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LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
LEI Nº 7,210/84 
Protegido por Eduzz.com
 
1 
 
SUMÁRIO 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL .................................................................................................................................. 6 
LEI 7.210/84 ..................................................................................................................................................... 6 
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 6 
DO OBJETIVO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL .............................................................................. 9 
NATUREZA JURÍDICA DA EXECUÇÃO PENAL ....................................................................................................... 10 
FINALIDADES DA PENA EM ABSTRATO ............................................................................................................... 12 
PREVENÇÃO GERAL ........................................................................................................................................ 12 
FINALIDADES DA PENA NA EXECUÇÃO ............................................................................................................... 13 
PREVENÇÃO ESPECIAL .................................................................................................................................... 13 
DA CLASSIFICAÇÃO DO CONDENADO ................................................................................................................. 21 
COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO (CTC) ................................................................................................... 22 
EXAME CRIMINOLÓGICO .................................................................................................................................... 24 
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO ................................................................................................................ 30 
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO PENAL ................................................................................................................ 155 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE............................................................................................................................... 155 
PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA........................................................................................................ 155 
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO DA PENA ............................................................................ 155 
PRINCÍPIO DA JURISDICIONALIDADE ................................................................................................................ 156 
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL ......................................................................................................... 156 
PRINCÍPIO REEDUCATIVO / PRINCÍPIO DA RESSOCIALIZAÇÃO .......................................................................... 157 
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS......................................................................................................... 157 
DA ASSISTÊNCIA ............................................................................................................................................. 34 
DA ASSISTÊNCIA MATERIAL ................................................................................................................................ 37 
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE .................................................................................................................................. 38 
DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA .................................................................................................................................. 40 
DA ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL ......................................................................................................................... 41 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ..................................................................................................................................... 44 
DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA ................................................................................................................................ 46 
DA ASSISTÊNCIA AO EGRESSO ............................................................................................................................ 47 
DO TRABALHO ................................................................................................................................................ 49 
REMUNERAÇÃO DO PRESO ................................................................................................................................ 50 
DO TRABALHO INTERNO..................................................................................................................................... 51 
JORNADA DE TRABALHO .................................................................................................................................... 55 
DO TRABALHO EXTERNO .................................................................................................................................... 57 
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2 
 
REGRAS PARA O TRABALHO EXTERNO ........................................................................................................... 57 
DOS DEVERES ................................................................................................................................................. 60 
DOS DIREITOS ................................................................................................................................................. 61 
DA DISCIPLINA ................................................................................................................................................ 63 
PODER DISCIPLINAR ....................................................................................................................................... 64 
DAS FALTAS DISCIPLINARES ............................................................................................................................ 65 
PRESCRIÇÃO ................................................................................................................................................... 67 
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD)................................................................................................... 69 
REGRA ................................................................................................................................................................ 69 
HIPÓTESES DE CABIMENTO ................................................................................................................................ 69 
CARACTERÍSTICAS ............................................................................................................................................... 71 
RDD CUMPRIDO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL ................................................................................... 70 
PRAZO DO RDD ............................................................................................................................................... 72 
DAS SANÇÕES E DAS RECOMPENSAS ............................................................................................................. 69 
SANÇÕES DISCIPLINARES ................................................................................................................................ 77 
RECOMPENSAS ................................................................................................................................................... 80 
DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES ........................................................................................................................ 81 
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR ..................................................................................................................81 
MEDIDAS PREVENTIVAS ................................................................................................................................. 82 
DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL .............................................................................................................. 83 
DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA (CNPCP) .................................................. 83 
DO JUÍZO DA EXECUÇÃO .................................................................................................................................... 86 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO ................................................................................................................................... 87 
DO CONSELHO PENITENCIÁRIO .......................................................................................................................... 88 
DOS DEPARTAMENTOS PENITENCIÁRIOS ........................................................................................................... 89 
DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL (DEPEN)............................................................................. 89 
DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO LOCAL ................................................................................................. 90 
DA DIREÇÃO E DO PESSOAL DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS .......................................................................... 90 
DO PATRONATO ................................................................................................................................................. 91 
DO CONSELHO DA COMUNIDADE ...................................................................................................................... 91 
DA DEFENSORIA PÚBLICA ................................................................................................................................... 93 
DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS .................................................................................................................. 93 
DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................................................................................... 94 
ESTABELECIMENTO DESTINADO ÀS MULHERES ................................................................................................. 95 
FUNÇÕES INDELEGÁVEIS .................................................................................................................................... 95 
SEPARAÇÃO ENTRE PRESO PROVISÓRIO E O CONDENADO ................................................................................ 96 
Protegido por Eduzz.com
 
3 
 
SEPARAÇÃO DO FUNCIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA CRIMINAL .................................................... 96 
DA PENITENCIÁRIA ............................................................................................................................................. 97 
DA COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL OU SIMILAR ............................................................................................ 98 
DA CASA DO ALBERGADO ................................................................................................................................... 98 
DA CADEIA PÚBLICA ........................................................................................................................................... 99 
DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO ............................................................................. 99 
IMPOSIÇÃO DA MEDIDA DE SEGURANÇA PARA INIMPUTÁVEL ........................................................................ 100 
SUBSTITUIÇÃO DA PENA POR MEDIDA DE SEGURANÇA PARA O SEMI-IMPUTÁVEL ........................................ 101 
DIREITOS DO INTERNADO................................................................................................................................. 101 
DO CENTRO DE OBSERVAÇÃO .......................................................................................................................... 101 
DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE ........................................................................................................ 101 
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE ............................................................................................................ 102 
GUIA DE RECOLHIMENTO ................................................................................................................................. 102 
SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL ........................................................................................................... 103 
DOS REGIMES ............................................................................................................................................... 103 
SOMA E UNIFICAÇÃO DAS PENAS ................................................................................................................. 104 
CÓDIGO PENAL - DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE ............................................................................ 104 
LEGISLAÇÃO LOCAL....................................................................................................................................... 106 
SÚMULAS ..................................................................................................................................................... 107 
SÚMULA 716 – STF ....................................................................................................................................... 107 
SÚMULA 718 - STF ........................................................................................................................................ 107 
SÚMULA 719 - STF ........................................................................................................................................ 107 
SÚMULA 269 - STJ......................................................................................................................................... 107 
SÚMULA 440 - STJ......................................................................................................................................... 107 
SÚMULA 441 - STJ......................................................................................................................................... 107 
SÚMULA 526 – STJ ........................................................................................................................................ 107 
SÚMULA 534 - STJ......................................................................................................................................... 107 
SÚMULA 535 - STJ......................................................................................................................................... 108 
SÚMULA 533 – STJ ........................................................................................................................................ 108 
SÚMULA 562 – STJ ........................................................................................................................................ 108 
PROGRESSÃO DE REGIME ............................................................................................................................. 109 
REGIME FECHADO PARA O REGIME SEMIABERTO ........................................................................................... 111 
PROGRESSÃO DE REGIME NO RDD ................................................................................................................... 112 
REGIME SEMIABERTO PARA O REGIME ABERTO .............................................................................................. 112 
PROGRESSÃO DE REGIME PARA MULHER GESTANTE OU RESPONSÁVEL POR PESSOA COM DEFICIÊNCIA ...... 113 
COMETIMENTO DE FALTA GRAVE NA EXECUÇÃO DA PENA PRIVATIVA ........................................................... 113Protegido por Eduzz.com
 
4 
 
DATA BASE PARA PROGRESSÃO DE REGIME .................................................................................................... 114 
PRISÃO DOMICILIAR DA LEP – REGIME ABERTO ............................................................................................... 115 
TEMPO MÁXIMO DE CUMPRIMENTO DE PENA ................................................................................................ 118 
REGRESSÃO DE REGIME ............................................................................................................................... 118 
REGRESSÃO CAUTELAR OU PREVENTIVA DE REGIME ....................................................................................... 119 
PROGRESSÃO EM SALTOS ............................................................................................................................. 121 
DAS AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA ..................................................................................................................... 122 
DA PERMISSÃO DE SAÍDA ................................................................................................................................. 122 
DA SAÍDA TEMPORÁRIA.................................................................................................................................... 123 
DA REMIÇÃO ................................................................................................................................................ 125 
REMIÇÃO PELO ESTUDO ................................................................................................................................... 126 
REMIÇÃO POR TRABALHO ................................................................................................................................ 126 
REVOGAÇÃO DO TEMPO REMIDO .................................................................................................................... 127 
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL .................................................................................................................. 128 
REQUISITOS DO LIVRAMENTO CONDICIONAL .................................................................................................. 128 
A CADERNETA DO LIVRAMENTO CONDICIONAL ........................................................................................... 132 
DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA ................................................................................................................. 134 
CABIMENTO...................................................................................................................................................... 134 
DEVERES ........................................................................................................................................................... 134 
CONSEQUÊNCIAS DA VIOLAÇÃO ...................................................................................................................... 134 
HIPÓTESES DE REVOGAÇÃO ............................................................................................................................. 134 
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS.......................................................................................................... 135 
CONVERSÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS......................................................................................... 137 
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS .............................................................................................................. 137 
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE ................................................................................................ 137 
DA LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA ................................................................................................................. 139 
DA INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS..................................................................................................... 139 
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL ..................................................................................................................... 140 
MULTA .......................................................................................................................................................... 143 
DA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA ............................................................................................. 144 
MEDIDAS DE SEGURANÇA NO CÓDIGO PENAL ................................................................................................. 145 
IMPOSIÇÃO DA MEDIDA DE SEGURANÇA PARA INIMPUTÁVEL ........................................................................ 145 
SUBSTITUIÇÃO DA PENA POR MEDIDA DE SEGURANÇA PARA O SEMI-IMPUTÁVEL ........................................ 146 
DIREITOS DO INTERNADO................................................................................................................................. 146 
DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................................................................ 146 
DA CESSAÇÃO DA PERICULOSIDADE ................................................................................................................. 147 
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5 
 
DOS INCIDENTES DE EXECUÇÃO ................................................................................................................... 148 
DAS CONVERSÕES ............................................................................................................................................ 148 
DO EXCESSO OU DESVIO .................................................................................................................................. 149 
DA ANISTIA E DO INDULTO ............................................................................................................................... 149 
DO PROCEDIMENTO JUDICIAL ...................................................................................................................... 150 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS................................................................................................... 150 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá, meus amigos! Começaremos agora um curso completo acerca da LEI DE EXECUÇÃO PENAL! 
Não se trata de um curso modelo “resumo” ou “reta final”. O objetivo é trazer o máximo de conteúdo para 
que você não tenha qualquer dúvida quando for para marcar uma assertiva. 
Para potencializar o entendimento da LEP, quando se fizer necessário, farei o resumo de outras disciplinas 
(como por exemplo Direito Penal) para que o aluno não deixe conhecimento perdido durante o estudo. 
Vamos juntos? Preparem-se para resolver muitas questões! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
LEI 7.210/84 
 
INTRODUÇÃO 
 
Quando um indivíduo comete uma infração penal (crime ou contravenção) surge para o Estado o direito 
de punir (ius puniendi). O direito de punir é exclusivo do Estado e, como veremos em breve, a punição tem 
diversos objetivos, dentre os quais, retribuir o mal causado, evitar o surgimento de outros crimes e, como cita o 
professor Andreucci [1], oferecer certeza à coletividade da busca por justiça. 
 
O legitimado para a execução penal é o Estado. O Estado até pode autorizar eu o cidadão promova a denúncia, 
porém, o direito de punir é exclusivo. 
Exequente: É o Estado 
Executado: O que sofrerá a punição estatal. 
 
E, no exercício do IUS PUNIENDI, a resposta estatal a quem comente uma infração penal é a chamada 
SANÇÃO PENAL. 
A sanção penal divide-se em duas espécies: 
• Pena 
• Medida de Segurança 
Os indivíduos imputáveis recebem a sanção penal correspondente a sua conduta criminosa, ou seja, 
recebem a pena correspondente ao preceito secundário do tipo incriminador. 
Os indivíduos inimputáveiscumprem medida de segurança, pois sofrem a chamada sentença absolutória 
imprópria. 
 
O que é Sentença Absolutória Imprópria? 
Na Sentença absolutória PRÓPRIA o indivíduo é absolvido fundamentado, por exemplo, na ausência de provas ou 
inexistência do fato. Não há sanção ou penalização ao indivíduo, réu no processo. 
Já na Sentença Absolutória IMPRÓPRIA, há o reconhecimento do crime ou da tipicidade e ilicitude, porém o indivíduo 
é absolvido por ser inimputável. Nesse caso, ele é submetido a uma medida de segurança, que pode ser cumprida em um 
hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, por exemplo. 
A sentença que impõe medida de segurança não é condenatória, sendo chamada de sentença absolutória imprópria, 
já que é reconhecida a materialidade e a autoria do crime, mas o agente é absolvido em razão de sua falta de discernimento 
durante a execução da conduta delituosa. 
Na execução das Medidas de Segurança, o Estado busca a prevenção de outros crimes, bem como a cura do 
internado inimputável ou semi-imputável. [1] 
 
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7 
 
O semi-imputável possui perda parcial da compreensão da conduta ilícita e da capacidade de auto-
determinação ou discernimento sobre os atos ilícitos praticados, acarretando na redução da imputabilidade. Tem 
como consequência a atenuação da pena conforme o art. 26, parágrafo único, do Códipo Penal (CP). 
A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde 
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Ocorrendo necessidade pode existir a substituição da pena para tratamento curativo, internação ou 
tratamento ambulatorial, conforme dispõe o art. 96 do CP. 
Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial 
tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou 
tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 a 3 anos, nos termos do artigo anterior e 
respectivos §§ 1.º a 4º. 
 
Desse modo, existe a substituição da pena restritiva de liberdade para a medida de segurança. 
Em resumo, os indivíduos semi-imputáveis (chamados de fronteiriços por Bitencourt [2]), com 
culpabilidade diminuída, no caso de condenação, é obrigatória a imposição de pena reduzida, que pode ser 
substituída por medida de segurança. Ou seja, os semi-imputáveis podem cumprir pena ou medida de 
segurança, nunca as duas. 
 
As medidas de segurança são: 
I) internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; 
II) sujeição a tratamento ambulatorial. 
 
Meus amigos, vamos aproveitar esse momento para organizarmos em nossa mente os tipos de sanção 
penal existentes no Brasil, os tipos de penas e as hipóteses de substituição da Pena Privativa de Liberdade por 
Pena Restritivas de Direitos? 
• Quando um indivíduo é condenado por uma infração penal (crime ou contravenção penal) ele 
irá receber uma sanção penal. 
• No Brasil as espécies de sanção penal são as penas e as medidas de segurança. 
• As penas podem ser penas privativas de liberdade, penas restritivas de direitos e multa 
• As penas privativas de liberdade são reclusão, detenção e prisão simples. 
 
 
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8 
 
 
 
 
Feito os devidos resumos e revisões, vamos iniciar agora propriamente o estudo da Lei de Execução Penal! 
 
Mas, professor, por que você fez essa explicação toda? 
Calma! Mais para frente vocês vão entender o porquê! Eu não quero que você decore. Quero que você entenda! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sanção 
Penal
Penas
PRIVATIVA 
DE 
LIBERDADE
Reclusão
Detenção
Prisão Simples
RESTRITIVA 
DE DIREITOS
Prestação de Serviços 
a Comunidade
Interdição 
Temporária de 
Direitos
I proibição do exercício de cargo,
função ou atividade pública, bem como
de mandato eletivo;
II proibição do exercício de profissão, ati
vidade ou ofício que dependam de
habilitação especial, de licença ou
autorização do poder público;
III suspensão de autorização ou de
habilitação para dirigir veículo
IV proibição de frequentar determinados
lugares.
Perda de Bens e 
Valores
Prestação 
Pecuniária
Limitação de Fim 
de Semana
MULTA
Medidas de 
Segurança
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9 
 
DO OBJETIVO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
(Art. 1° ao art. 4º) 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal 
e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 
 
A lei de execução penal (LEP) tem por objetivo disciplinar a vida do sujeito que está com a liberdade 
cerceada, seja por sentença condenatória transitada em julgado, seja em decisão cautelar de privação de 
liberdade de locomoção. 
Como assim “decisão cautelar de privação de liberdade”? 
Veja bem. É de grande importância que o aluno entenda que não é objetivo da LEP efetivar apenas as 
disposições da “SENTENÇA”, como por exemplo, após um indivíduo ser condenado por um crime e 
posteriormente encaminhado a uma penitenciária para cumprir efetivamente a sentença. 
A Lei de Execuções Penais também tem como objetivo efetivar as disposições das DECISÕES CRIMINAIS, 
como, por exemplo, decisão que determine a Prisão Temporária ou Preventiva de um indivíduo, ou seja, uma 
prisão cautelar. 
 
Desse modo, a LEP é aplicada ao preso condenado e ao preso provisório. A LEP também será aplicada no que couber 
às hipóteses de sentença absolutória imprópria (execução das medidas de segurança). 
 
Não se aplica nos casos de medidas socioeducativas, regradas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA). 
Em resumo, a LEP é aplicada ao preso: 
• Preso Condenado (cumpre sanção penal) 
• Preso Provisório (submetido a uma decisão criminal) 
• Preso submetido a uma sentença condenatória imprópria (cumpre medida de segurança) 
 
INFORMAÇÃO IMPORTANTE 
A LEP tem incidência aos condenados pelas Justiças Especializadas, a saber Militar e Eleitoral, quando 
forem recolhidos em estabelecimentos estaduais ou federais. Observe, aluno, que o que importa não é qual 
justiça condenou o indivíduo, e sim o local onde ele estará custodiado. 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
 
NATUREZA JURÍDICA DA EXECUÇÃO PENAL 
 
Apesar de ser uma questão polêmica na Doutrina, prevalece majoritariamente que o processo de 
execução penal possui caráter prioritariamente JURISDICIONAL com combinação de fases administrativas, 
sendo, portanto, de caráter misto. 
Segundo Ricardo Andreucci [1], para a corrente que defende ser jurisdicional, “a fase executória tem o 
acompanhamento do Poder Judiciário em toda sua extensão, sendo garantida, desta forma, a observância dos 
princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa”. 
O Juiz da Execução Penal representa o caráter jurisdicional da Lei de Execução Penal enquanto o Diretor 
do presídio representa as atividades no campo administrativo. (função administrativa) 
No Brasil, em sua maior parte, a execução é JURISDICIONAL, uma vez que, mesmo em momentos 
administrativos, em tempo integral é garantido o acesso ao Poder Judiciário e todas as garantias que lhe são 
inerentes. [1] 
 
Ano: 2019 Banca: FUNDEP Órgão: DPE-MG Prova: Defensor Público (modificada) 
É mista ou complexa a natureza jurídica da execução penal, por envolver atividade jurisdicional e 
administrativa, prevalecendo a primeira, conforme sustenta parte da doutrina. 
Gabarito: 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Certo. A execução penal é atividade complexa, que se desenvolve, entrosadamente, nos planos jurisdicional e administrativo. 
Segundo Ricardo Andreucci, para a corrente que defende ser jurisdicional, “a fase executória tem o acompanhamento do Poder Judiciário 
em toda sua extensão, sendogarantida, desta forma, a observância dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa”. 
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11 
 
 TEORIAS DA PENA 
➢ Teoria da Retribuição l Teoria Absoluta 
• Busca tão somente castigar o condenado através da retribuição do mal praticado. 
• Teóricos: Kant e Hegel 
 
➢ Teoria da Prevenção l Teoria Relativa 
• Busca punir o condenado para servir como exemplo para a sociedade (prevenção geral) e para 
que o condenado não deseje ser reincidente (prevenção especial). 
• Teórico: Jakobs 
• Cezar Roberto Bitencourt [2] afirma que para a teoria relativa da pena, o objetivo primordial é a 
prevenção: 
“A formulação mais antiga das teorias relativas costuma ser atribuída a Sêneca, que, se utilizando de 
Protágoras de Platão, afirmou: "nenhuma pessoa responsável castiga pelo pecado cometido, mas sim para 
que não volte a pecar. Para as duas teorias a pena é considerada um mal necessário. No entanto, para as 
teorias preventivas, essa necessidade da pena não se baseia na ideia de realizar justiça, mas na função, já 
referida, de inibir, tanto quanto possível, a pratica de novos fatos delitivos” 
 
➢ Teoria Mista l Teoria Unificadora l Teoria Eclética 
• Para a teoria mista ou eclética a pena é tanto uma retribuição ao condenado pela realização de 
um delito, como uma forma de prevenir a realização de novos delitos. É uma mescla entre as 
duas teorias anteriores, sendo a pena uma forma de punição ao criminoso, ante o fato do mesmo 
desrespeitar as determinações legais.2 (Retributiva e Preventiva) 
• As teorias ecléticas buscam um equilíbrio para justificar a pena, apoiando um direito penal 
invasivo que respeite a dignidade da pessoa humana e atenda aos anseios da sociedade no que 
diz respeito segurança e a paz social.2 
• É o modelo adotado no Brasil, conforme estabelecido no art. 59 do Código Penal. 
 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade 
do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação 
e prevenção do crime: (...) 
 
 
 
 
 
 
2 https://jus.com.br/artigos/43453/das-penas-e-das-teorias-da-pena 
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12 
 
FINALIDADES DA PENA EM ABSTRATO 
A pena no Brasil tem tríplice finalidade (polifuncional [3]), sendo: 
➢ PREVENTIVA 
• Prevenção Geral 
- Positiva 
- Negativa 
• Prevenção Especial 
- Positiva 
- Negativa 
➢ RETRIBUTIVA 
➢ REEDUCATIVA 
 
PREVENÇÃO GERAL 
Tem como destinatário TODA SOCIEDADE e atua mesmo antes da prática do crime. A tipificação de uma 
conduta como criminosa e a cominação de pena para quem realizá-la traz uma consciência à coletividade do 
valor dado ao bem jurídico. Ou seja, o condenado é usado como exemplo à coletividade. 
Objetivo: 
➢ Inibir a prática do crime, evitar a violência. 
➢ Mostrar a autoridade da norma 
“Art. 121 (6 a 20 anos)” – a pena em abstrato já tem a finalidade de prevenção geral (coibir a prática do crime, evitando 
que membros da sociedade venham a delinquir, e reafirmar a norma penal) 
 
• Prevenção Geral Negativa: Impõe um caráter intimidatório. (Prevenção por intimidação ou 
intimidação coletiva). A pena aplicada ao autor da infração tende a refletir junto à sociedade, 
evitando-se, assim, que as demais pessoas reflitam antes de praticar qualquer infração penal. Ou 
seja, intimidar futuros criminosos. O Estado espera que a ameaça da pena desestimule os 
indivíduos a praticarem crimes. 
• Prevenção Geral Positiva: (prevenção integradora). Busca afirmar a eficiência do Direito Penal. 
“Infundir na consciência geral a necessidade de respeito a determinados valores, exercitando a 
fidelidade ao direito, promovendo em última análise, a integração social.” 3 
Segundo Jorge Dias De Figueiredo (2007), a necessária confiança que a comunidade deve 
manter na força do Estado, no sentido de revelar perante a comunidade a força e a segurança da 
ordem jurídica, apesar de todas as violações que tenham lugar e a reforçar, por esta via, os 
padrões de comportamento adequado às normas.4 
 
 
3 QUEIROZ, Paulo de Souza. Funções do Direito Penal, 2008. 
4 DIAS, Jorge de Figueiredo. Direito Penal, parte geral. Coimbra/São Paulo: Coimbra Editora/RT, 2007. 
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13 
 
FINALIDADES DA PENA NA EXECUÇÃO 
A prevenção especial e o caráter retributivo atuam durante a imposição e a execução da pena. 
 
PREVENÇÃO ESPECIAL 
Se destina não à coletividade toda e sim ao indivíduo em particular, após o cometimento do crime. 
O destinatário da função preventiva especial é o condenado. 
 
• Prevenção Especial Negativa - Retributiva 
O caráter retributivo nada mais é que retribuir com o mal um mal causado. 
Está com a segregação ao cárcere através da pena privativa de liberdade àquele que praticou a infração 
penal. Espera-se que, com o indivíduo absorvendo esse caráter retributivo, evite-se, também, a reincidência. 
Busca-se evitar a reincidência. A pena serve para prevenir que o infrator volte a delinquir, pois com sua imposição 
ele sabe os efeitos negativos para aqueles que praticam crimes. 
• Prevenção Especial Positiva – Ressocializadora/educativa 
“Proporcionar condições para a harmônica integração social” 
Buscar a ressocialização do condenado. 
A pena tem que ter a missão, também, de fazer com que o infrator desista de cometer futuros delitos. Cria-
se aqui, o caráter ressocializador da pena, fazendo com que o agente se conscientize sobre o crime, analisando 
consequências, evitando as recidivas. 
O Caráter Educativo atua somente na fase da execução. Não visa somente efetivar os efeitos da sentença 
(punição e prevenção), mas proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do 
internado, isto é reeducá-lo para que no futuro, possa reingressar ao convívio social. 
 
Observe o art. 1º da Lei de Execução Penal: 
 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal 
e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado 
 
A Execução Penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal (Prevenção Especial e 
Caráter Retributivo) e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado (Caráter 
Educativo). 
 
 
 
 
 
 
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14 
 
Vamos responder questões! 
 
Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: DEPEN Prova: Agente Federal de Execução Penal 
Julgue o item a seguir, referentes às teorias da finalidade da pena. 
A função preventiva especial, em razão do caráter abstrato da previsão legal dos delitos e das penas, 
enfoca o delito e não o infrator individualmente. 
Gabarito:5 
 
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: SEDS-TO Prova: Técnico em Defesa Social 
Além da função de punir pelo crime praticado, o ordenamento jurídico brasileiro prevê que sejam 
promovidas ao apenado condições para que ele se reestruture e, ao voltar ao convívio social, não torne a 
delinquir. Tal prática é definida como: 
A ressocialização. 
B humanização. 
C responsabilização. 
D mediação. 
Gabarito:6 
 
 
APLICA-SE A LEP AO MENOR INFRATOR? 
 
Pena Medida de Segurança Medida Socioeducativa 
Finalidades: 
a) Prevenção Especial 
b) Redistribuição 
c) Ressocialização 
 
Finalidade essencialmente preventiva 
Finalidades: 
a) Integração Social do adolescente 
b) Garantia de seus direitos 
individuais e sociais 
 
 
APLICA-SE A LEP 
 
APLICA-SE A LEP 
 
APLICA-SE O ECA e leis correlatas. 
Jamais a LEP 
 
 
 
 
 
 
 
5 Gabarito: Errado. O destinatário da função preventiva especial é o condenado. 
6 A 
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15 
 
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território 
Nacional, será exercida, no processo de execução, na conformidade destaLei e do Código de 
Processo Penal. 
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça 
Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
 
A execução penal será exercida de acordo com a LEP e com o Código de Processo Penal. A Lei nº 7.210/84 
é especial e, por causa disso, atua como norma primária, ficando a aplicação das regras do CPP na dependência 
da lacuna na Lei de Execução Penal. 
Em regra, a Justiça Comum Estadual é a responsável pela execução penal. Situações excepcionais (que 
estudaremos mais tarde), em que presos são custodiados em presídios federais, levam a competência para o juiz 
federal. Independentemente de o crime ser de competência federal ou estadual, o juízo das execuções será do 
local do presídio em que ele estiver preso. 
Exemplo: Militar que comete crime militar cumpre pena em estabelecimento prisional militar. Na falta de 
estabelecimento prisional militar, o preso militar deve ir para estabelecimento prisional COMUM. E, assim 
acontecendo, o preso terá direito a todos os benefícios da Lei de Execução Penal. 
 
O que importa é onde o condenado pela Justiça Militar ou Eleitoral esteja cumprindo pena e a competência da 
Execução Penal será do Juiz responsável pelo presídio. 
 
Súmula 192 do STJ: Compete ao juízo das execuções penais do Estado a execução das penas impostas 
a sentenciados pela justiça federal, militar ou eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a 
administração estadual. 
 
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela 
sentença ou pela lei. 
 
Qual direito é atingido diretamente pela sentença ou lei? Logicamente o direito à liberdade é o atingido. 
Assim, os outros direitos devem ser assegurados. Ex: integridade moral, corporal, garantia da dignidade da 
pessoa humana etc. Em relação aos direitos políticos: 
• Preso Condenado: Direitos Políticos suspensos (CF/88 - art. 15, Inciso III)7 
• Preso Provisório: Não perdem direitos políticos e não são suspensos. Penitenciárias e presídios 
onde há presos provisórios devem ter seções eleitorais para que os presos e adolescentes 
internados tenham o direito de votar. 
 
 
7 Art. 15, da CF: É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão se dará nos casos de: III – condenação criminal transitada 
em julgado, enquanto durarem seus efeitos. 
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16 
 
MUITA ATENÇÃO 
 
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política 
 
Cuidado! Observe a LEP traz a vedação da distinção de natureza racial, social, religiosa ou polícia. 
Porém, é possível algumas distinções. Assim, é possível distinção por SEXO, ORIENTAÇÃO SEXUAL e 
IDADE! 
 
Pode haver distinção em razão de SEXO, ORIENTAÇÃO SEXUAL e IDADE. 
Exemplo: Há presídios para homens e para mulheres. 
 
A transferência de transexuais femininas para presídios femininos é, ainda, compatível em razão de 
recentes julgados do STF em que se reconheceu o direito deste grupo a viver de acordo com a sua identidade 
de gênero e a obter tratamento social compatível com ela. Observem a reportagem8 em que o STF autoriza 
detentas trans e travestis a escolherem o presídio a serem custodiadas. Transcrevo abaixo trechos da reportagem, 
mas desde já oriento que leiam por completo. 
 
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou nesta sexta-feira, 19, que presas transexuais e travestis com 
identidade de gênero feminino possam optar por cumprir penas em estabelecimento prisional feminino ou masculino. Nesse 
último caso, elas devem ser mantidas em área reservada, como garantia de segurança. 
Na cautelar deferida anteriormente, o ministro havia determinado que presas transexuais femininas fossem 
transferidas para presídios femininos. Quanto às presas travestis, ele registrou, à época, que a falta de informações, naquele 
momento, não permitia definir com segurança, à luz da Constituição Federal, qual seria o tratamento adequado a ser 
conferido ao grupo. 
No Brasil, disse Barroso, o direito das transexuais femininas e travestis ao cumprimento de pena em condições 
compatíveis com a sua identidade de gênero decorre, em especial, dos princípios constitucionais do direito à dignidade 
humana, à autonomia, à liberdade, à igualdade, à saúde, e da vedação à tortura e ao tratamento degradante e desumano. 
Decorre também da jurisprudência consolidada no STF no sentido de reconhecer o direito desses grupos a viver de 
acordo com a sua identidade de gênero e a obter tratamento social compatível com ela. 
 
“(...) Assim, com base em diálogo institucional estabelecido com o Poder Executivo, como explicitado 
acima, ajusto os termos da cautelar já deferida para outorgar às transexuais e travestis com identidade de 
gênero feminina o direito de opção por cumprir pena: (i) em estabelecimento prisional feminino; ou (ii) em 
estabelecimento prisional masculino, porém em área reservada, que garanta a sua segurança. “ 
Publique-se. Intimem-se. 
Brasília, 18 de março de 2021. 
Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO 
Relator 
 
8 https://www.migalhas.com.br/quentes/342155/barroso-autoriza-detentas-trans-e-travestis-a-escolherem-presidio 
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17 
 
 Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução 
da pena e da medida de segurança. 
 
Para alcançar os objetivos da Execução Penal o Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade (art. 
4º), assegurando ao condenado e ao internado todos os direitos não atingidos pela sentença (art. 3º), sendo 
vedado distinção de natureza racial, social, religiosa ou política. Importante para a ressocialização. 
Observe o que diz a minha querida amiga e professora Vanessa Gioh acerca da participação da 
comunidade na execução penal: 
“Vários dispositivos a Lei de Execução Penal cuidam da participação social no processo executivo. Podemos 
citar como exemplos a assistência à saúde, quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para 
prestá-la (CPP, art. 14, §2º); convênios para as atividades educacionais (CPP, art. 20); e a assistência religiosa 
(CPP, art. 24). Porém, a maior participação da comunidade se dá por meio dos Patronatos (LEP, art. 78 e 79) 
e dos Conselhos da Comunidade (LEP, art. 80 e 81). A participação da comunidade é importante mecanismo 
para se atingir todas as modalidades de assistência previstas na LEP, porquanto são as pessoas da própria 
comunidade local que vão viabilizar a prestação de auxílio material, assistência médica e odontológica, 
assistência jurídica e religiosa.”9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Vanessa Gioh, Curso Aep, 2020. 
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18 
 
O INÍCIO DA EXECUÇÃO PENAL 
Falamos já sobre o Estado ser o legitimado para a execução penal. Mas quando podemos dizer que ela 
começa? 
A regra é que a execução penal da pena privativa de liberdade comece após o trânsito em julgado, em 
especial com o registro da guia de recolhimento. 
A execução da pena privativa de liberdade, esta tem seu início com a expedição da guia de recolhimento 
(guia de execução penal ou carta guia), na qual constam todos os dados do condenado, conforme o artigo 106 
da LEP.10 
Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu 
estiver ou vier a ser preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução. 
Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a 
assinará com o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá: 
I - o nome do condenado; 
II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no órgão oficial de identificação; 
III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do trânsito em 
julgado; 
IV - a informaçãosobre os antecedentes e o grau de instrução; 
V - a data da terminação da pena; 
VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento penitenciário. 
§ 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de recolhimento. 
§ 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier modificação quanto ao início 
da execução ou ao tempo de duração da pena. 
 
A necessidade dessa guia de recolhimento é a individualização do condenado, comprovando que o preso 
é de fato a pessoa que foi condenada pela decisão judicial, bem como para apresentar ao estabelecimento 
penitenciário as características do acusado. 7 
Somente após a realização do cadastro dessa guia, será possível pleitear pelo cumprimento de todos os 
direitos do preso, como o de visitação e de aplicação dos benefícios concedidos na execução.7 
 
 
 
 
 
 
 
10 https://www.seufuturo.com/quando-se-inicia-a-execucao-penal/ 
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19 
 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA 
Vejamos o histórico de decisões dos Tribunais Superiores acerca da possibilidade ou não da execução 
provisória da Pena Privativa de Liberdade. É sabido que a regra é a execução após o Trânsito em Julgado. 
 
1. O Supremo Tribunal Federal entendia que a execução da pena privativa de liberdade antes do trânsito 
em julgado era possível apenas quando presentes os pressupostos da prisão preventiva, (STF, HC 84078, Rel. 
Eros Grau, Pleno, DJe 25/02/2010). Assim, com o objetivo de beneficiar o preso (para que ele pudesse usufruir 
os benefícios da execução penal como progressão de regime, por exemplo). Com isso, o preso, em razão da 
presença dos requisitos da prisão preventiva, poderia ser submetido ser submetida a execução provisória, antes 
do trânsito em julgado. 
 
2. Esse entendimento foi alterado em fevereiro de 2016, nos autos do HC 126292, eu tinha como relator 
o Ministro Teori Zavascki. 
A execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que 
sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da 
presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal. 
Habeas corpus denegado. (HC 126292, Relator: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado 
em 17/02/2016). 
 
3. Em 11/11/2016, o STF manteve consolidada a jurisprudência em que é possível a execução provisória, 
mesmo que estejam pendentes recursos em tribunais superiores. 
 
4. No dia 07/11/2019, o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de que o art. 283 do CPP, que 
exige o trânsito em julgado da condenação para que se inicie o cumprimento da pena, é constitucional, sendo 
compatível com o princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da CF/88. Assim, é proibida a 
chamada “execução provisória da pena”. Vale ressaltar que é possível que o réu seja preso antes do trânsito em 
julgado (antes do esgotamento de todos os recursos), no entanto, para isso, é necessário que seja proferida uma 
decisão judicial individualmente fundamentada, na qual o magistrado demonstre que estão presentes os 
requisitos para a prisão preventiva previstos no art. 312 do CPP. Dessa forma, o réu até pode ficar preso antes 
do trânsito em julgado, mas cautelarmente (preventivamente), e não como execução provisória da pena. STF. 
Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 7/11/2019 (Informativo 
958 do STF)11 
 
 
 
 
 
11 Professore Vitor de Luca, Juiz Federal da Justiça Militar. Legislação Especial. Estratégia, Carreira Jurídica. 2021 
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20 
 
ATENÇÃO 
 
Vocês acham que seria possível a execução provisória para um indivíduo que está preso preventivamente? 
Não! Como um preso que não tem qualquer pena fixada em seu desfavor pode obter benefício 
executório? Não há parâmetro, então como podemos dizer que “já cumpriu tal porcentagem da pena”, se não 
há pena? 
É possível a execução provisória apenas quando a situação do condenado não mais poder piorar. Quando 
a acusação não mais ter como pleitear aumento de pena, por exemplo. 9 
 
Súmula 716 do STF: Admite-se a progressão de regime de cumprimento de pena ou a aplicação 
imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
Súmula 717 do STF: Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em sentença não 
transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21 
 
DA CLASSIFICAÇÃO DO CONDENADO 
(Art. 5º ao 9º) 
A pena do indivíduo deve ser individualizada e, segundo o art. 5º, de acordo com seus antecedentes e 
personalidade. A classificação do condenado tem o objetivo de consagrar o Princípio Constitucional da 
Individualização da Pena no plano administrativo. Este Princípio é consagrado na esfera legislativa (quando há a 
fixação do limite máximo e mínimo), judicial (sentença do juiz) e administrativa. 
A classificação é pensada no plano individualizador do cumprimento da pena e é baseada de acordo com 
a igualdade material, ou seja, tratar os desiguais de forma desigual. 
A importância da classificação decorre da necessidade de se identificar as características do preso, 
individualizando-o, de modo a orientar o caráter educativo da pena. Tem deficiência? Tem limitação? Tem 
habilidade? Pode trabalhar? 
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para 
orientar a individualização da execução penal. 
 
Critérios de Classificação: 
➢ Antecedentes: 
É o histórico de “vida criminal do reeducando.” 
➢ Personalidade 
Estrutura completa de valores que descrevem o comportamento. 
 
 
 
ATENÇÃO! 
 
TOFOS OS CONDENADOS SERÃO CLASSIFICADOS! 
 
Jamais confunda com EXAME CRIMINOLÓGICO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estes critérios vão orientar a individualização da 
execução penal. Atende ao princípio da 
Individualização da pena (Dignidade da pessoa 
humana) 
 
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22 
 
COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO (CTC) 
 
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa 
individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. 
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida 
pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 chefes de serviço, 1 psiquiatra, 1 psicólogo e 1 
assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. 
 
➢ Comissão Técnica de Classificação (CTC) irá elaborar o programa individualizador da pena privativa 
de liberdade adequada ao preso (condenado ou provisório). 
➢ Presidida pelo Diretor do Presídio. 
➢ Comissão multidisciplinar 
➢ Condenado a pena privativa de liberdade - Composição MÍNIMA: 
• Diretor (presidente) 
• 2 Chefes de serviço 
• 1 Psiquiatra 
• 1 Psicólogo 
• 1 Assistente Social 
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será 
integrada por fiscais do serviço social. 
 
Nas outras penas (multa, restritivas de direito, prestação de serviços à comunidade), a CTC atuará junto ao 
Juízo de Execução. Se pode extrair do parágrafo único que a CTC para presos privados de liberdade atua no 
próprio local onde o preso estiver preso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
DEMAIS CASOS (restritiva de direitos, multa) 
Diretor (presidente) 
2 Chefes de serviço 
1 Psiquiatra 
1 Psicólogo 
1 Assistente Social 
 
Será integrada por fiscais do serviço social e atuará junto 
ao Juízo da Execução 
Caro aluno, JAMAIS confunda EXAME CRIMINOLÓGICO com CLASSIFICAÇÃO. 
TODO CONDENADO SERÁ CLASSIFICADO 
O condenado a pena privativa de liberdade será classificado no próprio estabelecimento prisional pela CTC. 
Nos demais casos, a CTC atuará no juizo de execução e será compostapelos fiscais de serviço social. 
Em cada estabelecimento existirá uma 
Comissão Técnica de Classificação 
(CTC) 
 
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23 
 
PROCEDIMENTOS DA COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO 
• Poderá realizar ou requisitar diversas diligências a fim de obter as informações e dados 
necessários para revelar personalidade do sentenciado. 
• A Comissão não fica vinculada aos dados do processo. 
• A pesquisa da Comissão deve ir além do processo, investigando a vida pregressa social, 
profissional e familiar do sentenciado, o que somente pode ser obtido extramuros. 
• Rol Exemplificativo 
 
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, 
observando a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, 
poderá: 
I - entrevistar pessoas; 
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do 
condenado; 
III - realizar outras diligências e exames necessários. 
 
Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: SEGEP-MA Prova: Agente Penitenciário 
A Comissão Técnica de Classificação é composta, no mínimo: 
a) Pelo juiz da Execução Penal, bem como por fiscais do serviço social, quando se tratar de condenado à 
pena privativa de liberdade. 
b) Por fiscais do serviço social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. 
c) Pelo diretor do estabelecimento, que a presidirá, bem como por um chefe de serviço e um psiquiatra, 
quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. 
d) Por dois chefes de serviço, um psicólogo, um psiquiatra e um assistente social, quando se tratar de 
condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
e) Pelo diretor do estabelecimento, que a presidirá, bem como por dois chefes de serviço, um psicólogo, 
um psiquiatra e um assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. 
Gabarito:12 
 
Ano: 2012 Banca: CEPERJ Órgão: SEAP-RJ Prova: Inspetor de Segurança 
Consoante a Lei de Execução Penal, os condenados serão classificados, segundo seus antecedentes e sua 
personalidade, para orientar a individualização da execução penal. Essa classificação será feita por Comissão 
Técnica de Classificação presidida pelo: 
a) Diretor do estabelecimento 
b) Juiz da Execução 
c) Promotor de Justiça 
d) Secretário de Justiça 
e) Presidente do Conselho Criminal 
Gabarito: 13 
 
 
12 “E” 
13 Gabarito: A 
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24 
 
Ano: 2010 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: Analista de Promotoria I 
Determina a Lei de Execução Penal (Lei n.º 7.210/84) que, a fim de orientar a individualização do 
cumprimento da pena do sentenciado condenado à privação de liberdade, os estabelecimentos prisionais 
devem contar com Comissão Técnica de Classificação, a qual obrigatoriamente deve ser composta, entre outros, 
por 
I. psiquiatra; 
II. psicólogo; 
III. assistente social. 
É correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
Gabarito: 14 
 
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: SEAP-GO Prova: Agente de Segurança Prisional (modificada) 
Considerando que o cumprimento de pena deve ser pautado pela individualização da respectiva 
execução, bem como objetivar a integração social do condenado, a Lei no 7.210/1984 dispõe acerca das 
medidas a serem tomadas. Nesse sentido, no que diz respeito às regras de classificação dos condenados 
dispostas na Lei de Execução Penal, assinale a alternativa correta. 
Os condenados serão classificados segundo a respectiva periculosidade, que será medida, entre outros 
critérios, pelo fato de integrarem ou não facção criminosa. 
Gabarito;15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 E 
15 Errada. 
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25 
 
Ano: 2018 Banca: AOCP Órgão: SUSIPE-PA Provas: AOCP - 2018 - SUSIPE-PA 
A Lei de Execução Penal dispõe sobre o condenado e o internado. Acerca desse assunto tratado na Lei n° 
7.210/84, assinale a alternativa correta. 
A Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes, independentemente dos aspectos 
de sua personalidade, para orientar a individualização da execução penal. 
B A classificação dos condenados será feita por Comissão Técnica de Classificação existente em cada 
estabelecimento, que será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 2 (dois) 
psiquiatras, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de 
liberdade 
C A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a ética 
profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá, dentre outras ações, 
entrevistar pessoas. 
D A Comissão Técnica de Classificação não poderá requisitar, de repartições ou estabelecimentos 
privados, dados e informações a respeito do condenado. 
E O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, será submetido a 
exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à 
individualização da execução. 
Gabarito:16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 “C” 
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26 
 
EXAME CRIMINOLÓGICO 
 
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será 
submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada 
classificação e com vistas à individualização da execução. 
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao 
cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. 
 
Há algumas páginas, quando estudávamos o art. 5º da LEP, eu disse a vocês: 
 
Não confundam a CLASSIFICAÇÃO com o EXAME CRIMINOLÓGICO! 
 
Lembram? 
O exame de personalidade ou exame de classificação é realizado no intuito de garantir a individualização 
da pena, princípio preconizado na Carta Magna, sendo este obrigatório aos condenados que forem iniciar a 
execução em regime fechado, podendo ser realizado, ainda, aos agentes que iniciem o cumprimento da pena 
em regime semiaberto.17 
A Lei de Execução Penal, antes de sua reforma, previa, ainda, além do exame de classificação, o exame 
criminológico, que nada mais era do que um parecer da comissão técnica, constante no art. 112 da Lei 
7.210/1984, como um requisito subjetivo aos condenados para progressão de regime. No caso, o agente, para 
progredir, era necessário ter como requisito objetivo o lapso temporal e como requisito subjetivo o parecer ou 
exame criminológico, que era uma investigação médica, psicológica e social para averiguar se o condenado 
tinha condições de voltar ao convívio da sociedade. Com a reforma e a modificação do art. 112 da Lei de 
execução penal, o exame criminológico foi retirado do ordenamento jurídico, restando, tão somente a análise 
de classificação.13 
Assim, de acordo com as alterações trazidas pela Lei 10.792/2003 que modificou o art. 122 da LEP, o 
exame criminológico deixa de ser requisito obrigatório para a progressão de regime, podendo, todavia, ser 
determinado de maneira fundamentada pelo juiz da execução de acordo com as peculiaridades do caso. 
Com isso, o exame criminológico pode ser realizado, desde que a fundamentação do magistrado seja em 
elementos concretos, relativos a fatos ocorridos na execução penal.6 
Embora a nova redação do artigo 112 da Lei n. 7.210/84 não mais exija, de plano, a realização de exame 
criminológico, cabe ao magistrado verificar o atendimento dos requisitos à luz do caso concreto. 
Assim, ele pode determinar a realização de perícia, se entender necessário, ou mesmo negar o benefício, 
desde que o faça fundamentadamente, quando as peculiaridades da causa assim o recomendarem, em 
observância ao princípio da individualização da pena. 
 
 
17 https://www.jus21.com.br/artigo/exame-criminologico-possibilidade-ou-obrigatoriedade 
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27 
 
Observe o que diz o professor Rogério Sanches [3]: 
 
“Antes da Lei nº10.792/03, o exame criminol´gico era considerado obrigatório na execução da pena em 
regime fechado, e facultativo no regime semiaberto. (...) Hoje, porém, o entendimento que prevalece nos 
tribunais superiores é de que se trata de estudo FACULTATIVO (não importando o regime de cumprimento 
da pena, devendo o Magistrado fundamentar sua necessidade...” 
 
Assim, o EXAME CRIMINOLÓGICO É FACULTATIVO, cabendo ao juizo determinar sua necessidade. 
 
SUMULA VINCULANTE 26 
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o 
juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, sem 
prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, 
podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. 
 
Rogério Sanches traz em sua obra [3] a seguinte tabela: 
 
EXAME DE CLASSIFICAÇÃO EXAME CRIMINOLÓGICO 
Amplo e Genérico 
 
Específico 
Orienta o modo de cumprimento da pena visando 
a ressocialização. 
 
 
Busca construir um prognóstico de periculosidade 
do reeducando, partindo do binomio delito-
delinquente. 
 
Envolve aspectos relacionados à personalidade do 
condenado, seus antecedentes, sua vida familiar e 
social, sua capacidade laborativa. 
 
Envolve a parte psicológica e psiquiátrica, 
atestando a maturidade do condenado, sua 
disciplina e capacidade de suportar frustrações 
(prognóstico criminológico) 
 
Em resumo, para PROGRESSÃO DE REGIME, o mérito do sentenciado deve ser demonstrado sempre por 
atestado de conduta carcerária e, EVENTUALMENTE, pelo exame criminológico, caso assim determinado e 
fundamentado pelo juiz, de acordo com as peculiaridades do caso concreto. 
• O parecer do exame criminológico não é vinculativo. 
• A CTC pode entrevistar a familia do preso, ir a empregos anteriores e demais diligências que 
sejam importantes. 
 
 
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28 
 
Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: MPE-RR Prova: Promotor de Justiça 
Considere a seguinte situação hipotética. 
Iran foi condenado à pena privativa de liberdade de seis anos, em regime fechado, pela prática do crime de 
estupro, com violência real. Tendo cumprido dois anos da pena aplicada, requereu a progressão de regime, 
tendo sido expedido, pelo diretor do presídio, atestado comprovando seu bom comportamento carcerário. O 
pedido foi deferido pelo juiz. 
Nessa situação, o juiz agiu incorretamente, tendo em vista que, tratando-se de delito praticado com violência 
contra a pessoa, torna-se imprescindível a realização de exame criminológico. 
Gabarito:18 
 
Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: FCC - 2010 - DPE-SP - Defensor Público 
Na execução da pena privativa de liberdade, o exame criminológico é 
A requisito facultativo, mediante decisão fundamentada do magistrado, quando a gravidade do crime praticado 
o exigir. 
B requisito facultativo para a concessão de benefícios, quando necessário, mediante decisão fundamentada do 
magistrado, consideradas as peculiaridades do caso. 
C requisito obrigatório para a concessão de benefícios em relação aos condenados pela prática de crime 
hediondo. 
D vedado na lei de execução penal, a partir da edição da Lei nº 10.792/2003. 
E requisito obrigatório para a concessão da progressão de regime ou do livramento condicional. 
Gabarito:19 
 
Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: TJ-PE Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros 
Segundo entendimento sumular vigente no Superior Tribunal de Justiça, para a progressão de regime prisional, 
em princípio, a avaliação técnica do condenado, também conhecida por exame criminológico, é 
A imprescindível. 
B admissível somente em condenações por crimes hediondos ou assemelhados. 
C admissível somente por decisão fundamentada nas peculiaridades do caso. 
D admissível somente em crimes cometidos com violência ou grave ameaça. 
E admissível somente na reincidência. 
Gabarito:20 
 
 
 
 
 
18 Errado. Súmula 439 - STJ: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. Assim, a 
submissão ao exame criminológico não é obrigatória, podendo ser determinada pelo juiz, de acordo com as circunstâncias. 
19 “B” 
20 “C” 
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29 
 
 
Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEJUS-ES Provas: Agente Penitenciário 
O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade e restritiva de direitos deve ser submetido 
a exame criminológico a fim de que sejam obtidos os elementos necessários à adequada classificação e 
individualização da execução. 
Gabarito:21 
 
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: Analista do Ministério Público 
Mévio, primário, foi condenado por crime hediondo praticado em 2010. Após cumprir 2/5 da pena em 
regime fechado, o advogado do apenado pleiteou progressão de regime. O juiz em atuação junto à Vara de 
Execuções Penais, entendendo que o fato praticado foi muito grave e violento em concreto, determina realização 
de exame criminológico antes de conceder a progressão. A defesa apresenta agravo de execução. Ao se 
manifestar sobre o recurso, deverá o Ministério Público considerar que: 
A hoje não mais se admite que o juiz determine a realização de exame criminológico antes de avaliar a 
progressão; 
B a realização de exame criminológico é obrigatória para crimes hediondos; 
C o juiz pode exigir realização de exame criminológico com base nas circunstâncias do caso concreto; 
D o exame criminológico só poderia ser exigido pelo diretor do estabelecimento prisional, que tem contato 
direto com o apenado; 
E com o preenchimento do requisito objetivo, a obtenção da progressão do regime se torna direito subjetivo do 
apenado. 
Gabarito:22 
 
Ano: 2012 Banca: TJ-DFT Órgão: TJ-DFT Prova: TJ-DFT – Juiz (modificada) 
O silêncio da lei a respeito da obrigatoriedade do exame criminológico, na nova redação do artigo 112 da 
LEP, não inibe o Juízo da execução do poder de determiná-lo, desde que o faça fundamentadamente, isto 
porque a análise do requisito subjetivo pressupõe a verificação do mérito do condenado, que não está adstrito 
ao bom comportamento carcerário. 
Gabarito:23 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 Errado. 
22 Certo. 
23 Certo. 
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30 
 
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO 
A Lei nº 12654/2012, também conhecida como Lei do Perfil Genético, acrescentou um dispositivo na LEP. 
 
Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave 
contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da lei de crimes hediondos, serão 
submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de dna - 
ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. 
 
Considerações acerca do artigo: 
➢ CONDENADOS 
➢ CRIMES DOLOSOS COM VIOLÊNCIA GRAVE CONTRA PESSOA 
➢ CRIMES HEDIONDOS (NÃO FALA DOS EQUIPARADOS) 
➢ Serão OBRIGATORIAMENTE submetidos a identificação do perfil genético. 
 
O aluno deve perceber que o artigo dos “crimes previstos no art. 1º da lei de crimes hediondos” mas não 
fala dos equiparados a hediondos (tráfico, tortura e terrorismo). 
Porém, os condenados por terem cometido dolosamete tráfico, tortura e terrorismo podem identificação 
do perfil genético obrigatório por terem o outro requisito: CRIMES COM VIOLÊNCIA GRAVE CONTRA A 
PESSOA. 
Assim, um condenado por crime de tortura poderá ser submetido a identificação obrigatória do perfil 
genético? Depende! A tortura própria, por exemplo, pode ser realizada mediante a prática de VIOLÊNCA ou 
GRAVE AMEAÇA. Caso a tortura tenha sido praticada pelo agente mediante VIOLÊNCIA, este poderá ter ser 
perfil genético identificado de forma obrigatória. 
Esse novo dispositivo da LEP trouxe uma discussão doutrinária acerca da possibilidade de ser umaofensa 
ao princípio da não autoincriminação, um direito constitucional. 
Observem o que diz o professor Rogério Sanches: 
““Criticamos, apenas, o caráter compulsório o fornecimento do material pelo condenado, cuja recusa agora 
passa a ser punível como falta grave (§8º). Isso nos parece inconstitucional e inconvencional, ferindo o direito 
da pessoa presa de não produzir contra si mesma (nemo tenetur se detegere), a sua integridade física e a sua 
privacidade. Logo, deve o Estado, através de métodos não invasivos (salvo se o preso concordar com tais 
procedimentos) colher material despreendido do corpo do reeducando para servir à identificação genética. 
O Estado não está impedido de usar vestígios para colher material útil na identificação do indivíduo. Não há 
nenhum obstáculo para a sua apreensão e verificação (ou análise ou exame). São partes do corpo humano 
(vivo) que já não pertencem a ele. Logo, materiais análogos podem ser apreendidos e submetidos a exame 
normalmente, sem nenhum tipo de consentimento da pessoa (ex: exame do DNA da saliva que se achava nos 
cigarros fumados e jogados fora pelo condenado). Nesse sentido, aliás, decidiu o STJ. Ao julgar HC impetrado 
pela Defensoria Pública de Minas Gerais, em 2018, deliberou que a produção de prova por meio de exame 
de DNA sem o consentimento do investigado é permitida se o material biológico já está fora de seu corpo e 
foi abandonado, ocasião em que se tornou objeto público. No caso, o investigado se encontrava preso e havia 
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31 
 
se recusado a ceder material genético. Diante disso, a coleta foi realizada a partir de utensílios usados e 
descartados, possibilitando o esclarecimento de um crime ocorrido 10 anos antes. Para o Ministro relator 
Reynaldo Soares da Fonseca. ‘o que não se permite é o recolhimento do material genético à força (violência 
moral ou física), o que não ocorreu na espécie, em que o copo e a colher de plásticos utilizados pelo paciente 
já haviam sido descartados’ (o número deste processo não é divulgado em razão de segredo judicial)24. 
 
Esclarece o Professor Dr. Vítor de Luca: 
 
“Não há que se falar em ofensa ao princípio da autoincriminação quando o Poder Público apreende e realiza 
exame em partes separadas do corpo humano, pois esses objetos não pertencem mais ao agente investigado. 
Exemplo: fio de cabelo caído no chão, saliva em bituca de cigarro.” 
 
§ 1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme 
regulamento a ser expedido pelo poder executivo. 
 
A lei informa que será criada um Decreto que regulamentará o banco de dados onde será armazenado 
essas informações. 
 
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar GARANTIAS MÍNIMAS DE PROTEÇÃO DE DADOS 
GENÉTICOS, observando as melhores práticas da genética forense. 
(PACOTE ANTICRIME) 
§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de 
inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. 
 
O delegado estadual ou federal poderá requerer ao juiz – no caso de inquérito instaurado – o acesso ao 
banco de dados de identificação de perfil genético a fim de verificar a presença do sujeito que cometeu um 
crime que ensejou a abertura do inquérito no banco de dados. 
Instrumento importante principalmente para busca de autoria de estupro (crime de natureza grave contra 
a pessoa) e que deixa vestígios materiais do seu DNA. 
 
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos 
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou 
esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. 
(PACOTE ANTICRIME) 
 
 
24 Sanches Cunha, Rogério. Pacote Anticrime. Salvador: Editora Juspodivm. 2020, páginas 344/345. 
11 Professor Vitor de Luca, Juiz Federal da Justiça Militar. Legislação Especial. Estratégia, Carreira Jurídica. 2021 
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32 
 
É viabilizado ao titular dos dados genéticos o acesso aos dados que estão nos perfis geneticos bem como 
todos os outros documentos da cadeia de custodia para garantir a ampla defesa e o contraditório. 
 
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à 
identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser 
submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena. 
(PACOTE ANTICRIME) 
 
Por diversos motivos (como por exemplo no caso da necessidade de inclusões emergenciais em 
estabelecimentos penais de segurança máxima), a coleta do material genético não ocorre no INGRESSO do 
condenado no estabelecimento penal. Para desburocratizar a tentativa da colheira do material após o ingresso, 
agora, a colheira poderá ser realizada durante o cumprimento da pena. 
Agora, a idenificação do perfil genético poderá ser realizado em dois momentos: No ingresso e durante o 
cumprimento de pena. 
 
 § 8º Constitui FALTA GRAVE a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de 
identificação do perfil genético. 
(PACOTE ANTICRIME) 
A falta grave gera restrição a regalias durante o crumprimento da pena. Isso será visto no momento 
oportuno. Mas é importante que o aluno esteja ciente que a negativa gera uma falta grave! 
 
Resumo: 
• Banco de dados de perfil genético é SIGILOSO 
• Delegado (Estadual ou Federal) pode requerer ao juiz em caso de IP instaurado 
• Há contraditório e ampla defesa 
• Realização: Inclusão ou durante cumprimento de pena 
• Recusa: Falta grave 
• Garantias mínimas de proteção de dados genéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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33 
 
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PC-DF Prova: Agente de Polícia 
Os condenados pela prática de qualquer crime hediondo serão submetidos, obrigatoriamente, à 
identificação do perfil genético, mediante extração de DNA, por técnica adequada e indolor. 
Gabarito: 25 
 
Ano: 2016 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: Promotor de Justiça 
A Lei n.7.210/84 (Execução Penal) tratou em capítulo próprio acerca da classificação dos condenados, com 
o objetivo de orientar a individualização da execução penal. Quanto à identificação dos condenados, todavia, a 
referida lei padece pela desatualização, inexistindo previsão de coleta de perfil genético como forma de 
identificação criminal, a exemplo do que já ocorre em outros países. 
Gabarito: 26 
 
Ano: 2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: Promotor de Justiça 
De acordo com a Lei de Execução Penal, os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência 
de natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos na Lei dos Crimes Hediondos, incluída a 
prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo, serão submetidos, 
prioritariamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA – ácido desoxirribonucleico, por 
técnica adequada e indolor. 
Gabarito: 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 Certo. 
26 Errado 
27 Errado. A submissão é obrigatória; são incluídos os crimes hediondos, mas não os equiparados a hediondo. 
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DA ASSISTÊNCIA 
(Art. 10 e Art.11) 
Com diversos objetivos, mas, principalmente de evitar a reincidência e garantir a Dignidade da Pessoa 
Humana, o Estado (que detém a custódia do preso) prestará diversas assistências à pessoa privada de liberdade 
– assistência material (art. 11), à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa ao preso e ao internado – 
propiciando condições suficientes para seu retorno ao convívio social. 
 
Art. 10. A assistência ao PRESO e ao INTERNADO é dever do Estado, objetivando prevenir o 
crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. 
Parágrafo único. A assistência estende-se ao EGRESSO. 
 
O art. 10 traz expressamente os onbjetivos das assistências: 
“prevenir

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