Buscar

Slides de Aula - Unidade III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Dr. Rafael Salgado
UNIDADE III
Microbiologia e 
Micologia Básica
 Há cem anos, os pesquisadores não imaginavam que poderiam existir partículas 
submicroscópicas, assim, descreveram esses agentes infecciosos com o termo contagium
vivum fluidum – um fluido contagioso. 
Virologia
Vírus
Contém um único tipo de ácido 
nucleico, DNA ou RNA.
Contém um revestimento proteico que 
envolve o ácido nucleico.
Multiplica-se no interior de células 
vivas utilizando a maquinaria sintética 
da célula.
Induz a síntese de estruturas 
especializadas que podem transferir o 
ácido nucleico viral para outras 
células.
 Por volta de 1930, os cientistas começaram a 
usar a palavra vírus, palavra que no latim 
significa veneno, para descrever esses agentes 
infiltráveis. São seres especialmente muito 
pequenos e parasitos intracelulares obrigatórios.
 É um ser vivo?
Fonte: https://pixabay.com/images/id-1812092/
Fonte: autoria própria.
 Os vírus têm poucas ou mesmo nenhuma enzima própria para seu metabolismo. Por 
exemplo, não têm enzimas para a síntese proteica e a geração de ATP. Os vírus devem 
assumir a maquinaria metabólica da célula hospedeira. 
Virologia
Bactérias Vírus
Parasito 
intracelular
Não Sim
Membrana 
plasmática
Sim Não
Fissão 
binária
Sim Não
Filtrável Não Sim
DNA e RNA Sim Não
ATP Sim Não
Ribossomos Sim Não
 Fato que dificulta muito o desenvolvimento de 
fármacos antivirais, pois a maioria dos fármacos 
que interfere na replicação viral pode interferir com 
a fisiologia da célula hospedeira.
 Existem vírus que infectam invertebrados, 
vertebrados, plantas, protistas, fungos e bactérias.
 A maioria é capaz de 
infectar tipos celulares 
específicos de 
determinada espécie.
Fonte: autoria própria.
 O espectro de hospedeiros de um vírus é determinado pela 
exigência viral quanto à sua ligação específica à célula 
hospedeira e pela disponibilidade de fatores celulares do 
hospedeiro em potencial necessários para a multiplicação viral.
 Para que ocorra a infecção da célula hospedeira, a superfície 
externa do vírus deve interagir quimicamente com os 
receptores específicos presentes na superfície celular. A 
combinação de muitos sítios de ligação e receptores resulta 
em forte associação entre a célula hospedeira e o vírus.
Virologia
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 360.
 Vírus diferentes variam 
consideravelmente em tamanho. A 
grande maioria é menor do que as 
bactérias. O tamanho dos vírus varia 
de 20 a 1000 nm.
Bacteriólagos f2; MS2
Poliovírus
Rinovírus
Adenovírus
Vírus da raiva
Príon
Bacteriófago T4
Vírus do mosaico do tabaco
Viroide
Vírus vaccínia
Bacteriófago M13
Vírus Ebola
24 nm
30 nm
30 nm
90 nm
170x70 nm
200x20 nm
225 nm
250x18 nm
300x10 nm
300x200x100 nm
800x10 nm
970 nm
300 nm
Bactéria E. coli
3.000 x 4.000 nm
Membrana plasmática da 
hemácia humana 10 nm de 
espessura
Hemácia humana 
10.000 nm de diâmetro
Corpo elementar da 
bactéria Chlamydia
 Um vírion é uma partícula viral infecciosa completa, totalmente desenvolvida, composta por 
um ácido nucleico e envolta por um revestimento proteico que a protege do meio ambiente. 
Os vírus são classificados de acordo com o ácido nucleico que possuem e por diferenças nas 
estruturas de seus envoltórios.
Estrutura viral
 A quantidade total de ácido nucleico varia de poucos milhares 
de nucleotídeos (ou pares) até 250 mil nucleotídeos. Ao 
contrário das células procarióticas e eucarióticas, os vírus 
podem possuir tanto DNA como RNA, mas nunca ambos. O 
ácido nucleico dos vírus pode ser de fita simples ou dupla. 
 Assim existem vírus que 
apresentam o familiar DNA de 
dupla-fita, DNA de fita simples, 
RNA de dupla-fita, RNA de fita 
simples. Dependendo do 
vírus, o ácido nucleico pode 
ser linear ou circular.
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-
premium/ilustracao-3d-do-coronavirus-rna-covid-
19-infeccao-por-
coronavirus_7807312.htm#page=1&query=rna%
20viral&position=18
 O ácido nucleico de um vírus é protegido 
por um revestimento proteico, chamado 
de capsídeo. A estrutura do capsídeo é 
determinada pelo ácido nucleico do vírus 
e constitui a maior parte da massa viral, 
sobretudo dos vírus menores.
 Cada capsídeo é formado por 
subunidades proteicas, denominadas 
capsômeros, com organização 
característica de cada tipo de vírus.
Estrutura viral
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 361.
Ácido nucleico
Capsômero Capsídeo
(a)
(b) TEM
30nm
 Em alguns vírus, o capsídeo é envolto 
por um envelope, que geralmente 
consiste em uma combinação de 
lipídeos, proteínas e carboidratos.
 Alguns vírus animais são liberados da 
célula hospedeira por um processo de 
extrusão, a partícula é envolta por uma 
camada de membrana plasmática celular 
que passa a constituir o envelope viral.
Estrutura viral
Ácido nucleico
Capsômero
Espículas Envelope
(a)
(b) TEM 20nm
Fonte: TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 361.
 Dependendo do vírus, os envelopes 
podem ou não apresentar espículas, 
constituídas por complexos carboidrato-
proteína que se projetam das 
superfícies do envelope.
 Alguns vírus se ligam à célula 
hospedeira através das espículas, que 
são características que podem ser 
utilizadas para identificação. Genes 
suscetíveis à mutação.
Estrutura viral
Ácido nucleico
Capsômero
Espículas Envelope
(a)
(b) TEM 20nm
Fonte: TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 361.
 Os vírus cujos capsídeos não são 
envoltos por um envelope são 
conhecidos como vírus 
não envelopados.
 Nesse caso, o capsídeo protege o ácido 
nucleico viral do ataque das nucleases 
presentes nos fluidos biológicos e 
promove a ligação da partícula às 
células suscetíveis.
Estrutura viral
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 361.
Ácido nucleico
Capsômero Capsídeo
(a)
(b) TEM
30nm
 Os vírus podem ser classificados em 
vários tipos morfológicos diferentes, 
com base na arquitetura do capsídeo.
 Os vírus helicoidais se assemelham a 
longos bastonetes que podem ser 
rígidos ou flexíveis. O acido nucleico 
viral é encontrado no interior de um 
capsídeo oco e cilíndrico.
Morfologia geral
 Exemplo: vírus Ebola e vírus da raiva.
Fonte: TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 362.
Ácido nucleico
Capsômero
Capsídeo
(a)
(b) TEM 160 nm
Ácido nucleico
Capsômero Capsídeo
(a)
(b) TEM
30nm
 Muitos vírus animais, vegetais e 
bacterianos são vírus poliédricos, 
isto é, têm muitas faces. O 
capsídeo da maioria tem a forma 
de um icosaedro, um poliedro 
regular com 20 faces triangulares e 
12 vértices.
 Os capsômeros de cada face 
formam um triângulo equilátero.
Morfologia geral
 Exemplo: adenovírus e poliovírus.
Fonte: TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. 
L. Microbiologia. 12. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 
2017, p. 361.
Ácido nucleico
Capsômero
Espículas Envelope
(a)
(b) TEM 20nm
 O capsídeo de alguns vírus é coberto 
por um envelope. Os vírus
envelopados são relativamente 
esféricos. Os vírus helicoidais e 
poliédricos podem ser envelopados.
 Helicoidal envelopado: 
vírus influenza.
 Poliédrico envelopado: vírus do 
herpes humano.
Morfologia geral
Fonte: TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 361.
 Particularmente, os vírus 
bacterianos têm estruturas 
complicadas e são chamados de 
vírus complexos. Alguns 
bacteriófagos possuem capsídeos 
com estruturas adicionais aderidas.
 O capsídeo (cabeça – contém o 
genoma viral) é poliédrico e bainha 
de cauda é helicoidal.Morfologia geral
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; 
CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 363.
Capsídeo 
(cabeça)
Bainha
65 nm
DNA
Fibra de cauda
Pino
Placa basal
TEM
80 nm
(a) Bacteriófago T-par
(b) Orthopoxvirus TEM 150nm
Vírus são parasitas obrigatoriamente intracelulares e apresentam uma constituição 
relativamente simples. Assinale a alternativa correta:
a) Os vírus podem conter DNA e RNA na mesma partícula viral.
b) O envelope está presente em todas partículas virais.
c) O capsídeo é uma estrutura acessória, encontrada em algumas partículas virais. 
d) As espículas são estruturas externas ao envelope, com alto índice mutagênico.
e) Os bacteriófagos são vírus helicoidais.
Interatividade
Vírus são parasitas obrigatoriamente intracelulares e apresentam uma constituição 
relativamente simples. Assinale a alternativa correta:
a) Os vírus podem conter DNA e RNA na mesma partícula viral.
b) O envelope está presente em todas partículas virais.
c) O capsídeo é uma estrutura acessória, encontrada em algumas partículas virais. 
d) As espículas são estruturas externas ao envelope, com alto índice mutagênico.
e) Os bacteriófagos são vírus helicoidais.
Resposta
 Os vírus não se multiplicam em 
meios de cultura quimicamente 
sintéticos, devendo estar 
obrigatoriamente associados a 
células vivas.
 Os vírus, cujos hospedeiros são 
células bacterianas, multiplicam-se 
facilmente em culturas bacterianas 
(meio líquido ou sólido).
Isolamento, cultivo e identificação
 Uma amostra de bacteriófagos é misturada às bactérias 
hospedeiras em ágar fundido.
 O ágar é inserido em uma placa de Petri contendo uma 
camada de meio de cultura mais endurecido. A mistura vírus-
bactéria se solidifica, formando uma fina camada superior.
Capsídeo 
(cabeça)
Bainha
65 nm
DNA
Fibra de cauda
Pino
Placa basal
TEM
80 nm
Fonte: https://pixabay.com/images/id-268103/
Fonte: adaptado de TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017, p. 363.
 Cada vírus infecta uma bactéria, 
multiplica-se e libera centenas de 
novos vírus. Esses novos vírus 
infectam outras bactérias nas 
imediações, e mais novos vírus 
são produzidos.
 Após vários ciclos, todas as 
bactérias nas proximidades são 
destruídas, criando zonas claras, 
as placas de lise.
Isolamento, cultivo e identificação
Fonte: 
TORTORA, G. 
J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 
12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 
2017, p. 367.
 Teoricamente, cada placa corresponde a um único vírus da 
suspensão original. As concentrações das suspensões 
virais, medidas pelo número de placas formadas, são 
expressas em unidades formadoras de placas (UFP).
Placas de 
lise
 Em laboratório, geralmente são utilizados três métodos para o cultivo de vírus animais. 
 Animais vivos: camundongos, coelhos e porquinhos-da-índia. Pode ser utilizado como um 
procedimento diagnóstico para a identificação e o isolamento de um vírus a partir de 
amostras clínicas. Ovos embrionados: hospedeiro conveniente e não dispendioso. 
Atualmente, utilizado para produção de vacinas.
 Cultura celular: crescimento de células em meio de cultura em laboratório, constituindo 
coleções mais homogêneas e pode ser propagada e manipulada. É iniciada pelo tratamento 
de fragmentos do tecido animal com enzimas que separam as células individuais.
Isolamento, cultivo e identificação
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; 
CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 368.
Um tecido é tratado com 
enzimas para a 
separação das células
As células obtidas 
individualmente são 
suspensas em um 
meio da cultura.
As células normais ou primárias crescem, 
formando uma monocamada no recipiente 
de vidro ou plástico. As células 
transformadas ou de linhagem contínua 
não crescem, não formando uma 
monocamada.
Células 
normais
Células 
transformadas
1 2 3
 As células normais tendem a aderir ao recipiente de plástico ou vidro e se reproduzem, 
formando uma monocamada. A infecção viral dessa monocamada muitas vezes causa a 
destruição, à medida que os vírus se multiplicam, chamada de efeito citopático (ECP). As 
células de linhagem primária tendem a morrer após poucas gerações. 
Isolamento, cultivo e identificação
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. 
ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 368.
 As células de linhagem contínua
são células cancerosas 
(transformadas) e podem ser 
mantidas por um número indefinido 
de gerações (linhagens imortais).
(a)
TEM
50
(b)
50
LM LM
 Para que um vírus se multiplique, ele precisa invadir a célula hospedeira e assumir o 
comando da sua maquinaria metabólica. Um único vírion pode dar origem, em uma única 
célula hospedeira, a algumas ou mesmo milhares de partículas virais iguais.
Multiplicação viral
 A multiplicação dos vírus pode ser 
demonstrada com uma curva de ciclo único. 
Novos vírions infecciosos só são encontrados 
na cultura após biossíntese e maturação. A 
maioria das células infectadas morre, não 
produzindo mais vírions.
Fonte: TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. 
L. Microbiologia. 12. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 
2017, p. 369.
Tempo (dias)
N
ú
m
e
ro
 d
e
 v
ír
io
n
s
Infecção aguda
Período 
de 
eclipse
 Os vírions dos bacteriófagos são 
grandes, complexos, não 
envelopados e apresentam uma 
estrutura característica de cabeça 
e cauda. O tamanho de seu DNA 
corresponde a apenas cerca de 
6% do DNA de uma bactéria E. 
coli. Ainda assim, o fago possui 
DNA suficiente para codificar mais 
de 100 genes. 
Multiplicação viral
Fonte: 
TORTORA, G. 
J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 
12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 
2017, p. 370.
Adsorção: o fago 
adere-se à célula 
hospedeira
Penetração: o fago 
penetra na célula 
hospedeira e injeta o 
seu DNA.
Biossíntese: o DNA do 
fago direciona a 
síntese de 
componentes virais 
pela célula hospedeira 
Maturação: os 
componentes virais 
são organizados, 
formando vírions
Liberação: a célula 
hospedeira sofre lise 
e novos vírions são 
liberados.
Parede celular 
bacteriana
Cromossomo 
bacteriano Capsídeo DNA
Capsídeo (cabeça)
Bainha
Fibra da cauda
Placa basal
Pino
Parede celular
Membrana plasmática
Cauda
Bainha contraída
Núcleo da cauda
Cauda
DNA
Capsídeo
Fibras da cauda
 Alguns vírus não causam a lise e a 
morte da célula hospedeira quando se 
multiplicam. Na lisogenia, o fago 
permanece latente (inativo) e possibilita 
a transdução especializada.
 Genes bacterianos podem ser 
empacotados em um capsídeo fágico e 
transferidos para outra bactéria.
Multiplicação viral
Fonte: 
TORTORA, G. 
J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 
12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 
2017, p. 372.
Prófago Gene gal
O prófago existe em uma bactéria 
hospedeira que utiliza a galactose 
(que contém o gene gal)
O genoma do fago é excisado, levando 
consigo o gene gal adjacente da 
bactéria hospedeira.
O fago torna-se maduro, e a célula é 
lisada, liberando fagos contendo o 
gene gal.
O fago infecta uma célula que não 
utiliza a galactose (que não tem o 
gene gel).
O gene bacteriano gal, junto com o 
prófago, integra-se ao DNA do novo 
hospedeiro.
A célula lisogênica poderá agora, 
metabolizar a galactose
Gene gal
Célula 
doadora 
galactose-positiva
Gene gal
Célula 
receptora 
galactose-negativa
Célula recombinante galactose-positiva
 A multiplicação dos vírus animais segue o padrão básico da multiplicação dos bacteriófagos, 
porém difere essencialmente no seu mecanismo de penetração na célula hospedeira. Um 
vírus necessita da célula hospedeira viva para a sua multiplicação, mas precisa interromper a 
síntese de proteínas do hospedeiro, para que os genes virais sejam traduzidos.
Multiplicação viral
 Adsorção: os vírus animais têm sítios de 
adsorção que se ligama sítios receptores 
na superfície da célula hospedeira.
 Penetração: endocitose mediada por 
receptor ou fusão.
Fonte: 
TORTORA, G. 
J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 
12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 
2017, p. 374.
Proteínas da membrana 
plasmática da célula 
hospedeira no sítio da 
endocitose mediada por 
receptor
Fusão do envelope 
viral e da membrana 
plasmática
TEM TEM
40 nm 60 nm
(a) Penetração de um retrovírus 
de suínos por endocitose
mediada por receptor.
(b) Penetração de um herpes-
vírus por fusão
 Em geral, os vírus de DNA
replicam seu genoma no 
núcleo da célula 
hospedeira, usando 
enzimas virais, e sintetizam 
as proteínas do capsídeo 
no citoplasma, usando 
enzimas do hospedeiro que 
migram para o núcleo para 
formar os novos vírions.
Multiplicação viral
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 375.
Liberação:
Os vírions são 
liberados.
Maturação:
Os vírions 
tornam-se 
maduros
Papovavírus
DNA
Capsídeo
Núcleo
Citoplasma
Proteínas do capsídeo
Tradução tardia: 
as proteínas do 
capsídeo são 
sintetizadas.
DNA Viral
Proteínas do 
capsídeo
mRNA
Biossíntese
O DNA viral é 
replicado e algumas 
proteínas virais são 
sintetizadas.
Uma porção do DNA 
viral é transcrita, 
produzindo mRNAs que 
codificam proteínas 
virais “precoces”.
O
O papovavírus é um típico
vírus de DNA que infecta 
células animais
Adsorção: O vírion 
liga-se à célula 
hospedeira.
Penetração e 
Desnudamento: 
O vírion penetra 
na célula e ocorre 
o desnudamento 
do DNA
 Os vírus de RNA se multiplicam 
essencialmente da mesma forma 
que os vírus de DNA, com exceção 
de que os vírus de RNA se 
multiplicam no citoplasma da célula 
hospedeira.
 Diversos mecanismos distintos de 
produção de mRNA são 
observados entre os diferentes 
grupos de vírus de RNA.
Multiplicação viral
Fonte: 
TORTORA, G. 
J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 
12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 
2017, p. 377.
Maturação e liberação
RNA
Capsídeo
Adsorção
Núcleo
Citoplasma
Penetração e 
desnudamento
Tradução e síntese 
das proteínas virais.
Genoma 
viral 
(RNA)
A fita negativa é transcrita a 
partir do genoma viral positivo.
Proteína do 
capsídeo
Replicação do RNA pela RNA 
polimerase dependente de RNA viral.
O desnudamento libera o RNA e as 
proteínas virais.
Proteína 
viral
 Muitos retrovírus infectam 
vertebrados, um gênero de 
retrovírus, os Lentivirus, 
incluindo as subespécies 
HIV-1 e HIV-2.
 O nome retrovírus se refere à 
presença da enzima 
transcriptase reversa.
Multiplicação viral
Fonte: 
TORTORA, G. 
J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 
12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 
2017, p. 379.
 A montagem do capsídeo proteico constitui o primeiro 
passo no processo de maturação viral. As proteínas 
do envelope viral são codificadas por genes virais e 
são incorporadas à membrana da célula hospedeira.
 Quando o vírus deixa a célula por um processo 
denominado brotamento, o capsídeo viral adquire o 
envelope. 
 Os vírus não envelopados são liberados através de 
rupturas na membrana plasmática.
Maturação e liberação
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; 
CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 380.
Capsídeo viral
Membrana plasmática da 
célula hospedeira
Proteína viral
Brotamento
Brotamento
Envelope
(a) Liberação por brotamento
(b) Lentivirus TEM
50 nm
Qual a técnica mais difundida para isolamento, cultivo e identificação viral?
a) Animais vivos.
b) Ovos embrionados.
c) Linhagens celulares primárias.
d) Linhagens celulares contínuas.
e) Meios de cultura.
Interatividade
Qual a técnica mais difundida para isolamento, cultivo e identificação viral?
a) Animais vivos.
b) Ovos embrionados.
c) Linhagens celulares primárias.
d) Linhagens celulares contínuas.
e) Meios de cultura.
Resposta
 A poliomielite (pólio) é mais conhecida como causa de paralisia. Entretanto, a forma 
paralítica provavelmente afeta menos de 1% dos infectados com o poliovírus, um vírus 
icosaédrico. A grande maioria dos casos é assintomática ou exibe sintomas brandos, como 
cefaleia, dor de garganta, febre e náusea. 
Doenças virais (poliomielite)
 Transmissão: ingestão de água contaminada 
com fezes contendo o vírus, e as principais 
áreas de multiplicação são a garganta e o 
intestino delgado. Acesso ao SNC: linfonodos, 
corrente sanguínea (viremia). 
Fonte: adaptado de TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. 
L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 361.
Fonte: adaptado de TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. 
L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 620.
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
C
a
s
o
s
1950 1960 1970 1980
Ano
1990 2000
Último caso de 
infecção natural
Vacina 
viva oral
Vacina inativada
 São conhecidos mais de 200 vírus diferentes, membros de 
diversas famílias distintas, que causam resfriados. A maioria dos 
vírus de resfriados são rinovírus (30-50%) ou coronavírus (10-
15%). Todavia, 20 a 30% dos vírus são classificados como 
desconhecidos.
 Sintomas: espirros, secreção nasal excessiva e congestão. A 
infecção pode se disseminar facilmente da garganta para os seios, 
o trato respiratório inferior e a orelha média, causando laringites e 
otites. O resfriado sem complicações não é acompanhado de febre.
Doenças virais (resfriados comuns)
 Transmissão: vírus 
presentes em gotículas 
de ar oriundas de tosse e 
espirros se depositam em 
tecidos suscetíveis do 
nariz e dos olhos.
Fonte: 
https://pixaba
y.com/images
/id-4392136/
 A influenza (gripe) se caracteriza por 
calafrios, febre, cefaleia e dores 
musculares. 
 Os vírus do gênero Influenzavirus
são vírus de RNA envelopados, com 
espículas de hemaglutinina (HA) e 
as espículas de neuraminidase 
(NA). As linhagens virais são 
identificadas pelas variações nos 
antígeno HA e NA.
Doenças virais (gripe)
Subtipo antígenico Ano Gravidade
H3N2 1889 Moderada
H1N1 (espanhola) 1918 Grave
H2N2 (asiática) 1957 Grave
H1N1 (México) 2009 Baixa
Fonte: TORTORA, 
G. J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. 
ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017, p. 
696.
Fonte: 
autoria 
própria.
 Desvios 
antigênicos
Espícula de NA
Capsídeo
Espícula 
de HA
Envelope
2 de 8 segmentos de 
RNA no genoma
25 nm
Doenças virais (SARS)
Fonte: https://covid19sc.github.io/coronavirus.html Os coronavírus são vírus pleomórficos 
e envelopados, sendo seu material 
genético constituído por uma fita 
simples de RNA, e nos últimos anos, 
emergiram como agentes causadores 
de pneumonia. São comuns em 
muitas espécies diferentes de animais 
e raramente podem infectar pessoas, 
como exemplo do MERS-CoV e 
SARS-Cov. 
 Em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo 
coronavírus (SARS-Cov-2), identificado em Wuhan, na 
China, e causou a COVID-19, disseminada e transmitida 
pessoa a pessoa. 20% dos casos detectados requerem 
atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade 
respiratória, dois quais aproximadamente 5% podem 
necessitar de suporte ventilado.
Fonte: https://pixabay.com/images/id-4999857/
Membrana 
(M)
RNA
Nucleocapsídeo (N)
Spike (S)
Envelope (E)
 A varicela (catapora) é uma 
doença relativamente branda 
quando contraída na 
infância, o que é o mais 
comum. A taxa de 
mortalidade é muito baixa e 
normalmente está associada 
a complicações, como 
encefalites (infecção do 
cérebro) ou pneumonias. 
Doenças virais (varicela)
 Herpesvírus varicela-zoster Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; 
CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 592.
Medula espinal
Os vírus movem-se 
de forma ascendente 
pelo nervo períferico
DNA viral 
latente
Célula nervosa no 
gânglio da raiz dorsal
Ativação do 
DNA viral na 
célula 
nervosa
Vírus
Os vírus movem-se 
deforma 
descendente pelo 
nervo periférico. Medula espinal
(b) Recorrência da infecção: “cobreiro” (herpes zoster)(a) Infecção inicial: varicela (catapora)
 Os vírus herpes simples (HSV, de herpes simplex vírus), são divididos em HSV-1 e HSV-2. 
 O HSV-1 é transmissível pelas vias orais ou respiratórias, e a infecção normalmente 
acontece na infância. A infecção é subclínica, contudo muitos casos desenvolvem lesões, 
conhecidas como herpes labial ou bolhas de febre. As lesões consistem em vesículas 
dolorosas, de curta duração, que ocorrem próximas à margem vermelha externa dos lábios. 
O HSV-1 permanece latente no nervo trigêmeo.
Doenças virais (herpes)
 O HSV-2 é transmissível por contato sexual. É 
o principal agente causador da herpes genital. 
O vírus fica latente no gânglio do nervo sacral. 
 Encefalite 
herpética.
 Herpes 
neonatal.
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 593.
 A rubéola frequentemente ocorre de forma subclínica, os sintomas incluem erupção macular 
(pequenas manchas avermelhadas) e febre branda. As complicações são raras, sobretudo 
em crianças, mas encefalites podem ocorrer em cerca de 1 a cada 6 mil casos, 
principalmente em adultos.
Doenças virais (rubéola) 
 O vírus da rubéola (rubella vírus) é transmissível 
pela via respiratória e apresenta um período de 
incubação de 2 a 3 semanas. A recuperação 
parece gerar uma imunidade consistente.
 Síndrome da rubéola congênita.
Fonte: TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 594.
 O vírus da hepatite A (HAV, de hepatitis A vírus) é o agente causador da hepatite A. O vírus 
tem um RNA de fita simples e não apresenta um envelope. Ele pode ser cultivado em cultura 
de células. Após a entrada típica por via oral, o HAV se multiplica no revestimento epitelial do 
trato intestinal. A viremia pode ocorrer e o vírus se dissemina para o fígado, os rins e o baço. 
O vírus se dissemina nas fezes e também pode ser detectado no sangue e na urina. 
 Pelo menos 50% das infecções por HAV são subclínicas, especialmente em crianças. Nos 
casos clínicos, os sintomas iniciais são anorexia, mal-estar, náuseas, diarreia, desconforto 
abdominal, febre e calafrios. Em alguns casos também há icterícia e urina escura, nesses 
casos, o fígado se torna sensível e aumentado. Não existe forma crônica. 
Doenças virais (hepatite A)
Fonte: 
http://clinicacadi.com.br/
ictericia-sintomas-
tratamentos-e-causas/
 A hepatite B é causada pelo vírus da hepatite B (HBV, de hepatites B vírus), seu genoma é 
de DNA de dupla-fita e ele é envelopado. O HBV é um vírus de DNA singular; em vez de 
replicar seu DNA diretamente, ele passa por um estágio intermediário de RNA. 
Frequentemente transmissível por transfusões de sangue.
Doenças virais (hepatite B)
 Três partículas distintas: 
 Partícula de Dane
 Partícula esférica
 Partícula filamentosa
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 727.
Partícula filamentosa 
(partícula envelopada tubular)
Partícula esférica (partícula envelopada)
Partícula de Dane 
(HBV completo)
Espículas
Envelope (HBsAg)
Capsômero
DNA
MET
50 nm
 O sangue pode conter até um bilhão de vírus por mL. Portanto, não é surpreendente que o 
vírus também esteja presente em muitos fluidos corporais, como a saliva, o leite materno e o 
sêmen, mas não em fezes ou urina livres de sangue.
 Um terço da população mundial apresenta evidência sorológica de infecção prévia, mas a 
maioria das pessoas já conseguiu depurar o vírus.
 Hepatite B aguda: pode ser subclínica. Em cerca de um terço dos casos, o paciente exibe 
sintomas da doença – a pessoa não se sente bem e frequentemente manifesta febre baixa, 
náuseas e dor abdominal; além de icterícia e urina escura. Hepatite fulminante.
Doenças virais (hepatite B)
 Hepatite B crônica: > 6 meses de infecção. No geral, até 
10% dos pacientes infectados se tornam crônicos. Pode 
ser assintomático e, nos casos em que a infecção 
crônica resulta em cirrose hepática, o paciente se torna 
gravemente doente, com desenvolvimento de câncer de 
fígado em alguns casos. 
 Responsável por quase todos os casos de hepatite transfusional. Testes sorológicos 
detectam anticorpos contra o vírus da hepatite C (HCV, de hepatitis C vírus) que reduziram a 
transmissão. Porém, existe uma demora de cerca de 70 a 80 dias entre a infecção e o 
aparecimento de anticorpos detectáveis. 
 O HCV contém um RNA de fita simples e é envelopado. O vírus não destrói a célula 
infectada, mas desencadeia uma resposta inflamatória, que ou promove a depuração da 
infecção, ou destrói lentamente o fígado. Possui rápida variação genética.
Doenças virais (hepatite C)
Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-
geral/hv/o-que-sao-hepatites/hepatite-c.
 Poucas pessoas apresentam 
sintomas reconhecíveis até 
terem decorrido cerca de 20 
anos. A maioria dos casos, 
cerca de 85%, progride para 
hepatite crônica. Cerca de 
25% destes desenvolvem 
cirrose hepática ou câncer 
hepático. 
Proteína do 
capsídeo 
Glicoproteína 
do envelope
RNA
As hepatites virais são infecções que atingem o fígado com aspectos clínicos bastante 
distintos. Entre as hepatites mais recorrentes, a infecção que não evolui para a fase crônica é:
a) Hepatite A.
b) Hepatite B.
c) Hepatite C.
d) Hepatite D.
e) Hepatite E.
Interatividade
As hepatites virais são infecções que atingem o fígado com aspectos clínicos bastante 
distintos. Entre as hepatites mais recorrentes, a infecção que não evolui para a fase crônica é:
a) Hepatite A.
b) Hepatite B.
c) Hepatite C.
d) Hepatite D.
e) Hepatite E.
Resposta
 Em 1981, um grupo de 
casos de pneumonia por 
Pneumocystis emergiu, os 
indivíduos afetados 
apresentavam uma perda 
da função imune. Em 1983, 
o patógeno causador foi 
identificado como um vírus 
que infecta seletivamente as 
células T auxiliares. 
Doenças virais (AIDS)
 Hoje, esse vírus é 
conhecido como vírus da 
imunodeficiência 
humana, ou HIV (do 
inglês, human
immunodeficiency virus).
Fonte: 
https://www.marinha.mil.br/saude
naval/aids-e-os-idosos
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 5.
Célula CD4+T HIVs
 O HIV, do gênero 
Lentivirus, é um 
retrovírus. Ele tem duas 
fitas idênticas de RNA, a 
enzima transcriptase 
reversa, e um envelope 
de fosfolipídeo. O 
envelope tem espículas, 
chamadas de gp120.
Doenças virais (AIDS)
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 535.
 O HIV é frequentemente disseminado pelas células 
dendríticas, as quais capturam os vírus e os 
conduzem aos órgãos linfoides. Nesses órgãos, os 
vírus entram em contato com as células do sistema 
imune, em especial as células T CD4+.
O envelope é 
abandonado
Espícula glicoproteica:
gp 120
Glicoproteína
transmembrana
gp41
Envelope
Enzima 
transcriptase 
reversa
Envelope
Carne com 
revestimento 
proteico
Capsídeo
RNA
CCR5 ou 
CXCR4 
Correcep-
tor
gp120
gp41
Receptor CD4
Célula T CD4+
Envelope viral
 O RNA viral é liberado e 
transcrito em DNA e 
integrado ao DNA 
cromossômico, 
controlando a produção 
de uma infecção ativa, na 
qual novos vírus brotam 
da célula.
Doenças virais (AIDS)
 HIV-1: responsável 
por 99% dos casos, 
mais virulento
 HIV-2: endêmico 
(África)
Fonte: TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 536.
(a) Infecção latente. O DNA viral é integrado ao DNA 
celular na forma de um provírus, que pode ser 
ativado posteriormente para a produção de vírus 
infecciosos.
Célula T CD4+
HIV
DNA cromossômico
Receptor CD4
Receptor CCR5 ou CXCR4
Provírus
Vírus iniciando o 
processo de 
brotamento dacélula T 
Proteína do 
envelope viral
gp120
gp41
Progênie do 
HIV
(b) Infecção ativa. O provírus é ativado, permitindo 
que ele controle a síntese de novos vírus. A 
montagem final é realizada na membrana celular, 
com a aquisição da proteína de envelope viral à 
medida que o vírus brota da célula
 Possível evolução: 
AIDS: síndrome da 
imunodeficiência 
adquirida (SIDA). 
 Doenças oportunistas.
 Indivíduos portadores.
Doenças virais (AIDS)
Fonte: TORTORA, G. J.; 
FUNKE, B. R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017, p. 538.
 Recorrente em crianças pequenas, a quinta doença, ou eritema infeccioso, não produz 
nenhum sintoma em cerca de 20% dos indivíduos infectados pelo vírus (parvovírus humano 
B19, identificado pela primeira vez em 1989). O termo quinta doença é originado de uma lista 
de doenças que envolvem erupções cutâneas como rubéola.
Doenças virais (eritema infeccioso) 
Fonte: 
https://www.medicina.ufmg.br/observape
d/eritema-infeccioso-2/
 Em adultos não imunizados 
naturalmente durante a 
infância, a doença pode 
causar anemia, episódios 
de artrite ou, mais 
raramente, abortos.
 Os sintomas são similares a um caso leve de gripe, 
mas com a ocorrência distinta de uma erupção facial
semelhante à marca deixada por uma bofetada no 
rosto, a qual desaparece lentamente. 
 As verrugas são uma doença infecciosa causada por vírus conhecidos como papilomavírus. 
Muitos papilomavírus têm predileção pelo crescimento não na pele, mas sim nas membranas 
mucosas que revestem órgãos, como trato respiratório, boca, ânus e genitália. Essas 
verrugas genitais (ou condiloma acuminado) são normalmente transmissíveis sexualmente.
Doenças virais (verrugas genitais)
 Cânceres do colo 
do útero, oral, anal 
e peniano são 
atribuídos à 
infecção pelo HPV.
 Existem mais de 60 tipos de papilomavirus humano (HPV, de human papillomaviruses) e 
determinados sorotipos estão associados a verrugas genitais. Algumas são extremamente 
grandes, semelhantes a uma couve-flor com múltiplas projeções digitiformes, ao passo que 
outras são relativamente lisas ou planas. 
Fonte: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2017, p. 763.
Verrugas 
genitais
 A família poliomavírus inclui dois vírus com potencial patogênico em humanos, representado 
pelo JC vírus (JCV) e pelo BK vírus (BKV). O vírion da família poliomavírus é pequeno, 
possui um capsídeo icosaédrico descoberto e DNA de fita dupla circular. 
 O modo de transmissão viral na infecção primária é desconhecido, seguido por viremia até 
os órgãos-alvo. Os achados clínicos mais frequentes são sintomas respiratórios 
inespecíficos. A reativação viral pode ocorrer em diferentes momentos, especialmente em 
estados de imunossupressão. 
Doenças virais (poliomavírus)
 Enquanto BKV 
acarreta doenças 
do trato urinário, 
como a cistite 
hemorrágica e 
outras nefrites.
 A reativação do JCV leva à 
leucoencefalopatia multifocal.
Fonte: http://virology-
online.com/viruses/polyo
maviruses.htm
 As arboviroses são doenças causadas por vírus e transmitidas por mosquitos pertencentes à 
espécie Aedes (especialmente A. aegypti). Como a febre amarela e a dengue, resultantes da 
infecção pelo gênero flavivírus. Os vírus dessa família possuem RNA de fita simples e 
capsídeo icosaedro, recoberto pelo envelope.
 Nos estágios iniciais dos casos graves da febre amarela, a pessoa apresenta febre, calafrios 
e cefaleia, seguidos de náusea e vômito. Esse estágio é seguido por icterícia, refletindo a 
lesão hepática, a taxa de mortalidade é alta, cerca de 20%.
 Doenças endêmicas! 
Doenças virais (arboviroses)
 A dengue é uma doença 
similar, porém mais branda, 
a maioria das infecções é 
assintomática e a doença 
em si pode variar desde um 
caso brando de febre a 
uma doença severa e fatal, 
caracterizada por 
hemorragia e choque. 
Fonte: 
http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.h
tm?infoid=663&sid=32&tpl=printerview
 O sarampo é uma doença extremamente contagiosa que se dissemina através da via 
respiratória. Os casos declinaram desde a introdução da vacina tríplice viral (sarampo, 
caxumba e rubéola). A infecção se inicia no trato respiratório superior. Após um período de 
incubação de 10 a 12 dias, sintomas semelhantes a um resfriado aparecem. Em seguida, 
surge uma erupção macular que se inicia na face e se dissemina para o tórax e 
as extremidades. 
Doenças virais (sarampo)
 Bastante perigosa para crianças e idosos, é complicada por 
infecções da orelha média e pneumonias causadas pelo 
próprio vírus ou por infecções bacterianas secundárias. 
 1 a cada 1.000.000 
casos: panencefalite
esclerosante subaguda.
 RNA fita simples, família 
Paramyxoviridae, gênero 
Morbillivirus.
Fonte: TORTORA, 
G. J.; FUNKE, B. 
R.; CASE, C. L. 
Microbiologia. 12. 
ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017, p. 
594.
 De uma maneira geral, amostras colhidas para diagnóstico viral podem ser refrigeradas por 
até 24 horas, não podendo ser congeladas amostras de sangue total e/ou tecido. As 
amostras de diferentes espécies como sangue, leite, colostro, saliva, urina, fezes e LCR, 
devem ser colhidas em tubo estéril contendo meio de transporte adequado.
 Técnicas de cultivo e isolamento: animais vivos, ovos embrionados, cultura em 
linhagens celulares.
Diagnóstico laboratorial de infecções virais
 Diagnóstico 
molecular: 
PCR (reação 
em cadeia da 
polimerase).
 Técnicas sorológicas: pesquisa de antígenos (porção viral) ou 
anticorpos (frente ao vírus), utilizando técnicas como ELISA e 
Western-Blotting, imunofluorescência ou testes de aglutinação.
Fonte: 
https://www.sinobiological.co
m/category/wb-medical-
diagnosis.
gp 160
gp 120
p 66
p 55
p 51
gp 41
p 31
p 24
p 15
p 17
1 2 3
 O controle de algumas doenças virais através da farmacoterapia foi uma grande conquista 
das últimas décadas. Devido à característica peculiar dos vírus, um parasita intracelular 
obrigatório, o desenvolvimento de tratamentos é bastante desafiador.
 A identificação de enzimas produzidas por agentes virais e que os possibilitam replicar no 
interior das células impulsionaram os estudos de medicamentos capazes de inibir tais 
enzimas, de modo a não danificar as células do hospedeiro.
Tratamento das infecções virais
Mecanismos de ação dos antivirais
Inibição da penetração da partícula viral
Bloqueio da liberação de novos vírus
Inibição competitiva da DNA polimerase
Inibição da RNA polimerase
Inibição da transcriptase reversa
Administração de interferons
 Combinação de fármacos.
Fonte: autoria própria.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o retrovírus causador de déficit imunológico, 
induzindo o acometimento do hospedeiro por doenças oportunistas. 
a) Arbovírus.
b) HPV.
c) HIV.
d) Poliomavírus.
e) Parvovírus.
Interatividade
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o retrovírus causador de déficit imunológico, 
induzindo o acometimento do hospedeiro por doenças oportunistas. 
a) Arbovírus.
b) HPV.
c) HIV.
d) Poliomavírus.
e) Parvovírus.
Resposta
 BUTEL, Janet S.; MORSE, Stephen A.; BROOKS, Geo F. Microbiologia médica de Jawetz, 
Melnick e Adelberg. 26. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014 (Minha Biblioteca).
 LEVINSON, Warren. Microbiologia Médica e Imunologia. Porto Alegre: AMGH, 2016 (Minha 
Biblioteca).
 TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. Porto Alegre: 
ArtMed, 2017 (Minha Biblioteca).
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

Continue navegando