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MPU MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO Técnico Do MPU – Especialidade: Administração COM BASE NO EDITAL Nº 1 – MPU, DE 21 DE AGOSTO DE 2018 CÓD: OP-106JL-23 7908403540631 • A Opção não está vinculada às organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição ou ingresso na carreira pública, • Sua apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e esquematizada, • Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: www.apostilasopção.com.br/contatos.php, com retorno do professor no prazo de até 05 dias úteis., • É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal. Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização. ÍNDICE Língua Portuguesa 1. Emprego das classes de palavras. .............................................................................................................................................. 7 2. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. ........................................................................................................................... 7 3. Domínio da ortografia oficial. .................................................................................................................................................... 8 4. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conecto- res e de outros elementos de sequenciação textual. ................................................................................................................ 8 5. Emprego de tempos e modos verbais. Reescrita de frases e parágrafos do texto. .................................................................... 9 6. Domínio da estrutura morfossintática do período. ................................................................................................................... 15 7. Emprego das classes de palavras. .............................................................................................................................................. 16 8. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. .................................................................................................................................................................................. 22 9. Emprego dos sinais de pontuação. ............................................................................................................................................ 22 10. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................................ 26 11. Regência verbal e nominal. ........................................................................................................................................................ 28 12. Emprego do sinal indicativo de crase. ........................................................................................................................................ 29 13. Colocação dos pronomes átonos. .............................................................................................................................................. 29 14. Significação das palavras. ........................................................................................................................................................... 30 15. Substituição de palavras ou de trechos de texto. ...................................................................................................................... 30 16. Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. ............................................................................................... 31 17. Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. .......................................................................................... 31 Acessibilidade 1. Lei nº 13.146/2015 e suas alterações (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – Estatuto da Pessoa com Defici- ência). ........................................................................................................................................................................................ 43 Ética no Serviço Público 1. Ética e moral; Ética, princípios e valores .................................................................................................................................... 63 2. Ética e democracia: exercício da cidadania ................................................................................................................................ 64 3. Ética e função pública ................................................................................................................................................................ 65 4. Ética no Setor Público; Decreto nº 1.171/1994 e suas alterações (Código de Ética Profissional do Serviço Público) ................ 66 5. Lei nº 8.112/1990 e suas alterações: regime disciplinar (deveres e proibições, acumulação, responsabilidades, penalida- des) ............................................................................................................................................................................................ 68 6. Lei nº 8.429/1992 e suas alterações: das disposições gerais, dos atos de improbidade administrativa ................................... 68 7. Portaria PGR/MPU nº 98/2017 (Código de Ética e de Conduta do Ministério Público da União e da Escola Superior do Minis- tério Público da União) .............................................................................................................................................................. 77 ÍNDICE Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP 1. Ministério Público da União. Lei Complementar nº 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União). Perfil consti- tucional do Ministério Público e suas funções institucionais. Conceito. Princípios institucionais. A autonomia funcional e administrativa. A iniciativa legislativa. A elaboração da proposta orçamentária. Os vários Ministérios Públicos. O Procurador‐ Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de destituição. Os demais Procuradores‐Gerais. Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedação. ............................................................... 83 2. Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Composição. Atribuições constitucionais. ................................................ 112 Noções de Direito Administrativo 1. Noções de organização administrativa : Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada ................................ 119 2. Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies ............................................................................. 119 3. Processo administrativo ............................................................................................................................................................. 126 4. Agentes públicos: Espécies e classificação; Cargo, emprego e função públicos. ....................................................................... 128 5. Poderes administrativos: Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia; Uso e abuso do poder ...................................... 137 6. Lei nº 8.666/1993 e suas alterações .......................................................................................................................................... 144 7. Lei nº 10.520/2002 e suas alterações e Decreto nº 5.450/2005 e suas alterações ................................................................... 168 8. Decreto nº 7.892/2013 e suas alterações ..................................................................................................................................169 9. Controle e responsabilização da administração: controles administrativo, judicial e legislativo ............................................... 175 10. Responsabilidade civil do Estado ............................................................................................................................................... 179 11. Lei nº 8.112/1990 e suas alterações .......................................................................................................................................... 183 Noções de Direito Constitucional 1. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Princípios fundamentais Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos. ........... 211 2. Organização político‐ administrativa. União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios. ......................................... 217 3. Administração pública. Disposições gerais, servidores públicos ............................................................................................. 221 4. Poder Legislativo. Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, deputados e senadores............................. 224 5. Poder Executivo. atribuições do presidente da República e dos ministros de Estado............................................................. 228 6. Poder Judiciário. Disposições gerais. Órgãos do Poder Judiciário. Competências. Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Composição e competências. ................................................................................................................................................... 230 7. Funções essenciais à justiça. Ministério Público, Advocacia Pública e Defensoria Pública. ...................................................... 232 Noções de Administração 1. Noções de administração. Abordagens clássica, burocrática e sistêmica da administração. Evolução da administração pública no Brasil após 1930; reformas administrativas ......................................................................................................................... 237 2. a nova gestão pública. Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada ................................................. 244 3. Excelência nos serviços públicos ................................................................................................................................................ 245 4. Excelência na gestão dos serviços públicos ............................................................................................................................ 246 5. Gestão de pessoas. Equilíbrio organizacional ............................................................................................................................ 263 ÍNDICE 6. Objetivos, desafios e características da gestão de pessoas ....................................................................................................... 264 7. Gestão de desempenho ............................................................................................................................................................. 268 8. Gestão do Conhecimento ......................................................................................................................................................... 273 9. Comportamento, clima e cultura organizacional ................................................................................................................... 278 10. Gestão por competências .......................................................................................................................................................... 282 11. Liderança, motivação e satisfação no trabalho .......................................................................................................................... 286 12. Recrutamento e seleção de pessoas. ......................................................................................................................................... 292 13. Análise e descrição de cargos ................................................................................................................................................... 296 14. Educação, treinamento e desenvolvimento ............................................................................................................................ 297 15. Educação corporativa. Educação a distância .............................................................................................................................. 303 16. Qualidade de vida no trabalho. ................................................................................................................................................. 305 17. Gestão organizacional. Planejamento estratégico: definições de estratégia, condições necessárias para se desenvolver a estratégia, questões‐chave em estratégia. Processos associados: formação de estratégia, análise, formulação, formali- zação, decisão e implementação. Metas estratégicas e resultados pretendidos. Indicadores de desempenho. Ferramentas de análise de cenário interno e externo ............................................................................................................................... 306 18. Balanced scorecard .................................................................................................................................................................... 314 19. Técnicas de mapeamento, análise, simulação e modelagem de processos. Construção e mensuração de indicadores de pro- cessos ......................................................................................................................................................................................... 314 20. Gestão de projetos: planejamento, execução, monitoramento e controle, encerramento ................................................ 315 21. O processo racional de solução de problemas. Fatores que afetam a decisão. Tipos de decisões ............................................ 315 Noções de Arquivologia 1. Arquivística: princípios e conceitos ............................................................................................................................................ 323 2. Gestão de documentos; Protocolos: recebimento, registro, distribuição, tramitação e expedição de documentos; Classifica- ção de documentos de arquivo .................................................................................................................................................. 326 3. Arquivamento e ordenação de documentos de arquivo ........................................................................................................... 331 4. Tabela de temporalidade de documentos de arquivo ............................................................................................................... 332 Noções de Administração Orçamentária, Financeira e Orçamento Público 1. Orçamento público; Conceito; Técnicas orçamentárias; Princípios orçamentários; Ciclo Orçamentário .................................. 337 2. O orçamento público no Brasil; Plano Plurianual na Constituição Federal.; Diretrizes orçamentárias na Constituição Federal; Orçamento anual na Constituição Federal; Estrutura programática; Créditos ordinários e adicionais ..................................... 339 3. Programação e execução orçamentária e financeira; Descentralização orçamentária e financeira; Acompanhamento da exe- cução .......................................................................................................................................................................................... 345 4. Receita pública; Conceito; Classificação segundo a natureza; Etapas e estágios .......................................................................352 5. Despesa pública; Conceito; Classificação segundo a natureza; Etapas e estágios; Restos a pagar; Despesas de exercícios an- teriores ....................................................................................................................................................................................... 354 6. Lei de Responsabilidade Fiscal ................................................................................................................................................... 358 7 LÍNGUA PORTUGUESA COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS. Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o texto pode ser verbal ou não‐verbal, desde que tenha um sentido completo. A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua interpretação. A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- tório do leitor. Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi- suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. Dicas práticas 1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con- ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa- rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações. 2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- cidas. 3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon- te de referências e datas. 4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de opiniões. 5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor quando afirma que... RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS. A partir da estrutura linguística, da função social e da finali- dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas classificações. Tipos textuais A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali- dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão específico para se fazer a enunciação. Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas características: TEXTO NARRATIVO Apresenta um enredo, com ações e relações entre personagens, que ocorre em determinados espaço e tempo. É contado por um narrador, e se estrutura da seguinte maneira: apresentação > desenvolvimento > clímax > desfecho TEXTO DISSERTATIVO- ARGUMENTATIVO Tem o objetivo de defender determinado ponto de vista, persuadindo o leitor a partir do uso de argumentos sólidos. Sua estrutura comum é: introdução > desenvolvimento > conclusão. TEXTO EXPOSITIVO Procura expor ideias, sem a necessidade de defender algum ponto de vista. Para isso, usa- se comparações, informações, definições, conceitualizações etc. A estrutura segue a do texto dissertativo‐argumentativo. TEXTO DESCRITIVO Expõe acontecimentos, lugares, pessoas, de modo que sua finalidade é descrever, ou seja, caracterizar algo ou alguém. Com isso, é um texto rico em adjetivos e em verbos de ligação. TEXTO INJUNTIVO Oferece instruções, com o objetivo de orientar o leitor. Sua maior característica são os verbos no modo imperativo. Gêneros textuais A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe- cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual, podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as- sim como a própria língua e a comunicação, no geral. Alguns exemplos de gêneros textuais: • Artigo • Bilhete • Bula • Carta LÍNGUA PORTUGUESA 8 • Conto • Crônica • E‐mail • Lista • Manual • Notícia • Poema • Propaganda • Receita culinária • Resenha • Seminário Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex- to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária, por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali- dade e à função social de cada texto analisado. DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL. A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê‐las, é preciso analisar caso a caso. Lembre‐se de que a melhor maneira de memo- rizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que também faz aumentar o vocabulário do leitor. Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento! Alfabeto O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é co- nhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras). Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional. Uso do “X” Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH: • Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxer- gar) • Depois de ditongos (ex: caixa) • Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá) Uso do “S” ou “Z” Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser ob- servadas: • Depois de ditongos (ex: coisa) • Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha) • Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa) • Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso) Uso do “S”, “SS”, “Ç” • “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão) • “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo) • “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passa- ram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela) Os diferentes porquês POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substituído por “por qual motivo” PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois” POR QUÊ O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final (interrogação, exclamação, ponto final) PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome Parônimos e homônimos As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro- núncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe- go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal). Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo“rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta). DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL. EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL. A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpre- tação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os componentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa. Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias. Coesão A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de co- nectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida a partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (anteci- pa um componente). LÍNGUA PORTUGUESA 9 Confira, então, as principais regras que garantem a coesão textual: REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS REFERÊNCIA Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) – anafórica Demonstrativa (uso de pronomes demonstrativos e advérbios) – catafórica Comparativa (uso de comparações por semelhanças) João e Maria são crianças. Eles são irmãos. Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização africana. Mais um ano igual aos outros... SUBSTITUIÇÃO Substituição de um termo por outro, para evitar repetição Maria está triste. A menina está cansada de ficar em casa. ELIPSE Omissão de um termo No quarto, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão do verbo “haver”) CONJUNÇÃO Conexão entre duas orações, estabelecendo relação entre elas Eu queria ir ao cinema, mas estamos de quarentena. COESÃO LEXICAL Utilização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos ou palavras que possuem sentido aproximado e pertencente a um mesmo grupo lexical. A minha casa é clara. Os quartos, a sala e a cozinha têm janelas grandes. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO. A Reescrita de Frases é um assunto solicitado em muitos editais. A habilidade de reescrever frases requer diferentes conhecimentos da Língua Portuguesa, como ortografia, acentuação, pontuação, sintaxe, significação das palavras, as classes de palavras e interpretação de texto. A grande maioria das questões de Reescrita de Frases solicitará que uma frase seja reescrita sem que haja alteração em seu sentido e que a correção gramatical seja preservada. Ou seja, uma frase reescrita deve obedecer aos padrões da norma‐culta e deve manter o sentido original daquilo que a frase diz. Por isso é importante possuir boa habilidade de interpretação e compreensão de texto, já que é necessário, antes de tudo, compreen- der aquilo que a frase está dizendo. “Desde dezembro, bombeiros salvaram mil pessoas nas praias paulistas” O que a frase acima está dizendo? Que desde o mês de dezembro, os bombeiros salvaram mil pessoas nas praias do estado de São Paulo (paulistas). Este é o sentido original da frase, e note que já foi realizada uma reescrita da frase. Apesar de apresentar palavras dife- rentes, ambas falam a mesma coisa. Além disso, o exemplo acima não apresenta nenhum erro gramatical. Depois de compreender o sentido da frase, você deve verificar se há erros de grafia, acentuação, concordância, regência, crase, pon- tuação. Em uma questão, se a alternativa apresentar algum destes erros, você já poderá eliminá‐la, pois não será a correta. Questão: (Câmara de Sertãozinho - SP - Tesoureiro - VUNESP) Uma frase condizente com as informações do texto e escrita em con- formidade com a norma‐padrão da língua portuguesa é: (A) Os brasileiros desconfiam de que adaptarão‐se à nova realidade do mercado de trabalho, ainda que estão entusiasmados com as novas tecnologias. (B) Embora otimistas com os efeitos da revolução digital em suas carreiras, os brasileiros dispõem de capacidades digitais aquém do que imaginam. (C) De acordo com lista do LinkedIn para 2018, quase metade dos brasileiros desconhecem as habilidades que o mercado mais neces- sita. (D) Fazem cinco anos apenas que certas habilidades digitais passou a ser requeridas, o que significa que o cenário das empresas mu- dou muito rápido. (E) Mais de 80% dos entrevistados afirmaram que estão otimistas no que refere‐se às novas tecnologias, mas reconhecem que não as domina. Na alternativa “A”, o correto seria “desconfiam de que se adaptarão”. Esta alternativa já poderia ser eliminada. A alternativa “C” também está incorreta, pois quem desconhece as habilidades que o mercado mais necessita é quase metade dos brasileiros, o verbo é no singular. Na alternativa “D”, temos um erro logo no início. O correto é “Faz cinco anos”. Ademais, certas habilidades digitais passaram a ser requeridas, plural. LÍNGUA PORTUGUESA 10 Quando o pronome relativo “que” é um fator atrativo, a prócli- se deve ser utilizada. Por isso, na alternativa “E”, o correto seria “no que se refere”. Resta‐nos a alternativa “B”, que é a correta e não apresenta erros. Mas não basta somente verificar se há erros, é preciso muito mais para reescrever frases e mandar bem neste tipo de questão. É preciso ter em mente que as frases reescritas devem: – Respeitar as sequências de ideias Ex.: “Você está intragável hoje. Qual é o seu problema?” Aqui, temos uma afirmação e depois uma pergunta. Essa or- dem precisa ser respeitada na reescrita. Uma solução seria: Hoje você está intragável. Posso saber por quê? – Não omitir informação essencial Utilizando o mesmo exemplo acima, se só houvesse a pergun- ta, a informação sobre o sujeito estar intragável hoje seria omitida, o que seria um erro. – Não expressar opinião É uma reescrita daquilo que a frase diz, não daquilo que você acha. Não mude o sentido da frase de acordo com sua opinião. – Utilizar vocabulário e expressões diferentes das do texto original Afinal, é para reescrever a frase, utilizar outras palavras. — Sinônimos e Antônimos Aproveitando o gancho, uma reescrita é utilizar palavras dife- rentes para dizer a mesma coisa. Para isso, nada melhor do que conhecer os sinônimos e os antônimos. Sinônimos São palavras diferentes que possuem o mesmo significado. Ex.: Muitas pessoas conseguiram emprego. Diversas pessoas conseguiram emprego. Apesar de diferentes, as duas palavras expressam valor de quantidade elevada. Antônimos São palavras que se contradizem, opostos. Também podem ocorrer por complementaridade (onde a negação de uma implica a afirmação da outra e vice‐versa). Ex.: O rapaz estava triste. O rapaz não estava feliz. Ao negar a felicidade do rapaz, implica‐se que este estava triste. — Verbos e Substantivos 1Os verbos e os substantivos são elementos importantes das frases. Os substantivos compõem a classe de palavras com que se denominam os seres, animados ou inanimados, concretos ou abs- tratos, os estados, as qualidades, as ações. Já os verbos, são a classe de palavras que, do ponto de vista semântico, contêm as noções de ação, processo ou estado, e, do ponto de vista sintático, exercem a função de núcleo do predicado das sentenças. Ao reescrever uma frase, é possível: 1 https://bit.ly/2U03syd Substituir verbo por substantivo Em gramática, temos o substantivo verbal, que é um substanti- vo derivado do infinitivo, do gerúndio ou do particípio de um verbo. Ex.: Espero que se corrija a prova. Espero a correção da prova. Substituir substantivo por verbo A ideia aqui é a mesma, só que ocorre o oposto. Ex.: Exijo a dedicação dos alunos. Exijo que os alunos se dediquem. — A Voz Verbal Voz verbal é a forma assumida pelo verbo para indicar se o su- jeito gramatical é agente ou paciente da ação. Existem três vozes verbais: – Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expres- sa pelo verbo. Ex.: Ele | fez | o trabalho. (ele ‐ sujeito agente) (fez ‐ ação) (o trabalho ‐ objeto paciente) – Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação ex- pressa pelo verbo. Ex.:O trabalho | foi feito | por ele. (O trabalho ‐ sujeito pacien- te) (foi feito ‐ ação) (por ele ‐ agente da passiva) – Reflexiva: há dois tipos de voz reflexiva: 1) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Ex.: ‐ Carla machucou‐se. – Marcos cortou‐se com a faca. 2) Reflexiva Recíproca: será chamada de reflexiva recíproca quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação so- bre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. Ex.: - Paula e Renato amam-se. – Os jovens agrediram‐se durante a festa. – Os ônibus chocaram‐se violentamente. A mudança da voz verbal pode ser utilizada na reescrita de fra- ses. Ex.: Qualquer cidadão comprova isso. Isso é comprovado por qualquer cidadão. Pode-se observar isso. Isso pode ser observado. Muitas questões, inclusive, solicitam que a frase seja reescrita em determinada voz verbal. Questão: (TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - FCC) O cére- bro humano exibe diferentes padrões de atividade para diferentes experiências. Transpondo‐se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: (A) são exibidas (B) são exibidos (C) exibe‐se (D) é exibido (E) exibiam‐se LÍNGUA PORTUGUESA 11 A alternativa correta é a “B”. A reescrita ficaria: “Diferentes pa- drões de atividade são exibidos pelo cérebro humano para diferen- tes experiências”. O sujeito “O cérebro humano” torna‐se agente da passiva. — O Tempo Verbal 2Os tempos verbais indicam quando, o momento em que uma ação ocorre. Tal ação pode ocorrer no presente, no passado ou no futuro. Verbo “ir” ‐ 1ª pessoa do singular Indicativo Presente: vou. Pretérito Imperfeito: ia. Pretérito Perfeito: fui. Pretérito Mais-que-perfeito: fora. Futuro do Presente: irei. Futuro do Pretérito: iria. Subjuntivo Presente: que eu vá. Pretérito Imperfeito: se eu fosse. Futuro: quando eu for. Imperativo Imperativo Afirmativo: #-# Imperativo Negativo: #-# Infinitivo Infinitivo Pessoal: por ir eu. É possível reescrever uma frase alterando o tempo verbal, sem alterar seu sentido. Ex.: Em 1930 ocorreu a Grande Depressão. Em 1930 ocorre a Grande Depressão. Mesmo com os tempos verbais alterados, o sentido da frase foi preservado. Ficamos sabendo quando a Grande Depressão ocorreu. — A Locução Verbal 3Uma locução verbal é composta por um verbo principal em uma de suas formas nominais seguido por verbo auxiliar devida- mente flexionado. O verbo principal expressa a ideia principal da frase. O verbo auxiliar, por sua vez, auxilia uma das formas nominais, constituindo uma locução verbal, onde somente ele é conjugado. “Ainda estou assistindo àquele filme que você me indicou”. Locução Verbal: estou assistindo Verbo auxiliar: estou Verbo principal: assistindo Ao reescrever uma frase, podemos eliminar a locução verbal e manter somente o verbo. Ou podemos incluir uma locução verbal na frase. Ex.: Vou conversar com meu gerente a respeito do emprésti- mo. Conversarei com meu gerente a respeito do empréstimo. 2 https://bit.ly/36uVZtL 3 https://bit.ly/2Rvfg9X Mesmo com a alteração, a frase ainda diz a mesma coisa, o sujeito continua praticando a mesma ação. — O Tempo Composto Para ter um tempo composto, é preciso um verbo auxiliar e um principal. O verbo auxiliar sofrerá flexão em tempo e pessoa, ao mesmo tempo em que o verbo principal permanecerá sempre no particípio. O verbo auxiliar mais utilizado é o “ter”, contudo, o verbo “ha- ver” também pode ser utilizado. Tempos compostos do indicativo – Pretérito perfeito composto do indicativo: indica uma ação que ocorreu no passado de maneira repetida, e se prolonga até ao momento presente. Ex.: Eu tenho feito exercícios todos os dias. – Pretérito mais‐que‐perfeito composto do indicativo: indica uma ação que ocorreu no passado, antes de outra ação que tam- bém ocorreu no passado. Ex.: Eu tinha feito exercícios antes de ir trabalhar. – Futuro do presente composto do indicativo: indica uma ação que ocorrerá no futuro, mas que estará terminada antes de outra ação futura. Ex.: Eu terei feito exercícios antes de falar com minha mãe ao entardecer. – Futuro do pretérito composto do indicativo: indica uma ação que poderia ter acontecido, mas que fica condicionada a outra ação passada. Ex.: Eu teria feito exercícios se tivesse dormido bastante. Tempos compostos do subjuntivo – Pretérito perfeito composto do subjuntivo: indica ação que já está concluída e que é anterior a outra. Ex.: Ninguém acredita que eu tenha feito exercícios. – Pretérito mais‐que‐perfeito composto do subjuntivo: indica ação ocorrida no passado, antes de outra ação que também ocor- reu no passado. Ex.: Embora eu tivesse feito exercícios, ninguém acreditou. – Futuro composto do subjuntivo: indica ação que estará ter- minada no futuro, antes de outra ação que também ocorrerá no futuro. Ex.: Quando eu tiver feito exercícios, todos acreditarão. Uso das formas nominais compostas – Infinitivo pessoal composto: indica um fato passado já con- cluído. Segue as regras de uso do infinitivo pessoal simples. Ex.: Termos feito exercícios melhorou nosso humor. – Infinitivo impessoal composto: indica um fato passado já con- cluído. Segue as regras de uso do infinitivo impessoal simples. Ex.: Gostei muito de ter feito exercícios. – Gerúndio composto: indica uma ação prolongada que termi- nou antes da ação da oração principal. Ex.: Tendo feito exercícios, eu já me sentia bem melhor. LÍNGUA PORTUGUESA 12 O tempo composto pode ser utilizado para reescrever uma fra- se e manter seu sentido. Ex.: Eu acabara de comer quando o telefone tocou. Eu tinha acabado de comer quando o telefone tocou. — Discurso Direto e Indireto4 Discurso direto É uma transcrição exata da fala das personagens, ou de alguém, sem a participação do narrador. Ex.: O treinador afirmou: – O elenco precisa focar mais nos jogos. Discurso indireto É uma intervenção do narrador no discurso ao fazer uso de suas próprias palavras para reproduzir as falas das personagens. Ex.: O treinador afirmara que o elenco precisava focar mais nos jogos. Para passar do discurso direto para o discurso indireto Mudança das pessoas do discurso: – A 1.ª pessoa no discurso direto passa para a 3.ª pessoa no discurso indireto. – Os pronomes eu, me, mim, comigo, no discurso direto, pas- sam para ele, ela, se, si, consigo, o, a, lhe no discurso indireto. – Os pronomes nós, nos, conosco, no discurso direto, passam para eles, elas, os, as, lhes no discurso indireto. – Os pronomes meu, meus, minha, minhas, nosso, nossos, nos- sa, nossas, no discurso direto, passam para seu, seus, sua e suas no discurso indireto. Mudança de tempos verbais: – O presente do indicativo, no discurso direto, passa para pre- térito imperfeito do indicativo no discurso indireto. – O pretérito perfeito do indicativo, no discurso direto, passa para pretérito mais‐que‐perfeito do indicativo no discurso indireto. – O futuro do presente do indicativo, no discurso direto, passa para futuro do pretérito do indicativo no discurso indireto. – O presente do subjuntivo, no discurso direto, passa para pre- térito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto. – O futuro do subjuntivo, no discurso direto, passa para preté- rito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto. – O imperativo, no discurso direto, passa para pretérito imper- feito do subjuntivo no discurso indireto. Mudança na pontuação das frases: – As frases exclamativas, interrogativas imperativas, no discur- so direto, passam para frases declarativas no discurso indireto. Mudança dos advérbios e adjuntos adverbiais: – Ontem, no discurso direto, passa para no dia anterior no dis- curso indireto. – Hoje e agora, no discurso direto, passam para naquele dia e naquele momento no discurso indireto. – Amanhã, no discurso direto, passa para no dia seguinte no discurso indireto. – Aqui, aí, cá, no discurso direto, passam para ali e lá no dis- curso indireto. 4 https://bit.ly/2t2i7hr – Este, esta e isto, nodiscurso direto, passam para aquele, aquela, aquilo no discurso indireto. Há questões que solicitam a mudança de discurso. Questão: (Câmara de Fortaleza - CE - Consultor Técnico Legis- lativo - FCC) Ao se transpor o trecho O padre Lopes confessou que não imaginara a existência de tantos doidos no mundo (1° parágra- fo) para o discurso direto, o verbo sublinhado assume a seguinte forma: (A) imaginaria. (B) imagino. (C) imaginarei. (D) imaginei. (E) imaginasse. A alternativa correta é a “D”. O verbo “imaginar” está no preté- rito mais‐que‐perfeito, ao transpor para o discurso direto, vai para o pretérito perfeito do indicativo. O padre Lopes confessou: “Eu não imaginei a existência de tantos doidos no mundo”. — Substituir Locuções por Palavras (e Vice-Versa) As locuções são formadas pelo conjunto de duas ou mais pa- lavras que denotam um único significado, exercendo somente uma função gramatical. As locuções se classificam de acordo com a função que desem- penham na oração: – Locução adjetiva: desempenha função de adjetivo; – Locução adverbial: desempenha função de advérbio; – Locução prepositiva: desempenha função de preposição; – Locução conjuntiva: desempenha função de conjunção; – Locução verbal: desempenha função de verbo; – Locução substantiva: desempenha função de substantivo; – Locução pronominal: desempenha função de pronome; – Locução interjetiva: desempenha função de interjeição. Ao reescrever uma frase, é possível substituir uma locução e preservar o sentido original. Ex.: A higiene da boca das crianças é muito importante. (te- mos uma locução adjetiva, da + substantivo boca, desempenhando a função de adjetivo) A higiene bucal das crianças é muito importante. (adjetivo bu- cal) Ficou feliz assim que soube o resultado do sorteio. Ficou feliz quando soube o resultado do sorteio. Ele fez o jantar a fim de impressionar a namorada. Ele fez o jantar para impressionar a namorada. — Oração Desenvolvida Por Reduzida e Vice-Versa5 As orações reduzidas são introduzidas por formas nominais (in- finitivo, gerúndio ou particípio) e não são acompanhadas por con- junção ou pronome relativo. Ex.: Oração reduzida de infinitivo: É provável ele atrasar a aula. Oração reduzida de gerúndio: Mesmo atrasando a aula, ele dis- se que faria. Oração reduzida de particípio: Mesmo atrasado, ele disse que daria a aula. 5 https://bit.ly/2O2Uw7y LÍNGUA PORTUGUESA 13 Oração desenvolvida: Depois de que passar três anos nesta ci- dade, sentia‐se muito triste. Oração Reduzida: Após três anos passados nesta cidade, sen- tia‐se muito triste. É possível reescrever uma frase optando pela forma reduzida ou desenvolvida, e ainda assim manter o sentido original. Ex.: Não comendo o jantar, não terás sobremesa. Se não comeres o jantar, não terás sobremesa. Como fizeram bagunça, os meninos ficaram de castigo. Quando fizeram bagunça, os meninos ficaram de castigo. Fazendo bagunça, os meninos ficaram de castigo. — Substituir Conectivos de Valor Semântico Equivalente Assim como os sinônimos, o mesmo vale para os conectivos de valor semântico equivalente. Sinônimos são palavras diferentes que dizem a mesma coisa. Há, também, conectivos que, apesar de serem palavras diferentes, exercem a mesma função. Por isso é possível substituir o conector e manter o sentido da frase. Ex.: Conectivos com valor de oposição/restrição: Mas, apesar de, no entanto, entretanto, porém, contudo, todavia, tampouco, por outro lado. Eu faria todo o trabalho, mas estava cansado. Eu faria todo o trabalho, porém estava cansado. Ana empurrou a amiga e a ameaçou. (valor de adição) Ana empurrou a amiga, como também a ameaçou. (valor de adição) — Ordem Das Palavras Na Frase6 As frases podem ser construídas de forma direta ou inversa. Numa frase em ordem direta, os termos regentes precedem os ter- mos regidos: sujeito + verbo + complementos e/ou adjuntos: Ex.: Roberto / fez / uma casa de pássaros em seu quintal. Já na ordem inversa, há alteração na sequência normal dos ter- mos. Ex.: Em seu quintal, Roberto fez uma casa de pássaros. Por apresentar maior sentimentalismo, transmitir mais emo- ção, a ordem inversa aparece mais na literatura. Há mais... Um período pode ser organizado de diversas maneiras, sem que isso altere seu sentido original. Ex.: Ele notou a ponta de sarcasmo em seu sorriso. Em seu sorriso, ele notou a ponta de sarcasmo. Ele notou, em seu sorriso, a ponta de sarcasmo. A ponta de sarcasmo, ele notou em seu sorriso. Alguns adjetivos, que aparecem antes ou depois dos substanti- vos, dão à frase maior ou menor ênfase. Ex.: É um alegre sujeito de boa postura. É um sujeito alegre de boa postura. 6 https://bit.ly/2RtO1wG Há maior ênfase ao substantivo e a frase no primeiro caso, pois o adjetivo “alegre” aparece antes dos substantivos. Contudo, é bom sempre ficar atento, já que alguns adjetivos podem assumir significados diferentes de acordo com sua posição. Ex.: Moça pobre (sem recursos financeiros), pobre moça (infe- liz); jogador simples (humilde), simples jogador (mero). Em nossa Língua Portuguesa, há a anteposição dos possesivos aos substantivos. Ex.: Nosso pai. Teu olhar. Todavia, há uma posposição proposital quando se trata da lin- guagem enfática. Ex.: Pai nosso, que estai no céu... Quanto meu dói um olhar teu! É preferível utilizar a conjunção porém intercalada na oração. Ex.: O filme, porém, se repetia. Mesmo assim, é possível inserir tal conjunção adversativa ao final da oração pertencente. Ex.: O filme se repetia, porém. Lembrando que!7 Frase: É uma junção de palavras que apresenta sentido comple- to, mesmo que não haja um verbo para dar sentido e termina com uma pausa pontuada. “Socorro!”, por exemplo, é uma frase que apresenta sentido completo: alguém está pedindo ajuda. As frases que apresentam verbos são constituídas de oração(ões). Oração: Toda oração possui um verbo ou uma locução verbal. Uma frase pode conter uma ou mais orações. “Socorro, eu preciso de ajuda!” Uma oração, sozinha, nem sempre faz sentido. Às vezes ela precisa de outros elementos para ter sentido. Entretanto, sem- pre que houver um verbo na frase, há uma oração. Período: Um período é uma frase que possui uma oração ou mais: “Quando ele apareceu, mostrou as garras com as quais ata- caria.”. Aqui, há três verbos, ou seja, mais de uma oração, o que compõe um período composto. Um período simples apresenta so- mente uma oração que se agrupa em torno de apenas um verbo ou locução verbal: “Faltam somente alguns dias.”. Há algumas questões de concursos públicos que podem solici- tar para que diversas frases sejam reescritas em apenas um único período, sem que o sentido da frase seja alterado. Questão: (TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - FCC) Existe uma enfermidade moderna que afeta dois terços dos adultos. // Essa enfermidade é a privação de sono crônica, que vem crescendo na esteira de dispositivos que emitem luz azul. (1° pará- grafo) As frases acima estão reescritas em um único período, com cor- reção e coerência, do seguinte modo: (A) Afetam dois terços dos adultos a privação de sono crônica, uma enfermidade moderna, que tem crescido na esteira dos dispo- sitivos que emitem luz azul. 7 https://bit.ly/2RvjdeN LÍNGUA PORTUGUESA 14 (B) Uma enfermidade moderna, à qual afeta dois terços dos adultos, é a privação de sono crônica, que tem crescido na esteira de dispositivos que emitem luz azul. (C) A enfermidade moderna, que vem afetando dois terços dos adultos e crescendo na esteira de dispositivos dos quais emitem luz azul é a privação de sono crônica. (D) Tem vindo crescendo junto aos dispositivos que emitem luz azul, a privação de sono crônica: uma enfermidade moderna, que afeta dois terços dos adultos. (E) A privação de sono crônica, uma enfermidade moderna que vem crescendo na esteira de dispositivos que emitem luz azul, afeta dois terços dos adultos. Na alternativa “A” o sujeito não concorda com “a privação de sono crônica”. Por isso deve ser flexionado no singular“Afeta dois ter- ços...”. Na alternativa “B”, há o uso incorreto da crase em “à qual”, o correto seria “a qual”. Na alternativa “C” o correto seria “os quais emitem luz azul”, pois os dispositivos são quem emitem a luz azul. Na alternativa “D”, o sujeito é “a privação de sono crônica”, que está sendo separada, incorretamente, do verbo por vírgula. Resta a alternativa “E”, que está correta. As vírgulas isolam o aposto explicativo de maneira correta. — Dicas para uma boa escrita Expressões Condenáveis Uso Recomendado A nível de / Ao nível Em nível, No nível Face a / Frente a Ante, Diante, Em face de, Em vista de, Perante Onde (Quando não exprime lugar) Em que, Na qual, Nas quais, No qual, Nos quais Sob um ponto de vista De um ponto de vista Sob um prisma Por (ou através de) um prisma Em função de Em virtude de, Por causa de, Em consequência de, Por, Em razão de Expressões não recomendadas – a partir de (a não ser com valor temporal). Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se de... – através de (para exprimir “meio” ou instrumento). Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, segundo... – devido a. Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa de. – dito. Opção: citado, mencionado. – enquanto. Opção: ao passo que. – inclusive (a não ser quando significa incluindo‐se). Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também. – no sentido de, com vistas a. Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em vista. – pois (no início da oração). Opção: já que, porque, uma vez que, visto que. – principalmente. Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em particular. Expressões que demandam atenção – acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se. LÍNGUA PORTUGUESA 15 – aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e estar, aceito. – acendido, aceso (formas similares) – idem. – à custa de – e não às custas de. – à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, con- forme. – na medida em que – tendo em vista que, uma vez que. – a meu ver – e não ao meu ver. – a ponto de – e não ao ponto de. – a posteriori, a priori – não tem valor temporal. – em termos de – modismo; evitar. – enquanto que – o que é redundância. – entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a. – implicar em – a regência é direta (sem em). – ir de encontro a – chocar‐se com. – ir ao encontro de – concordar com. – se não, senão – quando se pode substituir por caso não, se- parado; quando não se pode, junto. – todo mundo – todos. – todo o mundo – o mundo inteiro. – não pagamento = hífen somente quando o segundo termo for substantivo. – este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tempo presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está tratando). – esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte (tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do pre- sente, ou distante ao já mencionado e a ênfase). DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. A sintaxe estuda o conjunto das relações que as palavras esta- belecem entre si. Dessa maneira, é preciso ficar atento aos enuncia- dos e suas unidades: frase, oração e período. Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras ordenadas que apresenta sentido completo em um contexto de comunicação e interação verbal. A frase nominal é aquela que não contém verbo. Já a frase verbal apresenta um ou mais verbos (locução verbal). Oração é um enunciado organizado em torno de um único ver- bo ou locução verbal, de modo que estes passam a ser o núcleo da oração. Assim, o predicativo é obrigatório, enquanto o sujeito é opcional. Período é uma unidade sintática, de modo que seu enuncia- do é organizado por uma oração (período simples) ou mais orações (período composto). Eles são iniciados com letras maiúsculas e fina- lizados com a pontuação adequada. Análise sintática A análise sintática serve para estudar a estrutura de um perío- do e de suas orações. Os termos da oração se dividem entre: • Essenciais (ou fundamentais): sujeito e predicado • Integrantes: completam o sentido (complementos verbais e nominais, agentes da passiva) • Acessórios: função secundária (adjuntos adnominais e adver- biais, apostos) Termos essenciais da oração Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. O sujeito é aquele sobre quem diz o resto da oração, enquanto o predicado é a parte que dá alguma informação sobre o sujeito, logo, onde o verbo está presente. O sujeito é classificado em determinado (facilmente identificá- vel, podendo ser simples, composto ou implícito) e indeterminado, podendo, ainda, haver a oração sem sujeito (a mensagem se con- centra no verbo impessoal): Lúcio dormiu cedo. Aluga-se casa para réveillon. Choveu bastante em janeiro. Quando o sujeito aparece no início da oração, dá‐se o nome de sujeito direto. Se aparecer depois do predicado, é o caso de sujeito inverso. Há, ainda, a possibilidade de o sujeito aparecer no meio da oração: Lívia se esqueceu da reunião pela manhã. Esqueceu-se da reunião pela manhã, Lívia. Da reunião pela manhã, Lívia se esqueceu. Os predicados se classificam em: predicado verbal (núcleo do predicado é um verbo que indica ação, podendo ser transitivo, in- transitivo ou de ligação); predicado nominal (núcleo da oração é um nome, isto é, substantivo ou adjetivo); predicado verbo-nomi- nal (apresenta um predicativo do sujeito, além de uma ação mais uma qualidade sua) As crianças brincaram no salão de festas. Mariana é inteligente. Os jogadores venceram a partida. Por isso, estavam felizes. Termos integrantes da oração Os complementos verbais são classificados em objetos diretos (não preposicionados) e objetos indiretos (preposicionado). A menina que possui bolsa vermelha me cumprimentou. O cão precisa de carinho. Os complementos nominais podem ser substantivos, adjetivos ou advérbios. A mãe estava orgulhosa de seus filhos. Carlos tem inveja de Eduardo. Bárbara caminhou vagarosamente pelo bosque. Os agentes da passiva são os termos que tem a função de pra- ticar a ação expressa pelo verbo, quando este se encontra na voz passiva. Costumam estar acompanhados pelas preposições “por” e “de”. Os filhos foram motivo de orgulho da mãe. Eduardo foi alvo de inveja de Carlos. O bosque foi caminhado vagarosamente por Bárbara. Termos acessórios da oração Os termos acessórios não são necessários para dar sentido à oração, funcionando como complementação da informação. Desse modo, eles têm a função de caracterizar o sujeito, de determinar o substantivo ou de exprimir circunstância, podendo ser adjunto adverbial (modificam o verbo, adjetivo ou advérbio), adjunto adno- minal (especifica o substantivo, com função de adjetivo) e aposto (caracteriza o sujeito, especificando‐o). LÍNGUA PORTUGUESA 16 Os irmãos brigam muito. A brilhante aluna apresentou uma bela pesquisa à banca. Pelé, o rei do futebol, começou sua carreira no Santos. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in- terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo. Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas. CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS ADJETIVO Expressar características, qualidades ou estado dos seresSofre variação em número, gênero e grau Menina inteligente... Roupa azul-marinho... Brincadeira de criança... Povo brasileiro... ADVÉRBIO Indica circunstância em que ocorre o fato verbalNão sofre variação A ajuda chegou tarde. A mulher trabalha muito. Ele dirigia mal. ARTIGO Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido)Varia em gênero e número A galinha botou um ovo. Uma menina deixou a mochila no ônibus. CONJUNÇÃO Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos)Não sofre variação Não gosto de refrigerante nem de pizza. Eu vou paraa praia ou para a cachoeira? INTERJEIÇÃO Exprime reações emotivas e sentimentosNão sofre variação Ah! Que calor... Escapei por pouco, ufa! NUMERAL Atribui quantidade e indica posição em alguma sequênciaVaria em gênero e número Gostei muito do primeiro dia de aula. Três é a metade de seis. PRONOME Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivoVaria em gênero e número Posso ajudar, senhora? Ela me ajudou muito com o meu trabalho. Esta é a casa onde eu moro. Que dia é hoje? PREPOSIÇÃO Relaciona dois termos de uma mesma oraçãoNão sofre variação Espero por você essa noite. Lucas gosta de tocar violão. SUBSTANTIVO Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc.Flexionam em gênero, número e grau. A menina jogou sua boneca no rio. A matilha tinha muita coragem. VERBO Indica ação, estado ou fenômenos da natureza Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo, número, pessoa e voz. Verbos não significativos são chamados verbos de ligação Ana se exercita pela manhã. Todos parecem meio bobos. Chove muito em Manaus. A cidade é muito bonita quando vista do alto. Substantivo Tipos de substantivos Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo: • Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade... • Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte... • Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma espécie. Ex: matilha; enxame; cardume... • Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor- ro; praça... • Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede; imaginação... • Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite... • Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno... LÍNGUA PORTUGUESA 17 • Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radi- cal). Ex: casa; pessoa; cheiro... • Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol... Flexão de gênero Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino. O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou pre- sença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora). O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma for- ma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gênero a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epi- ceno (refere‐se aos animais), sobrecomum (refere‐se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo). É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, trazendo alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fru- to X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto. Flexão de número No português, é possível que o substantivo esteja no singu- lar, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola; escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último repre- sentado, geralmente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra. Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis). Variação de grau Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumenta- tivo e diminutivo. Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino pequeno). Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou di- minuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho). Novo Acordo Ortográfico De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portugue- sa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas. Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais. Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber, disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em pala- vras de categorização. Adjetivo Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal- -educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos). Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua naciona- lidade (brasileiro; mineiro). É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjun- to de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo: • de criança = infantil • de mãe = maternal • de cabelo = capilar Variação de grau Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfa- ses), ou com intensidade, classificando‐se entre comparativo e su- perlativo. • Normal: A Bruna é inteligente. • Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas. • Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna. • Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria. • Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inte- ligente da turma. • Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma. • Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente. • Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima. Adjetivos de relação São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem so- frer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufi- xação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno). Advérbio Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um ad- jetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela abaixo: LÍNGUA PORTUGUESA 18 CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes DE TEMPO ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei-ramente logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de noite DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe Advérbios interrogativos São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de: • Lugar: onde, aonde, de onde • Tempo: quando • Modo: como• Causa: por que, por quê Grau do advérbio Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos. • Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto • Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que • Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que • Superlativo analítico: muito cedo • Superlativo sintético: cedíssimo Curiosidades Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso de alguns prefixos (supercedo). Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e ordem (ultimamente; depois; primeiramente). Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí). Pronomes Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira: • Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...). • Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...) • Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...) • Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...) • Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo‐o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...) • Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...) • Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...) Colocação pronominal Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo). Veja, então, quais as principais situações para cada um deles: • Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati- vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”. Nada me faria mais feliz. • Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal. Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho. LÍNGUA PORTUGUESA 19 • Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração. Orgulhar-me-ei de meus alunos. DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou ora- ções, nem após ponto‐e‐vírgula. Verbos Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro possuem subdivisões. Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando). • Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito per- feito, pretérito imperfeito, pretérito mais‐que‐perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito. • Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito im- perfeito, futuro. Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no parti- cípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”. • Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais‐que‐perfeito, futuro do presente, futuro do preté- rito. • Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais‐que‐perfeito, futuro. As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fazendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particí- pio) ou advérbio (gerúndio). Tipos de verbos Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em: Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...) • Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas termina- ções quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...) • Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...) • Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...) • Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sem- pre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...) • Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar, acontecer...) • Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado) • Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pentear-se...) • Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...) • Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si pró- prios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...) • De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...) Vozes verbais As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes: • Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro) • Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto) • Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago) Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equivalente ao verbo “ser”. Conjugação de verbos Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de ou- tros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de ori- gem. • 1ª conjugação: verbos terminados em “‐ar” (aproveitar, ima- ginar, jogar...) • 2ª conjugação: verbos terminados em “‐er” (beber, correr, erguer...) • 3ª conjugação: verbos terminados em “‐ir” (dormir, agir, ou- vir...) Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo: LÍNGUA PORTUGUESA 20 Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar LÍNGUA PORTUGUESA 21 Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor Preposições As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição em determinadas sentenças). Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre. Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc. Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc. Ao conectar os termos das orações, as preposições estabelecem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de: • Causa: Morreu de câncer. • Distância: Retorno a 3 quilômetros. • Finalidade: A filha retornou para o enterro. LÍNGUA PORTUGUESA 22 • Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura. • Modo: Os rebeldes eram colocados em fila. • Lugar: O vírus veio de Portugal.• Companhia: Ela saiu com a amiga. • Posse: O carro de Maria é novo. • Meio: Viajou de trem. Combinações e contrações Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa- lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e havendo perda fonética (contração). • Combinação: ao, aos, aonde • Contração: de, dum, desta, neste, nisso Conjunção As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe- lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo- mento de redigir um texto. Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e conjunções subordinativas. Conjunções coordenativas As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti- ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em cinco grupos: • Aditivas: e, nem, bem como. • Adversativas: mas, porém, contudo. • Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer. • Conclusivas: logo, portanto, assim. • Explicativas: que, porque, porquanto. Conjunções subordinativas As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes: • Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas substantivas, definidas pelas palavras que e se. • Causais: porque, que, como. • Concessivas: embora, ainda que, se bem que. • Condicionais: e, caso, desde que. • Conformativas: conforme, segundo, consoante. • Comparativas: como, tal como, assim como. • Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. • Finais: a fim de que, para que. • Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que. • Temporais: quando, enquanto, agora. , RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado em tópicos anteriores. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO. Para a elaboração de um texto escrito, deve‐se considerar o uso adequado dos sinais de pontuação como: pontos, vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, reticências, aspas, etc. Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se utilizados corretamente, facilitam a compreensão e entendimento do texto. — A Importância da Pontuação 8As palavras e orações são organizadas de maneira sintática, semântica e também melódica e rítmica. Sem o ritmo e a melodia, os enunciados ficariam confusos e a função comunicativa seria pre- judicada. O uso correto dos sinais de pontuação garante à escrita uma solidariedade sintática e semântica. O uso inadequado dos sinais de pontuação pode causar situações desastrosas, como em: – Não podem atirar! (entende‐se que atirar está proibido) – Não, podem atirar! (entende‐se que é permitido atirar) — Ponto Este ponto simples final (.) encerra períodos que terminem por qualquer tipo de oração que não seja interrogativa direta, a excla- mativa e as reticências. Outra função do ponto é a da pausa oracional, ao acompanhar muitas palavras abreviadas, como: p., 2.ª, entre outros. Se o período, oração ou frase terminar com uma abreviatura, o ponto final não é colocado após o ponto abreviativo, já que este, quando coincide com aquele, apresenta dupla serventia. Ex.: “O ponto abreviativo põe‐se depois das palavras indicadas abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras com que se representam, v.g. ; V. S.ª ; Il.mo ; Ex.a ; etc.” (Dr. Ernesto Carneiro Ribeiro) O ponto, com frequência, se aproxima das funções do ponto e vírgula e do travessão, que às vezes surgem em seu lugar. Obs.: Estilisticamente, pode‐se usar o ponto para, em períodos curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura do texto: “Era um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer na vida. Estudou. Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do Supremo.”. É muito utilizado em narrações em geral. — Ponto Parágrafo Separa‐se por ponto um grupo de período formado por ora- ções que se prendem pelo mesmo centro de interesse. Uma vez que o centro de interesse é trocado, é imposto o emprego do ponto pa- rágrafo se iniciando a escrever com a mesma distância da margem com que o texto foi iniciado, mas em outra linha. 8 BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. LÍNGUA PORTUGUESA 23 O parágrafo é indicado por ( § ) na linguagem oficial dos artigos de lei. — Ponto de Interrogação É um sinal (?) colocado no final da oração com entonação inter- rogativa ou de incerteza, seja real ou fingida. A interrogação conclusa aparece no final do enunciado e re- quer que a palavra seguinte se inicie por maiúscula. Já a interro- gação interna (quase sempre fictícia), não requer que a próxima palavra se inicia com maiúscula. Ex.: — Você acha que a gramática da Língua Portuguesa é com- plicada? — Meu padrinho? É o Excelentíssimo Senhor coronel Paulo Vaz Lobo Cesar de Andrade e Sousa Rodrigues de Matos. Assim como outros sinais, o ponto de interrogação não requer que a oração termine por ponto final, a não ser que seja interna. Ex.: “Esqueceu alguma cousa? perguntou Marcela de pé, no patamar”. Em diálogos, o ponto de interrogação pode aparecer acompa- nhando do ponto de exclamação, indicando o estado de dúvida de um personagem perante diante de um fato. Ex.: — “Esteve cá o homem da casa e disse que do próximo mês em diante são mais cinquenta... — ?!...” — Ponto de Exclamação Este sinal (!) é colocado no final da oração enunciada com en- tonação exclamativa. Ex.: “Que gentil que estava a espanhola!” “Mas, na morte, que diferença! Que liberdade!” Este sinal é colocado após uma interjeição. Ex.: — Olé! exclamei. — Ah! brejeiro! As mesmas observações vistas no ponto de interrogação, em relação ao emprego do ponto final e ao uso de maiúscula ou mi- núscula inicial da palavra seguinte, são aplicadas ao ponto de ex- clamação. — Reticências As reticências (...) demonstram interrupção ou incompletude de um pensamento. Ex.: — “Ao proferir estas palavras havia um tremor de alegria na voz de Marcela: e no rosto como que se lhe espraiou uma onda de ventura...” — “Não imagina o que ela é lá em casa: fala na senhora a todos os instantes, e aqui aparece uma pamonha. Ainda ontem... Quando colocadas no fim do enunciado, as reticências dispen- sam o ponto final, como você pode observar nos exemplos acima. As reticências, quando indicarem uma enumeração inconclusa, podem ser substituídas por etc. Ao transcrever um diálogo, elas indicam uma não resposta do interlocutor. Já em citações, elas podem ser postas no início, no meio ou no fim, indicando supressão do texto transcrito, em cada uma dessas partes. Quando ocorre a supressão de um trecho de certa extensão, geralmente utiliza‐se uma linha pontilhada. As reticências podem aparecer após um ponto de exclamação ou interrogação. — Vírgula A vírgula (,) é utilizada: - Para separar termos coordenados, mesmo quando ligados por conjunção (caso haja pausa). Ex.: “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado”. IMPORTANTE! Quando há uma série de sujeitos seguidos imediatamente de verbo, não se separa do verbo (por vírgula) o ultimo sujeito da série . Ex.: Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de Alencar tinham‐nas começado. ‐ Para separar orações coordenadas aditivas, mesmo que estas se iniciem pela conjunção e, proferidas com pausa. Ex.: “Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e eu levava‐lhe quanta podia obter”. ‐ Para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer, etc.), quando forem proferidas com pausa. Ex.: Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei do grupo.
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