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Universidade Nove de Julho – MEDICINA OZ Ana Paula Cuchera 1221100136 Núcleo - Células eucariontes11/08/2021 Núcleo e DNA Prof. Arthur · Núcleo – nele contém ácidos nucleicos (DNA ou RNA), portanto ele tem um pH acidificado. - Por seu pH ácido, o núcleo cora com corantes básicos. - Em corante de hematoxilina e eosina, o núcleo por ser ácido cora com a hematoxilina que tem atração por substâncias ácidas (basófilas). - O DNA por ser ácido, além do corante básico, ele atrai também proteínas básicas. · Hemácias – células do corpo que perderam seu núcleo. Núcleo - Origem · Hipótese autogênica - os seres eucariontes são o resultado de uma evolução gradual dos seres procariontes. - Numa fase inicial, as células desenvolveram sistemas endomembranares através de invaginações progressivas da membrana plasmática. - O núcleo teria se formado por porções da membrana que envolveram o material nuclear. - A membrana sofreu invaginação, pois os lipídios se juntam, formando assim dobras. - A membrana nuclear é a mesma da plasmática. Estrutura do núcleo · O núcleo é circundado por um envelope nuclear, formado por duas membranas concêntricas. · Envelope nuclear – membrana nuclear interna + membrana nuclear externa. - Ele é uma dupla bicamada lipídica. - O envelope nuclear é perfurado em intervalos por poros nucleares. - O espaço interno desse envelope nuclear não tem função, diferente do retículo endoplasmático. OBS! A parte mais escura é a heterocromatina (condensada) e a parte mais clara é a eucromatina (descondensada) - Na leitura do DNA, é possível apena ler a eucromatina, que está descondensada. · Nucléolos - formações arredondadas, densas e formadas por RNA ribossômico e proteínas. - Sua função principal é garantir a produção adequada de ribossomos. Poro nuclear · O envelope nuclear é perfurado em intervalos por poros nucleares. · Complexos do poro nuclear (NPCs, de nuclear pore complexes) - Os complexos perfuram o envelope nuclear em todas as células eucarióticas. - Cada NPC é composto de um conjunto de cerca de 30 diferentes proteínas, ou nucleoporinas. OBS! União de nucleoporinas = poro nuclear. · Fibrilas – são proteínas (nucleoporinas) primárias. - Quando elas estão dobradas, na forma secundária, elas formam o poro que está no meio da membrana nuclear. · Fibrilas citosólicas – são as fibrilas que estão voltadas para o citoplasma e são ela que fazem o reconhecimento de substâncias. · Fibrilas nucleares – são fibrilas que estão voltadas para a parte interna do núcleo. - Elas estão arranjadas no formato de uma cesta de basquete. · Muitas das proteínas que revestem o poro nuclear contêm regiões extensivas sem estrutura, as quais se acredita que formem uma trança desordenada. Lâmina e nucleoplasma · Lâmina nuclear - é uma rede de filamentos intermediários (proteicos), situados na periferia do nucleoplasma. - Ela confere estabilidade mecânica (sustentação) ao envelope nuclear e ancoram o DNA, pois tem muitas heterocromatinas localizadas lá. - Ao interagir com a cromatina, participa da determinação da organização tridimensional do núcleo interfásico. · Lâmina – nome da proteína que compõe os filamentos. · Lâmina nuclear – conjunto de lâminas. · Progéria - caracteriza pelo envelhecimento rápido da criança, começando nos primeiros dois anos de vida, ou até mesmo ao nascimento. - A progéria é causada por uma mutação no gene LMNA, gene que dá instruções para a produção da proteína chamada Lâmina A. - As mutações que causam a progéria resultam na produção de uma versão anormal da proteína lamina A. - Uma vez alterada, ela faz com que o envelope nuclear fique instável e provoca danos progressivos ao núcleo, fazendo com que as células possam morrer prematuramente. - Essa constante morte faz com que as células envelheçam mais rápido. Sequência sinal · Sequência de importação nuclear: -Pro-Pro-Lys-Lys-Lys-Arg-Lys-Val- · Sequência de exportação nuclear: -Met-Glu-Glu-Leu-Ser-Gln-Ala-Leu-Ala-Ser-Ser-Phe- Importinas · Receptores de importação nuclear (importinas) - se ligam a substâncias e fazem o transporte através da membrana nuclear, para dentro. - Elas são proteínas citosólicas solúveis que se ligam tanto no sinal de localização nuclear da proteína-carga (que ela vai transportar) quanto nos domínios do poro (interação com as fibrilas e com o canal). - Essa ligação na substância e no poro, possibilita o transporte para dentro do núcleo. - Dentro do núcleo, a importina se desprende da proteína-carga e sai do núcleo para reiniciar o processo. - Cada importina carrega 1 proteína-carga por vez. - Ela NÃO depende de energia. - O sistema de transporte se baseia na sequência de importação nuclear. OBS! Importinas são como “uber nuclear” Exportinas · A exportação nuclear funciona como a importação nuclear, mas de modo inverso. · Receptores de exportação nuclear (exportinas) - se ligam a substâncias e fazem o transporte através da membrana nuclear, para fora. - O transporte é dependente de energia (Ran-GTP) - A Ran-GTP é uma molécula de energia que se liga à exportina, assim como a proteína carga (com sinal de exportação nuclear). - Essa são transportadas para fora do poro nuclear e uma vez no citosol libera o proteína-carga e a molécula de energia hidrolisa (Ran-GTP vira Ran-GDP + P). - A forma GTP e GDP são controladas por enzimas - O sistema de transporte se baseia na sequência de exportação nuclear. Componentes do núcleo Cromossomos/Nucléolos · “O nucléolo é uma fábrica produtora de ribossomos” · Nucléolo - é uma região onde partes de diferentes cromossomos portando genes para o RNA ribossomal se agrupam. - Nesta região, os RNAs ribossomais são sintetizados e combinados com proteínas para formar os ribossomos, a maquinaria de síntese proteica das células. - A parte que é lida no DNA é a parte descondensada, ou seja, a eucromatina (parte clara da figura). OBS! O núcleo celular tem somente 5-8 μm de diâmetro. DNA - descoberta · A vida depende da capacidade das células em armazenar, recuperar e traduzir as instruções genéticas necessárias para produzir e manter o organismo vivo. · Friedrich Miescher (1844-1895) - em 1869, o bioquímico suíço Friedrich isolou, do núcleos de células, um ácido que continha fósforo e nitrogênio, que denominou nucleína. - Nucleína, primeiro nome do DNA. · Richard Altmann (1852 – 1900) - que era aluno de Miescher, obteve a nucleína com alto grau de pureza, comprovando sua natureza ácida e dando-lhe, então, o nome de ácido nucléico. OBS! Por sua característica ácida, o DNA atrai proteínas básica e cora com corante básico. · Fred Griffith – Médico britânico que no final da década de 1920 fez uma descoberta fantástica. - Fez estudos para ver a capacidade de virulência desse material. 1- Acrescentou a cepa com o composto patogênico (rato morreu). 2- Colocou sem esse composto patogênico (rato sobreviveu). 3- Ferveu a cepa e colocou no rato (rato sobreviveu). 4- Colocou cepa viva e fervida junto (rato morreu) · Oswald Avery, MacLeod e McCarty - demonstraram que o DNA é o material genético. - Depois desse testes de Fred eles fizeram estudos e descobriram que essa degradação era só era significativa no DNA. - Antes não sabia se era no DNA, lipídios, proteínas. - Portanto, eles associaram a presença de fatores patogênicos ao DNA. - Esses pesquisadores prepararam um extrato da cepa S causadora de doença. - Depois de vários testes eles mostraram que o “princípio transformante” que iria mudar permanentemente a cepa de pneumococo R inofensiva na cepa S patogênica era o DNA. - Essa foi a primeira evidência de que o DNA poderia servir como material genético. · Alfred Hershey e Martha Chase (1952) - realizaram uma série de experiências para confirmar a composição da base do material genético, os genes. - Por meio de estudos e análises, foi possível concluir que o ácido desoxirribonucleico, DNA, era a verdadeira composição do material genético (e não as proteínas). DNA – dupla hélice · Em 1953, James D. Watson e Francis Crick publicaram que a estruturado DNA é de uma dupla hélice pela primeira vez, baseando-se no trabalho de Rosalind Franklin. - A imagem é de Rosalind. DNA – Nucleotídeos · DNA = repetição de nucleotídeos · Nucleotídeo – composto por: - 1-3 grupo(s) fosfato(s) - 1 pentose (açúcar) - 1 base nitrogenada DNA – duas cadeias nucleotidicas complementares OBS! A conexão de C com G é feita por 3 ligações de hidrogênio. Já a conexão de A com T/U é feita por 2 ligações de hidrogênio. · Estabilização – o DNA faz 3 interações para estabilização de sua estrutura. 1 – Ligação de hidrogênio 2 - Ligações fosfodiester 3 – Ligações N-glicosídica · Ligação de hidrogênio – entre as bases nitrogenadas. · Ligação fosfodiester – entre um nucleotídeo e outro. - A ligação se dá entre um grupo fosfato de um e o açúcar do outro nucleotídeo. · Ligação N-glicosídicas – é a ligação entre o açúcar (pentose) e a base nitrogenada. DNA – Dupla hélice · Dupla Hélice de DNA – é uma molécula de cadeia dupla torcida como uma escada/hélice em espiral. - Cada cadeia é composta de uma estrutura de açúcar-fosfato e inúmeros produtos químicos de base agrupados em pares. - As ligações que dão estabilidade a essa dupla hélice são: 1 – Ligação de hidrogênio 2 - Ligações fosfodiester 3 – Ligações N-glicosídica · Fendas - ângulo no qual os dois açucares se projetam dos pares de base (ângulo entre as ligações glicosídicas). - Essa fendas são formadas pela própria conformação em dupla hélice. · Fenda menor – tem um ângulo de cerca de 120º e tamanho de 1,2nm. · Fenda maior – tem ângulo de cerca de 240º e tamanho de 2,2 nm. OBS! Na hora da leitura do DNA é mais fácil ler pela fenda maior, pois tem mais espaço para que as proteínas de leitura possam entrar. DNA – Compactação · Heterocromatina – parte condensada do DNA. - Na divisão celular o DNA fica inteiro compacto para facilitar o processo. - Quando o DNA está em interfase, existem partes dele que continuam compactas e sempre ficam nesse estado. · Eucromatina – parte descondensada do DNA. - É nele que é feita a leitura do DNA. OBS! Na imagem A mostra o DNA em heterocromatina e na imagem B mostra o DNA em eucromatina, enrolado nas proteínas histonas. Histonas · Histonas - em cada nucleossomo, 142 ligações de hidrogênio são formadas entre o DNA e o cerne de histonas. - Quase metade dessas ligações forma-se entre os aminoácidos da estrutura das histonas e a cadeia principal açúcar-fosfato do DNA. - Essas ligações entre os aminoácidos e a histonas são feitas para a compactação do DNA. - Se a histona se afrouxa ele abre, se ela tem uma ligação mais forte ele fica mais compacto. - Ou seja, ela é básica para agir com o ácido do DNA e interage com o DNA pela ligação de hidrogênio. OBS! As histonas têm aminoácidos básicos (Lys e Arg), pois são eles que interagem com o DNA. - DNA ácido interage em proteína básica. - Mais de um quinto dos aminoácidos em cada cerne de histonas são lisina ou arginina (dois aminoácidos com cadeias laterais básicas). · Na imagem tem 3 regiões comuns tridimensionalmente. - Região N-terminal (amina) região que não se enovela. - Região C-terminal (grupo carboxila). · Heterodimerização das histonas – é a junção de histonas dos tipos H2A, H2B, H3 e H4 para a formação de um octâmero de histonas. - Junta-se 2 histonas de cada tipo citado acima e forma o octâmero. - Esse octâmero é responsável por enovelar um trecho de DNA. · Nucleossomo - é composto por um cerne octamérico de proteínas histonas ao redor das quais se enrola a dupla-hélice de DNA. - O DNA dá 1,7 voltas ao redor do octâmero. - O nucleossomo é o DNA + octâmero. - Quase metade dessas ligações são formadas entre os aminoácidos da estrutura das histonas e a cadeia principal açúcar-fosfato do DNA. - Existe uma parte dessa estrutura que não fica compacta, na imagem abaixo é visível na vista lateral, chamada calda das histonas. · Histonas H1 – elas estabilizam a interação entre o octâmero e o DNA. - Ela atua como uma presilha para prender o DNA a histona, compactando esses. - Quanto mais apertada, mais compacto o DNA e se ela frouxa o DNA se descondensa. - Ela não faz parte do octâmero. - Se há falha na H1 o DNA fica menos compacto, sendo possível ler maior quantidade de genes. - Se essa menor compactação for em uma região que permite maior ciclo celular, ocorre maior proliferação celular, podendo ocasionar o câncer. · Fendas – no DNA há formação de fendas, que podem ser do tipo: - Fenda maior – voltada para o lado externo. É nela ocorre uma melhor leitura do DNA, pois é mais fácil entrar proteínas e substâncias para ler. - Fenda menor – voltada para o lado interno. Ela é menor devido a interação com as histonas, que ajuda na diminuição da fenda. OBS! A imagem está errada, o lado externo é a fenda maior. Mecanismo de afrouxamento do DNA · Para afrouxar o DNA são usados dois mecanismos: · Complexo de remodelagem da cromatina dependente de ATP* – é um complexo proteico que afrouxa o DNA da histona para possibilitar a leitura. - Esse processo é feito quando precisa ler o DNA. - Com esse afrouxamento ele possibilita uma maior leitura do DNA. - Ele utiliza energia, por isso o nome dependente de ATP. · Modificação das histonas – são interações químicas que acontecem no DNA, mais especificamente na cauda das histonas. - A cauda sofre alterações químicas e essas mudam a compactação dos octâmeros (afrouxa ou compacta). - Podem ser: Metilação, Fosforilação ou Acetilação. · Metilação – deixa o DNA mais compacto, ou seja, ele não vai ser lido. - Fornece a histona uma carga mais positiva e pelo fato de o DNA ser negativo, eles se atraem. · Acetilação – deixa o DNA menos compacto, ou seja, ele vai ser lido com mais facilidade. - Fornece a histona uma carga mais negativa e pelo fato de o DNA ser também negativo, eles se repelem. · Fosforilação – Ele é relativo, pode ajudar a compactar ou a afrouxar. OBS! A acetilação, Metilação e fosforilação são feitas por enzimas. 1 2 Universidade Nove de Ju l ho – MEDICINA OZ Ana Paula Cuchera 1221100136 1 Núcleo - Células eucariontes ® Núcleo – nele contém ácidos nucleicos (DNA ou RNA), portanto ele tem um pH acidificado. - Por seu pH ácido, o núcleo cora com corantes básicos. - Em corante de hematoxilina e eosina, o núcleo por ser ácido cora com a hematoxilina que tem atração por substâncias ácidas (basófilas). - O DNA por ser ácido, além do corante básico, ele atrai também proteínas básicas. ® Hemácias – células do corpo que perderam seu núcleo. Núcleo - Origem ® Hipótese autogênica - os seres eucariontes são o resultado de uma evolução gradual dos seres procariontes. - Numa fase inicial, as células desenvolveram sistemas endomembranares através de invaginações progressivas da membrana plasmática. - O núcleo teria se formado por porções da membrana que envolveram o material nuclear. - A membrana sofreu invaginação, pois os lipídios se juntam , formando assim dobras . - A membrana nuclear é a mesma da plasmática. Estrutura do núcleo ® O núcleo é circundado por um envelope nuclear, formado por duas membranas concêntricas. ® Envelope nuclear – membrana nuclear interna + membrana nuclear externa. - Ele é uma dupla bicamada lipídica. - O envelope nuclear é perfurado em intervalos por poros nucleares . - O espaço interno desse envelope nuclear não tem função, diferente do retículo endoplasmático. OBS! A parte mais escura é a heterocromatina (condensada) e a parte mais clara é a eucromatina ( descondensada) Núcleo e DNA Prof. Arthur 11/08/2021 Universidade Nove de Julho – MEDICINA OZ Ana Paula Cuchera 1221100136 1 Núcleo - Células eucariontes Núcleo – nele contém ácidos nucleicos (DNA ou RNA), portanto ele tem um pH acidificado.- Por seu pH ácido, o núcleo cora com corantes básicos. - Em corante de hematoxilina e eosina, o núcleo por ser ácido cora com a hematoxilina que tem atração por substâncias ácidas (basófilas). - O DNA por ser ácido, além do corante básico, ele atrai também proteínas básicas. Hemácias – células do corpo que perderam seu núcleo. Núcleo - Origem Hipótese autogênica - os seres eucariontes são o resultado de uma evolução gradual dos seres procariontes. - Numa fase inicial, as células desenvolveram sistemas endomembranares através de invaginações progressivas da membrana plasmática. - O núcleo teria se formado por porções da membrana que envolveram o material nuclear. - A membrana sofreu invaginação, pois os lipídios se juntam, formando assim dobras. - A membrana nuclear é a mesma da plasmática. Estrutura do núcleo O núcleo é circundado por um envelope nuclear, formado por duas membranas concêntricas. Envelope nuclear – membrana nuclear interna + membrana nuclear externa. - Ele é uma dupla bicamada lipídica. - O envelope nuclear é perfurado em intervalos por poros nucleares. - O espaço interno desse envelope nuclear não tem função, diferente do retículo endoplasmático. OBS! A parte mais escura é a heterocromatina (condensada) e a parte mais clara é a eucromatina (descondensada) Núcleo e DNA Prof. Arthur 11/08/2021
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