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Trabalho Estágio(2023)

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INSTITUTO DE CIENCIAS DA SAUDE 
CURSO DE FARMACIA 
 
 
 
 
HEITOR VINICIUS GONÇALVES ANTONIO 
RA: N549GH0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO OBRIGATORIO 
Estagio em assistência farmacêutica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
 2023 
2 
1 CURVA ABC 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1.1 DEFINIÇÃO E IMPORTANCIA 
 
A análise ABC desempenha um papel crucial na gestão eficiente de estoques de 
medicamentos em farmácias hospitalares e comunitárias. Seu principal propósito é 
estabelecer normas de armazenamento que promovam tanto a eficiência econômica 
quanto a organização, contribuindo para a economia de despesas desnecessárias e 
facilitando investimentos e melhorias no gerenciamento e na aquisição de 
medicamentos (SANTOS; LUBIANA, 2017). 
Esse recurso desempenha um papel fundamental na administração e logística, 
reconhecendo que tanto as farmácias hospitalares quanto as comunitárias devem 
supervisionar o armazenamento, reabastecimento e reposição de medicamentos e 
equipamentos. A análise ABC leva em consideração a necessidade de demanda em 
relação à disponibilidade e uso equitativo, garantindo uma gestão eficaz 
(EVANGELISTA, 2022). 
A otimização de custos é alcançada por meio de uma padronização que se 
revela vantajosa e eficaz para o controle de gastos. A curva ABC desempenha um 
papel crucial ao categorizar os produtos mais relevantes para a gestão, fornecendo 
uma base sólida para a implementação de estratégias de redução de estoque 
(EVANGELISTA, 2022). 
 
1.2 ELABORAÇAO DE TABELA E CURVA ABC 
 
Foi realizado uma pesquisa de campo com o objetivo de coletar informações 
sobre a quantidade de medicamentos distribuídos em uma Unidade Básica de Saúde 
(UBS) na zona sul da cidade de São Paulo. Os dados obtidos abrangem um período 
específico, de 01/08/2023 a 28/09/2023, e proporcionam uma categorização dos 
medicamentos conforme seus níveis de consumo, classificados como baixo, médio e 
alto. A lista da tabela 1 subsequente apresenta detalhadamente os dados coletados 
durante este período. 
 
3 
Tabela 1 : lista de medicamento de baixo, médio e alto consumo em UBS 
MEDICANTOS DE BAIXO CONSUMO 
NOME DO MEDICANTO QUANTIDADE DISPENSADA 
Oseltamivir 75 mg cápsula 10 comprimidos 
Propatilnitrato 10 mg comprimido 50 comprimidos 
Varfarina 2,5 mg comprimido 90 comprimidos 
Fenobarbital 40mg/mL solução oral 14 frascos 
Brometo de Ipratrópio 0,25 mg/mL solução 
inalante 
12 frascos 
MEDICANTOS DE MEDIO CONSUMO 
NOME DO MEDICANTO QUANTIDADE DISPENSADA 
Clonazepam 2 mg comprimido 12.060 cp 
Prometazina 25 mg comprimido 12.040 cp 
Paracetamol 500 mg comprimido 10.120 cp 
Diclofenaco 50 mg comprimido 9.180 cp 
Tiamina 300 mg comprimido 9.120 cp 
MEDICANTOS DE ALTO CONSUMO 
NOME DO MEDICANTO QUANTIDADE DISPENSADA 
Losartana 50 mg comprimido 122.190 cp 
Metformina 850 mg comprimido 60.720 cp 
Hidroclorotiazida 50 mg comprimido 60.640 cp 
Anlodipino 5 mg comprimido 56.640 cp 
Omeprazol 20 mg cápsula 56.350 cp 
Fonte: autoria do farmacêutico da unidade Fabiana Camargo de Santana CRF: 60.315SP, 2023. 
 
Após a análise da lista de medicamentos, foi conduzida uma revisão abrangendo 
a elaboração da tabela (2) e gráfico (1) curva ABC. A execução desse processo seguiu 
as normas e parâmetros estabelecidos pela teoria de Pareto que define a curva ABC 
com base nos seguintes critérios: 
1. Categoria A: Engloba produtos com alta demanda, representando 80% 
do valor ou saída e 20% da quantidade máxima de itens. 
2. Categoria B: Inclui produtos de demanda intermediária, representando 
15% do valor ou saída e 30% da quantidade máxima de itens. 
3. Categoria C: Refere-se a produtos de baixa demanda, representando 5% 
do valor ou saída e 5% da quantidade máxima de itens. 
Essa classificação, fundamentada nos princípios da teoria de Pareto, proporciona 
uma abordagem estratégica na gestão de estoques, destacando a importância de focar 
4 
os recursos nas categorias que contribuem significativamente para o valor total ou saída 
(FACHINNI et al.; 2019). 
 
Tabela 2 : Lista organizada para realização da curva ABC. 
 Fonte: (Elaboração própria do autor, 2023). 
 
 
Gráfico 1 - Curva ABC consumo de medicamentos em UBS. 
 
Fonte: (Elaboração própia do autor, 2023). 
 
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
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ir
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Gráfico da Curva ABC
C B A
ORDEM MERDICAMENTOS DOSAGEM 
FORMA 
FARMACÊUTICA 
QUANTIDADE 
DISPENSADA 
 % % 
ACUMULADA CLASSIFICAÇÃO 
1 Losartana 50mg Comprimidos 122.190 29,86% 29,86% A 
2 Metformina 850mg Comprimidos 60.720 14,84% 44,70% A 
3 Hidroclorotiazida 50mg Comprimidos 60.640 14,82% 59,52% A 
4 Anlodipino 5mg Comprimidos 56.640 13,84% 73,36% A 
5 Omeprazol 20mg Cápsulas 56.350 13,77% 87,13% B 
6 Clonazepam 2mg Comprimidos 12.060 2,95% 90,08% B 
7 Prometiazina 25mg Comprimidos 12.040 2,94% 93,02% B 
8 Paracetamol 500mg Comprimidos 10.120 2,47% 95,49% C 
9 Diclofenaco 50mg Comprimidos 9.180 2,24% 97,73% C 
10 Tiamina 300mg Comprimidos 9.120 2,23% 99,96% C 
11 Varfarina 2,5mg Comprimidos 90 0,02% 99,98% C 
12 Propatilnitrato 10mg Comprimidos 50 0,01% 99,99% C 
13 Fenobarital 40mg Solução oral 14 0,00% 99,99% C 
14 
Brometo de 
ipatrônio 
0,25mg 
Solução 
inalatória 
12 0,00% 99,99% C 
15 Oseltamivir 75mg Cápsulas 10 0,00% 99,99% C 
 Total: 409.236 99,99% 
5 
ANTIRETROVIRAIS: PREP E PEP 
1.3 HIV 
 
O vírus da imunodeficiência humana, conhecido pela sigla em inglês HIV (human 
immunodeficiency virus), é responsável por desencadear, ao longo do tempo, um 
estágio mais grave da doença, a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Esta 
condição resulta no enfraquecimento do sistema imunológico, tornando o organismo 
vulnerável a doenças oportunistas. O HIV ataca o sistema imunológico, que é 
responsável por defender o corpo contra agentes patogênicos (BRASIL, 2017). 
Os linfócitos T-CD4+, também conhecidos como "helper" ou células auxiliares, 
desempenham um papel fundamental no recrutamento e na ativação de fagócitos, bem 
como na sinalização para os linfócitos B, que produzem anticorpos. Essas células são 
as mais afetadas pelo HIV. O vírus infecta os linfócitos CD4+ e altera o DNA da célula, 
fazendo com que ela comece a reproduzir cópias do vírus, perpetuando assim as células 
infectadas (SOUSA; COLLI, 2021). 
Embora o HIV não tenha cura, o acesso universal a testes de HIV e tratamentos 
com antirretrovirais oferecidos pelo Sistema Único de Saúde possibilita o controle da 
infecção. Isso ajuda a evitar que os pacientes desenvolvam AIDS e reduz as chances 
de transmissão do vírus, permitindo que os pacientes desfrutem de uma melhor 
qualidade de vida. No entanto, é fundamental destacar que o vírus ainda pode ser 
transmitido se os tratamentos não forem utilizados corretamente. Para combater esse 
problema de saúde, foram implementadas estratégias de prevenção contra a infecção 
pelo HIV, incluindo campanhas de uso de preservativos e a utilização de medidas como 
a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) (SOUSA; COLLI, 
2021). 
As formas de transmissão do HIV incluem sexo vaginal, anal e oral desprotegido, 
o uso de objetos perfurocortantes infectados e não esterilizados ou compartilhados, 
transfusões de sangue contaminado e transmissão vertical da mãe para o filho. Por outro 
lado, materiais biológicos como urina, fezes, suor, lágrimas, saliva, vômito e secreções 
nasais, bem como o contato com objetos como sabonete, toalhas, lençóis, talheres, 
copos, assentos de ônibus e contatos físicos, como beijos, abraçose apertos de mão, 
não apresentam riscos de transmissão do vírus (BRASIL, 2023). 
 
6 
1.4 PREP 
 
A população alvo a receber a Profilaxia Pre-exposição (PrEP) E a Profilaxia Pos-
Exposicao (PEP) são todos aqueles, adolescentes e adultos sexualmente ativos que 
estão em condições vulneráveis ou em risco aumentado para adquirir a infecção, como 
gays, homens e mulheres trans, travestis e casais sorodiferentes (quando um tem HIV 
e outro não) seja eles hetero cis ou não (BRASIL, 2022). 
A PrEP é uma das formas de prevenção contra a transmissão do HIV que 
compreende na tomada diária de um comprimido, que prepara o organismo para um 
possível contato com o vírus HIV, na qual deve ser usada por pessoas que irão realizar 
uma relação sexual com potencial de risco de infecção. Nela é usado dois 
medicamentos antirretrovirais em dose fixa em combinação em um único comprido, o 
fumarato de tenofovir desoproxila (TDF) 300 mg e entricitabina (FTC) 200 mg, usado 
em uma posologia de 1 (um) comprimido diário (BRASIL, 2022). 
A recente publicação pelo “PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES 
TERAPÊUTICAS PARA PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PrEP) DE RISCO À 
INFECÇÃO PELO HIV” estabelece o uso de uma dose ataque de 2 comprimidos de 
TDF/FTC no primeiro dia de tratamento seguidos de 1 comprimido diário nos dias 
seguintes, o que resulta em uma diminuição do número de doses necessárias para 
concentração na mucosa anal pelo fármaco, depois de 7 dias de uso diário da profilaxia, 
e na região cervicovaginal que variava cerca de 20 dias de uso diário do fármaco, que 
impacta em um primeiro retorno mais rápido do paciente, não mais com um mês de 
tratamento mas sim depois de 20 a 25 dias do início da profilaxia (BRASIL, 2022). 
É importante alertar que o uso da PrEP não previne infecções sexualmente 
transmissíveis (IST) e nem hepatites viram, o que reforça a relevância do profissional de 
saúde fornecer a orientação da prevenção contra essas ocorrências como o uso regular 
do preservativo, higienização e genitálias correta e eficaz antes e depois de relações, 
higienização de “brinquedos” sexuais, etc (BRASIL, 2022). 
Os critérios de elegibilidade para o início a profilaxia são segundo a PCDT PrEP 
(2022, p.22): “A PrEP deve ser considerada para pessoas a partir de 15 anos, com peso 
corporal igual ou superior a 35 kg, sexualmente ativas e que apresentem contextos de 
risco”. Para os adolescentes deve ser garantido o sigilo e a privacidade e não necessário 
a presença de responsáveis, acompanhamentos somente em casos de risco a vida ou 
7 
internação (BRASIL, 2022). 
A Testagem para HIV deve fornecer resultado “não regente para HIV” igualmente 
para exames laboratoriais e para conferencia e visualização de fluxograma para 
diagnostico de HIV o PCDT de PreP recomenda consultar o “Manual Técnico para o 
Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças”. Os critérios para exclusão 
são exames e testes HIV positivo e Clearance de creatinina (ClCr) estimado abaixo de 
60 mL/min. É recomendado que o início da PrEP ocorra no mesmo dia ou o mais próximo 
da realização dos testes e exames com resultados negativos, até um prazo máximo de 
sete dias (BRASIL, 2022). 
A prescrição de PrEP deve ser feita exclusivamente por profissional médico no 
âmbito do sistema de saúde privada e, no pelo Sistema Único de Saúde, e por todos os 
profissionais de saúde atualmente habilitados à prescrição de medicamentos como por 
exemplo os farmacêuticos capacitados que conforme a Portaria PM-DST/AIDS nº 
364/2020A e a Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 713/2021. 
 
1.5 PEP 
 
A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma medida de prevenção de urgência para 
pessoas que se expuseram a uma relação sexual com potencial de infecção por HIV, 
hepatites virais ou infeções sexualmente transmissíveis (IST) e depois da avaliação de 
risco deve ser recomendado o início imediato do PEP dentro de uma faixa no mínimo 2 
horas até 72 horas após exposição para diminuir o risco de infecção, o tratamento e feito 
com antirretrovirais e seguido por 28 dias sem interrupções. A exposição poder da 
categoria ocupacional, que se refere a exposição por profissionais da saúde a cortes 
com materiais perfurocortantes contaminados ou da categoria não ocupacional que se 
refere a relação sexual com consentimento onde acontece o rompimento do preservativo 
por exemplo ou em ato de violência sexual (BRASIL, 2023). 
A Prevenção Combinada é o conjunto de ações preventivas, utilizados em 
conjuntos ou em sequência, que visa ampliar os métodos de intervenção pra controle 
de HIV, das IST e das hepatites virais que possam acometer a população vulnerável 
gerando novas infecções. Os métodos utilizados em combinação ou individualmente 
são: testagem para HIV; prevenção da transmissão vertical; tratamento das IST e 
8 
hepatites virais, imunização para hepatites A e B; programa de redução de danos para 
usuários de álcool e outras substancias; PrEP; PEP; e o tratamento de pessoas com 
HIV e AIDS (BRASIL, 2023). 
A indicação de início de Profilaxia Pós-Exposição só está indicada para pessoas 
que realizaram atividade sexual com possível risco de infecção e que a partir de testes 
rápidos apresentarem status sorológico “não reagente”, caso os testes rápidos 
obtiverem resultados “reagentes” o tratamento com os antirretrovirais não está indicado 
e em caso de “inconclusivo” fazer exames laboratoriais e avaliar caso clinico (BRASIL, 
2021). 
O esquema preferencial de PEP para adultos, orientado pelo “Protocolo Clínico 
e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós Exposição de Risco (PEP) à Infecção pelo 
HIV, IST e Hepatites Virais”, é 1 comprimido coformulado de Tenofovir/Lamivudina 
(TDF/3TC) 300mg/300mg + 1 comprimido de Dolutegravir (DTG) 50 mg ao dia, com 
duração de 28 dias, onde TDF não é indicado para paciente com insuficiência renal 
aguda e DTG é indicado para pessoa acima de 6 anos de idade e com peso superior a 
20kg (BRASIL, 2021). 
O PCDT PEP também dispõe de tratamento alternativos para adultos que podem 
ter impossibilidade de ter acesso a algum antirretroviral do esquema preferencial, que 
são eles: na impossibilidade de TDF (Tenofovir): AZT (Zidovudina)/3TC (Lamivudina) + 
DTG (Dolutegravir); na impossibilidade de DTG: TDF/3TC + ATV (Atazanavir) + RTV 
(Ritonavir); e na impossibilidade de ATV + RTV: TDF/3TC + DRV (Darunavir) + RTV 
(BRASIL, 2021). 
Assim como na prescrição de PrEP somente profissionais da saúde capacitados 
e liberados pelo seu respectivo conselho e legislação podem prescrever tal profilaxia, 
estão inclusos como prescritores médicos, farmacêuticos e enfermeiros, de forma que 
a prescrição por esses profissionais visa a uma maior aplicabilidade da profilaxia a uma 
ampla população. Os formulários para as solicitações das profilaxias para prescrição e 
avalição estão disponíveis nos sites do governo como o SICLOM (BRASIL, 2021). 
 
2 ABORDAGEM AO PACIENTE TRANSEXUAL 
 
2.1 A POPULAÇÃO TRANS 
 
O termo “trans” é utilizado por pessoas que não se identificam com o gênero em 
9 
que foi atribuído ao nascer, pode ser usado como uma abreviação para pessoas que se 
identificam como mulheres ou homens transexuais, travestis, pessoas transmasculinas, 
não binarias e inclui também pessoa que não se identificam com nenhum gênero ou 
com mais de um deles. É um termo aceito tanto pela literatura coo por movimentos 
sociais (SÃO PAULO, 2020). 
A sociedade brasileira de medicina de família e comunidade trans dados 
estatísticos que mostra que existem cerca de 1,38% de pessoas trans no Brasil, mas 
infelizmente ainda não se realizou um censo de pessoas transgênero no país, o que não 
impossibilita dizer que essa população ainda carece de muitas necessidades e os 
serviços de saúde devem se planejar e organizar para oferecer cuidados de qualidade 
e respeitosos como o uso de nome social do paciente (SBMFC, 2020). 
Grande parte da populaçãotrans está sujeita a maiores taxas de adoecimentos 
gerais como o alcoolismo, o tabagismo e as infecções por vírus de HIV e IST e mentais 
como a ansiedade e depressão, que se devem a exclusão social e as violências mentais 
e físicas cometidas decorrentes da transfobia. Esse cenário é potencializado pela falta 
de políticas públicas, pela exclusão no mercado de trabalho e pré-conceitos vindos de 
pessoas cisheteronormativas. No nível de Atenção Básica sinais dos possíveis 
acontecimentos dos listados devem ser identificados, notificados, amparados e 
cuidados oferecendo espaço o espaço de rede de atenção (SÃO PAULO, 2020). 
Em 2019 a OMS retirou o termo “transexualidade” do capítulo de “saúde mental” 
da anteriormente CID-10, que trazia consigo uma patologizaçao sobre o termo, mas que 
foi revisada depois das recomendações de diversas entidades ao redor do mundo que 
comprovarão que esse termo não se relaciona como um transtorno mental, a nova 
versão do documento traz a CID-11 que apresenta o novo o termo “Incongruência de 
Gênero”, presente no capítulo “condições relacionadas à saúde sexual” (SÃO PAULO, 
2020). 
A procura preferencial de tratamentos por essa população é sob a oferta da 
prescrição de hormônios na chamada terapia hormonal ou hormonioterapia, já que 
desejam mudanças corporais. Por muitas vezes a falta de acessibilidade a uma unidade 
básica de saúde leva a automedicação com hormônios, doses ou formas de aplicações 
incorretas levando a complicação de efeitos adversos. A harmonização é um direito 
constitucional para pessoas transexuais, travestis e para aqueles que desejam 
mudanças corporais, assim como é também um direito o acesso ao tratamento com 
10 
antirretrovirais para tratamento contra infecções (SÃO PAULO, 2020). 
O “Protocolo para o atendimento de pessoas transexuais e travestis no município 
de São Paulo” (p.15, 2020) visa: “apoiar a Atenção Básica no acolhimento e no cuidado 
específico para essas populações” promovendo melhores condições de abordagem e 
observações frente a situação que lhe pode ser apresentada. 
 
2.2 TERAPIA HORMONAL 
 
A terapia hormonal esta inclusa no “Processo Transexualizador” para pessoas 
transexuais e travestis a partir de 18 anos de idade, e agora também a possibilidade de 
início de hormonização cruzada com 16 anos de idade segundo a atual resolução CFM 
nº 2.265/2019. E caso de procura do serviço por menor com idade inferior as 
estabelecidas, deve ser encaminhado para o serviço especifico de atendimento da 
criança e adolescente. O acompanhamento de todo processo deve ser observado por 
um profissional de saúde qualificado que tem como objetivo minimizar potenciais 
agravos (SÃO PAULO, 2020). 
O encaminhamento para serviço especializado deve conter informações gerais 
da pessoa incluindo avaliação psicossocial, e caso haja diagnóstico de problemas de 
saúde metal adicional o planejamento terapêutico; tempo de acompanhamento, 
abordagens e/ou reavaliações; descrever se há doenças, tratamento e diagnostico atual; 
antecedentes pessoais, familiares para fatores de risco para enfermidades; exames 
realizados; contato profissional e disponibilidade para discussão do caso. A pessoa que 
quer passar por esse procedimento necessita estar ciente que algumas transformações 
são irreversíveis então o diálogo e o esclarecimentos de todas as dúvidas devem ser 
feito (SÃO PAULO, 2020). 
Preferencialmente o tratamento com hormônios é iniciado com doses baixas a 
medias e são gradualmente aumentadas, afim fim de obter as transformações corporais 
em até 5 anos, sendo essa a fase de indução, posteriormente é indicado a utilização de 
doses menores para a manutenção dessas transformações (SÃO PAULO, 2020). 
 
 
11 
2.3 TRAVESTIS, MULHERES TRANSEXUAIS E PESSOAS 
TRANSFEMININAS 
 
A hormonização desse grupo é feita principalmente com estrógenos que possuem 
os efeitos de feminilização como desenvolvimento das glândulas mamarias e 
redistribuição de gordura corporal. Esse tratamento é contraindicado em casos de 
doenças cardiovasculares, câncer, condições psiquiátricas e alegria a componentes 
(SÃO PAULO, 2020). 
O quatro 1 apresentam as listas de antiandrógenos para hormonização de 
travestis, mulheres transexuais e pessoas transfemininas disponibilizada pelo “Protocolo 
para o atendimento de pessoas transexuais e travestis no município de São Paulo” (SÃO 
PAULO, 2020)
 
Quadro 1 – Estrógenos para hormonização de Travestis, mulheres transexuais e pessoas transfemininas. 
 
Fonte: (Elaboração própia do autor, 2023). 
13 
2.4 ANTIANDRÓGENOS 
 
São conhecidos como “bloqueadores de testosterona” e tem ação inibir todas 
reações masculinizantes como a diminuição da pilificação e oleosidade da pele, reduzir 
musculatura e força, atrofia dos testículos diminuindo tamanho, libido e produção de 
espermatozoides. Deve se atentar aos riscos como alterações de humor, 
tromboembolismo associado ao uso de pílulas anticoncepcionais com estrógenos 
sintéticos de uso oral (SÃO PAULO, 2020). 
O quatro 2 e 3 apresentam as listas de antiandrógenos para hormonização de 
travestis, mulheres transexuais e pessoas transfemininas disponibilizada pelo “Protocolo 
para o atendimento de pessoas transexuais e travestis no município de São Paulo” (SÃO 
PAULO, 2020). 
 
Quadro 2 – Antiandrógenos para hormonização de Travestis, mulheres transexuais e pessoas transfemininas. 
 
Fonte: (Elaboração própia do autor, 2023). 
 
Quadro 3 – Antiandrógenos para hormonização de Travestis, mulheres transexuais e pessoas transfemininas. 
 
Fonte: (Elaboração própia do autor, 2023). 
16 
2.5 HOMENS TRANS E PESSOAS TRANSMASCULINAS 
 
Os andrógenos utilizados na terapia para esse público são formulações de 
testosterona. as mudanças corporais esperadas são o crescimento de pelos faciais e 
corporais, crescimento de cartilagem tireoide, voz mais grave, aumento da força e 
massa muscular, cessação da menstruação, inibição da ovulação, alteração de libido 
que pode aumentar, hipertrofia de clitóris, atrofia vaginal, entre outros. Alterações 
emocionais e de comportamento podem ser esperadas, sendo eles positivas como a 
sensação de ganho enérgico ou negativas como ansiedade e irritabilidade (SÃO 
PAULO, 2020). 
Contraindicações apresentadas se estabelecem a partir de paciente com 
hipersensibilidade aos componentes das fórmulas, gravis ou amamentação, doenças 
cardiovasculares, câncer que podem ter interferência da testosterona, irritabilidade 
excisava, doenças psiquiátricas não controladas (SÃO PAULO, 2020). 
 
2.6 DISPENSAÇÃO DE TERAPIA HORMONAL 
As prescrições estrógenos e andrógenos advindas dos serviços de saúde 
municipais do sus, no caso do município de São Paulo, devem ser aviadas conforme a 
Portaria nº. 2.190/2015. A terapia de hormonização só pode ser dispensada por precisão 
de profissional medico autorizado pela Supervisão de Saúde Distrital ou pela 
Coordenação Regional de Saúde para prescrever em região presente. A validade da 
prescrição ao relata ‘uso continuo” tem validade de seis meses caso contrário a validade 
ser torna por 30 dias a partir de sua emissão (SÃO PAULO, 2020). 
Em caso de terapia de hormonização com a utilização de testosterona somente 
está autorizada a retirada em farmácia por enfermeiros e aplicação na sala de 
medicação adequada (SÃO PAULO, 2020). 
 
2.7 MEDICAMENTOS ANTIRRETROVIRAIS ANTI-HIV 
 
Na década de 1980 os primeiros fármacos antirretrovirais (ARV) entraram no 
mercado, o mecanismo de ação deles impede a multiplicam dos vírus no organismo 
afetado, não matam o vírus, mas evitam o enfraquecimento do sistema imunológico 
evitando um quadro de Aids, sendo importante para a manutenção de tempo e qualidade 
17 
de vida de quem tem essa infecção (BRASIL, 2022). 
O Sistema único de saúde (SUS) distribui gratuitamente o coquetel antiaids, 
desde 1996. Existe no presente 22 medicamentos distribuídos gratuitamente peloSUS, 
em 38 apresentações farmacêuticas divididos em seis tipos. Devido a efeitos tóxicos os 
medicamentos Estavudina (D4T) e Indinavir (IDV) deixaram de ser distribuídos pela rede 
pública de saúde (BRASIL, 2022). 
A primeira classe oferecida são os “Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase 
Reversa” que atuam sobre a enzima transcriptase reversa e tornam a cadeia de DNA 
modificado defeituoso impedindo que o vírus se reproduza (BRASIL, 2022). 
 
3 COMITÊ PARA USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS 
3.1 COMITÊ 
 
Segundo a “Organização Mundial de Saúde” (OMS) o uso racional de 
medicamentos se apresenta quando um paciente recebe e faz o uso de fármacos para 
suas condições clinicas estabelecidas, em doses adequadas e para suas necessidades 
individuais seguindo um período de tempo adequado usufruindo de menor custo para si 
e para comunidade. O uso indevido de medicamentos é considerado um problema a 
nível mundial que resulta em riscos para a saúde e desperdício financeiros (BRASIL, 
2020). 
É estimado que mais da metade dos fármacos são prescritos, dispensados e 
vendidos de forma inadequada, implicando também em uma adesão errônea dos 
pacientes que não os utilizam de fora correta. O uso irracional de medicamentos pode 
incluir pacientes “polifarmácia”, uso inadequado de antimicrobianos como dosagem e 
uso em infecções não bacterianas, uso excessivo ou sub uso de medicamentos, 
automedicação, não adesão a dosagem que é prescrita, uso excessivo de injeções 
quando disponibilidade de formulações orais, entre outros (BRASIL, 2020). 
Em decorrência desses atos foi instituído o Comitê Nacional para a Promoção do 
Uso Racional de Medicamentos (CNPURM) pelo Ministério da Saúde e posteriormente 
recriado pela Portaria GM/MS nº 3.221, de 09 de dezembro de 2019 que tem como 
proposito “orientar e propor ações, estratégias e atividades para a promoção do uso 
racional de medicamentos, considerando Política Nacional de Promoção da Saúde” 
18 
(BRASIL, 2020). 
As entidades participantes do Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional 
de Medicamentos são ANVISA, Opas, Conselhos Nacionais e Federais de saúde, 
entidades educacionais como a Fundação Oswaldo Cruz e MEC e o Ministério da Saúde 
e seus departamentos (BRASIL, 2020). 
Esse comitê deve ser montado para oferecer implementações de ações 
intersetoriais e interfederativas que vão favorecer o fornecimento de subsídios para a 
oferta de serviços e assistência farmacêutica para a sociedade civil e para todas as 
esferas do governo. Tais ações reforçam a importância dos profissionais de saúde em 
ofertar informações corretas sobre o uso de medicamentos para a população (BRASIL, 
2020). 
 
3.2 DESCONGESTIONATE NASAL 
 
A automedicação é uma pratica comum e que vem crescendo entre a população 
brasileira, é relatada como uma forma de aliviar ou tratar sintomas e patologias que são 
perceptíveis através de medicamentos sintéticos, industrializados e remédios caseiros 
como a famosa indicação de “chazinho” pela vizinhança. Essa ação pode ser feita pela 
ida em farmácia e drogarias e adquirir o medicamento sem prescrição no balcão, 
compartilhamento de medicamentos por familiares e amigos, encerramento precoce ou 
prolongamentos do tratamento prescrito. Fatores políticos, culturas e socioeconômicos 
estão intimamente ligados a esse tema (VIRGENS et al.; 2022). 
Os descongestionantes nasais tópicos têm ação indutora de vasoconstrição, 
favorecendo a sensação de alívio nas narinas que se encontravam “entupidas” devido a 
presença de muco em grande quantidade nas vias nasais que prejudicam a ventilação e 
geram desconforto, o quadro se deve principalmente por relação com rinite, sinusite, 
resfriados entre outros (VIRGENS et al.; 2022). 
Esses fármacos se dividem entre os imidazólicos que se apresentam como 
nafazolina, oximetazolina, tetraidrozolina, e quexilometazolina sendo o principal grupo 
responsável pelo efeito rebote e dependência do fármaco devido a sua rápida ação e 
sua longa duração, e os catecolaminas grupo em que são apresentados as epinefrina, 
efedrina e fenilefrina. Em relação à automedicação os medicamentos 
descongestionastes nasais tópicos são os mais procurados pela população brasileira 
19 
devido a venda indevida em drogarias e farmácias, sem prescrição e sem informação 
sobre efeitos adversos o que alerta para uma preocupação em realizar ações pra o seu 
uso racional evitando riscos à saúde do (VIRGENS et al.; 2022). 
A orientação para uso desses fármacos é habitualmente limitada a administração 
de 1 a 2 gotas em cada narina, podendo ser administrada 4 a 6 vezes ao dia não 
excedendo 24 gostas ao dia, durante 3 a 5 dias de preferência, pois o uso durante 15 
dias ou mais sem consciência de toxicidade do fármaco e seus efeitos adversos 
apresenta alto potencial da pessoa desenvolver outra patologia dependente (VIRGENS 
et al.; 2022). 
O medicamento Neosoro® tem sua utilização muito popular entre as pessoas, 
por ser de fácil acesso e resolvendo o problema em que foi proposto faz parte da classe 
dos imidazólicos que são comercializados sem prescrição medica e desempenham a 
desobstrução nasal. Considerados os mais potentes devido a sua rápida ação 
descongestionante de longa duração, o uso excessivo pode levar ao efeito rebote 
(condição onde ouve a suspenção repentina do tratamento que provoca o retorno de 
sintomas) ocasionando em uma rinite medicamentosa e a vasoconstrição de outros 
vasos sanguíneos que podem desencadear quadro de arritmia cardíaca e hipertensão 
arterial (VIRGENS et al.; 2022). 
O uso indiscriminado desses medicamentos vasoconstritores provoca uma 
modificação na morfologia da mucosa nasal onde ocorre a ruptura de vasos sanguíneos 
da região do revestimento endotelial e extravasamento de componentes extracelulares 
ocasionado em edema e inflamação. Esse quadro é ocasionado em decorrência da rinite 
medicamentosa que apresenta congestão nasal, gotejamento pós-natal, espirros 
recorrentes mesmo com a utilização dos medicamentos (VIRGENS et al.; 2022). 
Os descongestionantes nasais são contraindicados em caso de hipertensão 
arterial, diabetes mellitus, hipotireoidismo e hiperplasia prostática já que a ação 
vasoconstritora pode ocasionar ou aumento de pressão arterial e da força de contração, 
aumento também de glicemia e pode causar retenção urinaria prejudicando esses 
quadros já existentes (VIRGENS et al.; 2022). 
A dispensação de descongestionantes nasais tópicos está incluído na RDC Nº 
98, de 1º de agosto de 2019 lista de medicamentos isentos de prescrição, mas aqueles 
que possuem ativos vasoconstritores devem ser dispensados por encaminhamento de 
receituário médico. Mesmo a dispensação de grande parte desses fármacos não sendo 
20 
preciso de receituário medico a venda e distribuição deve ser feita com muita precaução 
e orientação pelo farmacêutico informando sobre forma de aplicação, efeitos adversos, 
tempo de uso e posologia (VIRGENS et al.; 2022). 
 
3.3 BULA NEOSORO® 
 
 
Fonte: bulário do paciente, consulta Anvisa, 2021. 
 
 
21 
CONCLUSÃO 
 
Esta pesquisa revela que os medicamentos Losartana, Metformina, 
Hidroclorotiazida e Anlodipino, classificados na categoria A da Curva ABC, representam 
cerca de 80% da quantidade de medicamentos dispensados, ocupando 
aproximadamente 20% do total. Os fármacos Omeprazol, Clonazepam e Prometazina, 
classificados como categoria B, compreendem cerca de 15% da quantidade dispensada, 
contribuindo com aproximadamente 30% do volume total em estoque. Os medicamentos 
restantes, classificados na categoria C, como Paracetamol, Diclofenaco, Tiamina, 
Oseltamivir, Propatilnitrato, Varfarina, Fenobarbital, Brometo de ipratrópio, equivalem a 
cerca de 5% da quantidade dispensada, mas representam aproximadamente 50% do 
volume total de itens. 
Este estudo conclui que a Curva ABC é uma ferramenta crucial para a 
administração e controle de estoque em farmácias.Ela facilita a tomada de decisões 
mais eficientes e coerentes, contribuindo para a redução de custos desnecessários. A 
organização racional proporcionada pela Curva ABC permite o levantamento de dados 
essenciais sobre a utilização e o abastecimento dos medicamentos nos estoques das 
farmácias, otimizando a logística de tempo para pedidos conforme a demanda. 
As profilaxias PrEP e PEP são vitais, especialmente para a população 
LGBTQIAPN+, considerada de risco elevado. Essas intervenções reduzem a 
probabilidade de novas infecções e complicações graves. A capacitação de profissionais 
de saúde, como médicos, farmacêuticos e enfermeiros, na prescrição e recomendação 
dessas estratégias combinadas, promove maior adesão às medidas preventivas. A 
destigmatização em relação à transmissão do HIV e outros preconceitos contribui para 
melhorar a qualidade de vida dessa população, que enfrenta estigmas diários. Os 
medicamentos antirretrovirais para a profilaxia estão disponíveis no Sistema Único de 
Saúde (SUS) e em redes privadas para a PrEP. No entanto, apenas aqueles elegíveis 
com base em avaliações de risco, sinais e sintomas, e testes laboratoriais podem iniciar 
as profilaxias. 
A comunidade de pessoas transexuais e travestis enfrenta discriminação e 
violência de uma sociedade transfóbica, agravada pela falta de políticas públicas, 
resultando em sérios problemas sociais e de saúde mental. É crucial destacar a 
importância do treinamento para profissionais de saúde, abordando cuidados e atenção 
22 
básica específicos para transexuais e travestis. A inclusão de pessoas trans na 
formação, visando esclarecer as realidades vividas pela população LGBTQIAPN+, pode 
aprimorar a qualificação das práticas. Profissionais de saúde devem oferecer 
acolhimento e ações de cuidado tanto a nível individual quanto comunitário. 
 
 
 
23 
REFERENCIAS 
 
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24 
 
SOUSA, M. S. de; COLLI, L. F. M. A Farmacoterapia da AIDS e a Estratégia de Uso da 
PrEP em Indivíduos em Situação de Risco. Revista Ibero-Americana de Humanidades, 
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Disponível em: <https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/3126\>. Acesso em: 22 
abr. 2023. 
 
 
 
 
 
 
https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/3126%5C%3E
	INSTITUTO DE CIENCIAS DA SAUDE
	TRABALHO OBRIGATORIO
	1 CURVA ABC
	DESENVOLVIMENTO
	1.1 DEFINIÇÃO E IMPORTANCIA
	1.2 ELABORAÇAO DE TABELA E CURVA ABC
	1.3 HIV
	1.4 PREP
	1.5 PEP
	2 ABORDAGEM AO PACIENTE TRANSEXUAL
	2.1 A POPULAÇÃO TRANS
	2.2 TERAPIA HORMONAL
	2.3 TRAVESTIS, MULHERES TRANSEXUAIS E PESSOAS TRANSFEMININAS
	2.4 ANTIANDRÓGENOS
	2.5 HOMENS TRANS E PESSOAS TRANSMASCULINAS
	2.6 DISPENSAÇÃO DE TERAPIA HORMONAL
	2.7 MEDICAMENTOS ANTIRRETROVIRAIS ANTI-HIV
	3 COMITÊ PARA USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
	3.1 COMITÊ
	3.2 DESCONGESTIONATE NASAL
	3.3 BULA NEOSORO®
	CONCLUSÃO
	REFERENCIAS

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