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CHAGAS E LEISHMANIA Mecanismo de escape: ● Intracelular obrigatório → se esconde do S.I CHAGAS: ● O vetor é o triatoma infestans ● No seu ciclo aparece de 3 formas: amastigota, epimastigota e tripomastigota ● Endemia ocorre em lugares que esse vetor está em abundância, pelo clima e vegetação ● O ciclo depende do vetor e do hospedeiro por serem também animais, além do humano. Agente: protozoário Trypanosoma cruzi ● Flagelado ● No ciclo biológico ele tem 3 forma: ○ Amastigota ○ Epimastigota ○ Tripomastigota: fica nessa forma no sangue humano Ciclo: ● O tripomastigota penetra em células adjacentes ( aproveitando a fagocitose) e vira → amastigota → faz divisão binária → quando já tem muitos protozoários vira de novo tripomastigota → se movimentam até a células se romper, extravasar e assim os tripomastigotas invadem outras células ● O vetor se alimenta do sangue da pessoa infectada → o mosquito se infecta com tripomastigota e dentro do vetor ele se diferencia em epimastigota → com o reflexo gastrocólico o mosquito caga e deixa seu dejeto → se deixar esse cocô na pele de um humano não infectado pode cair na circulação → transmitindo assim para outras pessoas ( as fezes entram na lesão causada pela picada) Músculo cardíaco com protozoários dentro de suas células: No esfregaço sanguíneo é visto a forma de tripomastigota. Mecanismo de agressão ao hospedeiro: ● Após 3 a 5 dias, T. cruzi invade os macrófagos e vai se localizar em diferentes células de órgãos como fígado, baço, gânglios e músculos estriados e cardíacos, onde se multiplica intensamente formando “pseudocistos” → quando estes se rompem, desenvolvem uma reação inflamatória local, liberam os tripanossomas, que circulam e se entram em novas células, reiniciando o ciclo. ( esse processo é durante o período de incubação, mais ou meno 10 dias) ● O local da reação inflamatória, após a destruição celular, cicatriza formando uma fibrose decorrente da ação dos fibroblastos → o órgão pede a função ○ Fases: ● Fase aguda: ○ Ocorre frequentemente miocardite com destruição de gânglios mioneurais no coração e lesões do sistema de condução, dos plexos mioentéricos do esôfago e cólons. ○ Uma reação inflamatória tissular inicial com invasão de neutrófilos, monócitos e macrófagos, seguida por cicatrização com fibrose causada pela ação de fibroblastos → lesão tissular ● Fase crônica: ○ Ocorre uma reação de hipersensibilidade retardada com miocardite, outras alterações no coração e lesão nos neurônios que inervam esôfago e colon → causando megaesofago e megacolon ○ Uma reação tardia auto imune decorrente da ação de linfócitos TCD4 + e TCD8 + mediada por citocinas, particularmente interleucina-2 (IL-2) e interleucina IL 4 → lesão tissular A doença: ● Inicia com o chagoma, sinal de romanã ( edema ao redor dos olhos ) ● Mais grave em crianças menores de 5 anos ● Pode acometer o sistema nervoso central ● Infecção aguda: febre, calafrios, mal-estar, mialgia e fadiga., pode evoluir para outros órgãos ● Forma crônica: o parasita se concentra o coração, sistema digestivo ou nos 2 juntos, começa apresentar hepatoesplenomegalia, miocardite e aumento do tamanho do esôfago e do cólon ○ O envolvimento do SNC → produz granulomas no cérebro Transmissão: ● Pela picada → do parasita fica circulante ● Transfusão sanguínea ● Dependendo da parasitemia pode sair no leite materno Diagnóstico: ● Na fase aguda: esfregaço sanguíneo ● PCR ● Elisa Tratamento: ● Limitado pela falta de agentes de confiança ● Benznidazol ( só em fase aguda) LEISHMANIOSE: ● Intracelular obrigatório ● Hospedeiro intermediário: mosquito flebo vídeo ● O cachorro é um reservatório ● Espécies diferentes, com 3 mais importantes: relacionados com ○ Cutânea: ■ Leishmania tropica e Leishmania braziliensis ○ Visceral: ■ Pode ser chamada de calazar ou febre dum-dum ■ Leishmania donovani Morfologia: ● Amastigota → pequenos e redondos ● Promastigotas → alongados Mecanismo de agressão ao hospedeiro + ciclo: ● A infecção humana tem início com a picada de um mosquito-palha infectado, que injeta os promastigotas na pele, onde perdem o flagelo e entram no estágio de amastigota, invadindo as células reticuloendoteliais. ● A mudança de promastigota para amastigota ajuda a escapar da resposta imune do hospedeiro. Alterações nas moléculas de superfície dos organismos desempenham um papel importante na fixação ao macrófago e na evasão da resposta imunológica, inclusive na manipulação das vias de sinalização do macrófago. ● A reprodução ocorre no estágio amastigota e, conforme as células se rompem, tecidos específicos são destruídos ( tecidos cutâneos, órgãos viscerais como fígado e baço) → as amastigotas invadem células adjacentes. ● Patogênese ○ Assintomática ○ Forma aguda ○ Sintomática ou calazar clássico ○ Dérmica pós-calazar ○ Cutânea, cutâneo Mucosa ○ Cutânea difusa ○ Canina Leishmaniose Cutânea: ● Uma pápula vermelha surge no local da picada do mosquito. A lesão se torna irritada, pruriginosa, e começa a aumentar e ulcerar. ● A úlcera se torna gradualmente dura e encrostada e exsuda. ● A lesão pode se curar sem tratamento em uma questão de meses, mas em geral deixa uma cicatriz desfigurante. ● A espécie comumente associada à leishmaniose cutânea é a L. tropica, também pode existir sob a forma viscerotrópica ○ Leishmaniose visceral: ● Produzida pelo complexo L. braziliensis ● Passagem desse local para outros órgãos ● Pode ser fulminante ● Conforme os organismos proliferam e invadem as células do sistema retículo endotelial, ocorre um aumento marcante do tamanho do fígado e do baço, perda de peso e emagrecimento. ( fígado e baço aumenta por conta da cicatrização que ocorre, para compensar) ● Também pode haver lesão renal conforme as células dos glomérulos são invadidas. ● Com a persistência da doença, surgem áreas granulomatosas e hiperpigmentadas na pele denominadas leishmaniose dérmica pós-calazar, onde as lesões dérmicas maculares ou hipopigmentadas estão associadas à presença de poucos parasitas, enquanto as lesões eritematosas e nodulares se associam à presença de muitos parasitas Sinais: -Febre intermitente -Emagrecimento -Tosse -Diarreia -Icterícia Complicações: -Hepatoesplenomegalia -Glomerulonefrite -Parasitismo medular -Aumento de linfonodos -Edema intersticial Diagnóstico: ● Esfregaço sanguíneo: promastigota (muito limitado) ● Amostras de biópsias de úlceras e culturas de tecido ulceroso ● PCR ● Diagnóstico Clínico para áreas endêmicas ● Técnicas sorológicas limitadas Transmissão: ● Picada do mosquito fêmea infectado ● Uso de drogas injetáveis ● Transfusão de sangue Profilaxia: ● Diagnóstico e tratamento dos doentes ● Eliminação dos cães doentes ● Combate ao vetor ● Dedetização ● Repelentes e Mosquiteiros
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