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A Psicologia Experimental e a pesquisa básica e aplicada

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A Psicologia Experimental
e a pesquisa básica e aplicada
Prof. Roberto Sena Fraga Filho
Prof.ªPatricia Rossi Carraro
Descrição
Os experimentos na Psicologia que permitem tomadas de decisão
amparadas por evidências na compreensão do comportamento humano.
Propósito
O domínio das bases e características da pesquisa experimental na
Psicologia, assim como a aplicação dos seus princípios na investigação
do comportamento permite compreender as pessoas, sem vieses e
tendenciosidades.
Objetivos
Módulo 1
As bases de uma pesquisa cientí�ca
Analisar as bases de uma pesquisa científica.
Módulo 2
As características do método experimental
Reconhecer as características do método experimental.
Módulo 3
Os experimentos que investigam a cognição
humana
Analisar os experimentos que investigam a cognição humana.
Introdução
Em nosso estudo, vamos revisitar alguns conceitos básicos do
método científico, tais como a curiosidade do pesquisador, as
formas de abordagens do conhecimento, as influências
epistemológicas, entre outros aspectos que influenciam pesquisas
na Psicologia. Na sequência dessa pequena revisão de aspectos-
chave, vamos investigar diversos exemplos que nos ajudarão a
sistematizar a aplicação do método científico na investigação de
fenômenos psicológicos e do comportamento.

1 - As bases de uma pesquisa cientí�ca
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar as bases de uma pesquisa cientí�ca.
Ligando os pontos
Você sabe como os psicólogos interessados em estudar o indivíduo
realizam um experimento na área da Psicologia? Saberia explicar por
que o psicólogo tem interesse no relacionamento entre a variável
independente e dependente? Para entendermos esse conceito na prática,
vamos analisar o case de um psicólogo que é professor e pesquisador
em uma universidade e realizou um experimento para o Centro de
Treinamento e Desenvolvimento.
Um Centro de Treinamento e Desenvolvimento, o qual realiza cursos de
formação, na área da Educação para as escolas da educação básica,
procurou o psicólogo, docente e pesquisador Danilo e solicitou que ele
realizasse um experimento, cujo objetivo é manipular variáveis e verificar
o efeito de uma sobre a outra.
O pesquisador Danilo explicou que iria trabalhar basicamente com duas
variáveis, mais especificamente a relação entre elas. Ele iria observar as
mudanças que ocorrem em uma variável, a qual é a independente, e
como essas mudanças se associariam a outra variável, que é a
dependente.
Ele explicou ainda que, nessa pesquisa experimental, desenvolvida na
área da Psicologia, iria ter o controle e manipularia, de maneira
intencional, os comportamentos em estudo. Além disso, escolheria os
participantes ao acaso para um grupo experimental e para um grupo
controle.
A proposta do experimento seria investigar se os elogios dos pais fazem
os filhos se sentirem melhor. Ele selecionou dois grupos e, para um,
solicitou que os pais proporcionassem muitos elogios. Já para o
segundo, pediu que eles não elogiassem seus filhos. A variável
independente, nesse caso, seria a quantidade de elogios.
Posteriormente, o pesquisador Danilo mediu como as crianças, em cada
um dos grupos, sentem-se a seu próprio respeito. Essa é a medição da
variável dependente. Para finalizar, foram realizadas análises com a
finalidade de determinar como as mudanças na quantidade de elogio se
associaria a diferentes sentimentos da criança.
Após o término do estudo, o pesquisador Danilo apresentou a conclusão
aos gestores do Centro de Treinamento e Desenvolvimento para
montarem o curso sobre o relacionamento entre pais e filhos. Desse
modo, constatou-se que as crianças que recebem muitos elogios dos
pais possuem uma tendência a se sentirem melhor a seu próprio respeito
do que as que não são elogiadas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
Como você viu, o psicólogo Danilo realizou uma pesquisa, para o
Centro de Treinamento e Desenvolvimento, o qual fundamenta e
constrói os seus programas partindo da observação de variáveis.
Pensando nesse assunto, de que maneira Danilo deve testar uma
variável?
A
Ele deve manipular a variável dependente, pois esta
é a variável mais importante numa pesquisa.
B
Ele deve estudar se e como a variável independente
afeta a variável dependente.
C
Ele deve controlar somente as variáveis
mensuráveis, como por exemplo, a idade dos
participantes.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A característica principal de um experimento, o qual pode ocorrer em
um laboratório ou em campo, é que o pesquisador tem o controle
direto sobre a variável independente para determinar seu efeito na
variável dependente. A variável dependente é algo que pode ou não
se alterar como resultado de mudanças na variável independente.
Os pesquisadores também afirmam que a variável dependente
também pode ser considerada como medida final, pois os seus
valores são usados para averiguar, ao final do experimento, se está
tudo certo. É importante destacarmos que em uma pesquisa
podemos encontrar a utilização de vários métodos, como, por
exemplo: o de correlação, o longitudinal, o transversal e o estudo de
casos.
Questão 2
Como você viu no case, o psicólogo Danilo trabalhou em seu
experimento com a quantidade de elogios que os pais oferecem aos
filhos, fato que representa a variável independente do desenho
experimental apresentado. Na sua opinião, o pesquisador Danilo
considerou que
D
Ele deve ignorar experiências passadas e
características não permanentes dos participantes,
como por exemplo, a motivação.
E
Ele deve eliminar situações artificiais e procurar
influenciar o comportamento dos participantes na
direção do que se espera encontrar sempre em
ambientes naturais.
A
por se tratar de um desenho experimental, ele
precisa comprovar que necessariamente os elogios
representam uma variável positiva e, dessa forma,
eliminar qualquer evidência contrária.
B
ainda se tratando de um método experimental, ele
não precisa da definição das variáveis, as quais,
especialmente no caso da Psicologia e ciências
afins, apresentam uma total falta de objetividade.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O grupo experimental deve conter pessoas que receberão um
tratamento especial em um experimento. Posteriormente, o efeito
desse tratamento será mensurado para averiguar quais mudanças
ele ocasionou. O grupo controle, apesar de ser um grupo de pessoas
semelhante ao grupo experimental, não recebe o tratamento em
estudo, ou ainda poderá receber um tratamento diferente. Esses
grupos são fundamentais, pois os experimentos devem ser
rigorosamente controlados para serem válidos e replicáveis. Além
disso, esses grupos são partes essenciais para o método científico.
Questão 3
Com a finalidade de explicar as causas dos fenômenos psicológicos, a
maioria dos pesquisadores utiliza a pesquisa experimental. Para você,
quais são os pontos principais que podemos encontrar em um
experimento como o realizado pelo Danilo? Em sua opinião, é possível
considerar que as Teorias da Psicologia utilizam a pesquisa
experimental?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
C
quando o método experimental é realizado de forma
acidental e não planejada, especialmente em
determinados grupos como os que envolvem
crianças, é possível observar as verdadeiras relações
de causa e efeito.
D
quando o método experimental é empregado de
forma correta, os participantes do grupo
experimental recebem alguma experiência específica
e os do grupo controle não irão receber.
E
quando o método experimental envolve coleta de
informações, os participantes serão atribuídos a
grupos de forma intencional, para assim poder
comprovar a hipótese de pesquisa.
Quando um pesquisador realiza um experimento, quer formular
conclusões sobre causa e efeito. Em um experimento, um impacto
de uma variável pode ser investigado enquanto outras variáveis
ficam constantes. Em uma pesquisa, as variáveis sãofundamentais. Na variável independente, por exemplo, o
pesquisador está livre para manipulá-la. Já a outra variável é a
dependente, a qual está sujeita às alterações da variável
independente. Dessa maneira, uma pesquisa experimental inclui
um grupo experimental de participantes e também um grupo
controle de participantes com objetivo de comparação.
As teorias, sejam elas, por exemplo: da aprendizagem e do
desenvolvimento cognitivo também fazem uso da pesquisa
experimental, ou seja, em suas pesquisas evidenciam-se a
manipulação da variável independente que afeta a variável
dependente. As observações e intervenções no comportamento são
fundamentais nesse processo.
Analisar as bases de uma pesquisa
cientí�ca
À primeira vista, podemos dizer que um cientista, ou um pesquisador, é
um curioso. É possível observar que as pessoas, em seu cotidiano,
voltam sua atenção e curiosidade para as mais diversas questões. Ao
escolher um smartphone, por exemplo, são curiosas acerca das suas
características técnicas e as comparam com as de outros aparelhos.
Isso vai determinar a tomada de decisão delas, ou seja, qual smartphone
comprar. A maioria das pessoas, possivelmente, não pensa mais nisso
após a compra do celular e, no geral, só se preocupa novamente com as
características técnicas do aparelho em uma nova compra no futuro.
A persistência em determinado assunto ou tema é um ponto que
diferencia a curiosidade das pessoas, no senso comum, da curiosidade
dos pesquisadores. Alguns cientistas pesquisam uma temática, uma
tese, por boa parte de suas vidas e seguem toda uma sistematização de
passos e procedimentos para suas tomadas de decisão, ou seja, para
comprovar ou refutar hipóteses em delineamentos de pesquisa.
Abordagens do conhecimento
O método é mais uma característica que diferencia a curiosidade do
senso comum da curiosidade do cientista/pesquisador. Vamos voltar ao
exemplo do processo de escolha de um smartphone até a decisão da
compra. Como a maioria das pessoas conduz esse processo? Algumas
pessoas preferem ir até uma loja, outras optam por pesquisar o preço em
várias lojas. Outros indivíduos fazem uma predileção pela internet
pesquisando em sites específicos ou que comparem preços. Há quem,
simplesmente, escolhe o aparelho pela dica de um amigo ou apenas pelo
preço. Seja como for, o método para escolha do produto que será
adquirido não é sistemático no senso comum. Normalmente, esse
método é por conveniência.
Já o método científico é sistemático, pois conduz a atitude dos
pesquisadores a determinado campo de investigação da mesma
maneira, permitindo que os achados das pesquisas possam ser
comparados. Obviamente, existem diferentes modelos de ciência e
múltiplos métodos de investigação.
Não se trata de julgar o melhor ou pior método de investigação,
tampouco estabelecer uma hierarquia no conhecimento científico.
Neste e nos próximos módulos, vamos privilegiar e apresentar estudos e
achados a partir de experimentos com construtos de interesse dos
psicólogos.
Abaixo, demonstramos os dois processos de abordagem do
conhecimento. O primeiro segue o senso comum:
Abordagem do conhecimento do senso comum.
O segundo é aquele que segue o método científico:
Abordagem do conhecimento do método científico.
In�uências �losó�cas,
epistemológicas e premissas do
método experimental
A seguir, abordaremos as relevantes influências do conhecimento
filosófico e métodos de pesquisa que dão norte à aplicabilidade de ideias
e investigações inerentes à profissão psicologia.
O operacionismo
O operacionismo é um princípio que orienta determinados modelos
científicos e, sem dúvida, o método experimental. Trata-se de construir
uma linguagem científica com terminologias objetivas e precisas. Tal
princípio embasa esforços na investigação de problemas que possam
ser observados e demonstrados empiricamente.
Nesse caso, a validade de uma descoberta científica depende das
operações empregadas para evidenciar o fenômeno
investigado/pesquisado. Deriva-se, então, o conceito de definição
operacional, que significa explicar um conceito unicamente em termos
dos procedimentos observáveis usados para produzi-lo e mensurá-lo
(SHAUGHNESSY et al., 2012). Por exemplo, uma definição operacional
de aprendizagem em ratos pode ser relacionada à velocidade que o
animal demora para sair de um labirinto ao qual já esteve exposto antes.
O modelo científico não visa buscar verdades, tampouco as construir,
mas atua na busca por evidências que possam demonstrar
empiricamente como determinados fenômenos, ou determinadas
variáveis, exercem influência sobre outras em condições específicas.
Essas demonstrações empíricas precisam seguir as regras do método
científico e, necessariamente, ser reproduzíveis, ou seja, outros
pesquisadores precisam corroborar essas evidências por meio de
experimentos, com os dados publicados em periódicos especializados
(revistas científicas).
O conhecimento científico é construído pelo acúmulo de evidências cuja
quantidade e qualidade são demonstradas por diversos pesquisadores,
em diferentes lugares, de determinado assunto, tema, tese, hipótese que
estão sendo investigados.
Falseabilidade da teoria
O conceito da falseabilidade da teoria reforça a ideia de que a ciência
não busca por verdades. Mas o que isso significa?
Quando propomos uma teoria, não buscamos
comprovar a sua veracidade, e sim que ela está errada.
Caso não se refute com evidências uma teoria ou uma
hipótese, ela permanece até que, em algum momento,
um pesquisador demonstre que está errada.
É evidenciando os erros nas teorias que o conhecimento científico evolui.
Diante do erro, precisamos colocar outra teoria no lugar e, assim, testar a
sua falseabilidade.
Uma boa teoria sobrevive aos testes de falseabilidade ao longo do
tempo, demonstrando sua estabilidade (confiabilidade) para que
possamos interpretar fenômenos e fazer tomadas de decisão a partir
dela com mais segurança e estabilidade (BREAKWELL et al., 2010).
Variáveis da pesquisa
O método experimental exige que as condições da pesquisa sejam
controladas. Isso implica que busquemos maneiras de manter a nossa
pesquisa dirigida apenas a duas variáveis básicas no delineamento
experimental: a variável dependente e a variável independente.
Variável dependente
(VD)
É aquela observada.
São traços,
características ou
dimensões do
fenômeno, do objeto de
interesse.
Variável independente
(VI)
É a experimental, ou
seja, são as condições
manipuladas pelo
pesquisador.
Assim, o efeito da manipulação de uma variável independente sob uma
variável de estudo, que é dependente, se traduz em um achado, ou seja,
em uma evidência de determinada pesquisa. Portanto, os efeitos ou a
influência de qualquer outra variável precisam ser eliminados ou
controlados para podermos afirmar com segurança as evidências
observadas.
Exemplo
Podemos estabelecer relações de causalidade pelo método experimental
ou apontar correlações entre outras variáveis por meio de
experimentos/estudos que apresentem um viés preditivo (correlacional).
O importante, quando fazemos um experimento com variáveis, é
evidenciar as relações sistemáticas entre elas, seja por delineamentos
experimentais ou seja por delineamentos correlacionais.
Variáveis da pesquisa
Em dezembro de 2019, a humanidade se deparou com uma variação do
coronavírus, trata-se do SARS-CoV-2 ou covid-19. No ano seguinte,
constatou-se que estávamos em uma pandemia, ou seja, o vírus infectou
expressivamente pessoas de diversos países em todo o planeta.

A curiosidade persistente de pesquisadores, especialmente de
microbiologistas, virologistas e afins, que dedicam suas vidas para
estudar microrganismos causadores de doenças, logrou êxito em colocar
à disposição das pessoas diversas vacinas.
Este é o primeiro efeito da curiosidade do pesquisador: expertise em
determinado assunto. Em outras palavras, são pessoas que, na
coletividade, devem ser ouvidas e consultadaspara tomadas de decisão
em determinada área do conhecimento.
O processo de construção de uma vacina não é o objetivo de nosso
estudo, mas os testes para obtê-las com seres humanos e, também, o
comportamento das pessoas diante da pandemia são de grande
relevância para desenvolvermos algumas ideias associadas a
experimentos.
Por exemplo, no início da pandemia, um fenômeno foi observado em
diversos países: a compra maciça de papel higiênico. O que motivou
esse comportamento?
Como vimos, é característica do senso comum tomar decisões por meio
de observações casuais e não controladas.
Qual o efeito dessas observações casuais e não
sistemáticas?
Uma possibilidade de resposta para essa pergunta é que a leitura dos
eventos pelas pessoas, no início da pandemia, resultou em um
fenômeno que a Psicologia nomeia de comportamento de manada. Na
crise, devido à ausência de uma racionalização, compreensão dos dados
e de evidências científicas, copia-se o comportamento do próximo.
Aleatoriamente, alguém resolveu comprar uma quantidade exorbitante
de papel higiênico. Podemos até supor que se tratava de um comerciante
de uma pequena mercearia de bairro, aproveitando uma promoção de
um grande atacadista, ou alguém preocupado com a higiene em razão
da covid. O fato é que esse comportamento foi copiado
indiscriminadamente e postado em redes sociais, ganhando atração por
notícias falsas e colocando em ação o efeito manada.
Outro aspecto observado no enfrentamento da pandemia foi uma
enxurrada de notícias falsas, as chamadas fake news, circulando em
redes sociais e na internet de modo geral. Essas notícias influenciaram
negativamente o comportamento de várias pessoas. Lembremos, nesse
momento, a forma da construção do conhecimento do senso comum,
que são as fontes das fake news, e destacamos os quatro seguintes
aspectos:
abordagem intuitiva;
acrítica;
tendenciosa; e
hipóteses não testadas.
Em meio a uma pandemia, essa forma de analisar informações e tomar
decisões é a receita do caos. Em alguns cenários, decisões foram
tomadas pelas pessoas da mesma maneira como se estivessem
comprando um smartphone, ou seja, por conveniência, de forma intuitiva
e não sistemática, sem analisar rigorosamente os eventos e considerar
os dados científicos que estavam sendo construídos e divulgados.
Tomar ou não vacina? Usar ou não a máscara? Qual a melhor fonte para
tomada de decisão diante dessas perguntas?
Algumas pessoas repeliram as campanhas de vacinação e emitiram
comportamentos meramente guiados por ideias que circulavam no
senso comum ou, até mesmo, por pesquisadores isolados da
comunidade científica.
O que chamamos de pesquisadores isolados? Lembre-se de que o
conhecimento científico é construído pela qualidade e quantidade de
evidências que corroboram uma tomada de decisão.
Enquanto 99% dos microbiologistas, virologistas, epidemiologistas e
afins apontaram para a vacina e o uso de máscara como os principais
meios de barreira para disseminação do vírus, 1% de pesquisadores se
apoiaram em outras evidências, contrariando os demais. Não se trata da
vitória da mera maioria, mas também da qualidade das evidências.
Esses 1% de pesquisadores não seguiram um controle sistemático que
permitissem as generalizações de protocolos de tratamento que
defendiam e, ao longo da pandemia, se mostraram ineficazes. Já o
método experimental, utilizado pelos outros 99%, necessitou de um
rigoroso controle e fez generalizações com muita cautela e de forma
mais confiável.
Comentário
Não podemos aceitar o resultado de uma pesquisa de passivamente.
Precisamos contar com alguns critérios que nos permitam avaliar melhor
esses resultados.
O controle das variáveis no método
experimental
Um experimento verdadeiro exige que duas condições sejam atendidas,
confira a seguir:
1. É necessária uma condição de controle.
2. É preciso fazer a comparação com uma condição experimental.
Durante a produção de uma vacina, um grupo de pessoas (grupo
controle) é submetido a um placebo (um tratamento inerte, por exemplo,
injeção de soro). Enquanto outro grupo, chamado de experimental, é
submetido à vacina. Esses grupos são comparados e acompanhados
em sua evolução clínica. Assim, após trabalhos estatísticos, pode-se
evidenciar a eficácia da vacina quando comparada ao grupo controle.
Nesse caso, a variável dependente é a resposta imunológica das
pessoas, e a variável independente é a resposta à vacina.
Nesse processo, também podemos observar variáveis estranhas e
intervenientes. As variáveis estranhas expressam a ideia de que existem
condições que os pesquisadores desconhecem. Podem no máximo
inferir, mas não é fácil de isolar. As variáveis intervenientes podem
explicar, conectar a variável independente com a dependente.
Outros aspectos estão envolvidos para que os cientistas façam uma
inferência causal, nesse caso, que a vacina é a causa de uma melhor
resposta imune do organismo. Segundo Shaughnessy, Zechmeister e
Zechmeister (2012), são eles:
 Covariação das variáveis (demonstrada por
trabalhos estatísticos)
 Uma relação temporal (evidências de que a melhora
da resposta imune ao vírus ocorreu depois da
vacina)
 Evitar explicações alternativas (demonstrar que
apenas a vacina foi responsável pela melhora da
resposta imune)
Durante o enfrentamento da pandemia, observou-se o emprego de
protocolos e medicações que, após passarem por procedimentos de
pesquisas similares, conforme o descrito, não sustentaram suas
evidências, ou seja, não passaram nos testes de falseabilidade.
O comportamento supersticioso
Indiscutivelmente, um dos principais objetos de estudo da Psicologia é o
comportamento humano. Nesse ponto, destacamos que a variável
dependente da Psicologia é o comportamento.
Um conceito que vamos usar em nosso estudo é o de contingência. Em
um sentido geral do método científico, contingência expressa a ideia da
relação de variáveis de forma condicional (causalidade) em uma relação
temporal.
Comentário
Importante destacar que trabalhamos com conceitos, os quais não
necessariamente expressam uma ideia da mesma forma que usamos a
palavra em nosso cotidiano ou da maneira que é apresentada em um
dicionário, por exemplo.
A palavra contingência como um conceito do behaviorismo
(comportamentalismo) passa a ser definida como uma probabilidade
condicional que relaciona eventos, tais como estímulos (aspectos do
ambiente) e respostas (aspectos do comportamento). São as condições
sob as quais uma resposta (um comportamento) produz uma
consequência (CATANIA, 1999). A ideia central é que comportamentos
são mantidos por suas consequências, por exemplo, um reforço.
Outro conceito relevante é o de contiguidade. Esse também expressa
uma relação temporal entre variáveis, mas sem uma relação causal entre
si. Comportamentos podem ser mantidos por consequências que
sucederam a determinadas condutas, mas que não expressam uma
causalidade, ou seja, existe contiguidade, mas não uma contingência. A
esse tipo de comportamento nomeamos como supersticioso. Podemos
reforçar tais condutas em nós mesmos e em terceiros por meio de
comportamento verbal (PANETTA; HORA; BENVENUTI, 2007).
Skinner, em 1947, demonstrou, em condições experimentais,
comportamentos supersticiosos em pombos (MOREIRA; MEDEIROS,
2019).
Estudantes reproduzindo o experimento de Skinner.
Em um dispositivo específico, as aves eram alimentadas em intervalos
regulares (variável independente) por alguns minutos do dia, ou seja, não
precisavam fazer nada para liberar a comida. Porém, sistematicamente,
alguns pombos começaram a demonstrar comportamentos
estereotipados, consistentemente, instantes antes do alimentador liberar
a comida.
Como isso aconteceu? Aleatoriamente, em algum momento, instantes
antes de o mecanismo liberar o alimento, determinadas aves emitiram
comportamentos (variável dependente) que sofreram um reforço
arbitrário e, acidentalmente, guardaram uma relação de contiguidade
com a liberaçãoda comida, mas, obviamente, não uma contingência.
Esses comportamentos de nada tinham a ver com a liberação da
comida, ou seja, a emissão do comportamento supersticioso não
guardava relação com a consequência (comer).
Padrões similares foram demonstrados com seres humanos em
centenas de estudos em condições experimentais, explicando, em parte,
como nos comportamos, eventualmente, de maneira arbitrária, aceitando
eventos que podem expressar contiguidade, mas não uma contingência.
Durante a pandemia, algumas pessoas fizeram uso de medicamentos
sem eficácia comprovada na prevenção da covid-19. De que modo esse
comportamento foi reforçado embora não tenha sido respaldado em
protocolos científicos, ou seja, que não tenham sido contingencialmente
reforçados?
Uma resposta simples, meramente com uma pretensão didática, é que
algumas pessoas que fizeram uso do medicamento não contraíram a
covid-19, reforçando com seu comportamento verbal outros indivíduos a
terem a mesma conduta. Isso apoia a ideia, arbitrariamente, de que o
medicamento foi eficaz.
Demonstrando que outras pessoas contraíram o vírus mesmo
fazendo uso do medicamento.
Por meio das falseabilidades dessas teses de protocolos de
tratamento da pandemia, gradualmente, concluiu-se que apenas
a vacina é capaz de mitigar (reduzir) o contágio entre as pessoas,
associadas a outras práticas comportamentais, como lavar as
mãos e o uso de máscaras. Muitas outras variáveis estão
envolvidas nesse processo. Somente o método experimental é
capaz de demonstrar uma inferência causal entre variáveis.
Agora, munido dessas premissas, você será capaz de enxergar o mundo
com mais crítica e analisar as ideias que são, muitas vezes, disfarçadas
de ciência, mas que não cumpriram com as premissas básicas do
método científico. Esperamos ter relacionado, de forma lúdica, alguns
conceitos com as suas experiências cotidianas em uma análise de um
evento que impactou o nosso tempo histórico e colocou a ciência nos
lares das pessoas.
E como podemos comprovar a falseabilidade dessa tese? 

O comportamento supersticioso e as
fake news
Neste vídeo, propomos uma reflexão sobre comportamento supersticioso
e as fake news, destacando a diferença entre contingência e
contiguidade.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O método científico não se destina à construção de verdades, mas à
busca de evidências que permitam compreendermos um fenômeno
e fazermos tomadas de decisão respaldadas por tais evidências. O
conceito de validade expressa a ideia da qualidade e da quantidade
de evidências que corroboram para uma tomada de decisão e/ou
que nos permita compreender o fenômeno de estudo. Marque, entre
as alternativas abaixo, aquela que expressa, em função do método
experimental, as condições que um estudo precisa apresentar para
ter qualidade.
A Controle das variáveis de estudo.
B Controle das variáveis estranhas e intervenientes.
C Trabalhos estatísticos e controle de variáveis.
D
Covariação das variáveis, uma relação temporal;
evitar explicações alternativas.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Uma evidência de qualidade, considerando o método experimental, é
aquela que consegue demonstrar por trabalhos estatísticos a
covariação das variáveis, ou seja, que uma é a causa da outra. Essa
covariação precisa ocorrer em uma relação temporal, ou seja, de
contiguidade e, obviamente, não pode existir outra explicação para o
fenômeno que está sendo investigado. Em outras palavras,
isolamos determinado efeito e apontamos como a causa para um
fenômeno.
Questão 2
O conhecimento do senso comum é útil para a vida das pessoas no
cotidiano. Permite que as pessoas interajam de forma fluida e
compartilhem de algumas ideias, que atribuem significado para
algumas experiências do seu dia a dia. Tomar chá de alho quando
estamos resfriados ou manga faz mal quando batida com leite são
premissas inofensivas. Em várias circunstâncias de nossas vidas,
precisamos do conhecimento científico, que se diferencia do senso
comum pelas seguintes características:
E Controle da variável independentes, estranha e das
variáveis intervenientes.
A
Abordagem geral é intuitiva; conceitos claros e com
especificidade operacional.
B
Atitude acrítica e aberta; divulgação tendenciosa e
subjetiva; hipóteses são testáveis.
C
Conceitos claros e com especificidade operacional;
atitude acrítica e aberta.
D
Atitude crítica e cética; instrumentos inacurados e
imprecisos.
Parabéns! A alternativa E está correta.
O conhecimento científico produz premissas que, uma vez
aplicadas, resultam em mais segurança para população. A
possibilidade de testar hipóteses e refutá-las é fundamental para se
evitar tomadas de decisão arbitrárias e tendenciosas. São
características do conhecimento científico: abordagem geral é
empírica; atitude crítica e cética; observação sistemática e
controlada; divulgação imparcial e objetiva; conceitos claros e com
especificidade operacional; instrumentos acurados e precisos;
medição com critérios de validade e confiabilidade; hipóteses são
testáveis.
2 - As características do método experimental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as características do método
experimental.
Ligando os pontos
Você conhece as características do método experimental? Saberia como
empregá-lo em um experimento? Para entendermos esta proposta na
E
Atitude crítica e cética; hipóteses são testáveis;
observação sistemática e controlada.
prática, vamos analisar o case de um experimento realizado com
crianças em uma escola.
O psicólogo, professor e pesquisador Danilo se reuniu com o grupo de
pesquisa, do curso de graduação de Psicologia e propôs a elaboração e,
posteriormente, o desenvolvimento de um experimento para colocarem
em prática o conhecimento adquirido a partir de pelo menos um dos
teóricos da Psicologia que estudou o comportamento e desenvolveu
pesquisas experimentais.
Os alunos se reuniram e começaram a trocar ideias sobre tudo que já
tinham aprendido com o professor e elaboraram um experimento, cuja
finalidade era estudar, ao mesmo tempo, o relacionamento entre a idade
de uma criança e o desempenho em uma tarefa de aprendizagem.
Para a realização dessa ação, eles iriam selecionar crianças com idades
diferentes: com cinco, oito e doze anos. De maneira aleatória, pensaram
em dividir metade das crianças em um grupo, o qual seria recompensado
com um doce a cada vez que dessem a resposta correta em uma
atividade, e a outra metade de crianças, que não seria recompensada
com doces.
Eles pensaram em realizar esse experimento em uma escola onde um
dos alunos do grupo de pesquisa trabalhava. Após supervisão com o
professor Danilo, realizaram o experimento, autorizado pela escola, com
adesão de 15 crianças e consentimento dos pais, por serem menores de
18 anos.
Os alunos gostaram de realizar as atividades e constataram que os
resultados da pesquisa mostraram que as crianças que recebem doces
pelas respostas corretas, procuram aprender mais rapidamente do que
quando não os recebem. Por outro lado, o recebimento de doce pelas
respostas corretas tem pouco efeito na aprendizagem das crianças com
doze anos. A variável etária e o recebimento de doces como
recompensas interagem na determinação da aprendizagem.
Professor Danilo ficou muito satisfeito com o trabalho dos alunos e pôde
concluir que os discentes estão compreendendo as etapas de uma
pesquisa, bem como as características de um método experimental, a
partir das teorias estudadas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
Como você viu no case, as crianças de diferentes idades foram
recompensadas com um doce quando respondiam corretamente a
uma atividade. Em sua opinião, de que forma Danilo e seu grupo de
pesquisa podem controlar ou mudar o comportamento de uma
criança além do uso dos doces?
Parabéns! A alternativa B está correta.A definição de reforço é uma das mais importantes formulações
teóricas de Skinner. Ele afirmava que os efeitos de consequências,
após uma ação, podem servir como reforço ou punição. O reforço
positivo e negativo vai fortalecer uma resposta. Já a punição busca
diminuir a probabilidade de ocorrência de determinado
comportamento. A teoria de John Watson, apesar de ser
considerada behaviorista, não trabalha com reforços. A teoria do
condicionamento clássico, vai envolver a aquisição de novos
comportamentos para as respostas existentes. A teoria de Albert
Bandura (aprendizagem observacional) aponta que os
reforçamentos influenciam o comportamento, porém, não são
necessários para que a aprendizagem aconteça.
Questão 2
Como você viu no experimento, o recebimento de doce pelas
respostas corretas não tem muito impacto no aprendizado das
A
Eles podem elaborar um novo experimento, em que
possam comparar a influência dos fatores
hereditários sobre os fatores ambientais.
B
Eles podem utilizar o reforço negativo, como por
exemplo a isenção de realizar alguma tarefa
desagradável que seja obrigatória.
C
Eles podem fazer uso da aprendizagem
observacional porque o que importa é o resultado da
ação em si.
D
Eles podem utilizar o condicionamento clássico, já
que os pesquisadores desejam controlar os antigos
comportamentos.
E
Eles podem fazer o uso da punição, pois o objetivo
maior é manter algum comportamento por meio da
sua aplicação.
crianças maiores. Para você, o que Danilo e o grupo de pesquisa
poderiam fazer para tentar modificar essa situação?
Parabéns! A alternativa C está correta.
Pelas Teorias da Aprendizagem, verificamos que o conceito de
aprendizagem é um dos processos primordiais, por meio das
diversas experiências individuais que impactam no ser. Temos três
tipos de aprendizagem: condicionamento clássico, operante e
observacional. A última esclarece que os indivíduos podem aprender
observando uma pessoa realizando uma atividade. A compreensão
do que ela vê pode também influenciar o que ela aprende, já que, a
partir do que é visto, o cidadão estará no controle do que está
olhando.
Questão 3
Os experimentos são primordiais para o avanço da ciência e para o
desenvolvimento das diversas áreas do conhecimento. Com base na sua
experiência, qual seria o maior interesse do pesquisador Danilo e dos
A
No grupo de crianças de 12, eles poderiam trocar os
doces por ameaças até obter o resultado desejado
na pesquisa.
B
Eles poderiam trocar os doces por algum salgadinho,
pois, assim, uma resposta positiva apareceria várias
vezes.
C
Eles poderiam tentar realizar uma outra atividade, na
qual essas crianças poderiam se envolver e sentir
que estão no controle do que observam.
D
Eles poderiam retirar essas crianças do experimento,
pois elas dificultam o processo de aprendizagem
significativa.
E
Eles poderiam convidar os pais para participarem da
atividade, pois a presença deles possibilitaria maior
envolvimento das crianças.
cientistas do comportamento? Por que a preocupação deles vai além
das questões de causa e efeito?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
Pode-se ressaltar que o objetivo principal da ciência é proporcionar
uma descrição precisa dos eventos.
O foco maior dos estudos dos cientistas do comportamento é
descrever, de maneira cuidadosa, o comportamento. Por isso, eles
se preocupam também em estudar como as variáveis influenciam
umas às outras e, além disso, almejam desenvolver teorias que irão
explicar o comportamento.
Vidas dedicadas à ciência e ao
estudo do comportamento
O conhecimento científico é construído em um continuum histórico e por
muitas pessoas de diferentes níveis de formação, por exemplo,
bacharelado, especialização, mestrado e doutorado. Seja um aluno de
graduação, em uma iniciação científica, apresentando painéis em
congressos, ou os pesquisadores (doutores) que são referência para
determinada comunidade científica, o universo de cientistas é muito
amplo e diversificado na formação, nos objetos de pesquisa, nos
métodos e, fundamentalmente, no fator de impacto de suas produções.
Vamos destacar, a seguir, três personalidades da Psicologia que se
dedicaram ao estudo do comportamento. Por meio de seus estudos,
vamos desvendar alguns desenhos experimentais e seus achados.
Fator de impacto
Por fator de impacto entende-se o quanto determinada publicação é citada
em artigos científicos e livros, influenciando outros pesquisadores.
Skinner e sua proposta de um behaviorismo
radical
Burrhus Frederic Skinner, psicólogo e professor na Universidade de
Harvard (entre outras instituições de ensino estadunidenses), dedicou
sua vida ao estudo do comportamento. O ponto central da produção
científica desse autor foi demonstrar que todo comportamento está
sujeito a contingências de reforço. Deriva-se da obra de Skinner
conceitos como: reforço positivo; reforço negativo; punição positiva;
punição negativa; contingência de três termos, entre outras importantes
teorias.
Em 1948, Skinner escreveu um romance utópico chamado Walden two –
uma sociedade do futuro, no qual questiona veementemente o livre-
arbítrio evidenciando o determinismo ambiental.
Burrhus Frederic Skinner (1904–1990).
A caixa de Skinner
Neste experimento, um rato privado de água por um tempo é colocado
em uma caixa com dispositivos que permitem alguns experimentos. Por
exemplo, ao pressionar a barra, o rato pode obter água ou evitar tomar
um choque. No primeiro caso, temos um exemplo de reforço positivo, ou
seja, o comportamento emitido de pressionar a barra resulta como
consequência a apresentação da água. No segundo caso, temos um
exemplo de reforço negativo. Ao entrar na caixa, o rato recebe choques
elétricos, que são retirados uma vez que o animal pressiona a barra. Em
ambos os exemplos, o comportamento de pressionar a barra é a variável
dependente. As condições manipuladas pelo pesquisador, a
apresentação da água e os choques elétricos são as variáveis
independentes.
Caixa de Skinner.
Tanto no reforço positivo quanto no reforço negativo, a água e o choque
aumentam a probabilidade do rato de pressionar a barra. Em outras
palavras, o animal será modelado (modelagem) para fazê-lo. Esse
aumento é comparado com os comportamentos a nível operante, que
são naturais do comportamento do rato, tais como farejar, limpar-se ou
levantar nos cantos e na parede da caixa (comportamento exploratório).
E qual o objetivo deste experimento?
A caixa de Skinner é um exemplo de definição operacional, na qual um
controle rígido das variáveis de estudo é possível. Dessa maneira, pode-
se evidenciar um processo de modelagem e estabelecer as
circunstâncias específicas em que a manipulação de variáveis
independentes (as condições experimentais) afetam a variável
dependente (o comportamento do rato).
Conceitos desenvolvidos por Skinner foram amplamente replicados e
empregados no estudo do comportamento humano.
Contingência de três termos
Como explicar comportamentos complexos?
Um comportamento operante é definido como aquele que produz
mudanças no ambiente e pelas quais é afetado (MOREIRA; MEDEIROS,
2019). Desse modo, os elementos presentes no contexto em que o
comportamento ocorre são chamados de operantes (ou estímulos)
discriminativos, ou seja, selecionam determinado comportamento do
repertório do organismo que foi reforçado anteriormente.
Imagine que você está acompanhando uma novela na TV aberta, ou
outro programa, que não esteja disponível em redes de streaming
(distribuição digital pela internet). O horário dessa novela é um estímulo
discriminativo para o seu comportamento de ligar a televisão e assistir
ao novo capítulo.
Vamos retornar à caixa de Skinner: imagine que o rato, já condicionado a
apertar a barra, não logre êxito em algumas tentativas. O que está
acontecendo? O pesquisador estabeleceu uma nova variável
independente que é um sinal sonoro dentro da caixa. Eventualmente, o
rato vai perceber que a barra sóliberará a água quando o sinal sonoro
for disparado. Isso traduz a ideia do estímulo discriminativo, ou seja, a
condição que antecede e discrimina o comportamento de apertar a barra.
Clark Leonard Hull e o estudo da motivação do
comportamento
Clark Leonard Hull (1884–1952).
Clark Leonard Hull, psicólogo e professor na Universidade de Yale nos
Estados Unidos, dedicou-se ao tema da motivação do comportamento,
ou seja, ao impulso, e o tratou como uma variável interveniente. Ficou
reconhecido por sua exigência e sistematização em sua obra.
Criou um modelo matemático e mecanicista para estudar o
comportamento. Na década de 40, foi o pesquisador mais citado nos
artigos sobre aprendizagem e motivação (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).
A teoria do impulso de Clark Hull
Para Hull, a motivação do comportamento, ou seja, o impulso, cumpre
com o seu papel de “acalmar” as necessidades do organismo, por
exemplo, em uma visão mais básica, fome, sede, sono etc.
Vamos pensar em um experimento tradicional na Psicologia
experimental utilizando a caixa de Skinner. Analisaremos esse
experimento em perspectiva, ou seja, usando as premissas da teoria do
impulso de Hull.
Em um procedimento com uma caixa de Skinner, é imperioso que o
sujeito experimental, o rato, fique privado de comida ou água. Nesse
caso, vamos criar um motivo para sua participação no experimento, a
fome (um estímulo).
Podemos predizer, em termos de probabilidade, que o rato com fome terá
uma maior chance de apertar a barra e aprender mediante reforço
positivo (a comida).
Assim, apertar a barra (um hábito) resulta em alimento, que é a
consequência desse comportamento.
Podemos demonstrar que, se um comportamento (pressionar a barra)
reduz o impulso que o originou (a fome), então um hábito é reforçado.
Embora o impulso energize um comportamento, ele não o guia, pois os
nossos hábitos são provenientes da aprendizagem (REEVE, 2006). Hull
acreditava que a interação entre um estímulo e uma resposta ocorria em
um contexto mais amplo e que não se podia definir, apenas, naquilo que
se observava.
O impulso (os motivos) tem origem em uma vasta gama de
necessidades fisiológicas, por exemplo: fome, sede, sexo, dor,
necessidades homeostáticas, como o controle de temperatura corporal.
Portanto, as bases puramente físicas, na proposta de Hull, são os
estímulos para a motivação humana.
No ano de 1943, Hull elaborou a seguinte fórmula para explicar esse
pensamento (REEVE, 2006):
Em que:
“s” e “r” são os tradicionais estímulo e resposta.
“E” significa o potencial excitatório e “H” a força do hábito.
A letra “D” é o “drive” (o impulso).
As letras “s” e “r” significam determinado estímulo ou resposta,
respectivamente. O estímulo é o impulso (o “drive”), e a resposta é
sEr = sHr × D
ao comportamento.
Assim, “sEr” = a magnitude de uma resposta em relação à intensidade de
determinado estímulo, ou seja, o potencial excitatório de uma relação
entre o impulso e o comportamento.
Resumindo, o comportamento observável é uma aprendizagem, um
hábito.
No caso do rato:
“sEr” = Pressionar a barra ou explorar o ambiente ou buscar por
alimento, dependendo do impulso (do estímulo que gerou o
impulso). A fome é um estímulo que energiza um
comportamento, logo é um impulso, um motivo para o
comportamento, que visa reduzir a intensidade do estímulo no
organismo.
“sHr” = A força do hábito, ou seja, a força da aprendizagem
traduz a probabilidade de uma resposta (o hábito) ocorrer na
presença de um estímulo. No caso do rato, quanto mais apertar a
barra e comer, poderá reduzir o impulso (a fome), pois à medida
que esse comportamento diminuir o impulso, maior será a
probabilidade de se criar um hábito que é a força da associação
da aprendizagem.
A letra “D” = drive (o impulso), em nosso exemplo, é a fome.
Os construtos “sHr” e “D” são características inobserváveis do
comportamento, mas Hull compreendia isso como um fenômeno físico,
e não por meio de uma causação mental. Por analogia, um átomo
também é inobservável e trata-se de um fenômeno manipulável.
sEr 
sHr 
“D” 
Podemos inferir que um organismo privado de comida ou sem se
alimentar por muito tempo tenha fome, mas não a observamos
diretamente, apenas o resultante, ou seja, o que esse organismo faz
quando sente fome. Observamos o comportamento de apertar a barra (o
rato), ou quando nós abrimos a geladeira para buscar o alimento ou
vamos a uma lanchonete da esquina. Esse é um ponto de divergência
com Skinner, pois, para esse autor, as relações entre os estímulos e as
respostas são diretas, e não mediadas por componentes internos.
Hull, no entanto, considerava variáveis intervenientes, por exemplo, a
fome, entre outras, e tais variáveis podiam ser quantificadas, tais como
os fenômenos físicos.
Posteriormente, em 1952, a proposta foi ampliada com a letra “K”, que
significa a qualidade ou quantidade de estímulo. Tanto a letra “D”
quanto a letra “K” expressam motivos, ou seja, estados motivacionais. A
diferença é que “D” traduz um desequilíbrio interno do corpo, por
exemplo, a fome. A letra “K” traduz algo externo ao organismo em
relação à qualidade e quantidade de estímulo.
Exemplo
Estou com fome e preciso, naquele momento, de algo doce ou algo
salgado para nutrir as necessidades do organismo (qualidade). Posso
“matar minha fome” comendo, em um restaurante a quilo, 400g de
comida ou necessito de 800g? (quantidade).
Assim, a nova fórmula ficou:
Os estados motivacionais na
compreensão da aprendizagem
Entenda a importância da consideração de variáveis não observáveis,
como o impulso, o hábito e a qualidade e quantidade de estímulo, no
estudo de um comportamento. São destacadas as diferenças entre a
proposta de Skinner e a proposta de Hull.
Bandura e a teoria social cognitiva
Albert Bandura, psicólogo e professor na Universidade de Stanford, nos
Estados Unidos, postulou uma abordagem sociocognitiva do
comportamento humano. Inicialmente, trabalhou com premissas do
behaviorismo radical, mas ampliou o seu olhar ao notar que crianças e
adolescentes imitavam comportamentos e, consequentemente,
aprendiam por meio da observação.
Diferenciou os seus achados da modelagem, via reforço, evidenciada por
Skinner e apresentou o conceito de modelação, ou seja, uma
aprendizagem observacional ou vicariante.
sEr = sHr × D × K

Albert Bandura (1925–2021)
Aprendizagem vicariante (modelação)
Em 1961, Bandura e colaboradores conduziram um experimento para
demonstrar a generalização da imitação de comportamentos agressivos
para outras situações em que o modelo significativo (aquela pessoa que
se imita) não está presente. Trabalharam com 72 crianças com uma
média de idade de 52 meses (BANDURA, 2008).
Bandura dividiu as crianças em três grupos:
Um grupo controle.
Um grupo de crianças que foram submetidas a modelos
agressivos.
Um grupo de crianças submetidas a modelos submissos e não
agressivos.
Todas as condições foram balanceadas em função do sexo, ou seja, os
modelos eram de ambos os sexos e as crianças também foram
analisadas em grupos masculinos e grupos femininos.
Em todas das condições, as crianças eram instruídas a uma tarefa:
desenhar, pintar, com o material disponibilizado. Nas condições
experimentais, as crianças, além da tarefa de base, observavam um
adulto recebendo a mesma instrução, ou seja, de desenhar e pintar.
Imagens do experimento de Bandura.
Agora vem uma divisão: no grupo de modelos agressivos, após um
minuto do início do experimento, um boneco “João Bobo” inflável era
chutado e agredido com socos e com ameaças verbais. O modelo adulto
de não agressão simplesmente atendia à instrução e ficava em silencio
desenhando.
O resultado, quando comparados os três grupos, foi a reprodução de
comportamentos violentos pelas crianças que observaram um modelo
adulto violento.
Podemos identificar as variáveis independentes como as condições do
experimento que foram manipuladas pelo pesquisador, tais como o
tempoda observação dos modelos adultos, os modelos agressivos e
não agressivos, entre outras condições que foram controladas. A variável
dependente, como sempre, é o comportamento, nesse caso, das
crianças. A operacionalização desse experimento foi por meio da
observação e da experimentação que se traduz pelas condições em que
uma criança é capaz de assimilar um comportamento violento e
reproduzi-lo com pouco tempo de exposição.
Um ponto de comparação interessante é que Bandura, por meio desse
experimento, refutou Skinner na ideia de que a aprendizagem ocorria
apenas por reforçadores por aproximações sucessivas, ou seja, por
modelagem. Bandura apresentou evidências de que a aprendizagem
podia ocorrer por imitação social.
Nesse aspecto exclusivo, a teoria da modelagem de Skinner como a
única forma de se aprender não resistiu ao teste de falseabilidade da
teoria, ou seja, Bandura demonstrou que a teoria do Skinner estava
incompleta e, nesse aspecto, parcialmente errada. Perceba, entretanto,
que Bandura não refutou as premissas da modelagem, mas pela
modelação demonstrou que aquela não é a única forma de
aprendermos.
Curiosidade
Outros pesquisadores reproduziram essa premissa no modelo animal
colocando pombos ingênuos para observarem pombos treinados no uso
de um alimentador, tal qual Skinner fazia, ou seja, modelava pombos e
ratos nos mais diversos comportamentos. Foi percebido que animais
também são capazes de aprender por imitação. Os pombos ingênuos,
mesmo não tendo passado pela modelagem, foram capazes de usar o
alimentador da mesma maneira que os pombos treinados.
Com esses exemplos, fica claro como o conhecimento científico evolui.
Os esforços dos pesquisadores em buscar falhas nas teorias de outros
pesquisadores resultam no aprimoramento de uma área do
conhecimento, nesse caso nas teorias de aprendizagem. Parte das obras
de Skinner vem, invariavelmente, resistindo aos testes de falseabilidade;
já parte da sua teoria, não! Quando um erro é encontrado, um novo
conhecimento preenche esse lugar, dando margem para outros
pesquisadores buscarem o mesmo processo. Esse é o movimento que
demarca a revolução cognitivista na década de 1950, que, em grande
parte, critica o conhecimento acumulado na Psicologia até então.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Matheus, uma criança em idade escolar, estava apertado para ir ao
banheiro, mas não sabia como pedir para professora, pois tinha
medo de que ela o repreendesse. Momentos antes, a professora
tinha pedido silêncio para turma e a criança não sabia como agir.
Em dado momento, outro menino levanta a mão e pede para beber
água, pois estava com a boca muito seca. A professora atende ao
pedido e libera a criança para ir até o bebedouro. Ao observar isso,
Matheus também levanta a mão e explica que precisava ir ao
banheiro. Esse enunciado expressa a ideia de uma aprendizagem.
Qual mecanismo Matheus usou para aprender como agir nessa
situação?
A Modelagem mediada por reforço positivo.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A teoria sociocognitiva demonstra que aprendemos também pela
observação. Ponto de divergência com o behaviorismo radical que
postula que aprendemos apenas caso recebamos diretamente a
consequência por um comportamento emitido. O Conselho Federal
de Psicologia realiza a distinção do que é avaliação psicológica e
testagem psicológica. A avaliação é um processo que requer
métodos e técnicas e a testagem faz referência apenas ao teste
psicológico.
Questão 2
Em um shopping, observamos, eventualmente, pais tentando
controlar o comportamento de seus filhos. Uma criança fazendo
birra em frente a uma loja de brinquedos ou pedindo um lanche que
acompanhe um brinquedo em uma loja de fast-food são exemplos
típicos. O que acontece com o repertório comportamental dessa
criança quando os pais cedem e atendem a um pedido que esteja
sendo emitido acompanhado de birra?
B Modelação, uma aprendizagem vicariante.
C Condicionamento clássico.
D Condicionamento operante.
E Modelagem, mediada por reforço negativo.
A
O comportamento é reforçado negativamente. A
probabilidade, no futuro, de a criança emitir uma
birra quando desejar algo fica maior.
B
O comportamento é vicariante. A probabilidade, no
futuro, de a criança emitir uma birra quando desejar
algo fica maior.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Chamamos de reforço positivo uma consequência, por exemplo,
ganhar um brinquedo ou um lanche, que reforce o comportamento
emitido que a produziu (por exemplo, a birra).
3 - Os experimentos que investigam a cognição humana
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os experimentos que investigam a
cognição humana.
C
O comportamento é reforçado positivamente. A
probabilidade, no futuro, de a criança emitir uma
birra quando desejar algo fica maior.
D
O comportamento é punido negativamente. A
probabilidade, no futuro, de a criança emitir uma
birra quando desejar algo fica maior.
E
O comportamento é punido positivamente. A
probabilidade, no futuro, de a criança emitir uma
birra quando desejar algo fica maior.
Ligando os pontos
Você conhece as funções executivas? Saberia apontar os benefícios
para o desenvolvimento da criança? Para entendermos esta proposta na
prática, vamos analisar o case de um grupo de alunos do curso de
psicopedagogia na elaboração de um curso para educadores de uma
escola de educação infantil e ensino fundamental I.
O professor Danilo solicitou aos seus alunos a preparação de um curso
para educadores da educação infantil e do ensino fundamental I
mostrando a importância das funções executivas para o
desenvolvimento infantil.
Os alunos consideraram importante inicialmente mostrar aos
educadores que as funções executivas são as habilidades cognitivas
primordiais para termos o controle sobre o que pensamos, sentimos e
agimos. Nesse sentido, será importante a memória, a atenção e um
comportamento adequado em determinada situação.
O aluno João lembrou que é necessário explicar aos educadores que a
partir dessas dimensões das funções executivas serão construídas
outras funções fundamentais para a aprendizagem, como, por exemplo:
a capacidade de raciocínio, solução de problemas e planejamento.
O professor Danilo, ao fazer a supervisão da atividade que os alunos
iriam realizar, pontuou que não poderiam deixar de comentar com os
educadores que as pessoas possuem uma capacidade genética a ser
desenvolvida, porém, precisam de interações sociais favoráveis. Um
contexto social favorável ao desenvolvimento das funções executivas na
primeira infância é imprescindível para que a capacidade do indivíduo
possa ser atingida quando a criança for adulta.
O professor comentou ainda sobre a necessidade de darem exemplos
aos educadores que vão contribuir para o desenvolvimento das funções
executivas durante a infância. Lembrou-lhes de quando eram crianças e
ouviam histórias dos avós, dos pais e professores. Essa simples ação
possibilita que as crianças desenvolvam a atenção e a memória. Além
disso, irão ajudá-las a desenvolver a criatividade para fantasiar os fatos
que são contados por uma pessoa de quem elas gostam.
Os alunos comentaram que iriam pesquisar mais atividades para auxiliar
o educador no desenvolvimento das funções executivas, e perceberam o
quanto a infância é uma fase fundamental para o indivíduo, na qual
várias habilidades cognitivas serão desenvolvidas. Viram que é na
infância que as funções executivas devem ser formadas para ajudar o
indivíduo futuramente no controle da própria vida e, também, assumir
responsabilidades.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
Como você viu no case, as funções executivas relacionam-se a um
conjunto de habilidades cognitivas que são fundamentais para o
desenvolvimento da criança. Pensando nesse assunto, quais
variáveis deveriam ser trabalhadas no curso para educadoresa ser
elaborado:
Parabéns! A alternativa D está correta.
No dia a dia, estamos diante de vários desafios e ações que nos
solicitam habilidades das diversas funções cerebrais. Elas exigem
raciocínio, lógica, estratégias e tomada de decisões. As funções
executivas irão nos auxiliar na organização e no planejamento de
nossas ações, ajudam no controle do comportamento, nas emoções,
na realização de tarefas complexas e de operações mentais. É
importante lembrar que as funções executivas têm relação com a
memória, a atenção e pensamento criativo. As funções executivas
não são inatas. Precisamos construí-las. Elas vão se desenvolver de
forma progressiva, ao longo da idade, mas vai ocorrer um declínio
com o avanço da idade.
Questão 2
A pensamento, cultura e aspectos físicos.
B conduta, motivação, peso e cognição.
C pensamento, afetividade e herança genética.
D
comportamento social, tomada de decisões e
planejamento.
E
domínio sobre a atenção, herança genética e
influência social.
Para o desenvolvimento das funções executivas na infância é
necessário ambientes favoráveis e interações sociais saudáveis.
Pensando nesse aspecto e a partir da leitura do case, para você
quais condições relacionadas a seguir podem influenciar de forma
desfavorável o desenvolvimento das funções executivas?
Parabéns! A alternativa B está correta.
A construção das funções executivas durante a primeira infância é
primordial, e nesse sentido devemos ficar atentos aos contextos
familiares e educacionais. Eles devem favorecer o desenvolvimento
e a aprendizagem das habilidades cognitivas, emocionais e sociais.
Vale lembrar o quanto é fundamental termos vínculos e interações
sociais favoráveis entre educadores, familiares e crianças. Os
adultos devem propiciar um ambiente saudável, e utilizarem de
várias práticas que proporcionem de maneira gradual a obtenção
das funções executivas.
Questão 3
Existem várias práticas que podem contribuir para o desenvolvimento
das funções executivas na infância. Você foi convidado pelo professor
Danilo a participar da elaboração do curso para educadores mencionado
no case. Para você, quais as atividades que irão ajudar as crianças a
melhorarem suas funções executivas? Você considera que pais e
A
Crianças criadas em orfanatos e crianças que
frequentam boas escolas.
B
Crianças que sofrem agressões físicas, abusos ou
negligências, estresse prolongado, e crianças com
maior privação material.
C
Crianças que vivem em ambientes com diálogo
construtivo e incentivo adequado a autonomia.
D
Crianças que vivem em ambientes nos quais os
adultos ajudam a controlar sua impulsividade.
E
Crianças que possuem bons cuidados básicos,
afetividade e respeitem seu amadurecimento.
educadores podem contribuir ativamente na construção dessas
funções?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
Várias são as atividades que podem proporcionar o
desenvolvimento das funções executivas, como, por exemplo: a
brincadeira do faz de conta, na qual as crianças assumem e
vivenciam diferentes papéis sociais e devem adaptar suas ações
aos improvisos que ocorrem nas interações com os participantes.
Outra atividade que permite o aperfeiçoamento das funções
executivas é seu mestre mandou, cuja finalidade é estimular a
concentração, a atenção, a criatividade, e também a coordenação
motora. Estudos revelam que jogos eletrônicos, ioga e também
atividade aeróbica possibilitam o desenvolvimento da memória,
motricidade, capacidade de planejamento e também concentração.
Os pais e educadores são as principais pessoas que podem e
devem ajudar as crianças a desenvolverem suas funções
executivas. Não apenas por meio de atividades, mas podem
proporcionar o estabelecimento de bons vínculos, interações
saudáveis, oferecer segurança e confiança, ajudar as crianças a
controlarem suas reações emocionais, serem autônomas,
realizarem tarefas e planejamentos.
A proposta de aprendizagem latente
de Tolman
Edward Chace Tolman foi psicólogo e professor na Universidade da
Califórnia em Berkeley. Como pós-graduando, estudou em 1912 com Kurt
Koffka, um importante pesquisador da Psicologia da Gestalt — um
movimento da psicologia funcional alemã. Questionando o método
introspectivo empregado na tradição da época, declarou-se aliviado com
a proposta comportamentalista de Watson (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019),
embora tenha seguido um caminho diferente, tendo proposto um
comportamentalismo intencional.
Tolman, apesar de ser um comportamentalista, vivenciou em sua época
o contexto no qual propiciou o que chamamos de uma revolução
cognitivista.
Edward Chace Tolman (1886–1959).
As explicações comportamentalistas não estavam mais sendo
suficientes para responder a certos padrões de comportamento e/ou
fenômenos que gradualmente, pela consolidação dos estudos
behavioristas, foram sendo observados.
A sistematização do conhecimento tem como resultado
a busca por mais conhecimento. Uma vez que as
respostas para as perguntas feitas em determinada
época são encontradas, novas questões surgem.
Um exemplo simples para entendermos essa dinâmica é que, uma vez
evidenciada a modelagem como um mecanismo de aprendizado, e essa
teoria tenha se consolidado, fatalmente os pesquisadores tentam aplicá-
la para explicar tudo o que se refere ao aprendizado. Uma hora, porém,
esbarram em um fenômeno cuja premissa anterior não foi capaz de
explicar. Esse foi o caso de Bandura, que não encontrou uma forma de
explicar um comportamento imitado pela modelagem e, assim, buscou
evidências da modelação, entendendo que Skinner não conseguiu
evidenciar, com eficácia, o contexto social da aprendizagem.
Tolman, por exemplo, observou que algumas aprendizagens ocorriam na
ausência de reforço e utilizou o conceito de aprendizagem latente para
expressar tal fenômeno (GAZZANIGA; HEATHERTON, 2005).
Como esse autor evidenciou essa observação?
Em seu delineamento experimental, Tolman trabalhou com ratos
divididos em três grupos:
E qual era a tarefa desses ratos? Percorrer um labirinto em busca de
alimento.
 Um grupo controle
 Um grupo continuamente reforçado
 Um grupo reforçado tardiamente
Experimento do labirinto de Tolman.
O primeiro grupo, não reforçado, percorreu o labirinto aleatoriamente,
vagando pelo labirinto. O segundo grupo foi reforçado em todas as
tentativas, ou seja, cada vez que entravam no labirinto, uma caixa com
comida estava à disposição e, assim, aprenderam a encontrar a caixa
rapidamente. Já o terceiro grupo não foi reforçado nas primeiras dez
vezes que entraram no labirinto, ou seja, similar ao grupo controle.
Depois de dez entradas no labirinto, esse terceiro grupo foi reforçado nas
tentativas subsequentes, ou seja, a caixa de comida foi disponibilizada.
O achado impressionante foi que os animais desse grupo, mesmo tendo
sido reforçado tardiamente, apresentaram uma curva de aprendizagem
similar ao grupo que foi reforçado continuamente.
O labirinto e as condições manipuladas pelo experimentador são as
variáveis independentes, e o comportamento é a variável dependente. A
curva de aprendizagem operacionalizou os achados do Tolman e lhe
possibilitou concluir que os ratos, nas primeiras dez tentativas,
estabeleceram um mapa cognitivo (uma representação visuoespacial do
ambiente), o que propiciou serem efetivos na busca por alimentos.
Mesmo na ausência do reforço, os animais aprenderam sobre o espaço
que estavam percorrendo no labirinto.
Os mecanismos da construção desse mapa mental não podem ser
observados diretamente, mas, na conclusão do autor, os efeitos sob o
comportamento podem ser observados e correlacionados a tais
processos.
O problema do tabuleiro mutilado
Vamos analisar um experimento? Ele é constituído de duas etapas:
Na primeira etapa, um tabuleiro de xadrez é coberto por 32 peças de
dominó, ocupando duas casas cada.
Na segunda parte, duas casas são removidas do tabuleiro (em azul).
Feito isso, vamos colocar um problema para você: é possível que as 62
casas quesobraram no tabuleiro sejam cobertas por 31 peças de
dominó? Antes de continuar a leitura, responda a essa pergunta.
O problema do tabuleiro de xadrez mutilado (EYSENCK; KEANE, 2017)
compreende uma solução por insight. Inicialmente, quase todas as
pessoas tentam cobrir, mentalmente, as casas com as peças de dominó
e tentam concluir uma resposta.
Dica
Cada pedra do quadrado cobre uma casa branca e outra preta.
Algumas pessoas se saem melhor com essa dica. E você?
Como as casas do tabuleiro que foram mutiladas são da mesma
cor, não é possível cobrir todo o tabuleiro com as 31 peças.
Agora, pense no tipo de estratégia que você adotou para responder à
questão proposta. Se a sua resposta foi que não é possível, pois houve a
retirada de duas casas brancas, automaticamente, você ativou sua
percepção de que uma peça cobre uma casa branca e outra preta. Logo,
você acabou de vivenciar uma solução de problemas por insight, mesmo
depois de receber a dica das peças.
Porém, se você tentou cobrir, mentalmente, o tabuleiro com as peças,
usou outra estratégia para resolver o problema. A maioria das pessoas,
nesse caso, erra a resposta ou desiste, pois são mais de 700 mil
combinações possíveis para os dominós sob o tabuleiro.
O insight no cérebro
No âmbito das atividades cerebrais, para construir uma solução de um
problema por insight, o cérebro humano desencadeia uma série de
mudanças que permitem uma compreensão súbita sobre algo. Sabe-se,
por meio de algumas correlações, que o hemisfério direito cerebral é
mais ativado do que o esquerdo. O hemisfério direito é associado à
criatividade, enquanto o giro temporal desempenha um papel no
reconhecimento de conexões.
Isso é defendido por alguns pesquisadores ao evidenciarem que o
cérebro tem um padrão específico de atividade cerebral no insight, com a
ativação do giro temporal superior anterior, no hemisfério direito, o córtex
do cíngulo anterior, uma área que é ativada quando temos conflitos
cognitivos e a ativação do córtex pré-frontal, envolvido com processos
cognitivos de níveis mais altos, por exemplo, as funções executivas
como o planejamento psíquico, a execução, a tomada de decisão e a
solução de problemas.
Qual seria a sua resposta a partir dessa dica? 
Funções executivas: controlamos nossas
ações?
Segundo Fuentes, as funções executivas podem ser definidas da
seguinte maneira:
As funções executivas
correspondem a um conjunto de
habilidades que, de forma integrada,
permitem ao indivíduo direcionar
comportamentos a metas, avaliar a
eficiência e a adequação desses
comportamentos, abandonar
estratégias ineficazes em prol de
outras mais eficientes e, desse
modo, resolver problemas
imediatos, de médio e de longo
prazo.
(FUENTES et al., 2014, p. 115)
Uma discussão antiga na Psicologia é a do livre-arbítrio versus posições
deterministas, seja o determinismo ambiental, conforme visto no
behaviorismo, ou o determinismo mental, observado na Psicanálise e por
outros autores que postulam que nossas ações são governadas por
processos não conscientes.
Thomas Huxley (apud EYSENCK; KEANE, 2017) apresenta uma analogia
de um apito de um trem a vapor: “O assobio nos fala algo sobre o que
está acontecendo no interior da máquina, mas não apresenta um
impacto causal no movimento do trem” (EYSENCK; KEANE, 2017, p. 686).
Temos livre-arbítrio como algo natural ou precisamos apreender a
controlar nossas ações? E esse controle inibitório, se apreendido, vai
determinar processos decisórios, posteriormente, de modo não
consciente, ou seja, por padrões sinápticos que são disparados na
presença de determinados estímulos ou contextos?
Para entendermos melhor o papel das funções executivas no nosso
comportamento e possamos responder a esses questionamentos, vamos
acompanhar um interessante estudo nesse seguimento.
O teste marshmallow
O teste marshmallow é um estudo conduzido pelo psicólogo Walter
Mischel (1930–2018) na Universidade de Stanford. Realizado com
crianças em idade pré-escolar, o teste consistia em oferecer uma
recompensa (um marshmallow) que poderia ser consumido de imediato.
Marshmallow
Doce à base de açúcar tipicamente associado à cultura norte-americana.
E como funcionava o experimento?
A criança deveria aguardar sozinha em uma sala, por 20 minutos, com
aquele marshmallow em um prato à sua frente. Se não comesse o doce
enquanto esperasse, ganharia o dobro de marshmallow após
transcorrido o tempo. Isso era informado para a criança, ou seja, um
adulto entrava na sala, oferecia o doce e avisava que, se não o comesse,
ganharia dois quando ele voltasse para sala.
Na sala, a criança era exposta aos doces sendo convidada a escolher
um. O doce era separado e uma campainha era disponibilizada para
criança tocar, chamando o pesquisador, caso quisesse comer o doce de
imediato. Se aguardasse os 20 minutos, o pesquisador entrava e
escolhia o doce.
Essas crianças foram acompanhadas até os 27 e 32 anos, em um
estudo longitudinal. As crianças que haviam conseguido resistir na idade
pré-escolar e não comeram o doce de imediato, na vida adulta,
apresentaram um índice de massa corporal mais baixo e autoestima
mais elevada. Elas também tiveram mais persistência e resiliência na
busca por objetivos e mais resistência à frustação (MISCHEL, 2016).
Curiosidade
Embora o experimento tenha ficado conhecido como o teste
marshmallow, a criança poderia escolher entre uma variedade de
guloseimas.
Funções executivas nucleares
Adele Diamond, professora de Neurociências na Universidade de British
Columbia, no Canadá, destaca que existem funções executivas nucleares
(DIAMOND, 2013 apud FUENTES, 2014), sendo elas:
Memória operacional
Capacidade de sustentar temporariamente uma representação mental
que será utilizada na realização de operações cognitivas.
Controle inibitório
Controle sobre interferências internas, externas e inibição de respostas
prepotentes.
Flexibilidade cognitiva
Capacidade de alternar planos de ação e encarar uma realidade a partir
de diferentes perspectivas.
Existem controvérsias acerca dos componentes inatos, hereditários,
envolvidos na nossa capacidade de inibir impulsos. Mas podemos
facilmente constatar, em nossa sociedade, que vamos encontrar, na
maioria das pessoas, uma tendência a buscar satisfações imediatas ao
invés de retardar recompensas.
Precisamos oferecer às nossas crianças experiências que propiciem o
desenvolvimento das funções executivas nucleares desde sempre. O
nosso autocontrole e o adiamento da satisfação envolvem experiências
que favoreçam um desenvolvimento emocional saudável,
desconsiderando as discussões da hereditariedade nesse processo.
Estudos demonstram que estados somáticos afetivos são programados
e envolvem nossas tomadas de decisão. Damásio (1994, apud
EYSENCK; KEANE, 2017) apresentou uma proposta para
compreendermos as alterações socioafetivas. Quando uma escolha é
seguida por uma consequência não satisfatória, ocorre uma reação
emocional que fica associada a essa escolha. Quando a escolha é
seguida de resultados satisfatórios, em momentos futuros, a reação
ocorre antes que a escolha seja feita. Isso significa dizer que as
melhores escolhas não são necessariamente de uma racionalização,
mas baseadas em emoções boas ou ruins. Uma escolha racional, nessa
perspectiva, é guiada por uma experiência emocional.
Na prática, isso significa dizer que precisamos criar ambientes para
nossas crianças, que estados afetivos satisfatórios sejam seguidos
quando temos que adiar uma recompensa ou lidar com situações
estressantes e, assim, desenvolver uma capacidade aprimorada de
tomadas de decisão, perseverança, resiliência e de planejamento de
metas e comportamentos objetivando ganhos futuros.
O desenvolvimento das funções
executivas nucleares
Vamos refletir sobre como os estados somáticos afetivos e as
experiências afetivas satisfatórias propiciam o desenvolvimento do
controle inibitório e suas implicações.

Falta pouco para atingirseus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A capacidade de adiar uma recompensa não funciona da mesma
maneira para todas as pessoas. Diante de um bem de consumo,
mesmo não precisando e com a vida financeira desorganizada, para
algumas pessoas, é difícil de resistir e não comprar. Chamamos de
funções executivas um conjunto de operações cognitivas no cérebro
que nos auxilia não só a direcionar nosso comportamento a metas,
mas também a avaliar o nosso desempenho diante delas. Quais
dessas funções estão diretamente associadas a essa ideia?
Parabéns! A alternativa D está correta.
Precisamos da flexibilidade cognitiva para compreender as
demandas do cotidiano em diferentes perspectivas. Comprar ou não
comprar? A resposta para essa pergunta não deve ser respondida
apenas pela força do desejo de comprar, mas também por um
conjunto de outras variáveis, por exemplo: posso comprar? Preciso
A Memória operacional.
B Controle inibitório.
C Flexibilidade cognitiva.
D Controle inibitório e flexibilidade cognitiva.
E Memória operacional e controle inibitório.
desse item? Após as ponderações, o controle inibitório passa a inibir
aquela resposta mais impulsiva.
Questão 2
Sobre as funções executivas, é verdadeiro afirmar que
Parabéns! A alternativa A está correta.
Evidências corroboram a premissa de que usamos nossas funções
executivas mediadas por codificações, representações mentais, que
estão associadas à forma como nos sentimos em relação às
experiências que vivenciamos.
Considerações �nais
A
estão correlacionadas diretamente aos processos de
controle emocional.
B
estão relacionadas ao reconhecimento de um objeto
usando alguns dos sentidos corporais.
C
são as sequências de movimentos que o corpo
realiza para concluir determinado ato motor.
D
envolvem células nervosas, os neurônios em
específico, que são encontradas apenas no encéfalo
e medula espinhal.
E
se referem à linguagem expressiva e/ou receptiva
geralmente no hemisfério esquerdo.
O método científico e o método experimental nos propiciam conhecer
como determinadas variáveis se relacionam, assim como teorias são
construídas e evidenciadas por testes empíricos. Não basta afirmarmos
que estamos fazendo ciência, pois, acompanhada dessa palavra,
também podemos encontrar pseudoargumentos científicos, ou seja,
falsos. Conhecer as nuances do método científico e aplicar esse
raciocínio na análise de ideias, hipóteses, teorias, são atitudes que nos
permitem fazer tomadas de decisão mais criteriosas e seguras,
principalmente nos exercícios de nossas profissões.
Podcast
Confira uma reflexão sobre a importância do método experimental na
construção do conhecimento da Psicologia como ciência, com ilustração
por meio dos experimentos psicológicos clássicos.

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Leia os artigos a seguir para ampliar a compreensão de aspectos
abordados neste material:
Uma introdução aos delineamentos experimentais de sujeito único,
de Angelo Augusto Silva Sampaio e outros autores, publicado no
periódico Interação em Psicologia, v. 12, n. 1, p. 151-164, jun. 2008.
Relação entre comportamento supersticioso e estímulo reforçador
condicionado: uma replicação sistemática de Lee (1996), de
Ghoeber Morales dos SantosI e Nilza Micheletto, publicado na
Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 12, n. 1-
2, p. 146-175, jun. 2010.
Referências
BANDURA, A.; AZZI, R. G.; POLYDORO, S. Teoria social cognitiva:
conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BREAKWELL, G. M. et al. Métodos de pesquisa em Psicologia. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
CATANIA, A. C. Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição.
Porto Alegre: Artmed, 1999.
EYSENCK, M. W.; KEANE, M. T. Manual de Psicologia cognitiva. Porto
Alegre: Artmed, 2017.
FUENTES, D. et al. Neuropsicologia: teoria e prática. Porto Alegre:
Artmed, 2014.
GAZZANIGA, M. S.; HEATHERTON, T. F. Ciência psicológica: mente,
cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005.
GOODMAN, J. Place vs. Response Learning: History, Controversy, and
Neurobiology. Frontiers in Behavioral Neuroscience, v. 14, 2020.
MISCHEL, W. O teste do marshmallow: Por que a força de vontade é a
chave do sucesso. Rio de Janeiro: Objetiva, 2016.
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do
comportamento. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
NOLEN-HOEKSEMA, S. et al. Introdução à Psicologia: Atkinson & Hilgard.
São Paulo, SP: Cengage Learning, 2018.
PANETTA, P. A. B.; HORA, C. L. da; BENVENUTI, M. F. L. Avaliando o papel
do comportamento verbal para aquisição de comportamento
"supersticioso". Revista brasileira terapia comportamental e cognitiva, v.
9, n. 2, p. 277-287, dez. 2007.
REEVE, J. Motivação e emoção. São Paulo: LTC, 2006.
SAMPAIO, A. A. S. et al. Uma introdução aos delineamentos
experimentais de sujeito único. Interação em Psicologia, v. 12, n. 1, p.
151-164, jun. 2008.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. São
Paulo: Cengage Learning, 2019.
SHAUGHNESSY, J. J.; ZECHMEISTER, E. B.; ZECHMEISTER, J. S.
Métodos de pesquisa em Psicologia. Porto Alegre: Artmed, 2012.
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