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Relatório Estágio

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�
PITÁGORAS SISTEMA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR SOCIEDADE LTDA.
FACULDADE PITÁGORAS DE MACEIÓ
Mariana Gomes Amorim Soares
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
HIV/AIDS/SÍFILIS
MACEIÓ
2020
�1
Mariana Gomes Amorim Soares
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
HIV/AIDS/SÍFILIS
 Relatório de Estágio Curricular 
 Supervisionado apresentado ao 
 Curso de Farmácia da 
 Faculdade Pitágoras, como 
requisito parcial para a 
 obtenção de aprovação na 
 disciplina de Estágio Curricular 
 Supervisionado em Farmácia 
 Orientador Fábio Pacheco Pereira
MACEIÓ
2020
�2
LISTA DE SIGLAS
HIV Vírus da Imunodeficiência Humana 
aids Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
T CD4+ Linfócito T CD4+
PVHA Pessoas Vivendo com HIV/aids
TARV Terapia Antirretroviral
RAM Reação Adversa ao Medicamento
CV Carga Viral
UETDI Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosa
SICLOM Sistema de Controle Logístico de Medicamentos
IST Infecção Sexualmente Transmissível.
�3
SUMÁRIO 
 
1- INTRODUÇÃO …………………………………………..…………..…..5 
2- OBJETIVO…………………………………………………..……….……8 
2.1-OBJETIVO GERAL …………………………………………………..….9 
2.2-OBJETIVO ESPECÍFICO ………………………………..…………..…10 
3- METODOLOGIA ………………………………………..………………13 
4- DESENVOLVIMENTO ………………………………..…………….…15 
4.1-ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SERVIÇO DO ATENDIMENTO 
ESPECIALIZADO HIV/ AIDS ………………………….………………….17 
4.2-OUTRAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (SÍFILIS)
…………………………………………………………………..……………18 
5- CONCLUSÃO ………………………………………..……………..…..19 
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …..……………………..……..….20 
 
�4
INTRODUÇÃO 
 O estágio dispõe a oportunidade de obtermos conhecimento na área, segundo o Art . 1 º 
da Le i 11.7 88/08: “Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no 
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos 
que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação 
superior” (BRASIL, 200 8, Art . 1 º). 
 Por intermédio da inserção dos estudantes em projetos de atividades de extensão, por 
conta do COVID-19, a utilização de metodologias ativas de aprendizagem foram as aulas 
praticas na disciplina de estágio supervisionado, conforme foram descritos nos planos de 
ensino para aquisição de conhecimentos e experiências no campo de atividades na 
pratica, em cenários simulados como a vivências reais nos serviços de saúde pública e 
privada, assim propiciando a aplicação dos conhecimentos adquiridos, de ordem técnica, 
científica e sócio-cultural no âmbito da Farmácia Universitária. 
 
 Em 1989, profissionais da saúde e membros da sociedade civil criaram, com o apoio do 
Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais, a Declaração dos Direitos 
Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da Aids. O documento foi aprovado no 
Encontro Nacional de ONG que Trabalham com Aids (ENONG), em Porto Alegre (RS), 
que ficou conhecida como Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa 
Portadora do Vírus da Aids. 
 A epidemia de HIV/Aids apresenta-se como das mais complexas e desafiadoras 
pandemias já enfrentadas pela humanidade. No Brasil, a epidemia é dinâmica, devido aos 
contrastes sociais e regionais do Brasil, como também devido à resposta do Estado e da 
sociedade brasileira, que vêm determinando importante inflexão em um quadro que se 
mostrava preocupante. 
 Precisamos sempre reafirmar o controle da disseminação do HIV/Aids como desafio 
permanente, o que demanda monitoramento acurado e contínuo, em que pese a 
existência de estudos brasileiros focalizando aspectos específicos relacionados à 
prevenção do HIV/Aids e suas interfaces com a sexualidade, até o momento não se 
dispunha de pesquisas de abrangência nacional que documentassem mudanças no 
comportamento sexual da população brasileira, incluindo fatores associados à prevenção 
do HIV. 
 A pesquisa “Comportamento Sexual e Percepções da População Brasileira sobre HIV/
Aids”, em suas edições 1998 e 2005, foi realizada por iniciativa do Pro- grama Nacional 
de DST/Aids em parceria com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e 
permitiu comparações de cortes transversais temporais e geográficos. Relatório preliminar 
contendo os primeiros resultados da segunda edição da pesquisa foi apresentado em 
2005, ao Ministério da Saúde. 
 Este suplemento da Revista de Saúde Pública apresenta os resultados da pesquisa 
realizada em 2005, comparando, sempre que possível, seus achados com os da edição 
de 1998. Foram enfatizadas mudanças no âmbito das representações, comportamento, 
atitudes e práticas sexuais da população brasileira, e conhecimento sobre HIV/Aids, 
ocorridas nos últimos anos, a contar de 1998. 
 A preocupação com o comportamento sexual dos indivíduos e das populações tem 
estado presente há quatro décadas nos debates relacionados às políticas de população e 
aos programas voltados para a prevenção da gravidez. Contudo, com a emergência da 
epidemia do HIV/Aids, estudos sobre sexualidade ganharam legitimidade em diversos 
fóruns e foram incorporados de maneira definitiva como instrumento para a compreensão 
de eventos ligados à saúde sexual e reprodutiva. 
�5
 Uma vez que a transmissão sexual do HIV responde por grande parte dos casos de 
Aids nos países acometidos pela epidemia, torna-se essencial compreender: em que 
grupos populacionais a epidemia tem se disseminando mais rapidamente; como as 
práticas sexuais influenciam a vulnerabilidade de indivíduos e grupos populacionais frente 
à epidemia; e quais são as barreiras para a mudança do comportamento sexual exigida 
pela Aids. 
 Com o advento da Terapia Antirretroviral (TARV) a Síndrome da imunodeficiência 
Adquirida (AIDS) causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) assumiu 
características de doença crônica (Schechter & Rachid, 2008). No contexto de 
enfrentamento da AIDS, o Programa Nacional de Controle da Infecção pelo HIV foi 
considerado modelo para o mundo (Brasil, 2010). Em novembro de 1996, com a 
promulgação da Lei 9.313, o Brasil se tornou o primeiro país a garantir às Pessoas 
Vivendo com HIV/AIDS (PVHA) o direito de receber gratuitamente todos os medicamentos 
necessários ao seu tratamento através do Sistema Único de Saúde (SUS) (Brasil, 1996). 
 O Ministério da Saúde (MS) trabalhando nessa conjuntura elaborou o Protocolo de 
Assistência Farmacêutica em DST/HIV/AIDS. Esse prevê o cuidado ao paciente como um 
dos objetivos centrais, tendo na dispensação dos Antirretrovirais (ARVs) um dos pontos 
de contato mais importantes do sistema de saúde com as PVHA no campo da atenção 
farmacêutica (Brasil, 2010). 
 A atenção farmacêutica é a área da Farmácia que se responsabiliza pela interação do 
farmacêutico com o paciente, tendo como ponto principal a correlação das necessidades 
do mesmo com os medicamentos (Pereira & Freitas, 2008). Usa como recursos o 
empoderamento dos pacientes em relação aos seus medicamentos, a melhora na 
comunicação entre a equipe de saúde e uma maior organização dos serviços (Silveira, 
2009), e de acordo com Hepler e Strand (1990), deve estar focada no acompanhamento 
farmacoterapêutico documentado do paciente. 
 Estudos sugerem que a atenção farmacêutica seja uma ferramenta para aumentar a 
adesão aos ARVs e proporcionar benefícios clínicos (Codina & Delgado, 2001; Ventura & 
Alós, 2004), além de sugerir aumento do vínculo do usuário com o serviço (Silveira, 
2009). 
 No Brasil a relação de ARVs é composta por 19 princípios ativos e uma dose fixa 
combinada, disponibilizados em 38 apresentações farmacêuticas para uso adulto e 
pediátrico. Atualmente, dez ARVs são produzidos no Brasil,por laboratórios públicos e um 
privado (Brasil, 2012). Os critérios para início de TARV são estabelecidos por meio do 
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Adultos Vivendo com HIV/AIDS, também 
elaborado pelo MS e que tem suas versões atualizadas periodicamente. 
 O indicador da eficácia da TARV é a monitorização da carga viral (Schechter & Rachid, 
2008). Entretanto, não existe um padrão ouro para aferição de adesão a um tratamento, 
uma vez que cada método apresenta alguma limitação. Assim, é aconselhável a utilização 
de mais de uma metodologia em combinação, sendo necessário considerar os aspectos 
logísticos e conceituais para utilizá-los de acordo com a realidade sociocultural e 
econômica (Polejack & Seidl, 2010; Rocha et al., 2011). 
 A dinâmica envolvida no tratamento da AIDS torna a adesão aos ARVs um processo 
complexo. Manter altos índices de uso de medicamentos exige que profissionais e 
usuários busquem constantemente estratégias para o enfrentamento dos obstáculos à 
adesão (Caraciolo & Shimma, 2007). Diante do início da TARV, as dificuldades dos 
pacientes se ampliam e carecem de maior atenção, porquanto os primeiros meses de uso 
de ARVs são decisivos para o futuro do tratamento. Neste momento, o apoio é 
fundamental e deve ser dado de forma individualizada, conforme necessidades de cada 
paciente (Brasil, 2008). 
 A Sífilis e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) são infecções sexualmente 
transmissiveis (IST) que exigem uma atenção especial frente aos números revelados no 
�6
país, e principalmente, no estado do Rio Grande do Sul (RS). O estado do Rio Grande do 
Sul apresenta uma redução da taxa de detecção de Aids, 38,3 casos para cada 100 mil 
habitantes, porém ainda registra um taxa superior a detectada no país , de 19,7 casos 
para cada 100 mil habitantes (BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO, 2015). Quanto aos dados de 
Sífilis, a sífilis adquirida entre o período de Janeiro de 2010 a Junho de 2015, o RS 
notificou 17.085 casos. Neste mesmo período, a sífilis em gestante apresentou 6564 
casos, e a sífilis congênita 4794 casos. Em todas as situações, visualiza-se uma elevação 
do número de casos notificados. 
 No período de 1982 a 2014 na 27a Região de Saúde foram notificados no SINAN 845 
casos de Aids. No ranking estadual dos municípios com taxa de detecção de Aids, 
Cachoeira do Sul, encontra-se em 25a lugar (43,1 casos para cada 100 habitantes/2014). 
A taxa de incidência dos casos de Aids em menores de 5 anos em 2014 foi de 25,9 (três 
casos), sendo esses em Cachoeira do Sul e Encruzilhada do Sul. Quanto à sífilis em 
menores de 1 ano de idade a taxa de incidência em 2014 foi de 2,3 (5 casos). Destaca-se 
o período de 2013 com a taxa de 10,0 (22 casos), sendo 20 desses casos em Cachoeira 
do Sul (BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO, 2015). 
 Percebe-se a necessidade do monitoramento destes índices e a implementação de 
estratégias para promoção e prevenção à saúde voltada para às IST/AIDS. Nesta direção, 
novas ações são preconizadas em nível local, em consonância com as diretrizes 
propostas pelo Ministério da Saúde. Destaca-se, a iniciativa de descentralizar o acesso ao 
diagnóstico para atenção básica, por meio da oferta de teste rápido de HIV e Sífilis, bem 
como o aconselhamento em IST/AIDS. 
 O enfrentamento da epidemia do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) visa combinar 
diferentes estratégias para prevenção, por meio da inserção de novas tecnologias. 
Atualmente, prioriza-se o "Testar e Tratar", ou seja, a ampliação do acesso ao diagnóstico, 
e caso confirmada a sorologia positiva, a adesão precoce ao tratamento para minimização 
de complicações e a garantia da qualidade de vida do usuário. Nesta direção, o Teste 
Rápido de HIV é um importante instrumento que fornece o resultado de maneira rápida e 
possibilita a descentralização na atenção básica. 
 No Brasil, a testagem rápida na atenção básica é regulamentada pela Portaria no 77, de 
12 de janeiro de 2012 (BRASIL, 2012), que dispõe sobre a realização de testes rápidos na 
atenção básica para a detecção de HIV e sífilis, assim como testes rápidos para outros 
agravos no âmbito da atenção pré-natal para gestantes e suas parcerias sexuais 
(ZAMBENEDETTI, DA SILVA, 2016). Esta última foi alterada pela Portaria Portaria no 
3.275, DE 26 de Dezembro de 2013, com a inserção de orientações quanto à capacitação 
para realização da testagem. Os testes rápidos para HIV e sífilis deverão ser realizados 
por profissionais de saúde capacitados por treinamentos presenciais ou por meio de 
cursos de ensino à distância, para realização da metodologia, de acordo com as diretrizes 
estabelecidas pelo Departamento de IST, Aids e Hepatites virais (BRASIL, 2013). 
�7
OBJETIVOS 
 Inserir o aluno nas atividades cotidianas de gestão e vigilância em saúde desenvolvendo 
habilidade de planejamento, utilizando métodos de prevenção e resolução de problemas 
para propiciar um ambiente de trabalho saudável, seguro e eficaz. 
 Desenvolver a prática de promoção à saúde em instituições públicas e privadas através 
de atividades supervisionadas e orientadas que privilegiem a participação ativa do 
estudante em equipes multidisciplinares. 
 O objetivo geral presente na política de estágio da Faculdade Pitágoras é garantir a 
realização do estágio supervisionado, qualificando os acadêmicos profissionalmente para 
atender às necessidades do mercado e da sociedade. Assim conter a sistemática de 
procedimentos que envolvem a atividade como um todo; esclarecer o papel dos 
envolvidos no processo que diretrizes internas e da legislação federal; contribuir para a 
melhoria do processo ensino-aprendizagem; auxiliar os envolvidos na compreensão do 
estágio; e facilitar, através de procedimentos pedagógicos, o desenvolvimento do estágio 
de forma clara, objetiva e coerente com o perfil do Curso. 
 Propiciar ao aluno a execução de atividades profissionais em situações praticas 
vivenciadas nos Laboratórios da instituição, assim realizando e interpretando análises de 
amostras bem como entender os processos tecnológicos relacionados com análises 
clinicas, seu desenvolvimento, aplicabilidade e benefícios para a saúde. 
 Avaliar os aspectos técnico-científicos ligados à analises clínicas, colher a amostra do 
paciente, tendo cuidado que a mesma não coagule e o armazenamento adequado da 
mesma. 
�8
OBJETIVO GERAL 
Aprendemos um pouco sobre velocidade de hemossedimentação (VHS ou sed taxa) 
que mede indiretamente o grau de inflamação presente no organismo. O teste realmente 
mede a taxa de queda (sedimentação) de eritrócitos (glóbulos vermelhos) em uma 
amostra de sangue que tenha sido colocada dentro de um tubo vertical alto e fino. 
Nas aulas praticas realizamos os procedimento da forma correta, como nos foi 
apresentado e ensinado o manuseio do teste rápido ABON HIV, utilizado para investigar a 
infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV, do inglês Human Immunodeficiency 
Virus), baseia-se na tecnologia de imunocromatografia de fluxo lateral. Este teste permite 
a detecção de anticorpos específicos para HIV-1, incluindo o grupo O, e HIV-2, em sangue 
total, soro ou plasma. 
O kit ele é composto por dispositivo de teste, sache de sílica dessecante cada; 
Frasco de tampão diluente; 
Lancetas de segurança; 
Frascos contendo pipetas capilares; 
E instrução de uso(bula). 
E é importante utilizar o número de lote da caixa no registro da sua rotina diária no 
protocolo de registro dos testes, para a identificação e controle de validade do kit. Embora 
dispositivos de teste, diluentes e lancetas também apresentem números de lote 
individuais, o número de controle a ser considerado é o da caixa da embalagem externa. 
Os materiais complementares além dos elementos fornecidos no kit, são necessários os 
seguintes materiais para a execução do teste rápido: 
•Equipamentos de proteção individual (EPIs); luvas descartáveis, óculos de proteção ou 
protetor facial, jaleco ou avental.; 
•Equipamento para marcar tempo (cronômetro ou relógio);•Água sanitária ou solução de hipoclorito de sódio entre 2,0 a 2,5%; 
•Recipiente para descarte de material biológico e perfurocortante. 
•Caneta tipo marcador para escrever no dispositivo de teste 
•Papel absorvente para forrar a área onde serão feitos os testes rápidos 
•Álcool e algodão para assepsia do local da punção. 
As atividades aqui descritas foram realizadas no âmbito das aulas online e práticas na 
faculdade em laboratórios didáticos especializados em prestação de aprendizado para um 
melhor entendimento do assunto abordado. 
�9
OBJETIVO ESPECÍFICO 
Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em HIV/aids do HCFMRP, teve origem em 
1996 com atendimento ambulatorial e internação de pessoas com HIV/aids. 
O papel do Farmacêutico Clínico é a construção do vínculo terapêutico entre paciente e 
farmacêutico. Assim realizar serviços em favor do paciente visando identificar, resolver e 
prevenir problemas relacionados aos medicamentos. 
ACOMPANHAMENTO FARMACÊUTICO 
• Consultas individuais 
• Agendamento de consultas farmacêuticas preferencialmente em consonância com as 
consultas médicas 
• Avaliar o conhecimento do paciente sobre tratamento 
• Perguntas relativas a dose, escala de tomada/frequência e interações medicamentosas 
• Verificar se deixa de tomar a TARV quando se sente bem ou mal 
• Prestar informações 
- Mecanismo da doença 
- Portador HIV x AIDS 
- Exames CD4 e carga viral 
• Acompanhar o paciente durante o uso do medicamento - responsabilizar-se junto ao 
paciente 
- sanar dúvidas 
- esclarecer RAM e Interação medicamentosa 
• Ajudá-lo a manejar o seu tratamento 
- compreender a rotina do paciente 
- melhor horário para uso do medicamento 
HISTÓRICO DE RETIRADAS - SICLOM 
• Frequência e a quantidade de medicamento retirado pelo paciente são essenciais para o 
acompanhamento 
• Informações importantes e proporciona troca entre a equipe de saúde 
• Ferramenta subutilizada. 
Com os aspectos da Assistência Farmacêutica no Serviço de Atendimento Especializado - 
HIV/AIDS, o profissional farmacêutico tem que está preparado para uma forma de 
assistência de qualidade as pessoas vivendo com HIV/Aids, com a finalidade de prestar 
assistência clinica, terapêutica, farmacêutica e psicossocial, em nível ambulatorial, fixando 
o paciente a uma equipe multidisciplinar que o acompanhará ao longo de sua doença. 
�10
 A Sífilis tem aumento de mais de 4.000% dos casos no Brasil, pesquisas mostram que o 
uso dos preservativos sexuais vem caindo ao longo dos anos, especialmente entre os 
jovens. As consequências da rejeição ao preservativo já são notadas pelas autoridades de 
saúde brasileiras. Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, entre 
2010 e 2018, houve um aumento de 4.157% nos casos de sífilis no país. 
 Apenas em 2018, foram registrados mais de 246 mil casos entre sífilis adquirida, em 
gestantes e congênitas. Em relação às mortes, foram 241 – todas devido à sífilis 
congênita, que ocorre quando a mãe transmite a doença para a criança durante a 
gestação. 
 Em comparação com 2017, esses números representam um aumento de 25,7% nos 
casos em gestantes, 28,3% na adquirida e 5,2% na congênita. 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sífilis no mundo diariamente 
ocorrem 1 milhão de novas infecções em todo o mundo. Os dados são preocupantes já 
que a presença de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) aumenta em até 18 vezes 
o risco de um indivíduo ser infectado pelo HIV. 
 Para os especialistas, a queda no uso dos preservativos vem da ausência de 
campanhas de prevenção aliada a uma geração que não conviveu com o retrato da AIDS 
da década de 1980 e, por causa disso, subestima o valor da prevenção. Com o objetivo 
de mudar essa realidade, o Ministério da Saúde lançou uma campanha contra ISTs. 
 A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser 
humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias 
manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e 
terciária). 
 Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. 
A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada 
ou para a criança durante a gestação ou parto. 
 A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como 
também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das 
gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita e é 
fundamental. 
Podemos prevenir a sífilis com o uso correto e regular da camisinha feminina e/ou 
masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma 
Infecção Sexualmente Transmissível. 
O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade 
contribui para o controle da sífilis congênita. 
 Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que 
divide-se em: 
Sífilis primária - sintomas 
• Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, 
colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias 
após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. 
• Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar 
acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. 
Sífilis secundária - sintomas 
• Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do 
aparecimento e cicatrização da ferida inicial. 
• Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas 
das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias. 
• Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. 
Sífilis latente – fase assintomática - sintomas 
�11
• Não aparecem sinais ou sintomas. 
• É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis 
latente tardia (mais de dois anos de infecção). 
• A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e 
sintomas da forma secundária ou terciária. 
Sífilis terciária - sintomas 
• Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. 
• Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, 
cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. 
Tratamento 
Quando não tratada, a sífilis pode causar um grande comprometimento orgânico, no que 
é conhecido como sífilis terciária, com desenvolvimento de aortite, aneurismas, paralisia 
de pares de nervos cranianos, alterações de marcha, demência ou destruição tecidual de 
pele, mucosas ou ossos. 
“A penicilina é considerada o padrão-ouro de tratamento de sífilis em todas as suas 
formas e estágios. Para os casos de sífilis primária, secundária ou latente recente, o 
tratamento preconizado é com penicilina benzatina 2.400.000 UI, IM, em dose única. Já 
para os quadros de sífilis latente tardia, terciária ou de duração desconhecida, 
recomenda-se três doses de penicilina benzatina na mesma dose, com uma semana de 
intervalo entre cada dose. Para os casos de comprometimento neurológico, o tratamento 
deve ser realizado com penicilina cristalina, na dose de 18-24 milhões UI/dia, IV, por 14 
dias”, indica a especialista. 
Ainda de acordo com a colunista da PEBMED, o uso de ceftriaxona na dose de 2 g/dia é a 
principal opção terapêutica quando penicilina não está disponível ou é contraindicada. 
Entretanto, para as gestantes, o tratamento somente é considerado adequado quando 
realizado com penicilina nas doses e intervalos corretos, devidamente documentados. 
“A avaliação cuidadosa de como o tratamento foi realizado é importante, pois afeta o 
acompanhamento do recém-nascido. Em gestantes com alergia à penicilina, deve-se 
considerar a realização de protocolos de dessensibilização em ambientes com estrutura 
adequada”, frisa a médica. 
Orientações ao paciente 
O uso de preservativos é o método principal para evitar a transmissão de ISTs. Os 
médicos devem orientar os seus pacientes sobreo uso do preservativo em todas as 
relações sexuais, incluindo sexo oral e anal, além de procurar atendimento para avaliação 
em caso de exposições sem proteção. 
�12
METODOLOGIA 
 Os kits já estavam separados nas bancadas, onde para realizar o teste rápido com 
amostra é necessário que a coleta seja feita respeitando as recomendações do fabricante. 
Essas recomendações para uso correto do produto estão descritas no folheto informativo 
que é fornecido com o kit. 
 Colocamos o frasco de solução tampão e a lanceta de segurança na superfície limpa e 
nivelada. Retirando cuidadosamente a tampa da lanceta. 
 Selecionamos o dedo para punção, higienizamos a área a ser puncionada e fazemos a 
punção do dedo com o auxílio da lanceta retrátil. 
 Coletamos a amostra com auxílio da pipeta coletora que vem na caixa. Segure o tubo 
capilar de coleta abaixo do bulbo, na posição horizontal, sem cobrir a marca preta 
indicadora do volume da amostra. Colocamos a extremidade aberta do tubo capilar na 
gota de sangue e deixamos que este suba por capilaridade ate a marca preta. 
Aperte o bulbo cobrindo os dois orificios de ar. Em seguida, dispense todo o volume 
(50uL) da amostra coletada na área do dispositivo de 
teste indicada com um “S” (do inglês sample ou amostra, em português). 
Imediatamente após a aplicação da amostra, com o frasco na posição vertical, adicione 
duas gotas do tampão no mesmo poço. 
Ligue o cronometro e marque 10 minutos para a leitura dos resultados. 
 Os resultados deverão ser lidos entre 10 e 20 minutos após a adição da solução 
diluente. Não realizar a leitura após 20 minutos da adição da solução tampão. 
Reagente 
Se aparecer uma linha colorida na área de controle (C) e em qualquer uma das áreas de 
teste, T1 e (ou) T2, ou em ambas, a amostra será considerada reagente. 
A linha colorida na área de teste (T), T1 e (ou) T2, poderá apresentar variações na 
intensidade da cor. Porém, mesmo quando a coloração que surgir tiver uma intensidade 
muito fraca, a amostra será considerada reagente. 
Em caso de suspeita de infecção pelo HIV-2, siga as orientações do Manual Técnico para 
o Diagnóstico da Infecção pelo HIV. 
ESSA AMOSTRA FOI LEVADA PARA A AULA PRÁTICA, ONDE NÃO PRESENCIAMOS A 
COLETA DO MATERIAL, SORO COLHIDO DE UM PACIENTE AUTORIZADO . 
Não reagente 
Quando o resultado for não reagente, aparecerá somente uma linha colorida na área de 
controle (C). 
Mesmo não acontecendo na aula prática, toda essa instrução de resultados inválidos, 
consta no manual. 
Inválido 
O teste inclui um sistema de controle interno de migração representado por uma linha 
colorida que aparece na área de controle (C). Conforme é indicado no folheto que contém 
as instruções de uso definidas pelo fabricante, essa linha confirma que ocorreu a 
absorção da membrana e que a técnica do procedimento foi realizada corretamente. 
Se a linha de controle (C) não aparecer dentro do tempo determinado pelo fabricante para 
leitura do resultado – ou seja, após 10 minutos da adição da solução diluente –, o teste 
não será considerado válido, mesmo que surja alguma linha colorida na área de teste, T1 
e (ou) T2. 
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Algumas das causas prováveis para a invalidação do teste podem ser o armazenamento 
inadequado dos kits, um volume insuficiente de amostra, um volume incorreto de solução 
diluente e a simples execução incorreta. 
Se o resultado obtido em um teste for inválido, leia novamente as instruções do fabricante 
e repita o teste com a utilização de um novo dispositivo. Se o problema persistir, não 
utilize mais nenhum teste desse lote. 
Guarde o kit utilizado e abra um chamado no Serviço de Atendimento ao Consumidor 
(SAC) da empresa fornecedora do kit. 
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DESENVOLVIMENTO 
 “Boletim Epidemiológico HIV/Aids”, do Departamento de Doenças de Condições Crônicas 
e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do 
Ministério da Saúde (DCCI/SVS/MS), publicado anualmente, apresenta informações sobre 
os casos de HIV e de aids no Brasil, regiões, estados e capitais, de acordo com as 
informações obtidas pelos sistemas de informação utilizados para a sua elaboração. 
As fontes utilizadas para a obtenção dos dados são: 1) as notificações compulsórias dos 
casos de HIV e de aids no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 2) 
os óbitos notificados com causa básica por HIV/aids (CID10: B20 a B2 4) no Sistema de 
Informações sobre Mortalidade (SIM), 3) os registros do Sistema de Informação de 
Exames Laboratoriais (Siscel) e 4) os registros do Sistema de Controle Logístico de 
Medicamentos (Siclom). Ressalte-se que algumas variáveis, como categoria de 
exposição, são analisadas exclusivamente com dados oriundos do Sinan, pois os outros 
sistemas não apresentam esses campos em suas respectivas fichas. 
A infecção pelo HIV e a aids fazem parte da Lista Nacional de Notificação Compulsória de 
doenças (Portaria de Consolidação MS/GM no 4, de 28 de setembro de 2017), sendo que 
a aids é de notificação compulsória desde 1986 e a infecção pelo HIV é de notificação 
compulsória desde 2014; assim, na ocorrência de casos de infecção pelo HIV ou de aids, 
estes devem ser reportados às autoridades de saúde.

A despeito dessa obrigatoriedade, com o emprego do método probabilístico de 
relacionamento de bancos de dados, utilizado na geração das informações constantes 
neste Boletim, tem-se observado ao longo dos anos uma diminuição do percentual de 
casos de aids oriundos do Sinan; no ano de 2018, dos 37.161 casos de aids detectados, 
53,7% provieram do Sinan, 7,3% do SIM e 39,0% do Siscel. 
A observada subnotificação de casos no Sinan traz relevantes implicações para a 
resposta ao HIV/aids, visto que permanecem desconhecidas informações importantes no 
âmbito da epidemiologia, tais como número total de casos, comportamentos e 
vulnerabilidades, entre outros. Além disso, a ausência de registro pode comprometer a 
racionalização do sistema para o fornecimento contínuo de medicamentos e as ações 
prioritárias voltadas às populações-chave e às populações mais vulneráveis. Isso posto, 
reforça- se, portanto, a necessidade da notificação no Sinan de todos os casos de HIV/
aids, bem como a melhoria da qualidade do preenchimento da ficha de notificação e 
investigação de casos. Ainda, com o intuito de minimizar a ocorrência de subnotificações, 
desde 2016, foi desenvolvida uma funcionalidade para o Siclom, que recomendou às 
unidades de saúde notificar no Sinan aqueles pacientes em acompanhamento, 
identificados apenas por seus cadastros no Siscel e/ou no Siclom. 
No Brasil, em 2018, foram diagnosticados 43.941 novos casos de HIV e 37.161 casos de 
aids – notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/ Siclom –, com 
uma taxa de detecção de 17,8/100.000 habitantes (2018), totalizando, no período de 1980 
a junho de 2019, 966.058 casos de aids detectados no país. Desde o ano de 2012, 
observa-se uma diminuição na taxa de detecção de aids no Brasil, que passou de 
21,4/100.000 habitantes (2012) para 17,8/100.000 habitantes em 2018, configurando um 
decréscimo de 16,8%; essa redução na taxa de detecção tem sido mais acentuada desde 
a recomendação do “tratamento para todos”, implementada em dezembro de 2013. Como 
a notificação da infecção pelo HIV ainda está sendo absorvida pela rede de vigilância em 
saúde, não são calculadas as taxas referentes a esses dados. 
No país, no período de 2000 até junho de 2019, foram notificadas 125.144 gestantes 
infectadas com HIV, das quais 8.621 no ano de 2018, com uma taxa de detecção de 
2,9/1.000 nascidos vivos. 
Também em 2018, foram registrados no SIM um total de 10.980 óbitos por causa básica 
aids (CID10: B20 a B24), com uma taxa de mortalidade padronizada de 4,4/100.000 
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habitantes. A taxa de mortalidade padronizada sofreu decréscimo de 22,8% entre 2014 e 
2018 – também, possivelmente, em consequência da recomendação do “tratamento para 
todos” e da ampliação do diagnóstico precoce da infecção pelo HIV.�16
Assistência Farmacêutica no Serviço de Atendimento Especializado - HIV/AIDS 
A assistência farmacêutica adotado neste trabalho é aquele definido pela Política Nacional 
de Medicamentos como: “O grupo de atividades relacionadas com o medicamento 
destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o 
abaste- cimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, 
a conservação e o controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos 
medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de 
informação sobre medica- mentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, 
do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos” (MS, 
1999c:34). 
Nessa perspectiva, o estabelecimento de uma política nacional de tratamento para 
pessoas vivendo com HIV/AIDS, deve contemplar todo o conjunto de aspectos 
compreendidos no conceito de assistência farmacêutica. 
Segundo o documento Política de Medica- mentos de AIDS do Ministério da Saúde/Brasil, 
a seleção dos medicamentos, a definição de esquemas terapêuticos, assim como dos 
critérios clínicos e laboratoriais norteadores do trata- mento são estabelecidos pelo MS, 
por meio de comitês assessores, constituídos por especia- listas. No Sistema Logístico de 
Medicamentos Anti-retrovirais, tanto a programação quanto a aquisição de medicamentos 
são realizadas pe- lo MS, com base em um sistema de informação Contandriopoulos et al. 
(1997) destacam dois tipos de avaliação para uma intervenção: avaliação normativa e 
pesquisa avaliativa. Na avaliação normativa julga-se cada componente da intervenção em 
relação a normas e critérios existentes. Na pesquisa avaliativa é feito um julgamento ex-
post, utilizando procedimento científico para avaliar as relações estabeleci- das entre os 
diferentes componentes da intervenção. A pesquisa avaliativa pode ser com- posta por 
seis tipos de análise: (a) análise estratégica, (b) análise da intervenção, (c) análise da 
produtividade, (d) análise dos efeitos, (e) análise do rendimento e (f) análise da 
implantação (Contandriopoulos et al., 1997). 
A análise da implantação é importante para avaliar intervenções complexas e compostas 
por elementos seqüenciais, sobre os quais o contexto pode interagir de diferentes modos. 
Essa análise especifica o conjunto de fatores que influenciam os resultados obtidos após 
a implementação de uma dada intervenção. Dessa forma, a análise da implantação 
relaciona-se diretamente à capacidade de utilizar os resultados das pesquisas avaliativas 
para tomar decisões sobre generalização de uma intervenção em outros meios. 
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Outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) – Sífilis 
Em 1995, o Programa Nacional de DST/Aids implementou o Projeto de Envolvimento das 
Farmácias no Controle das DST que constava no diagnóstico da situação existente nas 
farmácias do país e teve como proposta campanhas de educação continuada para 
farmacêuticos, proprietários e balconistas. Incluiu, também, a elaboração e envio, pelo 
correio, de cartilhas educativas sobre o tema para as farmácias. No entanto, esse projeto 
não teve continuidade nem avaliação do impacto em nível nacional. Em Campo Grande, 
uma avaliação feita pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, verificou que 
apenas 23,8% dos farmacêuticos, responsáveis técnicos por farmácias, receberam e 
utilizaram esse material (Ajalla & Castro, 1999). 
Apesar da expressiva produção científica nacional e internacional sobre Sifilis e da 
existência de orientações quanto às responsabilidades do profissional farmacêutico, 
necessita-se de uma orientação não fragmentada em relação ao cuidado integral ao 
portador de DST no âmbito da farmácia comunitária. Esse cuidado deve abranger as 
orientações preventivas, orientações quanto ao diagnóstico e tratamento adequados, 
estímulo à adesão terapêutica, orientações quanto ao autocuidado e técnicas de 
comunicação terapêutica. 
Tendo em vista os objetivos acima citados, propomos uma sistematização da orientação 
farmacêutica com relação às DST, na tentativa de concretizar um melhor atendimento aos 
possíveis portadores que procuram a resolução de seu problema de saúde na farmácia. 
Além de colaborar e participar na qualificação profissional do corpo de funcionários, sob a 
sua responsabilidade, a atuação dos farmacêuticos compreende a participação em 
atividades que visam assegurar a boa saúde e a prevenção de enfermidades na 
população. Quanto ao tratamento farmacológico, deve-se assegurar o máximo benefício 
terapêutico com o menor risco (Organização Mundial de Saúde, 1993). 
Pacientes portadores de patologias ou em uso de medicamentos que exigem mais 
cuidados podem ser estimulados, pelos farmacêuticos, a buscar orientação quando 
procuram as farmácias, pois muitos ignoram que podem dispor de um serviço confiável de 
informação. É o caso das complicações ou doenças oportunistas associadas à Aids ou 
portadores de DST que apresentam outras patologias concomitantes. Pode-se sugerir a 
busca de informação por meio de perguntas como: 
Você sabe como usar seus medicamentos? 
Gostaria de falar sobre os seus remédios? 
Gostaria de receber orientações quanto a seu tratamento? (Zubioli, 2001) 
Você tem alguma dúvida que gostaria de esclarecer sobre a sua saúde? 
Tem alguma dificuldade para seguir o seu tratamento? 
Usuários, portadores de sintomas de DST, buscam os serviços das drogarias, com ou 
sem prescrições médicas Para cada um, as orientações do farmacêutico devem ser 
diferenciadas. 
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CONCLUSÃO 
 O Farmacêutico na assistência Farmacêutica no Serviço de Atendimento Especializado 
HIV/AIDS são bastante uteis nas atividades realizadas pelo farmacêutico, suas condutas 
e rotinas de trabalho, quanto à estrutura da unidade onde ele atua. Algumas unidades 
possuem estruturas adequadas, e em outras há carência de equipamentos e recursos 
humanos para desempenhar as rotinas de trabalho. Há diferentes condutas para as 
demandas recebidas, especialmente às relacionadas a assistência farmacêutica em 
relação aos pacientes com vírus HIV/Aids e Sifilis. Esses profissionais trabalham desde a 
assistência com o atendimento adequado, quanto na cadeia logística de medicamentos e 
demais suprimentos, para um melhor controle de acompanhamento do seu paciente. 
Parece ser uma questão comum a todos os farmacêuticos o equilíbrio entre o ajuste 
terapêutico que se faz necessário na ponta (mudanças para esquemas não convencionais 
de ARV (antirretrovirais) dispensação para pacientes em uso de ARV que esqueceu sua 
prescrição). 
 Além de um documento com as boas práticas farmacêuticas em serviço de assistência 
especializada em IST/Aids, esse trabalho com os farmacêuticos gerou como produtos 
uma melhor padronização de condutas para as demandas mais frequentes nas farmácias 
e nas unidades de saúde, assim o planejamento de continuidade do trabalho em parceria 
com a área técnica da Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde. 
Espera- se que o documento de boas práticas farmacêuticas em ajude a alinhar e 
reorganizar o trabalho do farmacêutico de acordo com as metas e diretrizes do Programa 
Municipal de IST/Aids, aprimore e incentive o cuidado clínico farmacêutico, qualifique a 
informação produzida na farmácia e nas unidades de saúde, integrem mais o trabalho 
deste profissional no fluxo da unidade. Aspira-se também dar visibilidade ao trabalho 
desenvolvido pelo farmacêutico nos serviços de assistência especializada para toda a 
rede de serviços, Área Técnica de Assistência Farmacêutica da SMS, as supervisões e 
coordenadorias. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Bisson GP, Gross R, Bellamy S, Chittams J, Hislop M, Regensberg L. Pharmacy refill 
adherence compared with CD4 count changes for monitoring HIV-infected adults on 
antiretroviral therapy. PLoS medicine. 5(5):e109, 2008. 
Blatt CR, Citadin CB, Souza FG, Mello RS, Galato D. [Assessment of adherence to 
antiretroviraldrugs in a municipality in southern Brazil]. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 42(2):
131-6, 2009. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. 
Departamento de DST/HIV/AIDS. Relatório de Progresso da Resposta Brasileira ao HIV/
AIDS (2010-2011). Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 
Brasil. Lei no. 9.313, de 13 de novembro de 1996. Dispõe sobre a distribuição gratuita de 
medicamentos aos portadores do HIV e doentes de AIDS. . Diário Oficial [da] República 
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 1996. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. 
Departamento de DST/HIV/AIDS. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Adultos 
Vivendo com HIV/AIDS. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 
www.aids.gov.br/indicadores, 2019. 
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