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Compartilhamento da guarda dos pais com a família substituta

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Compartilhamento da guarda dos pais com a família 
substituta 
 
Com todas as cautelas antes mencionadas, é possível, na hipótese de guarda, o 
compartilhamento do encargo entre o terceiro (guardião físico e jurídico) e os pais 
do menor de 18 anos (guardiães legais e jurídicos). Com efeito, hipóteses mais 
comuns de guarda compartilhada com a família natural se encontram no bojo da 
família extensa, como visto, mas também pode ser verificada entre os parentes por 
afinidade (art. 1.595, § 1º, do CC) 460 . Veja-se o caso de o(a) companheiro(a) ou 
novo cônjuge do pai ou da mãe requerer a guarda do filho do outro, notadamente 
quando o genitor não guardião é inerte e negligente com o direito de convivência 
familiar do filho e todos os envolvidos (guardião legal, guardião fático e criança) 
residem no mesmo domicílio. Normalmente não há motivos para extirpar a guarda 
do(a) genitor(a) e deferi-la ao novo companheiro/cônjuge, a não ser em total 
impossibilidade daquele pai ou daquela mãe exercer o poder familiar. Deste modo, 
se o companheiro/cônjuge do(a) guardião (ã) postular a guarda do “enteado”, é 
preferível que se mantenha a guarda deste(a) e a complemente com a guarda 
compartilhada do companheiro/cônjuge, que assume o papel de guardião 
secundário, observado o princípio do contraditório ou colhida a concordância do 
outro titular do poder familiar.

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