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10/03/2024, 18:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/14
ART. 150 – VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO
 
1 - Conceito: "Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a
vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:"
 
2 - Objetividade Jurídica: tutela-se a liberdade individual, no particular aspecto da
inviolabilidade do domicílio.
 
3 - Sujeitos
a) ativo: Pode ser qualquer pessoa, sem restrições (crime comum). Inclusive o proprietário do
imóvel quando a posse estiver legalmente com terceiro (locação).
b) passivo: é o morador, seja ele proprietário, locatário, possuidor legítimo, etc.
- quando existe mais de um morador:
b.1) subordinação: há uma relação hierárquica entre os diversos moradores.;
b.2) igualdade: pertence a todos os moradores o direito de inclusão/exclusão.
4 - Tipo Objetivo:
 - Conduta típica: entrar ou permanecer (tipo misto alternativo), clandestina ou
astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia
ou em suas dependências.
 A entrada ou permanência podem ser:
- Clandestina: é a sorrateira, realizada às escondidas do morador, driblando sua vigilância.
- Astuciosa: o agente utiliza-se de meios fraudulentos para induzir ou manter a vítima em erro
e, assim, obter o seu consentimento, ou para escapar à sua vigilância.
 - Franca: quando o agente contraria abertamente, sem subterfúgios, a vontade do sujeito
passivo.
"§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade."
"§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a
restrição do número II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero."
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 Esses lugares são excluídos da tutela penal precisamente por serem abertos ao
público, e, conseqüentemente, não apresentarem a natureza de espaço reservado à vida
privada do indivíduo.
5 - Tipo subjetivo:
 Dolo: consciência e vontade de entrar ou permanecer em casa alheia sem o
consentimento de quem de direito.
 
6 - Consumação/Tentativa:
 a) Consumação: consuma-se o delito, na modalidade entrar, no momento em que o
agente transpõe efetivamente o limite que separa a casa ou suas dependências do mundo
exterior (delito de mera conduta e, nessa modalidade, instantâneo). Na modalidade
permanecer, a consumação se verifica quando o agente persiste em continuar no local, por
tempo juridicamente relevante, capaz de demonstrar o propósito de aí continuar contra a
vontade da vítima. Neste caso tratamos de delito permanente.
 b) Tentativa: admissível.
7 - Causas de exclusão da antijuridicidade - § 3o.
"§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas
dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra
diligência; (mediante apresentação de ordem judicial - art. 5o., XI, CF)
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na
iminência de o ser."
 Também é lícita a entrada em casa alheia, sem o consentimento do morador, em caso
de "desastre ou para prestar socorro" (art. 5o., XI, CF), vislumbrando-se ai situações de
estado de necessidade.
8
 - Formas qualificadas - § 1o.
"§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de
violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
...
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos
casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do
poder.
 § 1o. - Se o crime é cometido:
1o.) durante a noite: noite é o período compreendido entre o completo pôr-do-sol e o seu
nascer.;
2o.) em lugar ermo: lugar ermo é o local habitualmente isolado, deserto e pouco freqüentado.;
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3o.) com emprego de violência ou de arma: violência (vis absoluta) é a força física empregada
para suplantar a resistência oposta pelo sujeito passivo. Pode ser imediata (contra o próprio
sujeito) e mediata (sobre terceiro ou coisa). Arma, seja ela própria ou imprópria, desde que
seu uso seja efetivo;
4o.) por duas ou mais pessoas: demonstra maior gravidade da conduta, pois a vítima tem
diminuída sua capacidade de resistência.
 § 2o. Os casos legais são aquele que excluem a ilicitude da conduta (art. 150, § 3o.).
As formalidades a serem observadas pelo funcionário público encontram-se previstas em lei
(mandado de despejo, penhora, etc.) O abuso pode ocorrer quando o agente excede no poder
de fiscalização ou assistência que lhe incumbe. Ex.: oficial de justiça que, ao efetuar penhora,
permanece na casa do executado, contra vontade deste, e desnecessariamente, além do
tempo previsto.
9 - Pena e ação penal
- caput - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
- § 1o. detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, além da pena correspondente à violência.
- § 2o. aumenta-se a pena de um terço.
- A ação penal é pública incondicionada.
 
 
ART. 151 – VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA
 
 
1 - Observação
 Garantia constitucional: art. 5o., XII. O dispositivo do art. 151 foi revogado pela Lei n.
6538/78, que dispõe sobre os serviços postais, em que se define o delito, no artigo 40, com a
mesma redação.
 
2 - Objetividade Jurídica: tutela-se a liberdade individual, especialmente no que se refere à
liberdade de manifestação de pensamento. Ver art. 5o., XII, CF.
 São as seguintes as modalidades de delitos contra a inviolabilidade de
correspondência:
a) violação de correspondência fechada (art. 40, caput, Lei 6538/78);
b) apossamento de correspondência para sonegação ou destruição (art. 40, § 1o., Lei
6538/78);
c) divulgação, transmissão ou utilização de comunicação telegráfica, radioelétrica ou
telefônica (art. 151, § 1o., III, CP);
d) instalação ou utilização ilegal de estação ou aparelho radioelétrico (art. 70, Lei 4117/62);
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e) desvio, sonegação, subtração, supressão ou revelação de correspondência comercial (art.
152).
 
3 - Sujeitos
a) Ativo: Pode ser qualquer pessoa, sem restrições (crime comum), excluídos o
remetente e o destinatário.
b) Sujeito passivo: o remetente e o destinatário (crime de dupla subjetividade passiva -
art. 40 e § 1o., da Lei 6538/78). De acordo com o art. 11, os objetos postais pertencem ao
remetente até a sua entrega a quem de direito.
4 - Tipo Objetivo:
 - Conduta típica: devassar - tomar conhecimento, de forma parcial ou total - indevidamente o
conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem. Correspondência: "toda
comunicação de pessoa a pessoa, por meio de carta, através da via postal, ou por telegrama
(art. 47, Lei 6538/78).
5 - Tipo subjetivo:
 Dolo: consciência e vontade de devassar a correspondência alheia. O erro acerca da
propriedade da correspondência exclui o dolo.
 
6 - Consumação/Tentativa:
 a) Consumação: consuma-se o delito quando o sujeito ativo tem conhecimento, ainda
que parcial, do conteúdo da correspondência.
 b) Tentativa: admissível.
7 - Sonegação ou destruição de correspondência - § 1o., do art. 40 da Lei 6538/78 = § 1o. do
art. 151
"§ 1º - Incorre nasmesmas penas quem se apossa indevidamente de correspondência alheia,
embora não fechada, para sonegá-la ou destruí-la, no todo ou em parte."
- a conduta típica consiste em apossar-se (apoderar-se, tomar posse) indevidamente de
correspondência alheia com o propósito de sonegá-la ou destruí-la (elemento subjetivo
especial do tipo). Sonegar é ocultar ou desviar; destruir é rasgar, inutilizar, danificar a
correspondência.
- é irrelevante que se encontre aberta ou fechada., ou que o agente tenha ou não tomado
conhecimento de seu teor.
- o tipo subjetivo é integrado pelo dolo - consciência e vontade de apossar-se indevidamente
da correspondência alheia - e por um fim especial de agir (para sonegá-la ou destruí-la).
- o crime se consuma com o mero apossamento da correspondência (delito de mera conduta).
Havendo a destruição ou sonegação dar-se-á o mero exaurimento.
- a tentativa é admissível.
8 - Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica § 1o., II.
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"§ 1º - Na mesma pena incorre:
...
II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente comunicação
telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras
pessoas;"
- Divulgar é tornar público o conteúdo da comunicação; transmitir é revelá-lo a uma ou várias
pessoas; utilizar é servir-se do conteúdo da comunicação ou conversação para qualquer
finalidade (econômica, política, etc.) É necessário que a divulgação ou a transmissão sejam
indevidas e que a utilização seja abusiva para a existência do delito.
 - o tipo subjetivo é composto pelo dolo - consciência e vontade de divulgar, transmitir ou
utilizar comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica
entre outras pessoas.
- consuma-se o delito com a efetiva divulgação, transmissão ou utilização (delito material). A
tentativa é admissível.
- é oportuno salientar que o art. 10 da Lei 9.296/96 dispõe "constitui crime realizar
interceptação de comunicações telefônicas, e informática ou telemática, ou quebrar segredo
de Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Pena - reclusão,
de 02 (dois) a 04 (quatro) anos, e multa."
9 - Impedimento da comunicação - § 1o., III
"§ 1º - Na mesma pena incorre:
...
III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas no número anterior;"
- Impedir significa obstar, interromper por qualquer modo (p. ex., rompendo os cabos
telefônicos, produzindo ruídos no aparelho, interferindo na freqüência das ondas hertzianas,
etc.) a corrente ou onda elétrica ou a comunicação telegráfica ou telefônica.
- o elemento subjetivo é o dolo - consciência e vontade de impedir o início ou prosseguimento
da comunicação.
- consuma-se o crime com o impedimento da comunicação. A tentativa é admissível.
10 - Instalação ou utilização ilegais - § 1o., IV = art. 70 da Lei 4.117/62.
"Art. 70 - Constitui crime punível com a pena de detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos,
aumentada da metade se houver dano a terceiro, a instalação ou utilização de
telecomunicações, sem observância do disposto nesta Lei e nos regulamentos.
- Artigo, "caput", com redação dada pelo Decreto-Lei nº 236, de 28.02.1967.
Parágrafo único. Precedendo ao processo penal, para os efeitos referidos neste artigo, será
liminarmente procedida a busca e apreensão da estação ou aparelho ilegal.
- Parágrafo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 236, de 28.02.1967.
 Veda-se a instalação (montagem, estabelecimento) ou utilização (funcionamento) de
estação ou aparelho radioelétrico.
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- exige-se que o aparelho seja relativamente potente, capaz de provocar interferência nos
meios de comunicação.
- tipo subjetivo: dolo: consciência e vontade de instalar ou utilizar telecomunicações, sem
observância do disposto na Lei 4117/62 ou em seus regulamentos (lei penal em branco).
- consumação: com a instalação ou utilização do aparelho, estação de rádio, emissora ou
receptora (delito de mera conduta). A tentativa é admissível.
- se da conduta sobrevem dano a terceiro, a pena será aumentada da metade.
11 - Causas de aumento de pena - §§ 2o. e 3o.
"§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para outrem."
- a causa de aumento de pena do § 2o., só se aplica aos incisos II e III do § 1o., pois no caso
de violação de correspondência ou sonegação ou destruição, incidirá a causa do § 2o., do art.
40, da Lei 6538/78 ("as penas aumentam-se de metade se há dano para outrem"), que
alberga preceito idêntico, determinando o aumento da metade se houver dano a alguém.
"§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico,
radioelétrico ou telefônico:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos."
- este preceito encontra-se inteiramente revogado. Havendo abuso por parte de funcionário de
telecomunicações, será aplicável o art. 58 da Lei 4117/62; nas demais hipóteses (art. 40,
caput e § 1o., Lei 6538/78), o funcionário incorrerá no disposto no art. 43 da Lei de Serviços
Postais. Este último preceito contém uma circunstância agravante genérica, que estabelece
que os crimes contra o serviço postal, ou serviço de telegrama, quando praticados por pessoa
prevalecendo-se do cargo, ou em abuso de função, terão a pena agravada. Refere-se o art.
43 à função específica desempenhada pelo agente (telegrafista, carteiro, etc.), de modo que
não perfaz a agravante pelo simples fato de ser o sujeito funcionário da empresa ou serviço
de telecomunicações (faxineiro, porteiro, contínuo, etc.). Já o art. 58 da Lei 4117/62 - aplicável
aos crimes previstos pelos arts. 70, do mesmo diploma legal, e 151, § 1o., II e III, do Código
Penal - prescreve que as penas serão fixadas em dobro para autoridade responsável por
violação de telecomunicação (inciso II, b); em se tratando de funcionário, a pena cominada é
de detenção, de um a dois anos, ou perda de cargo ou emprego (inciso II, a).
12 - Pena e ação penal
- art. 40, caput e § 1o., Lei 6538/78 - detenção, até seis meses, ou pagamento não excedente
a vinte dias-multa.
- art. 40, § 2o., Lei 6538/78 - as penas aumentam-se da metade se houver dano a outrem.
 Em ambas as hipóteses a ação penal é pública incondicionada.
- art. 151, § 1o., II e III, CP - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 2o. As penas
aumentam-se da metade, se houver dano a outrem.
 A ação penal é pública condicionada à representação (art. 151, § 4o., CP). Tanto o
remetente quanto o destinatário são titulares do direito de representação. Se houver
divergência, prevalece a vontade no sentido de representar.
 Caso o crime seja perpetrado por com abuso de autoridade ou função, a ação penal é
pública incondicionada (art. 58, II, a e b, Lei 4117/62).
10/03/2024, 18:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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- art. 70, Lei 4117/62 - detenção, de um a dois anos, aumentada da metade se houver dano a
terceiro.
A ação penal é pública incondicionada.
 
 
ART. 152 – CORRESPONDÊNCIA COMERCIAL
 
 
1 - Conceito: "Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento
comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir
correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:"
 
2 - Objetividade Jurídica: tutela-se a liberdade individual, especialmente no que se refere à
liberdade de comunicação.
 
3 - Sujeitos
a) Ativo: é apenas o sócio ou empregado (crime próprio). Podem ser sujeitos ativos o
remetente ou o destinatário - desde que ostentem a qualidade de sócio ou empregado.
b) Sujeito passivo: é o estabelecimento comercialou industrial, remetente ou destinatário
da correspondência.
4 - Tipo Objetivo:
 - Conduta típica: desviar (conferir destino diverso), sonegar ( ocultar, esconder), subtrair
(furtar, retirar) ou suprimir (eliminar, inutilizar, destruir) correspondência, ou revelar (transmitir,
divulgar) a estranho o conteúdo da correspondência comercial (tipo misto alternativo).
- é indispensável que se trate de correspondência comercial. A comunicação relativa às
atividades do estabelecimento comercial ou industrial.
- se o assunto não diz respeito ao estabelecimento, não se caracteriza o delito do art. 152,
mas, eventualmente, o delito do art. 40, Lei 6538/78.
- deve o agente proceder com abuso da sua condição. Abusar significa exceder ou fazer uso
indevido de suas atribuições.
- requer-se a possibilidade de dano (patrimonial ou moral) à empresa ou a terceiro. Ausente
tal possibilidade (conteúdo fútil, inócuo, jocoso, etc.), não se configura o delito do art. 152.
5 - Tipo subjetivo:
 Dolo: consciência e vontade de desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência,
ou de revelar a estranho seu conteúdo.
 
6 - Consumação/Tentativa:
10/03/2024, 18:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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 a) Consumação: consuma-se o delito com o efetivo desvio, sonegação, subtração ou
supressão - total ou parcial - de seu conteúdo.
 b) Tentativa: admissível.
7 - Pena e ação penal
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
 A ação penal é pública condicionada à representação (Parágrafo único. Somente se
procede mediante representação).
Exercício 1:
Assinale a alternativa errada.
A)
A criminalização da violação de domicílio objetiva proteger a moradia, isto é, o lugar que o
indivíduo escolheu para sua morada, para o seu repouso e de sua família.
B)
Somente com ordem judicial a autoridade policial poderá entrar ou permanecer no lar durante
a noite.
C)
Compreende a expressão casa, para efeito legal, o compartimento não aberto ao público,
onde alguém exerce profissão ou atividade.
D)
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime de violação de domicílio, inclusive o
proprietário de casa alugada.
E)
Na ausência do morador, o direito de exclusão ou admissão transfere-se ao cônjuge,
ascendentes, descendentes, empregados ou quaisquer outras pessoas que com ele
convivam.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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10/03/2024, 18:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Exercício 2:
 
I - O dispositivo do art. 151 foi revogado pela Lei n. 6538/78, que dispõe sobre os serviços
postais, em que se define o delito, no artigo 40, com a mesma redação.
II – O Código Penal disciplina em seções distintas a violação de correspondência e a violação
de segredo.
III - O erro acerca da propriedade da correspondência não exclui o dolo no crime de violação
de correspondência.
 
Assinale a alternativa correta, tendo em vista as afirmações acima.
 
A)
Somente a I e a II estão certas.
 
B)
Somente a I e a III estão certas.
C)
Somente a II e a III estão certas.
D)
Todas estão erradas.
E)
Todas estão certas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 3:
 
10/03/2024, 18:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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I – O núcleo do tipo é alternativo, contendo as condutas de desviar, sonegar, suprimir, entre
outras.
II – É crime próprio, pois só pode ser praticado por sócio ou empregado de estabelecimento
comercial ou industrial.
III- É crime comissivo, sendo impossível praticá-lo através de omissão.
As afirmações acima se referem ao crime de
 
A)
Violação de correspondência.
B)
Supressão de documento.
C)
Divulgação de segredo.
D)
Correspondência comercial.
E)
Desvio de correspondência privada.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 4:
 
 
 
Qual das hipóteses abaixo não qualifica o crime de violação de domicílio:
A)
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Se o crime e cometido durante a noite.
B)
Se o crime é cometido em lugar ermo.
C)
Se o crime é cometido com emprego de violência.
D)
Se o crime é cometido com emprego de arma.
E)
Se houver privação da liberdade do morador.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 5:
I – Não caracteriza o crime de violação de domicílio, a entrada ou permanência nele durante o
dia, para efetuar prisão, após a apresentação, ao morador, do competente mandado de
prisão.
II – Ainda que na casa esteja sendo praticado um crime, a entrada nela só pode ocorrer com
autorização do morador ou mediante apresentação de mandado judicial.
III – É lícita a entrada em casa alheia, mesmo sem o consentimento do morador, para prestar
socorro.
A)
Todas estão incorretas.
B)
Todas estão corretas.
C)
Somente a III está incorreta.
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D)
Somente a II está incorreta.
E)
Somente a I está incorreta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 6:
A respeito do crime de violação de domicílio podemos afirmar que:
A)
Não se admite tentativa
B)
O sujeito ativo só pode ser funcionário público
C)
o sujeito passivao pode ser qualquer pessoa
D)
O sujeito passivo pode ser qualquer pessoa, desde que seja necessariamente
proprietário legítimo do imóvel.
E)
O sujeito passivo pode ser o inquilino do imóvel.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 7:
10/03/2024, 18:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Considerando o crime de violação de domicílio, de acordo com o Código Penal
vigente, podemos afirmar o seguinte:
A)
é processado mediante ação penal privada.
B)
é processado mediante ação penal pública condicionada à representação.
C)
a invasão de um escritório de advocacia onde se exerce habitualmente a profissão
não configura crime de violação de domicílio.
D)
a invasão de um escritório de advocacia, não aberto ao público, onde se exerce
habitualmente a profissão configura crime de violação de domicílio
E)
O proprietárioo do imóvel não pode ser sujeito ativo do crime de violação de
domicílio
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 8:
A respeito do crime de violação de correspondência, tipificado no art. 151, do CP,
é correto afirmar que:
A)
O sujeito passivo é o Remetente
B)
O sujeito passivo é o Destinatário
C)
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O sujeito passivo é somente o Remetente.
D)
O sujeito passivo é somente o Estado.
E)
Trata-se de crime de dupla subjetividade passiva.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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