Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa Profª Thereza 17 de out. de 2023 Anatomia - 2 sistemas venosos paralelos - Superficial e profundo OBS! Interligados pelas veias perfurantes OBS! Safena interna tem que saber todos os ramos (prova) Sistema Superficial Veia Safena Interna - A safena interna progride dentro de sua própria fáscia, chamada bainha safena - Termina na junção safenofemoral onde recebe a confluência das veias ilíacas circunflexas superficiais, as veias pudendas externas e as veias epigástricas superficiais - Deságua na veia femoral comum Veia safena externa - Segue em paralelo com o nervo safeno, principalmente na sua parte distal - Ascendendo em direção cefálica pela linha média posterior da panturrilha 1 - Penetra na fáscia superficial da panturrilha e, então, termina na veia poplítea - Termina em um ramo lateral da coxa - O nervo sural é paralelo à veia safena externa (DISTAL) - Um ramo da veia comum, a veia de Giacomini, conecta a veia safena externa com a veia safena interna Anatomia do Sistema venoso dos MMII (profundo) - Saber o trajeto da foto ● Quando passa do ligamento inguinal vira a ilíaca externa, comum e aorta ● Perna → doppler ● Intrapélvico → ressonância OBS! Se as válvulas não funcionam = varizes - Região com maior trombose é o plexo giacomini (panturrilha) 2 Sistema Venoso Profundo - Arco venoso plantar profundo - veias plantares medial e lateral - veias tibiais posteriores – penetram o músculo solear e juntam-se à veia poplítea - Veias dorsais do pé – tibiais anteriores + fibulares – se juntam às tibiais posteriores nas poplíteas - Poplíteas veia poplítea penetra no canal dos adutores = veia femoral + femural profunda = femoral comum OBS! Canal dos adutores → coxa medial - A femoral comum após o ligamento inguinal - veia ilíaca externa - Perfurantes: - Durante a contração da musculatura da panturrilha, as pressões venosas do pé e do tornozelo caem drasticamente. - As pressões que se desenvolvem no compartimento muscular, durante o exercício, variam de 150 a 200 mmHg - Quando há falência das veias perfurantes, essas altas pressões são transmitidas para o sistema superficial. 1- Trombose Venosa Profunda - Trombose → é a formação de um coágulo de sangue, conhecido por trombo, dentro de um vaso sanguíneo. Este coágulo impede o fluxo normal do sangue através do sistema circulatório. ● Lesão endotelial ou de válvula para isso ocorrer - 100 pessoas por 100.000 a cada ano, - A incidência cresce com o aumento da idade, sendo de 0,5% em 100.000 aos 80 anos de idade - 1/3 tem TEP (trombo embolismo pulmonar) - RECIDIVA = 6% a 7% nos seis meses subsequentes - TEP causa 50.000 a 200.000 mortes por ano - A IVC secundária (resultante de TVP) é significativa em termos de custo, morbidade e limitação do estilo de vida. - Mortalidade: ● 9% por TVP (trombose venosa profunda) ● 15% por TEP (tromboembolismo pulmonar) 3 - Portanto: ● Deve-se otimizar: ○ Profilaxia ○ Diagnóstico = doppler (padrão ouro de exame diagnóstico) ○ O tratamento da TVP Tríade de Virchow - Tríade de Virchow ● Hipercoagulabilidade ○ Trombofilia ○ Hiperviscosidade sanguínea ○ ACO (anticoncepcional oral) ● Estase Venosa ○ Imobilização (gesso) ○ Paciente acamados ○ Obesidade ○ Gestação ● Lesão endotelial ○ HAS ○ Hiperhomocisteinemia ○ Hipercolesterolemia ○ Tabagismo ○ Idade avançada ○ DM - Estase: ● Os seios soleares são os locais mais comuns para o início da trombose venosa ● A estase pode contribuir com o contato da camada celular endotelial, com plaquetas ativadas e fatores procoagulantes - SEIOS SOLEARES: ● Segundo Ukhov, as veias soleares formam três troncos coletores: um medial, um central e um lateral. No terço superior do músculo saem de duas a quatro veias para terminarem nas veias tibiais posteriores ● Seios soleares: é o local onde mais fazer a trombos Hipercoagulabilidade - Trombofilia: ● Mutação do fator V de Leiden (inibe ação da Proteína C e S) ● Mutação do gene da protrombina (eleva níveis plasmáticos da protrombina) ● Deficiência de proteína C (menor ação sobre fator Va) ● Deficiência de proteína S (menor ação sobre fator Va) ● Deficiência de antitrombina III (aumenta nível de trombina e fXa) ● Hiper -Homocisteinemia (risco para doença arterial) ● Síndrome antifosfolipídica (Doença em que o sistema imunológico ataca erroneamente proteínas normais do sangue. ○ Anticorpo lúpico ○ Anticorpo anticardiolipina ● Aumento da viscosidade sanguínea 4 - Cascata de coagulação: ● Tendo alguma das condições identificada, é instituído um regime terapêutico de anticoagulação por toda a vida - Hipercoagulabilidade nas grandes cirurgias ● Cirurgias de grande porte - grande quantidade de fator tecidual (potente procoagulante expresso na superfície celular dos leucócitos) pode ser liberada dentro da corrente sanguínea, proveniente dos tecidos lesionados ● Aumento na contagem de plaquetas e na adesividade ● Estresse fisiológico das grandes operações e traumatismo = alterações na cascata da coagulação e atividade fibrinolítica endógena OBS! O que fazer: ● Medidas físicas: deambulação precoce, meia para comprimir e bota ● Medicação: heparina ou charel Lesão Venosa - Ocorreram múltiplas microlacerações percebidas dentro das cúspides valvulares e veias a distância do foco cirúrgico, que resultaram na exposição da matriz subendotelial - Não se saber a causa Quadro clínico ● Edema ● Empastamento da panturrilha (Bandeira) ● Dor ● TEV do sistema venoso iliofemoral resulta em edema com GODET na perna edemaciada, dor e palidez (Phlegmasia alba dolens) ○ Com a progressão adicional da doença, pode haver comprometimento do fluxo arterial pelo grande edema. ○ Essa condição resulta em perna azulada e muito dolorida (phlegmasia cerulea dolens). OBS! Sinal da bandeira e Bancroft 5 - Phlegmasia Cerulea Dolens: Diagnóstico ● Quadro Clínico (história e exame físico) ● US doppler (padrão ouro) ● Fibrina e dosagem de fibrinogênio ● O teste de D-dímero mede os produtos de degradação da fibrina. ○ Em combinação com a avaliação clínica, a sensibilidade excede 90% a 95%. ■ (No paciente em pós-operatório, o D-dímero está elevado pela operação e como tal não é usado para avaliação de TVP. ■ Entretanto, um teste de D-dímero negativo, em pacientes com suspeita de TVP, tem alto valor preditivo negativo, variando de 97% a 99%.) ● A maioria dos trombos na panturrilha pode ser assintomática, a menos que haja propagação proximal ● O teste de fibrinogênio radiomarcado demonstra maior incidência de tvp que estudos usando modalidades de imagens ● Somente 40% dos pacientes com trombose venosa têm algumas manifestações clínicas Imagem Venosa por Ressonância Magnética - É um teste útil para visualizar as veias ilíacas e a veia cava inferior (VCI), uma área onde o uso da Ultrassonografia com Doppler é limitado Síndrome Pós Trombótica OBS! Trombose em paciente → anticoagulante para evitar um novo evento tromboembolismo → tira hipercoagulabilidade - 20 a 50 % dos pacientes ● Edema crônico ● Dor ● Claudicação venosa ● Úlceras venosas por meses ● Sintomas na perna que persistem por meses - Tratamento = terapia de compressão contínua TVP MMSS - Algum trauma que leva a evolução para TVP MMSS ● Quando esse não é o caso → suspeita de malignidade envolvida - Causas Primárias ● Síndrome de Paget-Schroetter (compressão da veia subclávia devido síndrome do desfiladeiro torácico) ● TVP idiopática de membro superior (malignidade oculta) 6 - Causas secundárias ● Cateter venoso central ● Marca-passo ● Trombofilia ● Malignidade (Trombose em locais incomuns, p ex: MMSS, Mesentérica, TVP de MMII sem causa aparente) Profilaxia Pós Cirúrgica - Andar nas primeiras 24 horas - Aparelhos de compressão intermitente (meias) - “mini doses” fixas de heparina a cada oito horas ● Mas geralmente é heparina de 40 mg Tratamento da TVP - Visa evitar a Embolia Pulmonar através da anticoagulação, impedindo a formação de novos coágulos até que o trombo original fique aderido à parededo vaso ● Heparina/ heparina de baixo peso Molecular (Inibe indiretamente a trombina por atuar como co-fator da antitrombina (AT), aumentando sua atividade e, consequentemente, seu efeito anticoagulante sob a trombina, o fator Xa) ● Dicumarínico (Antagonista da Vitamina K, age sobre os fatores: II, VII, IX, X; e as proteínas: C, S ● Anticoagulantes (Rivaroxabana é um fármaco que age como inibidor direto do fator Xa) - Tratamento medicamentoso: não precisa saber essas doses ● Heparina-5000UI em bolus seguida de 18UI/kg/h em bomba de infusão (TTPA 45 a 70s) ● HBM- 1mg/kg 2x ao dia ● Dicumarínico- manter INR entre 2 e 3 ● Rivaroxabana- 15mg 2x/dia por 3 semanas seguido de 20mg por 3 a 6 meses. - Tratamento filtro de veia cava: - Na impossibilidade do uso de anticoagulantes ● AVC hemorrágico ● Úlcera hemorrágica ● Pós Operatório ● Embolia recorrente apesar da anticoagulação entre outros Tratamento Fibrinólise e STENT - Tem sido utilizado para trombose de veia ilíaca esquerda 7 Trombose Venosa Profunda - Tromboembolismo Pulmonar (geralmente ocorre antes dos sinais da TVP) - Insuficiência Venosa Crônica ● Oclusão venosa não recanalizada ● Recanalização com lesão de válvulas (Insuficiência) 2- Tromboflebite superficial - Quadro Clínico ● Dor, eritema em projeção de segmento venoso superficial - Causas ● Varizes ● Acesso Venosos - Tratamento ● AINH (antiinflamatório não hormonal)/ calor local (tomar sol) 3- Embolia Pulmonar - Embolia pulmonar refere-se à obstrução de uma artéria pulmonar por material que se desloca de uma parte do corpo até os pulmões, levado pela corrente sanguínea. - Os trombos de veias profundas das pernas ou braços representam o tipo mais comum de material que emboliza os pulmões — um processo conhecido como tromboembolismo venoso (TEV) 4- TEV - O TEV- tromboembolismo venoso, que inclui a trombose venosa profunda e a EP (embolia pulmonar) representam a terceira causa mais comum de morte cardiovascular depois do infarto do miocárdio e do acidente vascular cerebral. - A EP (embolia pulmonar) geralmente envolve os dois pulmões, e os lobos inferiores são afetados com mais frequência que os superiores. - Os êmbolos maiores tendem a se alojar na artéria pulmonar principal ou em suas ramificações, enquanto os menores ocluem as artérias mais periféricas. - A EP periférica pode levar ao infarto pulmonar, que é caracterizado pela hemorragia intra-alveolar e pela necrose possivelmente baseada na pleura. Uma vez que a circulação para os pulmões se origina nas artérias , o infarto pulmonar ocorre em apenas cerca de 10% dos pacientes sem doença cardiopulmonar subjacente. - O impacto clínico da EP depende da extensão da redução no fluxo sanguíneo pulmonar. ● Com a obstrução de menos de 50% do leito vascular pulmonar, a pressão média da artéria pulmonar raramente excede 25 mmHg. Nessas circunstâncias, o ventrículo direito mantém seu débito para que o débito cardíaco e a pressão arterial sistêmica permaneçam normais. ● Com a oclusão aguda de mais de 50% da circulação pulmonar, a pressão sistólica da artéria pulmonar se eleva, aumentando assim a pós-carga ventricular direita. Se o ventrículo direito, com suas paredes finas, não conseguir manter o débito em face ao aumento da pressão na artéria pulmonar, ele dilata e inicia-se falência cardíaca direita. ○ A dilatação do ventrículo direito pode resultar na regurgitação da tricúspide, levando ao débito cardíaco reduzido e a hipotensão. Se esse processo ocorrer em um período rápido 8 (i.e., minutos ou horas), a primeira manifestação da EP grave pode ser a síncope ou a morte súbita. Quadro clínico - EP ● Dispnéia, que pode ter início repentino e tende a progredir em gravidade com o passar do tempo. ● Dor torácica pleurítica, por lesão necrótica próxima ● Tosse ● Hemoptise, particularmente nos pacientes com infarto pulmonar. ● Dor na perna ou edema e dor à palpação. ● Taquipneia e Taquicardia associadas à hipoxemia, ● Palpitação, ansiedade e tontura. ● Os pacientes com EP grave se queixam de dispneia em repouso ou com esforço mínimo e podem apresentar síncope por causa da hipoxemia e do débito cardíaco baixo. A combinação entre hipotensão, hipoxemia e carga de trabalho cardíaco elevada pode desencadear angina ou infarto de miocárdio evidente . ● As veias jugulares podem ficar distendidas se a insuficiência cardíaca direita se desenvolver. Diagnóstico - D-Dímero - Um nível elevado de D-dímero tem uma sensibilidade de 85% a 98% para diagnóstico de EP, mas apresenta baixa especificidade. - As elevações falso-positivas do D-dímero podem ocorrer ● Na idade avançada, ● Condições inflamatórias crônicas e malignidade. ● Os pacientes hospitalizados(PÓS OPERATÓRIO)são mais prováveis de ter um nível elevado de D-dímero que os pacientes de ambulatório. ○ Devido a essa falta de especificidade, o valor do ensaio do D-dímero reside em seu alto valor preditivo negativo e em sua capacidade, quando normal, de reduzir a probabilidade da EP o suficiente para evitar outros testes diagnósticos - Angiografia Pulmonar por Tomografia Computadorizada - Padrão ouro OBS! CLOT → é o tromboembolism o (lúmen da artéria deveria ser branco) - A sensibilidade e a especificidade da angiografia pulmonar por TC são suficientes para seu uso como teste autônomo: um angiograma pulmonar por TC mostrando trombos nas artérias pulmonares fornece evidência de EP, enquanto o angiograma negativo exclui a EP - Cintilografia Pulmonar de Ventilação-Perfusão - Ressonância Magnética - Angiografia Pulmonar (diferente do padrão ouro) - O ECG pode evidenciar novas alterações, sugestivas de sobrecarga ventricular direita, como inversão da onda T nas derivações V1 a V4; o padrão clássico S1, Q3 e T3 9 Tratamento - Pacientes com comprometimento hemodinâmico grave podem precisar de terapia de reperfusão ou trombectomia cirúrgica para restabelecer o fluxo sanguíneo rapidamente nas artérias pulmonares e reduzir a pressão da artéria pulmonar. - Pacientes com EP aguda de baixo risco o tratamento ambulatorial é tão seguro quanto o tratamento hospitalar - Pacientes com EP de risco intermediário pode ser considerado o tratamento ambulatorial, mas a internação hospitalar de curta duração pode ser uma abordagem mais segura - Tratamento farmacológico, com anticoagulantes e trombolíticos; - Tratamento intervencionista com cateteres com ou sem fármacos trombolíticos; - Tratamento cirúrgico: embolectomia para remoção aguda de êmbolos arteriais pulmonares; - Tromboendarterectomia para embolia pulmonar crônica, geralmente associada com hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTEC). ● A embolectomia por cateter percutâneo com a fragmentação do trombo, evita a necessidade dos medicamentos fibrinolíticos. Em algumas clínicas, a embolectomia pulmonar cirúrgica pode ser uma opção para os pacientes com EP grave, como um êmbolo a cavaleiro ocluindo a artéria pulmonar principal e que estejam em alto risco de sangramento com o tratamento fibrinolítico sistêmico. As técnicas mecânicas necessitam de cirurgiões experientes 1. Heparina - Anticoagulante 2. Trombolíticos - TEP maciça com síncope ou hipotensão sistêmica ● Regimes trombolíticos aprovados (FDA- USA) para TEP ● Estreptoquinase 250.000 UI em 15-30 minutos seguida por 100.000 UI em 12-24h ou 1,5 milhão UI em 2 h (750.000 UI/h) ● Rt-PA (alteplase) 100 mg em 2 h (50mg/hora) ou 0,60 mg/kg em 15 min (até 50 min) ● Dicumarinico tem risco de sangramento, manter de 3 a 5 dias ○ Dicumarinicosao venenos de rato que sã o antagonista da vitamina K - Indicações para filtro na Veia Cava: ● Tromboembolismo recorrente apesar de anticoagulação adequada ● Trombose venosa profunda em paciente com contraindicação à anticoagulação ● Embolismo pulmonar crônico com hipertensão pulmonar resultante de complicações de anticoagulação ● Trombo venoso iliofemoral em propagação na vigência de anticoagulação 10 - Indicações para inserção de Filtro Recuperável de Veia Cava Inferior ● Inserção profilática em paciente com trauma de alto risco (pacientesortopédicos ou de medula espinhal) ● Curta duração, contraindicação de terapia de anticoagulação ● Proteção durante terapia venosa trombolítica ● Trombose iliocaval extensa Doença da classe turística de voo - Condições da cabine ● A pressão atmosférica na cabine a bordo é mantida em um nível semelhante à altitude de 1.524–2.438 m. (Edema) ● Tipicamente, a umidade do ar se situa entre 15% a 30% nos voos intercontinentais. (Desidratação) - Imobilização - Idade - Obesidade - Altura 11
Compartilhar