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AUTORREALIZAÇÃO, PROPÓSITO E SENTIDO DE VIDA 
 
 
 
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1 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
MOTIVAÇÃO ........................................................................................... 5 
AUTORREALIZAÇÃO............................................................................ 10 
SIGNIFICADO E PROPÓSITO .............................................................. 12 
BEM ESTAR E FELICIDADE ................................................................. 16 
DIMENSÕES DO BEM ESTAR PSICOLÓGICO ................................... 23 
CONCLUSÃO ........................................................................................ 26 
REFERÊNCIA ........................................................................................ 27 
 
 
 
 
 
2
 
2 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
 
3 
INTRODUÇÃO 
 
Imagine que ao vir ao mundo seja entregue a você uma caixa. Ali dentro 
estão todos os tipos de objetos que representam quem você é. Ferramentas que 
indicam as suas habilidades e competências. Condimentos e essências para o 
seu temperamento. Traquitanas e quebra-cabeças que só você consegue 
montar, para o seu conhecimento. Sabemos que o nosso planeta é moradia de 
milhares de pessoas. Cada uma dessas pessoas, dentro da sua subjetividade, 
possui sonhos, expectativas, planos, escolhas que são traçadas para levá-los a 
um objetivo maior: SUA AUTORREALIZAÇÃO. 
Maslow costumava usar a frase “O que o homem pode ser, ele dever ser”. 
Esse conceito é facilmente compreensível. Ou seja, quando usamos o máximo 
do nosso potencial, nos desafiando ao máximo, nos sentimos o máximo! A 
autorrealização pode ser definida como um estado máximo de satisfação 
pessoal. Em outras palavras, é se sentir completo, é o famoso estado PLENO. 
É você se sentir feliz, contente, equilibrado em todas as áreas da sua vida. É 
ver sentido e conexão com tudo que você faz. 
Os gregos já pensavam assim lá na época de Aristóteles. Eles 
acreditavam nos daemons, supostos espíritos bons que habitavam cada um de 
nós. Como se fossem uma carga atributos e potencialidades que vieram ao 
mundo conosco. Um gênio interior. Eudaimonia, que seria estar habitado por um 
bom espírito, significa felicidade ou bem-estar. Um estado de plenitude por estar 
usando nossa caixa inteira 
Sei que parece complicado se imaginar vivendo nessa situação em 
decorrência da vida que levamos hoje em dia. A princípio, esse conceito pode 
até parecer utópico. No entanto, se pararmos para entender de fato o que é essa 
autorrealização, que tanto procuramos e queremos para nós, vamos perceber 
que não é tão complicada encontrá-la e que boa parte dela está relacionada com 
as nossas escolhas e como nosso nível de autoconhecimento. 
 
 
 
4
 
4 
Devíamos antes de qualquer coisa, sermos ensinados a nos conhecer, a 
sermos estimulados à autodescoberta, à construirmos e desenvolvermos o 
nosso próprio eu, baseado unicamente nas nossas características individuais e 
assim, tomar decisões mais alinhadas com quem somos de fato. Isso não iria 
excluir as possibilidades de errar na hora de fazer escolhas, mas minimizaria 
esse risco. 
Algumas vezes, nossas decisões podem não ser as melhores e nos 
desviar do caminho que queríamos percorrer. Porém, tudo é aprendizado e isso 
também pode ser considerado como uma oportunidade de ampliar o nosso 
autoconhecimento. A partir das experiências que temos, vamos entendendo que 
caminho faz mais sentido, do que gostamos ou não etc. 
Se tivermos o conhecimento de quem somos e do que queremos para nós 
automaticamente, podemos traçar os nossos caminhos e fazer nossas escolhas 
em busca desses propósitos. Dessa maneira, teremos mais chance de encontrar 
a nossa auto realização, uma vez que ela está diretamente ligada à 
compreensão e o entendimento de si mesmo e, vivenciar aquela velha sensação 
de bem-estar físico e mental. 
Nessa apostila, você não aprenderá uma fórmula de sucesso que guiará 
você ou a qualquer outra pessoa até a autorrealização. Até porque somos seres 
particulares, subjetivos, singulares, de vontades e desejos diferentes, o que 
torna esse conceito distinto para cada um. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
MOTIVAÇÃO 
 
Motivação, assim como aprendizagem, é um termo largamente usado em 
compêndios de psicologia e, como aprendizagem, é usado em diferentes 
contextos com diferentes significados. A seguir veremos através do texto de 
Bergamini (1997), um exemplo de como o termo motivação pode assumir 
significados distintos em um mesmo contexto. 
Se, no início do século, o desafio era descobrir aquilo que se deveria 
fazer para motivar as pessoas, mais recentemente tal preocupação 
muda de sentido. Passa-se a perceber que cada um já traz, de alguma 
forma, dentro de si, suas próprias motivações. Aquilo que mais 
interessa, então, é encontrar e adotar recursos organizacionais 
capazes de não sufocar as forças motivacionais inerentes às próprias 
pessoas... (p. 23)... não existe o pequeno gênio da motivação que 
transforma cada um de nós em trabalhador zeloso ou nos condena a 
ser o pior dos preguiçosos. Em realidade, a desmotivação não é 
nenhum defeito de uma geração, nem uma qualidade pessoal, pois ela 
está ligada a situações específicas (p. 27) 
 
 
No trecho acima, no primeiro momento, a motivação está relacionada a 
um lócus de controle interno, ela está dentro do indivíduo. No segundo momento, 
a motivação passa a estar relacionada a um lócus de controle externo, ou seja, 
ela depende de situações específicas, depende do que está acontecendo com o 
indivíduo. O autor afirma que, no início do século, procurava-se “ descobrir 
aquilo que se deveria fazer para motivar as pessoas, ou seja, as situações 
específicas que tornam o indivíduo motivado. 
Logo em seguida afirma que este é o caminho errado: a motivação não 
ocorre de fora para dentro, mas de dentro para fora. Entretanto, ao final do 
trecho, o autor parece expor a idéia que é rechaçada no início de sua 
argumentação: a motivação - ou desmotivação - depende de situações 
específicas, logo, o que deve ser feito é buscar por tais situações específicas 
(aquilo que se deveria fazer) para motivar os indivíduos ou, no mínimo, não 
desmotivá-los. 
Birney e Teevan (1962) notam que o interesse contemporâneo pela 
pesquisa da motivação humana origina-se de três fontes: psicoterapia, 
psicometria, e teoria da aprendizagem. Além de serem áreas diferentes, há entre6
 
6 
elas divergências quanto aos objetivos do trabalho dos pesquisadores, e 
também quanto aos métodos a serem empregados. 
Psicoterapia: Para os psicoterapeutas, o problema maior sempre foi o 
alívio dos desconfortos do cliente. Especialmente com Freud, esses 
desconfortos eram vistos como resultantes de um jogo de equilíbrio dinâmico de 
forças psíquicas (motivacionais), e o próprio psicoterapeuta era o instrumento de 
medida dessas forças. Não se colocava como importante o problema de 
diferenças individuais, pois o modo de definir o objetivo de seu trabalho levava à 
preocupação primordial com o caso individual. Buscava-se a melhor 
caracterização possível para essas forças hipotetizadas, desenvolvendo um 
sistema motivacional que pudesse ser aplicado ao entendimento das aflições de 
diferentes indivíduos. 
Psicometria: O desenvolvimento dos testes psicológicos de aptidões e 
de desempenho representou uma fonte de interesse em motivação muito 
diferente da psicoterapia. Constatou-se, de início, que a utilização desses testes 
para a classificação e/ou seleção de indivíduos dependia de um pressuposto 
fundamental, o de igualdade na dedicação às tarefas. O interesse por testes de 
aptidões levou, necessariamente, ao desenvolvimento de testes de motivação. 
Obviamente, os estudos sobre motivação originários dessas duas áreas, 
psicoterapia e psicometria, não se desenvolveram totalmente independentes. 
Birney e Teevan (1962) lembram esforços de aproximação das duas 
abordagens. Historicamente, entretanto, não há como negar o desenvolvimento 
inicial independente. 
 
Teorias da aprendizagem: Considerando-se que da psicoterapia e da 
psicometria desenvolveram-se interesses pela psicologia da motivação humana, 
seria lícito esperar-se o mesmo de outra área aplicada, a educação. Como 
veremos, o estudo de problemas de aprendizagem levou à invocação de 
variáveis motivacionais. A influência dos interesses da área educacional é 
indireta, via psicologia da aprendizagem e pesquisas de laboratório. Os 
principais teóricos da aprendizagem estudaram experimentalmente o papel de 
 
 
 
7
 
7 
variáveis motivacionais na memória, na aprendizagem, etc. O trabalho mais 
complexo nessa direção, sem dúvida, foi o de Hull (1943). Dessa tradição de 
laboratório vem a associação de variáveis motivacionais às diversas teorias de 
reforço, culminando com Skinner (1953) e a colocação do tópico motivação 
dentro de um contexto mais geral dos vários tipos de interação organismo-
ambiente. 
o conceito de motivação é abordado de maneiras muito diferentes e, 
muitas vezes, contraditórias. Essa miscelânea conceitual evidência não a 
quantidade de conhecimento que se tem sobre a motivação, mas a falta dele. 
Skinner (1953), ao justificar a necessidade de uma psicologia científica, afirma 
que a ciência evolui dos erros, não da confusão. Considerando como corretas 
as palavras de Skinner, podemos concluir então que grande parte da abundante 
produção teórica sobre motivação não levará a psicologia a compreender melhor 
este fenômeno. Para que a psicologia possa lidar melhor com tão importante 
assunto é necessário refinar os conceitos que se referem a ele (Cunha & Isidro-
Marinho, 2005; Michael, 1982, 1993, 2000) estabelecendo referenciais teóricos 
que possam ser falseados, que possam ser testados. 
Logo abaixo estão listadas algumas frases que tentam definir o conceito 
de motivação, baseadas em uma pesquisa bibliográfica acerca do tema: 
 Um motivo é um desejo ardente que impulsiona o ser à ação; 
 A motivação está intrinsecamente relacionada aos desejos e impulsos 
humanos; 
 Os impulsos estão intrinsecamente relacionados à motivação e desejos 
humanos; 
 Motivação pode ser entendida como um motivo que leva o indivíduo à 
ação. 
 Motivação é uma força que aciona e direciona o comportamento. 
 Motivação é uma energia que aciona e direciona o comportamento. 
 Impulso é uma energia que aciona e direciona o comportamento. 
 Desejo é uma energia que aciona, motiva e direciona o comportamento. 
 
 
 
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8 
 Um motivo é um desejo imbuído de significação em si mesmo que 
impulsiona o ser à execução e consecução de metas, que orienta e estrutura 
a dinâmica psicológica que, por seu turno, energiza o comportamento. 
 
Maslow (1954) propôs um sistema hierárquico de necessidades básicas 
que tem influenciado especialmente o trabalho na psicologia organizacional e na 
psicologia do desenvolvimento. Maslow classifica as necessidades humanas, na 
ordem de prioridade, em fisiológicas, de segurança, de amor e atenção, de 
estima, e de autorrealização. A hierarquização utiliza dois sistemas de 
categorias, das necessidades mais puramente biológicas às mais socializadas e 
das mais simples às mais complexas. Os problemas com a hierarquia começam 
por aí. Deixando de lado uma preocupação apriorística com hierarquias, vemos 
que a lista de necessidades obedece à sequência temporal de desenvolvimento 
do indivíduo, e refere-se a tipos de interação organismo-ambiente que podem 
ser observados em diferentes tempos de seu desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
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9 
Mas da constatação de que certos tipos de interação surgem antes que 
outros na história do indivíduo, não decorre necessariamente a conclusão de que 
há necessidades hierarquicamente superiores ou inferiores. Vejamos, por 
exemplo, o tratamento alternativo dado por Bijou e Baer (1961) à questão. O 
conceito de hierarquia utilizado na classificação é um conceito a priori, 
pertencente a um sistema ideológico que se antepõe aos dados de observação. 
As razões para essa utilização do conceito não serão encontradas nos dados 
provenientes da experimentação e da observação em psicologia. 
Por fim, todas as vezes que atribuímos ao ser humano uma essência 
intangível pela ciência, que não pode ser compreendida, que não pode ser 
controlada ou estudada, e que é dada pela subjetividade de cada um, estamos 
fechando as portas para nós mesmos, fechando as portas para a construção de 
uma Psicologia mais efetiva, que produza mais resultados e em menos tempo. 
A essência, por ser essência, não pode ser tocada ou modificada. Cada um dos 
seis bilhões de habitantes do planeta Terra é um ser diferente, único. 
Nossa tarefa, de psicólogos, não é contemplar a subjetividade ou a 
essência de cada ser humano, mas sim compreender como ela é construída ou, 
colocado de maneira mais adequada, compreender como são aprendidos os 
padrões comportamentais a partir dos quais inferimos a existência de um motivo, 
de uma essência, de uma força propulsora, de uma motivação intrínseca, de uma 
força motriz, de um instinto, de um impulso, de um desejo, de uma energia 
libidinal, de uma necessidade, de uma vontade. 
 
 
 
 
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AUTORREALIZAÇÃO 
 
 
Para início de análise, a autorrealização é definida, aqui, de maneira 
bastante simplificada, como uma necessidade existencial. É tida pela maioria 
dos psicólogos humanistas como o postulado básico do desenvolvimento 
psicológico da pessoa humana. 
As necessidades de autorrealização são necessidades de crescimento e 
revelam uma tendência do ser humano em realizar plenamente o seu potencial, 
podendo ser expressas como o desejo do indivíduo de tornar-se sempre mais do 
que é e de vir a ser tudo o que pode ser (MASLOW, 1954). As necessidades de 
autorrealização estão relacionadas a sentimentos de autonomia, independência, 
autocontrole, competência e plena realização naquilo que cada pessoa tem de 
potencial. 
McClelland (1972) desenvolveu uma abordagem dividindo as 
necessidades como sendo de realização, de afiliação e de poder. A necessidade 
de realização é a necessidade de desafio para a realização pessoal, a qual leva 
o indivíduo a testar seus limites para obter o sucesso em situaçõescompetitivas. 
A necessidade de afiliação é o desejo de estabelecer, manter, ou restabelecer 
Para alcançar seu potencial completo, 
Maslow classificou a autorrealização como 
a única necessidade de crescimento 
baseada em valores do "ser", do "tornar-se 
o que é", ou seja, "realizar-se". As pessoas 
realizadas sabem quem são, o que são e, 
talvez mais importante, sabem o que não 
precisam ser. 
 
 
 
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relações emocionais positivas, evitando conflitos com outras pessoas. A 
necessidade de poder é o desejo de influenciar ou controlar os demais 
indivíduos, exercendo forte poder sobre eles. 
Nesse sentido, fazendo um paralelo com a teoria de Maslow, a 
necessidade de afiliação poderia ser relacionada às necessidades sociais dos 
indivíduos. Por outro lado, as necessidades de realização e poder tem grande 
relação com necessidades de autorrealização, no sentido de que envolvem 
maximização do potencial, competitividade, controle e reconhecimento perante 
os demais, a partir das próprias ações. 
Conforme estabelecem Hersey e Blanchard (1996, p. 35), 
“autorrealização é a necessidade que as pessoas sentem de maximizar seu 
próprio potencial”. Nota-se que a motivação provocada por necessidades de 
autorrealização leva o indivíduo a realizar ações que visem à maximização do 
próprio potencial, e que a satisfação de tais necessidades ocorre com o próprio 
sentimento de realização. 
Murray apud Myers definiu as necessidades de autorrealização do 
indivíduo como “um desejo de um feito significativo, de dominar habilidades ou 
ideias, de controlar e atingir depressa um padrão elevado” (1999, p. 269). Refere-
se à vontade de dar o máximo de si, obter êxito, realizar tarefas que requerem 
habilidade e esforço, ser uma autoridade reconhecida, realizar algo importante, 
fazer bem um trabalho difícil (WAGNER III e HOLLENBECK, 2000). Desta forma, 
a ação que pode levar à recompensa em termos de realização encontra-se 
associada a atingir resultados e desempenhar tarefas que envolvam dificuldades 
ou grande importância, o que pode levar ao reconhecimento do indivíduo perante 
os demais. Percebe-se aqui a importância do sentimento de realização própria, 
associada ao reconhecimento dos demais indivíduos e ao controle da situação. 
Partindo-se das definições apresentadas, pode-se apreender que a 
motivação por necessidades de realização de um indivíduo pode surgir de um 
estado interior ou ser uma resposta a fatores ambientais, e que consiste na força 
que o impulsiona a realizar algo, com o propósito de obter recompensas 
materiais ou psicológicas. Refere-se à sua autoconfiança em realizar esforços 
 
 
 
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para vencer os desafios, bem como leva o indivíduo a maximizar seu potencial, 
realizando tarefas difíceis, no sentido de atingir, além da própria realização, o 
reconhecimento dos demais. Desta forma, observa-se que as necessidades de 
autorrealização levam a uma motivação do indivíduo no sentido de desempenhar 
ações que visem romper os próprios limites, proporciona sentimentos de 
autonomia, independência, autocontrole, habilidade e esforço em situações 
competitivas, e leva ao reconhecimento por realizações de trabalhos difíceis ou 
importantes. 
 
SIGNIFICADO E PROPÓSITO 
 
O significado ou propósito da vida trata da conexão do indivíduo com “algo 
maior que ele mesmo”. Para Seligman, o pai da psicologia positiva, esse é um 
dos fatores mais difíceis de trabalhar. O autor citado apresenta a visão de 
 
 
 
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felicidade em três dimensões: a vida agradável, a vida boa e a vida significativa. 
Nesta última se insere a ideia de significado e propósito: 
Para Seligman, o propósito é aquilo que nos conecta “a algo maior”, o que 
dá sentido à nossa existência. É algo que nos preenche e que, inclusive, pode 
nos prevenir de distúrbios como a depressão, por exemplo. Suas pesquisas 
demonstraram que os indivíduos com seu lado espiritual mais bem desenvolvido 
acabam tendo também uma vida com mais significado. 
Em relação às nossas atividades diárias, também é essencial que façam 
algum sentido em nossas vidas e possam transformar tanto a nossa existência, 
como a vida dos outros para melhor. Quando alcançamos este patamar, aquilo 
que fazemos diariamente ganha um brilho especial e nos tornamos mais felizes. 
Aqui temos a noção de missão pessoal. Tal qual o uso nas organizações, 
a missão nos dá um senso de direção e ajuda a nos mantermos focados naquilo 
que realmente importa para nós. Missão é a declaração de como você vai viver 
seus valores, considerando seus principais talentos, forças e capacidades, como 
irá utilizá-los e com que objetivo. Requer uma reflexão sobre propósito e 
significado, relacionado à crença individual de que sua vida é relevante, que tem 
um propósito maior que transcende o presente. 
 Podemos ilustrar a importância desse elemento da psicologia 
positiva ao refletirmos sobre pessoas que atravessaram situações-limite como 
luto, doenças, violências, entre outras. Para elas, a busca de um significado 
revela-se crucial para a manutenção da força interior: “Entender o significado 
que foi atribuído às experiências negativas e ressignificá-las é um passo 
relevante para promover mudanças comportamentais necessárias ao bem-estar 
da pessoa […].” 
 
 
 
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Um dos expoentes do assunto é o psiquiatra e psicoterapeuta austríaco 
Viktor Frankl, que publicou em 1946 o livro Em busca de sentido. O livro retrata 
as experiências do autor na busca do sentido da vida em um campo de 
concentração nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. Apresenta, ainda, os 
conceitos básicos da logoterapia, sua teoria psicológica, explicando como, para 
prosperar e sobreviver, precisamos descobrir nosso significado pessoal da vida. 
Atualmente, há diversos estudos que correlacionam o senso de propósito 
a sensações de bem-estar, satisfação, engajamento no trabalho e um melhor 
enfrentamento do estresse. Ter um propósito, assim, é possuir crenças que nos 
orientam em direção a objetivos aos quais atribuímos valor. 
O sentido de vida (SV), enquanto construto psicológico, foi inicialmente 
teorizado e divulgado pela Logoterapia (Frankl, 1946/2004). Ao longo de sua 
obra, Frankl (1978, 2003, 1946/2004) sugeriu que a busca por sentido era a 
principal motivação do ser humano, e que o SV seria um componente 
fundamental tanto para o bem-estar psicológico quanto para o bem-estar 
subjetivo das pessoas. 
Sentido de vida pode ser definido como a percepção de ordem e coerência 
na própria existência, aliada à busca e ao cumprimento de metas/objetivos 
significativos, que resulta na sensação de realização existencial (Reker, 2000; 
Steger, 2009). Para Frankl (1946/2004), seria imprescindível que as pessoas 
tivessem clara noção sobre o propósito da própria existência e, mais que isto, 
que agissem no mundo em consonância com esta percepção, constituindo um 
senso de coerência existencial. 
Desde as suas primeiras publicações, os pressupostos teóricos e 
filosóficos da Logoterapia e Análise Existencial têm sido amplamente discutidos 
e mensurados empiricamente na literatura norte-americana e europeia. Décadas 
de pesquisas têm corroborado os principais postulados de Frankl, demonstrando 
que o SV é um importante preditor de saúde física (Jim & Andersen, 2007), de 
bem-estar psicológico e de qualidade de vida (Fillion et al., 2009; Ho et al., 2010; 
Melton & Schulenberg, 2008). Já a falta de sentido tem sido relacionada com 
 
 
 
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maiores níveis de depressão (Mascaro & Rosen, 2006), ideação suicida 
(Edwards & Holden, 2001), drogadição (Henrion, 2002), dentre outros. 
O funcionamento do SV na saúde mental e física das pessoas é complexo. 
Algumas hipóteses sugerem que o SV,enquanto processo cognitivo, é um 
recurso central na autorregulação e na autopercepção, auxiliando na utilização 
de comportamentos adaptativos e oferecendo uma sensação de significado 
existencial. O SV, por si só, não regula o comportamento, porém, direciona os 
sujeitos para que, por meio da utilização de seus recursos psicossociais, estes 
possam superar mais facilmente os eventos estressores por meio de decisões 
congruentes com um organizado sistema de valores pessoais (McKnight & 
Kashdan, 2009). 
Apesar de haver uma ampla literatura demonstrando o papel preditor e 
moderador do SV na saúde física e psicológica das pessoas, tais estudos se 
centram, em sua maioria, em amostras de estudantes e idosos, sendo que 
estudos em amostras ocupacionais ainda são escassos (Halama & Bakosova, 
2009; Ho et al., 2010; Mascaro & Rosen, 2005). Considerando os benefícios 
deste recurso à saúde física e psicológica dos sujeitos, a investigação de índices 
de SV em profissionais é relevante por diversas razões. Em geral, o trabalho 
assume um papel imprescindível na construção da identidade dos sujeitos, 
podendo ser uma das principais fontes de sentido e direcionar o ser à sensação 
de realização existencial (Frankl, 2003). Diversos estudos empíricos sugerem 
que tal pressuposto é consistente, demonstrando que o trabalho tem sido um 
dos principais preditores de SV em diversas amostras e em diversas faixas 
etárias (Rosso, Dekas, & Wrzesniewski, 2010; Steger & Dik, 2009). 
Outro importante aspecto a considerar em estudos ocupacionais é o fato 
de que sujeitos com maiores índices de SV tendem a apresentar maior nível de 
bem-estar no trabalho e maior comprometimento profissional (De Klerk, 2005). 
Além disso, como um recurso protetivo, o SV auxilia na adequada utilização de 
recursos de coping e manejo de situações de estresse, protegendo os sujeitos 
de eventos e sentimentos negativos vivenciados no trabalho (Bonebright, Clay, 
& Ankenmann, 2000; Mascaro & Rosen, 2006). 
 
 
 
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BEM ESTAR E FELICIDADE 
 
N os últimos anos têm aumentado os estudos sobre os aspectos positivos 
das emoções e do comportamento humano. Historicamente, a ciência 
psicológica tem dado maior ênfase a pesquisas em psicopatologia e aos 
aspectos menos saudáveis dos indivíduos. A Psicologia clássica priorizou o 
patológico e, seguindo este caminho, esqueceu-se de aspectos emocionais 
construtivistas como o bem-estar psicológico, a satisfação com a vida, a paz ou 
prazer, ignorando os benefícios que eles proporcionam aos indivíduos (Seligman 
& Csikszentmihalyi, 2001). 
 
O psicólogo Martin Seligman, um dos pioneiros da Psicologia Positiva 
(PsP), escreveu um livro intitulado Florescer - uma nova e visionária 
interpretação da felicidade e do bem-estar (2011), que tenta mostrar esse 
paradigma da Psicologia fora do âmbito científico. O autor dos livros "Felicidade 
Autêntica" (2002) e "Otimismo aprendido" (2004) apresenta em sua nova 
publicação aspectos teóricos e práticos para desenvolver o otimismo, a 
motivação e as características da resiliência que são necessárias para que as 
pessoas desenvolvam o bem-estar psicológico. 
 
 
 
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Neste livro o autor apresenta a teoria da felicidade autêntica a partir de 
cinco elementos básicos: 1) a emoção positiva, que é a pedra angular da teoria 
de bem-estar; 2) a entrega (viver o momento presente); 3) o sentido (as 
idiossincrasias da vida); 4) sucessos (indivíduos que perseguem o sucesso); e 
5) relações (os outros indivíduos). O livro é dividido em duas partes, das quais a 
primeira se intitula "Nova psicologia positiva", e a segunda tem como título "Os 
caminhos para o crescimento pessoal". Na primeira parte Seligman destaca o 
paradigma da PsP, analisando como é este novo paradigma do conhecimento 
psicológico. O autor faz distinção entre a Teoria da Felicidade Autêntica e a 
Teoria do Bem-Estar. A primeira analisa como seria medir o construto psicológico 
por meio da satisfação com a vida, e a segunda trata de como aumentar a 
emoção positiva, ou seja, as relações positivas e a autorrealização. 
Assim, o autor propõe exercícios PsP para aumentar o bem-estar e 
diminuir fatores inerentes à depressão. Um primeiro exercício seria "Visita de 
agradecimento", que consiste em alguém escrever uma carta de agradecimento 
a uma pessoa importante em sua vida. Outro exercício seria o das "Três 
bênçãos", em que se escrevem três coisas que correram bem durante um dia, 
considerando-se o porquê de isso ter acontecido dessa forma. Além disso, 
propõe uma terceira tarefa sobre as fortalezas pessoais: a de encontrar novas 
formas de uso e frequência. 
Posteriormente é apresentada a psicoterapia positiva, em que 
inicialmente são identificados os níveis de bem-estar de uma pessoa por meio 
de respostas a um questionário contido no site www.authentichhappiness.org; 
em seguida são analisados sintomas depressivos e realizadas sessões de 
psicoterapia positiva para adaptação positiva. 
Na Educação, este livro destaca o capítulo intitulado "Educação Positiva: 
o ensino do bem-estar da juventude", em que o autor afirma que o tema Emoções 
positivas deve ser abordado com os alunos na escola, a fim de evitar futuros 
problemas psicológicos e fortalecer a vidas das pessoas. O programa Resiliência 
é destaque na Universidade da Pensilvânia (EUA), pois reduz e previne sintomas 
depressivos, desesperança e ansiedade e melhora os comportamentos 
 
 
 
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relacionados à saúde. Para concluir esta primeira parte do libro, Seligman sugere 
que o PIB (produto interno bruto) não seja quantificado pelos bens e serviços 
que as pessoas possuem, mas pela produção de bem-estar. 
Na segunda parte do livro, inicialmente é apresentada a "Determinação, 
caráter e realizações", em que o autor ainda afirma não saber nada sobre a forma 
de aumentar o ritmo de aprendizagem, mas o que se sabe de verdade é que o 
tempo gasto na tarefa funciona, basicamente de duas maneiras 1) com a 
capacidade e 2) com o conhecimento existente. Assim, a ciência da PsP poderá 
ser importante para a geração de comportamentos que aumentam a 
determinação e o autocontrole. 
O autor ensina uma experiência, talvez uma das mais gratificantes, para 
ilustrar o uso prático do conhecimento da PsP na vida das pessoas. É um 
procedimento chamado "Um exército em formação: aptidão militar global", em 
que se tenta construir a resiliência como um modelo para prevenir, entre os 
militares dos EUA, o estresse pós-traumático, a depressão e o suicídio. Com a 
ajuda do Pentágono, é oferecido aos militares um curso de formação em que os 
participantes respondem inicialmente a um instrumento chamado Ferramenta de 
Avaliação Global (FAG), com quatro áreas: competência emocional, 
competência social, aptidão familiar e aptidão espiritual. As conclusões iniciais 
mostram que os sintomas de estresse pós-traumático diminuem com o aumento 
da competência emocional. 
Não há como negar que a resiliência tem ajudado na superação de 
adversidades nas forças armadas. No capítulo seguinte, o autor relata como 
"Converter o trauma crescendo", com o objetivo de abordar os exercícios usando 
seus pontos fortes ao invés de apenas explorar os pontos fracos, como na 
psicologia tradicional. No penúltimo capítulo de "Saúde física positivo: a biologia 
do otimismo", o autor afirma que a PsP considera a saúde mental não apenas 
como a ausência de doença mental. Observa que a Medicina e a Psicologia 
necessitam mudar o paradigma e criar um novo que leve em conta os efeitos do 
fortalecimento das situações positivas. 
 
 
 
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O autor destaca um ponto interessante: as pessoas pessimistas se 
deprimem mais do que as otimistas, do mesmo modo que têm baixo 
desempenho no trabalho, em sala de aula e nos esportese que nas relações 
são mais instáveis. Um fato interessante que se destaca neste capítulo é que o 
bem-estar funciona como um fator protetor contra doenças futuras como 
insuficiência renal, acidente vascular cerebral e HIV. No final deste capítulo 
Seligman (2011) faz uma declaração pouco parcimoniosa: "Concluo que o risco 
de câncer pode ser menor para muito otimista. Conclui-se que o risco de 
mortalidade é menor para pessoas saudáveis com alto bem-estar psicológico" 
(p.239). 
Finalmente, o autor escreve um capítulo em sintonia com o contexto da 
crise econômica internacional, intitulado "Política e economia do bem-estar", que 
começa com a pergunta "O que é riqueza?". O capítulo constitui-se de uma 
interessante reflexão sobre o abismo do PIB e sua relação com o bem-estar. É 
relatado que o PIB não traduz o bem-estar tenham as pessoas, mas apenas a 
quantidade de riqueza material (bens e serviços) produzida pela humanidade. 
Propõe-se uma "Economia positiva", em que o bem é desenvolvido nos campos 
da emoção positiva, entrega, realizações positivas, relacionamentos positivos e 
significado. Seligman termina o livro afirmando que "tudo o que podemos dizer 
sim é para mais bem-estar." “identidade designa algo como uma compreensão 
de quem somos, nossas características definitórias fundamentais como seres 
humanos.” 
A Psicologia Positiva e dedica-se a estudar os estados afetivos e as 
virtudes positivas, como a felicidade, a resiliência, o otimismo e a gratidão. Foi 
desenvolvida a partir da década de 1990 e investiga os sentimentos, as 
emoções, as instituições (como a família, escolas, comunidades e a sociedade 
em geral) e os comportamentos positivos que têm como finalidade a felicidade 
humana. (Seligman, 2000). 
Acredita-se que o foco nas experiências positivas pode contribuir para a 
prevenção e promoção de saúde, ajudando também nos mecanismos de 
enfrentamento das doenças (Calvetti et al., 2007). Pode também trazer 
 
 
 
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elementos para a compreensão do bem-estar subjetivo, que é definido pela 
ausência de depressão e presença de estados cognitivos e emoções positivas 
(Seligman, 2011). 
O conceito de bem-estar subjetivo, nesta teoria, vai de acordo com o 
conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde (1946): "o completo estado 
de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de 
enfermidade" (Preâmbulo da Constituição da OMS) e isso mostra mais uma 
importância do estudo dos aspectos positivos do ser humano. 
Seligman e Csikszentmihaly (2000) apontam que o bem-estar subjetivo 
se refere ao que as pessoas pensam e sentem sobre suas vidas. De acordo com 
os autores, na prática, bem-estar subjetivo é apenas um termo que soa mais 
científico para o que as pessoas geralmente descrevem como felicidade. 
Há muitas definições para o termo felicidade. No dicionário Houaiss 
(2009) da língua portuguesa encontramos a definição: "1. Qualidade ou estado 
de feliz, estado de uma consciência plenamente satisfeita, satisfação, 
contentamento, bem-estar; 2. Boa fortuna, sorte; 3. Bom êxito, acerto, sucesso" 
(p. 884). 
Já se acreditou que a felicidade dependia dos desígnios dos deuses, e 
que uma vida de felicidade seria "superior ao nível humano", equivalente ao 
divino. Essa visão pode ser aplicada tanto ao sábio socrático como ao filósofo 
platônico, ao asceta estóico como ao sábio epicurista, ao santo católico como ao 
eleito predestinado de Calvino. Em todas estas visões, o homem feliz era 
idealizado como alguém que se aproximava dos deuses, que ultrapassara o 
meramente humano, que alcançara uma forma de transcendência (McMahon, 
2009). 
Durante grande parte da história ocidental, a felicidade funcionou como 
um indicador da perfeição humana, um ideal imaginado de um ser completo, sem 
mais carências, desejos ou necessidades. Até o surgimento da filosofia socrática 
quando se inaugurou um paradigma que propõe que buscar ser feliz seria uma 
tarefa de responsabilidade pessoal. Com o Iluminismo, apareceu a ideia de que 
todo ser humano tem o direito de atingir a felicidade e que o objetivo da 
 
 
 
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sociedade deve ser a obtenção deste sentimento dos seus cidadãos (Ferraz, 
Tavares & Zilberman, 2007). 
Atualmente, a felicidade é considerada um valor extremamente 
importante, tanto que foi proposto, em 2010, uma emenda ao artigo 6º da 
Constituição Federal brasileira para incluir o direito à busca da felicidade por 
cada indivíduo e pela sociedade, colocado junto com o direito à educação, 
saúde, previdência social, proteção, maternidade e infância (Senado Federal, 
2010). 
Dessa forma, o estudo da felicidade se mostra cada vez mais importante. 
A Psicologia Positiva é baseada em três principais conceitos: (1) o estudo das 
emoções positivas; (2) o estudo dos traços positivos (forças, virtudes, 
inteligência, capacidade atlética) e (3) o estudo das instituições positivas 
(democracia, família, liberdade) (Seligman, 2004). 
De acordo com Seligman (2004), esse movimento propõe que o bem estar 
subjetivo pode ser medido em 5 fatores: 
 
1. Emoção positiva; 
2. Engajamento; 
3. Sentido na vida; 
4. Realização positiva; 
5. Relacionamentos positivos (relação com outros indivíduos). 
A emoção positiva é uma variável subjetiva, definida pelo o que se pensa 
e sente. Engajamento também é uma variável subjetiva, enquanto o sentido, os 
relacionamentos e a realização têm componentes subjetivos e objetivos e o bem-
estar não pode existir somente no pensamento: é uma combinação de todos 
esses fatores que fundamentam o movimento, e o modo como escolhemos viver 
deve levar em conta maximizar todos esses cinco elementos. 
 
 
 
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Estudos que procuram identificar as causas da felicidade têm sido feito há 
anos por vários autores. Em sua revisão de literatura, Ferraz, Tavares e 
Zilberman (2007) reúnem os resultados dos principais estudos que procuravam 
avaliar a relação dos aspectos sócio demográficos e culturais com a felicidade. 
Um aspecto estudado foi o poder aquisitivo. De acordo com esses 
autores, a literatura aponta que tanto para nações quanto para indivíduos, 
quando se supera o necessário para sobreviver com dignidade (água, comida e 
saneamento básico), o aumento do poder aquisitivo não tem correlação com um 
aumento significativo nos níveis de felicidade (Csikszentmihaly, 1999; 
Veenhoven, 1991 apud Ferraz, Tavares & Zilberman, 2007). 
Outros aspectos que já foram estudados e são trazidos nessa revisão são 
idade e gênero. Inglehart (1990) analisou seis faixas etárias diferentes e obteve 
níveis de satisfação com a vida virtualmente idênticos. Stock et al. (1983) 
conduziram uma meta-análise investigando a correlação entre idade e bemestar 
e concluíram que é praticamente nula (apud Ferraz, Tavares & Zilberman, 2007). 
Com relação ao gênero, Haring et al. (1984), através de uma meta-análise 
composta por 146 estudos, descobriram que o gênero contribuiu com menos de 
1% para a variação dos índices de bem-estar reportados. Além deles, Inglehart 
(1990) entrevistou mais de 150 mil pessoas ao longo de 16 países e obteve 
índices equivalentes de satisfação com a vida entre os dois gêneros (apud 
Ferraz, Tavares & Zilberman, 2007). 
No estudo de Brickman et al. (1978), os pesquisadores descobriram que, 
ao longo da vida, nossos índices de felicidade costumam ser estáveis e que 
dependem menos de eventos externos do que se imagina. Observaram que as 
pessoas reagem a eventos bons ou ruins de modo intenso, mas que tendem a 
se adaptar rapidamente a estes eventos, voltando para o nível de felicidade 
relativamente estável e semelhante ao que era anteriormente (Brickman et al, 
1978). 
 
 
 
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 DIMENSÕES DO BEM ESTAR PSICOLÓGICO 
 
 
O bem-estar psicológico é um construto baseado nateoria psicológica a 
respeito do funcionamento positivo ou ótimo. Os pontos de convergência entre 
definições provenientes de teorias do desenvolvimento humano, psicologia 
humanista-existencial e saúde mental constituem suas dimensões: 
autoaceitação, relações positivas com outros, autonomia, domínio sobre o 
ambiente, propósito na vida e crescimento pessoal. O bem-estar psicológico está 
associado a processos positivos relacionados à saúde. 
A questão sobre o que constitui o bem-viver tem sido um tema central na 
civilização ocidental desde os antigos filósofos gregos. Contudo, a inclusão do 
estudo do bem-estar no âmbito psicológico no domínio da investigação científica 
deu-se apenas na década de 1960, impulsionada por grandes transformações 
sociais (por exemplo o fim da Segunda Guerra Mundial) e pela necessidade de 
desenvolver indicadores sociais de qualidade de vida (Diener, 1984; Galinha & 
Ribeiro, 2005; Keyes, 2006; Ryff, 1989). 
 
 
 
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Durante esse período, psicólogos sociais e do comportamento 
perceberam que, até então, tinham-se explorado a fundo questões sobre as 
doenças mentais e o sofrimento humano, porém sabia-se muito pouco sobre 
aspectos como a saúde mental e a felicidade (Diener, 1984; Ryff, 1989). Diversos 
termos eram empregados nessas pesquisas, tais como: felicidade, satisfação, 
estado de espírito, moral, afeto positivo, avaliação subjetiva da qualidade de 
vida, entre outros (Diener, 1984). 
O trabalho de Diener (1984) é um marco na tentativa de sistematização 
dos estudos na área, cunhando o termo Bem-Estar Subjetivo (BES) para 
representá-la. O BES é definido como um conjunto de fenômenos que incluem 
respostas emocionais, domínios de satisfação e julgamentos globais de 
satisfação de vida. Existem, entretanto, três componentes básicos do BES: 
satisfação de vida, altos níveis de afeto positivo e baixos níveis de afeto negativo. 
Aristóteles em sua doutrina ética propõe que o bem-viver resulta da 
eudaimonia, isto é, provém da ação em direção ao desenvolvimento dos 
potenciais únicos 589BEM-ESTAR PSICOLÓGICO Estudos de Psicologia I 
Campinas I 29(4) I 587-595 I outubro - dezembro 2012 de cada pessoa (Ryff, 
1989; Waterman, 1993). Consequentemente, a eudaimonia está relacionada às 
experiências de desenvolvimento pessoal, autorrealização e sentido de vida. 
Existem pelos menos três importantes conclusões derivadas das 
investigações a respeito dos correlatos desenvolvimentais, psicossociais e 
sociodemográficos do BEP. A primeira sugere que com o avançar da idade, as 
pessoas tendem a ser mais confiantes em suas crenças e experiências pessoais, 
e também manejam melhor o ambiente a fim de atender às suas necessidades. 
Entretanto, o mesmo processo conduz a uma minimização da busca de objetivos 
de vida e do investimento no desenvolvimento pessoal. 
A segunda conclusão é que existe uma forte conexão entre o nível de 
desigualdade social e o BEP, já que maiores níveis de bem-estar estão 
presentes em pessoas que possuem melhores oportunidades e condições 
socioeconômicas. Por fim, no que tange à personalidade, fica evidente que não 
somente os traços neuroticismo e extroversão desempenham uma influência 
 
 
 
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relevante nos níveis de BEP, mas que outros traços de personalidade também 
se relacionam com o construto. Isso demonstra uma maior complexidade entre 
a associação do BEP e traços de personalidade, comparada a outros indicadores 
de bem-estar. 
O Bem-Estar Psicológico é um construto multidimensional que reflete 
características relativas ao funcionamento psicológico positivo ou ótimo. Ao 
basear- -se na teoria psicológica, reúne avanços conceituais e achados 
empíricos de décadas de pesquisas nas áreas do desenvolvimento humano, 
psicologia humanista- -existencial e saúde mental. Do ponto de vista 
metateórico, o BEP representa a tradição eudaimonica do estudo do bem-estar, 
resgatando o sentido original do bem-viver na doutrina aristotélica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
Cada indivíduo exibe características mais fortemente que os outros, não 
havendo perfeição. O ser humano está sempre em busca da autorrealização, 
pois ela não é estática, faz parte do desenvolvimento humano, independente da 
cultura, tornando a abordagem de Maslow claramente humanista, sobrevivendo 
até hoje. 
Portanto, para vivenciar, na prática, o seu potencial infinito e, ser tudo 
aquilo que deseja ser, em sua carreira; o indivíduo precisa ter todas as suas 
necessidades atendidas e o domínio de competências e habilidades técnicas, 
emocionais e comportamentais que lhe ajudem a maximizar seu sucesso. 
A autorrealização pode ser impulsionada pela qualidade do ambiente de 
trabalho, mas, sobretudo, é um resultado do profissional e daquilo que ele 
acredita ser o melhor caminho para conquistar autossatisfação e grandes 
realizações em sua vida. 
Por fim, podemos concluir que, de modo geral, para conquistar sua 
autorrealização, a pessoa também precisa sentir que: física, emocional e 
espiritualmente, está pleno e equilibrado. Precisa ainda criar as condições 
necessárias para transformar a si, para evoluir continuamente, transcender suas 
possibilidades e tornar, por meio de seus esforços, conhecimentos, talentos e 
habilidades, os seus sonhos, desejos, ideias e objetivos em realidade. 
Então, invista em conhecer mais sobre si mesmo, defina o seu conceito 
de sucesso, investigue, se auto questione, busque a sua verdade interior, 
valorize cada experiência, absorva os aprendizados e lute incessantemente, 
para ter uma vida com propósito e que faça sentido para você. Se livre das 
verdades absolutas (elas não existem) e principalmente, de agradar os outros. 
Tenha ousadia e coragem para SER você mesmo! 
 
 
 
 
 
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