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O processo evolutivo é caracterizado por mudanças que ocorrem nos seres vivos ao longo do tempo. Uma consequência desse processo é a formação de novas espécies. Um passo necessário para entender a formação de novas espécies é saber o que significa uma espécie. ESPÉCIE É um conjunto de organismos semelhantes, com capacidade potencial de se reproduzir em condições naturais, gerando descendentes férteis. Isso pode ser expresso de outra forma: espécie é um grupo com capacidade potencial de trocar genes. Assim, indivíduos pertencentes a espécies diferentes apresentam o que se chama de isolamento reprodutivo, caracterizado por duas situações possíveis: a) não se cruzam, devido a incompatibilidades anatômicas, diferentes comportamentos de acasalamento, não-coincidência de épocas do ano para a reprodução. Dessa forma, seres de espécies diferentes nem mesmo chegam a gerar um zigoto, o que caracteriza o isolamento reprodutivo pré-zigótico; b) cruzam-se, mas não geram descendentes viáveis ou férteis. Fala-se, então, em isolamento reprodutivo pós-zigótico. Um exemplo muito conhecido é o cruzamento entre jumento e égua, que pertencem a espécies diferentes. Esse casal pode ter descendentes machos (burros) ou fêmeos (mulas) que são estéreis. Burros e mulas não constituem uma espécie de animal; na verdade, são considerados híbridos interespecíficos. O mecanismo responsável pela formação de novas espécies é denominado especiação. Esse mecanismo envolve cinco etapas principais, sendo que a última delas já conhecemos: o estabelecimento de algum tipo de isolamento reprodutivo, que é o indicador da formação de novas espécies. Principais etapas da especiação: a) Isolamento geográfico: Uma população inicial é dividida em dois grupos através de uma barreira física (rio, deserto, cadeia de montanhas). Essa condição impede a troca de genes entre indivíduos dos dois grupos. b) Cada ambiente pode ter diferenças (de umidade, relevo, vegetação, etc.), apresentando diferentes critérios de seleção natural. Surgem diferentes tipos de mutantes em cada grupo; eles sofrem a atuação da seleção natural específica em cada local. Mutantes com características favoráveis sobrevivem e se reproduzem. Depois de muitas gerações, o gene mutante pode predominar no grupo. c) Formam-se novas raças ou subespécies. Apesar das diferenças, organismos dos dois grupos apresentam ainda capacidade potencial de cruzamento e de formação de descendentes férteis. d) Com o passar do tempo, ocorrem mais mutações submetidas à seleção natural própria de cada ambiente. As diferenças entre os dois grupos ficam maiores. e) As populações entram em contato. Apesar disso, são incapazes de gerar descendentes férteis. Foi estabelecido, portanto, um isolamento reprodutivo, indicando a formação de novas espécies. A questão que pode ser levantada é: novas espécies devem sempre ser geradas aos pares, ou seja, duas simultaneamente? Ou é possível a formação de várias espécies, a partir de um mesmo grupo ancestral? A resposta é que podem ser formadas muitas espécies, a partir de um único ancestral. Essa modalidade de especiação recebe o nome de irradiação adaptativa. a) Irradiação Adaptativa: É a formação de várias espécies, adaptadas a ambientes diferentes, sendo todas originárias de um ancestral comum. Tomamos, como exemplo, a evolução dos mamíferos. A partir dos achados fósseis e de outras evidências foi possível propor a hipótese de que os mamíferos atuais originaram-se de um pequeno insetívoro. Irradiação Adaptativa Morcego, hiena e hipopótamo são bastante diferentes e estão adaptados a ambientes com características bem diversas. No entanto, todos apresentam estruturas comuns: pêlos, glândulas mamárias, diafragma, coração com quatro cavidades, etc. Suas semelhanças indicam uma ancestralidade comum e, portanto, parentesco evolutivo. b) Convergência Adaptativa: A partir do que foi exposto, é possível afirmar que toda semelhança indica parentesco? Não, nem sempre isso ocorre. Tomemos, como exemplo, o caso de dois vertebrados que podem viver no mesmo rio: hipopótamo e crocodilo. O primeiro é mamífero e tem as características que descrevemos acima; o crocodilo, por sua vez, não possui pêlos, glândulas mamárias, nem diafragma e sua reprodução difere bastante do hipopótamo, pois coloca ovos com casca. No entanto, crocodilo e hipopótamo são semelhantes em relação à posição dos olhos e das narinas, que permanecem acima do plano da água. Convergência Adaptativa Convergência Adaptativa Esse é um caso típico de convergência adaptativa: ancestrais diferentes, vivendo em um mesmo ambiente, passam por processos semelhantes de seleção natural; com o tempo, tornam-se semelhantes em alguns aspectos. Irradiação: mesmo ancestral. Convergência: mesmo ambiente Considerando a nadadeira anterior de uma baleia, poderíamos dizer que ela se assemelha mais a uma nadadeira de peixe ou ao membro superior de um ser humano? Órgãos Homólogos Examinando essas três estruturas internamente, notamos o seguinte: Órgãos Anáólogos Então, dependendo do enfoque, pode-se dizer que a nadadeira de baleia é semelhante ao membro superior humano e também à nadadeira de peixe. • Inseto e Pássaro – as asas desses animais apresentam analogia: têm semelhança externa e apresentam a mesma função, participando do vôo. Contudo, suas asas são muito diferentes internamente, o que revela possuírem ancestrais diferentes. Sua semelhança externa é produto de um processo de convergência adaptativa. • Baleia e homem – a nadadeira da baleia e o membro superior humano apresentam homologia: têm a mesma organização interna e apresentam a mesma origem embrionária. Baleia e homem têm essa semelhança interna porque se originaram de um ancestral comum, caracterizando um processo de irradiação adaptativa. A Biogeografia tem por objetivo o estudo da distribuição dos seres vivos sobre a superfície do globo, atualmente ou no tempo passado, e das condições desta distribuição, contemplando a composição das floras e faunas viventes ou fósseis, o determinismo e as conseqüências desta composição. Este conceito quer dizer geografia da vida ou distribuição geográfica dos seres vivos. Estes estudos tentam compreender os diferentes padrões de distribuição dos animais e plantas. Para tanto buscam reconstruir estes padrões, unindo a história da Terra em diferentes escalas espaciais e temporais à história das formas dos seres vivos, ou seja, entender como se processaram as modificações morfológicas de animais e plantas, quais suas causas e como isso aparece refletido no espaço geográfico. A primeira etapa do domínio da biogeografia é o estudo da dispersão e da distribuição dos seres vivos que é chamada de corologia onde o ponto de partida é traçar as áreas de ocorrência das unidades taxonômicas consideradas. Quando falamos em distribuição geográfica das formas de vida, o que implica na composição de bioformas ou espectros biológicos das comunidades, estamos nos referindo à Ecogeografia. Quando falamos em padrões geográficos da adaptação, nos referimos à Ecologia propriamente dita. Desta forma, de acordo com os estudos de Alfred Russel Wallace (1876), são identificadas 6 grandes regiões Biogeográficas na Terra: 1. Região Paleártica: compreende a Europa, Norte da África e quase toda a Ásia (exceto a Índia e Sudeste Asiático e parte norte da Polinésia). Fauna: rena, raposa-ártica,urso-polar, veado, porco-espinho, dromedário, topeira etc. Órgãos Análogos: Possuem origem embrionária diferente, mas desempenham a mesma função. Ex: nadadeiras do peixe e da baleia, asas do inseto e do pássaro, espinho do limoeiro e acúleo da roseira, etc. Órgãos Homólogos: Possuem a mesma origem embrionária, mas desempenham a funções diferentes. Ex: nadadeira da baleia, pata do cavalo, braço humano, asa do morcego. 2. Região Neártica: compreende a América do Norte e a Groenlândia. Fauna: caribu, urso, alce, lince, bisão, coiote, lebre, lobo etc. 3. Região Neotropical: compreende a América Central e a América do Sul. Fauna: anta, macaco, vicunha, lhama, preguiça, tatu, tamanduá, onça, lobo-guará, jaguatirica. 4. Região Etiópica: compreende o continente Africano (exceto a região norte). Fauna: girafa, elefante-africano, leão, leopardo, zebra, gnu, gorila, chimpanzé, rinoceronte, hipopótamo, hiena, antílope, entre muitos outros. 5. Região Oriental: compreende a região da Índia, do sudeste asiático e o norte da Polinésia. Fauna: tigre, elefante-asiático, orangotango, búfalo, rinoceronte- indiano etc. 6. Região Australiana: compreende a Oceania (Austrália e Nova Zelândia) e algumas ilhas do sul da Polinésia. Fauna: marsupiais como canguru e coala, Kiwi, diabo-da-tasmânia, e as duas únicas espécies sobreviventes de monotremados, o équidna e o ornitorrinco. Regiões Biogeográficas Mundiais 1. (UNICAMP) Os diagramas abaixo ilustram a frequência percentual de indivíduos com diferentes tamanhos de bico, para duas espécies de tentilhões (gênero Geospiza) encontradas em três ilhas do arquipelago de Galápagos, no oceano Pacífico. As frequências de indivíduos com bicos de diferentes profundidades (indicadas pelas setas) são mostradas para cada espécie, em cada ilha. Sabendo-se que ambas as espécies se alimentam de sementes, indique a interpretação correta para os resultados apresentados. a) Trata-se de um exemplo de cooperação entre as duas espécies, que procuram por alimento juntas, quando estão em simpatria. b) Trata-se de um exemplo de deslocamento de caracteres resultante de competição entre as duas espécies na situação de simpatria. c) Trata-se de um exemplo de predação mútua entre as espécies, levando à exclusão de G. fuliginosa na ilha Daphne, e de G. fortis na ilha Los Hermanos. d) Trata-se de um caso de repulsa mútua entre as duas espécies, sendo mais perceptível nas ilhas Daphne e Los Hermanos. 2. (CEFET) A determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) busca impedir o consumo indiscriminado de antibióticos, pois associa este fato ao surgimento de superbactérias. MENDES,G. C.F. Farmácias fora da lei. Disponível em:<http://www.revistatempo.com.br>. Acesso em: 24 jul. 2012. (Adaptado). O surgimento dos micro-organismos citados justifica-se pelo fato de os antibióticos a) atuarem sobre o genoma microbiano, ocasionando mutações. b) provocarem alterações metabólicas, originando novas espécies. c) debilitarem o sistema imunológico, reduzindo a capacidade de defesa do corpo. d) possuírem baixo espectro de ação, induzindo a geração de linhagens resistentes. e) causarem pressão seletiva, mantendo os genes de resistência nas populações microbianas. 3. (ACAFE) Os principais fatores evolutivos que afetam o equilíbrio gênico de uma população mendeliana são: a mutação, a seleção natural, a migração e a deriva gênica. Os fatores que contribuem para o aumento da variabilidade genética de uma população são: a) mutação e migração. b) migração e deriva genética. c) deriva genética e seleção natural. d) seleção natural e mutação. 4. (UERJ) Desde o início da colonização do ambiente terrestre, houve grande diversificação das plantas, graças ao surgimento de características vantajosas à adaptação, que permitiram a sobrevivência e a reprodução em terra firme. As estruturas correspondentes a adaptações evolutivas exclusivas das plantas, que contribuíram para seu desenvolvimento e diversificação no habitat terrestre, estão indicadas em: a) fruto, semente e mitocôndria b) vaso condutor, cutícula e estômato c) membrana celular, cloroplasto e raiz d) meristema apical, parede celular e flor 5. (UFPR) As figuras abaixo representam as frequências do alelo da anemia falciforme (à esquerda) e as regiões de endemia da malária (à direita), causada pelo Plasmodium falciparum, na África. Regiões com maior quantidade de indivíduos heterozigotos para a anemia falciforme são as que apresentam maior incidência de malária. Por que se observa a coincidência das distribuições dessas duas situações? a) A malária atinge, preferencialmente, indivíduos com anemia falciforme. b) Os indivíduos heterozigotos têm menor chance de contrair o Plasmodium. c) Os indivíduos infectados pela malária têm maiores chances de desenvolver anemia falciforme. d) Os indivíduos heterozigotos têm maior chance de sobreviver quando infectados pelo Plasmodium. e) O Plasmodium invade apenas as hemácias em forma de foice, típica dos indivíduos com anemia falciforme. 6. (CAFET) Analise as ilustrações a seguir. Esses animais pertencem ao mesmo filo e classe, mas a diferentes ordens. Mesmo assim, apresentam grande semelhança de coloração. Esse fato justifica-se por a) modificações intencionais na coloração da pele, evitando a predação dessas espécies. b) infecções similares causadas por fungos, estimulando a pigmentação das áreas afetadas. c) defeitos na produção de pigmentos escuros, impedindo que a pele seja monocromática. d) transformação de um grupo de organismos em outro, modificando sua estrutura corporal. e) equivalência entre as pressões seletivas, caracterizando um caso de convergência adaptativa. 7. (PUCRS) Certas borboletas inofensivas e palatáveis evoluíram morfologicamente para se tornarem semelhantes a outra espécie, perigosa e não palatável. A estratégia, que possibilita a essas borboletas ludibriarem seus predadores, é classificada como a) camuflagem homocrômica. b) camuflagem homotípica. c) aposematismo homocrômico. d) aposematismo homotípico. e) mimetismo batesiano. 8. (ACAFE) O processo de surgimento de uma nova espécie, denominado especiação, se completa com o surgimento do isolamento reprodutivo, que impede a indivíduos de espécies diferentes trocar genes por cruzamento. Analise as afirmações a seguir. l. Isolamento sazonal: os membros de duas espécies não se cruzam porque seus períodos de reprodução não coincidem. II. Isolamento mecânico: decorre da incompatibilidade entre os órgãos genitais dos membros de duas espécies. III. Esterilidade do híbrido: os membros de duas espécies copulam, mas o híbrido formado é estéril. Qual(is) da(s) afirmação(ões) acima contém mecanismos pós-zigóticos de isolamento reprodutivo? a) I e III b) I e II c) nenhuma delas d) III 9. (UFRGS) Considere as afirmações abaixo sobre o surgimento de novas espécies. I. O processo pode ocorrer pela modificação gradual de uma população ao longo do tempo, em resposta a alterações ambientais. II. O processo pode ocorrer por meio do isolamento geográfico de subpopulações de uma espécie seguida de diferenciação genética e isolamento reprodutivo. III. O processo pode ocorrer pela poliploidia através do cruzamento de indivíduos tetraploides com diploides, originando triploides que são férteis. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III.10. (UNESP) A ema (Rhea americana), o avestruz (Struthio camelus) e o emu (Dromaius novaehollandiae) são aves que não voam e que compartilham entre si um ancestral comum mais recente que aquele que compartilham com outros grupos de aves. Essas três espécies ocupam hábitats semelhantes, contudo apresentam área de distribuição bastante distinta. A ema ocorre no sul da América do Sul, o avestruz é africano e o emu ocorre na Austrália. Segundo a explicação mais plausível da biologia moderna, a distribuição geográfica dessas aves é consequência da a) fragmentação de uma população ancestral que se distribuía por uma única massa de terra, um supercontinente. Em razão da deriva continental, as populações resultantes, ainda que em hábitats semelhantes, teriam sofrido divergência genética, resultando na formação das espécies atuais. b) migração de indivíduos de uma população ancestral, provavelmente da África, para a América do Sul e a Austrália, utilizando faixas de terra existentes em épocas de mares rasos. Nos novos hábitats, as populações migrantes divergiram e formaram as espécies atuais. c) origem independente de três espécies não aparentadas, na América do Sul, na África e na Austrália, que, mesmo vivendo em locais diferentes, desenvolveram características adaptativas semelhantes, resultando nas espécies atuais. d) migração de ancestrais dessas aves, os quais, embora não aparentados entre si, tinham capacidade de voo e, portanto, puderam se distribuir pela América do Sul, pela África e pela Austrália. Em cada um desses lugares, teriam ocorrido mutações diferentes que teriam adaptado as populações aos seus respectivos hábitats, resultando nas espécies atuais. e) ação do homem em razão da captura, transporte e soltura de aves em locais onde anteriormente não ocorriam. Uma vez estabelecidas nesses novos locais, a seleção natural teria favorecido características específicas para cada um desses hábitats, resultando nas espécies atuais. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Um material minúsculo pode ser o mais novo aliado no combate à proliferação de superbactérias, responsáveis por um número cada vez maior de infecções e mortes em todo o mundo. Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista, UNESP, Campus de Araraquara, e da Universidade Federal de São Carlos, UFSCar, comprovaram a ação bactericida de nanopartículas de tungstato de prata em testes com a bactéria Staphylococcus aureus, resistente à meticilina, SARM, uma das mais disseminadas, tanto no ambiente hospitalar quanto fora dele. O tungstato de prata é um material desenvolvido recentemente por um outro grupo de pesquisadores. Eles usaram microscópios eletrônicos para irradiar elétrons sobre nanopartículas de tungstato de prata, o que levou ao surgimento de filamentos de prata na superfície do material. O crescimento de filamentos de prata no tungstato potencializou a já conhecida capacidade do material de combater a proliferação de bactérias. Isso aconteceu porque os filamentos de prata são altamente reativos em meio úmido — onde podem se formar colônias de superbactérias — e produzem radicais livres, que combatem os micro-organismos. Os radicais livres reagem com as diferentes moléculas presentes no biofilme, provocando uma alteração no metabolismo de sua membrana, o que causa a morte das bactérias. As bactérias super-resistentes, que surgiram, em parte, devido ao uso indiscriminado de antibióticos ao longo do tempo, tornaram-se um grave problema de saúde pública. O fato de esses micro-organismos serem muito tolerantes aos remédios torna as infecções por eles causadas mais agressivas ao ser humano. (RIBEIRO. 2013. p. 20). 11. (UNESP) Considerando a capacidade cada vez mais ampla de as bactérias desenvolverem resistência aos medicamentos, é correto afirmar: a) A variabilidade genética presente no grupo de bactérias favorece o aumento do seu potencial adaptativo, permitindo que as cepas, naturalmente resistentes, possam sobreviver à utilização de medicamentos. b) Bactérias que naturalmente apresentam resistência ao ambiente são modificadas geneticamente pelos medicamentos, aumentando assim a sua capacidade de sobrevivência. c) As infecções causadas pelas bactérias se tornam cada vez mais agressivas devido às modificações genéticas causadas pelos tipos de medicamentos atualmente utilizados. d) Os medicamentos induzem alterações mutacionais em grupos de bactérias, que passam a ser progressivamente insensíveis ao tratamento médico. e) As superbactérias são resultado da ação da seleção natural sobre os tipos de medicamentos utilizados nas infecções hospitalares. 12. (UNICAMP) Olhos pouco desenvolvidos e ausência de pigmentação externa são algumas das características comuns a diversos organismos que habitam exclusivamente cavernas. Dentre esses organismos, encontram-se espécies de peixes, anfíbios, crustáceos, aracnídeos, insetos e anelídeos. Em relação às características mencionadas, é correto afirmar que: a) O ambiente escuro da caverna induz a ocorrência de mutações que tornam os organismos albinos e cegos, características que seriam transmitidas para as gerações futuras. b) Os indivíduos que habitam cavernas escuras não utilizam a visão e não precisam de pigmentação; por isso, seus olhos atrofiam e sua pele perde pigmentos ao longo da vida. c) As características típicas de todos os animais de caverna surgiram no ancestral comum e exclusivo desses animais e, portanto, indicam proximidade filogenética. d) A perda de pigmentação e a perda de visão nesses animais são características adaptativas selecionadas pelo ambiente escuro das cavernas. 13. (CEFET) Observe a representação da ancestralidade comum aos mamíferos. A estrutura locomotora dos animais apresentados favorece sua(seu) a) hábito alimentar. b) reserva de gordura. c) funcionalidade sensorial. d) adaptação aos ambientes. e) resistência a variações térmicas. 14. (CEFET) Charles Darwin estudou a distribuição dos tentilhões no Arquipelago de Galápagos e sua relação com o tipo de bico e o hábito alimentar. A relação entre o tipo de bico e o alimento é definida pela(o) a) possibilidade de extinção das aves. b) espaço geográfico ocupado pelos animais. c) disponibilidade de recursos no ambiente. d) capacidade de adaptação a novos alimentos. e) deslocamento de cada espécie entre as ilhas. 15. (UPE) Leia o texto e observe o gráfico a seguir: A evolução da resistência a inseticidas em espécies de insetos que constituem pragas oferece um exemplo da Evolução como processo dinâmico, que pode ter um impacto direto e importante sobre o meio ambiente. Atualmente, muitas espécies que constituem pragas são resistentes a todos, ou a quase todos, os inseticidas disponíveis. Além disso, algumas espécies que eram incomuns tornaram-se pragas sérias, porque o uso de inseticidas extinguiu os seus inimigos naturais. A resistência dos insetos evolui rapidamente, porque a seleção natural aumenta as mutações raras que não são vantajosas em condições normais, mas, casualmente, conferem proteção contra substâncias químicas danosas. Fonte: FUTUYMA, D. J. 2002. Evolução, Ciência e Sociedade. Disponível em: www.sbg.org.br (Adaptado) Com base no texto e no gráfico que ilustra o processo, assinale a alternativa que identifica o tipo de seleção. a) Disruptiva b) Direcional c) Estabilizadora d) Neutra e) Sexual 1: [B] A divergência de caracteres, como a profundidade dos bicos dos tentilhões, resulta da seleção natural diferencial, quando as espécies competem na situaçãode simpatria na ilha de Santa Maria. 2: [E] Os antibióticos são agentes que eliminam os micro- organismos sensíveis, mas causam pressão seletiva favorável para os resistentes que passam a prevalecer nas populações microbianas. 3: [A] O aumento da variabilidade genética em uma população são: - mutação, processo este ao acaso, e a - migração que consiste em saída ou chegada de novos indivíduos em uma determinada área aumentando a variabilidade dos genes nesta população. 4: [B] O desenvolvimento de vasos condutores para o transporte rápido das seivas, a formação da cutícula impermeável que protege as folhas da desidratação e a presença dos estômatos para a realização das trocas gasosas, são adaptações vantajosas para a conquista e a diversificação das plantas no ambiente terrestre. 5: [D] As áreas africanas onde a malária é endêmica e a área onde é alta a incidência do alelo causador da anemia falciforme coincidem porque os indivíduos heterozigotos têm maior chance de sobreviver quando infectados pelo Plasmodium e transmitem o(s) alelo(s) mutante(s) aos seus descendentes. 6: [E] A semelhança entre as colorações da pele entre salamandras e pererecas é o resultado de pressões seletivas no mesmo ambiente. A coloração de aviso mostra que esses animais são tóxicos aos seus predadores. As semelhanças revelam um caso de evolução convergente. 7: [E] As semelhanças observáveis entre espécies inofensivas e perigosas são conhecidas como mimetismo batesiano. 8: [D] Eventos de especiação que ocorrem após a formação de um zigoto é denominado pós-zigótico. Tanto o isolamento sazonal como o isolamento mecânico não permitem a formação de um zigoto. O cruzamento de duas espécies diferentes pode gerar um organismo estéril, caracterizando um isolamento reprodutivo, fato este que comprova a especiação. 9: [C] O processo de especiação pode ocorrer pela modificação gradual de uma população ao longo do tempo, com a atuação da seleção natural que ajusta a população às novas situações ambientais. Pode ocorrer também por meio do isolamento geográfico de subpopulações de uma espécie, seguida de diferenciação genética e isolamento reprodutivo. A poliploidia, em alguns casos, pode gerar novas espécies, mas não em triploidia, pois triploides são estéreis. 10: [A] A distribuição geográfica da ema, do avestruz e do emu é consequência do isolamento geográfico resultante da deriva continental ocorrida pela fragmentação de uma grande massa de terra (Pangeia) onde vivia o ancestral comum dessas espécies. Em ambientes distintos, a seleção natural fixou as variações favoráveis para a sobrevivência e a reprodução da ema do sul da América do Sul, do avestruz, na África e do emu, na Austrália. 11: [A] As bactérias possuem variabilidade genética suficiente para se adaptar a diversos ambientes, inclusive sobreviver e proliferar na presença de antibióticos potentes. 12: [D] Animais com olhos pouco desenvolvidos e o albinismo são características adaptativas selecionadas pelo ambiente escuro das cavernas. 13: [D] De acordo com a figura apresentada as estruturas locomotoras apresentadas favorecem os organismos na sua locomoção, assim como a adaptação deles ao ambiente que vivem. Este é um exemplo de irradiação adaptativa. 14: [C] Para Darwin a variabilidade dentro de uma espécie já existe, e somente os mais adaptados sobrevivem. A sobrevivência de um organismo está ligada a sua capacidade de conseguir alimentos, entre outros fatores. Na figura dada observamos que cada ave apresenta um tipo de bico que favorece a aquisição do alimento disponível. 15: [B] O uso intensivo de inseticidas provoca uma seleção direcional na população de insetos. Os praguicidas eliminam os indivíduos sensíveis, preservando as formas geneticamente resistentes, as quais aumentam em número, tornando-se uma praga.
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