fonte: adaptado de green toys (2018)
DESENVOLVIMENTO DE APROVAÇÃO DE FASE
Para conclusão de cada fase do projeto a equipe de trabalho deverá se reunir e discutir o andamento das atividades individuais, havendo consenso, as atividades individuais são deferidas e o termo de aprovação de fase é assinado por todos os membros da equipe.
O termo de aprovação de fase detalhado está disponível no APÊNDICE B – TERMO DE APROVAÇÃO DE FASE.
FIGURA 12 - TERMO DE APROVAÇÃO DE FASE
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
PROJETO INFORMACIONAL
A fase de projeto informacional é onde são definidas as especificações do projeto do produto. (ROZENFELD, et al., 2006).
Nesta etapa será apresentado o plano de comunicação, serão identificadas as necessidades dos clientes e feito o desdobramento por meio do QFD, os requisitos da qualidade, mensuráveis, serão transcritos em especificações técnicas do projeto do produto. Paralelamente busca-se definir os fatores de influência do projeto do produto e a primeira análise de viabilidade econômica.
PLANO DE COMUNICAÇÃO
Segundo (PMI, 2017) o plano de comunicação do projeto tem como finalidade definir as necessidades de informação das partes interessadas no projeto e definir a abordagem de comunicação. O QUADRO 10 ilustra o plano de comunicação do projeto.
QUADRO 10 - PLANO DE COMUNICAÇÃO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
DESDOBRAMENTO DE FUNÇÃO DA QUALIDADE
O QFD é uma ferramenta utilizada para o desenvolvimento de produtos e serviços que se fundamenta nas necessidades dos clientes. Ainda, o autor enfatiza que a ferramenta de gestão possibilita conectar visualmente os processos que auxiliam identificar e focar somente nas necessidades dos clientes durante todo o ciclo de desenvolvimento de produtos e processos (CAUCHICK, 2009). 
Neste item, encontram-se a elaboração da ferramenta QFD detalhada passo a passo e ao final, no APÊNDICE está disponível todos os formulários utilizados para levantamento dos valores dos consumidores e pesquisa de mercado além do QFD completo.
NECESSIDADES DOS CLIENTES
Para identificação das necessidades dos consumidores, utilizou-se 20 dados considerados pela equipe como atributos de compra pelos potenciais compradores do móvel para crianças, QUADRO 11. 
QUADRO 11 - NECESSIDADES IDENTIFICADAS PARA O MÓVEL
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
REQUISITOS DO PRODUTO
Após o levantamento dos potenciais atributos de compra, gerou-se uma cena para cada atributo e com base nisto, estes atributos permitiram ser traduzidos em requisitos dos consumidores. 
Segundo (AMARAL, 2006) os requisitos da qualidade, também conhecidos como necessidades dos consumidores são as necessidades, expectativas e desejos dos clientes expressos em forma qualitativa. Os autores indicam listas de verificação, entrevistas ou qualquer outro método de interação com estes requisitos como forma de consulta e levantamento dos mesmos. Com isto, as necessidades dos clientes podem ser visualizadas no QUADRO 12.
QUADRO 12 - TRADUÇÃO DOS DADOS ORIGINAIS EM NECESSIDADES DOS CONSUMIDORES
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Após a transformação dos dados originais em requisitos dos clientes, os mesmos são classificados e hierarquizados, QUADRO 13, considerando o fundamento de cada necessidade do consumidor. A setorização é dividida em: sustentabilidade, design, distribuição e uso do produto, sendo este último, subdividido em operação, limpeza e transporte.
QUADRO 13 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DOS CONSUMIDORES
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
CARACTERÍSTICA DA QUALIDADE
Para dimensionamento das necessidades dos consumidores levantadas, utilizam-se os requisitos quantitativos da qualidade, também denominados como características da qualidade. Portanto, para medição das necessidades encontradas para o móvel infantil, utilizou as características da qualidade mencionadas na imagem abaixo, com sua respectiva unidade de medida, QUADRO 14.
QUADRO 14 - CARACTERÍSTICAS DA QUALIDADE
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
CORRELAÇÃO ENTRE AS NECESSIDADES DO CONSUMIDOR E OS REQUISITOS DA QUALIDADE
Para (BACK, 2008), o objetivo de relacionar as necessidades do consumidor (NC) com os requisitos da qualidade (RQ) é obter indicadores em valores de quanto cada necessidade possui o poder de afetar ou é afetado por algum parâmetro técnico. Assim, segundo o autor, gera-se o grau de importância de cada requisito, facilitando a tomada de decisões dos projetistas do produto em questão. 
Na FIGURA 13, encontra-se a relação entre NC e RQ do móvel infantil, considerando a seguinte escala: 3 (forte), 2 (médio), 1 (fraco) e 0 (nulo).
FIGURA 13 - RELAÇÃO ENTRE NC E RQ DO MÓVEL INFANTIL
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
VALOR DO CONSUMIDOR 
Para avaliar o valor de importância no ponto de vista dos consumidores referente à cada necessidade do consumidor, realizou-se um questionário com grau de importância para cada idem. 
No instrumento de pesquisa, a equipe considerou válidas apenas respondentes que possuam algum grau de relacionamento com crianças entre 1 a 4 anos, seja como profissionais pedagógicos, outros profissionais relacionados ao público, pais/responsáveis e pessoas com outro grau de parentesco. Assim, arrecadou-se 46 respostas válidas, conforme GRÁFICO 4. O questionário aplicado encontra-se no APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO
Para obtenção dos resultados do valor de importância atribuído pelos consumidores para cada necessidade do produto em questão, utilizou o método de cálculo a média aritmética com desvio padrão, conforme TABELA 1. 
GRÁFICO 4 - PERFIL DOS RESPONDENTES DA PESQUISA SOBRE O VALOR DO CONSUMIDOR
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
TABELA 1 - VALOR DO CONSUMIDOR
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
MÉTODO DE KANO 
O método busca classificar as necessidades dos consumidores entre atributos obrigatórios, unidimensionais, atrativos, reversos e neutros com base em informações extraídas em pesquisas de mercado (KANO, 1984). Ainda, o autor define estes atributos como:
a) Atributos obrigatórios: são critérios considerados como básicos, ou seja, devem obrigatoriamente constar no produto. Caso contrário, causará insatisfação ao cliente.
b) Atributos unidimensionais: este atributo é proporcional ao nível de atendimento, ou seja, quanto melhor o atendimento, maior a satisfação e assim inversamente. 
c) Atributos atrativos: são atributos considerados chaves para o produto e está ligado a surpreender as expectativas dos clientes, todavia, sua falta não causa insatisfação. 
d) Atributos reversos: estes atributos causam insatisfação ao cliente pela sua presença. 
e) Atributos neutros: são atributos que sua presença não causa satisfação, mas também sua ausência não causa insatisfação. É indiferente. 
Através dessa classificação, é possível dimensionar esforços para os requisitos de fato importantes e excluir aqueles que, considerados pela equipe como fortes atributos, não obteve valores significativos pelos consumidores suficientes para constar no produto. 
Assim, através da pesquisa de mercado feita com pessoas que possuam relacionamento com o público no qual o produto é destinado para o seu consumo, a equipe obteve 50 respostas válidas. No GRÁFICO 5 é possível visualizar o perfil dos respondentes da pesquisa realizada. Na TABELA 2, TABELA 3 e GRÁFICO 6 é possível visualizar a classificação com base na pesquisa de mercado e o questionário consta no APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO.
GRÁFICO 5 - PERFIL DOS RESPONDENTES DA PESQUISA DE KANO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
TABELA 2 - PESQUISA DE KANO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
	Considerando que as questões referentes aos itens de substituição
dos jogos no ato da compra e venda via plataforma online não foi compreendidas pelos respondentes, seus resultados na pesquisa de Kano, bem como outros indicadores de decisão para o desenvolvimento do produto não serão considerados por decisão da equipe de projeto, apesar da não exclusão dos mesmos no Desdobramento da Função da Qualidade.
TABELA 3 - COEFICIENTE DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
GRÁFICO 6 - COEFICIENTE DE SATISFAÇÃO DE CONSUMIDOR
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
GRAU DE IMPORTÂNCIA GERAL
O grau de importância geral de cada atributo definido através da discussão da equipe considera a escala 5 (muito importante) e 3 (pouco importante), FIGURA 14.
FIGURA 14 - GRAU DE IMPORTÂNCIA GERAL
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
AVALIAÇÃO DE MERCADO
Através de benchmarking dos concorrentes citados no item 1.3.6.5, a equipe analisou o desempenho de seus concorrentes e do desempenho projetado para todas as necessidades dos consumidores. Atribuiu-se uma escada de 5 a 1, sendo 5 considerado alto desempenho e 1 baixo desempenho, FIGURA 15.
FIGURA 15 - PESQUISA DE MERCADO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
TELHADO DA QUALIDADE
A matriz de correlações, ou então, telhado da qualidade analisa as correlações entre os requisitos da qualidade (RQ) permitindo identificar com essa correlação, quais alterações de um único requisito afeta o desempenho dos demais.
Na FIGURA 16 encontra-se o telhado da qualidade referente ao produto em questão. 
FIGURA 16 - TELHADO DA QUALIDADE
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
ESPECIFICAÇÕES
Após a definição das necessidades dos clientes e elaborado o desdobramento das funções da qualidade, foi possível determinar as especificações do produto, QUADRO 15. As especificações são o ponto de partida para concepção do produto e determinam as características que irão garantir o atendimento dos requisitos.
QUADRO 15 - ESPECIFICAÇÕES
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
PROCESSOS DE MANUFATURA
O plano de manufatura especifica as características e etapas de fabricação do produto, considerando as características definidas nas especificações. O projeto do móvel infantil será fabricado de acordo com as informações do QUADRO 16.
QUADRO 16 - PLANO DE MANUFATURA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA
Nos seguintes itens, aborda-se a análise financeira do projeto, demonstrando qual a viabilidade de investir do mesmo.
INVESTIMENTO INICIAL
Investimento é todo o material primário necessário para iniciar algum negócio, do ponto de vista literal, é o capital ou título que se aplica com intuito de se obter rendimento a um determinado prazo.
Na TABELA 4 estão presentes todos os investimentos necessários para iniciar projeto, sendo eles ferramentas, equipamentos, itens mobiliários e documentação necessária.
TABELA 4 - INVESTIMENTOS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
MATÉRIA PRIMA
A matéria prima base do produto será o Pallet de madeira, porém para chegar ao produto final se vê necessária a utilização de vários outros componentes, além do consumo de lixas para eliminar farpas e imperfeições na madeira.
M.O.D.
Por se tratar de um produto com uma manufatura mais complexa, será necessário ter mão de obra especializada, no caso, um marceneiro que tenha domínio suficiente para recriar o modelo do produto 3D em um produto de Pallet, com agilidade e qualidade. Além de um auxiliar de montagem, que ficará tanto responsável por auxiliar o marceneiro na montagem, quanto movimentar matérias primas e produtos acabados além das ferramentas.
GASTOS FIXOS E GASTOS VARIÁVEIS
	Gastos fixos são todos aqueles que, independente do quanto é produzido, o valor não altera. Estes são divididos entre custos fixos, que são todos os diretamente relacionados com o processo produtivo, e despesas fixas que estão relacionadas aos processos administrativos. Nas TABELA 5 e TABELA 6 podem ser observados esses gastos.
TABELA 5 - CUSTOS FIXOS
	
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
TABELA 6 - DESPESAS FIXAS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Os gastos variáveis são todos aqueles que variam de acordo com a quantidade produzida, sendo divididos entre custos variáveis, que são aqueles diretamente relacionados com o processo produtivo, e as despesas variáveis, relacionada aos impostos. Estes estão listados nas TABELA 7 e TABELA 8.
TABELA 7 - CUSTOS VARIÁVEIS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
TABELA 8 - DESPESAS VARIÁVEIS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
PREÇO DE VENDA
Com base em todos os valores levantados de gastos para produção, e expectativa de demanda de venda para ratear os custos fixos, o valor mínimo de venda que permite com o tempo ter um lucro desejável ficou de R$ 670,00. A empresa optou por manter o preço fixo ao passar dos anos de operação e trabalhar o aumento da quantidade vendida, incrementando assim a margem de lucro ano após ano. O GRÁFICO 7 demonstra a evolução da margem de lucro de acordo com o aumento das vendas.
GRÁFICO 7 - EVOLUÇÃO DA MARGEM DE LUCRO X QUANTIDADE VENDIDA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
FLUXO DE CAIXA
Pode ser observado na TABELA 9 o fluxo de caixa esperado para o projeto, considerando o valor já estabelecido, a demanda de venda e os gastos. Na tabela encontra-se o valor presente líquido (VPL) que mede o valor presente dos fluxos de caixa gerados pelo projeto ao longo de sua vida útil, o payback, que estima o tempo necessário que o fluxo de caixa necessita para recuperar o investimento inicial, considerando tanto o fluxo normal quanto o fluxo descontado, e a taxa interna de retorno (TIR), que é um método muito utilizado na análise de viabilidade econômica de projetos de investimento.
TABELA 9 - FLUXO DE CAIXA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Analisando a tabela, observa-se que o VPL do projeto, considerando 6 anos, é de R$ 384.139,00, que o projeto tem uma atratividade de 59% considerando a TIR, e um retorno de investimento de 30 meses em fluxo normal, e 31 meses com fluxo descontado.
FATORES DE INFLUÊNCIA DO PROJETO
Os fatores de influência referem-se a condições internas e externas que podem influenciar, restringir ou redirecionar o projeto. Os principais fatores foram mapeados no QUADRO 17, para que a equipe de projetos esteja atenta a possíveis interferências.
QUADRO 17 - FATORES DE INFLUÊNCIA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
RELATÓRIO DO PROGRESSO DO PROJETO
O relatório abaixo demonstra as etapas concluídas do projeto, com acompanhamento realizado pelo programa MS Project®.
DESENVOLVIMENTO DE APROVAÇÃO DE FASE
A FIGURA 17 ilustra o termo de aprovação da fase 2.
FIGURA 17 - TERMO DE APROVAÇÃO DE FASE
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
PROJETO CONCEITUAL
	Nesta etapa do projeto é desenvolvido o conceito que o produto irá ter, ou seja, suas estruturas funcionais, seu design.
DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA FUNCIONAL
Nesta etapa foram relacionadas as necessidades dos clientes e os seus respectivos requisitos descrevendo as características funcionais para cada necessidade. A fim de listar as obrigatoriedades e aspectos que a estrutura do produto deve comtemplar para atender os requisitos da qualidade estipulados.
Abaixo segue QUADRO 18 que descreve a análise da estrutura funcional pretendida para o produto. 
QUADRO 18 - DEFINIÇÃO ESTRUTURA FUNCIONAL
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
ESTUDO DAS ESTRUTURAS ALTERNATIVAS
O projeto estrutural do produto sofreu alguns ajustes até que fosse definida a estrutura final do mesmo, que contemplasse todos os requisitos e necessidade dos clientes e ao mesmo tempo apresenta-se um layout atraente para o consumidor final. 
O primeiro esboço do produto, o qual foi utilizado para a realização das perguntas aplicadas para o público alvo para identificar sua opinião foi ilustrada na FIGURA 17.
	 
FIGURA 17 -PRIMEIRA ILUSTRAÇÃO DO PRODUTO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
	Após a realização da análise de mercado através da utilização da metodologia QFD, a estrutura funcional do projeto ganhou outra forma, visando atender as
necessidades que foram relevantes na pesquisa e novas ideias e propostas trazidas pela equipe de projeto. Esta nova estrutura demonstrada na FIGURA 18 foi apresentada aos acadêmicos de Design a fim de realizar uma consultoria e agregar opiniões a respeito do design e características do móvel.
	Esta segunda alternativa teve as seguintes alterações e incrementos quando comparado ao primeiro esboço:
a) acrescentou espaço para armazenamento de mochilas;
b) abertura (janela) para função de teatro;
c) aumento das medidas do produto;
d) inclusão de 1 pé a mais para sustentação da mesa, passando a ser no total 2 pés, um em cada extremidade;
e) a criança passa a entrar no móvel para brincar, portanto foi aberto um espaço para a passagem da criança;
f) eliminação de brinquedos sensoriais em um dos lados do produto pois foi substituído por outra função.
FIGURA 18 - SEGUNDO ESBOÇO DO PRODUTO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
	A estrutura acima sofreu mais uma alteração devido apresentar algumas irregularidades e incertezas conforme visto com a equipe de Design, uma delas foi o aumento da segurança que o produto precisaria ter devido a criança poder interagir dentro da estrutura e a passagem serem relativamente estreita aonde a criança teria que engatinhar para entrar. Além disto, com o armazenamento de mochilas dentro do móvel perde-se um espaço considerável diminuindo o conforto que a criança teria quando estivesse dentro da estrutura. 
Com as problemáticas identificadas na nova estrutura (esboço 2), a equipe de projeto realizou um brainstorming e listou as irregularidades e soluções para cada uma delas, a fim de resolver os problemas. Na FIGURA 19 representam-se as relações e alternativas sugeridas para resoluções dos problemas. 
FIGURA 19 - DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
 Com essa nova concepção de estrutura, foram realizados ajustes no layout do produto, conforme demostrado na FIGURA 20, onde sua estrutura passou a ter o armazenamento no “telhado” do móvel para aproveitamento de espaço aonde a mesa do produto serve como tampa para fechar essa estrutura, foi incluído 2 bancos ao produto, a mesa passou a ser de encaixe e não mais dobrável e um dos módulos virou a função porta para facilitar a entrada e saída da criança para dento e fora da estrutura do móvel. Houve definição do modo como seria a embalagem do produto (caixa Kraft e plástico-bolha), e por fim, foi acrescentada uma cortina com recorte para a função teatro.
FIGURA 20 - TERCEIRO ESBOÇO DO PRODUTO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
ANÁLISES COMPARATIVAS
Após definido as alterações das estruturas e analisado as alternativas, nesta etapa do projeto é aonde se realiza as análises comparativas das concepções dos produtos geradas, como também dos concorrentes. As comparações realizadas são feitas pelo método Pugh aonde se utiliza do sinal positivo (+) para melhor desempenho, sinal negativo (-) para piores desempenhos e a numeração zero (0) quando for igual. No QUADRO 19 abaixo se demonstra as análises para as estruturas. 
QUADRO 19 - MÉTODO DE PUGH
FONTE: ELABORADOR PELOS AUTORES (2018)
IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
Neste tópico, serão abordados os processos de fabricação, bem como os tempos e cálculos de capacidade manufatureira e Gráfico de Balanceamento de Operadores.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
Os processos de fabricação serão divididos em 6 células, sendo elas:
a) Triagem e desmontagem dos pallets, considerado como principal matéria prima do produto;
b) Processamento, onde será feita cortes de partes específicas, aplaine e ajustes necessários, furação e lixamento de toda a superfície;
c) Montagem inicial, realizando a montagem da parte principal da estrutura do produto, em conjunto com a montagem de seus componentes, tais como tampa, mesa e bancos. Neste processo também será realizada a aplicação da massa após as montagens e inspeção dimensional de todas as partes;
d) Pintura, onde contará com o auxílio de uma cabine de pintura para aplicação do primer e das duas camadas de acabamento em todos os componentes montados até então, além disso, a inspeção de camada após pintura também compõe este processo;
e) Montagem final, no qual será anexado em sua estrutura os jogos e demais componentes os quais serão adquiridos externamente;
f) Expedição e embalagem do produto final.
As etapas de fabricação são representadas através do fluxograma na FIGURA 21, bem como o estudo de layout fabril na FIGURA 22.
FIGURA 21 - FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
FIGURA 22 - ESTUDO DE LAYOUT DO CHÃO DE FÁBRICA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
GRÁFICO DE BALANCEAMENTO DE OPERADORES
O gráfico de balanceamento de operador, GRÁFICO 8, é utilizado para determinar as tarefas que serão realizadas por cada operador em seu posto de trabalho. A linha do takt time, calculada com base na disponibilidade e demanda da produção, está presente como referência para a distribuição de tarefas e balanceamento (GOMES, et al., 2008). A primeira etapa para o GBO é caracterizada pelo levantamento dos tempos de cada centro de agregação de valor, QUADRO 20, em seguida, o cálculo do takt time, QUADRO 21, e o cálculo de números de operadores necessários para suprir a demanda projetada na análise financeira, QUADRO 22. Assim, com os tempos e cálculos feitos, é possível distribuir as tarefas com base no GBO, GRÁFICO 8, entre os operadores. 
QUADRO 20 - TEMPO DOS PROCESSOS DA FABRICAÇÃO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Para determinação do tempo disponível, considerou-se um turno de 8h40 com 1h de intervalo e 22 dias úteis. A demanda projetada na análise financeira para o primeiro ano é de 132 peças/mês e 6 peças/dias. Todos os cálculos de capacidade utilizados no GBO estão por dia. 
QUADRO 21 - CÁLCULO DE TAKT TIME
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
	Embora o tempo de ciclo da operação de desmontagem e triagem do pallet encontra-se unitário no levantamento dos tempos, para o tempo de processamento, considera-se 7 vezes maior, isso se justifica pela necessidade de 7 pallets para a fabricação de um único produto final. 
QUADRO 22 - CÁLCULO DE QUANTIDADE DE OPERADORES NECESSÁRIOS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
GRÁFICO 8 - GBO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DOS FORNECEDORES
	O mapeamento dos fornecedores de todos os insumos e matérias primas, bem como, definição das estratégias, QUADRO 23, a serem usadas para cada rede de contato, é de fundamental importância para a projeção financeira mais apurada e estabelecimento de uma cadeira de suprimento sólida e estrutura.
QUADRO 23 - ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
ATUALIZAÇÃO DA ANÁLISE ECONÔMICA
Nessa fase, está presente a nova análise financeira obtida com atualizações na concepção do produto.
INVESTIMENTO INICIAL
Considerando que houve alterações apenas no produto, o único fator de investimento que teve alteração em seu valor, foi no estoque inicial, esse, que foi considerado material suficiente para a confecção de 5 brinquedos, passando de R$ 1.152,34 para R$ 1.404,84, conforme disponível na TABELA 10.
TABELA 10 - INVESTIMENTOS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
MATÉRIA PRIMA
Com o andamento do projeto, houve alterações constantes no produto, e consequentemente na matéria prima que será necessária. Verificou-se que, os iniciais 4 pallets não seriam suficientes para confeccionar o produto, passando para 7 pallets. Outro item adicionado foram os brinquedos deslizantes, confeccionados em chapas de mdf. Os novos valores para os custos variáveis se encontram na TABELA 11. O percentual de impostos permaneceu o mesmo, 35%.
TABELA 11 - CUSTOS VARIÁVEIS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
MÃO DE OBRA
O valor inicialmente estimado para a mão de obra foi de R$ 8.000,00, porém, a partir do momento em que foi realizado o GBO, constatou-se que seriam necessários mais funcionários para atender a demanda, passando de um marceneiro e dois auxiliares,
para dois marceneiros e três auxiliares, chegando a um novo valor de R$ 15.000,00.
GASTOS FIXOS E VARIÁVEIS
Nesse item, encontram-se os novos valores para os gastos fixos e variáveis obtidos através das reanálises e mudanças feitas no projeto do produto.
TABELA 12 - CUSTOS FIXOS 
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
TABELA 13 - DESPESAS FIXAS 
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
PREÇO DE VENDA DO PRODUTO
Finalizando a atualização da análise econômica, e buscando manter uma projeção de porcentagem de lucro semelhante a anterior, chegou-se a um novo preço de venda de R$ 820,00.
PROJEÇÃO DE FATURAMENTO
A projeção de faturamento tomou por base uma venda inicial de 132 brinquedos por mês no primeiro ano, aumentando 9% a cada ano que passa, porém, sempre mantendo a mesmo preço do produto. Abaixo, pode-se analisar no GRÁFICO 9 a projeção de faturamento para os 6 anos analisados.
GRÁFICO 9 - PROJEÇÃO FATURAMENTO 6 ANOS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
FLUXO DE CAIXA
Na TABELA 14 observam-se os novos valores para o fluxo de caixa dos 6 anos considerados, além da nova TIR de 67%, um novo VPL de R$ 480.157,63, e um Payback descontado que passou de 31 meses para 29 meses.
TABELA 14 - FLUXO DE CAIXA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
REUNIÃO DE APROVAÇÃO DE FASE
A FIGURA 23 ilustra o termo de aprovação da fase 3.
FIGURA 23 - TERMO DE APROVAÇÃO DE FASE
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
PROJETO PRELIMINAR
A fase preliminar refere-se à determinação do layout final do projeto, indicando a viabilidade técnica, a conformidade com aspectos legais e de segurança, a revisão de patentes e as análises de qualidade.
ESPECIFICAÇÃO DE PROJETO
Na etapa de especificação serão identificadas as características selecionadas para compor o conceito final do produto, sendo então traduzidas em um projeto preliminar.
IDENTIFICAÇÃO DE ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO
Nesta etapa do projeto as características do produto, conforme as necessidades do cliente identificadas no desdobramento da função da qualidade serão analisadas e identificadas quais de fato farão parte do conceito final do produto. As especificações do produto podem ser vistas na FIGURA 24.
FIGURA 24 – ESPECIFICAÇÃO DO PRODUTO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
DEFINIÇÕES DE COMPONENTES
Após a identificação das funções e especificações do produto foi elaborado o conceito final do produto e definição de seus componentes conforme FIGURA 25, FIGURA 26 e Figura 27, os desenhos detalhados estão disponíveis no item 5.1.
FIGURA 25 – DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
FIGURA 26 - DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Figura 27 - DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
REVISÕES DE PATENTES
Conforme o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2017), a patente é “um documento formal, expedido por uma repartição pública, por meio do qual se conferem e se reconhecem direitos de propriedades e uso exclusivo para uma invenção descrita amplamente”, afirmando também tratar-se de “um privilégio concedido pelo Estado aos inventores (pessoa física ou jurídica) detentores do direito de invenção de produtos e processos de fabricação, ou aperfeiçoamento de algum já existente”.
Para tanto, a seguir serão apresentadas algumas patentes, as quais se assemelham às características do produto deste projeto:
1. Patente “disposição construtiva aplicada a casa brinquedo com varanda”
Conforme disposto no resumo da patente em questão, a casa de brinquedo com varanda tem como principais características a facilidade e praticidade na montagem, a qualidade e resistência dos materiais utilizados, o design exclusivo com uma varanda externa e o tamanho ideal para entretenimento infantil.
A casa de brinquedo com varanda é composta por um assoalho que serve de base e sustentação da casa. Duas paredes laterais e uma parede frontal com configuração de portas e janelas personalizada e uma parede traseira com face lisa. A montagem da casa de brinquedo com varanda é feita com a utilização de cantoneiras e parafusos fixados em travessas de madeira com ajustes de encaixe configurados de fábrica. A cobertura da casa é feita com um telhado também fixado com sistema de parafusos em travessas. Na frontal da casa o cercado externo delimita a varanda da casa de brinquedo.
Registro: MU 9100667-8 U2
Data de depósito: 08/04/2011
Data de publicação: 04/06/2013
Titular(es): Evandro Raposo Schaphauser
Inventor(es): Evandro Raposo Schaphauser
FIGURA 28 – DESENHO TÉCNICO MU 9100667-8 U2
Fonte: INPI (2018)
FIGURA 29 - DESENHO TÉCNICO MU 9100667-8 U2
Fonte: INPI (2018)
1. Patente “casa de boneca de brinquedo”
Patente de modelo de utilidade de brinquedo para uma casa de boneca que é compreendido por um centro de atividades para crianças, tem um formato quadrado com telhado dividido por 2 partes fixadas por parafusos ao centro da casa, fácil montagem de suas peças, todas com detalhes em alto e baixo relevo na parte externa e interno e diversas entradas de ar por suas laterais, sua porta encaixa na lateral de maneira que o parafuso fique embutido no brinquedo proporcionando total segurança, confeccionada em material de polietileno com índice de fluidez de 2,16 Kg/190° com densidade 2mg de 0,93 teste de envelhecimento acelerado por luz U.V de 4000 horas.
A casa possui 01 pia, 01 fogão, 01 tábua de passar, 01 ferro de passar, 01 relógio, 01 balcão, 01 telefone, 01 campainha.
A casa de boneca com chaminé em cores diversas, possui campainha que emite som de verdade, balcão externo e interno, janelas, porta-correio, porta vai-e-vem, tábua de passar com ferro de passar, relógio de parede pia, fogão com mecanismo e som imaginário de grill, matéria prima de polietileno composto de aditivo anti-estático e aditivos anti-UV, que protege contra raios solares, não desbota com o sol e chuva, reduz atrito dos tecidos dá resistência ao produto. Medidas: Compr. 1,85m x Alt. 1,70m x Larg. 1,70m
Registro: MU8802862-3 U2
Data de depósito: 05/12/2018
Data de publicação: 10/08/2010
Titular(es): Maria das Neves Kuwamoto Romero Rubio
Inventor(es): Maria das Neves Kuwamoto Romero Rubio
FIGURA 30 – DESENHO TÉCNICO MU8802862-3 U2
Fonte: INPI (2018)
1. Patente “Brinquedo pedagógico e decorativo com funções de jogos”
Patente de modelo de utilidade de brinquedo pedagógico e decorativo com funções de jogos, cuidadosamente desenvolvido para atender de forma abrangente crianças, adultos, homens e mulheres, bem como possibilitando seu uso como agenda, enfeite e jogos confeccionados de plástico resistente ou madeira atóxica. O referido brinquedo compreende uma peça na qual são alojados cubos dotados em suas faces de cores diversas, palavras, figuras, números, letras, calendários, lembretes, Etc. Nos compartimentos os cubos, no total de dezenove, oferecem funções de jogos.
Registro: MU 7400846-3
Data de depósito: 09/06/94
Data de publicação: 09/01/96
Titular(es): Luciano Wagner Mendes
Inventor(es): Luciano Wagner Mendes
FIGURA 31 – DESENHO TÉCNICO MU 7400846-3
FONTE: INPI (2018)
ASPECTOS LEGAIS E DE SEGURANÇA
	Para o desenvolvimento do produto, utilizou-se de informações contidas na norma NBRNM300 de 09/2007 que trata de elementos fundamentais para a segurança de brinquedos utilizados para menores de 14 anos. A norma abrange sobre os conteúdos abaixo:
	Título da Norma: Segurança de brinquedos - Parte 1: Propriedades gerais, mecânicas e físicas.
	Objetivo da Norma: Aplicam-se a todos os brinquedos, isto é, qualquer produto ou material projetado ou claramente destinado para o uso em brinquedos para crianças menores de 14 anos. Estes requisitos são aplicados aos brinquedos novos no estado em que serão recebidos pelo consumidor e, além disso, se aplicam ao brinquedo após ter sido submetido às condições razoavelmente previstas de uso normal e de abuso, a menos que dito em contrário.
SELEÇÃO DE LAYOUTS ALTERNATIVOS
Para simular o processo produtivo no chão de fábrica utilizou-se a ferramenta de simulação de cenários PROMODEL®. Os processos,
número de operadores, divisão em células e tempos de operação foram extraídos da análise do GBO realizada anteriormente no item 3.4.2. Alguns destes dados foram adaptados para o entendimento da linguagem do programa a fim de possibilitar a geração da simulação. 
Os processos foram divididos em cinco células de manufatura, sendo elas denominadas: célula de desmontagem, processamento, pintura, montagem e conferência. Para o armazenamento de matéria em processo foram distribuídas entre as etapas de manufatura áreas destinadas para depósito, estas denominadas como: área de madeira aguardando ser processada, área de carcaça não pintada, área de carcaça pintada e por fim expedição, local de armazenamento do produto acabado. O produto, nomeado como entidade na linguagem da ferramenta sofre três mudanças no decorrer de seu processamento, iniciando como pallet (matéria prima de entrada do processo), alterando para carcaça após passar pela célula de processamento e por último, vira produto acabado, expedindo para o caminhão de saída. Na Figura X representa-se a imagem do PROMODEL® com todas as etapas listadas acima. 
 
FIGURA 32 - SIMULAÇÃO PROMODEL®
Fonte: Elaborado pelos autores (2018) 
A sequência das atividades realizadas na simulação via PROMODEL® está exemplificada no fluxo abaixo, iniciando com o pallet sendo recebido no processo e terminando no final da linha produtiva aonde se encaminha para o EXIT, ou seja, conclusão do processo e como resultado, o produto para crianças. 
 
FIGURA 33 - SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Ao término da simulação é possível analisar graficamente dados como ociosidade de funcionários, capacidade das operações, estoques intermediários, quantidades produzidas ao final do processo e entre outros indicadores gerados. Estes auxiliam na tomada de decisão e possibilitam a análise se o processo está dentro de sua capacidade e parâmetros definidos. 
ANÁLISE DE CICLO DE VIDA
O material base do produto, a madeira, tem seu início a partir de sua plantação, considerando que serão utilizados pallets, as madeiras mais comuns utilizadas são pinus e eucalipto. O escolhido para o projeto foram os pallets de pinus, considerando que é uma madeira mais leve e mais fácil de achar. O Pinus leva cerca de 17 anos para que esteja pronto para ser cortado e utilizado como madeira, ou seja, a área utilizada para o plantio de Pinus fica “inutilizada” durante 17 anos, ou melhor, cortando uma árvore hoje, a área apenas poderá voltar a ser explorada extraindo pinus novamente após 17 anos.
Para o processo de obtenção da madeira, deve-se considerar a utilização de água, desgaste de ferramentas como motosserras para o corte, e emissão de gases oriundos da queima da gasolina e diesel para o transporte da mesma.
Após o corte da árvore, a madeira é cortada em partes menores, onde, dependendo a finalidade, não se vê necessária a retirada da casca, porém não é o caso, onde a madeira e serrada em peças retangulares ou quadrangulares nas mais variadas dimensões. Segundo (MARTINS, 2012) apenas 36% do volume de uma tora realmente vira madeira, podendo se agravar, caso o maquinário da indústria seja inadequado ou obsoleto.
Os pallets são facilmente montados, considerando a utilização de travessas de encaixe e ferramentas pneumáticas para a sua confecção. Montado o pallet, o mesmo pode ser utilizado no auxilio no transporte de carga e armazenagem nas mais variadas indústrias, como distribuidores, armazéns, supermercados, galpões, etc.
É comum observar-se pallets de madeira dispostos em ruas, terrenos baldios ou até mesmo em rios, porém, o presente projeto visa dar um novo destino à essa madeira reutilizando-a em forma de brinquedo. Parte da madeira do pallet não é possível aproveitar, como recortes ou pedaços que quebram na desmontagem, estes serão destinados para indústrias de compensados, já a serragem virará adubo e os pregos separados e destinados à reciclagem.
As etapas de desmonte do pallet, preparação da madeira e montagem do brinquedo, considerando material utilizado e perdas do processo, estão descriminadas abaixo, nos QUADRO 24, QUADRO 25 e QUADRO 26
QUADRO 24 - DESMONTAGEM DO PALLET
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
QUADRO 25 - PREPARAÇÃO DA MADEIRA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
QUADRO 26 - BRINQUEDO MONTADO
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Montado o brinquedo e já lixado, este passará por um tratamento, buscando aumentar a vida útil da madeira, considerando evitar degradação por umidade ou cupins. O tratamento será à base de seladora, que nada mais é que um solvente misturado com óleo ou resina, que dará uma proteção fina, brilhante e transparente ao brinquedo.
Essa madeira, após decidir-se descartar o brinquedo, não deve ser utilizada para lenha, visto que a seladora irá soltar elementos tóxicos, assim como, segundo (CARRER, 2013) o CCA (Arsenato de Cobre Cromatado) é o preservativo mais utilizado no mundo, e a queima do mesmo libera taxas elevadas de arsênio, cobre e cromo, sendo alarmante, uma vez que uma pequena quantidade, principalmente de arsênio, podem gerar danos graves a saúde.
O mesmo também não deve ser descartado no meio ambiente, pois o tratamento feito com a seladora dificultará a degradação do mesmo. O correto é buscar pessoas que queiram, assim como neste projeto, reutilizar madeira para outro fim, sendo esta uma madeira já plainada, lixada e tratada. Porém, caso não se veja alternativa, a madeira deverá ser destinada a um aterro sanitário, porém, antes ela deverá passar por uma descontaminação, conforme citado por (SANTOS, 2014), a madeira passará por um processo de coagulação e precipitação total desses metais utilizando-se de um reagente, podendo ele ser um ácido nítrico (HNO3), ácido sulfúrico (H2SO4), hidróxido de sódio (NaOH) entre outros. Depois de separados os metais da madeira, é realizado um tratamento eletroquímico do efluente gerado para recuperar o Cu e utilização de resinas de troca iônica para recuperação de Cu e Cr. Após essa descontaminação, a madeira poderá ser destinada ao aterro.
As tintas têm como uma mistura homogênea de pigmentos, resinas, compostos fenólicos e solventes (CARVALHO, 2005). As tintas são de grande utilidade nos setores que necessitam da aplicação de um filme com ação protetora, na buscar por proteção contra corrosões, degradações e ações estéticas, para diferentes setores automobilísticos, metalúrgicos e principalmente a construção civil (GIUDICE, 2009). 
A classificação da tinta também pode ser de acordo com a sua aplicação conforme o QUADRO 27.
QUADRO 27 - VARIAÇÕES DE TINTAS
Fonte: Adaptação de (GUÍO, 2013)
A tinta utilizada no produto foi à base de solvente ela proporciona melhor cobertura, melhor aderência e possibilita melhor trabalhabilidade, principalmente nos reparos, porém tem como desvantagens a baixa estabilidade na armazenagem, exige EPI e Resolução ANTT 420/04- transporte de produto perigoso. Os solventes podem ser classificados segundo sua natureza química hidrocarbonetos (alifáticos, aromáticos e terpênicos), Solventes oxigenados (álcool, ésteres, éter glicólico, cetona), Solventes clorados, Éter e Nitroparafina.
Na resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente de N o 307, de 5 de julho de 2002, alterada pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente Nº 348, de 16 de agosto de 2004. Nesta legislação define-se, IV - Classe “D”: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde”. Assim, as tintas são classificadas como resíduos perigosos, devido os seus componentes que são eles, a bases antimicrobianas, os VOC e metais como cádmio, crômio e chumbo ser tóxicos no meio ambiente - tanto no solo, como no ar e na água.
No Brasil não existe regulamentação específica sobre o descarte
de tintas em solo e na água. Porém, na Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente N°430 de 13 de maio de 2011, definem-se que “Art. 2 A disposição de efluentes no solo, mesmo tratados, não está sujeita aos parâmetros e padrões de lançamento dispostos nesta Resolução, não podendo, todavia, causar poluição ou contaminação das águas superficiais e subterrâneas”. Art. “3 Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente nos corpos receptores após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis.” Segundo (ANDRADE, 2004) a poluição das águas leva a graves problemas ecológicos que devem ser evitados ou minimizados através da determinação da toxicidade de milhares de substâncias químicas, bem como de seus produtos de degradação, utilizados para fins industriais, agrícolas e domésticos, que frequentemente são descarregados nos diferentes aquíferos.
As etapas de selagem do pallet e pintura da madeira, considerando material utilizado, estão descritos abaixo, nos QUADRO 28 e QUADRO 29
QUADRO 28 - APLICAÇÃO DA SELADORA À BASE DE SOLVENTE
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
QUADRO 29 - APLICAÇÃO DE TINTA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS
A fim de obter a melhor aderência da tinta no produto em questão, foi realizado um experimento com o objetivo de analisar possíveis fatores que afetam a qualidade da aderência da tinta na superfície do móvel, para então projetar um produto com maior qualidade percebida pelo cliente.
Para o mesmo, foram analisados fatores controlados, não controlados e constantes, estando os fatores controlados analisados nesse experimento disponíveis na TABELA 15 enquanto os valores das amostras, obtidos através das combinações dos fatores controlados, estão presentes na TABELA 16.
TABELA 15 - FATORES CONTROLADOS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
TABELA 16 - DADOS PARA TABELA ANOVA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Os dados apurados pela análise revelaram que a Base e a Lixa são significativas no experimento com P-valor respectivamente de 0,28% e 2,22%. A ferramenta utilizada, assim como as interações entre os fatores, não se mostrou significativas, conforme tabela anova disposta na TABELA 17.
TABELA 17 - TABELA ANOVA
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Foi realizada a análise das médias para identificar qual dos dois fatores é o melhor para a elaboração do produto, ou seja, dentro do fator Lixa qual seria o melhor (100 ou 180) e da mesma maneira, analisar se com base ou sem base apresenta o melhor resultado, concluindo assim, conforme TABELA 18, que a melhor lixa seria a de 100 e a melhor qualidade com aplicação de base.
TABELA 18 – ANÁLISE DE MÉDIAS
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
Dados e análises detalhadas sobre o experimento se encontram no APÊNDICE D – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS.
FMEA
Conforme (STAMATIS, 2003), a ferramenta FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) é utilizada para identificação de falhas, tendo como base três fatores analisados (ocorrência, detecção e severidade) de modo que para cada função e/ou item a ser estudado, se atribui uma nota conforme tabelas hierarquizadas. Resultando um grau de RNP (Risk Priority Number) no qual direcionará a equipe para a elaboração de um plano de ação para cada falha potencial encontrada. 
Aplicou-se a ferramenta FMEA nos 4 principais requisitos levantados no QFD, onde os mesmos apresentaram as maiores notas de importância, sendo eles, possibilidade de venda pela internet, ser reciclável, permitir desenhar no móvel e possuir capacidade para 5 usuários simultâneos. Com isso, identificaram-se falhas potenciais para suas respectivas funções, conforme APÊNDICE F – ANÁLISE DE MODO E FEITO DE FALHA (FMEA).
REUNIÃO DE APROVAÇÃO DE FASE
A FIGURA 34ilustra o termo de aprovação da fase 4.
FIGURA 34 - TERMO DE APROVAÇÃO DE FASE
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
PROJETO DETALHADO
Nesta fase serão apresentados os planos de fabricação detalhados, engenharia de valor e análise do protótipo funcional.
ENGENHARIA REVERSA
Engenharia reversa (ER) é o processo de descobrir os princípios tecnológicos e o funcionamento de um dispositivo, objeto ou sistema, através da análise de sua estrutura, função e operação.
São seis as principais aplicações da ER no desenvolvimento de novos produtos: a criação de um novo produto; a reprodução de um modelo existente; a correção de um modelo danificado; a implantação de melhorias em um produto; a inspeção de um modelo e a geração de documentação através de modelos tridimensionais (SOUZA, et al., 2009).
Para este projeto o conceito de ER foi aplicado para geração de documentação através de informações tridimensionais, o que significa que o produto passa pela engenharia reversa para ser documentado, com o objetivo de fornecer aos clientes e a própria empresa, a documentação necessária para manutenção, melhoria ou adequações do produto no futuro.
O móvel desenvolvido possui um projeto complexo e detalhado, por essa razão foi subdivido em conjuntos menores de acordo com a função e especialidade específica de cada etapa. A FIGURA 35 ilustra a legenda do documento de montagem final (1000.0000).
FIGURA 35 - Legenda do documento de montagem final (1000.0000)
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
A partir do documento 1000.0000 (Montagem final) pode-se explodir toda a lista de materiais que compõem o produto. Todo o projeto foi desenvolvido em ambiente 3D, através do software SolidWorks®. O pacote completo de desenhos está disponível no APÊNDICE E – DESENHOS DE FABRICAÇÃO.
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ENGENHARIA DE VALOR
Entende-se engenharia de valor (EV) como em um conjunto de esforços sistematizados com o objetivo de produzir um produto com o menor custo possível. Isto é possível através da análise de todas as funções do produto, buscando alternativas de redução de custos sem impactos negativos na qualidade (LERÍPIO, et al., 2009).
As técnicas de engenharia e análise de valor tem o objetivo de identificar oportunidades de incrementar o valor das funções de produtos. Foi desenvolvida pela General Eletric em 1947 com o objetivo de identificar oportunidades de redução de seus custos sem afetar a qualidade funcional dos produtos e por meio da identificação das funções de valor dos produtos, quantificar seus benefícios e custos relativos. As funções cujo custo está incompatível com o benefício da função são candidatos para estudos de melhoria. O termo análise de valor é geralmente aplicado para produtos existentes e engenharia do valor para novos produtos.
Com base nos conceitos acima foi feito o detalhamento das funções de valor do produto, mensurando o custo individual dos itens para identificar o custo relativo (CR) de cada função, além disso, as funções foram classificadas em primárias ou secundárias, e necessárias ou desnecessárias, conforme ilustrado no QUADRO 30. 
QUADRO 30 - DETALHAMENTO DAS FUNÇÕES DE VALORFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
A seguir foi utilizada a técnica de Mudge para comparar mutuamente todas as funções do produto e assim calcular a relevância de cada uma delas, este ponto foi chamado de benefício relativo (BR), o QUADRO 31 ilustra diagrama de Mudge.
QUADRO 31 - DIAGRAMA DE MUDGE 
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
A partir dos valores obtidos para o custo relativo (CR) e beneficio relativo (BR) de cada função, os dados foram organizados (QUADRO 32) e utilizados para criação de um gráfico comparativo (GRÁFICO 10).
QUADRO 32 - DADOS DE CR E BR 
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
GRÁFICO 10 - COMPARAÇÃO CR X BR FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
A análise das informações obtidas permitiu identificar que as funções D, G e R possuem os maiores custos relativos, no entanto, os maiores benefícios relativos estão nas funções A, B e C. A informação das maiores diferenças entre CR e BR permitiu a tomada de decisão de quais itens seriam trabalhados para redução de custo total do produto, sendo eles: D, G, K e R.
O custo total
do produto era de R$ 532,00 e o custo-meta foi de R$ 405,00, dessa maneira foram avaliadas alternativas que viabilizassem essa redução e o desenvolvimento de novos fornecedores e/ou parcerias com fornecedores existentes para os materiais das funções trabalhadas permitiu atingir o custo-meta.
REUNIÃO DE APROVAÇÃO DE FASE
A FIGURA 36 ilustra o termo de aprovação da fase 5.
FIGURA 36 - TERMO DE APROVAÇÃO DE FASE
FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2018)
CONCLUSÃO
Em um período competitivo e interligado, as expectativas dos consumidores aumentam, tornando-os mais críticos nos requisitos dos produtos e serviços dispostos atualmente no mercado. Portanto, as empresas que percebem a real necessidade de seus consumidores e possuem menor tempo de reação quanto às mudanças acabam se estabelecendo melhor em relação aos seus concorrentes, agregando valor aos seus produtos. 
Com o desenvolvimento do produto DaffToy, foi possível estudar os conceitos estudados em sala e aplicar ferramentas úteis para o estudo das necessidades e expectativas dos clientes, como por exemplo, o QFD, que através de pesquisas de mercado, possibilitou identificar os requisitos mais relevantes no ponto de vista dos usuários e concentrar esforços nos itens mais importantes para o desenvolvimento conceitual do móvel, resultando em um produto mais assertivo quanto às expectativas e necessidades dos consumidores. 
Na criação e desenvolvimento do produto utilizaram-se também ferramentas de gerenciamento de projetos, fundamentais para comunicação da equipe, monitoramento de prazos e conclusão do projeto em si. Para isto, utilizou-se o conceito de engenharia simultânea para cumprimento de todas as fases.
Após criteriosa análise financeira, a equipe constatou a viabilidade econômica do produto, permitindo assim, a implementação do projeto. Todavia, considerando a primeira construção do móvel como protótipo, o grupo concorda que para produção em série, alguns de seus componentes necessitam de modificações a fim de facilitar sua manufatura. 
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O móvel criado pela DaffToy permite que as crianças soltem a imaginação, desenvolvam os sentidos, interajam entre elas e aproveitem a época mais divertida de suas vidas. A DaffToy tem o prazer de compartilhar esse período com seus clientes.
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE A - CRONOGRAMA
APÊNDICE B – TERMO DE APROVAÇÃO DE FASE
APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO
Questionário 1 – Pesquisa de Valor do Consumidor
Questionário 2 – Pesquisa de Kano
 
 
APÊNDICE D – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS
 
 
APÊNDICE E – DESENHOS DE FABRICAÇÃO
 
APÊNDICE F – ANÁLISE DE MODO E FEITO DE FALHA (FMEA)
Retorno sobre investimento
Fluxo de Caixa Acumulado pelo VP	ANO 0	ANO 1	ANO 2	ANO 3	ANO 4	ANO 5	ANO 6	-105264.84169372295	-79520.098568303758	-23668.935829744078	61194.773376908706	174061.37370100553	314000.69728859974	480157.63180704304	Margem de lucro	
ANO 0	ANO 1	ANO 2	ANO 3	ANO 4	ANO 5	ANO 6	2.1109071991693824E-2	4.4744113387979387E-2	6.6427637604755105E-2	8.6320779088035579E-2	0.10457136760	480669	0.12131502679450486	TMA	6.5000000000000002E-2	6.5000000000000002E-2	6.5000000000000002E-2	6.5000000000000002E-2	6.5000000000000002E-2	6.5000000000000002E-2	6.5000000000000002E-2	
12345
DiretoriaX
Deseja que o projeto traga lucro e alcance a 
satisfação do cliente.
Equipe do Projeto
X
Executar as atividades afim de desenvolver, planejar 
e criar o produto seguindo o cronograma.
Gerente de ProjetoX
Garantir que toda a equipe do projeto esteja 
cumprindo os prazos e responsabilidades estipuladas 
afim de que o projeto siga conforme o planejado.
PatrocinadorXRetorno do Capital inverstido.
FornecedoresXDeseja tornar-se parceiro para vender seus produtos.
Orientador ProjetoX
Deseja que o projeto siga conforme as instruções 
repassadas.
ProfessoresX
Auxiliar a equipe de Projeto com esclarecimentos 
para a realização das atividades, caso necessário.
Acadêmicos DesignXContribuir com ideias para o layout

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