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Revisão 2 - Aulas 11, 12, 13, 14 e 15 - FILOSOFIA MODERNA

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1 
LISTA DE EXERCÍCIOS: REVISÃO 2 – FILOSOFIA MODERNA 
 
TEMA ABORDADO 
AULA 11 – Filosofia Moderna: Introdução à filosofia moderna. 
AULA 12 – Filosofia Moderna: Epistemologia – David Hume. 
AULA 13 – Filosofia Moderna: Epistemologia – René Descartes. 
AULA 14 – Filosofia Moderna: Epistemologia – Immanuel Kant (Parte 01). 
AULA 15 – Filosofia Moderna: Epistemologia – Immanuel Kant (Parte 02). 
 
1. (Uema 2015) Fraqueza e covardia são as causas pelas quais a maioria das pessoas 
permanece infantil mesmo tendo condição de libertar-se da tutela mental alheia. Por isso, 
fica fácil para alguns exercer o papel de tutores, pois muitas pessoas, por comodismo, não 
desejam se tornar adultas. Se tenho um livro que pensa por mim; um sacerdote que dirige 
minha consciência moral; um médico que me prescreve receitas e, assim por diante, não 
necessito preocupar-me com minha vida. Se posso adquirir orientações, não necessito 
pensar pela minha cabeça: transfiro ao outro esta penosa tarefa de pensar. 
Fonte: I. Kant, O que é a ilustração. In: F. Weffort (org). Os clássicos da política, v. 2, 6 ed. São Paulo: 
Saraiva, 2006. 
Esse fragmento compõe o livro de Kant que trata da importância da(o) 
 
A) juízo. 
B) razão. 
C) cultura. 
D) costume. 
E) experiência. 
 
2. (Uel 2015) Leia o texto a seguir. 
 
As leis morais juntamente com seus princípios não só se distinguem essencialmente, em 
todo o conhecimento prático, de tudo o mais onde haja um elemento empírico qualquer, 
mas toda a Filosofia moral repousa inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao 
homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao conhecimento do mesmo 
(Antropologia). 
KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo: 
Discurso Editorial, 2009. p.73. 
 
Com base no texto e na questão da liberdade e autonomia em Immanuel Kant, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) A fonte das ações morais pode ser encontrada através da análise psicológica da 
consciência moral, na qual se pesquisa mais o que o homem é, do que o que ele deveria 
ser. 
B) O elemento determinante do caráter moral de uma ação está na inclinação da qual se 
origina, sendo as inclinações serenas moralmente mais perfeitas do que as passionais. 
C) O sentimento é o elemento determinante para a ação moral, e a razão, por sua vez, 
somente pode dar uma direção à presente inclinação, na medida em que fornece o meio 
para alcançar o que é desejado. 
D) O ponto de partida dos juízos morais encontra-se nos “propulsores” humanos naturais, 
os quais se direcionam ao bem próprio e ao bem do outro. 
E) O princípio supremo da moralidade deve assentar-se na razão prática pura, e as leis 
morais devem ser independentes de qualquer condição subjetiva da natureza humana. 
 
 
 
2 
3. (Ufsm 2015) O conhecimento é uma ferramenta essencial para a sobrevivência 
humana. Os principais filósofos modernos argumentaram que nosso conhecimento do 
mundo seria muito limitado se não pudéssemos ultrapassar as informações que a 
percepção sensível oferece. No período moderno, qual processo cognitivo foi ressaltado 
como fundamental, pois permitia obter conhecimento direto, novo e capaz de antecipar 
acontecimentos do mundo físico e também do comportamento social? 
 
A) Dedução. 
B) Indução. 
C) Memorização. 
D) Testemunho. 
E) Oratória e retórica. 
 
4. (Enem 2014) É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio 
processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que 
aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será 
seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma 
dúvida. 
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). 
 
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem 
caráter positivo por contribuir para o(a) 
 
A) dissolução do saber científico. 
B) recuperação dos antigos juízos. 
C) exaltação do pensamento clássico. 
D) surgimento do conhecimento inabalável. 
E) fortalecimento dos preconceitos religiosos. 
 
5. (Enem 2ª aplicação 2014) Uma vez que a razão me persuado de que devo impedir-me 
de dar crédito às coisas que não são inteiramente certas e indubitáveis tanto quando 
àquelas que nos parecem manifestamente ser falsas, o menor motivo de dúvida que eu 
nelas encontrar bastará para me levar a rejeitar todas. 
DESCARTES, R. Meditações de Filosofia Primeira. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado). 
 
Ao introduzir dúvida como método, Descartes busca alcançar uma certeza capaz de 
refundar, sobre princípios sólidos, a ciência e a filosofia. Seu procedimento teórico indica 
 
A) a capacidade de o entendimento humano duvidar das certezas claras e distintas. 
B) a ideia de que o ceticismo é base suficiente para edificar a filosofia moderna. 
C) o rompimento com o dogmatismo da filosofia aristotélico-tomista que prevalecera na 
Idade Média. 
D) a primazia dos sentidos como caminho seguro de condução do homem à verdade. 
E) o estabelecimento de uma regra capaz de consolidar a tradição escolástica de 
pensamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
6. (Unicamp 2014) A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do 
pensamento filosófico moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da 
supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera 
opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia. 
(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.) 
 
A partir do texto, é correto afirmar que: 
 
A) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos 
equivalentes. 
B) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o 
rigor metodológico. 
C) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades 
são coincidentes. 
D) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do 
pensamento filosófico moderno. 
 
7. (Enem 2ª aplicação 2014) Numa época de revisão geral, em que valores são 
contestados, reavaliados, substituídos e muitas vezes recriados, a crítica tem papel 
preponderante. Essa, de fato, é uma das principais características das Luzes, que, 
recusando as verdades ditadas por autoridades submetem tudo ao crivo da crítica. 
KANT, I. O julgamento da razão. In: ABRÃO, B. S. (Org.) História da Filosofia. São Paulo: Nova 
Cultural, 1999. 
 
O iluminismo tece crítica aos valores estabelecidos sob a rubrica da autoridade e, nesse 
sentido, propõe 
 
A) a defesa do pensamento dos enciclopedistas que, com seus escritos, mantinham o 
ideário religioso. 
B) o estímulo da visão reducionista do humanismo, permeada pela defesa de isenção em 
questões políticas e sociais. 
C) a consolidação de uma visão moral e filosófica pautada em valores condizentes com a 
centralização política. 
D) a manutenção dos princípios da metafísica, dando vastas esperanças de emancipação 
para a humanidade. 
E) o incentivo do saber, eliminando superstições e avançando na dimensão da cidadania 
e da ciência. 
 
8. (Uel 2014) Leia o texto a seguir. 
 
Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg, acompanhou os desdobramentos das 
Revoluções Americana e Francesa e foi levado a refletir sobre as convulsões da história 
mundial. Às incertezas da Europa plebeia, individualista e provinciana, contrapôs 
algumas certezas da razão capazes de restabelecer, ao menos no pensamento, a 
sociabilidade e a paz entre as nações com vista à constituição de uma federação de povos 
– sociedade cosmopolita. 
(Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo e a república”. In: WEFORT, F. C. 
(Org.). Clássicos da política. v.2.São Paulo: Ática, 2003. p.49-50.) 
 
Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Política de Kant, assinale a alternativa 
correta. 
 
 
 
4 
A) A incapacidade dos súditos de distinguir o útil do prejudicial torna imperativo um 
governo paternal para indicar a felicidade. 
B) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo considerados cidadãos ativos 
também as mulheres e os empregados. 
C) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os membros da comunidade e o chefe de 
Estado. 
D) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igualdade de ação em conformidade 
com a lei universal da liberdade. 
E) Os súditos estão autorizados a transformar em violência o descontentamento e a 
oposição ao poder legislativo supremo. 
 
9. (Uel 2014) 
 
 
Descartes, na segunda parte do Discurso do Método, apresenta uma crítica às cidades 
antigas por serem caóticas. Tais cidades, por terem sido no início pequenos burgos e 
havendo se transformado, ao longo do tempo, em grandes centros, são comumente mal 
calculadas. Suas ruas curvas e desiguais foram obra do acaso e não uma disposição da 
vontade de alguns homens que se utilizaram da razão. 
(Adaptado de: DESCARTES, R. Discurso do Método. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p.43-44. (Coleção 
Os Pensadores.)) 
 
Com base no texto, nos conhecimentos sobre o racionalismo cartesiano e sobre uma 
possível relação com o tema do planejamento e da construção das cidades, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) A arquitetura das cidades compreende as edificações planejadas, em que coincidem a 
ordem racional e a ordem da realidade objetiva. 
B) A experiência sensível era o princípio capaz de fundamentar as leis do conhecimento, 
permitindo certo ordenamento das construções nas cidades. 
C) A mente é como uma folha em branco, isenta de impressões, assim, o conhecimento 
que nos permite edificar as cidades inicia-se na execução. 
D) O conhecimento se constrói num processo que vai do particular para o universal, o 
que valoriza o caráter indutivo na construção das cidades. 
E) Os engenheiros e os mestres de obras se utilizam do conhecimento empírico para a 
edificação e o planejamento de nossas cidades. 
 
 
 
5 
10. (Enem 2013) Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do 
empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da 
Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, 
essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e 
Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um 
mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua 
vida, física e culturalmente. 
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques, Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 
4, 2004 (adaptado). 
 
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista 
concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das 
intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em 
 
A) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda 
existentes. 
B) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora 
foi da filosofia. 
C) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o 
progresso. 
D) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos 
éticos e religiosos. 
E) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates 
acadêmicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
RESOLUÇÕES 
Resposta da questão 1: [B] 
No livro “O que é Ilustração”, Kant estabelece que este conceito refere-se à saída da 
menoridade, em outras palavras, fazer com que o homem não delegue sua capacidade de 
entendimento (razão) a outro. Segundo Kant, os motivos que levam o homem a não querer 
sair da menoridade são a covardia e o medo. Os motivos que conduzem o ser humano a 
sentir medo e covardia podem ser expressos pelo receio de utilizar o próprio 
entendimento. Uma vez que o ser humano faz uso do entendimento, ele se torna 
responsável por si, por seu próprio autodesenvolvimento, sem que exista a necessidade 
de recorrer a outros como forma de validar suas próprias convicções. A liberdade é o 
pressuposto que faz com que seja possível o homem libertar-se da menoridade (ilustração) 
e caminhar por si, pensar por si e guiar suas ações pelo uso da razão. O juízo representa 
neste sentido a faculdade da razão em atribuir significado. A cultura e o costume são 
elementos que fazem parte da existência, sendo percebidos pela experiência pessoal. 
Estes não agem por si, são reflexos do estar no mundo, somente a razão possibilita o 
entendimento da realidade que envolve o ser humano. 
 
Resposta da questão 2: [E] 
Em sua obra “Crítica da Razão Pura”, Immanuel Kant discorre sobre o uso da razão 
enquanto a consciência do indivíduo sobre o conjunto de leis morais vigentes na 
sociedade. Para ele não se adquire esta consciência por meio da intuição natural, pelo 
contrário, este conhecimento depende de uma intuição intelectual. E, outras palavras o 
conhecimento das leis morais se dá pelo uso deliberado da razão no reconhecimento da 
moralidade vigente, isto é por uma razão pura. A autonomia para o autor é a liberdade 
que o ser humano faz no uso positivo de sua razão, motivado apenas por sua vontade. A 
liberdade, o livre arbítrio, permite autonomia na medida em que a consciência do 
indivíduo atue, por meio da razão, sem condicionantes, apenas por sua vontade própria, 
na busca de um conhecimento que lhe amplie a consciência de sua condição de liberdade. 
Para isto, o uso da razão deve ser deliberado. Não há um impulso natural, sentimentos no 
ser humano que o conduza para uma ação moral em concordância com a lei moral vigente, 
mas sim um processo livre, autônomo e consciência no uso de sua liberdade. 
 
Resposta da questão 3: [B] 
Na época moderna foram estruturadas as bases para o conhecimento científico que 
avançou até o período contemporâneo. O objetivo perseguido era compreender os 
fenômenos do mundo físico. A busca por uma previsão ou antecipação destes fenômenos 
foi perseguida por pensadores que buscam estabelecer princípios para a formulação de 
leis gerais que pudessem garantir segurança e confiabilidade no desenvolvimento de tais 
teorias. Os principais pensadores que forneceram estas bases foram Francis Bacon e René 
Descartes. Bacon criou a “Teoria dos Ídolos” a fim de purificar a mente, de livrá-la de 
impressões errôneas que impedissem a observação clara e experimentação precisa dos 
fenômenos naturais. Seu método era indutivo, pois propunha que por meio de uma série 
de observações realizadas com rigor, era possível estabelecer princípios para formular 
leis gerais. Descartes é quem vai estruturar as bases do método científico moderno. Por 
meio de sua obra: “Discurso do Método”, Descartes propõe o uso da razão como 
instrumento para tornar claro as informações que nossos sentidos captam. Após o 
esclarecimento dos conceitos, por meio da observação e comparação utilizando o rigor da 
matemática na análise e formulação das teorias, seria possível formular leis gerais dos 
fenômenos observados. Ambos os autores deixam de lado a visão e do método dedutivo, 
proposto por Aristóteles que predominava até então. 
 
 
 
7 
Resposta da questão 4: [D] 
 
A dúvida radical conduz o pensador à conclusão de que pensa, o cogito. Esta é, para 
Descartes, o conhecimento inabalável, princípio de todas as certezas. Sendo assim, 
somente a alternativa [D] está correta. 
 
Resposta da questão 5: [C] 
 
Ao colocar em questão, a partir do uso da dúvida metódica como instrumento filosófico 
de investigação epistemológica,a tradição filosófica ocidental no medievo, fundamentada 
em Aristóteles e no tomismo. Descartes lança, então, as bases da filosofia moderna ao 
reestabelecer a ciência e a filosofia sobre novos pressupostos. 
 
Resposta da questão 6: [D] 
 
O período moderno da filosofia se caracterizou por dois movimentos, a saber, a dúvida e 
o método. A dúvida colocou em questão aquilo que se tinha por conhecimento – vale 
ressaltar que a filosofia moderna tem seu início geralmente demarcado no século XVII – 
e o método buscou reconstruir o conhecimento de modo que não se pudesse dele duvidar. 
Porém, esta ausência de dúvida não significa dogmatismo, mas sim o esforço da 
dedicação à filosofia, ao estudo da sabedoria, ao bem aplicar o espírito. 
 
“Este é o método que segui, e que tu, se te aprouver, poderás utilizar. Pois não te 
recomendo o meu, apenas o proponho. Contudo, qualquer que seja o método que 
empregares, gostaria muito de recomendar-te a filosofia, isto é, o estudo da sabedoria, por 
falta do qual todos sofremos recentemente muitos males”. 
(T. Hobbes. Do Corpo – Cálculo ou Lógica. Campinas: Editora Unicamp, 2009, 15). 
 
“O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem 
provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa 
não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. E não é verossímil que todos se enganem 
a tal respeito; mas isso antes testemunha que o poder de bem julgar e distinguir o 
verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o bom senso ou a razão, é 
naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opiniões 
não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de 
conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas 
coisas. Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem. As maiores 
almas são capazes dos maiores vícios, e os que só andam muito lentamente podem 
avançar muito mais, se seguirem sempre o caminho reto, do que aqueles que correm e 
dele se distanciam”. 
 (R. Descartes. Discurso do método. In Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 29). 
 
Resposta da questão 7: [E] 
 
O iluminismo foi um movimento filosófico que valorizava a razão como único princípio 
explicativo legítimo, estabelecendo uma crítica radical aos valores vigentes. A partir 
desse ideário, a proposta do movimento iluminista incluía a valorização do saber racional 
e do cientificismo contra as superstições. 
 
 
 
 
 
 
8 
Resposta da questão 8: [D] 
 
Kant foi um Iluminista que, influenciado por Hume, Newton e Rousseau, confiou na 
capacidade do homem de se aperfeiçoar e se tornar autônomo. O seu cosmopolitismo, 
seguindo essa confiança, observava e pensava a história universal a partir do ponto de 
vista universal, isto é, a partir daquilo que pudesse beneficiar a todos, sem exceção. 
Apesar de haver um irracionalismo estampado na nossa história, o filósofo tomava como 
possível desvendar os motivos fundamentais que determinavam o bem e o mal e, partindo 
disso, construir através do aperfeiçoamento humano uma constituição política boa. 
 
Resposta da questão 9: [A] 
 
O conhecimento em Descartes é primeiramente algo uno e construído a partir da unidade 
do intelecto. Isso quer dizer que apesar da variedade existente no conjunto dos 
conhecimentos a ciência é na verdade una. Quer dizer também que as bases fundadoras 
de todo o edifício desenvolvem-se de maneira uniforme em uma construção homogênea. 
Ou seja, a ciência é una, pois o espírito que o desenvolve é uno. O método, por 
conseguinte, se torna algo importantíssimo para Descartes, pois é ele quem demonstra a 
unidade do espírito que procede de maneira uniforme na construção dessa ciência que é 
total. A construção de uma ciência total se faz a partir da definição das condições sobre 
as quais se constrói o método através do qual se pode duvidar, sistematicamente, e 
seguindo a ordem das razões, assegurar a evidência do conhecimento adquirido. Conhecer 
para Descartes é duvidar sistematicamente para de acordo com o método seguir a ordem 
das razões na construção de uma ciência com clareza e distinção. Desse modo, Descartes 
considera ser capaz de conceber uma Mathesis Universalis, isto é, uma ciência capaz de 
explicar tudo que diga respeito à ordem e à quantidade. 
 
Resposta da questão 10: [C] 
 
Em geral, a ciência estabelece um método de pesquisa racional que busca a construção 
coletiva de conhecimentos refletidos e seguros sobre a variedade da natureza, e, também, 
de conhecimentos esclarecedores sobre os fenômenos que nos parecem familiares. Sendo 
assim, a ciência possui uma base racional fundante a qual todo homem pode ter acesso e, 
desse modo, todos podem participar. Ela possui, além disso, como objeto de pesquisa a 
perplexidade do homem perante a variância de alguns fenômenos naturais e a 
permanência de outros, e como objetivo da pesquisa harmonizar estas diferenças em 
equilíbrios dinâmicos através de conceitos e sistemas de conceitos justificados da melhor 
maneira possível, isto é, pela construção de experimentos controlados e avaliações 
imparciais.

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