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MUDE SUA VIDA! 
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Seus escritos foram fortemente influenciados pelas obras do poeta inglês romântico Lord 
Byron (1788-1824). Vale lembrar que, a segunda geração do romantismo recebeu o nome de 
"Byroniana ou Ultrarromântica", justamente por estar inspirada na produção desse poeta. 
Assim, as obras de Álvares de Azevedo estiveram marcadas pelo pessimismo. Nota-se a 
escolha de temas sobre a morte, dor, enfermidade, desilusão amorosa e frustração, permeadas 
muitas vezes, por um tom sarcástico e irônico. 
OUTRAS OBRAS QUE FORAM PUBLICADAS POSTUMAMENTE: 
• Poesias Diversas (1853) 
• Noite na Taverna (1855) 
• Macário (1855) 
• Poema do Frade (1862) 
• O Conde Lopo (1866) 
Confira abaixo dois poemas que compõem a obra mais emblemática de Álvares de 
Azevedo: “Lira dos Vinte Anos”: 
Minha Desgraça 
Minha desgraça, não, não é ser poeta, 
Nem na terra de amor não ter um eco, 
E meu anjo de Deus, o meu planeta 
Tratar-me como trata-se um boneco... 
Não é andar de cotovelos rotos, 
Ter duro como pedra o travesseiro... 
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido 
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro... 
Minha desgraça, ó cândida donzela, 
O que faz que o meu peito assim blasfema, 
É ter para escrever todo um poema, 
E não ter um vintém para uma vela. 
O Lenço Dela 
Quando a primeira vez, da minha terra 
Deixei as noites de amoroso encanto, 
A minha doce amante suspirando 
Volveu-me os olhos úmidos de pranto. 
Um romance cantou de despedida, 
Mas a saudade amortecia o canto! 
Lágrimas enxugou nos olhos belos... 
E deu-me o lenço que molhava o pranto. 
Quantos anos contudo já passaram! 
Não olvido porém amor tão santo! 
Guardo ainda num cofre perfumado 
O lenço dela que molhava o pranto... 
Nunca mais a encontrei na minha vida, 
Eu contudo, meu Deus, amava-a tanto! 
Oh! quando eu morra estendam no meu rosto 
O lenço que eu banhei também de pranto! 
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MUDE SUA VIDA! 
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FRASES 
 “A vida é um escárnio sem sentido. Comédia infame que ensanguenta o lodo.” 
 “Em negócios de amor, nada de sócios.” 
 “Deixo a vida como deixo o tédio.” 
 “Feliz daquele que no livro d'alma não tem folhas escritas. E nem saudade amarga, 
arrependida, nem lágrimas malditas.” 
 “Não há melhor túmulo para a dor do que uma taça cheia de vinho ou uns olhos negros 
cheios de languidez.” 
 “Todo o vaporoso da visão abstrata não interessa tanto como a realidade da bela 
mulher a quem amamos.” 
EXERCÍCIOS 
1. Leia atentamente e responda: 
CANÇÃO DO EXÍLIO 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar – sozinho, à noite – 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Gonçalves Dias 
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