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Manual de Execução Penal-2022(Juspodivm)

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IÀI EDITORA
lyl >PODIVM
www.editorajuspodivm.com.br
Rua Canuto Saraiva, 131 - Mooca - CEP: 03113-010 - São Paulo - São Paulo
Tel: (11) 3582.5757
• Contato: https://www.editorajuspodivm.com.br/sac
Copyright: Edições Ji/sPODIVM
Diagramação: Ana Paula Lopes Corrêa (aninha_lopescorrea@hotmail.com)
Capa: Ana Caquetti
L732m Lima, Renato Brasileiro de.
Manual de Execução Penal / Renato Brasileiro de Lima - São Paulo: Editora JusPodivm, 
2022.
576 p.
Bibliografia.
ISBN 978-85-442-3563-8.
1. Direito Penal. 2. Direito de Execuções Penais. I. Lima, Renato Brasileiro de. II. Título.
CDD 341.58
Todos os direitos desta edição reservados a Edições JusPODIVM.
É terminantemente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem 
a expressa autorização do autor e das Edições JusPODIVM. A violação dos direitos autorais caracteriza crime 
descrito na legislação em vigor, sem prejuízo das sanções civis cabíveis.
http://www.editorajuspodivm.com.br
https://www.editorajuspodivm.com.br/sac
mailto:aninha_lopescorrea@hotmail.com
“Presente de Deus”: este é você, meu querido Matheus. 
Sua chegada, em plena pandemia, trouxe ainda mais luz 
e alegria para a nossa família. Entre risos e choros, entre 
noites bem e mal dormidas, tudo vale a pena por você. 
A vida é, definitivamente, um lugar melhor e mais feliz 
pra se viver com as suas gargalhadas por perto. Te amo, 
Bubucho!
APRESENTAÇAO
Infelizmente, não se dispensa ao estudo do Direito de Execução Penal o mesmo 
valor daquele que é conferido ao aprendizado do Direito Penal e do Direito Proces­
sual Penal. Prova disso, aliás, é a própria grade curricular de inúmeras Faculdades de 
Direito brasileiras, salvo raríssimas exceções. Enquanto o aluno costuma ter diversos 
semestres dedicados ao aprendizado das disciplinas tradicionais - Direito Penal I, II, 
III e IV, Processo Penal I, II e III, Prática de Processo Penal etc. -, raramente tem aulas 
de Execução Penal, quando muito como matéria eletiva (optativa).
Esse descaso vivenciado pela Execução Penal no meio acadêmico reflete-se, ine­
xoravelmente, no campo profissional e na própria sociedade como um todo. Lamenta­
velmente, no senso comum, quando um crime é praticado, o que realmente interessa, 
para muitos, é que sua autoria seja revelada, para que o indivíduo seja, então, processado 
e condenado. O que vai acontecer, depois, em sede de execução penal, já não interessa 
mais, seja aos órgãos persecutórios, seja à própria sociedade. É dizer: se há problemas 
de superlotação carcerária, ausência de estrutura e recursos humanos nos hospitais 
psiquiátricos, falta de vagas nos estabelecimentos penais, e condições sub-humanas das 
casas prisionais, entre tantos outros problemas, isso já não é “problema nosso”. Afinal, se 
o indivíduo praticou um crime, já tendo consciência da realidade carcerária brasileira, 
“assumiu o risco” de ter que cumprir pena em tais condições, razão pela qual não lhe é 
conferido o direito de se insurgir contra o sistema vigente.
Esse equivocado, mas tão recorrente anseio de reduzir o preso à categoria de não 
pessoa (ou cidadão de segunda categoria) ignora, todavia, o fato de que vivemos em 
um Estado Democrático de Direito e que, mais cedo ou mais tarde, tal cidadão voltará 
ao convívio em sociedade. Não se pode, pois, sucumbir diante do sensacionalismo 
e envergonhar-se de defender posições favoráveis a uma execução penal com fulcro 
no respeito à dignidade da pessoa humana, entendida esta como o mínimo espiritual 
que faz do homem ser humano. Se é verdade que o objetivo preconizado pela LEP de 
proporcionar condições para a ressocialização do condenado tornou-se uma grande 
falácia, uma verdadeira utopia - e isso não negamos -, que não se perca então ao me­
nos a oportunidade de tentar não agravar ainda mais as características deteriorantes 
e dessocializantes inerentes ao encarceramento de todo e qualquer ser humano, quiçá 
contribuindo para a diminuição do seu nível de vulnerabilidade ao poder punitivo.
É dentro desse contexto de verdadeira redução de danos que resolvemos enfrentar 
o desafio de escrever um livro capaz de facilitar o estudo e a compreensão dos diversos 
8 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
temas relacionados à execução penal, sem embargo de enfrentar, com auxílio da juris­
prudência dos Tribunais Superiores, as principais discussões e controvérsias existentes 
em torno do tema, principalmente à luz do Pacote Anticrime. Como se poderá notar, 
o enorme descompasso entre os marcos legais e a caótica realidade prisional faz com 
que decisões do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e de Cortes 
Internacionais de Direitos Humanos definam parâmetros imprescindíveis para uma 
postura de redução de danos e limites à política penal do Estado, sempre tratada como 
política pública sujeita à reserva do possível.
Esperamos, portanto, que o livro permita que estudantes de graduação, bacharéis, 
candidatos que se preparam para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil ou 
a concursos de ingresso nas diversas carreiras jurídicas, e os inúmeros profissionais 
que militam na área, sejam eles Juizes, Defensores, Promotores de Justiça, Delegados 
de Polícia ou Advogados, conheçam o universo das inúmeras regras atinentes à exe­
cução penal. Se assim conseguirmos, certamente teremos alcançado nosso objetivo 
maior, qual seja, o de trazer um pouco de luz para o estudo e aplicação prática do 
Direito de Execução Penal, deixando de tratá-lo como o “primo pobre” do Direito 
Penal e do Direito Processual Penal.
Ao leitor, esperamos propiciar uma agradável leitura, aguardando as eventuais 
críticas, sugestões e observações que certamente surgirão ao longo da leitura do livro. 
Para revisões, vídeos, perguntas, respostas, sugestões e críticas, pedimos que utilizem 
nossas redes sociais, notadamente o instagram: @profrenatobrasileiro
Valinhos/SP, 3 de janeiro de 2022.
RENATO BRASILEIRO DE LIMA
SUMARIO
» Capítulo I
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
1. Ressocialização do preso, falência do sistema carcerário e redução de danos
na execução penal .......................................................................................................................... 25
2. Direito Penitenciário e Direito de Execução Penal ........................................................... 26
3. Objeto da Lei de Execução Penal ............................................................................................ TI
4. Âmbito de aplicação da Lei de Execução Penal ............................................................... TI
4.1. Preso provisório (ou cautelar) ........................................................................................ 28
4.2. Condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a esta­
belecimento sujeito à jurisdição ordinária .............................................................. 29
5. Natureza jurídica da execução penal ..................................................................................... 30
6. Início do processo de execução .............................................................................................. 31
7. Sujeitos da execução penal ........................................................................................................ 32
8. Suspensão dos direitos políticos .............................................................................................. 32
9. Princípios da execução penal ................................................................................................... 33
9.1. Princípio da legalidade ...................................................................................................... 34
9.2. Princípio da humanidade .................................................................................................. 35
9.3. Princípio da personalidade ou intranscendência da pena .................................. 37
9.4. Princípio da individualização da pena ........................................................................38
9.5. Princípio da responsabilidade penal subjetiva (ou da culpabilidade) ........... 39
9.6. Princípio da jurisdicionalidade ....................................................................................... 40
9.7. Princípio da isonomia e vedação à discriminação ................................................ 41
10. Execução provisória da pena ..................................................................................................... 41
10.1. (Des) necessidade do trânsito em julgado para fins de execução de
pena privativa de liberdade ........................................................................................... 42
10.2. Execução provisória da pena no caso de condenação pelo Tribunal do
Júri a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão ........... 44
10.2.1. (In) constitucionalidade da execução provisória da pena no 
âmbito do Júri ...................................................................................................... 45
10.3. Concessão antecipada de benefícios da execução penal ao preso cau­
telar ............................................................................................................................................ 48
10 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
» Capítulo II 
CLASSIFICAÇÃO DO CONDENADO E DO INTERNADO
1. Noções introdutórias ..................................................................................................................... 51
2. Exame dos antecedentes ............................................................................................................ 52
3. Exame da personalidade ............................................................................................................. 52
4. Comissão Técnica de Classificação .......................................................................................... 53
5. Exame criminológico ..................................................................................................................... 55
5.1. (In) admissibilidade do exame criminológico para fins de progressão
de regimes, livramento condicional ou outros benefícios prisionais ......... 56
6. Identificação do perfil genético ................................................................................................ 57
6.1. (Im) possibilidade de utilização da amostra biológica do condenado
para fins de fenotipagem genética ou de busca familiar ................................ 63
6.2. Obrigatoriedade de descarte imediato da amostra biológica tão logo
identificado o perfil genético ........................................................................................ 64
6.3. Obrigatoriedade de coleta da amostra biológica e elaboração do res­
pectivo laudo por perito oficial ................................................................................... 65
6.4. (In) constitucionalidade da identificação do perfil genético .......................... 67
» Capítulo III 
ASSISTÊNCIA AO PRESO
1. Noções introdutórias ..................................................................................................................... 69
2. Assistência material ........................................................................................................................ 70
3. Assistência à saúde ......................................................................................................................... 72
4. Assistência jurídica .......................................................................................................................... 73
5. Assistência educacional ................................................................................................................ 76
6. Assistência social ............................................................................................................................. 78
7. Assistência religiosa ........................................................................................................................ 80
8. Assistência ao egresso ................................................................................................................... 81
» Capítulo IV 
TRABALHO DO PRESO
1. Noções introdutórias ..................................................................................................................... 83
2. Sujeição do trabalho do preso ao regime da Consolidação das Leis do Tra­
balho ...................................................................................................................................................... 85
3. Remuneração ..................................................................................................................................... 86
3.1. Destinação do produto da remuneração .................................................................. 88
3.2. Não remuneração da prestação de serviços à comunidade ......................... 89
4. Trabalho interno .............................................................................................................................. 90
4.1. Obrigatoriedade do trabalho ......................................................................................... 91
4.2. Jornada de trabalho ........................................................................................................... 92
SUMÁRIO 11
4.3. Gerenciamento do trabalho ........................................................................................... 92
4.4. Destinação dos bens ou produtos do trabalho prisional ................................. 93
4.5. Política Nacional de Trabalho no sistema prisional ............................................ 93
5. Trabalho externo .............................................................................................................................. 94
5.1. Noções gerais ....................................................................................................................... 94
5.2. Autoridade dotada de atribuição (ou competência) para autorizar o
trabalho externo .................................................................................................................. 97
5.3. Pressupostos objetivos e subjetivos ........................................................................... 97
5.3.1. Crimes hediondos e equiparados ............................................................. 100
5.4. Revogação do trabalho externo ................................................................................ 100
» Capítulo V
DEVERES, DIREITOS E DISCIPLINA
1. Deveres do preso ......................................................................................................................... 103
1.1. Rol de deveres do preso especificados pela LEP .............................................. 103
1.2. Deveres do preso cautelar ........................................................................................... 106
2. Direitos do preso .......................................................................................................................... 106
2.1. Respeito à integridade física e moral do preso ................................................. 107
2.1.1. Uso de algemas ................................................................................................. 109
2.1.1.1. Vedação ao uso de algemas em mulheres grávidas
durante o parto e em mulheres durante a fase de 
puerpério imediato ...................................................................... 111
2.1.2. Caso Damião Ximenes Lopes ...................................................................... 112
2.1.3. Revista íntima em presídios .......................................................................... 113
2.2. Rol exemplificativo de direitos do preso previstos na Lei de Execução
Penal ....................................................................................................................................... 116
2.2.1. Alimentação suficiente evestuário ............................................................ 117
2.2.2. Atribuição de trabalho e sua remuneração ............................................. 117
2.2.3. Previdência social .............................................................................................. 117
2.2.3.1. Auxílio-reclusão ............................................................................. 118
2.2.4. Constituição de pecúlio .................................................................................. 118
2.2.5. Proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o
descanso e a recreação .................................................................................. 119
2.2.6. Exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e 
desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução
da pena .................................................................................................................. 119
2.2.7. Assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e reli­
giosa ........................................................................................................................ 119
2.2.8. Proteção contra qualquer forma de sensacionalismo (Perp
walk) ........................................................................................................................ 119
12 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
2.2.9. Entrevista pessoal e reservada com o advogado ............................. 122
2.2.10. Visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em
dias determinados ............................................................................................ 124
2.2.10.1. Visitas íntimas ................................................................................ 126
2.2.11. Chamamento nominal ................................................................................... 127
2.2.12. Igualdade de tratamento, salvo quanto às exigências da indivi­
dualização da pena ......................................................................................... 128
2.2.13. Audiência especial com o diretor do estabelecimento .................. 128
2.2.14. Representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de
direito ..................................................................................................................... 128
2.2.15. Contato com o mundo exterior por meio de correspondência
escrita, da leitura e de outros meios de informação que não 
comprometam a moral e os bons costumes ...................................... 129
2.2.15.1. (In) constitucionalidade da interceptação da corres­
pondência do preso pela administração carcerária .... 130
2.2.16. Atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena de
responsabilidade da autoridade judiciária competente ................. 131
2.2.17. Contratação de médico particular de confiança pessoal do pre­
so .............................................................................................................................. 132
2.2.18. (Im) possibilidade de suspensão ou restrição de direitos do preso
mediante ato motivado do diretor do estabelecimento ............... 133
3. Disciplina ............................................................................................................................................. 134
3.1. Regras gerais ...................................................................................................................... 135
3.1.1. Princípio da legalidade .................................................................................. 135
3.1.2. Vedação ao emprego de cela escura ...................................................... 136
3.1.3. Vedação de sanções coletivas .................................................................... 137
3.1.4. Ciência das normas disciplinares ............................................................... 138
3.1.5. Punição da tentativa ........................................................................................ 138
3.2. Poder disciplinar ................................................................................................................ 139
3.3. Faltas disciplinares graves ............................................................................................. 141
3.3.1. Prática de fato previsto como crime doloso ....................................... 142
3.3.1.1. (Des) necessidade do trânsito em julgado de sentença
penal condenatória para fins de reconhecimento, no 
âmbito administrativo carcerário, de falta grave decor­
rente do cometimento de fato definido como crime 
doloso ............................................................................................... 143
3.3.2. Incitação ou participação em movimento para subersão da
ordem ou da disciplina ................................................................................. 144
3.3.3. Fuga ........................................................................................................................ 145
3.3.4. Posse indevida de instrumento capaz de ofender a integridade
física de outrem ................................................................................................. 146
3.3.5. Provocação de acidente de trabalho ....................................................... 146
SUMÁRIO 13
3.3.6. Descumprimento das condições impostas no regime aberto .... 147
3.3.7. Inobservância dos deveres de obediência ao servidor e respeito 
a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se e de execução
do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas ................................ 147
3.3.8. Posse, utilização ou fornecimento de aparelho telefônico, rádio
ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou 
com o ambiente externo .............................................................................. 148
3.3.9. Recusa do condenado em se submeter ao procedimento de
identificação do perfil genético .................................................................. 151
3.3.10. Faltas disciplinares graves do condenado à pena restritiva de
direitos ................................................................................................................... 151
3.4. Faltas disciplinares médias e leves ............................................................................ 152
3.5. Prescrição das faltas disciplinares ............................................................................. 154
3.6. Sanções disciplinares ...................................................................................................... 156
3.7. Demais consequências legais decorrentes do cometimento de falta
grave além da imposição da sanção administrativa ........................................ 158
3.8. Recompensas ...................................................................................................................... 161
3.9. Procedimento administrativo disciplinar ............................................................... 162
3.9.1. Ampla defesa e obrigatoriedade de defesa técnica ......................... 165
3.9.2. (In) dispensabilidade da instauração de procedimento adminis­
trativo disciplinar para apuração da falta grave, assegurando-se o 
direito de defesa por advogado constituído ou defensor público 
nomeado .............................................................................................................. 166
3.9.3. (In) suficiência da audiência de justificação perante o juízo da
execução para fins de homologação judicial da falta grave ....... 169
3.9.4. Instrução do procedimento administrativo disciplinar .................... 170
3.9.5. Recorribilidade da decisão proferida no âmbito do procedimento
administrativo disciplinar ............................................................................... 171
3.9.6. Isolamento preventivo e inclusão preventiva no Regime Disci­
plinar Diferenciado ............................................................................................172
3.9.7. Detração disciplinar .......................................................................................... 173
4. Regime disciplinar diferenciado .............................................................................................. 173
4.1. Noções introdutórias ...................................................................................................... 173
4.2. Hipóteses de cabimento ............................................................................................... 174
4.3. Características do Regime Disciplinar Diferenciado ......................................... 176
4.3.1. Duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição
da sanção por nova falta grave da mesma espécie ........................ 177
4.3.2. Recolhimento em cela individual .............................................................. 177
4.3.3. Visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem reali­
zadas em instalações equipadas para impedir o contato físico 
e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso
14 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) 
horas ....................................................................................................................... 178
4.3.3.1. Visitas quinzenais de duas pessoas por vez com duração
de duas horas ................................................................................ 178
4.3.3.2. Realização das visitas em instalações equipadas para
impedir o contato físico e a passagem de objetos ..... 179
4.3.3.3. Visita de pessoa da família ou de terceiro gravada em
sistema de áudio ou de áudio e vídeo ............................. 179
4.3.3.4. Fiscalização da visita por agente penitenciário mediante
prévia autorização judicial ........................................................ 182
4.3.3.5. Substituição das visitas presenciais por contato tele­
fônico ................................................................................................. 182
4.3.4. Direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para 
banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que
não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso ........ 184
4.3.5. Entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defen­
sor, em instalações equipadas para impedir o contato físico e 
a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em 
contrário ................................................................................................................ 185
4.3.6. Fiscalização do conteúdo da correspondência ................................... 187
4.3.7. Participação em audiências judiciais preferencialmente por
videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no 
mesmo ambiente do preso .......................................................................... 188
4.4. Prazo máximo de duração do Regime Disciplinar diferenciado e (im)
possibilidade de prorrogação ..................................................................................... 190
4.5. Juízo competente para a inclusão no Regime Disciplinar Diferenciado
e procedimento adequado .......................................................................................... 192
4.6. Regime disciplinar diferenciado em estabelecimento penais federais de
segurança máxima ........................................................................................................... 195
» Capítulo VI
ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL
1. Noções introdutórias ................................................................................................................... 197
2. Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária ............................................. 197
3. Juízo da Execução ........................................................................................................................ 198
3.1. Fixação da competência do juízo da execução com base na natureza
do estabelecimento prisional em que se encontrar o condenado (ou 
preso provisório) ............................................................................................................... 200
3.2. Competência do Juízo Federal da Execução Penal ......................................... 201
3.3. Competência territorial .................................................................................................. 204
SUMÁRIO 15
3.4. Juízo competente para a concessão antecipada de benefícios prisionais
ao preso cautelar ............................................................................................................. 205
3.5. Juízo competente para a execução da pena de multa ................................ 207
3.6. Juízo da Execução no âmbito dos Juizados Especiais Criminais ............... 207
3.7. Rol exemplificativo de competências criminais do Juiz da Execução 207
4. Ministério Público ......................................................................................................................... 215
4.1. Atribuições ministeriais .................................................................................................. 216
5. Conselho Penitenciário .............................................................................................................. 218
6. Departamentos Penitenciários ................................................................................................ 219
6.1. Direção e pessoal dos estabelecimentos penais ............................................... 220
7. Patronato .......................................................................................................................................... 221
8. Conselho da Comunidade ........................................................................................................ 221
9. Defensoria Pública ........................................................................................................................ 222
9.1. Atribuições da Defensoria Pública ........................................................................... 223
» Capítulo VII
ESTABELECIMENTOS PENAIS
1. Regras gerais .................................................................................................................................... 225
1.1. Classificação dos estabelecimentos penais .......................................................... 225
1.2. Instalações adequadas .................................................................................................... 226
1.3. Recolhimento de presos a estabelecimento próprio e adequado ao seu
respectivo sexo e idade ................................................................................................ 1T1
1.4. (Im) possibilidade de terceirização nos estabelecimentos prisionais ...... 229
1.5. Separação de presos ...................................................................................................... 230
1.6. Prisão Especial .................................................................................................................... 233
1.7. Sala de Estado-Maior ...................................................................................................... 236
1.8. Prisão de índios ................................................................................................................. 238
1.9. Local de cumprimento da pena ................................................................................. 239
1.10. Capacidade das prisões ................................................................................................. 241
1.10.1. (Im) possibilidade de manutenção de condenado em regime
prisional mais gravoso na hipótese de falta de estabelecimento 
penal adequado ................................................................................................. 242
1.10.2. (Im) possibilidade de concessão imediata da prisão domiciliar 
sem prévia observância dos parâmetros traçados no RE 641.320/RS .............................................................................................................................. 243
1.10.3. Precariedade das condições de encarceramento e obrigação do
Estado de ressarcir os danos, inclusive morais ................................... 244
1.10.4. (Im) possibilidade de o Judiciário impor à Administração Pública
a obrigação de promover melhorias em estabelecimentos pri­
sionais ..................................................................................................................... 245
16 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
1.10.5. O caso do Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho e a Resolução 
da Corte Interamericana de Direitos Humanos de 22.11.2018 .... 246
2. Penitenciárias .................................................................................................................................. 248
2.1. Regras gerais ...................................................................................................................... 248
2.2. Penitenciárias destinadas ao regime disciplinar diferenciado ..................... 249
2.3. Arquitetura das penitenciárias ......................................................................... 249
2.4. Localização das penitenciárias masculinas ............................................................ 250
3. Colônia Agrícola, Industrial ou Similar ................................................................................ 250
4. Casa do Albergado ...................................................................................................................... 252
4.1. Noções gerais .................................................................................................................... 252
4.2. Limitação de fim de semana ......................................................................... 253
4.3. Regime aberto .................................................................................................................. 253
4.4. Localização e instalações .............................................................................................. 254
5. Centros de Observação ............................................................................................................. 256
6. Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ......................................................... 257
7. Cadeia Pública ................................................................................................................................ 258
8. Estabelecimentos penais federais de segurança máxima ............................................ 261
8.1. Noções introdutórias ...................................................................................................... 261
8.2. Procedimento adequado .............................................................................................. 262
8.2.1. (Des) necessidade de oitiva prévia da defesa ..................................... 263
8.3. Competência do Juízo Federal da Execução Penal ......................................... 263
8.4. Hipóteses que autorizam a inclusão de presos nos estabelecimentos
penais federais de segurança máxima ................................................................... 264
8.5. Características do regime fechado de segurança máxima nos estabele­
cimentos penais federais de segurança máxima .............................................. 265
8.6. Período máximo de permanência do preso em estabelecimentos penais
federais de segurança máxima ................................................................................. 267
8.7. (Im) possibilidade de exercício das competências do juiz federal da
execução penal por órgãos colegiados de magistrados ............................... 268
8.8. (Im) possibilidade de os Estados e o Distrito Federal construírem es­
tabelecimentos penais de segurança máxima ou de adaptarem os já 
existentes ............................................................................................................................. 270
» Capítulo VIII
EXECUÇÃO DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
1. Noções introdutórias ................................................................................................................... 273
1.1. Execução da sentença ................................................................................................... 274
1.2. Guia de recolhimento .................................................................................................... 274
1.2.1. Requisitos da guia de recolhimento ........................................................ 276
1.2.2. Guia de recolhimento provisória ............................................................... 278
1.2.3. Cálculo de liquidação de penas ................................................................ 280
SUMÁRIO 17
1.2.4. Precedência das penas ................................................................................... 283
1.3. Cumprimento ou extinção da pena ........................................................................ 284
2. Regimes de cumprimento da pena privativa de liberdade ...................................... 285
3. Progressão de regimes .............................................................................................................. 290
3.1. Da necessária individualização da pena privativa de liberdade no curso
da execução penal ........................................................................................................... 290
3.2. Vedações à progressão .................................................................................................. 290
3.2.1. Regime integral fechado para crimes hediondos e equiparados .... 290
3.2.2. Regime inicial fechado para crimes hediondos e equiparados e 
novos critérios para progressão de regimes introduzidos pela
Lei n° 11.464/07 ................................................................................................. 292
3.2.3. Regime inicial fechado para crimes hediondos e equiparados ........ 295
3.2.4. Natureza do crime de tráfico de drogas privilegiado previsto no
§4° do art. 33 da Lei n. 11.343/06 para fins de progressão de 
regimes .................................................................................................................. 297
3.2.5. Da vedação à progressão de regime, ao livramento condicional
e a outros benefícios prisionais em relação a condenados por 
integrar organização criminosa ou por crime praticado por 
meio de organização criminosa se acaso mantido o vínculo 
associativo ........................................................................................................... 300
3.3. Requisitos para a progressão de regimes ............................................................ 302
3.3.1. Requisitos objetivos ......................................................................................... 302
3.3.1.1. Progressão especial para gestante, mãe ou responsável
por crianças ou pessoas com deficiência .......................... 311
3.3.1.2. Reparação do dano ou devolução do produto do ilícito
praticado como requisito objetivo para a progressão de 
regime nos crimes contra a administração pública .......... 312
3.3.2. Requisitos subjetivos ....................................................................................... 313
3.3.2.1. (Im) possibilidade de reaquisição do bom comporta­
mento para fins de progressão de regimes .................... 314
3.4. Progressão para o regime aberto ............................................................................. 316
3.5. Questões controvertidas ............................................................................................... 319
3.5.1. (Des) necessidade de fundamentação e oitiva das partes ............ 319
3.5.2. Quantum de pena a ser levado em consideração para fins de
progressão de regimes quando aplicada pena superior a 40 
(quarenta) anos ..................................................................................................320
3.5.3. Segunda progressão ........................................................................................ 321
3.5.4. Superveniência de nova condenação ....................................................... 322
3.5.5. (Im) possibilidade de progressão de regimes para presos caute­
lares ......................................................................................................................... 323
3.5.6. (In) admissibilidade da progressão per saltum ...................................... 324
18 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
3.5.7. Inadimplemento deliberado da pena de multa e possibilidade
de progressão de regime prisional .......................................................... 325
3.5.8. Remição pelo trabalho (ou pelo estudo) para fins de progressão
de regimes ........................................................................................................... 325
3.5.9. Cabimento da progressão de regimes no regime disciplinar
diferenciado ......................................................................................................... 326
3.5.10. Cabimento da progressão de regimes no caso de cumprimento
da pena em penitenciária federal de segurança máxima ............. 326
3.5.11. Progressão de regime prisional para condenado estrangeiro e
processo de expulsão em andamento ................................................... 327
3.5.12. Progressão de regimes e crimes militares ............................................. 327
3.5.13. Progressão e longo tempo de pena a cumprir ................................. 327
3.5.14. Prática de falta grave como causa interruptiva da contagem do
prazo para a progressão de regime ......................................................... 328
4. Regressão de regime .................................................................................................................. 328
4.1. Hipóteses autorizadoras da regressão .................................................................... 329
4.2. Questões controvertidas ............................................................................................... 333
4.2.1. Regressão per saltum .......................................................................................... 333
4.2.2. Regressão do condenado para regime prisional mais gravoso do
que aquele fixado na sentença do processo de conhecimento ...... 333
4.2.3. Oitiva do condenado ...................................................................................... 334
4.2.4. Regressão cautelar ........................................................................................... 335
5. Prisão domiciliar ............................................................................................................................ 336
5.1. Distinção entre a prisão domiciliar cautelar (CPP, arts. 317 e 318) e a
prisão domiciliar penal (LEP, art. 117) .................................................................... 336
5.2. Beneficiários ........................................................................................................................ 336
5.3. Hipóteses de admissibilidade e ônus da prova ................................................. 338
5.3.1. Pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19) ....................................... 342
5.4. Fiscalização da prisão domiciliar ............................................................................... 345
5.5. Saídas controladas ........................................................................................................... 346
6. Autorizações de saída ................................................................................................................. 346
6.1. Permissões de saída ........................................................................................................ 347
6.2. Saída temporária .............................................................................................................. 348
6.2.1. Hipóteses de saída temporária ..................................................................... 349
6.2.2. Vigilância do condenado ................................................................................. 349
6.2.3. Beneficiários ................................................................................................... 350
6.2.4. Prazo ....................................................................................................................... 351
6.2.5. Requisitos ............................................................................................................. 352
6.2.5.1. Vedação da concessão de saída temporária para con­
denado que cumpre pena por praticar crime hediondo 
com resultado morte ................................................................ 353
SUMÁRIO 19
6.2.6. Condições ............................................................................................................. 354
6.2.7. Competência ....................................................................................................... 356
6.2.8. Saídas temporárias automatizadas .............................................................. 356
6.2.9. Revogação ............................................................................................................ 358
6.2.10. Recuperação ........................................................................................................ 359
7. Remição ............................................................................................................................................. 360
7.1. Remição pelo trabalho ................................................................................................... 360
7.2. Remição pelo estudo, leitura e resenha de livros, e outras atividades
correlatas ............................................................................................................................... 363
7.2.1. Cálculo da remição da pena para aprovados nos exames nacio­
nais que realizam estudo por conta própria .......................................... 366
7.3. Remição ficta ou virtual ................................................................................................ 367
7.4. Normas gerais atinentes à remição ......................................................................... 368
7.5. Falta grave e perda dos dias remidos .................................................................... 371
8. Suspensão condicional da pena ............................................................................................ 374
8.1. Natureza jurídica ............................................................................................................... 374
8.2. Suspensão condicional da pena e suspensão condicional do processo ...... 375
8.3. Espécies ................................................................................................................................ 377
8.4. Requisitos ............................................................................................................................. 377
8.4.1. Requisitos objetivos ......................................................................................... 377
8.4.1.1. Sursis e crimes hediondos ou equiparados ...................... 378
8.4.2. Requisitos subjetivos ....................................................................................... 380
8.5. Sursis e estrangeiros ........................................................................................................ 381
8.6. Sursis sucessivos e simultâneos .................................................................................. 381
8.7. Sursis e indulto ................................................................................................................... 382
8.8. Sursis e detração penal .................................................................................................. 383
8.9. Momento adequado paraa concessão da suspensão condicional da
pena ....................................................................................................................................... 383
8.10. Recurso adequado e (im) possibilidade de utilização do habeas corpus ...... 383
8.11. Condições ............................................................................................................................. 384
8.11.1. Alteração das condições ................................................................................ 385
8.11.2. Fiscalização das condições ........................................................................... 386
8.11.3. Comparecimento do beneficiário ............................................................. 386
8.11.4. Mudança de residência .................................................................................. 386
8.11.5. Fixação das condições pelo Tribunal ....................................................... 387
8.11.6. Fixação das condições pelo juízo da execução ................................. 387
8.12. Cassação da suspensão condicional da pena .................................................... 388
8.13. Período de prova .............................................................................................................. 389
8.14. Revogação da suspensão condicional da pena ................................................. 389
8.14.1. Revogação obrigatória .................................................................................... 390
20 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
8.14.2. Revogação facultativa ..................................................................................... 391
8.15. Prorrogação do período de prova ............................................................................. 391
8.15.1. (Im) possibilidade de prorrogação do período de prova após o
seu decurso ........................................................................................................ 392
9. Detração ........................................................................................................................................... 393
9.1. Juízo competente ............................................................................................................ 394
9.2. Detração e medidas cautelares diversas da prisão ............................................. 396
9.3. Detração e prisão domiciliar ....................................................................................... 399
9.4. Detração e penas restritivas de direitos .............................................................. 399
9.5. Detração e pena de multa ........................................................................................... 399
9.6. Detração e suspensão condicional da pena ........................................................ 399
9.7. Detração e prescrição .................................................................................................... 400
9.8. Detração e prisão cautelar em processo diverso .............................................. 400
10. Livramento condicional ........................................................................................................... 401
10.1. Natureza jurídica ........................................................................................................... 401
10.2. Juízo competente para a concessão do livramento condicional .............. 402
10.3. Distinção em relação à suspensão condicional da pena .............................. 402
10.4. Requisitos ............................................................................................................................ 403
10.4.1. Requisitos objetivos ........................................................................................... 403
10.4.1.1. Prática de falta grave e (im) possibilidade de interrupção
do prazo para obtenção do livramento condicional ....... 407
10.4.1.2. Livramento condicional específico no caso de crimes 
hediondos ou equiparados (tráfico de drogas, tortura
e terrorismo), e tráfico de pessoas ....................................... 409
10.4.2. Requisitos subjetivos ....................................................................................... 413
10.5. Procedimento de concessão do livramento condicional .............................. 415
10.6. Condições ............................................................................................................................ 418
10.7. Execução do livramento condicional (período de prova) ............................. 419
10.7.1. (Im) possibilidade de o período de prova do livramento condi­
cional ser computado como tempo de cumprimento de pena 
privativa de liberdade caso atingido o limite temporal do art.
75 do CP ............................................................................................................... 420
10.8. Suspensão do livramento condicional ................................................................... 420
10.9. Prorrogação do período de prova do livramento condicional ................... 422
10.10. Revogação do livramento condicional .................................................................. 423
10.10.1. Revogação obrigatória ................................................................................. 424
10.10.2. Revogação facultativa .................................................................................. 426
10.11. Extinção da pena em virtude do término do período de prova .............. 427
10.12. Questões diversas .......................................................................................................... 428
10.12.1. Livramento condicional cautelar ............................................................. 428
SUMÁRIO 21
10.12.2. Livramento condicional e estrangeiros .................................................. 429
10.12.3. Livramento condicional insubsistente .................................................... 429
10.12.4. Livramento condicional e regime disciplinar diferenciado .......... 429
11. Monitoração eletrônica ............................................................................................................... 430
11.1. (In) constitucionalidade da monitoração eletrônica à luz do princípio
da dignidade da pessoa humana ............................................................................ 432
11.2. Finalidades .......................................................................................................................... 433
11.3. Tecnologias passíveis de utilização .......................................................................... 433
11.4. Cabimento ........................................................................................................................... 434
11.5. Consentimento do condenado .................................................................................. 435
11.6. Deveres do condenado submetido à monitoração eletrônica ..................... 435
11.7. Consequências decorrentes da violação dos deveres inerentes à moni­
toração eletrônica ............................................................................................................ 437
11.8. Revogação do monitoramento eletrônico ........................................................... 439
» Capítulo IX
EXECUÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
1. Noções introdutórias ................................................................................................................... 441
2. (Des) necessidade do trânsito em julgado para fins de execução da pena
restritiva de direitos ...................................................................................................................... 441
3. Natureza jurídica e características essenciais ................................................................... 443
4. Duração ..............................................................................................................................................444
5. Requisitos para a substituição da pena privativa de liberdade .............................. 445
6. Questões controversas ............................................................................................................... 450
6.1. (Im) possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos nos casos de crimes hediondos e equiparados ...... 450
6.2. (Im) possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos nos casos de infrações penais praticadas no con­
texto da violência doméstica e familiar contra a mulher ............................. 452
6.3. (Im) possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos em relação aos crimes de homicídio culposo e 
lesão corporal culposa na direção de veículo automotor qualificados
pela embriaguez ao volante ....................................................................................... 454
6.4. (Im) possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos no caso de crimes militares ............................................. 455
6.5. (Im) possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos em relação a estrangeiros ................................................. 456
7. Momento adequado para a substituição .......................................................................... 456
8. Critérios de substituição ............................................................................................................. 456
8.1. (Im) possibilidade de substituição da prisão por multa quando comi­
nadas cumulativamente, em lei especial, penas privativa de liberdade 
e pecuniária ........................................................................................................................ 458
22 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
9. Reconversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade ............... 458
9.1. Reconversão obrigatória ............................................................................................... 459
9.2. Reconversão facultativa ................................................................................................. 460
9.3. Regras específicas de reconversão das penas restritivas de direitos ....... 461
9.3.1. Reconversão da pena de prestação de serviços à comunidade ...... 462
9.3.2. Reconversão da pena de limitação de fim de semana .................. 463
9.3.3. Reconversão da pena de interdição temporária de direitos ........ 464
10. Penas restritivas de direitos em espécie e respectivos procedimentos execu­
tórios ................................................................................................................................................... 465
10.1. Prestação pecuniária ......................................................................................................... 466
10.2. Perda de bens e valores ............................................................................................... 469
10.3. Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas ................. 470
10.4. Interdição temporária de direitos ............................................................................. 473
10.5. Limitação de fim de semana ...................................................................................... 476
» Capítulo X
EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA
1. Noções introdutórias .................................................................................................................. 479
2. Critério adotado para fins de aplicação da pena de multa ...................................... 480
3. Pagamento voluntário da multa ........................................................................................... 482
4. Execução da pena de multa ................................................................................................... 483
5. (Im) possibilidade de extinção da punibilidade em caso de cumprimento integral
da pena privativa de liberdade e inadimplemento da pena de multa ..................... 486
6. Inadimplemento deliberado da pena de multa e possibilidade de progressão
de regime prisional ...................................................................................................................... 488
7. (Im) possibilidade de substituição da prisão por multa quando cominadas cumu­
lativamente, em lei especial, penas privativa de liberdade e pecuniária ................... 488
8. Cabimento de habeas corpus em se tratando de persecução penal referente
à infração penal à qual seja cominada tão somente a pena de multa .............. 488
9. Multa coercitiva prevista na Lei n. 11.343/06 para assegurar o cumprimento das
penas previstas para o crime de porte de drogas para consumo pessoal .............. 489
10. Pena de multa nos crimes em licitações e contratos administrativos ................ 492
11. Pena de multa no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher ...... 493
» Capítulo XI
EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
1. Noções introdutórias ..................................................................................................................... 495
2. Distinção entre pena e medida de segurança ................................................................ 496
3. Pressupostos .................................................................................................................................... 496
4. Aplicação da medida de segurança ...................................................................................... 498
4.1. Absolvição sumária imprópria .................................................................................... 499
SUMÁRIO 23
4.2. (Im) possibilidade de conversão de sentença condenatória em absolvição 
imprópria em recurso exclusivo da defesa ........................................................... 501
5. Espécies de medidas de segurança ..................................................................................... 502
5.1. Conversão do tratamento ambulatorial em internação ................................. 503
6. Duração da medida de segurança ....................................................................................... 505
6.1. Prazo mínimo ..................................................................................................................... 505
6.2. Prazo máximo ..................................................................................................................... 505
7. Internação provisória (ou cautelar) ....................................................................................... 507
8. Execução das medidas de segurança ................................................................................. 511
8.1. Noções gerais ..................................................................................................................... 511
8.2. Detração e medida de segurança ............................................................................ 512
8.3. Conversão do tratamento ambulatorial em internação ................................ 513
8.4. Desinternação progressiva ............................................................................................ 513
8.5. Conversão da pena em medida de segurança .................................................. 513
8.6. Superveniência de doença mental durante o curso da persecução
penal ....................................................................................................................................... 515
» Capítulo XII
INCIDENTES DA EXECUÇÃO
1. Noções introdutórias .......................................................................................................... 519
2. Conversões ....................................................................................................................................... 520
2.1. Conversão da pena privativa de liberdade em restritivade direitos ....... 520
2.2. Conversão da pena restritiva de direitos em pena privativa de liberda­
de 522
2.3. Conversão da multa em pena privativa de liberdade .................................... 522
2.4. Conversão da multa em pena restritiva de direitos ......................................... 523
2.5. Conversão da pena privativa de liberdade em medida de segurança e
conversão do tratamento ambulatorial em internação ................................. 523
3. Excesso ou desvio da execução .............................................................................................. 523
4. Anistia e indulto ............................................................................................................................ 525
4.1. Regras gerais ...................................................................................................................... 525
4.2. Anistia .................................................................................................................................... 525
4.3. Graça (ou indulto individual) ...................................................................................... 527
4.4. Indulto coletivo ................................................................................................................. 528
4.4.1. Prática de falta grave e (im) possibilidade de interrupção do
prazo para fins de comutação de pena ou indulto ......................... 532
4.4.2. Indulto e medidas de segurança ............................................................... 533
4.4.3. Crimes hediondos e equiparados ............................................................. 534
4.4.4. Questões controvertidas ................................................................................ 537
5. Incidentes da execução nos casos de colaboração premiada ................................ 540
24 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
» Capítulo XIII
PROCEDIMENTO JUDICIAL
1. Procedimento judicial ................................................................................................................ 543
2. Iniciativa do procedimento judicial ......................................................................... 544
3. /ter procedimental ......................................................................................................................... 545
4. Agravo em execução ................................................................................................................. 547
4.1. Hipóteses de cabimento ............................................................................................... 547
4.2. Revogação tácita de diversas hipóteses de cabimento do recurso em
sentido estrito ................................................................................................................... 548
4.3. Procedimento .................................................................................................................... 550
4.4. Prazo ...................................................................................................................................... 551
4.5. Efeitos .................................................................................................................................... 551
4.5.1. Cabimento de mandado de segurança para atribuir efeito 
suspensivo a agravo em execução interposto pelo Ministério 
Público ................................................................................................................... 551
5. Revisão criminal ............................................................................................................................ 553
6. Habeas Corpus no âmbito da Execução Penal ................................................................. 554
6.1. Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário ............................................... 555
6.2. (Im) possibilidade de dilação probatória ............................................................... 556
6.3. Habeas corpus coletivo .................................................................................................. 556
» Capítulo XIV
REABILITAÇÃO
1. Conceito ............................................................................................................................................ 561
2. Natureza jurídica ........................................................................................................................... 561
3. Modalidades de reabilitação previstas no Código Penal ........................................... 562
3.1. Sigilo das condenações ................................................................................................. 562
3.2. Efeitos secundários de natureza extrapenal e específicos da condena­
ção ........................................................................................................................................... 563
4. Legitimidade para o reguerimento de reabilitação ...................................................... 564
5. Juízo competente para a apreciação do pedido de reabilitação ............................ 564
6. Pressuposto da reabilitação ..................................................................................................... 564
7. Requisitos da reabilitação ........................................................................................................ 565
7.1. Requisitos objetivos ........................................................................................................ 565
7.2. Requisitos subjetivos ...................................................................................................... 566
8. Medida segurança detentiva .................................................................................................. 566
9. Decisão judicial .............................................................................................................................. 566
10. Recurso de ofício .......................................................................................................................... 567
11. Cabimento de habeas corpus ................................................................................................. 567
12. Comunicação aos órgãos de identificação ....................................................................... 568
13. Revogação da reabilitação ....................................................................................................... 568
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................ 569
I
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
1. RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO, FALÊNCIA DO SISTEMA CARCERÁRIO 
E REDUÇÃO DE DANOS NA EXECUÇÃO PENAL
Na teoria, a finalidade precípua da pena, pelo menos na fase executória, e sobre­
tudo em um Estado Democrático de Direito, deveria ser a de reeducar o criminoso, 
que dera mostras de sua inadaptabilidade social com a prática da infração penal. É 
dentro desse contexto, aliás, que surgem os diversos sistemas penitenciários, sempre 
fundados na ideia de que a execução penal deveria promover a transformação do 
criminoso em um “não criminoso”, possibilitando-se métodos coativos para operar- 
-se a mudança de suas atitudes e de seu comportamento social. O objetivo desse 
tratamento seria fazer do preso (ou do internado), então, uma pessoa readaptada 
ao convívio em sociedade.
De fato, como destaca Claux Roxin,1 a sanção deve ter como finalidade última 
não apenas a reintegração do delinquente na coletividade, mas também a de conferir 
à retribuição pelo crime cometido um sentido de racionalidade e proporcionalidade, 
quer dizer, seu escopo é fazer com que a pena não passe de limites prévia e expres­
samente previstos em lei, de modo a que as penitenciárias não sejam instituições 
que exacerbem o natural sentido de revolta ou mesmo de injustiça daqueles que 
delas saem, para logo depois - como é tãocomum - retornarem na condição de 
reincidentes na prática do mesmo delito, ou de outros até mais graves.
1 ROXIN, Claus. Problemas Fundamentais do Direito Penal. Lisboa: Veja, 1986. P. 40.
2 De acordo com relatório elaborado pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) em junho de 2014, 
o déficit de espaço nas prisões brasileiras ultrapassou a soma de 230 mil vagas. Disponível em: http:// 
www.justica.gov.br/seus-direitos/politica-penal/relatorio-depen-versao-web.pdf/view. Acesso em 13.12.21.
A experiência, porém, tem revelado que nenhuma espécie de tratamento pe­
nitenciário tem produzido os efeitos desejados quanto à ressocialização do conde­
nado. Na prática, a prisão tem contribuído mesmo para reforçar valores negativos, 
falhando completamente em seu propósito de modificar as pessoas. As péssimas 
condições carcerárias, a começar pela carência crônica de vagas,2 que faz com que
http://www.justica.gov.br/seus-direitos/politica-penal/relatorio-depen-versao-web.pdf/view
26 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
os estabelecimentos carcerários funcionem como verdadeiros “depósitos de pessoas”, 
somadas à existência de uma “subcultura” entre os presos, traço característico de 
unidades prisionais de grande porte, torna-os impermeáveis a qualquer tipo de 
tratamento, que só tem se revelado efetivo em pouquíssimos casos, e conquanto o 
interno voluntariamente manifeste interesse em recebê-lo.
O senso comum não nega - pelo contrário, reafirma - que o histórico das 
condições prisionais no Brasil é de inquestionável falência. São recorrentes, nessa 
linha, os relatos de sevícias, torturas físicas e psíquicas, abusos sexuais, ofensas mo­
rais, execuções sumárias por decapitação, revoltas, conflitos entre facções criminosas, 
superlotação de presídios, ausência de serviços básicos de saúde, falta de assistência 
social e psicológica, condições de higiene e alimentação sub-humanas nos presídios 
etc. Esse evidente caos institucional compromete, à evidência, a efetividade do sistema 
prisional como instrumento de reabilitação social dos detentos.
Todo esse cenário dantesco demonstra que a norma que atribui à execução 
penal a finalidade de proporcionar condições para a harmônica integração social do 
condenado (LEP, art. Io, infine) confere à prisão uma função que comprovadamente 
tem se revelado impossível de ser concretizada, uma verdadeira utopia. Por isso, de 
maneira mais realista e pragmática, há de se trabalhar com a ideia de que o verdadeiro 
objetivo da execução penal deve gravitar em torno de um escopo geral de redução 
de danos, é dizer, tentar não agravar ainda mais as características deteriorantes e 
dessocializantes do encarceramento, oferecendo - jamais impondo - meios para que 
as pessoas presas busquem diminuir seu nível de vulnerabilidade ao poder punitivo, 
se assim o desejarem.3
3 ROIG, Rodrigo Duque Estrada. Execução penal: teoria crítica. 5a ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2021. 
p. 18.
É esse, pois, o grande dilema existencial da execução penal: de um lado, efeti­
var as disposições constantes da sentença condenatória (ou absolutória imprópria) 
transitada em julgado; do outro, e à luz dessa teoria redutora de danos da execução 
penal, tentar reduzir o sofrimento e a vulnerabilidade das pessoas encarceradas, se­
jam elas condenadas definitivas ou presos cautelares. É dentro dele que se buscará, 
ao longo da presente obra, um ponto de equilíbrio no estudo da execução penal, 
pois somente assim se logrará êxito na consecução de um sistema que assegure o 
regular exercício da pretensão executória, sem a necessidade, todavia, de se apelar 
para o indevido - mas infelizmente tão recorrente - anseio de se reduzir o preso à 
categoria de não pessoa (ou cidadão de segunda categoria).
2. DIREITO PENITENCIÁRIO E DIREITO DE EXECUÇÃO PENAL
Cuida-se, o Direito Penitenciário, de ramo do ordenamento jurídico voltado 
à esfera administrativa da execução penal. Trata-se, portanto, de atividade estatal 
de responsabilidade do Poder Executivo, a quem compete promover a execução 
da pena, sob constante fiscalização do Poder Judiciário. Por não estar vinculado 
diretamente ao Direito Penal e ao Direito Processual Penal, a própria Constituição 
Cap. I • NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 27
Federal autoriza aos Estados e ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, 
legislar sobre direito penitenciário (art. 24, I).
Não é esta, todavia, a terminologia adotada pela Lei n. 7.210/84, que se refere à 
Execução Penal. A justificativa para a opção feita pelo legislador consta da própria 
Exposição de Motivos da LEP: “8. O tema relativo à instituição de lei específica para 
regular a execução penal vincula-se à autonomia científica da disciplina, que em razão 
de sua modernidade não possui designação definitiva. Tem-se usado a denomina­
ção Direito Penitenciário, à semelhança dos penalistas franceses, embora se restrinja 
essa expressão à problemática do cárcere. Outras, de sentido mais abrangente, foram 
propostas, como Direito Penal Executivo por Roberto Lyra ("As execuções penais do 
Brasil", Rio de Janeiro, 1963, pág. 13) e Direito Executivo Penal por ítalo Luder ("E7 
principio de legalidad en la ejecución de la pena", in Revista dei Centro de Estúdios 
Criminológicos, Mendoza, 1968, págs. 29 e seguintes). 9. Em nosso entendimento 
pode-se denominar esse ramo do Direito de Execução Penal, para abrangência do 
conjunto das normas jurídicas relativas à execução das penas e das medidas de 
segurança (cf. Cuello Calón, "Derecho Penal", Barcelona, 1971, vol. II, tomo I, pág. 
773; Jorge de Figueiredo Dias, "Direito Processual Penal", Coimbra, 1974, pág. 37)”.
3. OBJETO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL
Da leitura do art. Io da Lei n. 7.210/84 pode ser extraído o conceito de execução 
penal como o conjunto de normas jurídicas e princípios que visam não apenas a 
concretizar o conteúdo decisório da sentença penal transitada em julgado que impôs 
ao condenado o cumprimento de uma pena - privativa de liberdade, restritiva de 
direitos ou de multa -, ou que determinou a aplicação de medida de segurança a um 
inimputável, mas também atender aos fins de prevenção especial da pena, buscando, 
assim, a ressocialização do condenado de modo a se evitar uma possível reincidência.
São estas, portanto, as finalidades precípuas da execução penal: a. efetivação 
do mandamento incorporado à sentença penal: por meio desta primeira finalidade, 
objetiva-se concretizar o ius puniendi do Estado, levando a termo o conteúdo da 
sentença irrecorrível; b. reinserção social do condenado (ou internado): dentro de 
uma política de redução de danos, há de se buscar, no curso da execução da pena, 
a utilização da assistência ao preso de modo a permitir seu retorno ao meio social 
em condições mais favoráveis para sua integração.
4. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL
Pelo menos em regra, o pressuposto da execução penal é uma sentença conde­
natória ou absolutória imprópria transitada em julgado, eis que não mais se admite 
a execução provisória de acórdão condenatório recorrível proferido por Tribunais 
de 2a instância (STF, ADCs 43, 44 e 54). Daí, todavia, não se pode concluir que a 
LEP teria aplicação restrita aos presos penais.
Com efeito, à luz de seu art. 2o, parágrafo único, o referido diploma normativo 
aplica-se igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral
28 MANUAL DE EXECUÇÃO PENAL - Renato Brasileiro de Lima
ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. Isso 
sem contar a controversa possibilidade de execução provisória da pena no caso de 
condenação pelo Tribunal do Júri a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos 
de reclusão (CPP, art. 492, I, “e”, com redação alterada pela Lei n. 13.964/19).4 Não 
se pode perder de vista que outras decisões estão igualmente sujeitas à execução, a 
exemplo do que ocorre com a decisão homologatória da transação penal no âmbito 
dos Juizados Especiais Criminais (Lei n. 9.099/95, art. 76)

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