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MPF ajuíza ação para que farmacêuticos possam voltar a prescrever PEP e PrEP no SUS

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MPF ajuíza ação para que farmacêuticos possam voltar a
prescrever PEP e PrEP no SUS
Profilaxia Pós Exposição ao HIV (PEP) e Profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) são fundamentais na
estratégia de combate à aids no Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para garantir a reinclusão imediata dos
farmacêuticos na relação de profissionais aptos a aplicar a Profilaxia Pós Exposição ao HIV (PEP) e a
Profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Segundo o procurador regional dos Direitos do Cidadão Lucas Costa Almeida Dias, em março de 2022,
o Ministério da Saúde (MS) autorizou que farmacêuticos prescrevessem as profilaxias conhecidas como
PEP e PrEP a pacientes de serviços públicos especializados do Sistema Único de Saúde (SUS), porém,
em julho de 2022, o MS alterou o recente entendimento para excluir os farmacêuticos da prescrição dos
citados medicamentos.
O MPF afirma que fatores como a persistência da epidemia do HIV/AIDS no Brasil, mesmo após 40
anos, somado ao fato de ainda não haver uma cura efetiva para o vírus e de a doença poder levar à
morte caso não haja tratamento adequado, reforçam a importância de efetivas formas de prevenção e
combate ao HIV/AIDS, sendo dever público e direito de todos o acesso a elas. 
Na ação, o MPF relaciona diversos estudos técnicos que demonstram a efetividade dos procedimentos e
a importância da disponibilização destes medicamentos para as pessoas trans e travestis, negras e
outras populações vulnerabilizadas, reconhecidas pelo próprio MS como públicos prioritários.
Importância do PEP e PrEP no contexto da saúde no Brasil - A ação do MPF chama a atenção para
o fato de que a atuação dos profissionais de farmácia no combate ao HIV/AIDS é essencial para facilitar
https://www.mpf.mp.br/ac/sala-de-imprensa/docs/acp-pep-prep
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o acesso às medidas de prevenção e contribuir para o avanço frente a epidemia. No contexto de
atuação na prescrição de PrEP e PEP é ainda mais necessário por serem medidas de ação rápida. A
PEP, por exemplo, deve ser ministrada, preferencialmente, nas primeiras duas horas e, no máximo, até
72 após a exposição ao vírus para garantir a sua eficácia. 
Nesse cenário, segundo o MPF, exigir que o indivíduo passe por todo o procedimento médico regular
(marcar consulta médica, ir ao atendimento, solicitar e obter receituário para então, buscar adquirir o
medicamento – procedimento que demanda muito tempo), vai de encontro ao próprio objetivo da
estratégia. Além disso, ressalta-se que a PrEP e PEP são medidas para prevenção e não para
tratamento de doenças (que efetivamente requerem diagnóstico prévio e correta orientação médica). 
Diante de todo o contexto apresentado na ação, o MPF pediu que a Justiça Federal determine ao
Ministério da Saúde que adote providências para restabelecer a autorização para farmacêutica/os
prescreverem PrEP e PEP ao HIV, a pacientes do SUS. 
O processo foi distribuído para a 3ª Vara Federal Cível e Criminal da Seção Judiciária do Acre e pode
ser consultado pelo número 31013068-84.2022.4.01.3000.
 
Inicial da ação.
Entenda o que é PEP e PrEP, segundo o Ministério da Saúde - “A PEP – Profilaxia Pós-Exposição" –
é o uso de medicamentos antirretrovirais por pessoas após terem tido um possível contato com o vírus
HIV em situações como: violência sexual; relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com
rompimento da camisinha), acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato
direto com material biológico). Para funcionar, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco,
em até 72 horas; e deve ser tomada por 28 dias. Você deve procurar imediatamente um serviço de
saúde que realize atendimento de PEP assim que julgar ter estado em uma situação de contato com o
HIV. É importante observar que a PEP não serve como substituta à camisinha.
Já a "PrEP – Profilaxia Pré-Exposição ao HIV" – é o uso preventivo de medicamentos antes da
exposição ao vírus do HIV, reduzindo a probabilidade da pessoa se infectar com vírus. A PrEP, deve ser
utilizada se você acha que pode ter alto risco para adquirir o HIV.
A PrEP não é para todos e também não é uma profilaxia de emergência, como é a PEP. Os públicos
prioritários para PrEP são as populações-chave, que concentram a maior número de casos de HIV no
país: gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH); pessoas trans; trabalhadores/as do
sexo e parcerias sorodiferentes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não).” -
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https://www.mpf.mp.br/ac/sala-de-imprensa/docs/acp-pep-prep
https://www.mpf.mp.br/ac/sala-de-imprensa/docs/acp-pep-prep
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