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194 UNIDADE 1 | CINEMÁTICA Exercícios Nível 2 18. Evite imprevistos com a correia dentada O motorista se lembra de sua existência apenas quando ela se rompe. Só que nessa hora não há mais solução. O carro não sai do lugar e a alterna- tiva é chamar o guincho. O rompimento da correia dentada é um dos motivos mais comuns que le- vam o carro a ter uma pane no meio da rua. Na madrugada, é uma das peças mais vendidas em auto elétricos. Fazer a manutenção preventiva da correia sincronizada – o nome técnico da correia dentada – é a solução mais rápida (e barata) para evitar aborrecimentos. [...] Disponível em: <www.estadao.com.br/noticias/geral, evite-imprevistos-com-a-correia-dentada,20041110p10635>. Acesso em: 10 jun. 2018. Considere as polias A e B indicadas nesta ima- gem, que giram sem escorregamento acionadas pela correia dentada de um veículo. Os raios de A e B estão na proporção R R 4 3 A B 5 . a) Se um ponto da correia dentada percorre den- tro do motor uma distância igual a 1,0 m, quan- to percorrem, no mesmo intervalo de tempo, pontos periféricos das polias A e B? b) Qual a relação entre as frequências de rotação das polias A e B, isto é, f f ?A B c) Se, durante certo intervalo de tempo, a polia A realiza 120 voltas completas, quantas voltas com- pletas realizará a polia B nesse mesmo intervalo? 19. A engrenagem ilustrada na figura seguinte tem raio igual a 6 cm e opera presa ao eixo de um motor que lhe imprime rotação com velocidade angular cons- tante. Esta engrenagem, por sua vez, aciona uma cremalheira, rigidamente acoplada ao topo do portão de uma garagem, abrindo-o ou fechando-o com velocidade horizontal de módulo 15 cm/s. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 20. Um trator trafega em linha reta por uma su- perfície plana e horizontal com velocidade constante de intensidade v. Seus pneus, cujas dimensões então indicadas na figura, rolam sobre a superfície sem escorregar. movimento fora de escala 0,8 m 2,0 m Em determinado instante, duas listras bran- cas pintadas nas laterais dos pneus encon- tram-se nas posições mais baixas de suas trajetórias, como mostra o esquema. Saben- do-se que π ≅ 3 e que a roda dianteira gira com frequência de 5,0 Hz, determine: a) o valor de v; b) o intervalo de tempo mínimo, T, para que as duas listras brancas estejam novamente nas posições mais baixas de suas trajetórias. E.R. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Com base nessas informações, determine, em rpm, a frequência de rotação do eixo do motor que movimenta a engrenagem e o portão. Considere nos cálculos π ≅ 3. q in g q in g /S h u tt e rs to ck A B 1CONECTEFIS_MERC18Sa_U1_Top5_p177a203.indd 194 8/9/18 9:20 AM 195TÓPICO 5 | MOVIMENTOS CIRCULARES Resolução: a) As velocidades dos pontos periféricos dos pneus em relação aos respectivos eixos das rodas do trator são iguais entre si e têm o mesmo valor da velocidade de translação do veículo em relação ao solo, isto é, v. Sendo vD a intensidade da velocidade dos pontos periféricos do pneu dianteiro em relação ao eixo da roda dianteira, o que foi dito significa que: v 5 vD ⇒ v 5 2π RD fD 5 ? ? ?v 2 3 0,8 2 5,0 m Da qual: v 5 12,0 m/s b) (I) O período de rotação da roda dianteira, TD, fica determinado fazendo-se: 5 5 5T 1 f T 1 5,0 s T 0,2 sD D D D⇒ ⇒ (II) Mas, sendo TT o período de rotação da roda traseira, também deve ocorrer que: ⇒ π 5 5v v 2 R T vT T T ? ? 5 2 3 2,0 2 T 12,0 T 5 5 6,0 T 12,0 T T [ TT 5 0,5 s (III) O intervalo de tempo T procurado deve corresponder a um número inteiro de voltas da roda dianteira e também a um número inteiro de voltas da roda traseira. Logo, o valor de T deve ser múltiplo inteiro de TD e TT. Interessa-nos o mínimo múltiplo co- mum (m. m. c.) entre TD 5 0,2 s e TT 5 0,5 s. T é o m.m.c. entre TD e TT. Sendo assim: T 5 1,0 s Nesse caso, a roda dianteira dará cin- co voltas enquanto a traseira dará apenas duas. 21. A invenção da bicicleta teria ocorrido na China, há mais de 2 500 anos. Há estudiosos, porém, que atri- buem a concepção desse veículo, de apenas duas rodas, a Leonardo da Vinci (ou um de seus discípu- los), manifestada em desenho existente no Codex Atlanticus do final do século XV. Na década de 70 do século XIX, bicicletas denominadas penny-farthing eram produzidas em série, mas seu desempenho funcional foi logo rejeitado, principalmente pela dis- crepância entre os diâmetros das rodas dianteira e traseira, o que causava desconforto e mau manejo ao ciclista. A denominação penny-farthing seria uma alusão a duas moedas britânicas em circulação na época. O diâmetro do penny era bem maior que o do farthing, o que suscitou o pitoresco apelido. Considere uma bicicleta penny-farthing cuja roda traseira tem diâmetro de 0,40 m, igual a um quar- to do diâmetro da roda dianteira. Suponha que essa bicicleta esteja em movimento uniforme, com ve- locidade de 10,8 km/h, ao longo de uma estrada retilínea e horizontal. Imagine que os pneus desse veículo tenham duas pequenas marcas brancas bem visíveis em sua lateral – uma em cada pneu – e que em determinado instante essas marcas estejam, ao mesmo tempo, embaixo, junto ao chão. Adotando-se π ≅ 3, responda: a) De quanto em quanto tempo as duas marcas brancas se apresentarão, ao mesmo tempo, embaixo, junto ao chão? b) Qual a relação entre as intensidades das ace- lerações centrípetas, respectivamente, de um ponto na periferia da roda dianteira e de um ponto na periferia da roda traseira? c) Qual a forma da trajetória da marca branca existente na roda dianteira da bicicleta em re- lação a um observador em repouso à beira da estrada? Faça um esboço dessa trajetória. O tt o H e rs ch a n /G e tt y I m a g e s 1CONECTEFIS_MERC18Sa_U1_Top5_p177a203.indd 195 8/9/18 9:20 AM 196 UNIDADE 1 | CINEMÁTICA 22. Em uma bicicleta, a propulsão é provocada pela ação muscular do ciclista e se dá por meio de um par de pedais rigidamente aco- plados a uma engrenagem denominada coroa. Esta, por meio de uma corrente, é conectada a outra engrenagem, chamada de catraca, que gira solidária à roda traseira do veículo, con- forme representa o esquema. corrente catraca coroa pedal roda Admitamos que em determinada bicicleta, os raios da coroa e da catraca sejam, respectiva- mente, 5 cm e 15 cm, que o raio da roda traseira seja 30 cm e que o mecanismo coroa-corrente- -catraca opere sem deslizamentos. Adotando-se π ≅ 3 e supondo-se que as rodas da bicicleta não derrapem em relação ao solo, pede-se calcular quantos metros a bicicleta se desloca pela ação exclusiva de uma volta completa no pedal. Resolução: (I) Se não há deslizamentos, a intensidade da velocidade dos pontos periféricos da coroa (vco) e da catraca (vca), bem como dos pon- tos da corrente, é a mesma, logo: vca 5 vco ⇒ 2πfcaRca 5 2πfcoRco Da qual: 5f R R fca co ca co Devemos observar, porém, que: fpedais 5 fco Assim: 5f R R fca co ca pedais (1) (II) A intensidade da velocidade de translação da bicicleta em relação ao solo, vB, deve ser igual à intensidade da velocidade dos pontos periféricos das rodas, vro, em rela- ção aos respectivos eixos. Com isso: vB 5 vro ⇒ vB 5 2πRrofro E.R. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Como a catraca opera solidária à roda trasei- ra, podemos afirmar que fro 5 fca. Portanto: vB 5 2 π Rro fca (2) (III) Substituindo-se (1) em (2), decorre que: πv 2 R R R fB ro co ca pedais5 (IV) Fazendo-se 5 D v s TB B pedais e 5f 1 Tpedais pedais , segue-se que: π π s T 2 R R R 1 T s 2 R R R B pedais ro co ca pedais B ro co ca D 5 ? D 5 Com π ≅ 3, Rro 5 30 cm 5 0,3 m, Rco 5 15 cm e Rca 5 5 cm, vem: D 5 ?? ?s 2 3 0,3 15 5B De onde se obtém: DsB 5 5,4 m 23. A figura ilustra, de forma esquematizada, um sis- tema de transmissão coroa-catraca de uma bici- cleta. Na figura ra, rb, rc e va, vb, vc identificam, respectivamente, os raios e as velocidades angu- lares da coroa, da catraca e da roda da bicicleta. Considere a situação em que um ciclista, peda- lando em um modelo de bicicleta com ra 5 10 cm, rb 5 5 cm e rc 5 40 cm, mantém velocidade es- calar constante em uma bicicleta cujo pedal leva 0,1 segundo para ser deslocado da posição 1 para a posição 2, na horizontal. Considere, ainda, que a bicicleta não sofre deslizamentos. Adote π 5 3. A velocidade escalar da bicicleta é mais próxima de: a) 2,0 m/s b) 4,0 m/s c) 5,0 m/s d) 6,0 m/s e) 7,0 m/s 45° 1 2 r a r c v a v b v c r b B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 1CONECTEFIS_MERC18Sa_U1_Top5_p177a203.indd 196 8/9/18 9:20 AM