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DISFUNÇÃO SEXUAL MASCULINA Mauro Ricardo Lima Marques UROLOGIA P4B Caso clínico 1 • Homem, 65 anos, professor, refere episódios de impotência sexual há cerca de 1 ano. Mantém o desejo sexual. Refere stress profissional. • A.P: HAS, DM, dislipidemia, sedentário, distúrbio do sono. Em uso de Losartana, Propranolol, Rosuvastatina, Metformina e Bromazepam. • A.F: pai falecido de IAM aos 60 anos. Nega antecedentes oncológicos familiares. • Ex. físico: EGB, taquipneico (+/4+), acianótico, afebril, orientado. • ACV: RCR em 2T, BNF s/SS; FC: 120 bpm; PA: 200 x 120 mmHg • AR: MV+ em AHT, S/ RA • SME: edema de mmii (+++/4+) Caso clínico 2 • Homem, 35 anos de idade, técnico em computação, refere perda de ereção durante a relação e diminuição de libido a cerca de 2 meses. Fez uso do “azulzinho” com melhora discreta dos sintomas. • A.P: ansiedade, em uso de Paroxetina. Refere ter feito tratamento para depressão há cerca de 1 ano. Altos níveis de stress no ambiente profissional. Sedentário. • Ex. físico: inalterado. DISFUNCAO ERÉTIL Incapacidade de se obter e/ou manter uma ereção peniana com rigidez suficiente para uma atividade sexual satisfatória. PREVALÊNCIA • 40-60% em homens entre 40 e 70 anos. • Proporção de homens que buscam algum tipo de tratamento é menor por restrições culturais e dificuldade de aceitação do problema. Fatores de risco ETILISMO DROGAS ILÍCITASRADIOTERAPIAHIPOGONADISMO IDADE TABAGISMO TRAUMADISLIPIDEMIA DEPRESSÃO HIPERTENSÃO SEDENTARISMODAEM Fatores de risco • Fator vascular • Fator neurológico • Fator endócrino • Fator psicogênico • Fator medicamentoso Sistema vascular • Doença arterial difusa: falha dos mecanismos de vasodilatação das artérias do corpo cavernoso. • Fatores de risco para doença aterosclerótica e disfunção erétil são semelhantes e devem ser abordados de maneira conjunta. Ereção peniana natural: sistema nervoso • Estimulação genital – Por estímulo tátil ou reflexa. • Estímulo central – Psicogênica ou sem contato, através de estímulos visuais, olfativos e psicogênicos (fantasias). • Origem central – Ereção fisiológica noturna, sem relação com estímulos sensoriais. Acontece durante o sono REM (rapid eyes movement), a fase mais profunda do sono. Fator neurológico • Falha na condução de impulsos nervosos e prejuízo na produção de NO acidente vascular cerebral, tumores do SNC, traumatismos ra- quimedulares, cirurgia pélvicas, radioterapia pélvica, neuropatia diabética • Alzheimer e doença de Parkinson: neurológico / psicogênico Fator endócrino - Diabetes • Diabetes: um dos principais fatores de risco • Homens diabéticos: 75% apresentam algum grau de DE • Pode preceder complicações neuropáticas e microvasculares da diabetes • Decorrente da polineuropatia e vasculopatia Fator endócrino • Síndrome metabólica (obesidade, hipertensão, dislipidemia, resistência insulínica): importante fator de risco para disfunção erétil. • Hiperprolactinemia, distúrbios da tireoide, síndrome de Cushing e doença de Addison podem causar diminuição da libido e disfunção erétil. • DAEM: Baixos níveis de testosterona presente na deficiência androgênica do envelhecimento masculino Fator psicogênico • Geralmente tem início repentino, caráter seletivo e padrão normal de ereções noturnas. • Ansiedade, sentimento de culpa, medo e estresse. • Depressão e ansiedade são fatores de risco. • Avaliar medicações em uso. Diagnóstico • IIEF (International Index of Erectile Function) com 15 itens • Exames complementares laboratoriais: hemograma completo, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, testosterona total e perfil lipídico. • Avaliação cardiológica ? Diagnóstico • IIEF (International Index of Erectile Function) com 15 itens • Exames complementares laboratoriais: hemograma completo, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, testosterona total e perfil lipídico. • Avaliação cardiológica: marcador de doença vascular silenciosa Diagnóstico • IIEF (International Index of Erectile Function) com 15 itens • Exames complementares laboratoriais: hemograma completo, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, testosterona total e perfil lipídico. • Avaliação cardiológica: marcador de doença vascular silenciosa • Avaliação psicológica: todos os casos Diagnóstico • IIEF (International Index of Erectile Function) com 15 itens • Exames complementares laboratoriais: hemograma completo, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, testosterona total e perfil lipídico. • Avaliação cardiológica: marcador de doença vascular silenciosa • Avaliação psicológica: todos os casos • Exames complementares adicionais: teste de ereção fármaco- induzida (TEFI), arteriografia pudenda, ecodoppler peniano e eletroneuromiografia Tratamento • inibidores orais da fosfodiesterase tipo 5 (PDEi-5) • Atividade física regular, dieta saudável, interrupção do tabagismo e do uso de drogas ilícitas devem ser recomendados a todos os pacientes. • Alteração na classe de medicamentos da pressão arterial e ajuste de doses de medicações psicoativas de distúrbios psiquiátricos. • Causas psicogênicas: Intervenções psicoterapêuticas cognitivo- comportamentais Tratamento farmacológico - Inibidores de PDE-5 • Sildenafila – comprimidos de 25, 50 e 100 mg e meia-vida de 3-5 horas. 1 hora antes da atividade sexual. • Tadalafila – comprimidos de 5 e 20 mg. A dose recomendada para uso sob demanda é de 20 mg de 30 a 60 minutos antes da atividade sexual, com meia-vida de cerca de 17 horas. A formulação de 5 mg pode ser utilizada para uso diário. • Iodenafila – comprimidos de 40, 80 e 160 mg. Início de ação após cerca de 30 minutos. Duração até 18 horas. Tratamento farmacológico - Inibidores de PDE-5 • Contra-indicação: cardiopatia; uso de nitratos Tratamento • Terapia intra-cavernosa • Prótese peniana • Terapia de ondas de choque de baixa energia • Dispositivo à vácuo Caso clínico 1 • Homem, 65 anos, professor, refere episódios de impotência sexual há cerca de 1 ano. Mantém o desejo sexual. Refere stress profissional. • A.P: HAS, DM, dislipidemia, sedentário, distúrbio do sono. Em uso de Losartana, Propranolol, Rosuvastatina, Metformina e Bromazepam. • A.F: pai falecido de IAM aos 60 anos. Nega antecedentes oncológicos familiares. • Ex. físico: EGB, taquipneico (+/4+), acianótico, afebril, orientado. • ACV: RCR em 2T, BNF s/SS; FC: 120 bpm; PA: 200 x 120 mmHg • AR: MV+ em AHT, S/ RA • SME: edema de mmii (+++/4+) Caso clínico 2 • Homem, 35 anos de idade, técnico em computação, refere perda de ereção durante a relação e diminuição de libido a cerca de 2 meses. Fez uso do “azulzinho” com melhora discreta dos sintomas. • A.P: ansiedade, em uso de Paroxetina. Refere ter feito tratamento para depressão há cerca de 1 ano. Altos níveis de stress no ambiente profissional. Sedentário. • Ex. físico: inalterado. Caso clínico 3 • Paciente do sexo masculino, 58 anos, queixas de disfunção erétil há cerca de 1 ano, iniciada após prostatectomia radical. Nega sintomas sexuais anteriores à cirurgia. Mantém desejo sexual. • A.P: nega comorbidades e uso de medicamentos. Refere sedentarismo. • A.F: HF+CaP (pai)
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