REVISA GOIÁS 2_3 LP JANEIRO PROFESSOR

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2ª e 3ª série 
Língua Portuguesa 
Caderno do Professor 
 
Janeiro - 2023 
 
 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
 
Governador do Estado de Goiás 
Ronaldo Ramos Caiado 
 
Vice-Governador do Estado de Goiás 
Daniel Vilela 
 
Secretária de Estado da Educação 
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira 
 
Secretária-Adjunta 
Helena Da Costa Bezerra 
 
 
 
 
 
Diretora Pedagógica 
Márcia Rocha de Souza Antunes 
 
Superintendente de Educação Infantil e 
Ensino Fundamental 
Giselle Pereira Campos Faria 
 
Superintendente de Ensino Médio 
Osvany Da Costa Gundim Cardoso 
 
Superintendente de Segurança Escolar e 
Colégio Militar 
Cel Mauro Ferreira Vilela 
 
Superintendente de Desporto 
Educacional, Arte e Educação 
Marco Antônio Santos Maia 
 
Superintendente de Modalidades e 
Temáticas Especiais 
 
 
 
Diretor Administrativo e Financeiro 
Andros Roberto Barbosa 
Superintendente de Gestão 
Administrativa 
Leonardo de Lima Santos 
 
Superintendente de Gestão e 
Desenvolvimento de Pessoas 
Hudson Amarau De Oliveira 
 
Superintendente de Infraestrutura 
Gustavo de Morais Veiga Jardim 
 
Superintendente de Planejamento e 
Finanças 
Taís Gomes Manvailer 
 
Superintendente de Tecnologia 
Bruno Marques Correia 
 
 
 
Diretora de Política Educacional 
Patrícia Morais Coutinho 
 
Superintendente de Gestão Estratégica e 
Avaliação de Resultados 
Márcia Maria de Carvalho Pereira 
 
Superintendente do Programa Bolsa 
Educação 
Márcio Roberto Ribeiro Capitelli 
 
Superintendente de Apoio ao 
Desenvolvimento Curricular 
Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo 
 
Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos 
Alessandra Oliveira de Almeida 
 
Coordenador de Recursos Didáticos para 
o Ensino Fundamental 
Evandro de Moura Rios 
 
 
 
Coordenadora de Recursos Didáticos para o 
Ensino Médio 
Edinalva Soares de Carvalho Oliveira 
 
 
Professores elaboradores de Língua 
Portuguesa 
Edinalva Filha de Lima Ramos 
Katiuscia Neves Almeida 
Luciana Fernandes Pereira Santiago 
 
 
Professores elaboradores de Matemática 
Alan Alves Ferreira 
Alexsander Costa Sampaio 
Tayssa Tieni Vieira de Souza 
Silvio Coelho da Silva 
 
 
Professores elaboradores de Ciências da 
Natureza 
Leonora Aparecida dos Santos 
Sandra Márcia de Oliveira Silva 
 
 
Revisão 
Alessandra Oliveira de Almeida 
Cristiane Gonzaga Carneiro Silva 
Maria Aparecida Oliveira Paula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colega Professor(a), 
 
O REVISA GOIÁS é um material estruturado de forma dialógica 
e funcional com dois objetivos muito importantes: recompor as 
aprendizagens dos estudantes, e, consequentemente, prepará-los para 
avaliações externas, como SAEGO e SAEB. 
O material da 3ª série do Ensino Médio é elaborado a partir dos 
resultados do SAEGO 2022, da matriz de descritores do SAEB, já 
utilizada, e das habilidades essenciais e críticas previstas para a etapa. 
Sugerimos utilizar o material de março da 3ª série, também na 
2ª série do Ensino Médio, uma vez que o REVISA percorre os 
conhecimentos necessários para se chegar ao marco de aprendizagem 
que é o descritor, logo serão trabalhadas habilidades já vistas pelos 
estudantes no seu percurso escolar. 
No início da atividade, constam os descritores previstos para o 
mês e os conhecimentos necessários para atingi-los. 
O material REVISA GOIÁS será enviado às escolas pela 
Coordenação Regional, nos primeiros dias de cada mês, para que o(a) 
professor(a) tenha tempo hábil de acrescentar esse material em seu 
planejamento. 
Você também pode baixar o material pelo link: 
https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CAfpwYsZnDl
A78fyMX?usp=sharing 
Um excelente trabalho para você! 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
Quadro de Descritores e Conhecimentos 
necessários .......................................................................... 5 
 
 
Orientações para o trabalho com o material ............ 6 
 
 
Atividades ............................................................................. 9 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA - 3ª SÉRIE 
 
QUADRO DE DESCRITORES E CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS 
 
Descritor 
 
Conhecimentos Necessários 
 
D1 Localizar informações explícitas em 
textos. 
 
Inferir informações em textos. 
Identificar as informações principais de um texto. 
Identificar as informações secundárias de um texto. 
D3 Inferir o sentido de palavras ou 
expressões em textos. 
Inferir a conotação e a denotação em textos. 
 
D4 Inferir informações implícitas nos 
textos. 
 -------- 
D6 Identificar o tema de um texto. 
 
Identificar o assunto global do texto. 
Diferenciar assunto de tema em texto. 
D11 Estabelecer relação 
causa/consequência entre partes e 
elementos do texto. 
Identificar causa e consequência em textos. 
Diferenciar causa de consequência em textos. 
D13 Identificar as marcas linguísticas que 
evidenciam o locutor e o interlocutor 
de um texto. 
--------- 
D14 Distinguir um fato da opinião relativa 
a esse fato. 
Identificar um fato em textos. 
Reconhecer um fato em textos. 
Analisar um fato. 
Analisar opiniões em textos. 
D15 Estabelecer relações lógico-
discursivas presentes no texto, 
marcadas por conjunções, advérbios 
etc. 
 
Identificar conjunções coordenativas em textos de 
diferentes gêneros. 
Identificar conjunções subordinativas em textos de 
diferentes gêneros. 
Identificar advérbios, adjetivos e conjunções em textos de 
diferentes gêneros. 
Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso dos 
adjetivos, advérbios e conjunções em textos. 
Compreender o uso e a classificação dos advérbios de 
lugar, tempo, modo, intensidade, dúvida, afirmação, 
negação e interrogação em textos. 
D17 Reconhecer o efeito de sentido 
decorrente do uso de pontuação e de 
outras notações. 
------- 
D19 Reconhecer o efeito de sentido 
decorrente da exploração de recursos 
ortográficos e/ou morfossintáticos. 
-------- 
 
 
6 
ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO COM O MATERIAL 
 
UM OLHAR PARA O ENSINO – APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Cabe ao componente de Língua Portuguesa proporcionar aos(às) alunos atividades que 
contribuam para ampliar os letramentos, de maneira a possibilitar uma participação crítica e 
significativa nas diversas práticas sociais que perpassam pelos eixos da leitura, escuta e produção de 
textos em várias mídias e semioses. Para tanto, o texto assume a centralidade como unidade de trabalho 
considerando as perspectivas da linguagem. Nesse sentido, é importante ler e interpretar, relacionar os 
textos a seus contextos de produção e considerar no cotidiano da sala de aula, o desenvolvimento das 
habilidades propostas no documento curricular. 
Considerando o trabalho com o texto e revisitando a Matriz de Descritores e Conhecimentos 
necessários de Língua Portuguesa, bem como os resultados do SAEGO 2022, observa-se um ponto de 
atenção nos descritores D11 e D15. Para retomar o trabalho em sala de aula com esses descritores, 
sugerimos considerar no desenvolvimento das atividades, uma análise dos conhecimentos necessários 
dentre outros aspectos que estão nas atividades propostas. 
Olhando para os descritores (D11/D15 com seus respectivos conhecimentos necessários) e 
refletindo sobre o importante papel desses elementos no texto, é necessário observar que a compreensão 
de textos é uma atividade interativa de produção de sentidos. 
Sendo assim, esses articuladores/conectores além de contribuir com o sentido do texto, eles 
também são responsáveis pela conexão/articulaçãoentre as partes e o todo do texto. Por isso, o trabalho 
em sala de aula precisa considerar o texto, as partes, as palavras-chave, as diversas relações estabelecidas 
na costura textual, dentre outros aspectos. Portanto, não se pode deixar de lado, a reflexão sobre o papel 
desses elementos de articulação e nem da modalização do discurso que estão propostas nas habilidades 
da BNCC / DC-GOEM. 
 
CONSTRUINDO UMA RELAÇÃO COM ALGUMAS HABILIDADES DA BNCC E COM 
ALGUNS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PROPOSTOS NO DC-GOEM 
 
Professor(a), o ensino da língua nessa nova perspectiva curricular, além de perpassar pelas práticas 
da língua, suscita reflexões e olhares atentos à maneira de planejar e ministrar as aulas focalizando o 
ensino-aprendizagem com efetividade. Observe que as habilidades, bem como os objetivos de 
aprendizagem são mais amplos e complexos comparados aos descritores/conhecimentos necessários. Os 
descritores cobram o mínimo que o estudante precisa para avançar e desenvolver “habilidades” mais 
complexas. Por isso, a necessidade de um olhar firme e atento buscando reflexões, estudo constante, 
pesquisas, análises e possíveis caminhos para que esse importante processo de ensino-aprendizagem 
seja desenvolvido com êxito. 
 
REFLETINDO... 
 
Vejamos estas habilidades e objetivos de aprendizagem: 
HABILIDADE DA BNCC 
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas 
diferentes linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos. 
 
 
 
7 
Professor(a), analisando alguns aspectos dessa habilidade, podemos perceber que por meio das 
palavras-chave: produção/circulação/discursos/linguagens, tal aspecto evidencia o trabalho com os 
gêneros do discurso, portanto, o trabalho a partir do texto. 
 
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM -GO 
(GO-EMLGG101A) Identificar as várias tipologias textuais e gêneros discursivos de circulação 
cotidiana, analisando as diferentes linguagens para possibilitar a criticidade e promover a adequação 
textual. 
O objetivo de aprendizagem, por meio das palavras-chave: tipologias textuais/gêneros 
discursivos/ criticidade/adequação textual, confirma o trabalho necessário com o texto/gênero. 
Retomando a nossa prática em sala de aula, além da leitura de mundo, conhecimentos gerais e 
específicos do ensino da língua, é possível refletir que implicitamente, na(o) habilidade/objetivo estão 
todos os 21 descritores (aprendizagem mínima) que implica considerar o texto na perspectiva do (ler, 
relacionar, compreender coerência/coesão, relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido e 
variação linguística nos textos). 
 
HABILIDADE DA BNCC 
(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção como na leitura/escuta, 
considerando a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente 
elementos e recursos coesivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua 
progressão temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de produção e as relações 
lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou consequência; tese/argumentos; problema solução; 
definição/exemplos etc.). 
 
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM -GO 
(GO-EMLP02B) Estruturar as partes de textos escritos e orais, estabelecendo as relações adequadas, 
considerando a composição presente na disseminação das práticas culturais contemporâneas, no estilo e 
na sua funcionalidade em diferentes situações de uso para desenvolver as relações de textualidade e de 
interdiscursividade. 
 
Professor(a), essa habilidade é bem ampla e exige que o estudante olhe para o texto/gênero e 
consiga estabelecer relações entre as partes, seja capaz de usar/reconhecer de modo adequado 
elementos e recursos coesivos (diversos), compreendendo a progressão do tema, a organização das 
informações, as relações lógico-discursivas (causa/consequência), o estudante também precisa ser 
capaz de estruturar as partes de texto considerando tese/argumentos. É possível perceber que a 
habilidade e o objetivo avançam e por isso, o estudante deve ter aprendizagem mínima (descritores). 
Dentro dessa habilidade (implicitamente), estão o D11 (causa/consequência), o D15(relações lógico-
discursivas) dentre outros que dialogam com a "textualidade/interdiscursividade). 
 
HABILIDADE DA BNCC 
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição da enunciadora 
frente àquilo que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de 
diferentes recursos gramaticais que operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos 
verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações 
adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz 
 
 
8 
passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo adequado desses 
elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção. 
 
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM -GO 
(GO-EMLP07B) Distinguir os recursos fonéticos e fonológicos relacionados aos aspectos morfológicos 
e semânticos, de acordo com a posição do enunciador em relação à impessoalização do discurso, 
proporcionando maior criticidade nos mais variados contextos para a produção linguística. 
 
Professor(a), essa habilidade, bem como o objetivo, avançam para a análise do texto/gênero e 
por meio das palavras-chave: diferentes gêneros/marcas que expressam a posição enunciadora/ 
recursos gramaticais/ modalizadores/compreensão/criticidade/contexto de produção, evidencia mais 
uma vez a importância do trabalho com o texto e seus elementos (todo e partes ao mesmo tempo). Nessa 
habilidade, dentre outros, estão implícitos: D2 (Estabelecer relações entre partes de um texto, 
identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. O D11 - 
Estabelecer causa/consequência entre partes e elementos do texto. D15 - Estabelecer relações lógico-
discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. O D17 - Reconhecer o efeito 
de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações. D19 - Reconhecer o efeito de sentido 
decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. O D13- Identificar as marcas 
linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. É muito importante, construir com 
os estudantes um trabalho reflexivo sobre a modalização sugerida na habilidade. Por exemplo, a 
modalização deôntica citada na habilidade é responsável em ponderar elementos do conteúdo temático, 
apoiadas em valores do universo social, do domínio do direito, da obrigação social, da conformidade 
com as regras de uso. No texto, a seguir, "Viver com menos" , no trecho: ..."Certamente o kit essencial 
inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama, geladeira, 
fogão, computador e uma casa para guardar tudo isso.", a palavra 'Certamente' funciona no texto, 
como um modalizador deôntico, uma vez que essa palavra reforça o discurso sobre a ideia do que é de 
domínio social, praticamente é uma obrigação. 
Professor(a), o foco nesta primeira atividade é reforçar a aprendizagem dos descritores: D11 e 
D15, porém, é fundamental fazer a retomada de outros descritores para que esse trabalho seja realizado 
com efetividade. Nessa perspectiva, vejamos as atividades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
ATIVIDADES 
 
Leia o texto a seguir e responda as atividades de 1 a 8. 
 
Viver com menos 
Larissa Veloso 
 
 
Imagem: https://www.sallve.com.br/blogs/sallve/menos-e-mais-minimalismo-ja 
 
Algunsnadam contra a corrente do consumismo e pregam que a vida com poucos bens materiais 
é bem mais satisfatória. 
De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui 
peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama, geladeira, fogão, 
computador e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para 
levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista 
pode aumentar. [...] 
O objetivo pode ser tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de 
nossos próprios objetos de desejo. “Um dos lugares que ostentam as consequências do consumo 
excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas 
num engarrafamento do que andar de transporte público”, exemplifica Estanislau Maria, assessor técnico 
de conteúdo do Instituto Akatu, entidade que trabalha pelo consumo consciente. Estanislau não tem 
dúvidas de que nosso papel de consumidor precisa ser repensado. “Vivemos na sociedade do excesso e 
do desperdício. É o modelo de vida norte-americano do pós-guerra, que herdamos no Brasil”, afirma. 
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de 
espaço, de dinheiro e de tempo? Algumas pessoas levaram esse questionamento a sério e decidiram 
repensar seus hábitos de consumo. Elas apostam numa teoria simples: quanto menos coisas possuímos, 
mais descomplicada e feliz será a vida. A psicóloga Marina Paula está nessa turma. “Sempre procurei 
questionar essa ideia que ouvimos o tempo todo, de que temos que ter um determinado produto”, explica 
a jovem de 28 anos, moradora de Curitiba. Depois de refletir sobre o que lia em blogs pela internet, ela 
decidiu que estava pronta para colocar em prática um desafio pessoal: ficar um ano sem comprar. [...] 
[...] Olhando para trás, Marina recorda que o mais difícil não foi resistir à tentação de lojas e 
promoções, mas adquirir novos hábitos. “Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que 
eu gastava comprando. De repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no 
 
 
10 
shopping e em outras lojas”, relembra. Aos poucos, os minutos que ela ganhou foram sendo direcionados 
para atividades que lhe traziam bem-estar, como curtir os amigos. [...] 
“Essa proposta mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma visão 
diferente”, conta. [...] 
Por que compramos coisas que sabemos que não iremos usar? Para Mário René, coordenador da 
pós-graduação em ciência do consumo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a 
diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em 
meio à enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. “Os objetos que compramos geralmente 
se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e outra que eu gosto de chamar de 
‘necejos’, os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma 
necessidade”, define Mário. [...] 
Marina e Luciana são, mesmo que inadvertidamente, representantes do minimalismo, um 
movimento que não é novo, mas tem ganhado força com dezenas de blogs sobre o assunto. 
Como toda corrente de pensamento, o minimalismo – também conhecido como “consumo 
mínimo” ou “simplicidade voluntária” – não é uniforme, mas flexível e sem manual. Alguns, por 
exemplo, acreditam que é preciso ir além do período sabático. 
VELOSO, Larissa. Revista Planeta. Seção Comportamento. 
Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/comportam. Acesso em 17 de jan. de 2023. 
 
1. Qual é o gênero desse texto? 
O gênero do texto é o artigo de opinião. 
D6- Identificar o tema de um texto. Identificar o assunto global do texto. Diferenciar assunto de 
tema em texto. 
 
Professor(a), sabemos que no ensino da língua portuguesa é imprescindível, considerar o texto como 
“ponto de partida e ponto de chegada.” Dessa forma, o primeiro passo após a leitura, é identificar o 
tema/assunto do texto. Os conhecimentos necessários contribuem muito para chegar ao descritor D6 e 
dessa maneira, avançar para outros descritores. Esse é um exercício essencial. 
 
2. O artigo de opinião é um gênero que por suas características busca discutir assuntos que circulam na 
sociedade e exigem posicionamentos que buscam aceitação ou refutação, por meio de sustentação 
construída com argumentos consistentes para convencer/persuadir o leitor. O texto fala sobre qual 
assunto (tema)? 
O texto fala sobre ter uma vida mais tranquila consumindo menos. 
 
3. Qual é a tese do texto? 
 “O objetivo pode ser tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de 
nossos próprios objetos de desejo." 
Professor(a), é muito importante dialogar com os estudantes sobre o gênero e mostrar que a tese 
deve ser sustentada em argumentos consistentes, bem fundamentados e persuasivos. Nesse exercício, 
olhar para palavras-chave e ideias/palavras retomadas implicitamente ou explicitamente no texto é 
outro ponto fundamental. O estudante precisa compreender que no gênero artigo de opinião, saber 
sobre o assunto(tema), identificar a tese, é muito importante para chegar aos descritores em análise 
(D11 e D15) e a outros, afinal, toda a construção do texto tem a intenção de sustentar de modo 
persuasivo, a tese, ou seja, a defesa do ponto de vista. Portanto, esses articuladores fazem a costura, a 
conexão dos argumentos que sustentam a tese. 
 
 
11 
 É necessário mostrar esse caminho aos estudantes. Tudo no texto é costura, observamos as 
partes, mas sempre com a ideia de enxergar o todo. Nesse caso, ao retomar os dois descritores em 
análise: D11 que prioriza a (causa/ consequência) e o D15 que busca as (relações lógico-discursivas), 
é fundamental considerar que essas “relações” exigidas por esses descritores estão no texto e têm 
ligação, principalmente, com os “argumentos” e com a “tese.” Os elementos articuladores (ligados 
aos descritores e aos conhecimentos necessários) são responsáveis de segurar no texto, a 
argumentação, portanto, não é possível enxergar um aspecto sem o outro no texto. 
 
4. No artigo de opinião, é muito importante localizar a “questão polêmica”, ou seja, aquela que gera 
opiniões contrárias sobre o fato/assunto/tema discutido. Transcreva do texto, a questão polêmica. 
“De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila?” 
 
Um dos caminhos para compreender a questão polêmica/ou questão controversa no texto, é olhar 
para as palavras-chave que reforçam a situação-problema. A polêmica também pode ser 
estabelecida no texto em forma de pergunta direta ou indireta. É preciso mostrar aos estudantes 
que essa questão estabelece diálogo com a tese (defesa do ponto de vista). 
 
5. Considerando o fragmento do texto que retoma a questão polêmica: “Mas de quantas dessas coisas 
de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo?” O termo 
‘Mas’ é um elemento articulador que estabelece a ideia de: 
 
(A) oposição. 
(B) proporção. 
(C) conclusão. 
(D) explicação. 
(E) consequência. 
Alternativa A. 
D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios 
etc. 
D11.4 Identificar conjunções subordinativas em textos de diferentes gêneros. 
 
6. No argumento de Marina: 
“Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando. De repente me 
vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no shopping e em outras lojas.” Qual é o 
elemento articulador que intencionalmente, reforça e retoma a ideia de “tempo”? 
O articulador é “esse.” 
 
Professor(a), aqui também, há um diálogo como D15 e seus conhecimentos necessários. É muito 
importante olhar para o texto junto com os estudantes para que eles percebam essas marcas discursivas 
que tanto contribuem com a construção dos argumentos estabelecendo relações. 
 
7. Transcreva do texto um fragmento que apresenta um argumento de autoridade. 
A psicóloga Marina Paula está nessa turma. “Sempre procurei questionar essa ideia que ouvimos o 
tempo todo, de que temos que ter um determinado produto”, explica a jovem de 28 anos, moradora de 
Curitiba. 
 
 
12 
Professor(a), é interessante mostrar para os estudantes que ao olhar para a construção do texto, 
o que realmente, marca o discurso de autoridade nesse argumento são: as informações explícitas de 
que Marina Paula é uma psicóloga (aqui, há um diálogo com o descritor D1 que se encarrega da 
informação explícita. E, também o uso das aspas (fala direta da psicóloga). Olhando, por exemplo, para 
o articulador “essa” (ideia) é possível observar que há uma relação lógico-discursiva que estabelece 
diálogo com o D15. 
A ideia de causa e consequência nos descritores, é uma dificuldade dos estudantes que tem sido 
recorrente nos resultados das avaliações e merece um olhar atento no planejamento das aulas e no 
trabalho em sala de aula. Por exemplo, considerando o texto, em análise, bem como os aspectos 
reflexivos que precisamos criar quando pensamos no ensino-aprendizagem de língua portuguesa, é 
possível partir da seguinte reflexão: 
Os estudantes apresentam muita dificuldade, quando precisam entender a relação de 
causa/consequência na leitura, interpretação, produção de textos, quando precisam responder 
atividades e/ou responder um item de prova. Refletir sobre esse aspecto e procurar caminhos para 
avançar nessa e em outras questões. 
No texto, é preciso olhar para além da causa e da consequência nas conjunções subordinativas, 
bem como no trabalho com as orações do período composto por subordinação, considerando as orações 
causais e consecutivas. Além de olhar para aspectos gramaticais dentro do texto, é necessário olhar 
para o texto como um todo e para as partes dentro desse texto. Leitura e interpretação, possíveis 
retomadas em outros descritores e habilidades e conhecimentos necessários contribuem muito para 
ajudar os estudantes. 
Professor(a), é importante mostrar para os estudantes que as palavras dizem muito quando estão 
bem articuladas na construção do texto. Por exemplo: 
 
8. Sugestão de uma atividade dialogada sobre causa e consequência. Retome o parágrafo do texto: 
 
O objetivo pode ser tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de 
nossos próprios objetos de desejo. “Um dos lugares que ostentam as consequências do consumo 
excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas 
num engarrafamento do que andar de transporte público”, exemplifica Estanislau Maria, assessor técnico 
de conteúdo do Instituto Akatu, entidade que trabalha pelo consumo consciente. Estanislau não tem 
dúvidas de que nosso papel de consumidor precisa ser repensado. “Vivemos na sociedade do excesso e 
do desperdício. É o modelo de vida norte-americano do pós-guerra, que herdamos no Brasil”, afirma. 
 
Professor(a), ajude o estudante a reler esse fragmento e perceber que na construção de todo o 
parágrafo, principalmente do argumento de autoridade, há causa e consequência. Desenvolva uma 
análise reflexiva partindo de uma palavra-chave do parágrafo que ajuda nessa compreensão: 
“consequências.” Esse é um elemento-chave que ajuda o estudante a pensar um pouco mais na 
construção do parágrafo que apresenta explicitamente e implicitamente causa e consequência. 
 
Vejamos: 
Estanislau Maria, afirma que nos engarrafamentos é possível ver as consequências do consumo 
em excesso. Para ele, as pessoas preferem ficar presas nesses engarrafamentos a andarem de transporte 
público. Olhando para o todo do texto e retomando as partes, podemos entender que consumir em 
excesso vai ter causa e consequência. Podemos então pensar nas seguintes ideias/palavras-chave do 
parágrafo: ter o desejo de uma vida menos consumista (fácil e confortável) também gera consequências, 
 
 
13 
isto é, se tornar “reféns de nossos próprios objetos de desejo.” Construindo esse diálogo com os 
estudantes podemos perguntar: Diante desse tema/assunto, olhando para a construção do texto, em 
especial, do parágrafo, retomando uma das palavra-chave “consequências”, o que pode ser a causa de 
tudo isso? Ou seja, o que pode ser a razão/o motivo que nos levam a essas e outras consequências? 
 
Sugestão: 
Olhando para o engarrafamento (um aspecto exemplificado e específico): as consequências estão 
ligadas ao desejo de ter o carro próprio. 
Olhando para o texto (todo e partes observando o mais geral): as consequências estão atreladas 
ao consumismo excessivo. 
 
Professor(a), sigamos o caminho, considerando a leitura de mundo, a leitura e a interpretação 
do texto, essas atividades sobre o texto “Viver com menos”, além de explorar os aspectos gerais e 
outros mais específicos do texto, é importante priorizar o trabalho com os descritores, pois eles são as 
habilidades mínimas que os estudantes precisam dominar para conseguir desenvolver as habilidades 
propostas e que são mais complexas do documento curricular. Avançar no ensino dos descritores, 
dentre de uma concepção de ensino da língua e avançar para o domínio dessas habilidades é uma 
necessidade para alcançarmos a proficiência no ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa. 
Seguem algumas atividades complementares que objetivam reforçar a aprendizagem. Sugerimos 
que inserir estas atividades em seu planejamento, construa uma reflexão considerando os 
descritores/habilidades/conhecimentos necessários e habilidades/objetivos do DCGO-EM. 
 
 
Leia o texto a seguir e responda às questões de 09 a 12: 
 
O beija-flor 
O beija-flor é um dos menores pássaros do mundo, chega a medir apenas 5,5 cm de comprimento… 
O beija-flor faz seu ninho em forma de taças, de construção delicada e artística. O beija-flor se 
alimenta de néctar das flores e insetos. O voo do beija-flor é típico… 
O beija-flor põe dois ovos minúsculos, arredondados, de cor branca. 
(O Estado de S. Paulo, Estadinho, 30/08/1997.) 
 
9. Qual é a principal informação desse texto? 
Que o beija-flor é um dos menores pássaros do mundo. 
Identificar as informações principais de um texto. 
 
10. Quais são as informações secundárias do texto? Liste-as. 
 chega a medir apenas 5,5 cm de comprimento; 
 faz seu ninho em forma de taças, de construção delicada e artística; 
 se alimenta de néctar das flores e insetos; 
 seu voo é típico; 
 põe dois ovos minúsculos, arredondados, de cor branca. 
Identificar as informações secundárias de um texto. 
 
 
 
14 
11. Do trecho “O beija-flor faz seu ninho em forma de taças, de construção delicada e artística”, pode 
se entender que o beija-flor é 
 
A) original. 
B) emotivo. 
C) habilidoso. 
D) compreensivo. 
E) incomum. 
Alternativa C. 
Inferir informações em textos. 
 
12. De acordo com o texto, o beija-flor se alimenta de 
 
A) néctar das flores e insetos. 
B) restos de comida. 
C) larvas e insetos. 
D) néctar de flores somente. 
E) larvas e frutas. 
Alternativa A. 
D1. Localizar informações explícitas em textos. 
 
Professor(a), considere no seu planejamento esta atividade e reforce com os estudantes, além do 
gênero, a linguagem verbal e não verbal. É hora de entrar na multimodalidade. 
 
Leia a tirinha abaixo para responder às questões 13 e 14. 
 
Disponível em https://www.portugues.com.br/gramatica/denotacao-conotacao-.html /Acesso em 06 de jan.de 2023. 
 
13. Na tirinha, no 1º quadrinho, Hagar está dialogando com Eddie e pergunta ao amigo e a si mesmo 
“Qual o sentido da vida?” e “Por que estou aqui?”. Eddie, prontamente interroga à segunda pergunta de 
Hagar. Ao dizer, no 3º quadrinho, “Você está aqui porque o dono do bar deixa você pendurar a conta 
até o fim do mês?”. Na fala de Eddie, pode-se perceber que ele compreendeu a frase em sentido 
denotativo ou conotativo? Explique. 
Nas perguntas de Hagar as frases são utilizadas em sentido figurado/conotativo, pois a personagem 
busca metaforicamente se questionar sobre a vida existência enquanto ser. 
 Inferir a conotação e a denotação em textos. 
 
 
 
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Nessa atividade é importante que o(a) professor(a) retome sentidos das palavras: denotação e 
conotação. 
Sintetizando: 
Conotação: Sentido mais geral que se pode atribuir a um termo abstrato, além da significação 
própria. Sentido figurado, metafórico. 
Denotação: Significado de uma palavra ou expressão mais próximo do seu sentido literal. 
Sentido real, denotativo. 
Disponível em https://www.portugues.com.br/gramatica/denotacao-conotacao-.html Acesso em 06 de jan. de 2023. 
 
14. Eddie ao questionar Hagar sobre “pendurar a conta” deixa implícito que o amigo 
 
A) paga na hora sempre o que consome no bar. 
B) protela o pagamento para o final do mês. 
C) não gosta de pagar as bebidas que consome. 
D) é vizinho antigo do dono do bar. 
E) gosta de beber enquanto outro pagar a conta. 
Alternativa B. 
D4. Inferir informações implícitas nos textos 
 
Leia o texto abaixo para responder as atividades 15 a 17. 
 
 Os impactos das fake news na sociedade 
As fakes news podem ser extremamente prejudiciais para a sociedade. No contexto da pandemia, 
por exemplo, houve a disseminação de notícias falsas sobre as formas de prevenção. Muitas delas 
questionavam o uso de máscaras, alegando que não eram eficazes para prevenir a doença. Com isso, 
muitas pessoas começaram a não querer usar a proteção. 
Nessa mesma onda, também foram divulgadas receitas caseiras, remédios sem comprovação 
científica e informações mentirosas sobre o vírus. Tudo isso foi extremamente prejudicial para o 
combate à doença. 
É importante ressaltar que apesar de ser um tema atual, as fakes news existem há vários séculos. 
A história de grandes heróis sempre foi povoada por boatos. E boato você sabe como funciona, se 
espalha rápido, sendo difícil localizar a origem. 
A grande questão é que muitas pessoas não sabem diferenciar ou até mesmo identificar uma notícia 
falsa de um acontecimento verdadeiro, o que torna tudo mais complexo. 
Com a aproximação da data das eleições de 2022, esse tema se torna ainda mais urgente, já que nesse 
período a disseminação de fake news cresce muito. 
Sendo assim, podemos dizer que são expressivos os impactos das fake news em nossa sociedade. 
 Disponível em https://ead.unifeob.edu.br/blog/redacao-sobre-fake-news /Acesso em 06 de jan. de 2023. 
 
15. Após a leitura e compreensão do texto acima, diferencie e identifique o tema e o assunto abordados 
no texto. 
O assunto é sempre tratado de forma geral, apresentando ideias globais. Nesse texto, o assunto é sobre 
Fake News (notícias falsas). Já o tema é um recorte do assunto, isto é, um ponto a ser discutido, colocado 
em pauta. Nesse caso, o texto lido terá como tema os impactos que as fakes news provocam na vida dos 
indivíduos na sociedade. 
 
 
16 
Diferenciar assunto de tema em um texto. 
 
16. Releia o texto e identifique um fato utilizado para exposição do assunto sobre as fake News. 
Sugestão: 
Fato: “No contexto da pandemia, por exemplo, houve a disseminação de notícias falsas sobre as formas 
de prevenção. Muitas delas questionavam o uso de máscaras, alegando que não eram eficazes para 
prevenir a doença.” 
Identificar um fato em textos. 
 
17. Após a localização do fato na questão anterior, analise-o. 
A propagação de notícias falsas acerca da COVID-19 retardou o processo de prevenção, uma vez que 
o(a) leitor (a), seja de informações verbais ou visuais, foi bombardeado pelas fake news que negativaram 
não apenas a existência real do vírus e sua capacidade letal como também as formas de proteção 
individual e coletiva. 
Analisar um fato. 
 
Leia a análise-crítica abaixo para responder a atividade 18. 
 
Análise: “The Last of Us”, da HBO, prova que ainda há espaço para drama de 
apocalipse zumbi 
Graças à abordagem ambiciosa, série às vezes funciona como uma antológica, concentrando-se em 
histórias e desvios individuais 
 
 Pedro Pascal e Bella Ramsey na série da HBO "The Last of Us Divulgação 
 
O histórico irregular de adaptações de videogame e a abundância de dramas apocalípticos zumbis 
recebem um impulso bem-vindo com “The Last of Us”, que prova que há espaço para mais de cada um, 
desde que seja tão bom. 
Uma série com mini-dramas inseridos nos episódios, a produção da HBO rapidamente se mostra 
digno do hype e da expectativa ao oferecer uma série bem realizada com personagens de carne e osso. 
Claro, já passamos por esse caminho em particular antes, apresentando um mundo rapidamente 
caindo no caos, depois de uma pandemia que transformou as pessoas em zumbis, estimulando as 
tentativas do governo de conter a propagação da maneira mais implacável. 
 
 
17 
Os criadores da série Craig Mazin (vencedor do Emmy por “Chernobyl”) e Neil Druckmann (co-
presidente da premiada fabricante do jogo, Naughty Dog) inicialmente constroem essa história em torno 
de uma família, expandindo-se para registrar as ramificações do surto em todo o mundo, com uma paleta 
de 20 anos para escolher. 
Graças a essa abordagem ambiciosa, “The Last of Us” às vezes funciona como uma série 
antológica, concentrando-se em histórias e desvios individuais, como um preparador do “Juízo Final” 
(Nick Offerman) que acolhe um vagabundo (“The White Lotus'” Murray Bartlett), a contragosto no 
início, em uma hora que tem a sensação requintada de uma pequena peça meticulosamente trabalhada. 
A espinha dorsal da produção, no entanto, envolve Joel (Pedro Pascal, felizmente sem capacete), 
que tem a tarefa de escoltar relutantemente a adolescente Ellie (“Game of Thrones'” Bella Ramsey) para 
uma instalação no país, com a esperança de sua imunidade à infecção e conter os meios de curar a aflição 
do zumbi. 
Ambos os protagonistas são excelentes, com detalhes sobre suas vidas surgindo gradualmente ao 
longo do caminho. Por um lado, Ellie nasceu na brutalidade desta paisagem apocalíptica, então quando 
ela é confrontada com algo que fornece um gostinho da normalidade do passado, sua resposta geralmente 
cai em algum lugar no espectro da admiração ao puro deleite. 
Como costuma acontecer nesse tipo de história (veja “The Walking Dead” no início), a verdadeira 
ameaça não são os zumbis, que não são particularmente distintos, mas sim o que as pessoas farão quando 
a estrutura de a sociedade desmorona. 
A partir dessa perspectiva, a narrativa aqui é absolutamente destemida e inabalável, criando 
cenários e momentos horríveis que podem ser alternadamente tocantes e totalmente trágicos. 
Escapismo leve isso não é, e o nível de violência não é para os fracos de coração. Ainda assim, há 
uma humanidade genuína no vínculo que se forma entre Joel e Ellie, que se desenvolve organicamente 
de um encontro angustiante para o próximo, ao mesmo tempo em que cria vitrines fortes para as estrelas 
convidadas que passam por suas órbitas. 
O timing certamente funciona para a HBO, que recentemente se despediu de “Westworld”, outra 
série de ficção científica que previu um futuro inquietante. 
“TheLast of Us” é apenas a mais recente iteração de imaginar um mundo enlouquecido, 
enfatizando os dramas pessoais que se desenrolam nesse cenário. No entanto, apesar dos limites das 
traduções anteriores de jogos para TV e filmes, a primeira temporada exibe o tipo de delicadeza e 
profundidade que sugere que não veremos o último por algum tempo. 
A série estreia neste domingo (15). 
 
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/analise-the-last-of-us-da-hbo-prova-que-ainda-ha-espaco-para-drama-de-apocalipse-zumbi/ 
Acesso em 19 de jan.de 2023. 
 
18. Qual dos trechos abaixo expressa um fato? 
 
A) “Claro, já passamos por esse caminho em particular antes, apresentando um mundo rapidamente 
caindo no caos, ...” 
B) “Os criadores da série Craig Mazin (vencedor do Emmy por “Chernobyl”) e Neil Druckmann (co-
presidente da premiada fabricante do jogo, Naughty Dog) ...” 
C) “Graças a essa abordagem ambiciosa, “The Last of Us” às vezes funciona como uma série antológica, 
concentrando-se em histórias e desvios individuais, ...” 
D) “Ambos os protagonistas são excelentes, com detalhes sobre suas vidas surgindo gradualmente ao 
longo do caminho...” 
 
 
18 
E) “A partir dessa perspectiva, a narrativa aqui é absolutamente destemida e inabalável, criando cenários 
e momentos horríveis que podem ser alternadamente tocantes e totalmente trágicos.” 
Alternativa B. 
Reconhecer um fato em textos. 
 
Leia a charge abaixo para responder a atividade 19. 
 
Disponível em https://jeonline.com.br/noticia/21840/fake-news-6 /Acesso em 06 de jan. de 2023. 
 
 
19. A partir da leitura e compreensão da charge acima, qual é a opinião do chargista acerca da 
propagação das Fake News? 
Ao caricaturar a personagem com o nariz crescendo, fazendo uma referência ao Pinóquio, o chargista 
coloca em discussão a nociva propagação de notícias falsas. Humoriza na charge com a personagem, 
mesmo usando máscaras, não consegue esconder que mente e espalha notícias falsas, pois tal como 
Pinóquio o nariz cresce e o desmascara. 
Analisar opiniões em textos. 
 
20. Leia a tirinha a seguir e responda: 
 
Disponível em: https://blogdoenem.com.br/interpretacao-de-tirinhas-e-outros-textos-simulado-encceja/ Acesso em 20 de dez de 2023. 
 
A opinião expressa pela personagem Mafalda na tirinha é 
 
A) Também acho. 
B) Do que vocês estão brincando? 
C) Era melhor começar de novo pra ver se dá certo. 
D) De nada. Estamos falando da humanidade. 
 
Alternativa C. 
D14- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.