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Prof. Me. Bruno César UNIDADE I Estudos Disciplinares Como Interpretar e Resolver Diferentes Tipos de Questões de Prova Interpretar e compreender textos é algo amplamente debatido, discutido, estudado e analisado em diferentes segmentos e áreas do conhecimento. Para cada situação de comunicação e materialidade de sentidos, há um conjunto de estratégias de significação e elementos linguísticos mobilizados para tal. Não há um receituário fechado, pleno, perfeito e adequado para entender tudo que está “escrito” no papel ou na tela. É importante ficar atento para os elementos visíveis e invisíveis em cada um dos textos que estão por aí! Para começar... Ao restringir o nosso olhar para cenários avaliativos – e que exigem leitura bem atenta! – como provas, vestibulares, certames e concursos, entrevistas de emprego, avaliações escolares e profissionais, em variados cenários, é possível notar a existência de um formato padrão textual: o questionário. Com diferentes formatos (gráficos, tabelas, desenhos), conteúdos disponibilizados (excertos, asserções, reflexões) e estratégias de leitura dos enunciados, as perguntas sempre buscarão um diálogo entre as informações apresentadas e os dados solicitados. Para entender... Marcuschi (2001): conjunto de perguntas, usadas em avaliações inseridas em livros didáticos brasileiros da Educação Básica. Algumas delas como: Pergunta do “Cavalo branco de Napoleão”: são perguntas pouco frequentes e de perspicácia mínima, sendo já autorrespondidas pela própria formulação. Assemelham-se a indagações do tipo “qual é o cavalo branco de Napoleão?”. Para lembrar... Fonte: http://abre.ai/4rm Cópias: são perguntas que sugerem atividades mecânicas de transcrição de frases ou de palavras. A formação desse tipo de pergunta frequentemente recorre ao uso de verbos como: copie, retire, aponte, indique, transcreva, complete, assinale etc. Objetivas: são perguntas que indagam sobre conteúdos objetivamente inscritos no texto (o que, quando, quem, como, onde) e demandam uma atividade de mera decodificação. A resposta está geralmente no texto. Para lembrar... Inferências: são mais complexas, pois além dos conhecimentos textuais, são exigidas outras informações, como dados enciclopédicos, contextuais e mesmo culturais. Além disso, é necessária uma análise crítica para compreender implícitos e as famosas entrelinhas... Globais: são perguntas que levam em conta o texto como um todo e aspectos extratextuais, envolvendo diferentes nuances do próprio excerto ou questão. Para lembrar... Vale-tudo: são perguntas que indagam sobre questões que aceitam qualquer resposta. O excerto é apenas pretexto e não serve de base para a pergunta realizada. Impossíveis: são perguntas que exigem informações externas ao excerto ou enunciado e somente podem ser respondidas com conhecimento enciclopédico e/ou de mundo. Para lembrar... (Enem 2003). No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de violência. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete: Campanha Contra a Violência do Governo do Estado Entra Em Nova Fase A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da notícia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redação: Exemplo de inferência e global a) Campanha contra o governo do Estado e a violência entram em nova fase. b) A violência do governo do Estado entra em nova fase de campanha. c) Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violência. d) A violência da campanha do governo do Estado entra em nova fase. e) Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase. Exemplo de inferência e global Alternativas (a), (b), (c) e (d) – incorretas. As manchetes (a), (b), (c) e (d) contrariam a ideia de promoção de campanha com o intuito de reduzir os índices de violência. Em (a) e (c), temos campanhas contra o governo do Estado; em (b) e (d), governo do Estado e campanha são violentos. Exemplo de inferência e global Em (e), “Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase” retira a ambiguidade da manchete do jornal, alterando a ordem dos sintagmas “contra a violência/do governo do Estado” para “do governo do Estado/contra a violência”. A alternativa correta seria a “E”. Exemplo de inferência e global INTERVALO Diferença salarial é mais acentuada por escolaridade, diz IBGE. Segundo levantamento do IBGE, trabalhadores com curso superior em 2009 ganharam um salário 225% mais alto. Os homens ainda são maioria no mercado de trabalho e possuem salário maior do que o das mulheres, segundo o Cadastro Central de Empresas 2009 (Cempre), divulgado nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, ao contrário do que ocorria no passado, o gênero não é mais tão determinante para o sucesso profissional. O que impulsiona o salário atualmente é o nível de escolaridade. Análise de Inferências – Diferenças Salariais Embora os homens ganhassem 24,1% a mais do que as mulheres, segundo a média nacional, a escolaridade mostrou-se mais determinante para o nível salarial. Os trabalhadores que tinham curso superior ganhavam salários 225% maiores do que os que não concluíram a faculdade. "A informação que consideramos mais importante no estudo foi que existe ainda uma diferença salarial significativa entre homens e mulheres no País e, mais ainda, uma diferença entre as pessoas que têm nível superior e as que não têm, mostrando a importância da educação em termos de retornos salariais", disse Denise Guichard Freire, gerente do Cempre. Análise de Inferências – Diferenças Salariais Pessoal ocupado assalariado, salários e outras remunerações e salário mensal, segundo o sexo e o nível de escolaridade – Brasil – 2009. Análise de Inferências – Diferenças Salariais Sexo e nível de escolaridade Pessoal ocupado assalariado Salários e outras remunerações Salário médio mensal (em salários mínimos)Absoluto Relativo (%) Absoluto Relativo (%) Total 40.212.057 100 78.881.723 100 3,3 Sexo Homens 23.376.125 58,1 494.141.127 63,2 3,6 Mulheres 16.835.932 41,9 287.740.596 36,8 2,9 Nível de escolaridade Sem nível superior 33.580.487 83,5 471.298.465 60,3 2,4 Com nível superior 6.631.570 16,5 310.583.258 39,7 7,8 Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas. 2009. De um montante de 40,2 milhões de trabalhadores assalariados, 33,6 milhões não tinham nível superior (83,5%) contra apenas 6,6 milhões de pessoas com curso superior (16,5%). No entanto, essa fatia de trabalhadores que concluíram a faculdade concentrou R$ 310,6 bilhões, ou 39,7% da massa salarial, enquanto os outros R$ 471,3 bilhões, ou 60,3%, foram distribuídos entre os trabalhadores com menor escolaridade. "As diferenças salariais são muito significativas em todos os setores da atividade econômica, mas principalmente na indústria, muito mais do que no comércio", afirmou Denise. Análise de Inferências – Diferenças Salariais O salário médio mensal, em 2009, foi de R$ 1.540,59 ou 3,3 salários mínimos. Os homens receberam, em média, R$ 1.682,07, ou 3,6 salários, enquanto que as mulheres receberam R$ 1.346,16, ou 2,9 salários. "De forma geral, a mulher ganha menos, mas como está inserida em empresas menores, existe também uma relação entre o porte da empresa e o salário pago. Essas micro e pequenas empresas pagam salários menores do que as grandes empresas", completou a gerente do IBGE. Análise de Inferências – DiferençasSalariais Fonte: Estadão. Disponível em: <http://abre.ai/5ff>. Acesso em: 09 jul. 2019. Com base no texto, analise as afirmativas a seguir. I. O salário mensal médio de uma pessoa que, como você, tem nível superior de escolaridade é cerca de três vezes o salário mensal médio de uma pessoa sem esse nível de escolaridade. II. Independentemente do sexo, empresas maiores tendem a pagar salários melhores. III. De um grupo de 60 pessoas empregadas, aproximadamente 10 têm nível superior. IV. Mesmo sendo minoria no mercado de trabalho, os empregados com nível superior concentram a maior parte dos ganhos. Análise de Inferências – Diferenças Salariais É correto apenas o que se afirma em: a) I, III e IV. b) I, II e IV. c) I e II. d) II e IV. e) I, II, III e IV. Análise de Inferências – Diferenças Salariais A alternativa correta seria a “E” (todas estão corretas). I. O salário mensal médio de uma pessoa que, como você, tem nível superior de escolaridade é cerca de três vezes o salário mensal médio de uma pessoa sem esse nível de escolaridade. IV. Mesmo sendo minoria no mercado de trabalho, os empregados com nível superior concentram a maior parte dos ganhos. Análise de Inferências – Diferenças Salariais Nível de escolaridade Sem nível superior 33.580.487 83,5 471.298.465 60,3 2,4 Com nível superior 6.631.570 16,5 310.583.258 39,7 7,8 A alternativa correta seria a “E” (todas estão corretas). II. Independentemente do sexo, empresas maiores tendem a pagar salários melhores. Mas, ao contrário do que ocorria no passado, o gênero não é mais tão determinante para o sucesso profissional. O que impulsiona o salário atualmente é o nível de escolaridade. Análise de Inferências – Diferenças Salariais A alternativa correta seria a “E” (todas estão corretas). III. De um grupo de 60 pessoas empregadas, aproximadamente 10 têm nível superior. De um montante de 40,2 milhões de trabalhadores assalariados, 33,6 milhões não tinham nível superior (83,5%) contra apenas 6,6 milhões de pessoas com curso superior (16,5%). Análise de Inferências – Diferenças Salariais INTERVALO a) Exercite a leitura, pois para ter uma boa capacidade de interpretação de textos é fundamental: ler bastante; refletir sobre o que foi lido, tentando captar as ideias do autor e; investigar o significado das palavras, procurando o significado e os sinônimos no dicionário, quando preciso. b) Em situação de avaliação: tente, por exemplo, se colocar no lugar do examinador que elaborou a questão e busque entender qual a sua intenção. Ao responder, procure não deixar com que suas ideias prevaleçam sobre as do autor. c) Se você encontrar um termo desconhecido, dúbio ou confuso, não interrompa a leitura. Possivelmente você não poderá consultar o dicionário, mas após terminar de ler o texto, reveja a palavra e tente entendê-la pelo contexto. Para retomar: algumas dicas (Aprova Concursos) d) Fazer leitura rápida da questão para identificar o tema que está sendo abordado, além de fazer com que a memória resgate alguns conceitos estudados. Antes de tentar “adivinhar” a resposta, analise o que está sendo pedido. e) Erro comum: desespero e desleixo diante de uma questão mais longa ou cujo texto é mais árduo ou complexo. Ao ler cada questão, mantenha uma atitude positiva e nunca pense que será incapaz de resolvê-la. Tente assimilá-la aos poucos, interpretando trechos menores. Dessa forma, você conseguirá fazer associações entre o texto e aquilo que você já estudou. Para retomar: algumas dicas (Aprova Concursos) f) Erros de interpretação são muito frequentes. De olho nos tipos: 1) Extrapolação – ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão na questão, seja pelo conhecimento prévio do tema, seja pela imaginação. Tente sempre se ater ao que está sendo pedido. 2) Redução – oposto da extrapolação. Ocorre quando se dá atenção a apenas um aspecto ou trecho do texto. Uma mesma questão pode conter um conjunto de ideias. É importante compreender todas para, só então, dar a resposta. Para retomar: algumas dicas (Aprova Concursos) 3) Contradição – não raro, o texto pode apresentar ideias contrárias às do leitor, fazendo com que ele tire conclusões equivocadas. Como já falamos, tente interpretar a questão pelo ponto de vista do examinador. É importante também estar atento ao uso de algumas palavras como: destoa, não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira e exceto. Elas costumam aparecer no enunciado das questões e influenciam diretamente na sua interpretação. Para retomar: algumas dicas (Aprova Concursos) g) Analise as opções. A leitura crítica de uma questão não deve ser limitada ao enunciado. É importante entender também as opções de resposta. E caso duas alternativas pareçam corretas, e a prova permita apenas uma única resposta, busque identificar a mais exata ou mais completa e que melhor se enquadre no sentido do texto. Para retomar: algumas dicas (Aprova Concursos) (Enem 2004). O movimento hip-hop é tão urbano quanto as grandes construções de concreto e as estações de metrô, e cada dia se torna mais presente nas grandes metrópoles mundiais. Nasceu na periferia dos bairros pobres de Nova Iorque. É formado por três elementos: a música (o rap), as artes plásticas (o grafite) e a dança (o break). No hip-hop, os jovens usam as expressões artísticas como uma forma de resistência política. Enraizado nas camadas populares urbanas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso político a favor dos excluídos, sobretudo dos negros... Retomando ... Apesar de ser um movimento originário das periferias norte-americanas, não encontrou barreiras no Brasil, onde se instalou com certa naturalidade – o que, no entanto, não significa que o hip-hop brasileiro não tenha sofrido influências locais. O movimento no Brasil é híbrido: rap com um pouco de samba, break parecido com capoeira e grafite de cores muito vivas. (Adaptado de: Ciência e Cultura, 2004) Retomando De acordo com o texto, o hip-hop é uma manifestação artística tipicamente urbana, que tem como principais características: a) A ênfase nas artes visuais e a defesa do caráter nacionalista. b) A alienação política e a preocupação com o conflito de gerações. c) A afirmação dos socialmente excluídos e a combinação de linguagens. d) A integração de diferentes classes sociais e a exaltação do progresso. e) A valorização da natureza e o compromisso com os ideais norte-americanos. Retomando Alternativa (a) – incorreta: o hip-hop é uma confluência de diversas manifestações artísticas, de origem norte-americana. O nacionalismo não é uma das características desse movimento, que mistura ritmos de várias nacionalidades. Alternativa (b) – incorreta: o hip-hop é um movimento enraizado nas camadas mais populares com motivações políticas. Alternativa (c) – correta: o hip-hop é uma junção de diversas linguagens e manifestações artísticas a favor dos excluídos socialmente. Retomando Alternativa (d) – incorreta: não é característica do hip-hop a exaltação do progresso. Esse movimento é representante de classes menos favorecidas socialmente. Alternativa (e) – incorreta: não é característica do hip-hop a valorização da natureza. O movimento, no Brasil, é uma mescla de ritmos norte-americanos e ritmos brasileiros, moldando-se a influências locais. Retomando Apresenta como núcleo básico duas afirmações, interligadas pela palavra “porque”. As duas afirmações podem ou não estabelecer relação de causalidade entre si. O estudante deve ser capaz de julgar as duas afirmações para identificar se são corretasou incorretas. Ambas as asserções podem ser corretas, uma delas incorreta ou as duas incorretas. Posteriormente, no caso de as duas afirmações serem corretas, o estudante deve ser capaz de identificar se há relação de causalidade entre elas. Asserção-Razão INTERVALO (Enade 2010 – com adaptações). Leia as asserções abaixo. Para preservar a língua, é preciso o cuidado de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica para o bom desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. Isso não significa negar o papel da gramática normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros recursos para o domínio da norma padrão e consequente distância da não padrão. Asserção e razão Esse domínio é o que levará o sujeito a desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do legado mais importante da humanidade. PORQUE A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar realidades não presentes. E a língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma experiência histórica. Ela está radicalmente presa à sociedade. Fonte: XAVIER, A. C. & CORTEZ, S. (orgs.). Conversas com Linguistas: virtudes e controvérsias da Linguística. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, p. 73, 2005 (adaptado) Asserção e razão Analisando a relação entre as duas asserções anteriores, assinale a opção correta. a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. e) As duas asserções são proposições falsas. Asserção e razão Asserção (I) – incorreta: para um bom desempenho linguístico, não é necessário seguir o modelo de escrita dos clássicos. A escola não é um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala: é o espaço em que podem conviver a norma culta e outras trazidas pelos alunos, em função de suas experiências sociais e pessoais. A escola é um local de convívio entre as diversas normas e formas de pensar e de falar. Asserção (II) – correta: a língua, uma forma particular de linguagem, está vinculada aos processos históricos e, portanto, sociais. Dessa maneira, ela caracteriza-se como um processo dinâmico, que sofre transformações no tempo. Algumas palavras caem em desuso e outras são adicionadas ao léxico. A língua permite a construção de realidades e sentidos que dependem do contexto histórico e social. Asserção e razão (Enade 2011). A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia e também na cultura política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida na mudança climática, é uma ameaça real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da biodiversidade e da água doce existentes no planeta; grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas naturais. Para fechar O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em três componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sociopolítica. Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe: a) A preservação do equilíbrio global e do valor das reservas de capital natural, o que não justifica a desaceleração do desenvolvimento econômico e político de uma sociedade. b) A redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício que reflitam os efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e da preservação. Para fechar c) O reconhecimento de que, apesar de os recursos naturais serem ilimitados, deve ser traçado um novo modelo de desenvolvimento econômico para a humanidade. d) A redução do consumo das reservas naturais com a consequente estagnação do desenvolvimento econômico e tecnológico. e) A distribuição homogênea das reservas naturais entre as nações e as regiões em nível global e regional. Para fechar Alternativa (a) – incorreta. O texto não faz menção à desaceleração do desenvolvimento econômico e político. Alternativa (b) – correta. Em um contexto de mudança de paradigma, novas variáveis são consideradas quando se pensa no desenvolvimento econômico e político das gerações futuras. Alternativa (c) – incorreta. O texto não faz menção ao fato de os recursos naturais serem ilimitados. Para fechar Alternativa (d) – incorreta. O texto não menciona a redução do consumo dos recursos naturais ou a estagnação econômica como condições para a garantia do desenvolvimento sustentável. Alternativa (e) – incorreta. O texto menciona justamente o quanto o Brasil se encontra em posição privilegiada no que diz respeito ao seu estoque de recursos naturais. Para fechar a) Em qualquer prova ou avaliação, faça uma leitura rápida e prévia (a famosa batida de olhos), para diminuir qualquer tipo de ansiedade. Fique atento para não dar as respostas logo de cara. Tal ação é equivocada e pode levar você ao erro. b) Nunca diga: "não sei esta". Apenas declare: "esta eu vou lembrar" ou "esta eu vou dar uma boa resposta". E marque, com lápis ou caneta, as questões que você precisa retomar. c) Leia todas as perguntas. Agora sim, você deve fazer uma leitura calma e atenta. O tempo gasto vale a pena. Mantenha uma atitude positiva e sempre se pergunte o que o examinador quer saber naquela pergunta. Essa leitura inicial ajuda o cérebro a começar a procurar respostas. Com o tempo, você aprenderá a juntar essas duas primeiras leituras. Algumas dicas: William Douglas d) Formule as respostas lendo o enunciado de cada uma delas por vez. Ao ler o enunciado, analise criticamente a questão a fim de procurar a resposta. Se quiser, sublinhe as palavras-chaves e anote ao lado da questão o que você deve ou quer dizer. e) Se há algum texto para interpretar, proceda assim: sempre faça uma pré-leitura rápida (para aguçar a curiosidade do cérebro); leia todo o texto com calma; só depois vá fazer as questões (assim você evita o pingue-pongue entre o texto e as perguntas). f) No final da prova (depois de responder às demais questões, isto é, no tempo que sobrou), releia o texto e repasse as respostas. Quase sempre você verá algo novo e/ou poderá melhorar suas respostas. Algumas dicas: William Douglas Fonte: http://abre.ai/5nc Algumas dicas: comandos verbais Fonte: http://abre.ai/5nc Algumas dicas: comandos verbais ATÉ A PRÓXIMA! Profa. Cleide de Freitas UNIDADE I Estudos Disciplinares Marketing 4.0 I A origem do conceito 4.0 O conceito 4.0 na economia digital Do marketing 3.0 para o marketing 4.0 Mudanças de poder para os consumidores conectados Os paradoxos do marketing para consumidores conectados Os novos influenciadores da era digital O que vamos ver hoje? A quarta revolução industrial ou indústria 4.0 nasceu na Alemanha em 2011 durante a Feira de Hannover. Objetivo: aumentar a produtividade e elevara competitividade. Base da indústria 4.0: 9 pilares do avanço tecnológico. A origem do conceito 4.0 Fonte: Boston Consulting Group Adaptação às tecnologias disruptivas emergentes – a mudança para o digital, surgimento de novos modelos de negócios a partir da inserção digital. Exemplos: canais de streaming de música e vídeo. Consumidores agora estão conectados 24hs por dia x 7 dias por semana. Exemplos: smartphones substituem diversos aparelhos. Informações globais ao alcance da mão, em tempo real e ao vivo. Exemplos: a mídia ganha ainda mais poder na divulgação de informações e a qualidade perde para a velocidade. O conceito 4.0 na economia digital Com todas essas mudanças na economia e na forma como as pessoas enxergam as relações pessoais e de consumo, surge um novo ambiente de marketing. Marketing 1.0 – foco no produto. Marketing 2.0 – foco no consumidor. Marketing 3.0 – foco no ser humano. Marketing 4.0 – interação digital entre empresas e consumidores. O marketing digital e o marketing tradicional devem coexistir no Marketing 4.0 com o objetivo máximo de conquistar a defesa da marca pelos clientes. (as empresas ganham os advogados das marcas) O conceito de Marketing 4.0 Com a inserção digital (exposição em tempo real nas redes sociais) podemos observar um verdadeiro reality show das marcas. Conectividade pessoa a pessoa com o objetivo de fortalecer o engajamento do cliente. Aspectos positivos – a autenticidade da marca passa a ser o ativo mais valioso. Aspectos negativos – as marcas/empresas ficam vulneráveis às escolhas de suas campanhas. Pequenos deslizes, problemas de interpretação e ligação com causas defendidas pelo público-alvo podem mudar a empresa rapidamente de patamar. A busca pela autenticidade Empresa faz campanha inspirada na tragédia de Brumadinho e é criticada nas redes sociais. A justiça do consumidor conectado Fonte: https://revistaforum.com.br/brasil/e mpresa-faz-campanha-inspirada- na-tragedia-de-brumadinho-e-e- criticada-nas-redes/ Blackface - termo que faz referência a uma representação pejorativa de pessoas negras no teatro americano, no fim do século 19. Depois da repercussão do caso, a marca divulgou a retirada de circulação dos produtos nas lojas físicas e on-line. Rapper 50Cent queima peças da Gucci que remetem ao blackface Fonte: https://www.stern.de/li festyle/leute/wegen- skandal-pullover--50- cent-verbrennt-seine- gucci-kleidung-- 8582640.html Em 24 de fevereiro de 1972, o Edifício Andraus foi palco de um incêndio que deixou 16 mortos e 330 feridos. A Federação Nacional das Empresas e o Instituto de Resseguros do Brasil acharam que o timing era bom para vender seguros. E da pior maneira possível. Deslizes do off-line Fonte: http://propmark.com.br/anuncia ntes/5-exemplos-de-quando-a- tragedia-vira-propaganda O marketing 4.0 trata da importância das estratégias de marketing on-line x off-line. Pensando nas características do marketing tradicional, aponte a questão que NÃO corresponde às estratégias de marketing off-line: a) Anúncios em revistas de grande circulação física. b) Alcance de grande volume de pessoas por ação. c) Utilização de materiais impressos no ponto de venda. d) Democratização e baixo investimento em mídia. e) Foco na divulgação do produto. Interatividade O marketing 4.0 trata da importância das estratégias de marketing on-line x off-line. Pensando nas características do marketing tradicional, aponte a questão que NÃO corresponde às estratégias de marketing off-line: a) Anúncios em revistas de grande circulação física. b) Alcance de grande volume de pessoas por ação. c) Utilização de materiais impressos no ponto de venda. d) Democratização e baixo investimento em mídia. e) Foco na divulgação do produto. Resposta Os profissionais de marketing precisam embarcar na mudança para um cenário de negócios mais horizontal, inclusivo e social. Mídia social promove o fim das barreiras geográficas e demográficas. Sob orientação horizontal, os consumidores preferem confiar no círculo social (amigos, família, fãs e seguidores) na hora de tomar suas decisões de compra e avaliação. Mudanças de poder para consumidores conectados A comunicação tornou-se um grande mecanismo de inclusão. A invasão dos smartphones e o fácil acesso às redes sociais democratizaram o relacionamento com os grupos de interesse. O baixo custo para investimento em canais digitais permite que pequenas empresas estejam em contato com seus consumidores sem a limitação das barreiras físicas. Do exclusivo para o inclusivo A globalização cria um campo de jogo nivelado. Empresas menores, mais jovens e localmente estabelecidas terão chance de competir com empresas maiores, mais antigas e globais. Crescem as startups com grande poder de inovação, que usam a tecnologia para atender demandas simples de maneira mais eficiente – como Uber, Airbnb e Nubank. O conceito de confiança do consumidor passa a ser horizontal, com valorização da experiência de outros usuários e das pessoas que compõem seu ciclo de relacionamento. De vertical para horizontal Os consumidores se importam cada vez mais com a opinião dos outros – sites como Reclame Aqui, avaliações do Google e de sites de comércio eletrônico influenciam a tomada de decisão de forma positiva ou negativa. O conceito de UX (user experience) ou experiência do usuário migra dos canais eletrônicos para os canais tradicionais e os consumidores passam a valorizar as experiências oferecidas por restaurantes, supermercados e até mesmo lojas de departamentos. Torna-se praticamente impossível esconder falhas ou isolar reclamações de clientes em um mundo transparente. De individual a social Na era digital, a busca pelo engajamento dos consumidores é constante. Quando a marca consegue posicionar-se de forma transparente, conquista o que chamamos de “advogados da marca”, pessoas que além de consumir, defendem e indicam a marca para o seu círculo social. Aponte qual característica não está relacionada a esses defensores: a) Propensão a recomendar a marca. b) Disposição para ajudar amigos. c) Relação de longo prazo com a marca. d) Paixão pela marca. e) Expectativa de recompensa financeira. Interatividade Na era digital, a busca pelo engajamento dos consumidores é constante. Quando a marca consegue posicionar-se de forma transparente, conquista o que chamamos de “advogados da marca”, pessoas que além de consumir, defendem e indicam a marca para o seu círculo social. Aponte qual característica não está relacionada a esses defensores: a) Propensão a recomendar a marca. b) Disposição para ajudar amigos. c) Relação de longo prazo com a marca. d) Paixão pela marca. e) Expectativa de recompensa financeira. Resposta A conectividade é um dos mais importantes agentes de mudança da história do marketing – reduz custos de interação com o mercado e muda a percepção do cliente em relação às marcas, das empresas em relação aos concorrentes. O paradoxo do marketing na era da conectividade, lembrando que paradoxo reúne ideias contraditórias dentro de um mesmo contexto, diz respeito às grandes disparidades que acompanham as estratégias de marketing para um público cujo comportamento está sob constantes mudanças. Os paradoxos do marketing para consumidores conectados Já estamos observando a convergência dos mundos on-line e off-line em virtude da tecnologia e da conectividade das pessoas. As características dos novos consumidores nos levam a perceber que o futuro do marketingserá uma mescla contínua de experiências on-line e off-line. Nas compras em lojas físicas, a maioria dos clientes compara preços e avaliações de produtos em seus dispositivos móveis. Muitos clientes dirigem-se às lojas para obter uma experiência com o produto antes de finalizar a compra on-line. Interação on-line x off-line Ao tomarem decisões de compra, os consumidores são influenciados basicamente por três fatores – pelas ações de marketing; pelas experiências do seu círculo social; e pelas suas próprias vivências em relação às marcas e produtos. O desafio dos profissionais de marketing está na conquista da atenção do cliente – seja em reter a atenção para um vídeo de 30 segundos, ou para uma abordagem direta de venda de 30 segundos. O consumidor recebe um bombardeio de informações tão grande que muitas vezes é vencido pelo cansaço e não pela análise minuciosa dos atributos e benefícios do produto. Consumidor informado x consumidor distraído No contexto da conectividade uma manifestação negativa pode não ser necessariamente ruim. Algumas vezes a marca precisa de expressão de opinião negativa para desencadear a defesa positiva dos outros. O equilíbrio entre adoradores e odiadores precisa ser gerido. No YouTube os usuários possuem a opção de “dislike”, ou seja, não gostei. Qualquer marca ou personalidade pública que tenha grande visibilidade está sujeita à impopularidade em algum segmento de mercado, pelas mais variadas razões. Defesa negativa x defesa positiva Considerando os paradoxos de marketing para consumidores conectados, a única opção que NÃO se encaixa aos contextos paradoxais apresentados é: a) Defesa negativa x defesa positiva. b) Consumidor informado x consumidor distraído. c) Interação on-line e off-line. d) Marketing tradicional x marketing on-line. e) Conectividade x ações off-line de ponto de venda. Interatividade Considerando os paradoxos de marketing para consumidores conectados, a única opção que NÃO se encaixa aos contextos paradoxais apresentados é: a) Defesa negativa x defesa positiva. b) Consumidor informado x consumidor distraído. c) Interação on-line e off-line. d) Marketing tradicional x marketing on-line. e) Conectividade x ações off-line de ponto de venda. Resposta Os profissionais de marketing devem apostar na força dos JMN – jovens, mulheres e netizens ou cidadãos da internet. Os JMN há muito tempo vêm sendo pesquisados como segmentos de consumidores separados. Sua força coletiva, sobretudo como os segmentos mais influentes na era digital, ainda não foi bem explorada. Os novos influenciadores da era digital Os jovens de hoje serão o alvo primário num futuro próximo e provavelmente os clientes mais rentáveis, pois nasceram digitais e possuem uma aderência natural a tudo que envolve a tecnologia. Várias mudanças de comportamento social são ditadas pelos jovens – o sucesso do Facebook, o crescimento de artistas e até de aplicativos de celular. a) jovens não têm medo de experimentar; b) jovens são definidores de tendências; c) jovens são agentes de mudanças. A força dos jovens A influência que as mulheres exercem sobre outras pessoas é definida pela atividade que realizam. O mundo das mulheres gira em torno da família e do trabalho, numa busca pelo equilíbrio entre família e carreira. Como coletoras de informação, compradoras holísticas e gerentes do lar, as mulheres são fundamentais para a conquista de participação de mercado na economia digital. Mulheres: crescimento da participação no mercado Existem 3,4 bilhões de usuários de internet – 45% da população mundial, de acordo com as estimativas das Nações Unidas. Nem todos os usuários podem ser considerados cidadãos da internet, existe uma hierarquia de usuários que inclui: a) Inativos espectadores (leem e assistem conteúdo on-line) b) Participantes (usuários ativos de redes sociais) c) Coletores (pessoas de acrescentam tags e usam feeds) d) Críticos (postam avaliações e comentários on-line) e) Criadores (criam e publicam conteúdo on-line) Netizens: expansão da participação nos corações Os Netizens são caracterizados pelos coletores, críticos e criadores – indivíduos que contribuem ativamente para a internet, num processo colaborativo de construção de conteúdo e conhecimento (Wikipédia). A contribuição mais importante é a criação de conteúdo novo, que pode ter diferentes formatos: artigos, white papers, e-books, infográficos, artes gráficas, jogos, vídeos e até filmes. Autores independentes criam blogs, músicos lançam sucessos comerciais e youtubers compartilham conteúdo inédito em vídeos. Netizens: expansão da participação nos corações Sem revelar suas verdadeiras identidades, os usuários da internet podem ser muito agressivos ao expressar suas opiniões. Com isso surgem os agressores virtuais (cyberbullies), participantes inadequados (trolls) e odiadores (haters) na internet. Os Netizens possuem uma maior tendência de se tornarem advogados de marcas, quando se empolgam e se comprometem com uma marca tornam-se ativos contra os odiadores. O lado obscuro do Netizens Os cidadãos da internet exercem ações como: a) Participantes. b) Coletores, críticos e criadores. c) Influenciadores e participantes. d) Coletores, haters e participantes. e) Inativos, coletores e criadores. Interatividade Os cidadãos da internet exercem ações como: a) Participantes. b) Coletores, críticos e criadores. c) Influenciadores e participantes. d) Coletores, haters e participantes. e) Inativos, coletores e criadores. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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