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Era vargas
A "Era Vargas" refere-se ao período em que Getúlio Vargas exerceu grande influência na política brasileira, dividido em duas fases principais: a primeira de 1930 a 1945, marcada pela instauração do governo provisório, e a segunda de 1951 a 1954, durante seu segundo mandato presidencial.
Contexto Inicial:
A Era Vargas teve início em 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder após um movimento político-militar que resultou na deposição do presidente Washington Luís. Esse período foi marcado por mudanças significativas na estrutura política e socioeconômica do Brasil.
Governo Provisório (1930-1934):
Durante o Governo Provisório de Getúlio Vargas (1930-1934), estabelecido após a Revolução de 1930, o Brasil passou por transformações significativas. Vargas implementou medidas modernizadoras e inaugurou uma nova Constituição em 1934, que introduziu avanços democráticos, como o voto secreto, e consolidou direitos trabalhistas. Este período também testemunhou a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, refletindo os esforços do governo para promover o desenvolvimento econômico e a industrialização no país. Essas iniciativas foram parte integrante da fase inicial da "Era Vargas", marcada por mudanças estruturais e a busca por uma nova ordem política e social no Brasil.
Estado Novo (1937-1945):
Durante o Estado Novo (1937-1945), Getúlio Vargas consolidou seu domínio político no Brasil, instaurando um regime autoritário. Em 1937, Vargas dissolveu as instituições democráticas, promulgando uma nova Constituição e centralizando o poder nas mãos do presidente. Esse período foi caracterizado por uma forte intervenção do Estado na economia, visando à industrialização e ao fortalecimento da posição do Brasil no cenário internacional. A era também testemunhou a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados. O Estado Novo foi encerrado em 1945, quando Vargas foi deposto, marcando o retorno da democracia ao país. Embora tenha deixado um legado de modernização econômica, as práticas autoritárias de Vargas durante o Estado Novo são lembradas como uma fase desafiadora na história política brasileira.
Participação na Segunda Guerra Mundial:
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil, sob a liderança de Getúlio Vargas, participou ativamente do conflito ao lado dos Aliados. Em 1942, o país rompeu relações com as potências do Eixo e declarou guerra à Alemanha e à Itália. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi enviada para lutar na Campanha da Itália em 1944, contribuindo com as forças aliadas na luta contra as forças nazistas. A participação da FEB foi notável, especialmente na Batalha de Monte Castello. A presença brasileira no conflito fortaleceu a posição do país no cenário internacional e reforçou os laços com os Estados Unidos. A volta dos soldados da FEB ao Brasil foi recebida com grande reconhecimento público, consolidando a imagem do Brasil como um membro comprometido na busca pela paz e na defesa dos valores democráticos.
Fim do Estado Novo (1945):
O fim do Estado Novo, que marcou o período autoritário liderado por Getúlio Vargas, ocorreu em 1945. Pressionado por diversos setores da sociedade e diante das mudanças geopolíticas após o término da Segunda Guerra Mundial, Vargas renunciou à presidência em outubro de 1945. Esse ato resultou na instauração de um governo provisório e na convocação de eleições para a escolha de um novo presidente. Esse período de transição representou a retomada do sistema democrático no Brasil, com a promulgação de uma nova Constituição em 1946. A queda do Estado Novo foi um marco na história política brasileira, simbolizando o retorno ao regime democrático após um período de autoritarismo.
Retorno ao Poder (1951-1954):
Getúlio Vargas retornou ao poder no Brasil em 1951, sendo eleito democraticamente para um segundo mandato como presidente. Após sua saída em 1945, Vargas conseguiu reconquistar a confiança do eleitorado brasileiro, apresentando-se como um líder capaz de conduzir o país por meio de desafios econômicos e políticos. Seu retorno marcou o início de uma fase conhecida como o "Segundo Governo Vargas". Durante esse período, Vargas implementou políticas desenvolvimentistas, criando a Petrobras em 1953 e lançando o Plano de Metas em 1956, com o objetivo de impulsionar o crescimento econômico e a industrialização. No entanto, seu governo também enfrentou críticas e oposição, resultando em uma série de tensões políticas que culminaram em sua renúncia em 1954. O retorno ao poder de Getúlio Vargas é um capítulo importante na história política brasileira, marcado por realizações econômicas significativas, mas também por controvérsias e desafios políticos.
Suicídio e Legado:
A trajetória política de Getúlio Vargas culminou em sua morte e deixou um legado complexo na história do Brasil. Após renunciar à presidência em 1954, Vargas enfrentou pressões políticas e, em 24 de agosto daquele ano, tomou a decisão de encerrar sua própria vida. Seu suicídio teve um impacto profundo na sociedade brasileira e marcou o fim de uma era na política do país.
O legado de Getúlio Vargas é ambíguo e objeto de análise e debate. Durante seus governos, Vargas promoveu importantes avanços, incluindo a implementação de políticas trabalhistas, a industrialização do país e a criação de instituições-chave, como a Petrobras. No entanto, seu autoritarismo durante o Estado Novo e as práticas políticas controversas também são parte integrante de sua história política.
Vargas é frequentemente lembrado como uma figura complexa, cujas ações moldaram profundamente o Brasil do século XX. Seu legado inclui contribuições significativas para o desenvolvimento econômico e social do país, mas também levanta questões sobre os limites do poder presidencial e a relação entre democracia e autoritarismo na história brasileira. Sua morte trágica consolidou sua posição como uma figura polarizadora, e a análise de seu legado continua a ser um tema relevante e enriquecedor na compreensão da história política do Brasil.
A Era Vargas é um período complexo da história brasileira, que teve impactos duradouros na política, na economia e na sociedade do país.

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