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CONTROLE DE HEMORRAGIAS E TRATAMENTO DE FERIDAS FUNÇÕES DO SANGUE 1. Transporte dos gases: oxigênio e gás carbônico; 2. Nutrição: retira nutrientes do intestino delgado e outros órgãos armazenadores para os outros tecidos; 1. Excreção: remoção de detritos tóxicos dos tecidos; 1. Proteção: transporta as células de defesa; 5. Regulação: transporta hormônios, água, eletrólitos e calor. MECANISMOS CORPORAIS DE CONTROLE DE HEMORRAGIAS 1. Vasoconstrição: que é um mecanismo que permite a contração do vaso sanguíneo diminuindo a perda sangüínea; MECANISMOS CORPORAIS DE CONTROLE DE HEMORRAGIAS 2. Coagulação: que consiste em um mecanismo de aglutinação de plaquetas no local onde ocorreu o rompimento do vaso sanguíneo, dando início à formação de um verdadeiro tampão, denominado coágulo, que obstrui a saída do sangue. 1. HEMORRAGIAS Grandes hemorragias são emergências graves - provocar a morte da vítima. Hemorragia é a perda de sangue circulante, proveniente da ruptura, dilaceramento ou corte de um vaso sangüíneo. Do ponto de vista clínico, será classificada como: • Interna - aquela produzida dentro dos tecidos ou cavidades naturais; • Externa – aquela cuja perda de sangue ocorre para o exterior do organismo. 1.1 - Reconhecimento de hemorragia externa A hemorragia externa fácil visualização. Sinais de hemorragia externa: • Presença de sangue nas roupas da vítima; • Presença de sangue no local ou nas imediações onde a vítima se encontra; • Saída de sangue pelos ferimentos; 1.2 - Tratamento para controle de hemorragia externa Tratamento pré-hospitalar de hemorragia externa é: • Expor o ferimento; • Fazer compressão direta e firme sobre o ferimento, com um pedaço de pano limpo, até cessar o sangramento; • Fixar um curativo, com auxílio de faixas, ataduras; • Nas hemorragias em membros superiores e inferiores, elevar o membro atingido, desde que não esteja fraturado, para diminuir o sangramento; • Se o sangramento persistir, comprimir os pontos arteriais proximais. • Em situações de grave hemorragia, é recomendável acalmar a vítima, manter aquecida e com as vias aéreas liberadas, enquanto aguarda a ambulância. •Se o sangramento persistir após o curativo compressivo, não o remova, aplique outro curativo sobre o primeiro exercendo maior pressão. •Nos ferimentos na cabeça, não deve ser feita compressão excessiva no local. •O torniquete é um recurso extremo que somente será utilizado nas situações em que for absolutamente impossível controlar um sangramento. Uma vez aplicado, não deve ser afrouxado antes de a vítima chegar ao hospital. Anotar a hora em que foi aplicado, e informar à equipe do Serviço de Emergência Médica. 2. HEMORRAGIA INTERNA São aquelas que se manifestam desde simples hematomas até casos de grande perda de sangue, com acumulo em áreas internas do corpo, podendo causar estado de choque. 2.1 - Reconhecimento de hemorragia interna • A hemorragia interna é de difícil visualização: Sinais: • Saída de sangue por orifícios naturais, como: ouvido, nariz e boca, ânus, vagina; • Presença de tosse e ou vômito com sangue; • Presença de manchas arroxeadas na região do abdome; • Rigidez da parede abdominal; 2.2 - Tratamento pré-hospitalar para hemorragia interna Deve-se: • Priorizar o transporte para um hospital; • Manter a vítima em repouso, DDH, afrouxando-lhe as vestes; • Manter as vias aéreas abertas; • Prevenir o estado de choque, mantendo a vítima aquecida; • Estar alerta para a presença de vômito; • Não administrar nada pela boca; • Monitorar os sinais vitais. • Nas hemorragias provenientes de orifícios naturais da cabeça e da face, suspeitar de traumatismo craniano e transportar a vítima, sem elevar a cabeça. Não obstruir a saída de sangue nesses casos. • No caso de hemorragia no nariz (epistaxe), excluída a possibilidade de trauma de crânio, a vítima deverá ser tranqüilizada e mantida na posição sentada, com a cabeça levemente inclinada para frente. • O nariz deverá ser comprimido até parar o sangramento. Compressas frias sobre a face auxilia no controle da hemorragia. ESTADO DE CHOQUE É um quadro clínico caracterizado pela insuficiência circulatória, que impede o fornecimento de sangue oxigenado para os diversos órgãos do corpo. Tratamento pré-hospitalar para prevenção de estado de choque: • Deverá ser transportada com rapidez para um hospital. • Tranqüilizar a vítima, dando-lhe apoio emocional; • Posicionar a vítima em decúbito dorsal; • Manter as vias aéreas abertas; • Controlar possíveis sangramentos externos; • Afrouxar as vestes; • Promover o aquecimento da vítima; • Não ministrar líquidos ou alimentos; • Monitorar sinais vitais (pulso e respiração). ESTADO DE CHOQUE • Cianose labial; • Sede intensa; • Náuseas e vômitos; • Decréscimo do nível de consciência; • Pulso rápido e fraco; • Respiração rápida e superficial; • Pele fria, pálida e úmida; • Hipotensão arterial; • Pupilas dilatadas; • Perfusão capilar lenta ou nula; FERIMENTOS • Qualquer lesão resultante de agressão sofrida pelos tecidos, causada por agentes externos de natureza diversa, cortantes, contundentes ou perfurantes, será considerada um ferimento que poderá ser superficial ou profundo, aberto ou fechado. • O curativo deverá ser compressivo ou oclusivo. • O compressivo – é necessário pressão. • O oclusivo – aplicado com a finalidade de proteger o ferimento sem exercer pressão. REGRAS GERAIS PARA TRATAMENTO DE FERIMENTOS • Assegurar o controle de hemorragias; • Manusear curativos de forma a evitar contaminação; • Cobrir completamente os ferimentos; • Assegurar a fixação dos curativos, evitando, porém, apertá-los em demasia; • Evitar cobrir as extremidades dos dedos, a fim de permitir o monitoramento de alterações de perfusão e sensibilidade; • Estar atento aos sinais e sintomas indicativos de estado de choque; Tipos de Feridas 1.Corto-contusa O traumatismo causa a penetração do instrumento Ex.machado, faca. Tipos de Feridas 1.Corto-contusa O traumatismo causa a penetração do instrumento Ex.machado, faca. Ferimento aberto no tórax – Pode prejudicar a respiração porque permite a entrada de ar na cavidade torácica (pneumotórax). Além dos cuidados gerais, deve-se: • Acionar o Sistema de transporte; • Se houver um objeto encravado, não retira-lo; • Evitar envolver o tórax da vítima com atadura para não prejudicar o mecanismo da respiração; • Prevenir o estado de choque. 3.Perfurante: Por agentes longos e pontiagudos Ex. prego, alfinete, arma de fogo (gravidade depende do órgão atingido). 4.LACERANTES compressão/esmagamento da pele tração: rasgo /retirada tecidual •bordas são irregulares •Ex: mordida de cão Ferimento por arma de fogo Pode provocar hemorragia interna. Apresenta como característica um orifício de entrada, um trajeto com graves danos à vítima e pode transfixar o corpo ou permanecer alojado em suas estruturas. Além dos cuidados gerais, deve-se: • Acionar o Sistema transporte; • Tranqüilizar a vítima e colocá-la em decúbito dorsal; • Expor o ferimento, removendo ou cortando as vestes; • Não arrancar a roupa da vítima, mas sim cortá-la o necessário; • Verificar se existe orifício de saída; • Prevenir o estado de choque; Ferimento nos olhos – Pode provocar lesão irreversível, levando à cegueira. Além dos cuidados gerais, deve-se: • Evitar a pressão direta sobre o globo ocular; • Aplicar curativo oclusivo em ambos os olhos, mesmo que apenas um olho tenha sido afetado; • Quando houver objeto encravado, não removê-lo; • Se houver protusão do globo ocular, não tentar recolocá-lo; • Dar apoio emocional à vítima; • Prevenir o estado de choque; Ferimento nas orelhas – Pode ser cortante, lacerante . O sangramento pela orelha pode indicar traumatismo craniano. Além dos cuidados gerais, deve-se: • Controlar sangramentos externos; • Não remover objetos encravados; • Não interromper a saída de líquidoe ou sangue pelo conduto auditivo externo. EPISTAXE 1. Posicione a vítima sentada com a cabeça levemente inclinada para a frente. 2. Comprima a narina sangrante por cerca de 5 minutos. 3. Utilize compressas umidificadas com água gelada sobre a face para auxiliar no controle do sangramento Ferimento na região abdominal – Pode ocorrer a exposição de vísceras e lesões em órgãos internos. Além dos cuidados gerais, deve-se: • Acionar o Sistema de transporte; • Tranqüilizar a vítima e colocá-la em decúbito dorsal e manter as vias aéreas permeáveis; • Não tocar nas vísceras ou tentar recolocá-la para dentro do corpo; • Cobrir o ferimento e as vísceras que estiverem expostas, com plástico limpo ou curativo oclusivo; • Fixar o curativo, sem apertá-lo. Caso encharque de sangue, colocar outro por cima sem retirar o primeiro; • Promover o aquecimento da vítima; AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS • PERDA TOTAL OU PARCIAL DE UMA EXTREMIDADE EM CONSEQUENCIA DE TRAUMA. PROCEDIMENTOS EM AMPUTAÇÕES • Controlar sangramentos; • Envolver a parte amputada em gaze e/ou plástico estéril; • Manter em local refrigerado.
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