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1 
LISTA DE EXERCÍCIOS: HUMANIZANDO 15 – FILOSOFIA MODERNA 
 
TEMA ABORDADO 
AULA 16 – Filosofia Moderna: Política - Nicolau Maquiavel. 
AULA 17 – Filosofia Moderna: Política - Thomas Hobbes. 
AULA 18 – Filosofia Moderna: Política - John Locke. 
AULA 19 – Filosofia Moderna: Política - Jean-Jacques Rousseau. 
AULA 20 – Filosofia Moderna: Política - Charles Montesquieu. 
 
1. (Uemg 2013) O Absolutismo como forma de governo esteve presente na península 
Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado as maiores economias 
de seu tempo. 
 
Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram: 
 
A) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava subordinado ao Estado; 
Thomas Hobbes, criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que 
defenderam que o Rei era um representante divino. 
B) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria da supremacia 
do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam a 
subordinação do indivíduo ao Estado. 
C) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se diferenciaram na 
aplicabilidade teológica, bem como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo como 
senhor de seus direitos. 
D) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social, Jacques Bossuet, 
que estabeleceu o conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, que defendeu 
a primazia da esfera governamental. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
“O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos 
demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é um direito 
sagrado que serve de base a todos os outros. (...) Haverá sempre uma grande diferença 
entre subjugar uma multidão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos 
possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e 
escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, 
de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo 
político.” 
(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.) 
 
2. (Unicamp 2012) Sobre Do Contrato Social, publicado em 1762, e seu autor, é correto 
afirmar que: 
 
A) Rousseau, um dos grandes autores do Iluminismo, defende a necessidade de o Estado 
francês substituir os impostos por contratos comerciais com os cidadãos. 
B) A obra inspirou os ideais da Revolução Francesa, ao explicar o nascimento da 
sociedade pelo contrato social e pregar a soberania do povo. 
C) Rousseau defendia a necessidade de o homem voltar a seu estado natural, para assim 
garantir a sobrevivência da sociedade. 
D) O livro, inspirado pelos acontecimentos da Independência Americana, chegou a ser 
proibido e queimado em solo francês. 
 
 
 
 
2 
3. (Unicamp 2012) No trecho apresentado, o autor 
 
A) argumenta que um corpo político existe quando os homens encontram-se associados 
em estado de igualdade política. 
B) reconhece os direitos sagrados como base para os direitos políticos e sociais. 
C) defende a necessidade de os homens se unirem em agregações, em busca de seus 
direitos políticos. 
D) denuncia a prática da escravidão nas Américas, que obrigava multidões de homens a 
se submeterem a um único senhor. 
 
4. (Uel 2020) 
 
 
Leia o texto a seguir. 
 
A “Querela do luxo” foi um dos mais intensos debates do século XVIII na França e 
consistiu em defender o luxo como sinal do progresso da humanidade, ou em atacá-lo 
como signo de decadência. Rousseau, partidário da segunda via, num dos seus textos, 
afirma: 
 
A vaidade e a ociosidade, que engendram nossas ciências, também engendram o luxo. 
[...] Eis como o luxo, a dissolução e a escravidão foram [...] o castigo dos esforços 
orgulhosos que fizemos para sair da ignorância feliz na qual nos colocara a sabedoria 
eterna. [...] Creem embaçar-me terrivelmente perguntando-me até onde se deve limitar 
o luxo. Minha opinião é que absolutamente não se precisa dele. Para além da 
necessidade física, tudo é fonte de mal. 
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre as ciências e as artes. Trad. Lourdes Santos Machado, 3ª ed. 
São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.395; 341; 410. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria política e antropológica de 
Rousseau e a compreensão do autor acerca das ciências, das artes e do luxo, considere as 
afirmativas a seguir. 
 
 
 
 
 
3 
I. A crítica de Rousseau às ciências e às artes e, por extensão, ao luxo, resulta da sua 
compreensão da natureza humana, na qual a necessidade física é o critério decisivo 
sobre o que é bom para a humanidade. 
II. Em sua teoria política, Rousseau dirige a crítica às ciências, às artes e ao luxo, por 
identificar neles a vigência de um princípio que sacrifica a possibilidade da criação de 
uma sociedade minimamente justa. 
III. A vaidade e a ociosidade, que engendram o luxo, são uma constante da natureza 
humana, razão pela qual também as ciências e as artes são expressões necessárias da 
natureza humana. 
IV. A defesa da feliz ignorância, na qual nasce cada ser humano, leva Rousseau a 
legitimar formas de governo caracterizadas pelo sacrifício da inteligência e da crítica 
e pela obediência a um poder soberano. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
5. (Uece 2019) Leia atentamente o seguinte excerto: 
 
“A liberdade do homem em sociedade consiste em não estar submetido a nenhum outro 
poder legislativo senão àquele estabelecido no corpo político mediante consentimento, 
nem sob o domínio de qualquer vontade ou sob a restrição de qualquer lei afora as que 
promulgar o poder legislativo, segundo o encargo a este confiado”. 
LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Martins Fontes, 1998, p. 401-402. Adaptado. 
 
Considerando a definição de liberdade do homem em sociedade, de John Locke, atente 
para as seguintes afirmações: 
 
I. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke elimina totalmente o 
direito de cada um de agir conforme a sua vontade. 
II. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver sob a 
restrição das leis promulgadas pelo poder legislativo. 
III. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver 
segundo uma regra permanente e comum que todos devem obedecer. 
 
É correto o que se afirma em 
 
A) I e II apenas. 
B) I e III apenas. 
C) II e III apenas. 
D) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
6. (Uece 2019) No Brasil, na Argentina e em outros países da América Latina, os 
governos estão promovendo mudanças econômicas e de políticas públicas, mudanças 
essas conhecidas como liberais ou neoliberais. Nessas mais recentes políticas 
governamentais, o poder público transfere à economia de mercado a satisfação de 
determinadas carências dos cidadãos, que devem provê-las a partir do próprio esforço 
individual em uma economia mais fortemente caracterizada pela concorrência entre os 
indivíduos e por menos direitos sociais. Em seu tempo, o filósofo contratualista Jean-
Jacques Rousseau, em seu Do Contrato Social, afirma que quanto menos felicidade a 
República é capaz de proporcionar aos cidadãos, mais eles terão que buscar, 
individualmente, a felicidade. A consequência é uma sociedade cada vez mais egoísta, 
desinteressada pela política e, por fim, agrilhoada por um déspota qualquer ou pela 
cobiça. 
 
O texto acima apresenta duas opiniões conflitantes sobre a condução das políticas 
públicas. Considerando essas opiniões, assinale a afirmação verdadeira. 
 
A) O governobrasileiro defende uma posição socialista, que consiste no provimento 
estatal daquilo que é necessário para a felicidade geral, enquanto Rousseau apresenta 
uma ideia liberal de economia e livre-iniciativa. 
B) Rousseau é um contumaz representante do marxismo cultural, que produz suas críticas 
ao governo Bolsonaro com o único objetivo de desestabilizar o Brasil e inviabilizar as 
reformas econômicas liberalizantes. 
C) Rousseau apresenta um argumento contrário ao individualismo liberal, uma vez que o 
indivíduo, despreocupado com a política e engajado nos ganhos econômicos, se 
distancia dos assuntos públicos e corre risco de perder sua liberdade. 
D) A posição do governo brasileiro, ao apresentar um menor aporte para as universidades 
públicas, quando amplia a rede de universidades privadas, é condizente com o 
pensamento de Rousseau, que tem em foco o bem público e não a busca individualizada 
por felicidade. 
 
7. (Ufpr 2019) Quando se conquistam Estados habituados a reger-se por leis próprias e 
em liberdade, há três modos de manter a sua posse: primeiro, arruiná-los; segundo, ir 
habitá-los; terceiro, deixá-los viver com suas leis, arrecadando um tributo e criando um 
governo de poucos, que se conserve amigos. [...] Quem se torna senhor de uma cidade 
tradicionalmente livre e não a destrói será destruído por ela. Tais cidades têm sempre por 
bandeira, nas rebeliões, a liberdade e suas antigas leis, que não esquecem nunca, nem com 
o correr do tempo, nem por influência dos benefícios recebidos. Por muito que se faça, 
quaisquer que sejam as precauções tomadas, se não se promovem o dissídio e a 
desagregação dos habitantes, não deixam eles de se lembrar daqueles princípios e, em 
toda oportunidade, em qualquer situação, a eles recorrem [...]. Assim, para conservar uma 
república conquistada, o caminho mais seguro é destruí-la ou habitá-la pessoalmente. 
(MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 21-22.) 
 
Com base nessa passagem, extraída da obra O Príncipe, de Maquiavel, assinale a 
alternativa correta. 
 
 
 
 
 
 
 
5 
A) O poder emanado do príncipe deve ter a capacidade de não apenas levar a cabo os 
planos de expansão de seu próprio governo, mas sobretudo criar condições para que 
esse poder mantenha-se de forma plena e garanta a legitimidade da própria dominação. 
B) A passagem refere-se em especial às repúblicas que ainda não passaram por um 
processo de amadurecimento de suas instituições democráticas. Repúblicas que 
dependem de orientação externa e de outras nações na formação da sua própria 
identidade política, a fim de suplantar o ódio típico dessas repúblicas. 
C) Para Maquiavel, “habitar” a república conquistada é uma possibilidade mais 
condizente com a posição do Príncipe. Considerando que o autor tinha laços com o 
pensamento humanista, “destruir” uma república conquistada implicaria lançar mão da 
força militar, com a qual Maquiavel não concordava. 
D) No mundo moderno e contemporâneo, o Príncipe, garantidor da ordem e da segurança 
pública, pode e deve intervir com o argumento de preservar as instituições democráticas 
e republicanas, mesmo que para isso seja necessário o uso da força. 
E) O Príncipe pode, por meio de pleito eleitoral, plebiscito ou consulta popular, agir em 
nome do povo e garantir a soberania de seu Estado. Pode invadir as nações que 
coloquem em risco a sua própria liberdade. Pode combater o ódio das outras repúblicas, 
e que essa nação seja destruída ou habitada pelo Príncipe, a fim de assegurar a ordem 
democrática. 
 
8. (Uece 2019) “Quando um cidadão, não por suas crueldades ou outra qualquer 
intolerável violência, e sim pelo favor dos concidadãos, se torna príncipe de sua pátria – 
o que se pode chamar principado civil (e para chegar a isto não é necessário grandes 
méritos nem muita sorte, mas antes uma astúcia feliz) –, digo que se chega a esse 
principado ou pelo favor do povo ou pelo favor dos poderosos. É que em todas as cidades 
se encontram estas duas tendências diversas e isto nasce do fato de que o povo não deseja 
ser governado nem oprimido pelos grandes, e estes desejam governar e oprimir o povo.” 
MAQUIAVEL. O Príncipe. Coleção “Os Pensadores” - adaptado. 
 
Considerando a questão da política em Maquiavel, analise as seguintes afirmações: 
 
I. Maquiavel rompe com a tradição política ao não admitir qualquer fundamento anterior 
e exterior à política. 
II. Maquiavel considera a cidade uma comunidade homogênea nascida da ordem natural 
ou da razão humana. 
III. Maquiavel considera que a política nasce das lutas sociais e é obra da própria 
sociedade para dar a si mesma unidade e identidade. 
 
É correto o que se afirma em 
 
A) I e II apenas. 
B) I e III apenas. 
C) II e III apenas. 
D) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
9. (Enem 2019) Para Maquiavel, quando um homem decide dizer a verdade pondo em 
risco a própria integridade física, tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se 
esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios pessoais não são mais adequados 
para decidir sobre ações cujas consequências se tornam tão amplas, já que o prejuízo não 
será apenas individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e os fins a 
serem atingidos, pode-se decidir que o melhor para o bem comum seja mentir. 
ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado). 
 
O texto aponta uma inovação na teoria política na época moderna expressa na distinção 
entre 
 
A) idealidade e efetividade da moral. 
B) nulidade e preservabilidade da liberdade. 
C) ilegalidade e legitimidade do governante. 
D) verificabilidade e possibilidade da verdade. 
E) objetividade e subjetividade do conhecimento 
 
10. (Ufu 2018) Com relação à noção de estado de natureza, que é o estado em que os 
seres humanos se achavam antes da formação da sociedade, podem-se identificar, na 
filosofia política moderna, três tendências: 
 
1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no estado de natureza, se achavam numa 
guerra de todos contra todos daí que, por medo uns dos outros, aceitam renunciar à 
liberdade e constituir um Soberano, o estado, que garanta a paz. 
2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garantir o direito à propriedade e à segurança 
que os seres humanos consentem em criar uma autoridade que possa tornar isso 
possível. 
3. No estado de natureza, os seres humanos eram felizes e foi o advento da propriedade 
privada e da sociedade civil que tornou alguns escravos de outros. 
 
Podem-se atribuir essas três concepções, respectivamente, a 
 
A) Hobbes, Rousseau e Maquiavel. 
B) Hobbes, Locke e Rousseau. 
C) Maquiavel, Hobbes e Locke. 
D) Rousseau, Maquiavel e Locke. 
 
11. (Unioeste 2018) “Um príncipe prudente deve, portanto, conduzir-se de uma terceira 
maneira escolhendo no seu Estado homens sábios, e só a esses deve dar o direito de falar-
lhe a verdade a respeito, porém apenas das coisas que ele lhes perguntar. Deve consultá-
los a respeito de tudo e ouvir-lhes a opinião e deliberar depois como bem entender e com 
conselhos daqueles; conduzir-se de tal modo que eles percebam que com quanto mais 
liberdade falarem, mais facilmente as suas opiniões serão seguidas” 
(MAQUIAVEL, 1973, p. 105). 
 
Considerando-se o seguinte fragmento de Maquiavel, indique qual das alternativas abaixo 
está CORRETA. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
A) De acordo com Maquiavel, o príncipe, na direção do seu Estado, não deve consultar 
ninguém ao tomar decisões. 
B) Maquiavel considera que todos têm o direito de criticar as ações do príncipe. 
C) Maquiavel afirma que homens sábios podem falar ao príncipe o que quiserem, e na 
hora que bem entenderem, sendo obrigação do príncipe acatá-los. 
D) Conforme Maquiavel, o príncipe deve cercar-se de conselheiros sábios, mas elesnunca 
devem ter liberdade para falar a verdade. 
E) Maquiavel defende que, como o príncipe precisa da opinião livre dos sábios, deve dar-
lhes o direito de falar-lhes a verdade, mas apenas das coisas que ele lhe perguntar. 
 
12. (Espm 2017) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada é mais eficaz para 
defender e manter o poder do que ser amado e nada é mais danoso do que ser temido”. 
Um importante pensador moderno contrapôs: "Seria desejável ser uma coisa e outra 
(amado e temido), mas, como é quase impossível obter ambas as coisas ao mesmo tempo, 
é muito mais seguro ser temido que amado, quando se deve escolher uma dessas 
condições." 
 
Eugenio Garin. Dal Rinascimento all Illuminismo. 
 
O importante pensador moderno mencionado no enunciado é: 
 
A) Thomas Hobbes; 
B) Nicolau Maquiavel; 
C) Jean Bodin; 
D) Jacques Bossuet; 
E) John Locke. 
 
13. (Unioeste 2017) 
Texto 1 
 
“[...] Quando um homem deseja professar a bondade, natural é que vá à ruína, entre tantos 
maus. Assim, é preciso que, para se conservar, um príncipe aprenda a ser mau, e que se 
sirva ou não disso de acordo com a necessidade”. 
 
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 2004, p. 99. 
 
Texto 2 
 
“[...] Assim deve o príncipe tornar-se temido, de sorte que, se não for amado, ao menos 
evite ódio, pois é fácil ser, a um só tempo, temido e não odiado, o que ocorrerá uma vez 
que se prive da posse dos bens e das mulheres dos cidadãos e dos súditos, e, mesmo 
quando forçado a derramar o sangue de alguém, poderá fazê-lo apenas se houver 
justificativa apropriada e causa manifesta” [...]. 
 
Idem, p. 106-7. 
 
Considerando o pensamento de Maquiavel e os textos citados, assinale a alternativa 
CORRETA. 
 
 
 
 
 
 
 
8 
A) O pensamento de Maquiavel volta-se à realidade e busca alternativas para estabelecer 
um Estado estável onde a ordem possa reinar. 
B) Maquiavel, assim como Platão, revela-se um idealista ao estabelecer padrões ao 
governante fundamentados na bondade natural do homem. 
C) O príncipe deve ser um homem dotado de boas virtudes (virtù) e dinheiro (fortuna) 
para que todos o respeitem e ele possa fazer reinar a estabilidade. 
D) Estado e Igreja se fundem, de acordo com o filósofo. De nada adianta ao príncipe 
tentar estabelecer a ordem, já que ela depende de um estado natural das coisas e de uma 
força extraterrena, tornando todo seu esforço em vão. 
E) O objetivo último do pensamento político de Maquiavel é o de evitar a guerra a todo 
custo, pois as atrocidades da guerra desafiam os valores éticos que determinam a ação 
política. 
 
14. (Unicamp 2016) Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes 
e viver com integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, 
pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas 
em pouca conta tiveram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça 
dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode 
nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas 
que o determinaram cessem de existir. 
(Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 73-85.) 
 
A partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que: 
 
A) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais artimanhas da 
política moderna explicitadas por Maquiavel. 
B) A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas de 
estar de acordo com os princípios da fé. 
C) Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas fazem 
do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe. 
D) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele 
não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja. 
 
15. (Uema 2015) De acordo com a historiadora Maria Lúcia de Arruda Aranha, a 
Revolução Francesa derrubou o antigo regime, ou seja, o absolutismo real fundamentado 
no direito divino dos reis, derivado da concepção teocrática do poder. O término do antigo 
regime se consuma quando a teoria política consagra a propriedade privada como direito 
natural dos indivíduos. 
Fonte: ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à filosofia. São Paulo: 
Moderna, 2003. 
 
Esse princípio político que substitui a antiga teoria do direito divino do rei intitula-se 
 
A) Contratualismo. 
B) Totalitarismo. 
C) Absolutismo. 
D) Liberalismo. 
E) Marxismo. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
RESOLUÇÕES 
Resposta da questão 1: [A] 
 
Maquiavel e Hobbes se utilizam de argumentos racionais – não religiosos – em suas 
teorias; o primeiro defendendo a autoridade do “Príncipe”, ou seja, do governante sobre 
a sociedade, enquanto o segundo, autor do Leviatã, que parte da ideia de que “o homem 
é o lobo do homem” e para viver em sociedade os homens devem estabelecer um contrato 
social, no qual cada indivíduo renuncia a uma parte de sua liberdade e de seus direito a 
um governante, responsável por gerir o conjunto da sociedade. 
Importante destacar que a ideia de “contrato social” de Hobbes antecede ao livro de 
mesmo nome de Rousseau (que defenderá o fim do absolutismo). 
 
Resposta da questão 2: [B] 
 
Rousseau, um dos teóricos mais importantes do Iluminismo, apresenta uma teoria baseada 
no contrato social entre os homens e na igualdade natural entre todos eles. Seu 
pensamento apresenta uma crítica ao Antigo Regime, inspirando ideais que culminaram 
na Revolução Francesa. 
 
Resposta da questão 3: [A] 
 
Rousseau enxerga no contrato social o estabelecimento e a garantia da liberdade civil. 
Nesse sentido, ele rejeita tanto um governo que subjugue os homens, quanto as 
agregações que se originam dessa subjugação por não constituírem-se como corpo 
político. Deve-se considerar que os direitos políticos e sociais, para Rousseau, não são 
baseados em direitos sagrados, sendo, na verdade, a ordem social a base de todos os 
direitos. 
 
Resposta da questão 4: [A] 
A partir do texto apresentado pela questão o aluno obtém todas as informações para 
responder aos itens propostos. No trecho apresentado, Rousseau faz uma crítica às 
ciências e às artes, que seriam fundamentados na ociosidade e na vaidade, daí explicando 
sua crítica ao luxo, defendendo que não se faz necessária em nenhuma instância a sua 
existência, pois que nada além daquilo que é fisicamente necessário é desejável. Assim, 
a existência do luxo faz parte de uma lógica que inviabiliza a formação de uma sociedade 
justa. Rousseau, então, denuncia o luxo como um castigo pela ignorância vigente. A partir 
da identificação desses elementos no texto, o aluno deve assinalar os itens [I] e [II] como 
corretos e os itens [III] e [IV] como falsos. 
 
Resposta da questão 5: [C] 
 
Segundo o pensamento de John Locke, a liberdade do indivíduo é um aspecto 
fundamental para a sua existência, sendo também a base da vida do cidadão. Locke afirma 
que os indivíduos se juntam em sociedade civil com a finalidade de preservar seus direitos 
naturais, submetendo-se a um governo. Assim, o Estado seria soberano, no entanto, a 
legitimação da sua autoridade nasceria do contrato social estabelecido entre os cidadãos, 
que aceitariam a instituição de leis comum a todos, de modo que, para Locke, a liberdade 
do indivíduo em sociedade consiste na obediência às leis oriundas do Poder Legislativo. 
Por conseguinte, apenas os itens [II] e [III] estão corretos. 
 
 
 
 
10 
Resposta da questão 6: [C] 
A partir do texto da questão, observa-se que Rousseau faz uma crítica ao individualismo 
liberal, entendendo que este leva ao afastamento da política, de modo que uma sociedade 
na qual a lógica do individualismo prevalece, torna-se mais suscetível à opressãodos 
déspotas. Tal ideia deve ser identificada pelo aluno no trecho “quanto menos felicidade a 
República é capaz de proporcionar aos cidadãos, mais eles terão que buscar, 
individualmente, a felicidade. A consequência é uma sociedade cada vez mais egoísta, 
desinteressada pela política e, por fim, agrilhoada por um déspota qualquer”. 
 
Resposta da questão 7: [A] 
A partir do texto da questão, o aluno deve identificar que a filosofia política proposta por 
Maquiavel trata da questão da manutenção do poder. No trecho “para conservar uma 
república conquistada, o caminho mais seguro é destruí-la ou habitá-la pessoalmente”, 
identifica-se que as ações defendidas por Maquiavel, frente à conquista de Estados 
republicanos integram a discussão levantada por ele acerca das condições e das ações que 
o príncipe deve executar para garantir não apenas a obtenção do poder, mas para tornar 
possível mantê-lo legitimamente. 
 
Resposta da questão 8: [B] 
A teoria política formulada por Maquiavel representa uma ruptura com a filosofia política 
que predominava até então. Isso se dá porque, para Maquiavel, a política se fundamenta 
em si mesma, ou seja, os elementos que compõem e justificam a política são interiores ao 
próprio processo político e decorrem dos conflitos sociais. Nessa perspectiva, apenas os 
itens [I] e [III] estão corretos. O item [II] está incorreto pois, para Maquiavel, as 
sociedades humanas não são fruto de um processo natural, mas social, além de não 
apresentarem homogeneidade, sendo marcadas por conflitos de interesses. 
 
Resposta da questão 9: [A] 
Nicolau Maquiavel foi inovador ao separar a moral religiosa das suas reflexões políticas. 
Assim, ele inaugura uma nova concepção ética baseada nas relações políticas concretas 
entre os homens, e não em ideais e valores em abstrato. 
 
Resposta da questão 10: [B] 
A primeira proposição apresenta uma ideia da natureza humana que condiz com o 
pensamento de Thomas Hobbes, segundo o qual os homens seriam naturalmente egoístas 
e violentos. Para ele, no estado de natureza, os conflitos de interesses levavam a um estado 
de guerra permanente em que não poderia haver a garantia de direitos, de maneira que os 
indivíduos se organizam em sociedade civil, abdicando da sua liberdade em prol de um 
Estado forte e autoritário que possibilite a vida em sociedade e garanta a paz. A segunda 
proposição apresenta uma perspectiva em que a motivação para o advento da organização 
civil seria a necessidade de garantia de direitos que seriam naturais dos homens, como o 
direito à propriedade, à segurança e à vida, através da autoridade do Estado, ideia que está 
presente no pensamento político de John Locke. Já na terceira proposição identifica-se as 
ideias do pensador francês Rousseau, segundo o qual a natureza humana seria 
naturalmente boa e o estado de natureza seria marcado, de um modo geral, pela harmonia, 
tendo os males sociais e as relações de desigualdade entre os homens se estabelecido a 
partir do advento da propriedade privada e da sociedade civil, corrompendo o homem, 
assim, de seu estado natural. A proposição que corresponde as ideias aos respectivos 
pensadores é apresentada pela alternativa [B]. 
 
 
 
 
 
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Resposta da questão 11: [E] 
No trecho da obra de Maquiavel, observa-se que o pensador defende a ideia de que a 
busca pela opinião dos sábios, acerca das questões que o Príncipe considera ser prudente 
perguntar, é fundamental para a boa condução do governo, devendo ele conceder plena 
liberdade para que os sábios expressem sua opinião. 
 
Resposta da questão 12: [B] 
Nicolau Maquiavel, em seus estudos sobre a política, refletia como um governante 
poderia conquistar e manter o poder. Ele não fazia assim um juízo moral sobre a forma 
como isso se daria, sendo um dos pioneiros da moderna compreensão da política. 
 
Resposta da questão 13: [A] 
A filosofia política de Maquiavel é considerada um dos pensamentos primordiais para o 
pensamento moderno que então se estabelecia, uma vez que o pensador analisa o Estado 
e o governante em uma perspectiva que se afasta da religião, voltando-se para a realidade 
concreta e para a forma como os indivíduos agem em sociedade. Maquiavel busca 
compreender as bases que sustentam o poder do Estado e de seu governante, analisando 
a conduta que o príncipe deve ter para manter-se no poder. 
 
Resposta da questão 14: [A] 
Em sua teoria política, Nicolau Maquiavel estabelece que o príncipe – o governante – 
deve fazer uso do jogo das aparências de modo que sua figura seja associada à 
religiosidade, à virtude, à ética, à fidelidade e à compassividade. Para Maquiavel, no 
entanto, o príncipe não deve fazer uso dessas qualidades quando não lhe for conveniente, 
mas deve aparentar que faz esse uso sempre, a fim de garantir a manutenção do poder, 
ideia que é contemplada pela alternativa [A]. 
 
Resposta da questão 15: [D] 
O filósofo que inaugura a o conceito de propriedade privada como direito natural é John 
Locke. Segundo este pensador, os princípios de sua filosofia são: a liberdade (ação por 
deliberação pessoal, sem nenhuma influência); a propriedade privada (iniciando a partir 
do próprio corpo que se possui e por aquilo que se consegue pelo trabalho); e a igualdade 
(mesmas condições para que todos possam usufruir dos recursos e leis da natureza). Por 
meio destes referenciais, Locke estabelece que se vivemos em natureza e seguimos as 
suas leis, estas mesmas leis devem servir de modelo para a constituição do Estado. O 
papel do governo consiste exclusivamente em fazer respeitar o direito natural de cada 
indivíduo determinado em conformidade com as leis da natureza. Portanto, o governo 
civil é o remédio apropriado para os inconvenientes do estado de natureza que pode se 
tornar um estado de guerra. Ele não deve ser um ditador ou alguém que deva ser 
obedecido, mas alguém que administra um empreendimento social onde os interesses e 
liberdades individuais determinam os rumos que a sociedade deve seguir, sendo que seu 
poder é temporal e limitado. Daí o governo não deve estabelecer aquilo que acredita ser 
melhor no modo de condução, mas deve concordar em servir a um interesse maior a 
garantia dos direitos de igualdade, liberdade e propriedade privada. A liberdade é o 
fundamento da vida em sociedade, servindo como justificativa para a disposição como se 
aprouver da propriedade privada que os indivíduos estabelecem. Esta é garantida pela 
igualdade entre todos para que pela apropriação dos recursos da natureza possam adquirir 
condições de sobreviverem segundo a melhor maneira que lhes aprouver. Esta concepção 
exposta, com mínima interferência do governo nos rumos, com a valorização da liberdade 
e propriedade privada garantida pela igualdade é conhecida como liberal.

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