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PL ATÃO SOFOCRACIA Platão (428-347 a. C) era na verdade o apelido de Arístrocles de Atenas, nascido de família aristocrática. Seus diálogos – em que a maioria traz Sócrates como interlocutor principal – abrangem as várias áreas da filosofia nascente, e por isso é o primeiro filósofo sistemático do pensamento ocidental. Até hoje vigoram muitas de suas ideias sobre a relação corpo-alma, a política aristocrática e a crença na superioridade do espírito em detrimento dos sentidos. Fonte: Aranha, M.L. de A.; Martins, M. H. P. – Filosofando, p. 154 “O século V a.C., “época das luzes” da Grécia, terminou tristemente com a derrota de Atenas na Guerra contra Esparta, a condenação e a morte de Sócrates e as convulsões sociais que agitaram a cidade, fatos que acentuaram em Platão o descrédito na democracia.” Fonte: Aranha, M.L. de A.; Martins, M. H. P. – Filosofando, p. 256 A REPÚBLICA “A República é um dos diálogos mais extensos que Platão escreveu. É também um dos mais importantes, talvez mesmo o mais importante de todos. Esse diálogo foi dividido em dez partes ou “livros” e é com essa divisão que aparece em todas as edições modernas.” Roberto Bolzani Filho Já nos reportamos à esta obra da maturidade de Platão quando estudamos sua teoria do conhecimento, pois é em seu livro VII que encontramos a “Alegoria da Caverna”. O BEM = O BELO “O mundo inteligível é alcançado pela dialética ascendente, que fará a alma elevar-se das coisas múltiplas e mutáveis às ideias unas e imutáveis. As ideias gerais são hierarquizadas, e no topo delas está a ideia do Bem, a mais alta em perfeição e a mais geral de todas – na alegoria, corresponde à metáfora do Sol. Os seres em geral não existem senão enquanto participam do Bem. E o Bem supremo é também a Suprema Beleza: o Deus de Platão” Fonte: Aranha, M.L. de A.; Martins, M. H. P. – Filosofando, p. 155 ASCENSÃO PELA DIALÉTICA O QUE É A JUSTIÇA? O GRANDE TEMA DE A REPÚBLICA • Nos livros VI e VII, Sócrates apresenta a teoria do conhecimento conhecida como doutrina das formas, justamente, para mostrar que o conhecimento do que é o justo ou o injusto depende das possibilidades de conhecimento. • Nos livros anteriores, do II ao V, a discussão sobre o conceito de justiça se dá pela “construção” de uma cidade justa: pois enxergamos melhor vendo as imagens ampliadas, assim, para saber o que é um indivíduo justo, devemos saber, antes, o que é uma cidade justa. CALÍPOLIS OU A BELA CIDADE COMPREENDENDO A CIDADE • A CIDADE surge das carências dos indivíduos que dependem uns dos outros e, ao desenvolverem-se como comunidade, passam a carecer de segurança; • Os GUARDIÃES surgem da necessidade de defesa da CIDADE; • Com a CIDADE surgem duas classes sociais: os PRODUTORES e os GUARDIÃES que, de acordo com Platão, precisam ser harmonizadas para o BEM/FELICIDADE do TODO DA CIDADE; • O encarregado da harmonização das classes sociais deve ser aquele que é capaz de conhecer o que é o BEM/a VIRTUDE: o FILÓSOFO. Ele deve ser o LEGISLADOR, capaz de transformar a cidade em algo fixo e imutável como são as Formas/Ideias. AS CLASSES SOCIAIS Partes da Alma Função da Alma / Virtude Classe Social Função na cidade B a ix o v e n tre Concupiscente/ Apetitiva (Bronze) Necessidades básicas / Temperança – controle do desejo Artesãos, agricultores e comerciantes Responsáveis por prover a cidade com itens de subsistência C o ra ç ã o Irascível (Prata) Domínio dos afetos / Coragem – controle da parte irascível Guardiães Responsáveis pela proteção da cidade C a b e ç a Racional (Ouro) Conhecimento do que é o Justo- Bem / Sabedoria que permite governar com coesão Magistrados / governantes Responsáveis por fazer as leis, comandar os demais cidadãos A EDUCAÇÃO É O ESTADO E NÃO A FAMÍLIA QUEM EDUCA • Até os 20 anos todos são educados da mesma maneira e após a identificação dos que possuiriam “almas de bronze” estes são destinados aos trabalhos que garantam a subsistência da cidade; • Dos 20 aos 30 anos, os demais seguem os estudos até que, numa segunda seleção, distinguem-se os que tem “alma de prata” e estes ficam encarregados de zelar pela defesa da cidade; • Os que se mantiveram após as seleções anteriores, os que tem “alma de ouro”, seguem por mais uns 30 anos estudando as ciências que os habituam com a realidade inteligível (números, movimentos dos planetas e formas que lhes possibilitam compreender a fixidez no Mundo Inteligível). Ficam encarregados da legislação e governo da cidade. O REI-FILÓSOFO - A SOFOCRACIA: A FORMA DE GOVERNO IDEAL “...para que a cidade seja bem governada, ou os filósofos são os governantes ou os governantes se transformam em filósofos. Por que isso? Em suma, porque unicamente os filósofos detêm o saber, somente eles sabem o que é bom e o que não é bom para todos os habitantes da cidade. Como a política é uma técnica, uma competência, em resumo: uma ciência ou saber, quem deve governar é quem possui tal saber.” ZINGANO, Marco Antonio de Avila - Calípolis https://blogs.oglobo.globo.com/ciencia-matematica/post/calipolis.html / https://blogs.oglobo.globo.com/ciencia-matematica/post/calipolis.html http://psilosofia.com/conceptos-el-paradigma-de-la-linea-el-ser-y-el-conocer-platon/ FORMAS DE GOVERNO ANALISADAS POR PLATÃO FORMA DE GOVERNO LEGÍTIMA FORMA DEGENERADA SOFOCRACIA ARISTOCRACIA/MONARQUIA (governo de uns ou um considerado o melhor) TIRANIA (poder de um só que agem em proveito próprio) “Para Platão, a política é a arte de governar pessoas com o seu consentimento e o político é aquele que conhece a difícil arte de governar. Portanto, só poderia ser chefe quem conhecesse a ciência política. Decorre desse raciocínio que a democracia é um regime inadequado, porque a igualdade só é possível na repartição dos bens, mas nunca no igual direito ao poder. Para o Estado ser bem governado é preciso que ‘os filósofos tornem-se reis, ou que os reis tornem-se filósofos’.” Filosofando, p. 258 R EFER ÊN C I A S PA R A I M AG EN S: Referências bibliográficas e de internet: • ARANHA, Maria Lúcia e ARRUDA, Maria Helena. Filosofando: Introdução à filosofia. São Paulo, Moderna, 2009. • BOLZANI, Roberto. “Platão: Verdade e Justiça na cidade”. In: Seis filósofos na sala de aula. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2006. • NUNES, Benedito, Introdução à tradução brasileira de A República – trad. de Carlos Alberto Nunes – 3ª ed. – Belém: EDUFPA, 2000 • PLATÃO. A República – trad. de Carlos Alberto Nunes – 3ª ed. – Belém: EDUFPA, 2000 • ZINGANO, Marco Antonio de Avila - Calípolis - https://blogs.oglobo.globo.com/cien cia-matematica/post/calipolis.html - acesso 24/08/2020 •Escola de Atenas : http://erikabataglia.blogspot.com.br/2009/07/escola- de-atenas-de-rafael.html Acesso: 08/09/2012 •Busto de Platão- http://www.consciencia.org/temas/filosofia- antiga/page/4 - ACESSO 05/09/2012 • Estátua de Platão com : https://blogs.oglobo.globo.com/ciencia- matematica/post/calipolis.html - -Acesso: 24/08/2020 •Ascensão pela dialética: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/ 126/3/01d07t01.pdf -- acesso: 24/08/2020 •Academia de Platão (Mosaico de Pompeia): https://auladefilosofia.net/2009/03/18/platon-las- leyes-libro-ii/ - 24/08/2020 14 https://blogs.oglobo.globo.com/ciencia-matematica/post/calipolis.html http://erikabataglia.blogspot.com.br/2009/07/escola-de-atenas-de-rafael.html http://www.consciencia.org/temas/filosofia-antiga/page/4%20-%20ACESSO%2005/09/2012 https://blogs.oglobo.globo.com/ciencia-matematica/post/calipolis.html https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/126/3/01d07t01.pdf https://auladefilosofia.net/2009/03/18/platon-las-leyes-libro-ii/
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