Buscar

Hemorragias: Sinais e Sintomas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Hemorragias
Apresentação
O termo hemorragia se refere a perda de sangue do sistema circulatório, devido ao rompimento 
dos vasos sanguíneos. A gravidade da hemorragia deve ser medida pela quantidade e rapidez com 
que o sangue é perdido. 
São hemorragias típicas aquelas que ocorrem após acidentes ou traumatismos, rompimento de 
um aneurisma ou de varizes, esfoladura da pele, entre outras situações, que rompem os vasos 
sanguíneos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender a identificar hemorragias, reconhecendo seus 
sinais e sintomas, além de saber como se portar frente a uma situação hemorrágica.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar hemorragias. •
Reconhecer os sinais e sintomas clássicos de hemorragias.•
Descrever o atendimento a pacientes com hemorragias.•
Infográfico
Para uma melhor organização, as hemorragias são classificadas em arteriais — venosas e capilares — 
e, para fins de primeiros socorros, em internas e externas. As hemorragias graves não tratadas 
ocasionam o desenvolvimento do estado de choque e morte, já as lentas e crônicas, por exemplo, 
por meio de uma úlcera, causam anemia. 
Acompanhe o Infográfico a seguir que apresenta as principais diferenças entre elas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/2bb2dc7f-428e-44e9-9acc-4421827f8268/943a230a-c601-40cf-8480-569a1ad81bcb.jpg
Conteúdo do livro
As hemorragias podem desenvolver condições bastante graves. Em geral, as pequenas são contidas 
por compressão direta na própria ferida e curativo compressivo, porém, uma grande não 
controlada, principalmente se for uma hemorragia arterial, pode levar a vítima à morte em menos 
de cinco minutos, devido à redução do volume intravascular e à hipóxia cerebral.
 
Para aprofundar seu conhecimento, faça a leitura do capítulo Hemorragias, da obra Primeiros 
Socorros, base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
 
Boa leitura. 
PRIMEIROS 
SOCORROS 
Márcio Haubert
Hemorragias
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as hemorragias.
  Reconhecer os sinais e sintomas clássicos de hemorragias.
  Descrever o atendimento aos pacientes com hemorragias.
Introdução
A hemorragia é causada pela perda de sangue em decorrência de um 
trauma, corte ou ferimento que acomete a parte interna ou externa do 
corpo humano, ocasionando o rompimento de artérias, veias ou capilares. 
Com a ocorrência de uma ruptura dos vasos, sem haver a interrupção 
desse vazamento, o equilíbrio sanguíneo do corpo fica comprometido, 
podendo levar a situações graves e colocando em risco a vida da vítima 
acometida.
Neste capítulo, você aprenderá a identificar as hemorragias, seus 
sinais e sintomas, e saberá como se portar em uma situação hemorrágica.
Hemorragias
A hemorragia está relacionada diretamente à perda de sangue por meio de 
ferimentos, pelas cavidades naturais do corpo, como nariz, boca, ouvido, etc. 
e pode ser interna quando resultante de um traumatismo ou do rompimento 
de vasos sanguíneos.
As hemorragias graves não tratadas ocasionam o desenvolvimento do 
estado de choque e morte, já as lentas e crônicas, por exemplo, por meio de 
uma úlcera, causam anemia.
O sangue corresponde a 7 a 8% do peso corporal de uma pessoa, e seu 
volume varia conforme a massa corporal. Por exemplo, uma pessoa de 75 kg 
tem 5 a 6 litros de sangue. A perda desse volume sanguíneo é importante, 
principalmente pela perda de plasma, sendo que todas as pessoas necessitam 
de um volume mínimo para manter o aparelho cardiovascular trabalhando de 
modo eficiente à vida.
Classificação
Para uma melhor organização, as hemorragias são classifi cadas em arteriais, 
venosas e capilares e, para fi ns de primeiros socorros, em internas e externas.
  Hemorragia arterial: o sangue oxigenado apresenta coloração verme-
lho vivo e, com a pressão das batidas do coração, sai do ferimento em 
jatos, que as acompanham. Uma artéria lesada pode produzir grandes 
jatos de sangue, esvaziando rapidamente o suprimento necessário à 
circulação no organismo. Esta hemorragia é menos frequente, porém, 
mais grave e precisa de atendimento imediato para sua contenção e 
seu controle.
  Hemorragia venosa: o sangue venoso, já destituído de oxigênio, é 
vermelho-escuro e tem menos pressão do que o arterial, mas, como as 
paredes das veias possuem grande capacidade de distensão, ele pode 
acumular-se dentro delas. Com isso, o sangue de uma veia calibrosa 
rompida pode jorrar em profusão. Esta hemorragia ocorre com maior 
frequência, mas é de controle mais fácil, pois o sangue sai com menor 
pressão e mais lentamente.
  Hemorragia capilar: o sangramento sai em gotas e ocorre em todos 
os ferimentos. Embora seja abundante no início, a perda de sangue é, 
em geral, desprezível. Por exemplo, uma pancada brusca pode romper 
os capilares sob a pele, causando sangramento no interior dos tecidos, 
chamados de hematoma.
  Hemorragia interna: trata-se de sangramentos que não são visíveis, 
por vazarem em uma cavidade, como intestino ou interior do crânio. Ela 
pode ser causada por lesões como fraturas ou ferimentos profundos ou, 
também, espontaneamente, por exemplo, um sangramento proveniente 
de uma úlcera de estômago perfurada. É uma situação muito grave, 
porque, embora não saia do corpo, o sangue deixa de fazer parte da 
circulação, podendo evoluir para choque ou exercer pressão, quando 
acumulado, lesando órgãos como pulmões e cérebro. Essa hemorragia 
pode, ainda, ter alguns sinais e sintomas, por exemplo, hematomas 
extensos sobre o abdome; tosse com expectoração espumosa e san-
guinolenta; vômitos com sangue vivo ou “borra de café”; fezes com 
Hemorragias2
sangue vivo ou “cor de piche”; urina avermelhada ou marrom; além 
de sintomas sistêmicos, como dor, palidez, suores abundantes, pulso 
fraco, pele fria, confusão mental e agitação, que refletem a intensidade 
do sangramento.
  Hemorragia externa: trata-se de quando o sangue é eliminado para o 
exterior do organismo, como acontece em qualquer ferimento externo, 
ou quando se processa nos órgãos internos que se comunicam com o 
exterior, por exemplo, o tubo digestivo, os pulmões ou as vias urinárias.
Na hemorragia interna, a perda de sangue não é evidente, mas pode ser vista pelos 
sinais que o paciente apresenta, como palidez, suor frio, tontura, pulso fraco, lábios 
e dedos arroxeados e sede. As vítimas de acidentes automobilísticos, por exemplo, 
podem apresentar lesões internas causadas pelo impacto do veículo e, por não terem 
sangramentos externos, são subestimadas.
Sinais e sintomas hemorrágicos
As hemorragias podem desenvolver condições bastante graves. Em geral, 
as pequenas são contidas por compressão direta na própria ferida e curativo 
compressivo, porém, uma grande não controlada, principalmente se for uma 
hemorragia arterial, pode levar a vítima à morte em menos de cinco minutos, 
devido à redução do volume intravascular e à hipóxia cerebral.
Os sinais e sintomas apresentados em casos de hemorragia variam de acordo 
com quantidade de sangue perdido, velocidade do sangramento, estado prévio 
de saúde e idade da vítima, como você pode observar no Quadro 1.
  Quantidade de sangue perdido: quanto maior for a quantidade, mais 
graves serão as hemorragias. Geralmente, essa perda de sangue não 
pode ser medida, mas estimada por meio da avaliação do acidentado, 
que demonstra sinais de choque compensado ou descompensado.
  Velocidade hemorrágica: quanto mais rápidas forem as hemorragias, 
menos eficientes serão os mecanismos compensatórios do organismo. 
Um indivíduo pode suportar a perda de um litro de sangue que ocorre 
em período de horas, mas não tolera essa mesma perda se ela acontecer 
3Hemorragias
em minutos. Ela não pode ser medida, mas estimada por meio de dadosclínicos do acidentado.
  Estado prévio de saúde: os pacientes desidratados e com outras pato-
logias circulatórias, hematológicas ou sistêmicas têm um maior risco 
de apresentarem piores prognósticos em relação aos indivíduos hígidos.
  Idade da vítima: as pessoas que se encontram nos extremos das idades, 
como crianças e idosos, têm um maior risco de apresentarem quadros 
mais graves associados às hemorragias.
 Fonte: Adaptado de Brasil (2003). 
Quantidade de sangue perdido Alterações
Hemorragia classe 1: perdas 
de até 15% (aproximadamente 
750 mL em adultos).
Em geral, não causam alterações e 
são totalmente compensadas pelo 
corpo (p. ex., doação de sangue).
Hemorragia classe 2: perdas 
maiores que 15% e menores 
que 30% (aproximadamente 
750 a 1.500 mL).
Geralmente, causam estado de 
choque, ansiedade, sede, taquicardia 
(com frequência cardíaca entre 100 e 
120/min), pulso radial fraco, pele fria, 
palidez, suor frio, frequência respiratória 
maior que 20/min e enchimento 
capilar lentificado (maior que 2 seg).
Hemorragia classe 3: 
perdas acima de 30% 
(maiores que 1.500 mL).
Levam ao choque descompensado 
com hipotensão, alterações das 
funções mentais, agitação, confusão 
ou inconsciência, sede intensa, pele 
fria, palidez, suor frio, taquicardia 
superior a 120/min, pulso radial ausente 
(queda da pressão arterial), taquipneia 
importante e enchimento capilar lento.
Hemorragia classe 4: perdas de 
mais de 50% do volume sanguíneo.
Choque irreversível, parada 
cardiorrespiratória e morte.
 Quadro 1. Quadro clínico apresentado nas hemorragias 
As hemorragias externas podem não estar visíveis, ocultadas pela roupa ou 
pela posição do acidentado, seja por uso de roupas grossas, cuja absorção do 
sangue é completa, ou por ferimentos nas costas quando ele estiver deitado de 
Hemorragias4
costas. O sangue pode ainda ser absorvido pelo solo ou tapetes e lavado pela 
chuva, dificultando a avaliação do socorrista, por isso, deve-se examiná-lo 
completamente para averiguar se há sinais de sangramento.
Os locais em que mais ocorrem hemorragias internas são tórax e abdome, 
por isso, observar a presença de lesões perfurantes, equimoses ou contusões 
na pele sobre estruturas vitais é de grande valia. Os órgãos abdominais, por 
sua vez, que mais frequentemente produzem sangramentos graves são fígado e 
baço — a presença de distensão abdominal com dor após traumatismo sugere 
esse tipo de hemorragia.
Deve-se sempre suspeitar de hemorragia interna se o acidentado estiver 
envolvido em:
  acidente violento, sem lesão externa aparente;
  queda de altura;
  contusão contra volante ou objetos rígidos;
  queda de objetos pesados sobre o corpo.
Atente-se, ainda, à avaliação das extremidades com deformidades dolorosas 
e estabilidade pélvica, pois algumas fraturas, sobretudo as de bacia e fêmur, 
podem produzir hemorragias internas graves e estado de choque. Outras 
hemorragias internas se exteriorizam, por exemplo, as do tórax, produzindo 
hemoptise. Já o sangramento de esôfago, estômago e duodeno podem se 
exteriorizar pela hematêmese ou, dependendo do volume da perda de sangue, 
por meio de melena. 
Confira a seguir os sinais e sintomas das hemorragias mais importantes.
Hemorragia interna
Mesmo que, a princípio, o acidentado não reclame e tente dispensar o socorro, 
é importante observar os seguintes sintomas:
  pulso fraco e rápido;
  pele fria;
  sudorese;
  palidez intensa e mucosas descoradas;
  sede acentuada;
  apreensão e medo;
  vertigens;
5Hemorragias
  náuseas;
  vômito de sangue;
  calafrios;
  estado de choque;
  confusão mental e agitação;
  “abdome em tábua” (duro não compressível);
  dispneia;
  desmaio.
Hemorragia nasal (epistaxe ou rinorragia)
Trata-se da perda de sangue pelo nariz, uma emergência comum que, geral-
mente, resulta de um distúrbio local, mas pode decorrer de uma grave desordem 
sistêmica. Em muitos casos, a epistaxe não tem causa aparente e surge devido a:
  manipulação excessiva no plexo vascular com rompimento dos vasos 
por meio das unhas;
  diminuição da pressão atmosférica; 
  locais altos; 
  viagem de avião; 
  saída de câmara pneumática de imersão ou sino de mergulho; 
  contusão; 
  corpo estranho; 
  fratura da base do crânio; 
  altas temperaturas; 
  crise hipertensiva.
Otorragia
Ela é caracterizada por sangue que sai pelo conduto auditivo externo e causada 
por ferimento no ouvido externo, contusão por corpo estranho ou trauma. Os 
traumatismos cranianos podem provoca-la, quando, geralmente, o sangue vem 
acompanhado de liquor — nesse caso, não se deve estancar a hemorragia, 
mas, sim, procurar socorro médico imediatamente.
Hemorragias6
Hemoptise
É a perda de sangue que vem dos pulmões, por meio das vias respiratórias, 
em que o sangue fl ui pela boca, precedido de tosse, em pequena ou grande 
quantidade, de cor vermelho vivo e espumoso. Ela representa um dos mais 
alarmantes sinais de emergência e, ao contrário da hemorragia externa, sua 
fonte e sua causa exatas são, muitas vezes, desconhecidas pelas vítimas e 
contribuem para acentuar o medo. As causas mais frequentes de hemoptise são:
  bronquiectasia;
  tuberculose;
  abscesso pulmonar;
  tumor pulmonar;
  estenose da válvula mitral;
  embolia pulmonar;
  traumatismo;
  alergia (poeiras, vapores, gases).
Além dos sintomas anteriormente descritos, o acidentado pode apresentar 
palidez intensa, sudorese e expressão de ansiedade e angústia, o que caracteriza 
a entrada em estado de choque.
Hematêmese
Trata-se da perda de sangue por vômito de origem gástrica ou esofagiana, 
comum em enfermidades como varizes do esôfago, úlcera, cirrose e esquis-
tossomose. A coloração do sangue é de um vermelho rutilante (raro) ou, após 
ter sofrido ação do suco gástrico, escura, chamada de hematêmese em “borra 
de café”. Ela tem, ainda, causas mecânicas, tóxicas (arsênico, sulfureto de 
carbono, mercúrio) ou infl amatórias. Toda hemorragia interna que demora 
para se exteriorizar pode ser identifi cada pelos seguintes sinais: 
  palidez intensa;
  distensão abdominal;
  extremidades frias e úmidas;
  pulso rápido e fraco. 
7Hemorragias
Quando o sangramento de origem gástrica se exterioriza, os sinais são 
iguais, porém, incluem sintomas como fraqueza, tontura, enjoo, náusea antes 
da perda de sangue, vômitos com sangue escuro e desmaio.
Melena e enterorragia
Melena se trata da perda de sangue escuro, brilhante, fétido e com aspecto de 
petróleo pelo orifício anal, geralmente provocada por hemorragia no aparelho 
digestivo alto; já enterorragia é a perda de sangue vivo pelo ânus, indicando 
sangramento no aparelho digestivo baixo. Assim como a hematêmese, esses 
tipos de sangramento se originam por doença gástrica ou devido a rompimento 
de varizes esofagogástricas, cirrose hepática, febre tifoide, perfuração intesti-
nal, gastrite hemorrágica, retocolite ulcerativa inespecífi ca, tumores malignos 
do intestino e do reto, hemorroidas, etc.
Metrorragia
É a perda anormal de sangue pela vagina e pode ter causas variadas, como:
  abortamento;
  hemorragias do primeiro trimestre da gravidez (gravidez ectópica, etc.);
  traumatismos causados por violências sexuais e acidentes;
  tumores malignos do útero ou da vulva;
  hemorragia pós-parto, ocasionada pela retenção de membranas pla-
centárias, ruptura e traumatismos vaginais devidos ao parto ou não;
  distúrbio menstrual.
Hematúria
Trata-se da perda de sangue juntamente à urina e ocorre em consequência de 
traumatismo com lesão do aparelho urinário (rins, ureter, uretra, bexiga) ou em 
caso de doença, como nefropatia, cálculo, infecção, tumor, processo obstrutivo 
ou congestivo e após intervenção cirúrgica no trato urinário. Classifi ca-se em 
macroscópica ou microscópica; se é visível a olho nu ou não; e em inicial, total 
e terminal, de acordo com a fase de micção em que aparece.
Hemorragias8
Primeiros socorros
Os primeiros socorros em casos de hemorragia visam a suspensãodo san-
gramento e diminuição do risco de desequilíbrio sanguíneo metabólico do 
acidentado. O procedimento mais efi caz para estanca-lo, na maioria das vezes, 
é manter uma pressão sobre o local que está sangrando.
Conter a hemorragia com pressão direta usando um curativo simples é o 
método mais indicado, porém, se não for possível, deve-se utilizar um curativo 
compressivo e elevar a parte atingida para que fique em um nível superior ao do 
coração. Não se eleva o segmento ferido se produzir dor ou se houver suspeita 
de lesão interna ou fratura. Caso não contenha a hemorragia, pode-se optar 
pelo método do ponto de pressão, que é uma técnica de pressão que consiste 
em comprimir a artéria lesada contra o osso mais próximo, para diminuir a 
afluência de sangue na região do ferimento.
Em hemorragias na área do crânio, ao nível da região temporal e parietal, 
deve-se comprimir a artéria temporal contra o osso com os dedos indicadores, 
médios e anular. Nos casos de ferimento no membro superior, o ponto de 
pressão está na artéria braquial, localizada na face interna do terço médio 
do braço. Já no membro inferior, o ponto de pressão é encontrado na parte 
interna no terço superior, próximo à região inguinal, pela qual passa a artéria 
femoral, por trás dos músculos — usa-se compressão muito forte para atingi-la 
e diminuir a afluência de sangue. É importante manter o braço esticado para 
evitar cansaço excessivo e estar preparado para insistir no ponto de pressão 
caso a hemorragia recomece. Deve-se, ainda, manter o acidentado agasalhado 
com cobertores ou roupas, evitando o contato com chão frio ou úmido, e não 
dar líquidos quando ele estiver inconsciente ou houver suspeita de lesão no 
ventre ou abdome.
Torniquete
Existem casos graves em que a hemorragia se torna intensa, com grande 
perda de sangue, principalmente se foi seccionada uma artéria. Em grandes 
hemorragias, as quais não podem ser contidas pelos métodos de pressão 
direta, curativo compressivo ou ponto de pressão, torna-se necessário o uso 
do torniquete. Ele deve ser o último recurso usado por quem fará o socorro, 
devido aos perigos que surgem por sua má utilização, pois esse método im-
pede totalmente a passagem de sangue pela artéria, interrompendo o fl uxo 
sanguíneo do membro afetado.
9Hemorragias
Para a realização da técnica de torniquete, veja a Figura 1 e siga os se-
guintes passos: 
  eleve o membro ferido acima do nível do coração;
  use uma faixa de tecido largo, longa o suficiente para dar duas voltas 
no membro, deixando um espaço com pontas para amarração;
  aplique o torniquete logo acima da ferida;
  passe a tira ao redor do membro ferido, duas vezes, dando meio nó;
  coloque um pequeno pedaço de madeira (vareta, caneta ou qualquer 
objeto semelhante) no meio do nó e, em seguida, dê um nó completo 
no pano sobre a vareta;
  aperte o torniquete, girando a vareta;
  fixe as varetas com as pontas do pano;
  afrouxe o torniquete, girando a vareta no sentido contrário, a cada 10 
ou 15 minutos.
Figura 1. Torniquete.
Fonte: Mejor con Salud (2018, documento on-line).
Você deve estar consciente dos perigos decorrentes da má utilização do 
torniquete, considerando que a sua aplicação por tempo superior a 10 ou 15 
minutos resulta em deficiência circulatória de extremidade. Nunca use fios 
de arame, corda, barbante, material fino ou sintético, pois eles podem cortar a 
Hemorragias10
pele quando pressionados. Use torniquetes em casos de hemorragias externas 
graves, como esmagamento mutilador ou amputação traumática.
Se a hemorragia for contida, deve-se deixar o torniquete frouxo no lugar 
para que ele seja reapertado, caso necessário. O acidentado com torniquete 
tem prioridade no atendimento e deve ser acompanhado durante o transporte. 
Hemorragia interna
Nos casos de suspeita de hemorragia interna, deve-se procurar imediatamente 
atendimento especializado, enquanto se mantém o acidentado deitado com a 
cabeça mais baixa que o corpo, e as pernas elevadas para melhorar o retorno 
sanguíneo — esse procedimento é o padrão para prevenir o estado de choque. 
Já se for suspeita de fratura de crânio, lesão cerebral ou dispneia, mantém-se a 
cabeça elevada. Além disso, aplica-se compressas frias ou saco de gelo onde 
houver suspeita de hemorragia interna. 
Outras hemorragias
Existem hemorragias que nem sempre são decorrentes de traumatismos, e 
sim provocadas por problemas clínicos. Veja a seguir os principais cuidados 
nesses tipos de sangramento.
Hemorragia nasal (epistaxe ou rinorragia)
As medidas para contenção devem ser aplicadas o mais rápido possível, a 
fi m de evitar a perda excessiva de sangue pelo nariz. Ao atender um caso de 
epistaxe, você precisa ter a seguinte conduta:
  tranquilize a vítima para que não entre em pânico, pois o nervosismo 
eleva os batimentos cardíacos e a pressão arterial, aumentado o 
sangramento;
  afrouxe a roupa que, por ventura, aperte o pescoço e o tórax;
  sente a vítima em local fresco e arejado com o tórax recostado e a 
cabeça levantada;
  verifique o pulso, se estiver forte, cheio e apresentar sinais de hiperten-
são, deixe que seja eliminada certa quantidade de sangue;
11Hemorragias
  faça uma ligeira pressão com os dedos sobre a asa do orifício nasal pela 
qual flui o sangue, para que as paredes se toquem e, por compressão 
direta, o sangramento seja contido;
  incline a cabeça da vítima para trás e peça que mantenha a boca aberta;
  introduza um pedaço de gaze ou pano limpo torcido na narina que 
sangra, fazendo um tamponamento nasal, se a pressão externa não 
conter a hemorragia;
  encaminhe o acidentado para receber assistência adequada;
  avise o acidentado para evitar assoar o nariz durante pelo menos duas 
horas, a fim de não ter um novo sangramento, em caso de contenção. 
Hemoptise
Ao atender um caso de hemoptise, você deve ter a seguinte conduta:
  tranquilize a vítima a fim de amenizar seu medo, pois o nervosismo eleva 
os batimentos cardíacos e a pressão arterial, aumentado o sangramento;
  deite-a de lado para prevenir o sufocamento pelo refluxo de sangue;
  promova conforto e repouso;
  oriente-a para que não fale, nem faça esforço;
  não demonstre apreensão;
  encaminhe-a com urgência a um local onde possa receber atendimento 
especializado.
Hematêmese
Ao atender um caso de hematêmese, você deve ter a seguinte conduta:
  mantenha a vítima em repouso em decúbito dorsal (ou lateral se estiver 
inconsciente) e não utilize travesseiros;
  não permita a ingestão de líquidos e alimentos;
  aplique bolsa de gelo ou compressas frias na área do estômago;
  encaminhe-a imediatamente ao atendimento especializado.
Hemorragias12
Melena e enterorragia
Ao atender um caso de melena ou enterorragia, você deve ter a seguinte conduta:
  tranquilize a vítima e obtenha sua colaboração;
  coloque-a deitada de costas;
  aplique bolsa de gelo sobre o abdome, na região gástrica e intestinal;
  aplique compressas geladas na região anal se há sangramento por 
hemorroidas;
  encaminhe-a ao atendimento especializado com urgência.
Metrorragia
Ao atender um caso de metrorragia em grávidas ou com suspeita de gravidez, 
você deve ter a seguinte conduta:
  mantenha a gestante em repouso, deitada, aquecida e tranquila;
  impeça sua deambulação e qualquer forma de esforço;
  conserve a totalidade do sangue e dos produtos expulsos do útero para 
mostrar ao médico;
  encaminhe-a imediatamente à assistência especializada;
  leve a vítima com urgência para hospitalização se o sangramento for 
acompanhado de forte dor abdominal, pois há suspeita de gravidez 
ectópica. O transporte deve ser feito com ela em repouso, se possível 
deitada e aquecida;
  não administre alimentos líquidos ou sólidos.
Já em casos de hemorragias não relacionadas à gravidez:
  investigue o mais completamente possível a história para descartar 
uma possível gravidez;
  mantenha a vítima em repouso, deitada e procure tranquilizá-la;
 impeça deambulação e qualquer forma de esforço;
  aplique absorvente higiênico externo;
  aplique bolsa de gelo ou compressas geladas sobre a região pélvica;
  encaminhe-a à assistência especializada.
13Hemorragias
Otorragia
Nas otorragias simples, indica-se introduzir no ouvido um pequeno pedaço de 
gaze até que a hemorragia pare. É sempre conveniente encaminhar a vítima 
ao atendimento especializado para investigar e avaliar o sangramento.
Hematúria
Os casos clínicos de hematúria geralmente estão relacionados às infecções 
urinárias, aos cálculos renais e problemas de próstata, já as hematúrias pós-
-trauma evidenciam danos aos órgãos urinários. Qualquer caso deve ser en-
caminhado ao atendimento especializado.
Saiba mais sobre os primeiros socorros em hemorragias 
no link ou no código a seguir.
https://goo.gl/XQz3uq
Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice Presidência de 
Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança. NUBio Manual de 
Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003.
MEJOR CON SALUD. Torniquete: cómo se hace y qué efecto tiene. [2018]. Disponível 
em: <https://mejorconsalud.com/torniquete-efecto/>. Acesso em: 14 jun. 2018.
Hemorragias14
Leituras recomendadas
COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA. Primeiros socorros em conflitos armados 
e outras situações de violência. Genebra: CICV, 2006.
GIESEL, V. T.; TREICHEL, D. T. Fundamentos da saúde para cursos técnicos. Porto Alegre: 
Artmed, 2017. (Série Tekne). 
SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de prevenção de 
acidentes e primeiros socorros nas escolas. 2. ed. São Paulo: SMS, 2007. Disponível em: 
<https://www.amavi.org.br/sistemas/pagina/colegiados/codime/arquivos/2016/
Primeiros_Socorros_Manual_Prev_Acid_Escolas.pdf >. Acesso em: 14 jun. 2018.
SHAH, K.; MASON, C. Procedimentos de emergência essenciais. Porto Alegre: Artmed, 
2009.
SILVA, D. B. S. Manual de primeiros socorros. Alfenas: UNIFENAS, 2007
STONE, C. K.; HUMPHERIES, R. L. CURRENT: medicina de emergência. 7. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2013. 
15Hemorragias
Dica do professor
Os primeiros socorros, em casos de hemorragia, visam a suspensão do sangramento e diminuição 
do risco de desequilíbrio sanguíneo metabólico do acidentado. O procedimento mais eficaz para 
estancá-lo, na maioria das vezes, é manter uma pressão sobre o local que está sangrando.
Confira na Dica do Professor como realizar esta técnica.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/49c7f5a03cdcae320903c2fc87d4f8dd
Exercícios
1) Estancar hemorragias é essencial para o cuidado e a sobrevivência de pacientes em uma 
circunstância de emergência. Uma hemorragia que acarreta a redução do volume sanguíneo 
circulante é causa primária de choque, situação clínica que exige conhecimentos para avaliar 
sinais e sintomas. Com relação a esses sinais e sintomas, marque a alternativa correta. 
A) Pele fria e úmida, aumento da pressão arterial, bradicardia, retardo do enchimento capilar e 
volume urinário aumentado.
B) Poliúria, hipertensão, bradipneia e alcalose metabólica.
C) Alteração da consciência, poliúria, polifagia e dislalia.
D) Pele fria e úmida, pressão arterial em queda, frequência cardíaca em elevação, retardo do 
enchimento capilar e volume urinário diminuído.
E) Polaciúria, hipertensão, bradipneia e alcalose metabólica.
2) As hemorragias são causadas pela secção dos vasos sanguíneos e respectivo 
extravazamento de sangue destes vasos. Os vasos sanguíneos afetados podem ser as 
artérias, as veias ou os capilares. Qual das hemorragias abaixo favorece a um quadro de 
anemia? 
A) Hemorragia arterial.
B) Hemorragia uterina.
C) Hemorragias lentas e crônicas.
D) Hemorragia Interna.
E) Hemorragia nasal.
3) As hemorragias podem desenvolver condições extremamente graves. Muitas hemorragias 
pequenas podem ser contidas e controladas por compressão direta na própria ferida e 
curativo compressivo. Porém, uma hemorragia grande não controlada, especialmente se for 
uma hemorragia arterial, pode levar a vítima à morte em menos de 5 minutos. Por que isto 
pode ocorrer? 
A) Por causa da redução do volume intravascular circulante e hipóxia cerebral.
B) Por causa da anemia causada e hipóxia cerebral.
C) Por causa da dor causada e pela redução do volume sanguíneo circulante.
D) Por causa da diminuição da frequência cardíaca e hipóxia cerebral.
E) Por causa da redução do volume intravascular circulante e desestabilização hormonal 
sistêmica.
4) Após um acidente que causou uma hemorragia, estimou-se que a vítima perdeu cerca de 
950 ml de sangue. Com base neste dado você classifica esta hemorragia como:
A) Hemorragia Classe 1.
B) Hemorragia Classe 2.
C) Hemorragia Classe 3.
D) Hemorragia Classe 4.
E) Hemorragia Classe 5.
5) Os primeiros socorros, em casos de hemorragia, visam a suspensão do sangramento e com 
isso a diminuição do risco de desiquilíbrio sanguíneo-metabólico do acidentado. Conter uma 
hemorragia com pressão direta usando um curativo simples é o método mais 
indicado. Porém, se não for possível, o que está indicado fazer?
A) Usar curativo compressivo e o rebaixamento da parte atingida de modo que fique num nível 
inferior ao do coração. Se com isso, ainda não for possível conter a hemorragia, pode-se optar 
pelo método do ponto de pressão.
B) Usar curativo compressivo e a elevação da parte atingida de modo que fique num nível 
superior ao do coração. Se com isso, ainda não for possível conter a hemorragia use 
imediatamente um torniquete.
C) Usar curativo oclusivo e a elevação da parte atingida de modo que fique num nível superior 
ao do coração. Se com isso, ainda não for possível conter a hemorragia, pode-se optar pelo 
método do ponto de pressão.
D) Usar curativo compressivo e a elevação da parte atingida de modo que fique num nível 
superior ao do coração. Elevar o segmento ferido independente se houver suspeita de lesão 
interna.
E) Usar curativo compressivo e a elevação da parte atingida de modo que fique num nível 
superior ao do coração. Se com isso, ainda não for possível conter a hemorragia, pode-se 
optar pelo método do ponto de pressão.
Na prática
A Gravidez Ectópica ou tubária é uma gestação que ocorre fora do útero, geralemente dentro das 
tubas uterinas. É uma gestação que não pode ser concluída, pois o óvulo não se desenvolve dentro 
do útero, causando rompimento da tuba uterina, onde a gestação está se denvolvendo, causado 
como principal consequência uma hamorragia interna.
Confira no Caso Clínico a seguir um exemplo de hemorragia interna.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
O que precisamos saber sobre hemorragias?
Acompanhe o artigo a seguir para mais informações sobre diagnóstico e evolução das hemorragias.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Hemorragia, sintomas e causas
Acompanhe neste site as explicações sobre como hemorragias internas e externas se desenvolvem 
e seus sintomas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Tipos de hemorragia
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/293050/hemorragias+o+que+precisamos+saber.html
https://www.fisioterapiaparatodos.com/p/problemas-de-circulacao/hemorragia-interna/
http://www.pereirafilho.com/2014/01/tipos-de-hemorragia/

Mais conteúdos dessa disciplina