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TITULO- MODELO DE APOSTILA SAÚDE FÍSICA E EMOCIONAL 1 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 O QUE É SAÚDE EMOCIONAL? ............................................................ 6 CORPO E MENTE SÃO INSEPARÁVEIS ............................................... 8 PSICOSSOMÁTICA............................................................................... 11 QUALIDADE DE VIDA ........................................................................... 14 SAÚDE MENTAL ................................................................................... 15 HUMANIZAÇÃO .................................................................................... 21 A RELAÇÃO ENTRE SAÚDE EMOCIONAL E SAÚDE FÍSICA ............ 26 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 28 2 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 3 INTRODUÇÃO A Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998) desde que alterou o conceito, define saúde não mais apenas como ausência de doença e sim com um estado de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual. Partindo dessa premissa, o papel das ciências da saúde não é apenas a prevenção e a cura, mas a promoção de saúde. Desta maneira, torna-se necessário que se tenha uma visão holística a respeito do ser humano, que comtemple não apenas a doença, a patologia, mas também inclua suas virtudes e potenciais, para se entender o significado de promoção de saúde. Neste cenário, a psicologia se inseriu buscando estudar as características positivas dos seres humanos, promotoras de saúde e bem-estar. A partir de 1998, o psicólogo Martin Seligman, passou a defender em seus discursos e escrever artigos em favor de uma psicologia que olhasse para o lado positivo do ser humano, olhando potenciais e virtudes, denunciando que a psicologia negligenciava esse aspecto da existência humana, preferindo sempre compreender o homem como neurótico e patológico. Um novo olhar foi lançado acerca do sujeito, um olhar mais amplo e crítico, notando não apenas a doença ou a ausência dela, mas sim todo o contexto que permeia a situação. 4 4 Seligman e Csikszentmihalyi denominaram de psicologia positiva, o conjunto de trabalhos e esforços da psicologia interessados em estudar os fenômenos positivos da existência humana. Esse primeiro passo dados por esses teóricos, possibilitou um aumento exponencial das pesquisas nessa nova área de conhecimento, o que fez com que a Psicologia positiva se tornasse um movimento em pleno desenvolvimento. Alguns dos campos de estudo que receberam uma maior atenção foram a felicidade ou bem-estar subjetivo, resiliência, qualidade de vida, altruísmo, etc. (Schultz e Schultz, 2005) Nossa mensagem é lembrar que o campo da psicologia não é somente o estudo da patologia, fraqueza e danos; é também o estudo da força e virtude. Tratamento não é somente consertar o que está quebrado; é alimentar o que é melhor. Psicologia não é somente uma filial da medicina preocupada com saúde e doença; é muito mais. É sobre trabalho, educação, amor, crescimento; e viver (SELIGAMN e CSIKSZENTMIHALYI, 2000, p.7). Pode-se definir então que o objeto de estudo da psicologia positiva então, é buscar compreender como, porque e sob quais condições as positivas emoções, positivas instituições e positivos traços aparecerem (SELIGMAN, STEEN, PARK e PETERSON, 2003). Sendo assim, ela faz um convite aos psicólogos a analisarem e buscarem as causas ou efeitos do lado positivo que o ser humano é capaz de demonstrar, porém parte do pressuposto que os seres humanos são capazes de viver de maneira virtuosa e com felicidade (SELIGMAN, STEEN, PARK e PETERSON, 2005). O intuito não é acabar com os estudos ou os atendimentos voltados para a patologia ou as neuroses, mas sim, estabelecer um entendimento mais completo do ser humano que leve em consideração suas potencialidades ou até mesmo as fragilidades. Uma boa parte das ideias defendidas por essa nova concepção, tem muitas semelhanças com a psicologia humanista. Um dos grandes pioneiros dessa nova abordagem foi Maslow. 5 5 Outra característica comum se refere à concepção de personalidade, como coloca Vianna (2005), para a psicologia positiva, o homem é capaz de ser auto-organizado, autodirigido e adaptável. Esta concepção vai de encontro com as noções de personalidade de Maslow e Rogers, psicólogos humanistas. Paludo e Koller (2007) afirmam que houve um resgate dos conceitos e objetivos da psicologia humanista, havendo importantes discussões entre as relações entre a psicologia positiva e a psicologia humanista, com os psicólogos humanistas se dividindo em dois grupos, os que aceitam as ideias de Seligman (RESNICK e SERLIN, 2002, TAYLOR, 2001) e os que a rejeitam (PAVAREM, 2001 e SOLODOD, 2000). Ao desenvolver as forças e virtudes do ser humano, pode-se proporcionar a possibilidade uma vida mais saudável (LEMOS e CAVALCANTE, 2006) e com os resultados das investigações da psicologia positiva sobre estes fatores abre- se a possibilidade do trabalho do psicólogo no planejamento de saúde pública (CALVETTI, MULLER e NUNES). Nessa nova etapa, iremos nos aprofundar nos aspectos da saúde física e emocional. 6 6 O QUE É SAÚDE EMOCIONAL? A saúde emocional ou saúde mental é o bem-estar psicológico em geral. Isso inclui a forma de se sentir em relação a si mesmo, a qualidade das relações e a capacidade de controlar os sentimentos e de enfrentar as dificuldades. A boa saúde emocional não é apenas a ausência de problemas de saúde mental. Estar mentalmente ou emocionalmente saudável é muito mais que estar livre da depressão, ansiedade ou outros problemas psicológicos. A saúde mental e emocional se refere a presença de características positivas, como autoconfiança, capacidade de lidar com o estresse e se recuperar de uma adversidade, amor pela vida, capacidade de rir e se divertir, capacidade de construir e manter relações satisfatórias e flexibilidade para aprender coisas novas e se adaptar às mudanças, entre outras. 7 7 Essas características positivas da saúde emocional nos permitem participar da vida de maneira plena através de atividades importantes e relacionamentos sólidos. Além disso, essas características positivas também nos ajudam a encarar os desafios e astensões da vida. Estar emocionalmente saudável não significa não passar por maus momentos ou nunca experimentar problemas emocionais. A diferença é que as pessoas com boa saúde emocional têm uma grande capacidade de se recuperar das adversidades, do trauma e do estresse. Essa capacidade é conhecida como resiliência. As pessoas que estão emocionalmente saudáveis têm as ferramentas para encarar situações difíceis e manter uma atitude positiva. Um dos fatores chave da resiliência é a capacidade de equilibrar o estresse e as emoções. A capacidade de reconhecer as emoções e expressá- las adequadamente ajuda a evitar que você fique preso na depressão, ansiedade ou outros estados de ânimo negativos. Outro fator chave é ter uma rede de apoio forte. Ter ao seu lado gente de confiança para ajudar na busca de incentivo e apoio aumentará a capacidade de recuperação em tempos difíceis. Cuidar do corpo é muito importante para ter uma boa saúde emocional.. Quando se melhora a saúde física, automaticamente é possível notar um bem- estar mental e emocional maior. É que o exercício não apenas fortalece o coração e os pulmões, mas também libera endorfinas, substâncias químicas poderosas que nos dão energia e elevam nosso estado de ânimo. Descansar adequadamente, manter uma boa alimentação, fazer exercícios, receber luz solar natural e evitar o consumo de álcool, tabaco e drogas é o básico para iniciar o caminho rumo a uma boa saúde física. Para melhorar a saúde mental você deve cuidar de si mesmo. Para manter e reforçar a sua saúde mental e emocional é importante prestar atenção às suas próprias necessidades e sentimentos. Não deixe que o estresse e as emoções negativas se acumulem. Trate de manter um equilíbrio entre suas responsabilidades diárias e as coisas de que você gosta. Se você cuida de si mesmo, estará mais preparado para enfrentar os desafios quando eles surgirem. 8 8 CORPO E MENTE SÃO INSEPARÁVEIS Uma das impossibilidades da vida, é separar as emoções da biologia. Alguns exemplos de emoções como o medo, a tristeza, a ira, a raiva, a fúria e a frustração, entre outras, se vividas repetidamente, tornam-se tóxicas e funcionam como venenos emocionais que contaminam o nosso organismo. O impacto das emoções negativas em no organismo podem ser devastadores, e podem ocasionar doenças graves como estresse e ansiedade, alterações do sono ou doenças crônicas ou mais graves como AVC, colesterol elevado, depressão, ataques cardíacos e úlceras no estômago. Se, pelo contrário, vivenciamos emoções positivas, o corpo pode ficar mais relaxado, o que diminuirá consideravelmente os níveis de estresse, e o estado de vigilância, isso ocasionará uma melhora geral no bem-estar. Para se cuidar do corpo, torna-se imperativa que a mente também seja bem cuidada. Como nossas emoções são produtos de tudo o que pensamos sobre nós mesmos, as pessoas a nossa volta, sobre a vida como um todo, podemos fazer do pensamento um grande aliado no processo de cura. 9 9 Uma das formas de aprender a lidar com esses problemas que possam surgir nas nossas vidas, é através de terapia, podendo ser ela individual, de casal, familiar ou coletiva. Conhecer os nossos gatilhos de ansiedade e medo, técnicas de como voltar, como lidar com pessoas difíceis ou desagradáveis ao nosso redor, etc., são partes da terapia. Pessoas felizes adoecem menos. Essa afirmativa é comprovada pela neurociência. Através de estudos, ficou comprovado que pessoas mais felizes ou emocionalmente equilibradas tendem a adoecer menos, e quando acometidas por algum tipo de patologia, apresentam uma melhora mais rápida e significativa, e ainda demonstram menos riscos de recaídas. É possível moldar as emoções, este é um gesto a empreender para conseguir uma vida melhor. Em primeiro lugar, é necessário perceber para onde dirigimos o nosso diálogo interior. Da qualidade dos nossos pensamentos, resultará a qualidade das nossas emoções. Se desejamos estar bem e com saúde, então não nos devemos focar no estar doente e no mal que sentimos. O foco deve estar no presente e naquilo que, neste momento, consegue controlar e no que quer alcançar. 1 0 10 Existem quatro emoções básicas que regem a nossa vida, são elas, raiva, medo, alegria e tristeza. Todas as outras emoções que experenciamos são derivadas dessas iniciais. Para que se tenha o controle dessas emoções se faz necessário que as conheça e compreenda. 1 1 11 PSICOSSOMÁTICA Esse conceito parte do princípio de que somos seres biopsicossocial- ecológico-energético-espiritual. Ter essa concepção mais integrativa, traz alterações até mesmo para o contexto sócio educacional terapêutico, pois faz com que se tenha uma nova compreensão acerca do adoecimento, já que os componentes emocionais se tornam evidentes no equilíbrio (ou não) das estruturas orgânicas. Se torna imperioso reconhecer o elo existente entre os estados emocionais e os aspectos relacionados ao bem-estar físico, ou de forma mais simplista, entre os sentimentos e as doenças. E se identifica a correlação que todos os órgãos têm com o significado emocional e psicológico. Diante de tal constatação, pode-se dizer que o adoecimento revela uma desordem interna, e 1 2 12 nossos conflitos emocionais se traduzem em somatizações que perturbam o equilíbrio físico. Uma das características comum dos Transtornos considerados psicossomáticos, é a presença de sintomas físicos que sugerem uma condição médica geral, não sendo, porém, completamente explicados por essa condição nem pelos efeitos de qualquer substância ou nem, ainda, por um outro transtorno mental. Nos anos 1930, com o regime nazista da Alemanha se expandindo, muitos psicanalistas europeus radicaram-se nos Estados Unidos, entre eles Alexander, Felix Deutsch e Dunbar, fundando posteriormente a "Escola de Psicossomática de Chicago". Os pesquisadores alinhados a essa escola tentavam distinguir ponto por ponto o mecanismo de conversão histérica e a patogênese psicossomática. Quando os médicos não conseguiam encontrar agentes infecciosos ou outras causas diretas para uma determinada doença, Alexander levantava a hipótese de que fatores psicológicos poderiam estar envolvidos. Segundo o seu modelo de conflito nuclear, a presença de determinados conflitos inconscientes podia levar à manifestação de queixas físicas, sendo que cada doença física poderia ser compreendida como o resultado de um conflito psicológico fundamental ou nuclear. Ele pensava, por exemplo, que pessoas com "personalidade reumática" tendiam a reprimir a raiva e seriam incapazes de expressar emoções, o que as tornaria propensas a desenvolver artrite. Descreveu minuciosamente um grande número de transtornos físicos possivelmente causados por conflitos psicológicos, ajudando a estabelecer assim os pilares da medicina psicossomática. Por definição, a medicina psicossomática diz respeito ao diagnóstico e ao tratamento de doenças físicas que poderiam ser causadas por processos deficientes na mente (Andrade, 2003). Para Marty (1993, 1998), a unidade essencial do organismo está na hierarquização progressiva de todas as funções de sua organização. Quando os elementos de um certo nível evolutivo não se encontram presentes no momento desejado, devido à influência de traumatismos passados ou atuais, a nova 1 3 13 organização funcional é prejudicada, ocorrendo, assim, um movimento contra evolutivo de desorganização. Isso leva a uma regressão no nível das bases funcionais do início da eventual organização, mais evoluída, a qual não consegue se realizar. Essa regressão reorganizadora servede ponto de partida para uma reedição do movimento inicial para uma eventual organização mais evoluída, ocorrendo então uma repetição da tentativa de construção. No pensamento de McDougall (1996), as afecções psicossomáticas são resultados de determinados modos de funcionamento mental adquiridos nos primeiros meses de vida, antes da aquisição da palavra, predispondo o corpo a eclosões psicossomáticas, em vez de soluções neuróticas, psicóticas ou perversas. Embora sejam encontrados pontos divergentes nas concepções dos autores, algumas semelhanças podem ser observadas (como a função materna na organização psíquica do bebê), além da consideração sobre as eclosões somáticas que, na maioria das vezes, coincidem com acontecimentos os quais ultrapassam a capacidade de tolerância habitual das pessoas. Nota-se ainda que o organismo possui três vias de respostas para descarga das excitações: a orgânica, a ação e o pensamento, sendo esta última a mais evoluída delas. Diante de uma perturbação em seu funcionamento, o indivíduo pode, segundo as características de seu desenvolvimento e do seu momento de vida, ser acometido por patologias "psíquicas" ou "somáticas". Quando a dor psíquica e o conflito psíquico decorrentes de uma fonte de estresse ultrapassam a capacidade habitual de tolerância, em vez de serem reconhecidos e elaborados, eles podem ser descarregados em manifestações somáticas, remetendo a uma falha na capacidade de simbolização e de elaboração mental. Desse modo, com certas dificuldades de enfrentar tensões, o adoecer pode ser considerado uma tentativa de estabelecimento de um equilíbrio para o corpo, assim como o sintoma neurótico representa a saída para um conflito psíquico. 1 4 14 QUALIDADE DE VIDA Durante a vida, sofremos influência de vários fatores como por exemplo, fatores orgânicos como doenças, estresse, falta de vigor, falta de energia. Fatores sociais como casamento, filhos, emprego, escola. Ou ainda, fatores psicológicos aceitação, valorização, progresso, crescimento. Em linhas gerais, os efeitos de tudo isso podem ser observados através de fadiga, abandono, baixa auto-estima, desinteresse sexual, falta de compromisso, pessimismo, falta de fé, falta de perspectivas. Uma das formas de lidar com esses problemas, é através do desenvolvimento da resiliência. O termo RESILIÊNCIA vem da física e significa a capacidade humana de superar tudo, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades. O equilíbrio humano é semelhante à estrutura de um prédio: se a pressão for superior à resistência, aparecerão rachaduras (isto é, doenças, lesões, problemas de ordem psicológica etc.). Dentre as mais diferentes doenças psicossomáticas que se manifestam no indivíduo que não possui resiliência, estão não apenas o estresse, mas doenças graves como a gastrite até a síndrome do pânico, incluindo ainda problemas como vaginites, doenças intestinais, hipertensão arterial, entre outros males. Durante o ciclo de vida normal, é necessário o indivíduo desenvolver a resiliência para conseguir ultrapassar as passagens com "ganhos", nas diferentes fases: infância, adolescência, juventude, fase adulta e velhice, incluindo mudanças como de solteiro para casado. Quanto mais resiliente for o indivíduo, haverá menos doenças e perdas e mais desenvolvimento pessoal será alcançado e, portanto, mais qualidade de vida. 1 5 15 SAÚDE MENTAL A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de uma doença mental. Na perspectiva da psicologia positiva ou do holismo, a saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" é definida. A rede de atenção à saúde mental brasileira, foi instituída no Brasil na década de 90, como parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS). 1 6 16 Compartilhando dos mesmos princípios do SUS, é uma rede pública, com base municipal, comunitária e articulada, voltadas para os cuidados da saúde mental. Essas redes são compostas por Centros de atenção Psicossocial (CAPS); Centros de Convivência; Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); Ambulatórios de Saúde Mental e Hospitais Gerais. Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de saúde e as Conferências de Saúde Mental, garantem que haja a participação e o protagonismo dos usuários de saúde mental e de seus familiares na gestão do SUS, assim como na construção da rede de atenção à Saúde Mental. A Redes de Saúde Mental é uma rede ampla, não se restringindo apenas aos serviços de saúde mental do município. Para a construção dessa rede estão articuladas, de forma permanente, outras associações, instituições, cooperativas, e vários espaços da cidade, com o objetivo de promover a emancipação das pessoas em sofrimento mental. A rede de Saúde mental também busca incluir essas pessoas, que foram estigmatizadas ao longo do tempo, promovendo autonomia e a cidadania dessas pessoas. A articulação e os serviços promovidos pelas redes de atenção à saúde mental substituem o hospital psiquiátrico, a partir da construção de uma rede comunitária de cuidados, que visa acolher a pessoa em sofrimento mental ao invés de institucionalizá-la, consolidando assim, o que é proposto pela Reforma Psiquiátrica. A Política Nacional de Saúde Mental é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Saúde, que compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. Abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo etc., e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas. O acolhimento dessas pessoas e seus familiares é uma estratégia de atenção fundamental para a identificação das necessidades assistenciais, alívio 1 7 17 do sofrimento e planejamento de intervenções medicamentosas e terapêuticas, se e quando necessárias, conforme cada caso. Os indivíduos em situações de crise podem ser atendidos em qualquer serviço da Rede de Atenção Psicossocial, formada por várias unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde. Além das ações assistenciais, o Ministério da Saúde também atua ativamente na prevenção de problemas relacionados a saúde mental e dependência química, implementando, por exemplo, iniciativas para prevenção do suicídio. Todos nós experimentamos, em determinadas situações da vida, sentimentos como ansiedade, tristeza, nervosismo, medo, vontade de ficar sozinho, desesperança, sensação de que alguém está querendo nos fazer algum mal, alterações constantes de humor e etc. Todas essas alterações de humor e pensamentos podem estar compreensivelmente relacionadas a circunstâncias de vida sobre a qual temos pouco controle ou que não podemos prever as consequências com exatidão. Quando falamos de um transtorno mental de caráter crônico e persistente sabemos que o indivíduo se deparara com uma ou mais barreiras que limitam sua igualdade de participação plena na sociedade e, portanto, considera-se este indivíduo com deficiência psicossocial. Assim, desde então, a definição do conceitode pessoa com deficiência tem possibilitado amparar, à luz da 1 8 18 legislação ,as pessoas que sofrem com transtornos mentais crônicos como, por exemplo, a esquizofrenia, transtorno bipolar, autismo, epilepsia e depressão que, até então, ficavam à margem da sociedade devido as barreiras sociais impostas: estigmas, relações interpessoais, preconceito, acesso à saúde, fatores de proteção, dentre outras. Os impactos de um transtorno mental na vida de uma pessoa são muitas vezes devastadores e somente com o apoio de equipe multiprofissional e bom suporte familiar e psicossocial é possível o controle e superação. No entanto, as marcas que a ruptura de um estado de saúde tido como normal para a transição em um quadro diagnosticado de transtorno mental traz em si um contexto histórico de perdas, frustrações e fragilidades que são por vezes estigmatizastes e excludentes. Indivíduos com transtornos mentais crônicos e persistentes, como a esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão grave, apresentam prejuízos funcionais e intelectuais que comprometem sua capacidade para atividades e desempenho. Entende-se por matriciamento, o suporte realizado por profissionais e diversas áreas especializadas dado a uma equipe interdisciplinar com o intuito de ampliar o campo de atuação e qualificar suas ações. (FIGUEIREDO apud SILVA; LIMA; ROBERTO; BARFKNECHT; VARGAS; KRANEN e NOVELLI, 2010). Ou seja, “matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica” (Ministério da Saúde, 2011, p. 13). O apoio matricial, formulado por Gastão Wagner em 1999, tem possibilitado, no Brasil, um cuidado colaborativo entre a saúde mental e a atenção primária (Ministério da Saúde, 2011 p. 13), e essa relação amplia a possibilidade de realizar a clínica ampliada e a integração e diálogo entre diferentes especialidades e profissões (CAMPOS e DOMITTI apud Ministério da Saúde, 2011). Em outras palavras, o matriciamento consiste em uma prática voltada à estruturação da rede de saúde por meio do fortalecimento das relações entre os profissionais e, consequentemente, destes com os outros atores sociais, 1 9 19 incluindo usuários e gestores. O matriciamento é tratado aqui em sua capacidade de fortalecimento dos sujeitos e coletivos, pela sua proposta de compartilhamento de saberes e práticas entre atores diversos, pela democratização das relações e pela transformação e superação de modelos hierarquizados (BERTUSSI, 2010; BRASIL, 2004). Para tanto, torna-se imprescindível a abertura de novos canais de diálogo, o que implica, necessariamente, civilizar fronteiras, dissolver as barreiras existentes entre especialistas e generalistas, entre clínica e gestão, entre quem formula e quem executa. Nesse sentido, a estratégia de matriciamento busca promover encontros entre equipes que devem estar juntas em um processo contínuo de comunicação para a integração de saberes e práticas. Vale ressaltar que não se trata apenas de um compartilhamento de saber como transmissão de informação, mas da construção de saberes, que se dá por intermédio desses encontros produtivos e, sobretudo, de corresponsabilização pela prática de cuidado. Principais fatos sobre Saúde Mental A saúde mental é mais do que a ausência de transtornos mentais; A saúde mental é uma parte integrante da saúde; na verdade, não há saúde sem saúde mental; A saúde mental é determinada por uma série de fatores socioeconômicos, biológicos e ambientais; Estratégias e intervenções custo-efetivas de saúde pública e intersetoriais existem para promover, proteger e restaurar a saúde mental. A saúde mental é uma parte integrante e essencial da saúde. A constituição da OMS afirma: “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença ou enfermidade”. Uma 2 0 20 implicação importante dessa definição é que a saúde mental é mais do que a ausência de transtornos mentais ou deficiências. Trata-se de um estado de bem-estar no qual um indivíduo realiza suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e é capaz de fazer contribuições à sua comunidade. Saúde mental e bem-estar são fundamentais para nossa capacidade coletiva e individual, como seres humanos, para pensar, nos emocionar, interagir uns com os outros e ganhar e aproveitar a vida, lembra a organização. Nesta base, a promoção, proteção e restauração da saúde mental podem ser consideradas como uma preocupação vital dos indivíduos, comunidades e sociedades em todo o mundo. A promoção da saúde mental envolve ações para criar condições de vida e ambientes que apoiem a saúde mental e permitam às pessoas adotar e manter estilos de vida saudáveis. Um ambiente que respeite e proteja os direitos básicos civis, políticos, socioeconômicos e culturais é fundamental para a promoção da saúde mental. Sem a segurança e a liberdade asseguradas por esses direitos, torna-se muito difícil manter um elevado nível de saúde mental, de acordo com a organização. Políticas nacionais de saúde mental não devem se ater apenas aos transtornos mentais, mas também reconhecer e abordar as questões mais amplas que promovem a saúde mental. Elas incluem a integração da promoção da saúde mental às políticas e programas em setores governamentais e não governamentais. Além da saúde, é essencial envolver os setores de educação, trabalho, justiça, transporte, meio ambiente, habitação e bem-estar. 2 1 21 HUMANIZAÇÃO Nessa etapa buscamos estabelecer possíveis conexões e repercussões entre duas políticas públicas de saúde: a Política de Saúde Mental, na perspectiva da Reforma Psiquiátrica, e a Política Nacional de Humanização (PNH). A imagem da ponte é aqui utilizada como metáfora das possíveis conexões existentes entre as duas políticas, forjadas no contexto do Sistema Único de Saúde e que, apesar de não terem sido inicialmente construídas uma para a outra, guardam estreitas relações entre si. Compartilham, entre outras afinidades, a promoção da autonomia e do protagonismo dos sujeitos; a inclusão das diferenças, como incremento às experiências coletivas; e a mudança nos modos de produção do cuidado em saúde. Para passar de um lado a outro do canyon, é necessária uma ponte. A ponte é o elemento que permite conectar uma ideia a outra, um tempo a outro. Pontes e viadutos são elementos que servem para transpor os abismos das gargantas. Transportar, transitar, reduzir distâncias. Elementos que estabelecem ligações, laços. São passagens. (FUÃO, 2001) 2 2 22 A possibilidade de transformação e de qualificação das práticas de cuidado em saúde mental, na interface com a Política Nacional de Humanização (PNH), constitui-se, portanto, no fio condutor desse estudo. A interação proposta é fruto de um esforço para a construção de laços entre ambas, que apontem para a possibilidade de contribuir com o processo de qualificação das práticas de produção de um cuidado humanizado em saúde mental. Possibilidade, portanto, de construir pontes. Uma primeira ponte que se ergue é o diálogo profícuo entre os princípios do SUS e as diretrizes da PNH com o modo de cuidar em saúde mental, demandado pela Reforma Psiquiátrica (RP). O cuidado em saúde vem se constituindo, cada vez mais, como um dos principais desafios para a qualificação dos modos de produção da saúde. Configura-se como uma tecnologia que Merhy (2006) designou por “leve”, de caráter relacional e que se produz nos encontros entre usuários e trabalhadoresno campo da saúde. Em contrapartida, as dificuldades vividas pelo SUS nos colocam frente ao impasse de efetivar e garantir na prática os princípios que estão assegurados em lei. Temos hoje uma trajetória de fragmentação da rede de assistência e do processo de trabalho, onde o baixo investimento na qualificação profissional 2 3 23 incide sobre o despreparo das equipes para lidar com a dimensão subjetiva nas práticas de atenção e, não raro, resulta em desrespeito aos direitos dos usuários. Uma segunda ponte a ser erguida diz respeito à necessidade de diminuição do abismo existente entre a academia e os serviços de saúde. Os resultados nefastos dessa distância podem ser constatados, por um lado, quando os trabalhadores ressentem-se da dificuldade em obter um suporte teórico e metodológico condizente com seus impasses cotidianos e, por outro lado, quando as organizações acadêmicas se consomem na produção de conhecimento para si mesmas, caracterizando uma espécie de autofagia com poucos efeitos para a sociedade. Nesse sentido, a PNH tem desenvolvido estratégias de formação-intervenção que procuram incidir na lacuna existente entre bancos acadêmicos e demandas emergenciais dos serviços de saúde. (HECKERT; NEVES, 2010; PAVAN et. al, 2009; PASSOS; PASCHE, 2010) Autores como Benevides e Passos (2005) chamam a atenção para um processo de esvaziamento do conceito de humanização que tem desencadeado o enfraquecimento de sua capacidade de disparar movimentos de mudanças, responsáveis pela problematização e pelo arejamento das práticas de atenção e de gestão da saúde. Desse modo, muitas ações de cunho estritamente voluntarioso e assistencialistas têm sido desenvolvidas sob a genérica referência à humanização. 2 4 24 Desnaturalizar o conceito de humanização impõe, portanto, apontar para o jogo de forças, de conflitos ou de poder que institui sentidos hegemonizados nas práticas concretas de saúde, apostando, em contrapartida, na criação de um novo modo de fazer (BENEVIDES; PASSOS, 2006, p. 62). Como processo de transformação estrutural da visão da sociedade sobre a loucura e como política pública do SUS, a Reforma Psiquiátrica tem alterado, significativamente, as relações da sociedade com a loucura e o sofrimento mental. Apesar dos avanços inquestionáveis, desafios importantes se fazem presentes à consolidação desse processo reformista em nosso país. Entre eles, está a efetivação de um cuidado produtor de autonomia e protagonismo, que coloque em análise permanente nossas práticas de gestão e de atenção. O processo da Reforma Psiquiátrica no Brasil iniciou no final da década de 1970, no contexto de redemocratização do Estado, e desenvolveu-se pari passu ao surgimento do movimento da Reforma Sanitária. Foi fortemente inspirado na experiência da Psiquiatria democrática italiana, cujas políticas de suporte social e garantias legais fizeram prosperar o processo de fechamento dos manicômios naquele país. Como todo processo reformista, no entanto, é importante frisar que, para além de mera reestruturação administrativa ou técnica, a Reforma Psiquiátrica requer profundas mudanças culturais, o que implica estabelecer um diálogo permanente com a sociedade, “[...] que possibilite a transformação do valor social desses sujeitos como ponto de partida para a construção de uma rede de relações e suporte” (AMARANTE; GULJOR, 2005, p. 71). Como processo social complexo, a Reforma Psiquiátrica aciona um conjunto de estratégias, no campo da macro e da micropolítica, que se desdobra em várias dimensões: política, social e clínica. Bezerra Jr. (2007) considera que no enfrentamento dos “nós” críticos presentes em cada uma dessas três dimensões residem os principais desafios para a consolidação da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Na dimensão da clínica trata-se de questionar o agir terapêutico que supervaloriza uma relação com a doença, enquanto fato objetivo e natural, perdendo de vista o que deveria considerar como sua principal preocupação: o sujeito em sofrimento. 2 5 25 O autor destaca a importância do comprometimento por parte da gestão de saúde mental, em todos os seus níveis, na indução de transformações nas práticas de assistência. Esse comprometimento passa por mecanismos de financiamento que garantam a ampliação e a sustentabilidade de uma rede de serviços, além de estratégias efetivas de educação permanente e crítica dos profissionais de saúde. [...] produzir uma nova sensibilidade cultural para com o tema da loucura e do sofrimento psíquico. Trata-se de promover uma desconstrução social dos estigmas e estereótipos vinculados à loucura e à figura do doente mental, substituindo-os por um olhar solidário e compreensivo sobre a diversidade e os descaminhos que a experiência subjetiva pode apresentar, olhar fundado numa atitude de respeito, tolerância e responsabilidade com aqueles que se encontram com sua normatividade psíquica restringida (BEZERRA JR., 2007, p. 247). Assim, as estratégias adotadas pelo movimento da Reforma Psiquiátrica organizaram-se com base em dois eixos: a desconstrução do modelo hospitalocêntrico e a expansão de uma nova proposta de cuidados em saúde mental. Com isso, pretende-se avançar no que é mais complexo e fundamental para se levar a cabo um processo de reforma, que é a dimensão institucional. Recorremos ao conceito de desinstitucionalização na compreensão da complexa tarefa de cuidar em liberdade. Desse modo, o processo de desinstitucionalização requer mudanças significativas nas relações da sociedade como um todo, com o portador de sofrimento mental e com a loucura. Mudanças que apontem na direção de ampliar as possibilidades de encontros com o diferente, que transversalizem os processos de comunicação entre os sujeitos e que produzam modos de subjetivação mais autônomos. 2 6 26 A RELAÇÃO ENTRE SAÚDE EMOCIONAL E SAÚDE FÍSICA Quando falamos de saúde, geralmente a associação que fazemos é com o corpo e suas necessidades. É de conhecimento geral que o ser humano, para alcançar um bom nível de saúde física, precisa se comportar de determinada maneira, incluindo em seu cotidiano visitas regulares ao médico, prática de exercícios físicos e alimentação equilibrada. Resumidamente, se as pessoas cumprirem este script, terão saúde física garantida, não é mesmo? Chama a atenção as inúmeras internações que ocorrem sem diagnóstico, ficando difícil, até mesmo impossível para o médico naquele momento, entender a causa do desconforto do paciente em questão. Nesses casos, a psicologia hospitalar pode ser acionada, pois o médico passa a desconfiar que a queixa do paciente esteja relacionada mais com a saúde mental do que com a saúde física. Em muitas situações observamos que os sintomas físicos sem diagnóstico têm relação com quadros de ansiedade (taquicardia, sudorese excessiva, tremores, sensação de desmaio) e depressão (dores no corpo, cansaço extremo, insônia). Pacientes psiquiátricos graves (psicoses, transtornos de personalidade) podem manifestar muito desconforto no corpo, e o mesmo pode ocorrer em situações de luto (a perda de um ente querido, do emprego, o término do casamento, um aborto). Existem diversos motivos capazes de causar dor emocional, por isso a importância de uma entrevista detalhada com o paciente, a fim de construir um caminho que possibilite a reflexão. De modo geral, a dor física pode se manifestar no corpo como resposta a uma dor emocional não elaborada. Quando não resolvemos algo, de alguma maneira essa situação fica “cutucando” e a sensação dolorosa acontece. Pacientes que já fizeram ou fazem psicoterapia ou mesmo acompanhamento psiquiátrico costumam aceitarcom mais facilidade a hipótese de dor emocional do que pacientes que nunca entraram em contato com equipe de saúde mental. 2 7 27 Eles podem, inclusive, ser resistentes à intervenção da psicologia ou psiquiatria. Geralmente, essas pessoas ficam insatisfeitas com a ausência de diagnóstico e esperam do médico que continue pedindo exames até encontrar uma causa direta (o que, para elas, seria algo realmente concreto). É importante respeitar o posicionamento de cada um e deixar o paciente à vontade para rejeitar a hipótese emocional levantada pela equipe médica. Muitas vezes, a saúde mental é negligenciada pelo próprio paciente em nome de medicações que trazem alívio dos sintomas físicos como ansiolíticos e antidepressivos – uma vez que pensar sobre a vida e suas implicações costuma incomodar, até mesmo doer. Portanto, tratar somente com medicações não resolve a causa do problema e da dor. O tratamento deve ser de forma integral, incluindo aí o acompanhamento psicológico, caso contrário há um grande risco de reincidência, com o paciente apresentando o mesmo quadro de dor, inclusive com possibilidade de uma nova internação. A psicoterapia é uma das ferramentas indicadas para a melhora da saúde mental do paciente, podendo reduzir episódios de dor. À medida que a dor ganha significado, é possível verbalizá-la, ou seja, traduzi-la em forma de palavras, fazendo com que se dissipa. A verbalização significa que a dor foi elaborada pelo paciente, e isso pode evitar que ela se torne crônica. 2 8 28 REFERÊNCIAS ANDRADE, V. M. (2003). UM DIÁLOGO ENTRE A PSICANÁLISE E A NEUROCIÊNCIA. SÃO PAULO: CASA DO PSICÓLOGO. ÁVILA, L. A. (1996). DOENÇAS DO CORPO E DOENÇAS DA ALMA: INVESTIGAÇÃO PSICOSSOMÁTICA PSICANALÍTICA. SÃO PAULO: ESCUTA. BEZERRA JR., B. DESAFIOS DA REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL. PHYSIS: REVISTA DE SAÚDE COLETIVA, RIO DE JANEIRO, V. 17, N. 2, P. 243-250, 2007. CAVALRETTI, P. U., MULLER, M. C. & NUNES, M. L. (2007), PSICOLOGIA CINÊNCIA E PROFISSÃO, NÚMERO 27, 706-717. FUÃO, F. F. CANYONS: AVENIDA BORGES DE MEDEIROS E O ITAIMBEZINHO. PORTO ALEGRE: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, 2001. LEMOS, P. M. & CAVALCANTE JR, F. S. (2006), PSICOLOGIA DE ORIENTAÇÃO POSITIVA; UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NO TRABALHO DE GRUPO EM SAÚDE MENTAL. REVISTA CIÊNCIA E SAÚDE COLETIVA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA. ISSN 1413-8123 MARTY, P. 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